Transcrito por Luciano Queiroz - Luthier www.lucianoqueiroz.hpgvip.com.br e-mail: luchqueiroz@gmail.com -2-
---------- 1 ---------- ---------- 2 ----------
E B7 A E E B7 A E Antigamente nem em sonho existiam Tenho saudade de rever nas corrutelas B7 B7 Tantas pontes sobre os rios As mocinhas nas janelas E E Nem asfalto nas estradas Acenando uma flor B7 A E B7 A E A gente usava quatro ou cinco sinuêlos Por tudo isso eu lamento e confesso B7 B7 Pra trazer os pantaneiros Que a marcha do progresso E E7 E E7 Pros rodeios da boiada É a minha grande dor A E A E Mas hoje em dia tudo é muito diferente Cada jamanta que eu vejo carregada B7 B7 Com o progresso nossa gente Transportando uma boiada E E7 E E7 Nem sequer faz uma idéia Me aperta o coração A E A E Que entre outros fui peão de boiadeiro E quando olho minha tralha pendurada B7 B7 Por este chão brasileiro De tristeza dou risada E E Um herói das epopéias Pra não chorar de paixão -3-
---------- 3 --------- ---------- 4 ---------
B7 A E E B7 A E O meu cavalo relinchando pasto afora Não sou poeta sou apenas um caipira B7 B7 Certamente também chora E o tema que me inspira E E Na mais triste solidão É a fibra de peão B7 A E B7 A E Meu par de esporas meu chapéu de aba larga Quase chorando embuído nestas mágoas B7 B7 Uma bruaca de carga Rabisquei estas palavras E E7 E E7 O berrante e o facão E saiu esta canção A E A E O velho basto, o meu laço de mateiro Canção que fala da saudade das pousadas B7 B7 O polaco e o cargueiro Que já fiz com a peonada E E7 E E7 O meu lenço e o gibão Junto ao fogo de um galpão A E A E Ainda resta a guaica em dinheiro Saudade louca de ouvir o som manhoso B7 B7 Deste pobre boiadeiro De um berrante preguiçoso E E Que perdeu a profissão Nos confins do meu sertão