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Raciocínio Lógico

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9.610/1998 e punido pelo art. 184
do Código Penal.
Sumário

Capítulo 1 – Conjuntos, 7
1. Introdução e Simbologia: Considerações Iniciais, Símbolo de
Pertinência e Inclusão, 7
2. Subconjuntos/Triângulo de Pascal, 9
3. Triângulo de Pascal e suas Propriedades/Descobertas, 10
4. Triângulo de Pascal: Problemas de Combinatória, 13
5. Números Triangulares, 14
6. Números Figurados, Sequência de Fibonacci e suas Aplicações, 16

Capítulo 2 – Aplicação de Conjunto e Princípios da Lógica, 20


1. Intersecção de Conjunto, 20
2. Dica de Resolução – União e Intersecção, 23
3. Álgebra Linear, Primeira Lei da Lógica, 25
4. Problema do Diofanto e do Jack Bauer, 29
5. Verdade x Mentira: Indução ao Erro, 30
6. Estruturas Lógicas, 31
7. Premissas e Silogismo, 34

Capítulo 3 – Construção da Tabela – Conjunção e Disjunção, 36


1. Apresentação, 36
2. Condicional: Valéria Falou, tá Falado, 39
3. Conectivos Lógicos – Questões, 40
4. Esaf: Diagramas/Negação, 42
5. Negação de Uma Condicional, 43
6. Tabela de Negações, 45
7. Problema do Plog e Dica em Diagramas Usando Equivalência, 47
8. Questões de Concurso – Preposições, 48
9. Tabela Base e Dica do Sorvete, 51
10. O ou exclusivo e inclusivo, 52
11. Condicional: “Certo”, “Falso”, “Verdadeiro”, 55
12. Dica da Condicional, 57
13. Condicional – Proporção de Causa e Consequência, 59
14. Condicional – Intermediário/Negação, 61
15. Condicional – Negação, 62
16. Negação (Continuação I), 64
17. Negação (Continuação II) – Diagrama, 66
18. Diagramas e Valorações Lógicas, 68

Capítulo 4 – Valores Lógicos, 71


1. Diagramas e Valorações Lógicas, 71
2. Tabela: Uso e Construção, 73
3. Valoração Lógica em Linguagem Corrente, 74
4. Valoração em Linguagem Simbólica (Tabelas-Verdade), 76
5. Valoração com Uso Exclusivo de Tabelas, 78

Capítulo 5 – Desafios e Enigmas, 80


1. Problema do Político, 80
2. Desafio do U2 e Problema do Fenelon, 82
3. Enigma de Einstein, 83

Capítulo 6 – Negações: Simbologia, 85


1. Negação da Condicional – Parte I, 85
2. Negação da Condicional – Parte II, 86
3. Negação da Condicional – Parte III, 86
4. Cálculo Proposicional – Proposições Relacionadas, 87

Capítulo 7 – Equivalência, 90
1. Condição Suficiente e Necessária, 90
2. Equivalência de Uma Condicional, 92
3. Equivalências Lógicas, 93
4. Leis de Morgan, 94
5. Equivalências e suas Aplicações, 95
6. Equivalência: Simbologia, 97

Capítulo 8 – Argumentação, 100


1. Validade, 100
2. Valoração Lógica, 103
3. Cálculo Proposicional – Conectivos, 104
4. Proposições Relacionadas, 106

Capítulo 9 – Lógica Indutiva e Dedutiva, 109


1. Aplicações e Método – Parte I, 109
2. Aplicações e Método – Parte II, 110
3. Problema da Vovó Vitoria, 111
4. Questões Usando Dedução e Indução, 112

Capítulo 10 – Análise Combinatória, 116


1. Introdução à Análise Combinatória, 116
2. Princípio Fundamental de Contagem, 118
3. Método de Pensamento da Análise Combinatória, 119
4. PFC: Método, 119
5. Tabuleiro de Xadrez, 121
6. Uso do E/Ou, 122
7. Anagramas, 123
8. Anagrama: Questão de Cinema, 124
9. Anagramas com Repetição, 125
10. Anagramas: Outras Aplicações, 126
11. Comissões, 127
12. Problema da Lâmpada, 129
13. Agrupamento de Pessoas, 130
14. Questão da Lanchonete, 131

Capítulo 11 – Probabilidade, 133


1. Definição e Problema da Moeda, 133
2. Eventos Complementares e Exclusivos, 135
3. Probabilidade: Conceito, 136
4. Probabilidade Condicional, 137
5. Lei de Murphy, 138
6. Probabilidade de Não Ocorrer um Evento, 139
7. Distribuição Binomial, 141
8. Problema das Urnas, 141
9. Teorema de Bayes, 143
10. Questões, 145
11. Problema do Filme – Quebrando a Banca, 146

Gabarito, 147
Capítulo 1

Conjuntos

1. Introdução e Simbologia: Considerações


Iniciais, Símbolo de Pertinência e Inclusão
1.1 Apresentação

Nesta unidade, daremos início ao estudo de raciocínio lógico.

1.2 Síntese

RACIOCÍNIO LÓGICO-QUANTITATIVO: Este trabalho visa desenvol-


ver a habilidade do aluno em entender a estrutura lógica de relações arbitrárias
entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações
das relações fornecidas; e compreender as condições usadas para estabelecer
a estrutura daquelas relações. Os estímulos visuais utilizados, constituídos de
8
elementos conhecidos e significativos, mostram que possuímos habilidades dos
ouvintes para compreender e elaborar a lógica de uma situação, utilizando as
funções intelectuais:
– raciocínio verbal, raciocínio matemático, raciocínio sequencial, orien-
tação espacial e temporal, formação de conceitos, discriminação de
elementos. Em síntese, as questões da prova que serão tratadas durante
o curso destinam-se a medir a capacidade de compreender o processo
lógico que, a partir de um conjunto de hipóteses, conduz, de forma
válida, a conclusões determinadas.
Simbologia
Economiza palavras. Indiretamente traduz o que se quer dizer.
Pertence () e não pertence () são símbolos de pertinência, aquele que
relaciona um elemento com um conjunto.
Para o relacionamento entre conjuntos, trabalha-se com símbolos de inclu-
são, isto é, se um conjunto está ou não dentro do outro. Os símbolos de inclu-
são são: está contido (), não está contido ( ), contém () e não contém ().
Simbologia:
 → pertence
 → não pertence
 → está contido
 → não está contido
 → contém
 → não contém
 → união (ou)
 → interseção (e)
– → diferença (exceto)
Exemplo:
Conjunto A = {1, 2, 3, {4}}
1  A (1 pertence à A porque 1 é um elemento e está separado por vírgula).
2  A (2 pertence à A porque 2 é um elemento e está separado por vírgula).
3  A (3 pertence à A porque 3 é um elemento e está separado por vírgula).
4  A (4 não pertence à A porque o número 4 não está separado por vírgula,
quem está separado por vírgula é o conjunto {4}).
{4}  A ({4} pertence à A por que está separado por vírgula).
Se está relacionando o elemento que está separado com vírgula com con-
junto, usa-se a pertinência.
{1,2} é subconjunto de A; logo, {1,2}  A
Raciocínio Lógico

A  {2,3}
{4}  A (o subconjunto {4} não está contido em A)
{{4}}  A
{3,4}  A (4 não é um elemento de A)
9
Subconjuntos ou Partes de um Conjunto

Sejam os conjuntos A e B, em que os elementos de B estão contidos em A,


então, dizemos que B  A (B está contido em A) ou que A  B (A contém B).
O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto.
Obs.: Número de Subconjuntos é dado por 2n, onde n é número de ele-
mentos do conjunto.

2. Subconjuntos/Triângulo de Pascal

2.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a questão de subconjuntos e a construção do


triângulo de Pascal.

2.2 Síntese
Um conjunto possui 512 subconjuntos, ao retirarmos 3 elementos desse
conjunto, quantos subconjuntos terá o novo conjunto?
Resolução:
512 = 2n, logo ao fatorarmos 512 = 29, ou seja, teremos n = 9, menos 03
elementos; sobraram 06 elementos e, então, o novo conjunto ficará com 26 =
64 subconjuntos.
Resolução
Por que 2n?
Dado o seguinte conjunto, A = {1, 2, 3} o número de subconjuntos será 23
= 8 subconjuntos, ou seja, P(A)={, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
Raciocínio Lógico

O número de subconjuntos é dado por 2n onde n é o número de elementos


do conjunto.
10
Triângulo de Pascal

3. Triângulo de Pascal e suas


Propriedades/Descobertas
3.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos propriedades do triângulo de Pascal.

3.2 Síntese
- Toda linha começa e termina com o número 1.
- Relação de Stifel: cada número do triângulo de Pascal é igual à soma do
número imediatamente acima e do antecessor do número de cima.
- Simetria: o triângulo de Pascal apresenta simetria em relação à altura.
- A soma das linhas é sempre 2n, onde n é o número da linha.
- Os números naturais aparecem na segunda diagonal.
No caso da cor da pele humana, considerando apenas 5 fenótipos, envol-
vendo dois pares de genes N e B, que teriam a mesma função, ou seja, acres-
centar uma certa quantidade de melanina à pele, se efetivos (N ou B) ou não
acrescentar nada, se não efetivos (n ou b).
Fenótipos Número de genes
negro 4 genes efetivos e 0 não efetivo
mulatos escuros 3 genes efetivos e 1 não efetivo
Raciocínio Lógico

mulatos médios 2 genes efetivos e 2 não efetivos


mulatos claros 1 gene efetivo e 3 não efetivos
branco 0 gene efetivo e 4 não efetivos
11
Se acontecer um cruzamento entre di-híbridos, quais serão as proporções
fenotípicas da descendência?
Com conhecimentos de Genética: (quais são os gametas e os tipos possíveis
de filhos gerados?)
NnBb x NnBb
Gametas produzidos por ambos: NB, Nb, nB e nb
gametas NB Nb nB nb
NB NNBB NNBb NnBB NnBb
Nb NNbB NNbb NnbB Nnbb
nB nNBB nNBb nnBB nnBb
nb nNbB nNbb nnbB nnbb
Observa-se que há 16 combinações genotípicas diferentes, sendo:
1 negro 4 genes efetivos NNBB menor maior
e 0 não efetivo frequência expressividade
= 1/16
4 mulatos 3 genes efetivos NNBb ou
. .
escuros e 1 não efetivo nNBB
6 mulatos 2 genes efetivos NNbb, maior média
médios e 2 não efetivos nnBB ou frequência expressividade
NnBb = 6/16
4 mulatos 1 gene efetivo e Nnbb ou
. .
claros 3 não efetivos nnBb
1 branco 0 gene efetivo e nnbb menor mínima
4 não efetivos frequência expressividade
= 1/16
Ou seja, na descendência, chega-se à seguinte proporção fenotípica: 1 ne-
gro: 4 mulatos escuros: 6 mulatos médios: 4 mulatos claros: 1 branco.
Usando o triângulo de Pascal:
Chama-se de p = genes efetivos = 2 (N ou B) e de q = genes não efetivos
= 2 (n ou b)
Procura-se no triângulo a linha em que o número de genes é igual a 4.
Nº de Genes Coeficientes
0 1
1 11
Raciocínio Lógico

2 121
3 1331
4 14641
12

1 negro 4 efetivos e 0 não efetivo 1 p4 q0


4 mulatos escuros 3 efetivos e 1 não efetivo 4 p3q1
6 mulatos médios 2 efetivos e 2 não efetivos 6 p2q2
4 mulatos claros 1 efetivo e 3 não efetivos 4 p1q3
1 branco 0 efetivo e 4 não efetivos 1 p0 q4
Portanto, na descendência, chega-se à seguinte proporção fenotípica:
1 negro: 4 mulatos escuros: 6 mulatos médios: 4 mulatos claros: 1 branco
Aplicação matemática do Triângulo de Pascal
– (a + b)² = 1a² + 2ab + 1b² (n = 2)
– (a + b)³ = 1a³ + 3a²b + 3ab² + 1b³ (n = 3)
– (a + b)4 = 1a4 + 4a3b1 + 6a2b2 + 4a1b3 + 1b4 (n = 4)
Método
• Em cada monômio da expressão algébrica, há um produto do termo a
pelo termo b, isto é a.b.
• A partir do primeiro monômio, os expoentes de a vão “decrescendo” e
os de b vão “crescendo”.
• A soma dos expoentes de cada monômio da expressão algébrica é igual
ao expoente do binômio.
• O primeiro expoente de a é igual ao expoente do binômio e o último é
zero.
• O primeiro expoente de b é zero e o último é igual ao expoente do
binômio.
• A expressão algébrica possuirá 1 termo a mais que o expoente do binômio.
• Em todos os termos, aparece o produto a.b (lembre-se de que a0 = b0 =
1, a1 = a, b1 = b).
• Expoentes de a: 5, 4, 3, 2, 1, 0 (ordem decrescente).
• Expoentes de b: 0, 1, 2, 3, 4, 5 (ordem crescente).
• Soma dos expoentes de a e de b em cada monômio: 5 (expoente do
binômio).
• A expressão algébrica obtida possui 6 termos (5 + 1).

Exercício
Raciocínio Lógico

1. (Esaf) Quantas comissões de três pessoas pode-se formar num grupo


de 7 componentes?
Comentário:
N = 7 e P = 3 → 35 (vide triângulo).
13
4. Triângulo de Pascal: Problemas de
Combinatória
4.1 Apresentação

Nesta unidade, continuaremos vendo as propriedades do triângulo de


Pascal.

4.2 Síntese
O triângulo de Pascal também pode ser usado como ferramenta nos proble-
mas de análise combinatória, onde teremos a linha representando os elemen-
tos disponíveis e a coluna representando os elementos “pedidos”.

Exercícios
2. (UNB/Téc. Ad./Ancine/2006) Suponha que uma distribuidora de
filmes tenha 6 filmes de animação e 5 comédias para distribuição.
Nesse caso, é superior a 140 e inferior a 160 o número de formas
distintas pelas quais 4 desses filmes podem ser distribuídos de modo
que 2 sejam comédias e 2 sejam de animação.
Comentário:
– Comédia: N = 05 e P = 02 → 10
– Animação: N = 06 e P = 02 → 15 }10 x 15 = 150. O item
está correto.
3. (Cespe) Considere que 7 tarefas devam ser distribuídas entre 3 funcio-
nários de uma repartição de modo que o funcionário mais recentemen-
te contratado receba 3 tarefas, e os demais, 2 tarefas cada um. Nessa
situação, sabendo-se que a mesma tarefa não será atribuída a mais de
um funcionário, é correto concluir que o chefe da repartição dispõe de
menos de 120 maneiras diferentes para distribuir essas tarefas.
Comentário:

}
– 3 em 7 (N = 07 e P = 03) = 35
– 2 em 4 (N = 04 e P = 02) = 6 35 x 6 x 1 = 210
– 2 em 2 (N = 02 e P = 02) = 1
4. (TRT/9ª) Em um tribunal, os julgamentos dos processos são feitos
Raciocínio Lógico

em comissões compostas por 3 desembargadores de uma turma de 5


desembargadores. Nessa situação, a quantidade de maneiras diferen-
tes de se constituírem essas comissões é superior a 12.
– 3 em 5: N = 05 e P = 03 à 10
14
5. Números Triangulares
5.1 Apresentação

Nesta unidade, estudaremos os números triangulares.

5.2 Síntese
Números Triangulares.

Números Triangulares, também chamados de números figurados, são nú-


meros que podem ser representados na forma de um triângulo equilátero. Tais
números são calculados por meio de duas fórmulas:
T (n) = 1 + 2 + 3 +...+ n que é o mesmo que: Tn = [n (n + 1)]/2
Ou como no teorema: o quadrado de todo número inteiro maior que um é
a soma de dois números triangulares consecutivos.
T (1) = 1
T (n + 1) = T (n) + (n + 1)

Exercícios
5. Uma ONG decidiu preparar sacolas, contendo 4 itens distintos cada,
para distribuir entre a população carente. Esses 4 itens devem ser es-
Raciocínio Lógico

colhidos entre 8 tipos de produtos de limpeza e 5 tipos de alimentos


não perecíveis. Em cada sacola, deve haver, pelo menos, um item
que seja alimento não perecível e, pelo menos, um item que seja pro-
duto de limpeza. Quantos tipos de sacolas distintas podem ser feitos?
15
a) 360.
b) 420.
c) 540.
d) 600.
e) 640.
Comentário:
1ª Hipótese: 1 produto de limpeza (em 8) e 3 produtos alimentares
(em 5)
No triângulo N = 8 P = 1 e N = 5 P = 3 à 8 * 10 = 80
2ª Hipótese: 2 produtos de limpeza e 2 produtos alimentares
No triângulo N = 8 P = 2 e N =5 P =2 à 28 * 10 = 280
3ª Hipótese: 3 produtos de limpeza e 1 produto alimentar
No triângulo N = 8 P = 3 e N = 5 P = 1 à 56 * 5 = 280
Total 80 + 280 + 280 = 640
6. (FCC) Um número que pode ser representado pelo padrão abaixo é
chamado número triangular.

A soma dos oito primeiros números triangulares é:


a) 110.
b) 120.
c) 130.
d) 140.
e) 150.
Comentário: Resposta: 120. 1 + 2 = 3 + 3 = 6 + 4 = 10 + 5 = 15 + 6
= 21 + 7 = 28 + 8 = 36. 1 + 3 + 6 + 10 + 15 + 21 + 28 + 36 = 120.
7. (Fundep)
“No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do
caminho.”
Carlos Drummond de Andrade
Raciocínio Lógico

Suponha que Ronando passa por esse caminho todo dia. Suponha,
ainda, que, no caminho de Ronando, uma nova pedra se soma às
anteriores, a cada dia. Assim sendo, é CORRETO afirmar que, no
final de 100 dias, Ronando terá tido em seu caminho.
16
a) 100 pedras.
b) 5.050 pedras.
c) 6.250 pedras.
d) 8.850 pedras.
Comentário: Fórmula: n = ( n + 1) = (100 x 101)/2 = 5.050.
2

6. Números Figurados, Sequência de


Fibonacci e suas Aplicações
6.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos os números figurados, a sequência de Fibonacci


e suas aplicações.

6.2 Síntese

Fibonacci
Muitos estudantes de matemática, ciências ou artes ouviram falar de Fi-
bonacci somente por causa do seguinte problema do Liber abaci: um homem
Raciocínio Lógico

pôs um par de coelhos num lugar cercado por todos os lados por um muro.
Quantos pares de coelhos podem ser gerados a partir deste par em um ano se,
supostamente, todo mês cada par dá à luz a um novo par que é fértil a partir
do segundo mês?
17
Logo, a sequência fica: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, ...
“As somas dos números dispostos ao longo das diagonais do triângulo geram
a Sucessão de Fibonacci.” Na tentativa de visualizar melhor as diagonais em
questão, façamos uma reorganização dos elementos do triângulo de Pascal:

Existem várias aplicações da sucessão de Fibonacci, ou mesmo da razão


áurea, tais como o Nautilus, a razão entre as diversas configurações de uma
borboleta, a razão entre os ossos de cada membro do nosso corpo, as simetrias
dos animais e plantas, a simetria do nosso rosto; em odontologia, a Periontolo-
gia é baseada na razão áurea, movimentos de frequência na física, etc.
Anexando dois quadrados com lado = 1, teremos um retângulo 2 x 1, sendo
o lado maior igual à soma dos lados dos quadrados anteriores. Anexamos agora
outro quadrado com lado = 2 (o maior lado do retângulo 2 x 1) e teremos um
retângulo 3 x 2.
Continuamos a anexar quadrados com lados iguais ao maior dos compri-
mentos dos retângulos obtidos no passo anterior. A sequência dos lados dos
próximos quadrados é: 3, 5, 8, 13, ... Que é a sequência de Fibonacci?

Usando um compasso, trace um quarto de círculo no quadrado de lado L =


13, de acordo com a figura abaixo, repita o mesmo procedimento nos quadra-
dos de lado L = 8, L = 5, L = 3, L = 2, L = 1 e L = 1.
Raciocínio Lógico
18
Muitos estudantes de matemática, ciências ou artes ouviram falar de Fibo-
nacci somente por causa do seguinte problema do Liber abaci: um homem pôs
um par de coelhos num lugar cercado por todos os lados por um muro.
Quantos pares de coelhos podem ser gerados a partir deste par em um ano
se, supostamente, todo mês cada par dá à luz a um novo par que é fértil a partir
do segundo mês?
Logo a sequência fica: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144...
Se dividirmos cada termo desta sequência, a partir do número 21, pelo
seu precedente, obteremos aproximadamente o número 1,618, o “número de
ouro” dos gregos:
21/13 = 1,61538
34/21 = 1,61904
55/34 = 1,61764
89/55 = 1,61818
Razão Áurea pode ser escrita como:

Exercício
8. (FCC) Números figurados são assim chamados por estarem associa-
dos a padrões geométricos. Veja dois exemplos de números figurados:

A tabela abaixo traz algumas sequências de números figurados:


Números triangulares 1 3 6 10 ?
Números quadrados 1 4 9 16 ?
Raciocínio Lógico

Números pentagonais 1 5 12 22 ?
Números hexagonais 1 6 15 28 ?
Observando os padrões, os elementos da quinta coluna, respeitando
a ordem da tabela, devem ser:
19
a) 20, 30, 40, 50.
b) 18, 28, 45, 50.
c) 16, 36, 46, 56.
d) 15, 25, 40, 50.
e) 15, 25, 35, 45.
Comentário:

Raciocínio Lógico
Capítulo 2

Aplicação de Conjunto e
Princípios da Lógica

1. Intersecção de Conjunto
1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos intersecção de conjunto.

Exercícios
9. (Fundep) Uma escola realizou uma pesquisa sobre os hábitos ali-
mentares de seus alunos.
Alguns resultados dessa pesquisa foram:
• 82% do total de entrevistados gostam de chocolate;
• 78% do total de entrevistados gostam de pizza; e
• 75% do total de entrevistados gostam de batata frita.
Então, é CORRETO afirmar que, no total de alunos entrevistados,
a porcentagem dos que gostam, ao mesmo tempo, de chocolate, de
pizza e de batata frita é, pelo menos, de:
21
a) 25%.
b) 30%.
c) 35%.
d) 40%.
Solução:
• 82% gostam de chocolate, logo, 18% não gostam de chocolate;
• 78% gostam de pizza, logo, 22% não gostam de pizza;
• 75% gostam de batata frita, logo, 25% não gostam de batata frita.
As pessoas que não gostam de algum produto não podem entrar na
Interseção, ou seja: 65% (18 + 22 + 25).
Se 65% das pessoas não gostam de alguma coisa, 35% (100% – 65%)
gostam de alguma coisa; logo, 35% “estão repetidos”, ou seja, conso-
mem os três alimentos, no mínimo.
10. (DESAFIO) Uma pesquisa foi feita no melhor curso do Brasil, IOB,
contando-se 1000 alunos, 800 dos quais são mulheres, 850 prestarão
prova em Campinas, 750 usarão caneta azul e 700 levarão garrafinha
de água. Qual o número mínimo de alunos que apresentam, ao mes-
mo tempo, todas as características citadas?
a) 50.
b) 100.
c) 150.
d) 200.
Resolução 1:
1000 Alunos
M = 800 à 200 não são mulheres (1000 – 800).
P = 850 à 150 não farão prova em Campinas (1000 – 850).
C = 750 à 250 não levarão caneta azul (1000 – 750).
G = 700 à 300 não levarão garrafa (1000 – 700).
Logo, 900 é o máximo de pessoas que não podem possuir as 4 carac-
terísticas (200 + 150 + 250 +3 00).
Para 1000 alunos, 100 possuirão as 4 características (1000 – 900).
Resolução 2:
1000 Alunos

}
M = 800
800 + 850 à Passaram 650 (1650 – 1000)
P = 850
Raciocínio Lógico

}
C = 750
750 + 700 à Passaram 450 (1450 – 1000)
G = 700
Somando 650 + 450 = 1100 à Passaram 100 (1000 – 1100)
22
11. No último verão, o professor Délio passou com sua família alguns
dias na praia. Houve sol pela manhã em 7 dias e sol à tarde em 12
dias. Em 11 dias, houve chuva e se chovia pela manhã, não chovia à
tarde. Quantos dias o professor Délio passou na praia?
a) 11.
b) 12.
c) 13.
d) 14.
e) 15.

