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A Odebrecht, empresa que encabeça o consórcio vencedor para a construção da arena, já foi
autorizada a entrar no terreno. A autorização foi publicada no Diário Oficial do dia 27 de
julho. Na construção da arena – com o estádio, um estacionamento, um centro de imprensa e
uma área para Fan Fest –, serão utilizados pouco mais de 50 hectares. A previsão de término
deste módulo é em dezembro de 2012. O restante do espaço tem previsão de abrigar 9 mil
unidades habitacionais e outros equipamentos urbanos.
Para anular a ordem de penhora, a Perpart pode pagar a dívida ou solicitar a substituição do
bem penhorado. Mas não sobram alternativas quanto à sentença relativa à dívida trabalhista.
A empresa recorreu até ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Ricardo Lewandowski
manteve todas as decisões proferidas em instâncias inferiores, favoráveis aos funcionários
demitidos. A empresa reconheceu um débito de R$ 2,4 milhões, mas está contestando o
restante do valor. “Não queremos nos locupletar (enriquecer). Queremos apenas o que é
devido”, afirma o advogado dos funcionários, Jackson Borges de Araújo.
CASO
Resposta do governo
Tanto o Governo do Estado como a Perpart adotam o discurso de que a penhora da maior
parte do terreno, que vai abrigar a Cidade da Copa e a Arena pernambucana para o Mundial
de 2014, não vai atrapalhar o andamento das obras em São Lourenço da Mata. Já a Odebrecht,
empresa que encabeça o consórcio vencedor para a construção do projeto, não quis emitir
nenhuma opinião, alegando que se trata de um caso específico do Governo de Pernambuco.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Perpart divulgou nota, na qual diz ter ciência do
caso, mas que contesta os valores cobrados pelos 18 funcionários da extinta Central de
Abastecimentos Gerais do Estado de Pernambuco (Ceagepe), demitidos em 1999. A Perpart
incorporou as instituições governamentais que foram se extinguindo, dentre elas, a Ceagepe.
Sobre o terreno onde será erguida a Cidade da Copa, a Perpart afirma que o imóvel não mais
integra o patrimônio da empresa, pois foi declarado de utilidade pública e de interesse social
pelo atual Governo do Estado em 30 dezembro de 2008, por meio do Decreto nº 32.926. Além
disso, o comunicado diz que o impasse em nada obstrui as obras em andamento (iniciadas no
dia 30 de julho deste ano), uma vez que está amparada em Mandado Judicial expedido pela
Comarca de São Lourenço da Mata no dia 21 de julho deste ano.