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All content following this page was uploaded by Pedro José Da Silva on 04 October 2015.
Resumo:
A desinformação no que se refere ao dimensionamento de canais navegáveis é fato, bem como os
critérios empregados no seu dimensionamento. Algumas empresas de navegação investiram
enormes quantias no desenvolvimento de projeto de comboios para transporte de cargas,
entretanto nos períodos de estiagem, onde o rio atinge o seu leito menor, à navegação destes
comboios foi praticamente impossível, pois o dimensionamento deixou de considerar parâmetros
relevantes, e estes projetos se mostraram contraproducentes. O aumento do tamanho das
embarcações; a construção de embarcações mais rápidas, de modo a se fazer um número maior
de viagens na unidade de tempo; o aumento do número de viagens na unidade de tempo, e
consequentemente a redução dos tempos de navegação são parâmetros responsáveis pela
produtividade. Enquanto que a operação da embarcação de forma mais eficiente possível, e a
construção de embarcações “mais baratas” são parâmetros responsáveis pela redução de custo
operacional das embarcações. Entretanto o aumento da produtividade e a redução do custo
operacional dependem diretamente do dimensionamento do canal de navegação fluvial, ou seja, o
comboio deve se adequar ao rio em substituição à forma de dimensionamento onde se adequava o
rio à embarcação.
5
Tabela 3 – Gabaritos horizontal e vertical 8 – Dimensionamento de um canal
propostos no PNVNI/1989 (em metros). hidroviário – Rotina de cálculo
Classe Tirante Calado Vão livre O desenvolvimento do dimensionamento de
(1) (2)
de Ar definido horizontal um canal hidroviário tem por objetivo identificar
ou Luz (Largura e definir quais os principais parâmetros
de canal) considerados relevantes no desempenho de
uma rotina de cálculo. O referido
I (3) - (4)
dimensionamento constitui-se num Estudo de
1 vão de Caso para um rio que deve se encontrar
128 m, enquadrado no PNVNI/1989, portanto a
ou 4B formulação do estudo fundamenta-se em
II 15,0 4,50 dados coletados, de modo a verificar se a
2 vãos de embarcação proposta pode navegar no
36 m, ou referido curso de água.
2,2B
1 vão de 8.1 – Rotina de cálculo
64 m, ou Neste trabalho se entenderá por rotina de
4B cálculo a definição de um caminho a partir da
III 10,0 3,50 identificação não só de parâmetros, mas
2 vão de
36 m ou também da interdependência, ver fluxograma
2,2B 1, entre eles, resultando, então, na aplicação
lógica de modelos matemáticos (equações)
1 vão de que conduzem a obtenção de limites e/ou
44 m,ou valores numéricos aplicados no
4B dimensionamento de canais hidroviários.
IV 7,0 2,50 Os principais parâmetros identificados são,
2 vãos de
25 m 08 a saber:
2,2B
a) Embarcação – tipo;
V - - Sem
definição b) Largura mínima do canal;
6
Figura 5 – Configuração do comboio de
empurra.
7
* Permitido cruzamento entre comboios; bmaior bmenor
* b c = boca do comboio = largura total do
A m xY
(16)
2
comboio.
(b 2 x 2,13) b
b = 4,4 x b c. (10) 1296 x3,20
2
b = 4,4 x (4 x 10,8) (11)
1296 x 2
b = 190,08 m (12) 2b 4,26
3,20
b 402,87m
3. Área mínima da seção transversal =
área molhada da seção transversal da * Conferindo os valores:
via fluvial = A m
Linha de água
3,20 h
y 3
=3, 2,13 402,87 2,13
20 2
m Un. [metros]
x b x
h 2,132 3,20 2
3 2 (17)
h 4,54 10,24
3,20 x
h 3,84m
6,40
x x 2,13m
3 (402,87 2 x 2,13) 402,87
A m
x3,20 (18)
b = 190,08 m 2
b m = b maior = 190,08 + (2 x 2,13) (13) A m 1296m 2
b m = 194,34 m 4. Determinação da Vazão Mínima, de
modo a permitir a navegação do
194,34 190,08
A m
x3.20 (14)
comboio:
2
Am 615,07m 2 * Perímetro molhado = P m
Am P m = 410,55 m
10 ondeAe 1,5 xbc x 2
Ae
(15) * Raio Hidráulico = R H
Ae 1,5 x(10,8 x 4) x 2
Ae 129,60m 2 Am
R H
Pm (20)
Am 10 x129,6 Am 1296m 2
1296
Adotado: A m = 1296 m
2
RH 3,16m
410,55
* Observação: Mantendo-se o valor de
y = 3,20 m, isto é, 3,20 m corresponde ao 5. Vazão mínima do canal
menor valor de tirante para que ocorra a
navegação, e para este valor calcula-se o
valor de b a partir da Área mínima da seção
2
transversal, igual a 1296 m , portanto:
8
2/3
AxRH x i critério do US Arny C.E, no que se refere às
Q verificações, de modo a não se atender
somente a viabilidade técnica, mas também ao
(21) maior número de outras viabilidades.
1296 x3,16 2 / 3 x 0,002
Q * Verificação – Critério US Army C. E.
0,035
1296 x 2,17 x0,045
Q a a
0,035
bc bc
Q 3616m 3 / s
6. Velocidade d´água
Q AxV f
3616 1296 xV
(22)
V 3616 b
1296
Onde:
V 2,80m / s
10 – Conclusão
Verifica-se no corpo desse trabalho que o
desenvolvimento de uma estrutura foi
atendido, sendo ela composta por um sistema,
que apresenta as seguintes partes, a saber:
entrada/coleta de dados/informações sobre
Hidrovias, processamento de informações que
corresponde à seleção de dados/informações
que conduzem ao dimensionamento de um
canal hidroviário, a partir de uma rotina de
cálculo, permitindo a hidrovia alcançar altos
valores de movimentação de carga, e uma
saída/resposta que em síntese pode ser
resumida na definição de uma rotina de
procedimentos que identifica os parâmetros,
relevantes, a serem considerados no
dimensionamento de um canal hidroviário.
É importante ressaltar, também, que a
condição de canal hidroviário não é apenas
fornecer infraestrutura à navegação de
embarcações – tipo (comboios), mas também
permitir a percepção da relevância de uma
hidrovia para a nação, pois o impacto na
economia é imediato, pensando que hoje a
sétima economia do planeta perde bilhões de
dólares por ano, por conta de gargalos no
transporte.
11 – Referências Bibliográficas