Sol pela manhã: 7 – x


Sol à tarde: 12 – x
Dias com sol o dia inteiro: x
Dias de Chuva = 11 dias
7 - x + 12 – x = 11
-2 X = 11 – 7 -12
2X=8
X=4
Somando todos os períodos temos:
(7 - 4) + (12 - 4) + 4 = 15
O professor passou 15 dias na praia.
Esta dica serve apenas para este estilo de problema:
É só somarmos tudo e o resultado dividirmos por 2:
7 + 12 + 11 = 30 → 30/2 = 15 dias
Raciocínio Lógico
23
2. Dica de Resolução – União e Intersecção
2.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos dica de resolução – união e intersecção.

2.2 Síntese
INTERSEÇÃO: Se dois conjuntos quaisquer possuem elementos em co-
mum, estes formam a INTERSECÇÃO destes conjuntos. A  B = {x/x 
 A e x  B}
Exemplos: Propriedades

UNIÃO: Dados dois conjuntos quaisquer, a UNIÃO destes conjuntos é


agrupar em um só conjunto os elementos de ambos os conjuntos. A  B =
{ x/x  A ou x   B}
Exemplos: Propriedades

DIFERENÇA: Dados dois conjuntos quaisquer, a DIFERENÇA entre eles


é tirar do primeiro os elementos comuns aos dois. A – B = { x/x  A e x  B }
Exemplos: Observação
Raciocínio Lógico
24
Exercícios
12. Em uma universidade, são lidos dois jornais, A e B; exatamente 80%
dos alunos leem o jornal A e 60%, o jornal B. Sabendo que todo
aluno é leitor de pelo menos um dos jornais, determine o percentual
de alunos que leem ambos:
80% + 60% = 140% dos alunos
Passaram 40% (o máximo é 100%) – O que passa é sempre a Inter-
cesção.
13. Numa escola de 870 alunos, 450 deles estudam Finanças, 320 estu-
dam Lógica e 110 deles estudam as duas matérias (Finanças e Lógi-
ca). Pergunta-se:
a) Quantos alunos estudam APENAS Finanças?
b) Quantos alunos estudam APENAS Lógica?
c) Quantos alunos estudam Finanças ou Lógica?
d) Quantos alunos estudam nenhuma das duas disciplinas?

14. (Fundep) Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias


pessoas acerca de suas preferências em relação a 3 produtos: A, B e
C. Os resultados das pesquisas indicaram que:
210 pessoas compram o produto A;
210 pessoas compram o produto B;
250 pessoas compram o produto C;
20 pessoas compram os 3 produtos;
100 pessoas não compram nenhum dos 3;
60 pessoas compram os produtos A e B;
70 pessoas compram os produtos A e C;
Raciocínio Lógico

50 pessoas compram os produtos B e C.


Quantas pessoas foram entrevistadas?
a) 670.
b) 970.
25
c) 870.
d) 610.
Solução: Primeiramente, vamos solucionar o problema usando o
Diagrama de Venn:

Somando tudo 100 + 40 + 20 + 50 + 120 + 30 + 150 + 100 = 610


entrevistados (letra d).

3. Álgebra Linear, Primeira Lei da Lógica


3.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos álgebra linear, primeira lei da lógica.

Exercícios
15. Uma pesquisa foi feita com um grupo de pessoas que frequentam
pelo menos uma das 3 livrarias A, B e C. Foram obtidos os seguintes
dados:
Das 90 pessoas que frequentam a livraria A, 28 não frequentam as
demais.
Das 84 pessoas que frequentam a livraria B, 26 não frequentam as
demais.
Das 86 pessoas que frequentam a livraria C, 24 não frequentam as
demais.
Raciocínio Lógico

8 pessoas frequentam as 3 livrarias. Determine:


a) O nº de pessoas que frequentam apenas uma das livrarias.
b) O nº de pessoas que frequentam pelo menos 2 livrarias.
c) O total de pessoas ouvidas nesta pesquisa.
26

a) Número de pessoas que frequentam apenas uma das livrarias:


28 + 26 + 24 = 78
b) Número de pessoas que frequentam pelo menos 2 livrarias:
Y + X + Z +8 = 25 + 29 + 25 + 8 = 87
c) O total de pessoas ouvidas nesta pesquisa:
Somam-se todos os valores = X + Y + Z + 28 + 8 + 26 + 24 = 165
16. Na compra de equipamentos para um grupo de técnicos, foram gas-
tos R$ 1.040,00 em 4 arquivos, 3 cavaletes e 2 walkie talkies; logo
depois, foram gastos R$ 1.000,00 na compra de 2 arquivos, 3 cavale-
tes e 4 walkie talkies. Para adquirir um objeto de cada, ou seja, um
arquivo, um cavalete e um walkie talkies serão necessários:
a) R$ 324,00.
b) R$ 360,00.
c) R$ 280,00.
d) R$ 340,00.
e) R$ 420,00.
4a + 3c + 2w = 1040
2a + 3c + 4w = 1000
6a + 6c + 6w = 2040 (Dividir todos por 6)
a + c + w = 340
17. (Esaf/Tec.M.Faz/2009) Em um determinado curso de pós-gradua-
ção, 1/4 dos participantes são graduados em matemática, 2/5 dos
participantes são graduados em geologia, 1/3 dos participantes são
graduados em economia, 1/4 dos participantes são graduados em
biologia e 1/3 dos participantes são graduados em química. Sabe-
-se que não há participantes do curso com outras graduações além
dessas, e que não há participantes com três ou mais graduações. As-
Raciocínio Lógico

sim, qual é o número mais próximo da porcentagem de participantes


com duas graduações?
a) 40%.
b) 33%.
27
c) 57%.
d) 50%.
e) 25%.
Solução:

18. Na sequência de números 1, 2, 3, ..., 100, quantos números não são


múltiplos de 3 e nem de 4?
a) 50.
b) 48.
c) 46.
d) 44.
e) 42.
Solução:
Múltiplos de 3 de 1 até 100, é só dividir por 3 ⇒ 100 ÷ 3 = 33 e
resto 1
Múltiplos de 4 de 1 até 100, é só dividir por 4 ⇒ 100 ÷ 4 = 25
Múltiplos de 12 de 1 até 100, é só dividir por 12 ⇒ 100 ÷ 12 = 8 e
resto 4
O resto não é importante, mas sabemos que os divisores de 3 e 4, são
divisíveis por 12, logo:

Logo, temos 50 números que não são múltiplos nem de 2 e nem de 4.


19. Num grupo de 99 esportistas,
40 jogam vôlei;
Raciocínio Lógico

20 jogam vôlei e xadrez;


22 jogam xadrez e tênis;
18 jogam vôlei e tênis
11 jogam as três modalidades.
28
O número de pessoas que jogam xadrez é igual ao número de pes-
soas que jogam tênis.
Solução:
jogam APENAS vôlei e xadrez = 20 – 11 = 9
jogam APENAS vôlei e tênis = 18 – 11 = 7
jogam APENAS tênis e xadrez = 22 – 11 = 11
Agora, podemos calcular, no círculo do vôlei, quem joga APENAS
vôlei:
40 – (9 + 11 + 7) = 13
Com a última informação (Total de xadrez = Total de tênis), pode-
mos calcular:
Quem joga APENAS xadrez = X
Quem joga APENAS tênis = T
No entanto, sabemos que o total de jogadores é 99, então, vamos
somar tudo e igualar a 99:
X + T + 13 + 9 + 11 + 7 + 11 = 99
X + T = 48 (i)
Contudo, sabemos que:
X + 9 + 11 + 11 = T + 7 + 11 + 11
T – X = 2 (ii)
De (i) + (ii) temos:
2.T = 50 ---> T = 25 e X = 23
a) quantos esportistas jogam tênis e não jogam vôlei?
25 + 11 = 36
b) Quantos jogam xadrez ou tênis e não jogam vôlei?
25 + 11 + 23 = 59
c) Quantos jogam vôlei e não jogam xadrez?
7 + 13 = 20
20. Ricardo Erse veste-se apressadamente para um encontro muito im-
portante. Pouco antes de pegar as meias na gaveta, falta luz. Ele cal-
cula que tenha 13 pares de meias brancas, 11 pares de meias cinzas,
17 pares de meias azuis e 7 pares de meias pretas. Como elas estão
todas misturadas, ele resolve pegar certo número de meias no escu-
ro e, chegando no carro, escolher duas que tenham cor igual para
calçar. Qual é o menor número de meias que Ricardo Erse poderá
pegar para ter certeza de que pelo menos duas são da mesma cor?
a) 12.
Raciocínio Lógico

b) 10.
c) 8.
d) 6.
e) 5.
29
Solução:
Ricardo tem 4 cores de meia em mãos (1 branca, 1 cinza, 1 azul e 1
preta). Quando Ricardo pegar a 5ª meia, obrigatoriamente terá um
par de meias da mesma cor.

4. Problema do Diofanto e do Jack Bauer


4.1 Apresentação

Nesta unidade, vamos introduzir as duas outras leis básicas da lógica.

4.2 Síntese
Desafio: Numa brincadeira na escola de Diofanto, ele deve retirar o menor
número possível de frutas (sem ver) de uma das três caixas rotuladas da seguin-
te maneira: maçã, pera e maçã e pera, onde os rótulos estão todos fora de or-
dem. Quantas frutas ele deve retirar para colocar os rótulos nas caixas corretas
e de qual(ais) caixa(s) ele deve fazê-lo?
Resposta: Retirando apenas uma fruta da caixa rotulada como “pera e
maça”, conseguiremos definir as demais caixas.
1ª lição: Leia cuidadosamente o texto e preste atenção nas entrelinhas,
aqui o nosso português é top de linha!!!
Desafio: O agente da UCT, Jack Bauer, foi entregue ao terrorista Abu Fa-
yed, e o terrorista disse: “Diga uma frase para salvar sua vida: Se ela for verda-
deira, nos te fuzilamos; porém, se for falsa, nos te enforcamos.”
Jack Bauer pensou rapidamente, disse a frase e saiu livre e vivo, como
sempre...
– Qual foi a frase dita por Jack?
Resposta: Ele disse que seria enforcado!
O Jack só poderia ser enforcado se tivesse mentido, então se ele disse
que seria enforcado e, de fato, a frase dele era verdadeira, a maneira certa
de morrer era fuzilado. Mas, se fosse fuzilado, a frase seria falsa e deveria ser
enforcado.
Raciocínio Lógico

2ª lição: “Se nós quisermos atingir resultados nunca antes atingidos, de-
vemos utilizar métodos nunca antes utilizados.” Ou seja, jogar a verdade
contra a mentira, ou mesmo induzir a pessoa ao erro ou a uma contradição
é a coisa mais lógica a se fazer...
30
5. Verdade x Mentira: Indução ao Erro
5.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos verdade x mentira: indução ao erro.

5.2 Síntese
Quando estamos diante de uma situação em que não podemos concluir
a verdade iminente, procuramos algo ou fala contraditória; caso exista, utili-
zamos o princípio da contradição, ou indução ao erro. No problema do Jul-
gamento Final, como um guardião fala apenas a verdade e o outro, apenas a
mentira, induzimos um deles à resposta do outro.
Questão: O DIA DO JULGAMENTO FINAL
Segundo uma antiga lenda, quando morremos nos deparamos com dois
guardiões que estão diante de duas portas: uma nos leva ao céu e a outra ao
inferno. Não sabemos qual porta é qual, sabemos apenas que um dos guardiões
diz sempre a verdade e outro mente sempre, mas também não sabemos qual
é qual!
Qual a pergunta (e uma só pergunta) que devemos fazer para que possamos
desfrutar de uma vida eterna no céu?
Comentário: (Adaptada do livro “O homem que calculava”). Você está
numa cela onde existem duas portas, cada uma vigiada por um guarda. Exis-
te uma porta que dá para a liberdade, e outra para a morte. Você está livre
para escolher a porta que quiser e por ela sair. Poderá fazer apenas uma per-
gunta a um dos dois guardas que vigiam as portas. Um dos guardas sempre
fala a verdade, e outro sempre mente e você não sabe quem é o mentiroso
e quem fala a verdade.
Que pergunta você faria?
Resposta: “Se você fosse o seu colega, qual porta você me indicaria?” A
reposta será exatamente o contrário do que se fará.
Porta esquerda = Liberdade.
Porta direita = Morte.

{
Se fala a verdade = Porta direita à Contrário à Porta
Raciocínio Lógico

esquerda.
Guarda 01
Se fala a mentira = Porta direita à Contrário à Porta
esquerda
31
Exercício
21. Valéria quis saber do amigo enigmático Fenelon Portilho quais eram
as idades de seus três filhos. Ele deu a primeira pista:
– O produto de suas idades é 36.
– Ainda não é possível saber, disse Valéria.
– A soma das idades é o número da casa aí em frente.
– Ainda não sei.
– Meu filho mais velho é Corintiano.
– Agora já sei, afirmou Valéria.
Qual era o número da casa em frente?
Solução: Nesta questão do professor Fenelon, a cada dica necessi-
tamos de outra, pois ainda permanecemos na dúvida, ou seja, a dú-
vida só prevalece porque temos mais de uma possível resposta, daí
a necessidade da próxima dica, até que a última dica elimina por
completo as outras opções. Enfim, para que haja a certeza lógica a
questão ou enunciado tem que nos fornecer todos os dados necessá-
rios para uma única solução, sem dúvidas ou suposições.
Possibilidades Somas Casa Idade
3
1 1 38
6
1
1 2 21
8
1
1 3 16
2
1 4 9 14
1 6 6 13 *
2 2 9 13 * 2,2,9
2 3 6 11
3 3 4 10

6. Estruturas Lógicas
6.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, veremos as estruturas lógicas.


32
6.2 Síntese
Definição de Lógica
Lógica é a ciência que estuda as leis do pensamento e a arte de aplicá-las
corretamente na investigação e demonstração da verdade dos fatos.
Árvore de Porfírio:
Porfírio criou uma estrutura lógica – a Árvore de Porfírio – que, partindo
de um conceito ou gênero amplo, divide esse gênero em outros tantos gêneros
subordinados, mutuamente excludentes e coletivamente exaustivos, por meio
de um par de opostos, chamado “diferenças”. O processo de divisão pelas dife-
renças segue até que a espécie mais baixa seja alcançada, espécie essa que não
pode ser mais dividida.

SAPO OU CAVALO?
(INCRÍVEL, MAS É A MESMA IMAGEM!)
Raciocínio Lógico
33
Definição de Lógica
Lógica é a ciência que estuda as leis do pensamento e a arte de aplicá-las
corretamente na investigação e demonstração da verdade dos fatos.
Para Aristóteles, a lógica é um instrumento para o exercício do pensamen-
to e da linguagem, oferecendo-lhes meios para realizar o conhecimento e o
discurso e não uma ciência teorética, nem prática nem produtiva, mas um
instrumento para as ciências, para o conhecer. O objeto da lógica para Aristóte-
les é a proposição, que exprime, por meio da linguagem, os juízos formulados
pelo pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado a um sujeito.
A verdade pode sofrer uma série de conceituações. Vejamos as consequentes:
Verdade Lógico-formal – é a que se refere à coerência na estrutura do
raciocínio quanto às conclusões alcançadas, obedecendo a princípios formais
do pensamento e segundo enunciados estabelecidos, a partir dos quais se de-
senvolve o pensamento que expressa uma nova proposição, um novo enuncia-
do ou uma nova verdade. Assim, a verdade lógico-formal é a que representa
acordo com as leis do pensamento, a partir de princípios ou definições ante-
riormente estabelecidos.
Verdade Objetiva – é a que se refere à conformidade do conhecimento
com a coisa conhecida ou a “conformidade do pensar com o ser”. Se digo que o
dia está nublado, é preciso que, no instante que faça tal afirmação, o céu esteja,
realmente, nublado.
Verdade Ontológica, Metafísica ou do Ser – é a que se refere à essência
mesma das coisas. Quando falo que a manteiga é pura, quero dizer que não foi
acrescido nenhum elemento estranho, mas que só contém a natureza própria
da manteiga. Em outras palavras, exprime o ser das coisas, correspondendo
exatamente ao nome que se lhe dá.
Verdade Moral – é a que se refere ao agir, à “conformidade da expressão
oral com a mente”, podendo receber o nome também de veracidade. A ver-
dade moral significa a correspondência entre a expressão do pensamento e o
pensamento.
O erro, em lógica, chama-se falsidade. Em moral, quando a pessoa erra
conscientemente, chama-se mentira. O erro pode ter causa lógica, psicológica
ou moral.
PROPOSIÇÃO
Vem de “propor” que significa submeter à apreciação; requerer em juízo,
vem do latim proponere. Logo, proposição é uma frase a ser julgada.
Toda proposição apresenta três características obrigatórias:
Raciocínio Lógico

• sendo oração, tem sujeito e predicado;


• é declarativa (não é exclamativa nem interrogativa);
• tem um, e somente um, dos dois valores lógicos: ou é verdadeira (V) ou
é falsa (F).
34
7. Premissas e Silogismo
7.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos as premissas e o silogismo.

7.2 Síntese
(UNB/2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
1. “A frase dentro destas aspas é uma mentira.” (Não é proposição, existe
duplo valor lógico)
2. A expressão X + Y é positiva. (Não é proposição)
3. O valor de 4 + 3 = 7. (É proposição)
4. Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. (É proposição)
5. Quem vai ganhar hoje? (Não é proposição)
Resposta: Item errado
PREMISSA
Do latim: praemissa
Cada uma das duas proposições de um silogismo.
Questão: Uma noção básica da lógica é a de que um argumento é compos-
to de um conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença
denominada conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é necessaria-
mente verdadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas
informações, julgue os itens que se seguem.
SILOGISMO
Do latim: syllogismus
Dedução formal tal que, postas duas proposições, chamadas premissas, de-
las se tira uma terceira, nelas logicamente implicada, chamada conclusão.
01. Deus ajuda quem cedo madruga...
Quem cedo madruga, dorme à tarde...
Quem dorme à tarde, não dorme à noite...
Quem não dorme à noite, sai na balada!!!!!!!
Conclusão: Deus ajuda quem sai na balada!!!!
Raciocínio Lógico

02 – Deus é amor.
O amor é cego.
Stevie Wonder é cego.
Conclusão: Stevie Wonder é Deus.
35
03 – Disseram-me que eu sou um ninguém.
Ninguém é perfeito.
Conclusão: Eu sou perfeito.
Contudo, só Deus é perfeito. Portanto, eu sou Deus.
Se Stevie Wonder é deus, eu sou Stevie Wonder.
Todavia, Stevie Wonder é cego, eu estou cego.
04 – Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos.
Quanto mais queijo, mais buracos.
Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.
Quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo.
Logo, quanto mais queijo, menos queijo.
05 – Toda regra tem exceção.
Isto é uma regra.
Logo, deveria ter exceção.
Portanto, nem toda regra tem exceção.
06 – Existem biscoitos feitos de água e sal.
O mar é feito de água e sal.
Logo, o mar pode ser um biscoitão.
07 – Quando bebemos, ficamos bêbados.
Quando estamos bêbados, dormimos.
Quando dormimos, não cometemos pecados.
Quando não cometemos pecados, vamos para o Céu.
Então, vamos beber para ir pro Céu!
08 – Hoje em dia, os trabalhadores não têm tempo pra nada.
Já os vagabundos... Tem todo o tempo do mundo.
Tempo é dinheiro.
Logo, os vagabundos têm mais dinheiro do que os trabalhadores.

Exercícios
22. (UnB/Agente/PF/2004) Toda premissa de um argumento válido é
verdadeira.
23. (UnB/Agente/PF/2004) Se a conclusão é falsa, o argumento não é
válido.
24. (UnB/Agente/PF/2004) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é
Raciocínio Lógico

válido.
25. (UnB/Agente/PF/2004) É válido o seguinte argumento: Todo ca-
chorro é verde, e tudo que é verde é vegetal, logo, todo cachorro é
vegetal.
Capítulo 3

Construção da Tabela –
Conjunção e Disjunção

1. Apresentação
Conectivos lógicos
São expressões que servem para unir duas proposições ou transformar uma
proposição formando uma nova proposição.
Os conectivos lógicos básicos são:
“não” (negação);
“e” (conjunção aditiva);
“ou” (disjunção, podendo ser exclusiva ou não);
“se... então” (condicional);
“se e somente se” (bicondicional).
AS TABELAS VERDADE
A lógica clássica é governada por três princípios (entre outros) que podem
ser formulados como segue:
· Princípio da Identidade: todo objeto é idêntico a si mesmo.
· Princípio da Contradição: dadas duas proposições contraditórias (uma
é negação da outra), uma delas é falsa.
37
· Princípio do Terceiro Excluído: dadas duas proposições contraditórias,
uma delas é verdadeira.
Com base nesses princípios, as proposições simples são ou verdadeiras ou
falsas – sendo mutuamente exclusivos os dois casos; daí dizer que a lógica clás-
sica é bivalente.
Ao analisarmos uma proposição, ela poderá ser verdadeira ou falsa, assim
podemos construir o corpo de uma tabela-verdade.
A B
V V
V F
F V
F F
E, continuando, se tivermos 3 proposições teremos uma tabela de 8 linhas,
pois serão 2 x 2 x 2 = 8 possibilidades de valorações das proposições.
A B C
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
CONJUNÇÃO
A conjunção A  B é verdadeira se A e B são ambas verdadeiras; se ao me-
nos uma delas for falsa, então A  B é falsa.
Este critério está resumido A B AB
na tabela-verdade ao lado
V V V
V F F
Raciocínio Lógico

F V F
F F F
A Conjunção só será verdadeira se ambas forem verdadeiras, caso contrário,
será sempre falsa.
38
Exemplo 01
A: O Homem é um ser vivo. (V)
B: Cães são vegetais. (F)
A  B: O Homem é um ser vivo e Cães são vegetais, é uma proposição
falsa (F).
Exemplo 02
A: 3 + 4 = 7
B: é “Rômulo é magro”
A  B: 3 + 4 = 7 e “Rômulo é magro” é uma proposição que pode ser
verdadeira (V) ou falsa (F) dependendo do valor lógico de B, a qual pode
ser verdadeira (V) ou falsa (F).
DISJUNÇÃO
A disjunção A  B é verdadeira se ao menos uma das proposições A ou B
for verdadeira; se A e B são ambas falsas, então A  B é falsa.
Este critério está resumido A B AB
na tabela-verdade ao lado
V V V
V F V
F V V
F F F
A disjunção só será falsa se ambas forem falsas, caso contrário, será verdadeira.
Exemplos de Disjunção:
A: “Todo botafoguense é audaz.” (V)
B: “O gelo é quente.” (F)
A  B: “Todo botafoguense é audaz ou o gelo é quente.” (V)
A: 4 > 3 (F).
B: “Todo ser vivo é mamífero.” (F)
A  B : 4 > 3 ou “todo ser vivo é mamífero” (F).

Exercício
26. (UnB/Analista/TRT-1ªR./2008) Considere que são V as seguintes
proposições:
– “Se Joaquim é desembargador ou Joaquim é ministro, então Joa-
quim é bacharel em direito”;
– “Joaquim é ministro.”
Raciocínio Lógico

Nessa situação, conclui-se que também é V a proposição:


a) Joaquim não é desembargador.
b) Joaquim não é desembargador, mas é ministro.
c) Se Joaquim é bacharel em direito, então Joaquim é desembargador.
39
d) Se Joaquim não é desembargador nem ministro, então Joaquim
não é bacharel em direito.
e) Joaquim é bacharel em direito.

2. Condicional: Valéria Falou, tá Falado


CONDICIONAL
Ainda a partir de proposições dadas, podemos construir novas proposições
pelo emprego de outros dois símbolos lógicos chamados condicionais:
o condicional se ... então.... (símbolo: à);
e o bicondicional ... se, e somente se ... (símbolo: ↔).
O condicional se A, então B (AàB) é falso somente quando A é verdadeira
e B é falsa; caso contrário, A à B é verdadeiro.
DICA: “A CONDICIONAL SÓ SERÁ FALSA NO VALÉRIA FALOU,
TÁ FALADO”
Veja a tabela-verdade A B AàB
correspondente à proposição
V V V
A àB:
V F F
F V V
F F V
Por exemplo:
Se Nestor é professor de Penal (V), então, Barney ensina literatura (F).
Valéria Falou, tá Falado
Se o gato late, então o cachorro mia, é verdadeiro.
Se o gato dança sapateado (F), então, o cachorro sai com o carro todo final
de semana (F), é verdadeira.
A: A terra é quadrada (F)
B: Miguel é especial (V ou F)
A à B: A terra é quadrada então Miguel é especial será sempre verdadeira
independentemente do valor lógico de B.

Exercícios
27. Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se
Raciocínio Lógico

Carla não foi ao casamento, Vanderleia viajou. Se Vanderleia viajou,


o navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo:
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento.
b) Camile e Carla não foram ao casamento.
40
c) Carla não foi ao casamento e Vanderleia não viajou.
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderleia viajou.
e) Vera e Vanderleia não viajaram.
Solução: A última conclusão que iremos extrair, com base no nosso
quadro-resumo que rege a estrutura em tela, é a seguinte:
Agora, resta-nos elencar as conclusões todas do nosso raciocínio. Fo-
ram as seguintes:
à O navio não afundou (premissa incondicional, “verdade” do
enunciado);
à Vanderleia não viajou (conclusão da terceira proposição);
à Carla foi ao casamento (conclusão da segunda proposição);
à Vera não viajou (conclusão da primeira proposição).
Daí, compararemos nossas conclusões acima com as opções de res-
posta. E chegamos, enfim, à resposta da questão, que é a opção E
(Vera e Vanderleia não viajaram).
28. Se Beraldo briga com Beatriz, então, Beatriz briga com Bia. Se Bea-
triz briga com Bia, então, Bia vai ao bar. Se Bia vai ao bar, então,
Beto briga com Bia. Ora, Beto não briga com Bia. Logo:
a) Bia não vai ao bar e Beatriz briga com Bia.
b) Bia vai ao bar e Beatriz briga com Bia.
c) Beatriz não briga com Bia e Beraldo não briga com Beatriz.
d) Beatriz briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz.
e) Beatriz não briga com Bia e Beraldo briga com Beatriz.
Daí, as conclusões que extrairemos do nosso raciocínio são as seguintes:
à Beto não briga com Bia (“premissa incondicional”);
à Bia não vai ao bar (conclusão da terceira premissa);
à Beatriz não briga com Bia (conclusão da segunda premissa);
à Beraldo não briga com Beatriz.
Em comparação com as opções de resposta, concluímos que a res-
posta correta será o item C (“Beatriz não briga com Bia e Beraldo
não briga com Beatriz”).

3. Conectivos Lógicos – Questões


Analise agora...
Na música do Engenheiros do Hawaii ...
“Crimes perfeitos não deixam suspeitos” (Humberto Gessinger):
Raciocínio Lógico

é verdadeira, logo:
Renato cometeu um crime.
Renato é suspeito.
– Logo, o crime não foi perfeito.
41
Exercícios
29. (Delegado da Polícia Civil/ES) Uma proposição é uma frase afirma-
tiva que pode ser julgada como verdadeira ou falsa, mas não ambos.
Uma dedução lógica é uma sequência de proposições, e é conside-
rada correta quando, partindo-se de proposições verdadeiras, deno-
minadas premissas, obtêm-se proposições sempre verdadeiras, sendo
a última delas denominada conclusão. Considerando essas informa-
ções, julgue os itens a seguir, a respeito de proposições.
Considere a seguinte sequência de proposições:
(1) Se o crime foi perfeito, então, o criminoso não foi preso.
(2) O criminoso não foi preso.
(3) Portanto, o crime foi perfeito.
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então, a proposição (3), a con-
clusão, é verdadeira, e a sequência é uma dedução lógica correta.
Item Errado

Considere as seguintes frases.


I – Todos os empregados da Petrobras são ricos.
II – Os cariocas são alegres.
III – Marcelo é empregado da Petrobras.
IV – Nenhum indivíduo alegre é rico.
Admitindo que as quatro frases acima sejam verdadeiras e conside-
Raciocínio Lógico

rando suas implicações, julgue os itens que se seguem.


30. Nenhum indivíduo rico é alegre, mas os cariocas, apesar de não se-
rem ricos, são alegres.
31. Marcelo não é carioca, mas é um indivíduo rico.
42
32. Existe pelo menos um empregado da Petrobras que é carioca.
33. Alguns cariocas são ricos, são empregados da Petrobras e são alegres.
34. (Esaf) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo.
Ora, não velejo. Assim,
a) Estudo e fumo.
b) Não fumo e surfo.
c) Não velejo e não fumo.
d) Estudo e não fumo.
e) Fumo e surfo.
Solução:

4. Esaf: Diagramas/Negação
Exercício
35. (Esaf) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não desis-
to, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então:
a) Se jogo, não é feriado.
b) Se não jogo, é feriado.
c) Se é feriado, não leio.
d) Se não é feriado, leio.
e) Se é feriado, jogo.
A negação da negação é a afirmação da proposição.
Exemplo: Não fui eu não, então, fui eu.
A negação de A e B é não A ou não B.
Exemplo: A negação de Você é alto e bonito é:
Você não é alto ou você não é bonito.
A negação de A ou B é não A e não B.
Exemplo: A negação de Você é cruzeirense ou atleticano é:
Você não é cruzeirense e você não é atleticano.
Anteriormente, vimos que:
Raciocínio Lógico

– para que uma proposição composta por uma conjunção seja falsa,
basta que uma das frases que a compõe seja falsa;
– para que uma proposição composta por uma disjunção seja verda-
deira, basta que uma das frases que a compõe seja verdadeira.
43
A negação do E é OU
A negação do OU é E
Negação
A proposição ~A tem sempre valor oposto de A, isto é, ~A é verda-
deira quando A é falsa e ~A é
falsa quando A é verdadeira
Não “par vezes” = Não do não à Sim.
Não “ímpar vezes” = Não do não do não à Não.

A ~A
V F
F V

~(A  B) = ~A ou ~B
A B AB ~ (A  B) ~A ~B ~A ou ~B
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V
Outra maneira de abordarmos a condicional é com o uso de diagra-
mas comparativos:

Na condição (A à B), negando a existência do conjunto maior (B),


será condição suficiente para a inexistência do conjunto menor (A).

5. Negação de Uma Condicional


5.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, veremos negação de uma condicional.


44
5.2 Síntese
Por exemplo, para negar a frase:
Se você jogar na Mega, você ganhará.
A negação será:
Você jogou na Mega e não ganhou.
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
*Se A então B A e não B
**A se e somente se B (↔) (A e não B) ou (B e não A)
Todo A é B Algum A não é B
Algum A é B Nenhum A é B

Exercício
36. Se Marta pratica esporte, então, ela é saudável.
No entanto, Marta não pratica esporte.
Logo, baseados somente nessas informações, podemos concluir que:
a) Ela é saudável.
b) Ela não é saudável.
c) Alguém não pratica esporte.
d) Ninguém é saudável.

A B AB AB
V V V V
Raciocínio Lógico

V F F V
F V F V
F F F F
45
A negação do e é ou
⌐A ⌐B (⌐A)(⌐B) (⌐A)(⌐B)
F F F F
F V V F
V F V F
V V V V

Proposição Equivalente da Negação


AB ⌐A  ⌐B
AB ⌐A  ⌐B
A negação de uma condicional é afirmar a ideia e negar a conclusão,
ou seja, partimos de um mesmo princípio e não chegamos a uma
mesma conclusão.
A ~B A(⌐B)
V F F
V V V
F F F
F V F
Tabela de Negações
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
Se A então B A e não B
A se e somente se B (A e não B) ou (B e não A)
Todo A é B Algum A não é B
Algum A é B Nenhum A é B

6. Tabela de Negações
6.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, veremos a tabela de negações.


46
6.2 Síntese
Tabela de Negações
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
Se A então B A e não B
A se e somente se B (A e não B) ou (B e não A)
Todo A é B Algum A não é B
Algum A é B Nenhum A é B
A negação da proposição: Todo ser vivo é mamífero, é a proposição:
Nem todo ser vivo é mamífero ou, Existe, pelo menos, um ser vivo que não é
mamífero.
A negação da proposição: Tenho 1,80 m de altura e você está pisando no
meu pé é:
Não tenho 1,80 m de altura ou você não está pisando no meu pé.
A negação de 4 = 5 é 4 ≠ 5;
A negação de 3 > 1 é 3  1;
A negação de x  2 é x < 2;
A negação de y < 5 é y  5;
A negação de x  6 é x > 6

Exercícios

37. Sejam p e q duas proposições. A negação de p Ù ~ q equivale a:


a) ~p  ~q.
b) ~p  ~q.
c) ~p  q.
d) ~p  q.
e) p  ~q.
38. A negação de “Hoje é segunda-feira e amanhã não choverá” é:
a) Hoje não é segunda-feira e amanhã choverá.
Raciocínio Lógico

b) Hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá.


c) Hoje não é segunda-feira, então, amanhã choverá.
d) Hoje não é segunda-feira nem amanhã choverá.
e) Hoje é segunda-feira ou amanhã não choverá.
47
39. A negação de “O gato mia e o rato chia” é:
a) “O gato não mia e o rato não chia.”
b) “O gato mia ou o rato chia.”
c) “O gato não mia ou o rato não chia.”
d) “O gato e o rato não chiam nem miam.”
40. A negação de “x  -2” é:
a) x  2.
b) x  -2.
c) x < -2.
d) x  2.

7. Problema do Plog e Dica em Diagramas


Usando Equivalência

Exercícios
41. Ou PLOG = BLOG, ou CLOG = DLOG, ou EGLE = FLOG. Se
GLOG = HUGLI, então EGLE = FLOG. Se CLOG = DLOG,
então GLOG = HUGLI. Ora, EGLE ≠ FLOG, então:
a) CLOG = DLOG ou GLOG = HUGLI.
b) PLOG ≠ BLOG e CLOG ≠ DLOG.
c) CLOG ≠ DLOG e GLOG = HUGLI.
d) PLOG = BLOG e CLOG ≠ DLOG.
e) CLOG = DLOG ou PLOG ≠ BLOG.
Raciocínio Lógico

42. Se Valéria não fala italiano, então, Marcelo fala alemão. Se Valéria fala
italiano, então, ou Waltinho fala chinês ou Nestor fala dinamarquês. Se
Nestor fala dinamarquês, Leonardo fala espanhol. Mas Leonardo fala
48
espanhol se e somente se não for verdade que Juliana não fala francês.
Ora, Juliana não fala francês e Waltinho não fala chinês. Logo,
a) Valéria não fala italiano e Nestor não fala dinamarquês.
b) Waltinho não fala chinês e Nestor fala dinamarquês.
c) Juliana não fala francês e Leonardo fala espanhol.
d) Marcelo não fala alemão ou Valéria fala italiano.
e) Marcelo fala alemão e Nestor fala dinamarquês.
Resolução: A melhor forma de resolver problemas como este é ar-
rumar as informações, de forma mais interessante, que possa prover
uma melhor visualização de todo o problema:
Observe que ao analisar todas as premissas, e tornarmos todas verda-
deiras obtivemos as seguintes afirmações:
Juliana não fala francês.
Waltinho não fala chinês.
Leonardo não fala espanhol.
Nestor não fala dinamarquês.
Valéria não fala italiano.
Marcelo fala alemão.
Toda afirmativa que pode ser julgada como verdadeira ou falsa é
denominada proposição. Considere que A e B representem propo-
sições básicas e que as expressões A  B e ¬A sejam proposições
compostas.
A proposição A  B é F quando A e B são F, caso contrário, é V,
e ¬A é F quando A é V, e é V quando A é F. De acordo com essas
definições, julgue os itens a seguir:
43. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Se a proposição A for F e a proposi-
ção (¬A)  B for V, então, obrigatoriamente, a proposição B é V.
(¬A)  B
{

V ?=V
Comentário:
Logo, a proposição B não precisa ser obrigatoriamente Verdadeira
para que a saída seja verdadeira.

8. Questões de Concurso – Preposições


Exercícios
Raciocínio Lógico

44. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Independentemente da valoração V


ou F atribuída às proposições A e B, é correto concluir que a propo-
sição ¬(A  B)  (A  B) é sempre V.
49
Comentário:
Perceba que as proposições são invertidas, ou seja, quando uma for
falsa, a outra será verdadeira.
~(A  B) v ~ (A  B) 
A B A  B ~(A  B)
(A  B) (A ~B)
V V V F V F
V F V F V F
V F V F V F
F V V F V F
F F F V V F
• Obs.: Sempre haverá um (V) nas hipóteses.
45. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Se a afirmativa “todos os beija-flores
voam rapidamente” for considerada falsa, então, a afirmativa “algum
beija-flor não voa rapidamente” tem de ser considerada verdadeira.
Comentário: A negação de Todo é Algum, a negação de Algum é
Nenhum.
Todos os beija-flores voam rapidamente = Algum beija-flor não voa
rapidamente.
Com relação à lógica formal, julgue os itens subsequentes.
46. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A frase “Pedro e Paulo são analistas do
Sebrae” é uma proposição simples.
Há somente um verbo.
47. (UnB/Analista/Sebrae/2008) Toda proposição lógica pode assumir
no mínimo dois valores lógicos.
Toda proposição deve assumir somente um valor lógico, ou verda-
deiro, ou falso, não ambas.
48. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é
a proposição “2 + 5 = 7”.
A negação correta seria: “2 + 5 ≠ 9”. Ou seja, qualquer número que
não seja 9.
49. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A proposição “Ninguém ensina a nin-
guém” é um exemplo de sentença aberta.
Não é uma sentença aberta, pois a sentença aberta é aquela onde
tem o sujeito indeterminado e esse não leva a nada. A frase tem prin-
Raciocínio Lógico

cípio, mas não tem fim.


Nesta frase, ele quis deixar entendido que um ninguém ensina a
outro ninguém, uma pessoa que não existe; quando, em verdade, o
ninguém seria o nome da pessoa (como Pedro ensina a Pedro).
50
50. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A proposição “João viajou para Paris
e Roberto viajou para Roma” é um exemplo de proposição forma-
da por duas proposições simples relacionadas por um conectivo de
conjunção.
São duas proposições simples, cada uma com um verbo.
51. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A negação da proposição “Ninguém
aqui é brasiliense” é a proposição “Todos aqui são brasilienses”.
A negação é “Alguém aqui é brasiliense”.
Proposição Equivalente da Negação
Todo A é B Algum A não é B
Algum A é B Nenhum A é B
52. (NCE/Téc./Mapa/2005) A negação da afirmativa “Me caso ou com-
pro sorvete” é:
a) Me caso e não compro sorvete.
b) Não me caso ou não compro sorvete.
c) Não me caso e não compro sorvete.
d) Não me caso ou compro sorvete.
e) Se me casar, não compro sorvete.
Considere que as letras P, Q, R e T representem proposições e
que os símbolos ¬, ,  e → sejam operadores lógicos que cons-
troem novas proposições e significam não, e, ou e então, respec-
tivamente.
Na lógica proposicional, cada proposição assume um único valor
(valor-verdade), que pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca
ambos. Com base nas informações apresentadas no texto acima, jul-
gue os itens a seguir:
53. (UnB/Agente/PF/2004) Se as proposições P e Q são ambas verdadei-
ras, então, a proposição
(¬ P)  (¬ Q) também é verdadeira.
Comentário: Se as proposições P e Q são ambas verdadeiras, então,
a proposição (~P)  (~ Q) também é verdadeira. Errado. (~ P)  (~
Q) = F v F = F (e não verdadeira).
54. (UnB/Agente/PF/2004) Se a proposição T é verdadeira e a proposi-
ção R é falsa, então, a proposição R → (¬ T) é falsa.
Raciocínio Lógico

Comentário: Se a proposição T é verdadeira e a proposição R é falsa,


então, a proposição R à (¬T) é Verdadeira.
Em uma condicional, quando a ideia é falsa, a conclusão sempre
será verdadeira.
51
Veja a tabela-verdade
A B AàB
Correspondente à proposição
A àB: V V V
V F F
F V V
F F V
Vamos ver agora em qual destas linhas se encaixa a nossa questão.
Temos uma condicional “se...então” no qual o antecedente é falso
e a consequência é falsa (pois o segundo termo é a negação da pro-
posição T, que é verdadeira). Sendo assim, estamos nos referindo à
quarta linha da tabela e, portanto, a sentença será verdadeira.
Neste caso, bastaria sabermos que o antecedente é falso para “matar”
a questão pois, seja lá qual fosse o outro termo, pela tabela a sentença
seria verdadeira.
55. (UnB/Agente/PF/2004) Se as proposições P e Q são verdadeiras e a
proposição R é falsa, então, a proposição (P ^ R) → (¬ Q) é verdadeira.
Comentário: Item CERTO. Obedecendo a conjunção e a condi-
cional:
(P  R) → (¬ Q)
(V  F) → (¬ V)
F →F=V

9. Tabela Base e Dica do Sorvete


Tabela Base
A B AB AB AàB A⇔B
V V V V V V
V F F V F F
F V F V V F
F F F F V V
Dica 01 A e B = A  B → só será verdadeira se A e B forem verdadeiras,
caso contrário será sempre falsa.
Dica 02 A ou B = A  B → só será falsa se A e B forem falsas, caso contrário
Raciocínio Lógico

será sempre verdadeira.


Exemplo:
Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é verdadeiro, então,
do ponto de vista lógico, podemos dizer que:
52
“Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.”
“Se Paulo não é paulista, então Pedro não é pedreiro.”
No entanto, dizer que:
“Pedro é pedreiro e Paulo não é paulista” é uma falsidade.
Comentário:
Frase principal: “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é verdadeiro,
como se trata de uma disjunção, obrigatoriamente, alguém tem que ser verda-
deiro; assim:
“Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.” É uma frase verdadeira,
pois negamos a primeira proposição; desse modo, para manter a veracidade
da frase principal, temos que concluir que a segunda proposição é obrigatoria-
mente verdadeira.
“Se Paulo não é paulista, então, Pedro não é pedreiro.” É uma frase
verdadeira, pois ao negarmos a segunda proposição, temos que afirmar a vera-
cidade da primeira, para manter a frase principal verdadeira.
“Pedro é pedreiro e Paulo não é paulista” é uma falsidade. Concluir que
esta frase é falsa é mais do que verdade, pois tornamos ambas as proposições
falsas e uma disjunção só será falsa caso ambas sejam falsas.
“Pedro é pedreiro e Paulo não é paulista” é uma falsidade.

Regra do Sorvete
Chocolate Morango Chocolate e Morango Chocolate ou Morango
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F

10. O ou exclusivo e inclusivo


Raciocínio Lógico
53
Exercícios
56. Sou amiga de Bob ou sou amiga de Dylan. Sou amiga de Marley ou
não sou amiga de Bob. Sou amiga de Kaleb ou não sou amiga de
Dylan. Ora, não sou amiga de Kaleb. Assim:
a) Não sou amiga de Marley e sou amiga de Bob.
b) Não sou amiga de Kaleb e não sou amiga de Marley.
c) Sou amiga de Bob e amiga de Marley.
d) Sou amiga de Dylan e amiga de Marley.
e) Sou amiga de Dylan e não sou amiga de Kaleb.
Comentário:
Veja a sequência de diagramas.

Se não sou amiga de Kaleb, então, é falso dizer que sou.


Raciocínio Lógico

Assim, obrigatoriamente, direi que não ser amiga de Dylan é uma ver-
dade, pois a disjunção só será verdadeira se “alguém” for verdadeiro.
54

Assim sendo, ser amiga de Dylan é falsidade.

Portanto, ser amiga de Bob é uma verdade.

Logo, não ser amiga de Bob é falsidade.

Por conseguinte, temos que concluir que ser amiga de Marley é


verdade.
Raciocínio Lógico
55
57. Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, não
velejo. Assim:
a) Estudo e fumo.
b) Não fumo e surfo.
c) Não velejo e não fumo.
d) Estudo e não fumo.
e) Fumo e surfo.

ATENÇÃO: Quando uma condicional tem sua hipótese falsa, ou


seja, o princípio é falso, não interessa a conclusão, pois ela sempre
será verdadeira.
Se A então B = A → B, só será falsa se A for verdadeira e B for falsa,
ou seja, No Valéria Falou, tá Falado, dizemos que A é condição sufi-
ciente para que B aconteça.
Condicional (condição suficiente) → para você se dar bem:
Você gosta Ele(a) gosta Relacionamento
V V V
V F F
F V V
F F V

11. Condicional: “Certo”, “Falso”,


“Verdadeiro”
Condicional (condição suficiente) → para você se dar bem:
Você gosta Ele(a) gosta Relacionamento
V V V
V F F
Raciocínio Lógico

F V V
F F V
Dica: livro Encontro marcado: no final tudo acaba bem, se ainda não aca-
bou, é porque não chegou ao fim.
56
Exercícios
58. Se Frederico é francês, então, Alberto não é alemão. Ou Alberto é
alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então, Fre-
derico é francês. Ora, nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana.
Logo:
a) Pedro é português e Frederico é francês.
b) Pedro é português e Alberto é alemão.
c) Pedro não é português e Alberto é alemão.
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês.
e) Se Alberto é Alemão, Frederico é francês.

59. Se Astrubal é amigo de Leôncio, então, Salgado é amigo de Pedro. Se


Salgado é amigo de Pedro, então, Pedro é amigo do João. Se Pedro
é amigo de João, então, João é amigo de Dimitri. Se João é amigo
de Dimitri, então, Thales é amigo de Diego. Se Thales é amigo de
Diego, então, Nina é feia. Ora, Nina não é feia.
Comentário:
Ora Nina não é feia.
Então,
Thales não é amigo de Diego.
Logo,
João não é amigo de Dimitri.
Assim,
Pedro não é amigo de João.
Salgado não é amigo de Pedro.
Raciocínio Lógico

Portanto,
Astrubal não é amigo de Leôncio
Resumindo: Se A então B = A → B, só será falsa se A for verdadeira e
B for falsa, ou seja, No Valéria Falou, tá Falado. Por exemplo:
57
Se sou botafoguense, então, você será reprovado, é falsa, pois Valéria
Falou, tá Falado e você será aprovado.
Se o gato late, então, o cachorro mia, é verdadeira, pois falso implica
em falso.
Dizemos que A é condição suficiente para que B aconteça.

12. Dica da Condicional

Exercícios
60. (Esaf/Serpro/2001) Cícero quer ir ao circo, mas não tem certeza se o
circo ainda está na cidade. Suas amigas, Cecília, Célia e Cleusa têm
opiniões discordantes sobre se o circo está na cidade. Se Cecília esti-
ver certa, então, Cleusa está enganada. Se Cleusa estiver enganada,
então, Célia está enganada. Se Célia estiver enganada, então, o circo
não está na cidade. Ora, ou o circo está na cidade, ou Cícero não irá
ao circo. Verificou-se que Cecília está certa. Logo:
a) O circo está na cidade.
b) Célia e Cleusa não estão enganadas.
c) Cleusa está enganada, mas não Célia.
d) Célia está enganada, mas não Cleusa.
e) Cícero não irá ao circo.
Comentário: Cecília/Certa à Cleusa/Enganado à Célia/Enga-
nado à Circo não está na cidade

Se Cícero quer ir ao circo e se o circo não está na cidade, então,


Cícero não irá ao circo; alternativa correta letra E.
61. Se Marta pratica esporte, então, ela é saudável. Mas Marta não pra-
tica esporte. Logo, baseados somente nessas informações, podemos
concluir que:
a) Ela é saudável.
b) Ela não é saudável.
Raciocínio Lógico

c) Alguém não pratica esporte.


d) Ninguém é saudável.
Comentário: Este é um exemplo de sujeito intermediário. A Marta,
apesar de não praticar esporte, poderá ser ou não saudável.
58

A (Ideia) B (Conclusão) AàB


V V V
V F F
F V V
F F V
ATENÇÃO: Quando uma condicional tem sua hipótese falsa, ou
seja, o princípio é falso, não interessa a conclusão, ela sempre será
verdadeira.
62. (UnB/Analista/TRT-1ª R./2008) Tendo em vista as informações do
texto I, considere que sejam verdadeiras as proposições:
I – Todos os advogados ingressam no tribunal por concurso público;
II – José ingressou no tribunal por concurso público;
III – João não é advogado ou João não ingressou no tribunal por
concurso público.
Nesse caso, também é verdadeira a proposição.
a) José é advogado.
b) João não é advogado.
c) Se José não ingressou no tribunal por concurso público, então,
José é advogado.
d) João não ingressou no tribunal por concurso público.
e) José ingressou no tribunal por concurso público e João é advo-
gado.
Comentário:
I – Todos os advogados ingressam no tribunal por concurso pú-
blico;
II – José ingressou no tribunal por concurso público;
III – João não é advogado ou João não ingressou no tribunal por
Raciocínio Lógico

concurso público. Nesse caso, também é verdadeira a seguinte


proposição:
Alternativa C: quando se parte de um princípio falso, a conclusão
é sempre verdadeira. F à (V ou F) = V.
59
13. Condicional – Proporção de Causa e
Consequência
Na música do Engenheiros do Hawaii ...
“Crimes perfeitos não deixam suspeitos” (Humberto Gessinger):
é verdadeira, logo:
Renato cometeu um crime.
Renato é suspeito.
Portanto, o crime não foi perfeito.
Em uma proposição composta condicional, temos a ideia e a conclusão,
sabendo que ela só será falsa se a “ideia” for verdadeira e a “conclusão” for falsa,
assim sendo, sabemos que:
1) Se a ideia é verdadeira e a conclusão é verdadeira, a resposta será verda-
deira;
“Se eu tenho lá dentro, então, eu tenho lá fora.”
2) Se a conclusão é falsa e a ideia é falsa, a resposta será verdadeira.
“Se negamos lá fora, então, negamos lá dentro.”
3) Se negamos a ideia, não necessariamente negamos a conclusão, ou seja,
podemos não ter a hipótese, mas mesmo assim chegarmos à conclusão, que
denominei: “Sujeito Intermediário”.
“Esta fora lá de dentro e dentro lá de fora.”

Exercícios

63. (Delegado da Polícia Civil/ES) Uma proposição é uma frase afirma-


tiva que pode ser julgada como verdadeira ou falsa, mas não ambos.
Uma dedução lógica é uma sequência de proposições, e é conside-
rada correta quando, partindo-se de proposições verdadeiras, deno-
minadas premissas, obtêm-se proposições sempre verdadeiras, sendo
a última delas denominada conclusão. Considerando essas informa-
ções, julgue os itens a seguir, a respeito de proposições.
Considere a seguinte sequência de proposições:
1) Se o crime foi perfeito, então, o criminoso não foi preso.
Raciocínio Lógico

2) O criminoso não foi preso.


3) Portanto, o crime foi perfeito.
Se (1) e (2) são premissas verdadeiras, então, a proposição (3), a con-
clusão, é verdadeira, e a sequência é uma dedução lógica correta.
60

64. (Esaf) Se não leio, não compreendo. Se jogo, não leio. Se não desis-
to, compreendo. Se é feriado, não desisto. Então,
a) Se jogo, não é feriado.
b) Se não jogo, é feriado.
c) Se é feriado, não leio.
d) Se não é feriado, leio.
e) Se é feriado, jogo.
Raciocínio Lógico
61
Veja a solução da questão com o uso dos diagramas.

14. Condicional – Intermediário/Negação

Exercício
65. Se Fuinha é culpado, então, Beraldo é culpado. Se Fuinha é inocen-
te, então, ou Beraldo é culpado, ou Rapadura é culpado, ou ambos,
Beraldo e Rapadura, são culpados. Se Rapadura é inocente, então,
Beraldo é inocente. Se Rapadura é culpado, então, Fuinha é culpa-
do. Logo:
a) Fuinha é culpado, e Beraldo é culpado, e Rapadura é culpado.
b) Fuinha é culpado, e Beraldo é culpado, e Rapadura é inocente.
c) Fuinha é inocente, e Beraldo é culpado, e Rapadura é culpado.
d) Fuinha é culpado, e Beraldo é inocente, e Rapadura é inocente.
e) Fuinha é inocente, e Beraldo é inocente, e Rapadura é inocente.
Raciocínio Lógico
62

Negação
A proposição ~A tem sempre valor oposto de A, isto é, ~A é verda-
deira quando A é falsa e ~A é falsa quando A é verdadeira

A ¬A
V F
F V
A negação da negação é a afirmação da proposição.
Exemplo: Não fui eu não, então, fui eu.
A negação de A e B é não A ou não B.
Exemplo:
A negação de Você é alto e bonito é:
Você não é alto ou você não é bonito.
A negação de A ou B é não A e não B.
Exemplo:
A negação de Você é cruzeirense ou atleticano é:
Você não é cruzeirense e você não é atleticano.
A negação do E é OU
A negação do OU é E.

15. Condicional – Negação


Negação
A negação de A e B é não A ou não B.
Exemplo:
A negação de Você é alto e bonito é:
Você não é alto ou você não é bonito.
A negação de A ou B é não A e não B.
Exemplo:
A negação de Você é cruzeirense ou atleticano é:
Você não é cruzeirense e você não é atleticano.
Para que uma proposição composta por uma conjunção seja falsa, basta
que uma das frases que a compõe seja falsa.
Para que uma proposição composta por uma disjunção seja verdadeira, bas-
ta que uma das frases que a compõe seja verdadeira.
Raciocínio Lógico

A negação de uma condicional é afirmar a ideia e negar a conclusão, ou seja,


partimos de um mesmo princípio e não chegamos a uma mesma conclusão.
Por exemplo, para negar a frase:
Se você jogar na Mega, você ganhará.
63
A negação será:
Você jogou na Mega e não ganhou.
A negação da frase:
Se meu time ganhar, então, vou sambar até amanhecer.
É...
Meu time ganhou e não sambei até o amanhecer.
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
*Se A então B A e não B
**A se e somente se B (↔) (A e não B) ou (B e não A)
Todo A é B Algum A não é B
Algum A é B Nenhum A é B
A negação da proposição: 3 + 5 = 8 é a proposição: 3 + 5 ≠ 8.
Se p é a proposição: Existe um homem que é mortal, então, a negação de p
é a proposição: ~ p dada por Não existe um homem que seja mortal ou, ainda:
Nenhum homem é mortal.

Exercícios
66. Qual a negação da proposição “Algum funcionário da agência P do
Banco do Brasil tem menos de 20 anos”?
a) Todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem menos
de 20 anos.
b) Não existe funcionário da agência P do Banco do Brasil com 20
anos.
c) Algum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem mais de
20 anos.
d) Nem todo funcionário da agência P do Banco do Brasil tem
menos de 20 anos.
e) Nenhum funcionário da agência P do Banco do Brasil tem me-
nos de 20 anos.
Maior ou menor
Raciocínio Lógico

A negação do maior é menor ou igual.


A negação do menor é maior ou igual.
- A negação de 4 = 5 é ≠ 5;
- A negação de 3 >1 é 3 ≤ 1;
64
- A negação de X ≥ 2 é X < 2;
- A negação de Y < 5 é ≥ 5;
- A negação de X ≤ 6 é X > 6.
67. Em uma grande e renomada academia, sabe-se que: “nenhum des-
portista é rico” e que “alguns fisiculturistas são ricos”. Assim, pode-se
afirmar, corretamente, que nesta comunidade:
a) Alguns desportistas são fisiculturistas.
b) Alguns fisiculturistas são desportistas.
c) Nenhum desportista é fisiculturista.
d) Alguns fisiculturistas não são desportistas.
e) Nenhum fisiculturista é desportista.

16. Negação (Continuação I)


Exercícios
68. Sejam p e q duas proposições. A negação de p  ~ q equivale a:
a) ~ p  ~ q.
b) ~ p  ~ q.
c) ~ p  q.
d) ~ p  q.
e) p  ~ q.
69. A negação de “Hoje é segunda-feira e amanhã não choverá” é:
a) Hoje não é segunda-feira e amanhã choverá.
b) Hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá.
c) Hoje não é segunda-feira, então, amanhã choverá.
d) Hoje não é segunda-feira nem amanhã choverá.
e) Hoje é segunda-feira ou amanhã não choverá.
70. A negação de “O gato mia e o rato chia” é:
a) “O gato não mia e o rato não chia”.
b) “O gato mia ou o rato chia”.
c) “O gato não mia ou o rato não chia”.
d) “O gato e o rato não chiam nem miam”.
71. A negação de “x  -2” é:
a) x  2.
b) x  -2.
Raciocínio Lógico

c) x < -2.
d) x  2.
72. (Fiocruz-2010/FGV) A negação lógica da sentença “Se não há higie-
ne então não há saúde” é:
65
a) Se há higiene, então, há saúde.
b) Não há higiene e há saúde.
c) Há higiene e não há saúde.
d) Não há higiene ou não há saúde.
e) Se há saúde, então, há higiene.
Resumindo: Para negar uma proposição condicional, devemos rea-
firmar a ideia e negar a conclusão.
A negação do E é OU
A negação do OU é E.
A negação de A e B é: não A ou não B.
A negação de A ou B: é não A e não B.
A negação de AàB é A e não B (Na negação de uma condicional,
não se usa o “então”).
73. (UnB/Analista/TRT-1ªR./2008) Proposições compostas são denomi-
nadas equivalentes quando possuem os mesmos valores lógicos V ou
F, para todas as possíveis valorações V ou F atribuídas às proposições
simples que as compõem.
Assinale a opção correspondente à proposição equivalente a “¬[[A
 (¬B)] → C]”.
a) A  (¬B)  (¬C).
b) (¬A)  (¬B)  C.
c) C→[A  (¬B)].
d) (¬A)  B  C.
e) [(¬A)  B] → (¬C).
Comentário: Negar uma condicional é afirmar a ideia e negar a
conclusão:
¬[[A  (¬B)] → C] = A  (¬B)  (¬C)
{
{

Ideia Conclusão
(Fiscal do Trabalho/1998) A negação da afirmação condicional “se
estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva” é:
a) Se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva.
b) Não está chovendo e eu levo o guarda-chuva.
c) Não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
d) Se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva.
e) Está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
Comentário: Negar uma condicional é afirmar a ideia e negar a
conclusão:
Raciocínio Lógico

74. (Esaf/Analista/MPOG/2008) Dois colegas estão tentando resolver


um problema de matemática. Pedro afirma para Paulo que X = B e
Y = D. Como Paulo sabe que Pedro sempre mente, então, do ponto
de vista lógico, Paulo pode afirmar corretamente que:
66
a) X ≠ B e Y ≠ D.
b) X = B ou Y ≠ D.
c) X ≠ B o u Y ≠ D.
d) Se X ≠ B, então, Y ≠ D.
e) Se X ≠ B, então, Y = D.
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
*Se A então B A e não B

17. Negação (Continuação II) – Diagrama

Exercícios
75. Ou PLOG = BLOG, ou CLOG = DLOG, ou EGLE = FLOG. Se
GLOG = HUGLI, então, EGLE = FLOG. Se CLOG = DLOG,
então, GLOG = HUGLI. Ora, EGLE ≠ FLOG, então:
a) CLOG = DLOG ou GLOG = HUGLI.
b) PLOG ≠ BLOG e CLOG ≠ DLOG.
c) CLOG ≠ DLOG e GLOG = HUGLI.
d) PLOG = BLOG e CLOG ≠ DLOG.
e) CLOG = DLOG ou PLOG ≠ BLOG.

76. Se Valéria não fala italiano, então, Marcelo fala alemão. Se Valéria fala
Raciocínio Lógico

italiano, então, ou Vinícius fala chinês ou Nestor fala dinamarquês. Se


Nestor fala dinamarquês, Leonardo fala espanhol. Mas Leonardo fala
espanhol se e somente se não for verdade que Juliana não fala francês.
Ora, Juliana não fala francês e Vinícius não fala chinês. Logo:
67
a) Valéria não fala italiano e Nestor não fala dinamarquês.
b) Vinícius não fala chinês e Nestor fala dinamarquês.
c) Juliana não fala francês e Leonardo fala espanhol.
d) Marcelo não fala alemão ou Valéria fala italiano.
e) Marcelo fala alemão e Nestor fala dinamarquês.
Comentário:
A melhor maneira de resolver problemas como este é arrumar as
informações, de forma mais interessante, que possa prover uma me-
lhor visualização de todo o problema:

Raciocínio Lógico
68
77. No último domingo, Dorneles não saiu para ir à missa. Ora, sabe-se
que sempre que Davidson dança, o grupo de Davidson é aplaudido
de pé. Sabe-se, também, que, aos domingos, ou Diofanto vai ao par-
que ou vai pescar na praia.
Sempre que Diofanto vai pescar na praia, Dorneles sai para ir à mis-
sa, e sempre que Diofanto vai ao parque, Davidson dança. Então, no
último domingo:
a) Diofanto não foi ao parque e o grupo de Davidson foi aplaudido
de pé.
b) O grupo de Davidson não foi aplaudido de pé e Diofanto não foi
pescar na praia.
c) Davidson não dançou e o grupo de Davidson foi aplaudido
de pé.
d) Davidson dançou e seu grupo foi aplaudido de pé.
e) Diofanto não foi ao parque e o grupo de Davidson não foi aplau-
dido de pé.

18. Diagramas e Valorações Lógicas

Exercícios
78. Ou Lógica é fácil, ou Aramis não gosta de Lógica. Por outro lado,
se Direito não é difícil, então, Lógica é difícil. Daí segue-se que, se
Aramis gosta de Lógica, então:
a) Se Direito é difícil, então, Lógica é difícil.
Raciocínio Lógico

b) Lógica é fácil e Direito é difícil.


c) Lógica é fácil e Direito é fácil.
d) Lógica é difícil e Direito é difícil.
e) Lógica é difícil ou Direito é fácil.
69

79. Nas férias, Mônica não foi ao cinema. Sabe-se que sempre que Ce-
bolinha viaja, Cebolinha fica feliz. Sabe-se, também, que, nas férias,
ou Cascão vai à praia ou vai à piscina. Sempre que Cascão vai à
piscina, Mônica vai ao cinema, e sempre que Cascão vai à praia,
Cebolinha viaja.
Então, nas férias:
a) Cebolinha não viajou e Cebolinha ficou feliz.
b) Cebolinha não ficou feliz e Cascão não foi à piscina.
c) Cascão foi à praia e Cebolinha ficou feliz.
d) Cebolinha viajou e Mônica foi ao cinema.
e) Cascão não foi à praia e Cebolinha não ficou feliz.
80. (Concurso UFMG/Técnico Administrativo/Fundep/2010) Conside-
re as proposições dadas abaixo.
A: 2 + 2 = 4
B: Nem sempre a semana tem 7 dias
C: A palavra azul não começa com a letra a
Considere as expressões:
X = (~A)  (~ B)  (~ C)
Y = (~ A)  (~ B)  (~ C)
Z=ABC
Dados X, Y e Z acima, pode-se afirmar que (X  Y  Z) e (X  Y 
Z) resultam, respectivamente, em:
a) Falso e falso.
b) Verdadeiro e verdadeiro.
c) Falso e verdadeiro.
d) Verdadeiro e falso.
Comentário: Segundo a veracidade das proposições, temos que:
A: 2 + 2 = 4 (VERDADE)
B: Nem sempre a semana tem 7 dias (FALSIDADE)
Raciocínio Lógico

C: A palavra azul não começa com a letra a (FALSIDADE)


Ou seja,
A=V
B=F
C=F
70
Aplicando as propriedades da negação, conjunção e disjunção, as-
sim como suas respectivas valorações da tabela verdade, teremos:
X = (~A)  (~ B)  (~ C) = F  V  V = F
Y = (~ A)  (~ B)  (~ C) = F  V  V = V
Z=ABC=VFF=V
Portanto, teremos que:
(X  Y  Z) e (X  Y  Z) = (F  V  V) e (F  V  V) = verda-
deiro e falso.
Raciocínio Lógico
Capítulo 4

Valores Lógicos

1. Diagramas e Valorações Lógicas


1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos os diagramas e as valorações lógicas.

1.2 Síntese
O condicional A se e somente se B (A ↔ B) é verdadeira somente quando A
e B são ambas verdadeiras ou ambas falsas; se isso não acontecer a condicional
↔ é falsa.
Bicondicional A se e somente se B A↔B
A B A↔B
V V V
V F F
F V F
F F V
72
Dica: – Bicondicional (condição necessária) ↔ para nós vivermos bem.
Você gosta Ele(a) gosta Relacionamento
V V V
V F F
F V F
F F V
A se e somente se B = A ↔ B, será verdadeira se A e B forem ambas verda-
deiras ou ambas falsas, caso contrário, ela será falsa. Dizemos que A é condição
necessária para B e vice-versa. Por exemplo:
Você vencerá se e só se você se esforçar, ou seja, só vence quem se esforça,
quem esforça vence, assim, esforço é condição necessária para você vencer.

Exercício
81. Sabe-se que a ocorrência de B é condição necessária para a ocor-
rência de C e condição suficiente para a ocorrência de D. Sabe-se,
também, que a ocorrência de D é condição necessária e suficiente
para a ocorrência de A. Assim, quando C ocorre:
a) D ocorre e B não ocorre.
b) D não ocorre ou A não ocorre.
c) B e A ocorrem.
d) Nem B nem D ocorrem.
e) B não ocorre ou A não ocorre.

Exemplos:
• A: 4 < 3 (F)
• B: 5 < 2 (F)
• A ↔ B: 4 < 3 se, e somente se 5 < 2 é verdadeira.
Raciocínio Lógico

• A: O sol é uma estrela (V)


• B: A lua é uma estrela (F)
• A ↔ B: O sol é uma estrela, se e somente se, a lua é uma estrela,
é uma proposição falsa.
73

“Um homem de 40 anos é um homem de meia-idade, pois o


trabalho já não dá muito prazer e o prazer dá muito trabalho!”
...entenderam?

2. Tabela: Uso e Construção


2.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a tabela: uso e construção.

Exercícios
82. Toda afirmativa que pode ser julgada como verdadeira ou falsa é de-
nominada proposição. Considere que A e B representem proposições
básicas e que as expressões A  B e ¬A sejam proposições compostas.
A proposição A  B é F quando A e B são F, caso contrário, é V,
e ¬A é F quando A é V, e é V quando A é F. De acordo com essas
definições, julgue os itens a seguir.
01. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Se a proposição A for F e a propo-
sição (¬A)  B for V, então, obrigatoriamente, a proposição B é V.
(¬A)  B
{

V ?=V
Comentário:
Logo, a proposição B não precisa ser obrigatoriamente Verdadeira
para que a saída seja verdadeira.
83. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Independentemente da valoração V
ou F atribuída às proposições A e B, é correto concluir que a propo-
sição ¬(A  B)  (A  B) é sempre V.
Comentário:
Perceba que as proposições são invertidas, ou seja, quando uma for
falsa, a outra será verdadeira.
A B AB ¬A  B ¬(A  B)  (A  B)
V V V F V
Raciocínio Lógico

V F V F V
F V V F V
F F F V V
74
84. (UnB/Agente/MPE/AM/2008) Se a afirmativa “todos os beija-flores
voam rapidamente” for considerada falsa, então, a afirmativa “algum
beija-flor não voa rapidamente” tem de ser considerada verdadeira.
Comentário: A negação de Todo é Algum, a negação de Algum é
Nenhum.
Todos os beija-flores voam rapidamente = Algum beija-flor não voa
rapidamente.
Com relação à lógica formal, julgue os itens subsequentes.
85. UnB/Analista/Sebrae/2008) A frase “Pedro e Paulo são analistas do
Sebrae” é uma proposição simples.
Há somente um verbo.
86. (UnB/Analista/Sebrae/2008) Toda proposição lógica pode assumir
no mínimo dois valores lógicos.
Toda proposição deve assumir somente um valor lógico, ou verda-
deiro, ou falso, não ambas.
87. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é
a proposição “2 + 5 = 7”.
A negação correta seria: “2 + 5 ≠ 9”. Ou seja, qualquer número que
não seja 9.

3. Valoração Lógica em Linguagem Corrente

Exercícios
88. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A proposição “Ninguém ensina a nin-
guém” é um exemplo de sentença aberta.
Não é uma sentença aberta, pois a sentença aberta é aquela onde
tem o sujeito indeterminado e esse não leva a nada. A frase tem prin-
cípio, mas não tem fim.
Nesta frase, ele quis deixar entendido que um ninguém ensina a
outro ninguém, uma pessoa que não existe; quando, em verdade, o
ninguém seria o nome da pessoa (como Pedro ensina a Pedro).
89. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A proposição “João viajou para Paris e
Roberto viajou para Roma” é um exemplo de proposição formada
por duas proposições simples relacionadas por um conectivo de con-
Raciocínio Lógico

junção.
São duas proposições simples, cada uma com um verbo.
90. (UnB/Analista/Sebrae/2008) A negação da proposição “Ninguém
aqui é brasiliense” é a proposição “Todos aqui são brasilienses”.
75
A negação é “Alguém aqui é brasiliense”.
Proposição Equivalente da Negação

Todo A é B Algum A não é B

Algum A é B Nenhum A é B
91. (NCE/Técnico/MAPA/2005) A negação da afirmativa “Me caso ou
compro sorvete” é:
a) Me caso e não compro sorvete.
b) Não me caso ou não compro sorvete.
c) Não me caso e não compro sorvete.
d) Não me caso ou compro sorvete.
e) Se me casar, não compro sorvete.
Comentário: A negação da afirmativa “Me caso ou compro sorvete”
é: Não me caso e não compro sorvete.
Considere que as letras P, Q, R e T representem proposições e que
os símbolos ¬, ,  e → sejam operadores lógicos que constroem
novas proposições e significam não, e, ou e então, respectivamente.
Na lógica proposicional, cada proposição assume um único valor
(valor-verdade), que pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca
ambos. Com base nas informações apresentadas no texto acima, jul-
gue os itens a seguir:
92. (UnB/Agente/PF/2004) Se as proposições P e Q são ambas verdadei-
ras, então, a proposição
(¬ P)  (¬ Q) também é verdadeira.
Comentário: Se as proposições P e Q são ambas verdadeiras, então,
a proposição (~ P) v (~ Q) também é verdadeira. Errado. (~ P) v (~
Q) = F v F = F (e não verdadeira).
93. (UnB/Agente/PF/2004) Se a proposição T é verdadeira e a proposi-
ção R é falsa, então, a proposição R → (¬ T) é falsa.
Comentário: Se a proposição T é verdadeira e a proposição R é falsa,
então, a proposição R à (¬T) é Verdadeira.
Em uma condicional, quando a ideia é falsa, a conclusão sempre
será verdadeira.
Veja a tabela-verdade
A B AàB
Correspondente à proposição
Raciocínio Lógico

A àB: V V V
V F F
F V V
F F V
76
94. (UnB/Agente/PF/2004) Se as proposições P e Q são verdadeiras e a
proposição R é falsa, então, a proposição (P ^ R) → (¬ Q) é verdadeira.
Comentário: Item CERTO. Obedecendo a conjunção e a condi-
cional:
(P  R) → (¬ Q)
(V  F) → (¬ V)
F →F=V

4. Valoração em Linguagem Simbólica


(Tabelas-Verdade)

Exercícios

95. (NCE/Cont./Radiobras/2004) Se não é verdade que todas as pessoas


que consomem sal terão hipertensão, então:
a) As pessoas que consomem sal não terão hipertensão.
b) As pessoas que não consomem sal terão hipertensão.
c) Há pelo menos uma pessoa que consome sal e não terá hiper-
tensão.
d) Há pessoas que consomem sal e terão hipertensão.
e) As pessoas que não consomem sal não terão hipertensão.
Comentário: Se não é verdade que todas as pessoas que consomem
sal terão hipertensão, então: Alguém que consome sal não terá hi-
pertensão (C).
Proposição Equivalente da Negação

Todo A é B Algum A não é B

Algum A é B Nenhum A é B
96. (Fiscal Trabalho/1998) Se o jardim não é florido, então, o gato mia.
Se o jardim é florido, então, o passarinho não canta. Ora, o passari-
nho canta. Logo:
a) O jardim é florido e o gato mia.
Raciocínio Lógico

b) O jardim é florido e o gato não mia.


c) O jardim não é florido e o gato mia.
d) O jardim não é florido e o gato não mia.
e) Se o passarinho canta, então o gato não mia.
77
Comentário:

Questão de Concurso (Cespe)


Texto I – para as questões de 17 a 19
Uma proposição é uma sentença que pode ser julgada como verda-
deira — V —, ou falsa — F —, mas não V e F simultaneamente.
Proposições simples são simbolizadas por letras maiúsculas A, B, C,
etc., chamadas letras proposicionais.
São proposições compostas expressões da forma A  B, que é lida
como “A ou B” e tem valor lógico F quando A e B forem F, caso
contrário, será sempre V; A  B, que é lida como “A e B” e tem valor
lógico V quando A e B forem V, caso contrário, será sempre F;
¬A, que é a negação de A e tem valores lógicos contrários aos de A.
97. Considerando todos os possíveis valores lógicos V ou F atribuídos
às proposições A e B, assinale a opção correspondente à proposição
composta que tem sempre valor lógico F.
a) [A  (¬B  [(¬A)  B]
b) (A  B)  [(¬A)  (¬B)]
c) [A  (¬B)]  (A  B)
d) [A  (¬B)]  A
e) A  [(¬B)  A]
Comentário: Considerando todos os valores V ou F atribuídos às
proposições A e B, assinale a opção correspondente à proposição que
tem sempre o valor F. Alternativa A. Para a disjunção (“v”) a fim de
que um seja verdadeiro, basta que qualquer deles seja verdadeiro.
A B ¬A ¬B A  (¬B) (¬A)  B Tudo
V V F F F V F
Raciocínio Lógico

V F F V V F F
F V V F F V F
F F V V F V F
78
5. Valoração com Uso Exclusivo de Tabelas

Exercícios
98. Assinale a opção correspondente à proposição composta que tem
exatamente 2 valores lógicos F e 2 valores lógicos V, para todas as
possíveis atribuições de valores lógicos V ou F para as proposições A
e B.
a) B  (¬A).
b) ¬(A  B).
c) ¬[(¬A)  (¬B)].
d) [(¬A)  (¬B)]  (A  B).
e) [(¬A)  B]  [(¬B)  A].
Comentário: Assinale a opção que corresponde à proposição com-
posta que tem exatamente 2 valores lógicos F e dois valores lógi-
cos V, para todas as possibilidades [...]. Alternativa E: [(~A) v B] 
[(~B) v A].
[(~ A) v B] 
A B ~A ~B ~AvB ~BvA
[(~ B) v A]
V V F F V V V
V F F V F V F
F V V F V F F
F F V V V V V
99. (UnB/Analista/TRT-1ªR./2008) Com base nas informações do texto
I, é correto afirmar que, para todos os possíveis valores lógicos, V ou
F, que podem ser atribuídos a P e a Q, uma proposição simbolizada
por ¬[P→(¬Q)] possui os mesmos valores lógicos que a proposição
simbolizada por:
a) (¬P)  Q.
b) (¬Q) →P.
c) ¬[(¬P)  (¬Q)].
d) ¬[¬(P→Q)].
e) P  Q.
Raciocínio Lógico

Comentário: Com base nas informações do texto I, é correto afirmar


que, para todos os possíveis valores lógicos, V ou F, que podem ser
atribuídos a P e a Q, uma proposição simbolizada por ~ [(P à (~ Q)]
possui os mesmos valores lógicos que a seguinte proposição: P  Q.
79
A negação de uma condicional é afirmar a ideia e negar a conclusão,
ou seja, partimos de um mesmo princípio e não chegamos a uma
mesma conclusão. Sendo assim P  Q.
100. (UnB/Analista/TRT-1ª R./2008) Considerando as definições apre-
sentadas no texto anterior, as letras proposicionais adequadas e a pro-
posição “Nem Antônio é desembargador nem Jonas é juiz”, assinale
a opção correspondente à simbolização correta dessa proposição:
a) ¬(A  B).
b) (¬A)  (¬B).
c) (¬A)  (¬B).
d) (¬A) → B.
e) ¬[A  (¬B)].
Comentário: Considerando as seguintes definições apresentadas no
texto anterior, as letras proposicionais adequadas e a proposição “Nem
Antônio é desembargador nem Jonas é juiz”, assinale a opção corres-
pondente à simbologia correta dessa proposição é (~ A)  (~ B).

Raciocínio Lógico
Capítulo 5

Desafios e Enigmas

1. Problema do Político
1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos o problema do político.

1.2 Síntese
Lógica de argumentação
Na Lógica Argumentativa, usamos perguntas, cujas respostas são óbvias
para por meio destas induzirmos o restante ao erro ou à verdade, por si só.

Exercícios
101. (FGV) Os habitantes de certo país podem ser classificados em polí-
ticos e não políticos. Todos os políticos sempre mentem e todos os
81
não políticos sempre falam a verdade. Um estrangeiro, em visita ao
referido país, encontra-se com 3 nativos, I, II e III. Perguntando ao
nativo I se ele é político, o estrangeiro recebe uma resposta que não
consegue ouvir direito. O nativo II informa, então, que I negou ser
um político. Mas o nativo III afirma que I é realmente um político.
Quantos dos 3 nativos, são políticos?
a) Zero.
b) Um.
c) Dois.
d) NDA.
Solução: Políticos = mentem
Não políticos = verdade
Nativo I = vc é político???? → Não deu para ouvir...
Nativo II diz: I falou que não é político
Nativo III diz: I é político
Vamos jogar a verdade contra a mentira, usando o II e o III:
Versão A. Se nativo II fala a verdade (ele é não político), ele só repete
o que o nativo I diz...
Se o nativo I falou a verdade (ele não é político), logo, o nativo III
mente, daí o nativo III é político.
Agora, se o nativo I falou a mentira, então, ele é político e o nativo
III fala a verdade.
Logo, se o nativo II fala a verdade, temos um e apenas um político.
Versão B. Vamos considerar que o nativo II fala mentira (ele é po-
lítico), então quando ele diz que o nativo I falou que não é político
(é mentira), logo, o nativo I disse que é político e se ele é político,
ele mente, o que é uma contradição; assim, o nativo II não pode ter
mentido, então, vale a versão A.
Portanto, temos apenas um político.
Comentário: Falando a verdade ou mentira, a resposta do nativo
I será sempre “não político”. Portanto, o nativo II fala a verdade, e
o nativo III fala a mentira (sendo um político), tornando o nativo
I um não político. Numa ou noutra hipótese haverá sempre 01
político.

Nativo I Nativo II Nativo III


Raciocínio Lógico

É político (M) Não é político (V) Não é político (V)


Não é político (V) Não é político (V) É político (M)
82
2. Desafio do U2 e Problema do Fenelon
2.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos o desafio do U2 e o problema do Fenelon.

2.2 Síntese
Concerto do U2
A banda U2 tem um concerto que começa daqui a 17 minutos e todos pre-
cisam cruzar a ponte para chegar lá. Todos os 4 participantes estão do mesmo
lado da ponte. Você deve ajudá-los a passar de um lado para o outro. É noite.
Na ponte, só pode passar no máximo duas pessoas de cada vez. Só há uma
lanterna. Qualquer pessoa que passe, uma ou duas, deve passar com a lanterna
na mão. A lanterna deve ser levada de um lado para o outro, e não pode ser
jogada, etc.
Cada membro da banda tem um tempo diferente para passar de um lado
para o outro. O par deve andar junto no tempo do menos veloz:
Bono: 1 minuto para passar
Edge: 2 minutos para passar
Adam: 5 minutos para passar
Larry: 10 minutos para passar
Por exemplo: se o Bono e o Larry passarem juntos, vai demorar 10 minutos
para eles chegarem do outro lado. Se o Larry retornar com a lanterna, 20 minu-
tos terão passados e o show sofrerá um atraso.
Como organizar a travessia?
Solução:
Lado A Travessia Lado B
Adam e Larry Bono e Edge (2 minutos)
Adam e Larry Bono (1 minuto) Edge
Bono Adam e Larry (10 minutos) Edge
Bono Edge (2 minutos) Adam e Larry
Raciocínio Lógico

Bono e Edge (2 minutos) Adam e Larry


Bono, Edge, Adam e Larry
Total 17 minutos
83
Exercício
102. Valéria quis saber do amigo enigmático Fenelon Portilho quais eram
as idades de seus três filhos. Ele deu a primeira pista:
– O produto de suas idades é 36.
– Ainda não é possível saber, disse Valéria.
– A soma das idades é o número da casa aí em frente.
– Ainda não sei.
– Meu filho mais velho é Atleticano.
– Agora já sei, afirmou Valéria.
Qual era o número da casa em frente?
Solução: Nesta questão do professor Fenelon, a cada dica necessi-
tamos de outra, pois ainda permanecemos na dúvida, ou seja, a dú-
vida só prevalece porque temos mais de uma possível resposta, daí
a necessidade da próxima dica, até que a última dica elimine por
completo as outras opções. Enfim, para que haja a certeza lógica, a
questão ou enunciado tem que nos fornecer todos os dados necessá-
rios para uma única solução, sem dúvidas ou suposições.
Possibilidades Somas Casa Idade
1 1 3 38
6
1 2 1 21
8
1 3 1 16
2
1 4 9 14
1 6 6 13 *
2 2 9 13 * 2,2,9
2 3 6 11
3 3 4 10

3. Enigma de Einstein
3.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, veremos o enigma de Einstein.


84
3.2 Síntese
Os enigmas lógicos são feitos e desenvolvidos visando, junto aos diagramas,
o treinamento da leitura codificada em dicas dispostas em ordem aleatória para
que o aluno as organize em linhas e colunas, preenchendo as tabelas ou dia-
gramas.
Dizem – não há prova disso – que o próprio Einstein bolou o enigma abai-
xo, em 1918, e que pouca gente, além dele, conseguiria resolvê-lo. Então, esta
é a sua chance de se comparar à genialidade do mestre.
Numa rua, há cinco casas de cinco cores diferentes e em cada uma mora
uma pessoa de uma nacionalidade.
Cada morador tem sua bebida, seu tipo de fruta e seu animal de estimação.
A questão é: quem é que tem um peixe?
Siga as dicas abaixo:
• Sabe-se que o inglês vive na casa vermelha; o suíço tem cachorros; o
dinamarquês bebe chá.
• A casa verde fica à esquerda da casa branca; quem come goiaba cria
pássaros; o dono da casa amarela prefere laranja.
• O dono da casa verde bebe café; o da casa do centro bebe leite; e o
norueguês vive na primeira casa.
• O homem que gosta de abacate vive ao lado do que tem gatos; o que
cria cavalos vive ao lado do que come laranja; e o que adora abacaxi
bebe cerveja.
• O alemão só compra maçã; o norueguês vive ao lado da casa azul; e
quem traz abacate da feira é vizinho do que bebe água.
Resolução:
Casa 1 Casa 2 Casa 3 Casa 4 Casa 5
Amarela Azul Vermelha Verde Branca
Norueguês Dinamarquês Inglês Alemão Suíço
Água Chá Leite Café Cerveja
Laranja Abacate Goiaba Maçã Abacaxi
Gatos Cavalos Pássaros Peixe Cachorros
Raciocínio Lógico
Capítulo 6

Negações: Simbologia

1. Negação da Condicional – Parte I


1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a negação da condicional.

1.2 Síntese
A negação de A e B é: não A ou não B.
Exemplo: A negação de: Você é alto e você está pisando no meu pé é: Você
não é alto ou você não está pisando no meu pé.
A negação de A ou B: é não A e não B.
A negação de Você é cruzeirense ou atleticano é: Você não é cruzeirense e
você não é atleticano. (Você é botafoguense!!!)
A negação de uma condicional é afirmar a ideia e negar a conclusão, ou seja,
partimos de um mesmo princípio e não chegamos a uma mesma conclusão.
86
Por exemplo, para negar a frase:
Se você jogar na Mega você ganhará → a negação será:
Você jogou na Mega e não ganhou.
A negação de uma condicional é: Afirmar a “ideia” e negar a “conclusão”.
1. ¬ [A  B] = (¬ A)  (¬ B)
2. ¬ [A  B] = (¬ A)  (¬ B)
3. ¬ [A → B] = A  (¬ B)
4. ¬ [(A  B) →C] = (A  B)  (¬ C)
A: Hoje é terça-feira;
B: Valéria é feliz;
C: Está chovendo.
(A  B) → C = Se hoje é terça-feira ou Valéria é feliz, então, está chovendo.
(A  B)  (→ C) = Hoje é terça-feira ou Valéria é feliz e não está chovendo
5. ¬ [A →(B  C)] = Reafirma A e nega B ou C: A  [(¬B)  (¬C)].
6. ¬ [(A → B) → (B  C)] = Repete a ideia e nega a conclusão: (A→B) 
[(¬B)  (¬C)].
7. ¬ [(A  B)  (C → D)] = [(¬ A)  (¬ B)]  [C  (¬D)].

2. Negação da Condicional – Parte II


2.1 Apresentação

Nesta unidade, continuaremos estudando a negação da condicional.

2.2 Síntese
7. ¬ [(A  B)  (C → D)] = [(¬ A)  (¬ B)]  [C  (¬D)].
8. ¬ [(¬ A) →(B  C)] = (¬A)  (¬B)  (¬C)
9. ¬ [(A → B)  (B → C)] = [A  (¬B)]  [B  (¬C)]

3. Negação da Condicional – Parte III


3.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, continuaremos estudando a negação da condicional.


87
3.2 Síntese
10. ¬ [(A →B)  (C →(¬ D))] =
Comentário: A simbologia é meramente traduzível para a linguagem cor-
rente, basta substituirmos cada proposição por uma frase, por exemplo:
A: João toca violão.
B: Pedro toca gaita.
C: Henrique toca guitarra.
D: Salgado toca bateria.
Traduzindo ¬ [(A →B)  (C →(¬ D))] em linguagem corrente:
A negação de “Se João toca violão, então, Pedro toca gaita e se Henrique
toca guitarra, então, Salgado não toca bateria”.
Portanto, ao efetuarmos a negação simbólica:
¬ [(A →B)  (C →(¬ D))] = (A  ¬B)  (C  D), fica, em linguagem
correta:
“João toca violão e Pedro não toca gaita ou Henrique toca guitarra e Salga-
do toca bateria”.
11. ¬ [¬(A → B) → ((¬B)  (¬ C))] =
{ {

{
{

Repete  Nega
[¬(A → B)]  [BC] ou [A  (¬ B)]  [ B  C ]
12. ¬ [¬(A → B) → (B → C)] =
{
{

Repete  Nega
(A → B)  [ B  ¬C ]

4. Cálculo Proposicional – Proposições


Relacionadas
4.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos o cálculo proposicional – proposições relacionadas.

4.2 Síntese
Raciocínio Lógico

Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase que pode ser jul-
gada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como ambas. Assim, frases
como “Como está o tempo hoje?” e “Esta frase é falsa” não são proposições
porque a primeira é pergunta e a segunda não pode ser nem V nem F.
88
As proposições são representadas simbolicamente por letras maiúsculas do
alfabeto — A, B, C, etc. Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e B forem
F, caso contrário, é V; e uma proposição da forma “Se A então B” é F se A for
V e B for F, caso contrário, é V.
Um raciocínio lógico considerado correto é formado por uma sequência de
proposições tais que a última proposição é verdadeira sempre que as proposi-
ções anteriores na sequência forem verdadeiras. Considerando as informações
contidas no texto acima, julgue (certo ou errado) os itens subsequentes.
22. É correto o raciocínio lógico dado pela sequência de proposições
seguintes:
Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então, José será aprovado no
concurso.
Maria é alta. Portanto, José será aprovado no concurso.
Comentário: Maria é alta está contido em José será aprovado no concurso,
logo, José será aprovado no concurso.

Resposta: Correto.
23. É correto o raciocínio lógico dado pela sequência de proposições
seguintes:
Se Célia tiver um bom currículo, então, ela conseguirá um emprego. Ela
conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo.
Comentário: Célia conseguiu um bom emprego, mas não necessariamen-
te tem um bom currículo. Ela poderia não ter um bom currículo e conseguir
um bom emprego. Veja a posição “X” no diagrama abaixo.
Raciocínio Lógico

Resposta: Errada.
89

Exercício
103. (Esaf/Ministério do Turismo/2008) Ou A = B, C = D, ou E = F. Se
G = H, então E = F.
Se C = D, então G = H. Ora, E ≠ F. Então:
a) C = D ou G = h.
b) A ≠ B e C ≠ D.
c) C ≠ D e G = H.
d) A = B e C ≠ D.
e) C = D ou A ≠ B.

Raciocínio Lógico
Capítulo 7

Equivalência

1. Condição Suficiente e Necessária

Exercícios
104. (Anpad) Numa vila afastada, chamada Vila 51, tem-se que “se um
homem não é inteligente, então, é bonito” e que “se é inteligente,
então, é preguiçoso”. Com base nessas afirmações, pode-se concluir
que:
a) Homens inteligentes não são bonitos.
b) Homens que não são bonitos não são inteligentes.
c) Homens bonitos são preguiçosos.
d) Homens que não são bonitos são preguiçosos.
e) Homens bonitos não são inteligentes.
91

Frase do dia
“Feliz é aquele que é tão bonito quanto a mãe acha que é. Tem tanto
dinheiro quanto o filho dele acha que tem. Tem tantas mulheres
quanto a mulher dele acha que ele tem. E é tão bom de cama como
ele acha que é.”
Resumindo: Se ele não é bom de cama, ele é feio, pois ele não tem
tantas mulheres, não tem tanto dinheiro, e não é tão bonito quanto
a mãe dele acha que é!
105. Marcelo não ir ao México é condição necessária para Stella ir à Sué-
cia. Heberth não ir à Holanda é condição suficiente para Marcelo ir
ao México. Stella não ir à Suécia é condição suficiente para Marcelo
não ir ao México. Heberth ir à Holanda é condição suficiente para
Stella ir à Suécia. Portanto:
a) Heberth não vai à Holanda, Marcelo não vai ao México e Stella
não vai à Suécia.
b) Heberth vai à Holanda, Marcelo vai ao México e Stella não vai
à Suécia.
c) Heberth não vai à Holanda, Marcelo vai ao México e Stella não
vai à Suécia.
d) Heberth vai à Holanda, Marcelo não vai ao México e Stella vai
à Suécia.
e) Heberth vai à Holanda, Marcelo não vai ao México e Stella não
vai à Suécia.
Raciocínio Lógico
92
2. Equivalência de Uma Condicional
2.1 Apresentação

Nesta unidade, analisaremos a equivalência de uma condicional.

2.2 Síntese
Relações de equivalência
Relações de equivalência são aquelas que possuem a mesma tabela-verda-
de (possuem o mesmo valor lógico).
Quando p é equivalente a q, indicamos: p ⇔ q. Obs.:
- Notemos que p equivale a q quando o condicional p ↔ q é verdadeiro.
- Todo teorema, cujo recíproco também é verdadeiro, é uma equivalência.
- Hipótese ⇔ tese.
(P à Q) ⇔ (~Q à ~P)
P Q PàQ ~Q ~P ~Qà~P
V V V F F V
V F F V F F
F V V F V V
F F V V V V

Exemplo – Negação de uma condicional: = ~ [(P  Q) à R] ⇔ (P  Q


 ~ R). Ou seja, afirma-se a ideia “(P  Q)” e () nega-se a conclusão (~ R).
· Obs.: Equivalências que mais caem em prova.
- P à Q é equivalente a ~ Qà~ P (Nego lá fora, nego lá dentro).
- P à Q é equivalente a ~ P v Q (Nego a primeira ou afirmo a segunda).

Exercícios
106. Duas grandezas “x” e “y” são tais que “se x = 3, então, y = 7”. Pode-se
concluir que:
a) Se x ≠ 3, então, y ≠ 7.
Raciocínio Lógico

b) Se y = 7, então, x = 3.
c) Se y ≠ 7, então, x ≠ 3.
d) Se x = 5, então, y = 5.
e) Nenhuma das conclusões acima é válida.
93

Se x = 3 então, y = 7
Se y ≠ 7, então, x ≠ 3
107. Uma sentença logicamente equivalente a “Se X é Y, então Z é W” é:
a) X é Y ou Z é W.
b) X é Y ou Z não é W.
c) Se Z é W, X é Y.
d) Se X não é Y, então Z não é W.
e) Se Z não é W, então X não é Y.

3. Equivalências Lógicas

Exercício
108. A proposição p à ~ q é equivalente a:
a) p v q.
b) p v ~ q.
c) ~ p à q.
d) ~ q à p.
e) ~ p v ~ q.
Comentário: P à Q é equivalente a ~ Q à ~ P ou P à Q é equi-
valente a ~ P v Q. Sendo assim: P à ~ Q = (a) Q à ~ P (alternativa
inexistente) | (b) ~ P v ~ Q.
A B ~ A ~ B A  B ~ A  B A ~ B ~ A ~ B A v B

V V F F V F F F V

V F F V F F V F V

F V V F F V F F V

F F V V F F F V F
Raciocínio Lógico

Observação – Cuidado
Aà (B v C) ≠ (A à B) v (A à C).
Aà (B à C) ≠ (A à B) à C.
(A  B) à C ≠ (A  C) à (B  C).
94

Veja a tabela de equivalências


Equivalências Lógicas
(POSSUEM A MESMA TABELA-VERDADE)
1. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)
2. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)
3. A  (B  C) ⇔(A  B)  (A  C)
4. A  (B  C) ⇔(A  B)  (A  C)
5. ~~ A ⇔ A
6. A → B ⇔ ~ A  B (IMPORTANTE)
7. A → B ⇔ ~B → ~ A (IMPORTANTE)
8. Não confundir: ~ (A → B) = A  ~ B com equivalência de A
→B⇔~B→~A

4. Leis de Morgan
4.1 Apresentação

Nesta unidade, estudaremos as leis de Morgan.

4.2 Síntese
Raciocínio Lógico

Proposições logicamente equivalentes


1. (A  V)  C ⇔ A  (B  C)
2. (A v B) v C ⇔ A v (B v C)
95

}
3. A  (B v C) ⇔ (A  B) v (A  C)
Lei de Morgan
4. A v (B  C) ⇔ (A v B)  (A v C) (Aplicável somente para
5. ~ ~ A ⇔ A. conjunções e disjunções)
6. A à B ⇔ ~A v B.
7. A à B ⇔ ~B à ~A.
Observação – Cuidado
Aà (B v C) ≠ (A à B) v (A à C).
Aà (B à C) ≠ (A à B) à C.
(A  B) à C ≠ (A  C) à (B  C).

Exercícios
109. (Esaf) Uma equivalência da proposição: “Se Melício joga futebol,
então, Thábata toca violino” é:
a) Melício joga futebol se, e somente se, Thábata toca violino.
b) Se Melício não joga futebol, então, Thábata não toca violino.
c) Se Thábata não toca violino, então, Melício não joga futebol.
d) Se Thábata toca violino, então, Melício joga futebol.
e) Se Melício toca violino, então, Thábata joga futebol.
Comentário: Equivalências que mais caem em prova.
- P à Q é equivalente a ~ Q à ~ P (Nego lá fora, nego lá dentro).
- P à Q é equivalente a ~ P v Q (Nego a primeira ou afirmo a
segunda).
110. (Esaf/Téc./CGU/2008) Um renomado economista afirma que “A
inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do ponto de vista
lógico, a afirmação do renomado economista equivale a dizer que:
a) Se a inflação não baixa, então, a taxa de juros não aumenta.
b) Se a taxa de juros aumenta, então, a inflação baixa.
c) Se a inflação não baixa, então, a taxa de juros aumenta.
d) Se a inflação baixa, então, a taxa de juros não aumenta.
e) Se a inflação baixa, então, a taxa de juros aumenta.

5. Equivalências e suas Aplicações


5.1 Apresentação
Raciocínio Lógico

Nesta unidade, estudaremos as equivalências e suas aplicações.


96
5.2 Síntese
Leis de Morgan
I. ¬(p  q) ⇔ ¬ p  ¬q
II. ¬(p  q) ⇔ ¬ p  ¬q
Não confundir:
III. ¬(p → q) ⇔ ¬ p → ¬q
Observação – Cuidado
Aà (B v C) ≠ (A à B) v (A à C).
Aà (B à C) ≠ (A à B) à C.
(A  B) à C ≠ (A  C) à (B  C).

Exercícios
111. (Cespe/UnB – PF/2004) Texto para os três itens seguintes: Sejam P e
Q variáveis proposicionais que podem ter valorações, ou serem julga-
das verdadeiras (V) ou falsas (F). A partir dessas variáveis, podem ser
obtidas novas proposições, tais como: a proposição condicional, de-
notada por P Q, que será F quando P for V e Q for F, ou V, nos outros
casos; a disjunção de P e Q, denotada por P Q, que será F somente
quando P e Q forem F, ou V nas outras situações; a conjunção de P e
Q, denotada por P Q, que será V somente quando P e Q forem V,
e, em outros casos, será F; e a negação de P, denotada por ¬ P, que
será F se P for V e será V se P for F. Uma tabela de valorações para
uma dada proposição é um conjunto de possibilidades V ou F asso-
ciadas a essa proposição.
A partir das informações do texto acima, julgue os itens subsequentes:
( ) As tabelas de valorações das proposições P  Q e Q → ¬ P são iguais
Comentário: A → B ⇔ ~B → ~ A
“Se negamos lá fora, negamos lá dentro.”
A→B⇔~AB
“Negamos a primeira ou afirmamos a segunda.”
Construção da tabela, caso não se lembre das equivalências:
P Q PQ ¬P Q→¬P
V V V F F
Raciocínio Lógico

V F V F V
F V V V V
F F F V V
97
112. (Cespe/UnB – PF/2004) Denomina-se contradição uma proposição
que é sempre falsa. Uma forma de argumentação lógica considerada
válida é embasada na regra da contradição, ou seja, no caso de uma
proposição ¬ R verdadeira (ou R verdadeira), caso se obtenha uma
contradição, então, conclui-se que R é verdadeira (ou ¬ R é verda-
deira). Considerando essas informações e o texto de referência, e
sabendo que duas proposições são equivalentes quando possuem as
mesmas valorações, julgue os itens que se seguem:
( ) De acordo com a regra da contradição, P → Q é verdadeira quan-
do ao supor P  (¬ Q) verdadeira, obtém-se uma contradição.
Comentário: P  (¬ Q) só será verdadeira se ambas forem verdadei-
ras, ou seja, se P é verdadeira e Q é falsa. Assim sendo, a proposição
P → Q é falsa. Logo, ao dizer que isto é uma contradição, é verdade.

6. Equivalência: Simbologia
Exercícios
113. (Cespe/UnB – PF/2004) Denomina-se contradição uma proposição
que é sempre falsa. Uma forma de argumentação lógica considerada
válida é embasada na regra da contradição, ou seja, no caso de uma
proposição ¬ R verdadeira (ou R verdadeira), caso se obtenha uma
contradição, então, conclui-se que R é verdadeira (ou ¬ R é verda-
deira). Considerando essas informações e o texto de referência, e
sabendo que duas proposições são equivalentes quando possuem as
mesmas valorações, julgue os itens que se seguem:
( ) As proposições (P  Q) → S e (P → S)  (Q → S) possuem ta-
belas de valorações iguais.
Comentário: Não se aplica a propriedade distributiva para uma condi-
cional, apenas para conjunções e disjunções, segundo leis de Morgan.
Veja a construção da tabela:
(P → S) 
P Q P  Q S (P  Q) → S P → S Q → S
(Q → S)
V V V V V V V V
V V V F F F F F
V F V V V V V V
V F V F F F V V
Raciocínio Lógico

F V V V V V V V
F V V F F V F V
F F F V V V V V
F F F F V V V V
98
114. A proposição ¬(p → ¬r) → q  r é falsa, se:
a) p e q são verdadeiras e r é falsa.
b) p, q e r são verdadeiras.
c) p e q são falsas e r é verdadeira.
d) p, q e r são falsas.
e) p e r são verdadeiras e q é falsa.
Comentário:
¬(p → ¬r) → q  r é falsa, então, ¬(p → ¬r) é verdadeira e q  r é
falsa, pois Valéria Falou, tá Falado.
Assim ¬(p → ¬r) sendo verdadeira, então, (p → ¬r) é falsa e nova-
mente Valéria Falou, tá Falado e p será verdadeira e r será verdadeira,
porque ¬r é falsa.
Agora, por outro lado, q  r será falsa se, e só se, uma delas for falsa
e como r é verdadeira, então necessariamente q será falsa.
Veja a construção da tabela.
A B AB AB A→B A↔B

V V V V V V

V F F V F F

F V F V V F

F F F F V V

Equivalências Lógicas
(POSSUEM A MESMA TABELA-VERDADE)

1. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)

2. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)

3. A  (B  C) ⇔ (A  B)  (A  C)

4. A  (B  C) ⇔ (A  B)  (A  C)

5. ~~ A ⇔ A

6. A → B ⇔ ~ A  B (IMPORTANTE)
Raciocínio Lógico

7. A → B ⇔ ~B → ~ A (IMPORTANTE)

8. Não confundir: ~ (A → B) = A  ~B com equivalência de A


→B⇔~B→~A
99
Proposição Não equivalente Equivalente
A→B→C A→B→A→C ¬A  B → C
¬(B → C) → ¬A
B  ¬C → ¬A
A→B B→A ¬A  B

¬ B → ¬A
ABC ACBC
AB→C A→CB→C

Raciocínio Lógico
Capítulo 8

Argumentação

1. Validade
1.1 Apresentação

Nesta unidade, estudaremos a validade.

1.2 Síntese
Em um argumento as proposições p1, p2, .... pn são premissas e a proposição
q é chamada conclusão do argumento.
Nenhum homem rico é vagabundo. Todos os analistas são ricos. Portanto,
nenhum analista é vagabundo. É um argumento de premissas: Nenhum homem
rico é vagabundo e todos os analistas são ricos, e conclusão: Nenhum analista é
vagabundo.
101
Exercícios
115. Se Felipe toca violão, ele canta. Se Felipe toca piano, então, ele não
canta. Logo:
a) Se Felipe não toca violão, então, ele não toca piano.
b) Se Felipe toca violão, então, ele não toca piano.
c) Se Felipe toca violão, então, ele não canta.
d) Se Felipe canta, então, ele não toca violão.
e) Se Felipe toca piano, então, ele canta.
Questão: O argumento:
Se penso, existo.
Penso.
__________________
Logo, existo.
É um argumento válido.
De fato, argumento é formado das duas premissas:
p1: Se penso, então, existo e
p2: Penso é da conclusão Existo. Como as premissas devem ser ver-
dadeiras, a proposição:
Penso é verdadeira e, assim, para que p1 seja verdadeira, a proposi-
ção: Existo deve ser verdadeira. Consequentemente, o argumento
é válido.
Nenhum estudante é preguiçoso.
João é um artista.
Todos os artistas são preguiçosos.
João não é um estudante.
Analisando o argumento dado, podemos perceber que ele é formado
por três premissas:
P1: Nenhum estudante é preguiçoso.
P2: João é um artista.
P3: Todos os artistas são preguiçosos.
E uma conclusão:
C: João não é um estudante
Por P3: O conjunto dos artistas está contido no conjunto das pessoas
preguiçosas.
Raciocínio Lógico

Por P1: O conjunto das pessoas preguiçosas e o conjunto dos estu-


dantes são disjuntos.
Por P2, João pertence ao conjunto dos artistas.
102

Logo, observando os diagramas de Venn, temos que a conclusão C:


João não é um estudante, é verdadeira e o argumento é válido.
116. Se “Alguns professores são matemáticos” e “Todos matemáticos são
pessoas alegres”, então, necessariamente:
a) Toda pessoa alegre é matemático.
b) Todo matemático é professor.
c) Algum professor é uma pessoa alegre.
d) Nenhuma pessoa alegre é professor.
e) Nenhum professor não é alegre.

117. Para que a afirmativa “Todo matemático é louco” seja falsa, basta que:
a) Todo matemático seja louco.
b) Todo louco seja matemático.
c) Algum louco não seja matemático.
d) Algum matemático seja louco.
e) Algum matemático não seja louco.
118. Para que a proposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja
falsa, é necessário que:
a) Todas as mulheres sejam boas cozinheiras.
b) Algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c) Nenhum homem seja bom cozinheiro.
d) Todos os homens sejam maus cozinheiros.
e) Ao menos um homem seja mau cozinheiro.
Raciocínio Lógico

119. Todo cristão é teísta. Algum cristão é luterano.


a) Todo teísta é luterano.
b) Algum teísta é luterano.
c) Algum luterano não é cristão.
103
d) Nenhum teísta é cristão.
e) Nenhum luterano é teísta.
Comentário: Veja o diagrama:

120. Assinale a alternativa em que ocorre uma conclusão verdadeira (que


corresponde à realidade) e o argumento inválido (do ponto de vista
lógico):
a) Sócrates é homem, e todo homem é mortal, portanto, Sócrates
é mortal.
b) Toda pedra é um homem, pois alguma pedra é um ser, e todo
ser é homem.
c) Todo cachorro mia, e nenhum gato mia, portanto, cachorros
não são gatos.
d) Todo pensamento é um raciocínio, portanto, todo pensamento é
um movimento, visto que todos os raciocínios são movimentos.
e) Toda cadeira é um objeto, e todo objeto tem cinco pés, portanto,
algumas cadeiras têm quatro pés.
Comentário:
Um argumento é dito INCONSISTENTE se suas premissas não po-
dem ser simultaneamente verdadeiras.
Alternativa A – Argumento e conclusão válidos.
Alternativa B – Argumento válido.
Alternativa C – Argumento é válido, e a conclusão é logicamente
válida, mas não corresponde à realidade.
Alternativa D – Argumento válido.
Alternativa E – Argumento inválido e conclusão verdadeira (toda
cadeira é um objeto).

2. Valoração Lógica
Raciocínio Lógico

(TRT/2004 – Estruturas Lógicas) Considere que as letras P, Q, R e S


representam proposições e que os símbolos ¬,  e  são operadores
lógicos que constroem novas proposições e significam “não”, “e” e
“ou” respectivamente.
104
Na lógica proposicional, cada proposição assume um valor (valor-
-verdade) que pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca am-
bos. Considerando que P, Q, R e S são proposições verdadeiras, jul-
gue os itens que seguem.

Exercícios
121. ¬ P  Q é verdadeira.
Comentário: substituindo os valores de P e Q em ¬ P  Q, teremos:
F ou V, que é verdadeira.
122. ¬ [(¬ P  Q)  (¬ R  S)] é verdadeira.
Comentário: substituindo os valores de P, Q, R e S em ¬ [(¬ P 
Q)  (¬ R  S)], teremos: ¬ [(F ou V) ou (F ou V)] = ¬ [V ou V)
= Falso.
123. [ P  (Q  S)]  (¬ [(R  Q)  (P  S)]) é verdadeira.
Comentário: substituindo os valores de P, Q, R e S em [ P  (Q 
S)]  (¬ [(R  Q)  (P  S)]) teremos:
[V  (V  V)]  (¬ [(V  V)  (V  V)])
[V]  [¬ (V)]
V  F = Falso
124. (P  (¬ S))  (Q  (¬ R)) é verdadeira.
Comentário: substituindo os valores de P, Q, R e S em (P  (¬ S))
 (Q  (¬ R)) teremos:
(V  (F))  (V  (F))
V  F= Verdadeiro

3. Cálculo Proposicional – Conectivos

Exercícios
125. (Anpad) Considere as seguintes proposições compostas:
I – Se 8 é um número primo, então 2 é um número irracional.
II – Londrina é uma cidade do estado do Paraná ou São Luís é a
capital de Alagoas.
Raciocínio Lógico

III – Todo número divisível por 2 é um número par e 10 é um nú-


mero ímpar.
IV – Se a Itália é um país da América do Sul, então, São Paulo é uma
cidade da Europa.
105
Os valores lógicos das proposições I, II, III e IV formam a seguinte
sequência:
a) V, V, F, V.
b) V, V, F, F.
c) F, V, F, V.
d) F, F, V, F.
e) V, F, V, V.
126. Sejam
p: 9 + 32 = 51
q: O comprimento de uma circunferência é pr2, onde r é o raio da
circunferência.
Então, a proposição verdadeira é:
a) (p  ¬q) → q.
b) ¬ (p  q) → q.
c) (p  ¬ q) → q.
d) (¬ p  ¬ q) → q.
Comentário: Ambas as proposições são falsas. Sendo assim:
- Alternativa A: (p v ~ q) à q = (F v V) à F = V à F (F).
- Alternativa B: ~ (p v q) à q = ~ (F v F) à F = ~ F à F = V à F (F).
- Alternativa C: (p ^ ~ q) à q = (F ^ V) à F = F à F (V).
127. Sejam as proposições:
p: Luísa é bancária.
q: Luísa é fumante.
Então, a proposição ¬(q  ¬p), em linguagem corrente, é
a) Luísa não é bancária e não fumante.
b) Luísa é bancária e não fumante.
c) Luísa é fumante, mas não é bancária.
d) Luísa não é bancária ou é fumante.
e) Luísa é bancária ou é fumante.
128. Das seguintes premissas:
P1: Ana é bonita e simpática ou Ana é alegre.
P2: Ana não é alegre.
Conclui-se que Ana é:
a) Bonita ou simpática.
b) Não bonita ou não alegre.
c) Bonita e não simpática.
d) Não bonita e não simpática.
e) Bonita e simpática.
Raciocínio Lógico

Comentário: Preste atenção nas premissas:


P1: Ana é bonita e simpática ou Ana é alegre.
P2: Ana não é alegre.
Portanto, Ana é bonita e simpática.
106
129. Sabe-se que se João ama Maria, então, José ama Marta. Por outro
lado, sabemos que José não ama Marta, e podemos concluir que:
a) João e José amam Maria.
b) José ama Maria e João ama Marta.
c) João não ama Maria e José ama Marta.
d) José não ama Marta e João não ama Maria.
e) João ama Maria e José ama Marta

4. Proposições Relacionadas

Exercícios
130. Considerando verdadeiras as proposições “Se João cometeu um gra-
ve delito, então, ele sonegou impostos” e “João não sonegou impos-
tos”, pode-se concluir que:
a) João sonegou impostos.
b) João cometeu um grave delito.
c) João cometeu um grave delito e ele sonegou impostos.
d) João não cometeu um grave delito.
131. Se Beto estuda com Maria, então, Maria é aprovada nos exames. Se
Maria é aprovada nos exames, então, Ana é reprovada nos exames.
Se Ana é reprovada nos exames, então, Pedro estuda com Ana. Ora,
Pedro não estuda com Ana. Logo:
a) Ana não é reprovada e Maria é aprovada.
b) Ana é reprovada e Maria é aprovada.
c) Ana não é reprovada e Beto não estuda com Maria.
d) Maria é aprovada e Beto estuda com Maria.
132. X é A, ou Y é B. Se X é A, então, Z é C. Ora, Y não é B. Logo,
a) X não é A.
b) Z é C.
c) Z não é C e X é A.
d) Z não é C ou Y é B.
e) Se Z é C, então, Y é B.
133. Considerando as seguintes premissas:
P1: X é A e B ou X é C.
Raciocínio Lógico

P2: X não é C.
Conclui-se que X é:
a) A ou B.
b) A e B.
107
c) Não A ou não C.
d) A e não B.
e) Não A e não B.
Veja a tabela de equivalências
Equivalências Lógicas
(POSSUEM A MESMA TABELA-VERDADE)
1. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)
2. (A  B)  C ⇔ A  (B  C)
3. A  (B  C) ⇔(A  B)  (A  C)
4. A  (B  C) ⇔(A  B)  (A  C)
5. ~~ A ⇔ A
6. A → B ⇔ ~ A  B (IMPORTANTE)
7. A → B ⇔ ~ B → ~A (IMPORTANTE)
134. Uma sentença logicamente equivalente a “Se X é Y, então, Z é W” é:
a) X é y ou Z é W.
b) X é Y ou Z não é W.
c) Se Z é W, X é Y.
d) Se X não é Y, então, Z não é W.
e) Se Z não é W, então, X não é Y.
Comentário: AàB, sendo equivalente à “~ B à ~ A” ou “~ A v B”.
Sendo assim: X = Yà Z = W = Z ≠ WàX ≠ Y ou X ≠ Y ou Z = W.
135. A proposição p → ¬q é equivalente a:
a) p  q.
b) p  ¬q.
c) ¬p → q.
d) ¬q → p.
e) ¬p  ¬ q.
Comentário: Equivalência da condicional → “Se negamos lá fora,
negamos lá dentro”.
p q ¬P ¬Q p → ¬q ¬p  ¬ q
V V F F F F
Raciocínio Lógico

V F F V V V
F V V F V V
F F V V V V
108
PàQ é equivalente a ~ Q à ~ P ou P à Q é equivalente a ~ P v
Q. Sendo assim: P à ~ Q = (a) Q à ~ P (alternativa inexistente) |
(b) ~ P v ~ Q.
136. Todos os animais são seres vivos. Assim:
a) O conjunto dos animais contém o conjunto dos seres vivos.
b) O conjunto dos seres vivos contém o conjunto dos animais.
c) Todos os seres vivos são animais.
d) Alguns animais não são seres vivos.
e) Nenhum animal é um ser vivo.
137. Das afirmações
• Alguns gatos são centopeias.
• Centopeias gostam de jogar xadrez.
Podemos concluir que:
a) Existem centopeias que não são gatos.
b) Centopeias miam.
c) Se João não gosta de jogar xadrez, então, João não é uma cento-
peia.
d) Gatos gostam de jogar xadrez.
e) Gatos têm 100 pernas.
138. Das afirmações “todo animal roxo tem 13 pernas” e “todo unicórnio
é roxo” pode-se concluir que:
a) Existem unicórnios roxos.
b) Não existem animais de 13 pernas.
c) Todo unicórnio tem 13 pernas.
d) Todos os animais de 13 pernas são unicórnios.
e) Todo animal roxo é um unicórnio.
Raciocínio Lógico
Capítulo 9

Lógica Indutiva e Dedutiva

1. Aplicações e Método – Parte I


Exercícios
139. Considere que, em um pequeno grupo de pessoas — G — envolvi-
das em um acidente, haja apenas dois tipos de indivíduos: aqueles
que sempre falam a verdade e os que sempre mentem. Se, do con-
junto G, o indivíduo P afirmar que o indivíduo Q fala a verdade, e Q
afirmar que P e ele são tipos opostos de indivíduos, então, nesse caso,
é correto concluir que P e Q mentem.
140. Num país, há apenas dois tipos de habitantes: os verds, que sempre
dizem a verdade, e os falcs, que sempre mentem. Um professor de
Lógica, recém-chegado a este país, é informado por um nativo que
glup e plug, na língua local, sim e não, mas o professor não sabe se
o nativo que o informou é verd ou falc. Então, ele se aproxima de
três outros nativos que estavam conversando juntos e faz a cada um
deles duas perguntas:
110
1a) Os outros dois são verds?
2a) Os outros dois são falcs?
A primeira pergunta é respondida com glup pelos três, mas à segun-
da pergunta os dois primeiros responderam glup e o terceiro respon-
deu plug.
Assim, o professor pode concluir que:
a) Todos são verds.
b) Todos são falcs.
c) Somente um dos três últimos é falc e glup significa não.
d) Somente um dos três últimos é verd e glup significa sim.
e) Há dois verds e glup significa sim.

2. Aplicações e Método – Parte II


141. Três amigos (João, Marcelo e Rafael) trabalham num hotel de cate-
goria internacional, desempenhando funções diversas. Um deles é
porteiro, o outro é carregador e, por fim, há um telefonista. Sabendo-
-se que:
- se Rafael é o telefonista, Marcelo é o carregador;
- se Rafael é o carregador, Marcelo é o porteiro;
- se Marcelo não é o telefonista, João é o carregador;
- se João é o porteiro, Rafael é o carregador.
Portanto, a atividade profissional de João, Marcelo e Rafael (nessa
ordem), observadas as restrições acima, é:
a) Porteiro, telefonista, carregador.
b) Telefonista, porteiro, carregador.
c) Carregador, telefonista, porteiro.
d) Porteiro, carregador, telefonista.
e) Carregador, porteiro, telefonista.
Comentário: Partindo do princípio de que Marcelo não é telefonis-
ta, João é carregador. Portanto, Marcelo só pode ser porteiro (Mnt à
Jc à Mp à Ft). Se Mário é porteiro, ele não é carregador, e Flávio
não é telefonista. Chega-se a uma contradição (primeira proposição).
Se não ser telefonista leva-se a uma contradição, a conclusão é que
Marcelo é telefonista (o princípio era falso).
Se Marcelo é telefonista e Flávio não é o carregador, somente João é
Raciocínio Lógico

o carregador e o Flávio é o porteiro.


Em suma, Mnt àJc àMp à Ft ⇒ Contradição: Mt à Fp à Jc.
142. Quatro carros estão parados ao longo do meio-fio, um atrás do outro:
Um Fusca atrás de outro Fusca.
111
Um carro branco na frente de um carro prata.
Um Uno na frente de um Fusca.
Um carro prata atrás de um carro preto.
Um carro prata na frente de um carro preto.
Um Uno atrás de um Fusca.
Do primeiro (na frente) ao quarto carro (atrás), temos então:
a) Uno branco, Fusca preto, Fusca prata e Uno prata.
b) Uno preto, Fusca prata, Fusca preto e Uno branco.
c) Uno branco, Fusca prata, Fusca preto e Uno Prata.
d) Uno prata, Fusca preto, Fusca branco e Uno preto.
e) Uno branco, Fusca prata, Uno preto e Fusca prata.
Comentário:
U Branco
F Prata
F Preto
U Prata

3. Problema da Vovó Vitoria


143. Ou A = B, ou B = C, mas não ambos. Se B = D, então, A = D. Ora,
B = D. Logo:
a) B ≠ C.
b) B ≠ A.
c) C = A.
d) C = D.
e) D ≠ A.
Comentário: A = B (V) ou B = C (F). B = D à A = D. B = D à A
= D à A = B.
Portanto, B ≠ C.
144. Se Luís estuda História, então, Pedro estuda Matemática. Se Hele-
na estuda Filosofia, então, Jorge estuda Medicina. Ora, Luís estuda
História ou Helena estuda Filosofia. Logo, segue-se necessariamen-
te que:
a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estuda Medicina.
Raciocínio Lógico

b) Pedro estuda Matemática e Jorge estuda Medicina.


c) Se Luís não estuda História, então, Jorge não estuda Medicina.
d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Matemática.
e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estuda Filosofia.
112
145. Três rivais, Ana, Giza e Valéria, trocam acusações:
A Giza mente – diz Ana.
A Valéria mente – Giza diz.
Ana e Giza mentem – diz Valéria.
Com base nestas três afirmações, pode-se concluir que:
a) Apenas Ana mente.
b) Apenas Valéria mente.
c) Apenas Giza mente.
d) Ana e Valéria mentem.
e) Ana e Giza mentem.
Comentário:
Ana Verdade Mentira
Giza Mentira Verdade
Valéria Verdade Mentira
Proposição Contradição, já que Ana Ana ou Giza mentem
ou Giza mentem
146. Três colegas – João, Paulo e Pedro – estão em uma fila esperando
para serem atendidos. João sempre fala a verdade, Paulo nem sempre
e Pedro sempre mente. O que está na frente diz “João é quem está
entre nós”. O que está no meio afirma “eu sou o Paulo”. Finalmente,
o que está atrás informa “Pedro é quem está entre nós”. O primeiro, o
segundo e o terceiro na fila são respectivamente:
a) João, Paulo e Pedro.
b) João, Pedro e Paulo.
c) Paulo, Pedro e João.
d) Paulo, João e Pedro.
e) Pedro, Paulo e João

4. Questões Usando Dedução e Indução


147. Vovó Vitória procura saber quem comeu o bolo que havia guardado
para o lanche da tarde.
Joãozinho diz:
1) Não fui eu.
Raciocínio Lógico

2) Eu nem sabia que havia um bolo.


3) Foi o Marcelo.
Marcelo diz:
4) Não fui eu.
113
5) O Joãozinho mente quando diz que fui eu.
6) Foi o tio Rodrigo.
Rodrigo diz:
7) Não fui eu.
8) Eu estava lá embaixo consertando a minha bicicleta.
9) Foi o Pedrinho.
Pedrinho diz:
10) Não fui eu.
11) Eu nem estava com fome.
12) Não foi a Maria Fernanda.
Maria Fernanda diz:
13) Não fui eu.
14) Eu estava com o tio Rodrigo na praia.
15) Foi o Marcelo.
Vovó Vitória, que não é boba, percebe que cada um deles mentiu so-
bre uma única das afirmações que fez e encontrou o comilão. Quem
comeu o bolo?
a) Joãozinho.
b) Marcelo.
c) Tio Rodrigo.
d) Pedrinho.
e) Maria Fernanda.
Comentário:
Parte-se do pressuposto de que foi Pedrinho, ou que Rodrigo está
mentindo, onde leva a frase 8 ser verdadeira (sendo as demais verda-
deiras, 7 e 9).
1 – V;
2 – V;
3 – M;
4 – V;
5 – V;
6 – M;
7 – V;
8 – M;
9 – V;
10 – M;
11 – V;
Raciocínio Lógico

12 – V;
13 – V;
14 – V;
15 – M.
114
148. Três amigos – Leonardo, Esteban e Nestor – são casados com Teresa,
Regina e Sandra (não necessariamente nesta ordem). Perguntados
sobre os nomes das respectivas esposas, os três fizeram as seguintes
declarações:
Nestor: “Esteban é casado com Teresa.”
Leonardo: “Nestor está mentindo, pois a esposa de Esteban é Regina.”
Esteban: “Nestor e Leonardo mentiram, pois a minha esposa é Sandra.”
Sabendo-se que o marido de Sandra mentiu e que o marido de Tere-
sa disse a verdade, segue-se que as esposas de Luís, Marcos e Nestor
são respectivamente:
a) Sandra, Teresa, Regina.
b) Sandra, Regina, Teresa.
c) Regina, Sandra, Teresa.
d) Teresa, Regina, Sandra.
e) Teresa, Sandra, Regina.
149. Ramirez aprontou uma baita confusão: trocou as caixas de giz e as
papeletas de aulas dos professores Júlio, Márcio e Roberto. Cada um
deles ficou com a caixa de giz de um segundo e com a papeleta de
aulas de um terceiro. O que ficou com a caixa de giz do professor
Márcio está com a papeleta de aulas do professor Júlio. Portanto:
a) Quem está com a papeleta de aulas do Roberto é o Márcio.
b) Quem está com a caixa de giz do Márcio é o Júlio.
c) Quem está com a papeleta de aulas do Márcio é o Roberto.
d) Quem está com a caixa de giz do Júlio é o Roberto.
e) O que ficou com a caixa de giz do Júlio está com a papeleta de
aulas do Márcio.
Raciocínio Lógico
115

Raciocínio Lógico
Capítulo 10

Análise Combinatória

1. Introdução à Análise Combinatória


1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a introdução à análise combinatória.

1.2 Síntese
ANÁLISE COMBINATÓRIA é uma parte da matemática que estuda os
agrupamentos de elementos sem precisar enumerá-los.
A origem desse assunto está ligada ao estudo dos jogos de azar, tais como:
lançamento de dados, jogos de cartas, etc.
FATORIAL
Definição:
n! = n (n -1) (n – 2) ... 3 . 2 . 1 para n  N e n  1
O símbolo n! lê-se fatorial de n ou n fatorial.
117
Ex.:
2! = 2 x 1 = 2
3! = 3 x 2 x 1 = 6
4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24
5! = 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120
Convenção:
0! = 1. 1! = 1
Observação: n! = n (n – 1)!
Ex.:
8! = 8 x 7!
10! =10 x 9!
100! = 100 x 99 x 98!
98! 98!
PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DE CONTAGEM
Exemplos:
01. Uma moça possui 5 camisas e 4 saias. De quantas maneiras ela poderá
se vestir?
A escolha de uma camisa poderá ser feita de cinco maneiras diferentes.
Escolhida a primeira camisa, poderá escolher uma das quatro saias.
Resposta: O número total de escolhas será: 4 x 5 = 20.
02. Uma moeda é lançada três vezes. Qual o número de sequências possí-
veis de cara e coroa?
Indicaremos por C o resultado cara e K o resultado coroa.
Queremos o número de triplas ordenadas (a, b, c) onde a  {C,K},b 
{C,K} e c  {C,K}, logo, o resultado procurado é: 2 x 2 x 2 = 8
Raciocínio Lógico
118
2. Princípio Fundamental de Contagem

Exercícios
150. Quantos números de 3 algarismos podemos formar com os algaris-
mos significativos (1 a 9)?

1º 2º 3º
↓ ↓ ↓

9 x 9 X 9 = 729 números
151. E se fossem com algarismos distintos?

1º 2º 3º
↓ ↓ ↓

9 x 8 X 7 = 504 números
152. Quantos números de quatro algarismos distintos podemos formar no
sistema de numeração decimal?
Resolução:
Algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9
O número não começa por 0 (zero), logo:

1º 2º 3º 4º
↓ ↓ ↓ ↓

9 x 9 X 8 x 7 = 4.536 números
153. Em uma corrida de 6 carros, quantas são as possibilidades do 1º, 2º
e 3º lugares?
Resolução:

1º lugar 2º lugar 3º lugar


Raciocínio Lógico

↓ ↓ ↓

6 x 5 x 4 = 120 possibilidades
154. De quantas maneiras podemos distribuir aleatoriamente, três bonés,
quatro réguas e cinco canetas entre Henrique e Salgado?
119
3. Método de Pensamento da Análise
Combinatória

Exercício
155. Quantos resultados podemos obter na loteria esportiva?
Como são 14 jogos e, para cada um dos jogos, temos coluna 1, colu-
na do meio e coluna 2.
Pelo P. F. C., teremos:

EM RESUMO:
1º) Quantas escolhas devem ser feitas.
2º) Quantas opções cada escolha tem.
3º) Multiplicar tudo!
⇒ Se o problema não depender da ordem (por exemplo: co-
missões, escolhas, jogos, equipes, urnas, jogo da sena, aperto
de mão, casais, grupos, etc.) dividimos o resultado pelo fatorial
das escolhas.

4. PFC: Método
Exercícios
156. Existem 3 linhas de ônibus ligando a cidade A à cidade B, e 4 outras
ligando B à cidade C. Uma pessoa deseja viajar de A para C, passan-
do por B. De quantos modos diferentes, a pessoa poderá fazer essa
viagem?
Resolução:
Raciocínio Lógico

de A para B = 3 possibilidades
de B para C = 4 possibilidades
Logo, pelo princípio fundamental de contagem, temos: 3 x 4 = 12
120
157. A placa de um automóvel é formada por duas letras seguidas por um
número de quatro algarismos. Com as letras A e R e os algarismos
ímpares, quantas placas diferentes podem ser constituídas, de modo
que o número não tenha algarismo repetido?
Resolução:
Placa →
2 . 2 . 5 . 4 . 3 . 2
Pelo princípio fundamental da contagem, temos:
2 x 2 x 5 x 4 x 3 x 2 = 480
158. (Esaf TFC -02) Em um campeonato, participam 10 duplas, todas
com a mesma probabilidade de vencer. De quantas maneiras dife-
rentes, podemos ter classificação para os três lugares:
a) 240.
b) 270.
c) 420.
d) 720.
e) 740.
Resolução:

1º lugar 2º lugar 3º lugar


↓ ↓ ↓

10 x 9 x 8 = 720
159. Juliana Godoy possui em seu closed 90 pares de sapatos, todos de-
vidamente acondicionados em caixas numeradas de 1 a 90. Valéria
Lanna pede emprestado à Juliana Godoy quatro pares de sapatos.
Atendendo ao pedido da amiga, Juliana Godoy retira do closed qua-
tro caixas de sapatos. O número de retiradas possíveis que Juliana
Godoy pode realizar de modo que a terceira caixa retirada seja a de
número 20 é igual a:
a) 681384.
b) 382426.
c) 43262.
d) 7488.
e) 2120.
Resolução:
Raciocínio Lógico

Primeira caixa: 89 possibilidades (já que a terceira deve ser a caixa


nº 20)
Segunda caixa: 88 possibilidades (já que a primeira já foi retirada e a
terceira deve ser a caixa nº 20)
121
Terceira caixa: 1 possibilidade (a questão determina que terceira
deve ser a caixa nº 20)
Quarta caixa: 87 possibilidades (já que as três primeiras caixas já fo-
ram retiradas)
Com isso, é só multiplicar as possibilidades: 89 x 88 x 1 x 87 = 681.384

5. Tabuleiro de Xadrez

Exercícios
160. Um tabuleiro especial de xadrez possui 16 casas dispostas em 4 li-
nhas e 4 colunas. Um jogador deseja colocar 4 peças no tabuleiro,
de tal forma que, em cada linha e cada coluna, seja colocada apenas
uma peça. De quantas maneiras, as 4 peças poderão ser colocadas?
Resolução:
Para se colocar 1 (uma) peça, temos 16 maneiras.
Para se colocar a 1ª peça te- Para colocar a 2ª peça temos
mos 16 maneiras: 9 maneiras:
• •

Para a 3ª e 4ª peças, temos, respectivamente, 4 e 1 maneiras.


Logo: 16 x 9 x 4 x 1 = 576
161. Um tabuleiro especial de xadrez possui 64 casas dispostas em 8 li-
nhas e 8 colunas. Um jogador deseja colocar 8 peças no tabuleiro,
de tal forma que, em cada linha e cada coluna, seja colocada apenas
uma peça. De quantas maneiras as 8 peças poderão ser colocadas?
Resolução:
64 x 49 x 36 x 25 x 16 x 9 x 4 x 1 = 1.625.702.400
8*8 x 7*7 x 6*6 x 5*5 x 4*4 x 3*3 x 2*2 x 1*1 = (8!)²
162. Um torneio esportivo entre duas escolas será decidido numa partida
de duplas mistas de tênis. A Escola E inscreveu nesta modalidade
6 rapazes e 4 moças. A equipe de tenistas da Escola F conta com 5
Raciocínio Lógico

rapazes e 3 moças. Calcule de quantas maneiras poderemos escolher


os quatro jogadores que farão a partida decisiva, sabendo que uma
das jogadoras da equipe E não admite jogar contra seu namorado,
que faz parte da equipe F.
122
Resolução:
Cálculo da quantidade de maneiras de formação das equipes:
Escola E → 6 x 4 = 24 maneiras
Escola F → 5 x 3 = 15 maneiras
Assim, os quatro jogadores podem ser escolhidos de: 24 x 15 = 360
maneiras.
Excluindo os casos nos quais os namorados jogam entre si, que são
em números de:
(6 x 1) x (1 x 3) = 18, temos:
360 – 18 = 342

6. Uso do E/Ou
Exercícios
163. De quantos modos pode-se pintar as faces laterais de uma pirâmide
pentagonal regular, utilizando-se oito cores diferentes, sendo cada
face de uma única cor?
Resolução:
Supondo-se que todas as cinco faces laterais da pirâmide sejam pin-
tadas com cores diferentes duas a duas, e que a pirâmide esteja fixa,
o número de modos de pintar suas faces laterais, utilizando 8 cores
diferentes, será dado por:
8 x 7 x 6 x 5 x 4 = 6.720
164. De quantos modos pode-se pintar as faces laterais de uma pirâmide
pentagonal regular, utilizando-se oito cores diferentes, sendo cada
face de uma única cor, duas faces consecutivas não podem ser da
mesma cor.
Resolução:
8 x 7 x 7 x 7 x 6 = 16.464
165. (Cesgranrio/2005) A senha de certo cadeado é composta por 4 al-
garismos ímpares, repetidos ou não. Somando-se os dois primeiros
algarismos dessa senha, o resultado é 8; somando-se os dois últimos,
o resultado é 10. Uma pessoa que siga tais informações abrirá esse
cadeado em no máximo n tentativas, sem repetir nenhuma. O valor
de n é igual a:
a) 9.
Raciocínio Lógico

b) 15.
c) 20.
d) 24.
e) 30.
123
Resolução:
Algarismos ímpares: 1, 3, 5, 7 e 9.
Soma 8: 1 e 7; 3 e 5; 5 e 3; 7 e 1, ou seja, 4 opções;
Soma 10: 1 e 9; 3 e 7; 5 e 5; 7 e 3; 9 e 1, ou seja, 5 opções.
Total de tentativas: 4 x 5 = 20.
166. Observe o diagrama:

O número de ligações distintas entre X e Z é:


a) 39.
b) 41.
c) 35.
d) 45.
Resolução:
Possíveis caminhos
XRZ = 3 x 1 = 3
XRYZ = 3 x 3 x 2 = 18
XYZ = 1 x 2 = 2
XSYZ = 3 x 2 x 2 = 12
XSZ = 3 x 2 = 6
TOTAL = 3 + 18 + 2 + 12 + 6 = 41

7. Anagramas
167. A quantidade de números de três algarismos, maiores que 500, que
podem ser formados com os algarismos 3, 5, 6, 7 e 9, com repetição,
é igual a:
a) 10.
b) 20.
c) 48.
d) 52.
e) 100.
Raciocínio Lógico

Resolução:
É um problema em que o português é quem manda, a maioria das
pessoas cometeu o erro de fazer o cálculo:
4 x 5 x 5 = 100 (errado!)
124
No entanto, quando o problema fala com repetição, os algarismos
devem ser repetidos, assim:
Nº com algarismos repetidos mais nº com algarismos distintos é
igual ao total de nº que podem ser formados.
Usando o P.F.C. teremos:
Nº com algarismos repetidos = x
Nº com algarismos distintos = 4 x 4 x 3 = 48
Total de nº formados = 4 x 5 x 5 = 100
Portanto, x + 48 = 100
x = 52
168. Duas das 50 cadeiras de uma sala serão ocupadas por dois alunos. O
número de maneiras distintas possíveis que esses alunos terão para
escolher 2 das 50 cadeiras, para ocupá-las, é:
a) 1225.
b) 2450.
c) 250.
d) 49.
Resolução: 50 x 49 = 2450
Anagrama
O anagrama é um jogo de palavras que utiliza a transposição ou
rearranjo de letras de uma palavra ou frase, com o intuito de for-
mar outras palavras com ou sem sentido. É calculado por meio da
propriedade fundamental da contagem, utilizando o fatorial de um
número de acordo com as condições impostas pelo problema.
169. Com relação à palavra BRASIL, quantos anagramas podemos formar:
a) No total?
Resolução: 6! = 720
b) Começados por BR?
Resolução: 4! = 24 ⇒ |BR| 4 x 3 x 2 x 1
c) Começando por vogal e terminando em consoante?
Resolução: 2 x 4 x 3 x 2 x 1 x 4 = 192

8. Anagrama: Questão de Cinema


Exercícios
Raciocínio Lógico

(PF/2004) Conta-se na mitologia grega que Hércules, em um acesso


de loucura, matou sua família. Para expiar seu crime, foi enviado à
presença do rei Euristeu, que lhe apresentou uma série de provas a
serem cumpridas por ele, conhecidas como Os doze trabalhos de
125
Hércules. Entre esses trabalhos, encontram-se: matar o leão de Ne-
meia, capturar a corça de Cerineia e capturar o javali de Erimanto.
Considere que a Hércules seja dada a escolha de preparar uma lista
colocando em ordem os doze trabalhos a serem executados, e que a
escolha dessa ordem seja totalmente aleatória. Além disso, considere
que somente um trabalho seja executado de cada vez.
Com relação ao número de possíveis listas que Hércules poderia pre-
parar, julgue os itens subsequentes:
170. (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas que
Hércules poderia preparar é superior a 12 × 10!
Resolução: 12! = 12 x 11 x 10!
171. (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas con-
tendo o trabalho “matar o leão de Nemeia” na primeira posição é
inferior a 240 × 990 × 56 × 30.
Resolução: 11! = 11 x 10 x 9 x 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1
172. (UnB/Agente/PF/2004) O número máximo de possíveis listas con-
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerineia” na primeira posi-
ção e “capturar o javali de Erimanto” na terceira posição é inferior a
72 × 42 × 20 × 6.
Resolução: 10! = 9 x 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1
173. (UnB/Agente/PF/2004) “O número máximo de possíveis listas con-
tendo os trabalhos “capturar a corça de Cerineia” e “capturar o javali
de Erimanto” nas últimas duas posições, em qualquer ordem, é infe-
rior a 6! × 8!
Resolução: 10! x 2 = 10 x 9 x 8! x 2
180 < 720
174. De quantos modos podemos ordenar 3 livros de Lógica, 3 de Direito,
2 de Filosofia Oriental e 2 de Português, de modo que os livros de
uma mesma matéria fiquem sempre juntos e, além disso, os de Físi-
ca fiquem, entre si, sempre na mesma ordem?
Resolução: 4! x 3! x 3! x 2! x 2!

9. Anagramas com Repetição


Exercícios
Raciocínio Lógico

Com relação à palavra BRASIL, quantos anagramas podemos formar:


175. Com as letras BR juntas nesta ordem?
Resolução: BR juntas significa que formarão uma única letra, logo,
o anagrama será composto de 5 letras, portanto, a resposta é 5! = 120.
126
176. Com as letras BR juntas em qualquer ordem?
Resolução: Em qualquer ordem, teremos 5! . 2! = 240.
177. Três rapazes e duas moças vão ao cinema e desejam sentar-se, os
cinco, lado a lado, na mesma fila. O número de maneiras pelas quais
eles podem distribuir-se nos assentos de modo que as duas moças
fiquem juntas, uma ao lado da outra, é igual a:
a) 2.
b) 4.
c) 24.
d) 48.
e) 120.
Resolução: 4! x 2! = 48
178. Quantos anagramas podemos formar com a palavra ARARA?

179. E com a palavra ITATIAIA?

180. E com a palavra APROVADO?

181. Se uma pessoa gasta exatamente 1 hora para escrever cada grupo de
672 anagramas da palavra PARAGUAI, quanto tempo levará para es-
crever todos, se houver um intervalo de 30 minutos entre um grupo
e outro, para descansar?
Resolução:

6720/672 = 10 horas
9 Intervalos de descanso
9 x 30 min = 270 min à 4 horas e 30 minutos

10. Anagramas: Outras Aplicações

Exercícios
Raciocínio Lógico

182. (BB/2007) Considere que um decorador deva usar 7 faixas coloridas


de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitrina de uma
loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 faixas são ver-
127
des e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistinguíveis e 1 faixa é
branca, esse decorador conseguirá produzir, no máximo, 140 formas
diferentes com essas faixas.
Resolução:

183. Uma urna contém 3 bolas vermelhas e 2 amarelas. Elas são extraídas
uma a uma sem reposição. Quantas sequências de cores podemos
observar?
Resolução: É como se fosse uma sequência de bolas em fileira, do
tipo: VVVAA; em qualquer ordem, faremos como se fosse um ana-
grama com repetição.

184. Uma cidade é formada por 12 quarteirões segundo a figura abaixo.


Uma pessoa sai do ponto P e dirige-se para o ponto Q pelo caminho
mais curto, isto é, movendo-se da esquerda para direita, ou de baixo
para cima. Nessas condições, quantos caminhos diferentes ele pode-
rá fazer, se existem 2 ruas “horizontais” e 3 “verticais”?

Resolução: É um anagrama com repetição do tipo DDDDCCC,


ou seja:

185. O número de anagramas que podem ser formados com as letras da


palavra PAPILOSCOPISTA é:
Resolução:

11. Comissões
Raciocínio Lógico

Exercícios
186. Quantas comissões compostas de 4 pessoas cada uma podem ser for-
madas com 10 funcionários de uma empresa?
128
a) 120.
b) 210.
c) 720.
d) 4050.
e) 5040.
Resolução:
10 x 9 x 8 x 7 = 210
4 3 2 1
187. O jogo da Sena consiste em acertar 6 dezenas sorteadas entre 60. O
número de possíveis resultados está entre:
a) 15.000.000 e 25.000.000.
b) 25.000.000 e 35.000.000.
c) 35.000.000 e 45.000.000.
d) 45.000.000 e 55.000.000.
Resolução:

188. Um indivíduo possui 5 discos dos Beatles, 8 discos dos Rolling Sto-
nes e 4 discos do U2. Ele foi convidado para ir a uma festa e, ao sair,
levou 2 discos dos Beatles, 2 dos Rolling Stones e 3 do U2. O núme-
ro de modos distintos de se escolherem os discos é:
a) 12.
b) 42.
c) 160.
d) 1.120.
e) 1.200.
Resolução:
Beatles x Rolling Stones x U2

189. Se existem 11 pessoas em uma sala e cada pessoa cumprimenta todas


as outras uma única vez, o número de apertos de mão dados será
igual a:
a) 55.
b) 65.
c) 110.
d) 121.
Raciocínio Lógico

Resolução:
Precisamos de 2 mãos:
129
190. Um fisioterapeuta recomendou a um paciente que fizesse, todos os
dias, três tipos diferentes de exercícios e lhe forneceu uma lista con-
tendo sete tipos diferentes de exercícios adequados a esse tratamento.
Ao começar o tratamento, o paciente resolve que, a cada dia, sua
escolha dos três exercícios será distinta das escolhas feitas anterior-
mente. O número máximo de dias que o paciente poderá manter
esse procedimento é:
a) 35.
b) 38.
c) 40.
d) 42.
Resolução:

12. Problema da Lâmpada

Exercícios
191. De quantas maneiras distintas podemos distribuir 10 alunos em 2
salas de aula, com 7 e 3 lugares, respectivamente?
a) 120.
b) 240.
c) 14.400.
d) 86.400.
e) 3.608.800.
Resolução:
Basta escolhermos 3 e os outros irão para a outra sala;

192. Uma sala tem 6 lâmpadas com interruptores independentes. O nú-


mero de modos de iluminar essa sala, acendendo pelo menos uma
lâmpada, é:
a) 63.
Raciocínio Lógico

b) 79.
c) 127.
d) 182.
e) 201.
130
Resolução:
Sabemos que a condição para iluminar a sala é que pelo menos uma
lâmpada esteja acesa. As opções de cada lâmpada são: acesa e apa-
gada, logo:
2 x 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 64 – 1
(todas apagadas) = 63

13. Agrupamento de Pessoas


Exercícios
193. O código Morse usa “palavras” contendo de 1 a 4 “letras”. As “letras”
são representadas pelo ponto (.) ou pelo traço (-). Deste modo, a
quantidade de “palavras” possíveis pelo código Morse é:
a) 16.
b) 64.
c) 30.
d) 8.
e) 36.
Resolução:
Pode-se formar palavras de uma, duas, três ou quatro letras e as op-
ções por letra são duas (ponto ou traço), logo:
2 (1 letra)
2.2 = 4 (2 letras)
2.2.2 = 8 (3 letras)
2.2.2.2 =16 (4 letras)
194. Um sinal de trânsito sonoro pode ser composto, no máximo, por 3
silvos.
Um silvo pode ser breve ou longo.
Resolução:
2
2.2 = 4
2.2.2 = 8
2 + 4 + 8 = 14 sinais de trânsito
195. O número de maneiras de se distribuir 10 objetos diferentes em duas
caixas distintas, de modo que nenhuma caixa fique vazia, é:
Raciocínio Lógico

a) 45.
b) 90.
c) 1022.
d) 101.
131
Resolução:
São 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 . 2 = 1024 – 2 = 1022
(opções de apenas a caixa A ou apenas a caixa B)
196. (BB/2007) Considere que o BB tenha escolhido alguns nomes de
pessoas para serem usados em uma propaganda na televisão, em
expressões do tipo Banco do Bruno, Banco da Rosa, etc. Suponha,
também, que a quantidade total de nomes escolhidos para aparecer
na propaganda seja 12 e que, em cada inserção da propaganda na
TV, sempre apareçam somente dois nomes distintos. Nesse caso, a
quantidade de inserções com pares diferentes de nomes distintos que
pode ocorrer é inferior a 70.
Resolução:
É uma questão de análise combinatória onde usaremos o princípio
fundamental de contagem:
Devemos fazer duas escolhas dentre as 12 pessoas disponíveis, ou
seja:

pares diferentes, ou,


197. A partir de um grupo de oito pessoas, quer-se formar uma comissão
constituída de quatro integrantes. Nesse grupo, incluem-se Gustavo
e Danilo, que, sabe-se, não se relacionam um com o outro. Portan-
to, para evitar problemas, decidiu-se que esses dois, juntos, não de-
veriam participar da comissão a ser formada. Nessas condições, de
quantas maneiras distintas se pode formar essa comissão?
a) 70.
b) 35.
c) 45.
d) 55.
Resolução:
Total de comissões – comissões (Gustavo e Danilo juntos)

14. Questão da Lanchonete


Exercícios
Raciocínio Lógico

198. Considere agora a equação


x + y + z = 7, resolvendo por tentativa, o trabalho será muito grande,
e corremos o risco de esquecer alguma solução.
132
Resolução:
Temos que dividir 7 unidades em 3 partes ordenadas, de modo que
fique em cada parte um número maior ou igual a zero.
Indicaremos cada unidade por uma bolinha e usaremos a barra para
fazer a separação, que corresponde aos sinais de adição:

Logo, teremos uma permutação com elementos repetidos (como em


ARARA), assim:

Questão da Lanchonete
Fui à lanchonete do sr. Fausto e pedi 10 refrigerantes para levar para
a equipe de filmagem. Ele disse que tinha: Coca, Fanta, Sprite e
Guaraná.
De quantas maneiras distintas posso fazer o pedido?
Comentário:
Posso pedir tudo de um único sabor ou dois, ou três ou quatro sabores.
Por exemplo:
03 cocas, 03 fantas, 02 sprites e 02 guaranás
05 cocas, 0 fantas, 05 sprites e 0 guaranás
Traduzindo para o macete acima: C + F + S + G = 10
◊◊◊ | ◊◊◊ | ◊◊ | ◊◊ | = BBBTBBBTBBTBB, resumindo anagrama
com repetição ou macete da ARARA, logo, teremos:
Raciocínio Lógico
Capítulo 11

Probabilidade

1. Definição e Problema da Moeda


1.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a definição e o problema da moeda.

1.2 Síntese
A probabilidade está associada ao estudo da Genética (exemplo visto ante-
riormente); jogos de azar; estatísticas, etc.
Moivre foi o mais importante devoto da Teoria das Probabilidades. Em sua
obra Doutrina das Probabilidades, publicada em 1718, ele apresenta mais de
50 problemas, além da lei dos erros ou curvas de distribuição.
Há três ramos principais da estatística: a descritiva, que envolve a organiza-
ção e a sumarização de dados; a teoria da probabilidade, que proporciona uma
134
base racional para lidar com situações influenciadas por fatores relacionados
com o acaso, assim como estimar erros; e a teoria da inferência, que envolve
análise e interpretação de amostras.
O ponto central em todas as situações em que usamos probabilidade é a
possibilidade de quantificar quão provável é determinado EVENTO.
As probabilidades são utilizadas para exprimir a chance de ocorrência de
determinado evento.
ESPAÇO AMOSTRAL
Chamamos de espaço amostral (S) um conjunto formado por todos os re-
sultados possíveis de um experimento aleatório.
Chama-se Evento (E) todo subconjunto de (S), associado a um experimen-
to aleatório qualquer.
PROBABILIDADE DE UM EVENTO ELEMENTAR
Vejamos as situações seguintes:
1. Lançamento de uma moeda e observação da face superior.
Seja S = {k, c} o espaço amostral, em que c representa “cara” e k, “coroa”.
Os números ½ e ½ podem representar as chances de ocorrência dos eventos
elementares {k} e {c}.
É razoável esperar que, num grande número de lançamentos, em aproxi-
madamente metade deles, ocorra cara e, na outra metade, ocorra coroa.
Indicamos então:
PK = ½ E PC = 1/2
Generalizando, sendo
S = {e1, e2, e3, . . ., en},
Um espaço amostral finito, a cada evento elementar {e1} associamos um
número real p ({ei}), chamado probabilidade do evento elementar {ei}, que
satisfaz as seguintes condições:
⇒ p ({ei}) é um número não negativo: p ({ei})  0;
⇒ A soma das probabilidades de todos os eventos elementares é 1:
P ({e1}) + p ({e2}) +. . . + p ({en}) = 1
Consequentemente, para qualquer evento elementar {ei} temos:

Probabilidade de um evento qualquer

Exercícios
Raciocínio Lógico

199. No lançamento de uma moeda defeituosa, qual a probabilidade de


sair cara, sabendo-se que esta é o dobro da probabilidade de sair coroa?
Solução:
Temos p (c) = 2p (k) e p (c) + p (k) = 1.
135
Portanto:

200. Ainda, no exemplo anterior, se jogássemos 3 vezes consecutivas este


dado, qual a probabilidade de sair 2 caras e 1 coroa?
Resolução:
As possíveis maneiras são:
CCK, CKC ou KCC, portanto, teremos:

2. Eventos Complementares e Exclusivos


2.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos os eventos complementares e exclusivos.

2.2 Síntese
Exemplo: No lançamento de um dado honesto, o evento número ímpar {1,
3, 5} é o evento complementar do evento número par {2, 4, 6}.
Então: E = {2, 4, 6}
= {1, 3, 5}
Eventos Mutuamente Exclusivos
Os eventos exclusivos jamais ocorrem simultaneamente.
Ex.: A = {2, 4, 5} e B = {1, 3, 6} são mutuamente exclusivos porque jamais
ocorrem simultaneamente.
Probabilidade Amostrais Equiprováveis
Um espaço amostral é chamado equiprovável quando seus eventos elemen-
tares têm iguais probabilidades de ocorrência. Observamos a seguinte situação:
No lançamento de um dado não viciado e observando a face superior, te-
mos as seguintes possibilidades:
Raciocínio Lógico

Como o dado não é viciado, consideramos essas possibilidades equiprová-


veis, ou seja, têm a mesma probabilidade de ocorrer.
Utilizando um raciocínio semelhante ao de Fermat, observamos que temos
uma possibilidade favorável de que ocorra o evento desejado.
136
Por exemplo, o aparecimento do número 5 na face superior do dado – num
total de 6 possibilidades. Diremos, então, que a probabilidade de que o referido
evento ocorra é 1/6.

3. Probabilidade: Conceito
3.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a probabilidade: conceito.

3.2 Síntese
Generalizando, se num fenômeno aleatório as possibilidades são equipro-
váveis, então, a probabilidade de ocorrer um evento E, que indicaremos por p
(E), será dada por:
número de possibilidades favoráveis
P (E) =
Número total de possibilidades
Ex.: Numa pesquisa de mercado, foram entrevistadas várias pessoas acerca
de suas preferências em relação a 3 produtos: A, B e C. Os resultados das pes-
quisas indicaram que:
210 pessoas compram o produto A;
210 pessoas compram o produto B;
250 pessoas compram o produto C;
20 pessoas compram os 3 produtos;
100 pessoas não compram nenhum dos 3;
60 pessoas compram os produtos A e B;
70 pessoas compram os produtos A e C;
50 pessoas compram os produtos B e C.
Solução: Primeiramente, vamos solucionar o problema usando o Diagra-
ma de Venn:
Raciocínio Lógico

Somando tudo 100 + 40 + 20 + 50 + 120 + 30 + 150 + 100 = 610 entre-


vistados.
137
Exercícios
201. Qual a probabilidade de que ao sortearmos uma pessoa aleatoria-
mente, ela seja:
a) Consumidora de apenas um dos produtos?

b) Consumidora de no mínimo 02 produtos?

c) Sabendo que a pessoa sorteada consome C, qual a probabilida-


de dela também consumir B?

202. A probabilidade de ocorrer um evento A é 1/3, a probabilidade de


ocorrer um evento B é ½ e a probabilidade de ocorrer ambos é ¼ .
PA = 1/3
PB = ½
P (A e B) = ¼

4. Probabilidade Condicional
4.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a probabilidade condicional.

4.2 Síntese
Analisemos a seguinte situação:
Retirando-se sucessivamente, e sem reposição, 3 cartas de um baralho de
52 cartas, qual é a probabilidade de ocorrerem 3 de espada?
Solução:
Raciocínio Lógico

Chamemos de E o evento “ocorrerem 3 cartas de espadas”. Na 1ª retira-


da, a probabilidade de ocorrer carta de espadas é 13/52 (num baralho de 52
cartas, há 13 de espadas; tendo sido obtida 1 carta de espadas, a probabilidade
de ocorrer outra é 12/51; obtidas 2 cartas de espadas nas duas primeiras
138
retiradas, a probabilidade de ocorrer outra na 3ª retirada é 11/50. Usando a
fórmula da probabilidade condicional, temos:

Curiosidade:
Num jogo de Pôquer, qual a probabilidade de ocorrer uma trinca e uma
dupla? (considerando que um jogador recebe as cinco cartas de uma só vez)
Solução:
A 1ª carta é aleatória: 52/52
A 2ª carta terá probabilidade: 3/51
A 3ª carta terá probabilidade: 2/50
A probabilidade da 4ª: 48/49
E a da 5ª: 3/48
Daí teremos o seguinte:
5 maneiras (ordem) diferentes disto acontecer. Logo, a probabilidade de-
sejada será:

Eventos Independentes
Dizemos que n eventos E1, E2, E3, ..., En são independentes quando a pro-
babilidade de ocorrer um deles não depende do fato de terem ou não ocorrido
os outros.
Para n eventos independentes, temos:
P (E1 e E2 e E3 e ... e En) = p (E1) . p (E2) . p (E3) . ... . p (En)

5. Lei de Murphy
5.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a Lei de Murphy.

5.2 Síntese
Até mesmo a famosa lei de Murphy:
Raciocínio Lógico

Ao tentarmos abrir uma porta, temos em mãos um molho com 5 chaves


e não sabemos qual delas abrirá a porta. Então, tentamos a 1ª e se não conse-
guirmos (separamos esta), tentamos a segunda, e assim por diante até chegar à
última, sempre separando a que já tentamos.
139
Segundo Murphy, a probabilidade de acertarmos a chave na última tenta-
tiva é maior que na primeira. Ele está certo ou errado?
Responda você.
Ele está errado, pois é a mesma probabilidade:
Temos que analisar o problema da seguinte maneira:
P (a) = acertar a chave = 1/5 e P (e) = errar a chave 4/5
1ª tentativa: 1/5
2ª tentativa:

3ª tentativa:

4ª tentativa:

5ª tentativa:

6. Probabilidade de Não Ocorrer um Evento


6.1 Apresentação

Nesta unidade, veremos a probabilidade de não ocorrer um evento.

6.2 Síntese
Dois prêmios iguais são sorteados entre 5 concorrentes, sendo 3 brasileiros
e 2 italianos. Admitindo que a mesma pessoa não possa ganhar os dois prêmios,
qual é a probabilidade de ser premiado pelo menos um brasileiro?
Ser premiado pelo menos um brasileiro implica não serem premiados 2
italianos.
Chamemos de E o evento “serem premiados 2 italianos”. Usando a fórmula
da probabilidade condicional, verificamos que a probabilidade de serem pre-
miados 2 italianos é:
Raciocínio Lógico

Aplicando agora a fórmula da probabilidade de não ocorrer o evento E,


obtemos a probabilidade de ser premiado pelo menos um brasileiro:
140
Exemplo de Tiro ao Alvo
Probabilidade de acerto = 20% = 1/5
Probabilidade de errar = 80% = 4/5
O alvo é uma lâmpada e a pessoa pode dar 3 tiros. Qual a probabilidade de
acertar a lâmpada?
A1 + E1A2 + E1 E2 A3

Qual a probabilidade de não ocorrer o evento?


1 – E1 E2 E3

Exercício
203. (UFMG) Leandro e Heloísa participam de um jogo em que se utili-
zam dois cubos. Algumas faces desses cubos são brancas e as demais,
pretas. O jogo consiste em lançar, simultaneamente, os dois cubos e
em observar as faces superiores de cada um deles quando param:
⇒ se as faces superiores forem da mesma cor, Leandro vencerá; e
⇒ se as faces superiores forem de cores diferentes, Heloísa vencerá.
Sabe-se que um dos cubos possui cinco faces brancas e uma preta e
que a probabilidade de Leandro vencer o jogo é de 11/18.
Então, é correto afirmar que o outro cubo tem:
a) Quatro faces brancas.
b) Uma face branca
c) Duas faces brancas.
d) Três faces brancas.
Comentário:
X ⇒ número de faces pretas do segundo cubo.
Logo, teremos:
Raciocínio Lógico
141
7. Distribuição Binomial
7.1 Apresentação

Nesta unidade, estudaremos a distribuição binomial.

7.2 Síntese
Generalizando, se em cada uma das n tentativas de um fenômeno aleatório
a probabilidade de ocorrer um evento é sempre P(E), a probabilidade de que
esse evento ocorra em apenas K das n alternativas é dada por:

Comentário:
Um casal deseja ter 4 filhos, sendo dois casais. Qual a probabilidade de isso
ocorrer?
HHMM que é o mesmo que um anagrama com 4 letras, sendo 2 Hs e 2Ms,
portanto, usando o macete da ARARA, teremos:
possíveis resultados.

8. Problema das Urnas

Exercícios
204. (Cesgranrio/Controlador/Aeronáutica/2007) Há duas urnas sobre
uma mesa, ambas contendo bolas distinguíveis apenas pela cor. A
primeira urna contém 2 bolas brancas e 1 bola preta. A segunda
urna contém 1 bola branca e 2 bolas pretas. Uma bola será retirada,
aleatoriamente, da primeira urna e será colocada na segunda e, a
seguir, retirar-se-á, aleatoriamente, uma das bolas da segunda urna.
Raciocínio Lógico

A probabilidade de que esta bola seja branca é:


a) 5/12.
b) 1/3.
c) 1/4.
142
d) 1/6.
e) 1/12.
Comentário:

Ao retirarmos uma bola qualquer que pode ser branca ou preta da


urna U1, a probabilidade de se retirar uma branca da urna U2, será:
Se a bola retirada for branca, teremos: BB
Se a bola retirada for preta, teremos: PB
Daí pode acontecer: BB ou PB, donde:

205. Antônio, Bruno, César, Dário e Ernesto jogam uma moeda idônea
11, 12, 13, 14 e 15 vezes, respectivamente. Apresenta a menor chan-
ce de conseguir mais caras do que coroas:
a) Antônio.
b) Bruno.
c) César.
d) Dário.
e) Ernesto.
Comentário: A menor chance de conseguir mais caras do que co-
roas significa a menor probabilidade de obter mais caras que coroas.
Portanto, temos que analisar caso a caso:
a) Antônio – 11 vezes.

caras coroas
11 0
10 1
9 2
8 3
7 4
6 5
5 6
4 7
Raciocínio Lógico

3 8
2 9
1 10
0 11
143
b) Bruno – 12 vezes.

caras Coroas
12 0
11 1
10 2
9 3
8 4
7 5
6 6
5 7
4 8
3 9
2 10
1 11
0 12
E assim por diante, logo:
c) Cesar – 13 vezes: serão 7 em 14, ou seja, 50%.
d) Dário – 14 vezes: serão 7 em 15, ou seja, 46,66%.
e) Ernesto – 15 vezes: serão 8 em 16, ou seja, 50%.

9. Teorema de Bayes
9.1 Apresentação

Nesta unidade, estudaremos o Teorema de Bayes.

9.2 Síntese
Raciocínio Lógico

Propriedades:
144
Comentário:
Em outra unidade de estudo, abordamos o tema negação de uma conjun-
ção de uma disjunção. Este assunto está diretamente ligado às propriedades
acima. Veja o lembrete:
Proposição Equivalente da Negação
AeB Não A ou não B
A ou B Não A e não B
Ou seja:
A negação do E é OU
A negação do OU é E.
Teorema de Bayes
Se A1, A2, A3, ..., Ai são eventos mutuamente exclusivos de maneira que
A1  A2 ...= S
P (Ai) = prob conhecidas dos eventos
B = um evento qualquer de s, conhecendo-se todas as probabilidades de P
(B/A)
Então,

Escolheu-se uma urna ao acaso e tirou-se uma bola ao acaso, verificando-se


que a bola é branca. Deseja-se determinar a probabilidade da bola ter vindo
da urna 2.
Urnas U1 U2 U3
Cores
Pretas 3 4 2 9
Brancas 1 3 3 7
Vermelhas 5 2 3 10
9 9 8 26
P (U1) = 1/3
P (U2) = 1/3
P (U3) = 1/3 (eventos equiprováveis)
P (Br/U1) = 1/9
P (Br/U2) = 3/9 = 1/3
P (Br/U3) = 3/8
Raciocínio Lógico

Faça você agora para a urna 3.


145
10. Questões
Exercícios
206. Em um jogo, apresentam-se ao participante 3 fichas voltadas para
baixo, estando representadas em cada uma delas as letras T, C e E.
As fichas encontram-se alinhadas em uma ordem qualquer.
O participante deve ordenar as fichas, mantendo as letras voltadas
para baixo, tentando obter a sigla TCE. Ao desvirá-las, para cada le-
tra que esteja na posição correta, ganhará um prêmio de R$ 500,00.
A probabilidade de o participante não ganhar qualquer prêmio é
igual a:
a) 0.
b) 1/6.
c) 1/4.
d) 1/3.
e) 1/2.
Comentário:

207. A probabilidade de o participante ganhar exatamente o valor de R$


1000,00 é igual a:
a) 3/4.
b) 2/3.
c) 1/2.
d) 1/6.
e) 0.
208. Em uma urna, há 5 bolas verdes, numeradas de 1 a 5, e 6 bolas
brancas, numeradas de 1 a 6. Dessa urna, retiram-se, sucessivamente
e sem reposição, duas bolas. Quantas são as extrações nas quais a
primeira bola sacada é verde e a segunda contém um número par?
a) 15.
b) 20.
c) 23.
d) 25.
e) 27.
209. Joga-se N vezes um dado comum, de seis faces, não viciado, até que
Raciocínio Lógico

se obtenha 6 pela primeira vez. A probabilidade de que N seja menor


do que 4 é:
a) 150/216.
b) 91/216.
146
c) 75/216.
d) 55/216.
e) 25/216.

11. Problema do Filme – Quebrando a Banca

Exercício
210. (Esaf/MPOG/2005) Há três moedas em um saco. Apenas uma delas
é uma moeda normal, com “cara” em uma face e “coroa” na outra.
As demais são moedas defeituosas. Uma delas tem “cara” em ambas
as faces. A outra tem “coroa” em ambas as faces. Uma moeda é re-
tirada do saco, ao acaso, e é colocada sobre a mesa sem que se veja
qual a face que ficou voltada para baixo. Vê-se que a face voltada
para cima é “cara”. Considerando todas estas informações, a proba-
bilidade de que a face voltada para baixo seja “coroa” é igual a:
a) 1/2.
b) 1/3.
d) 2/3.
c) 1/4.
e) 3/4.
Raciocínio Lógico
147
Gabarito

1. 35. 19. a) 36; b) 59; c) 20.


2. Correto. 20. Letra E.
3. Incorreto. 21. 2, 2, 9.
4. Incorreto. 22. Incorreto.
5. Letra E. 23. Incorreto.
6. Letra B. 24. Incorreto.
7. Letra B. 25. Correto.
8. Letra E. 26. Letra E.
9. Letra C. 27. Letra E.
10. Letra B. 28. Letra C.
11. Letra E. 29. Incorreto.
12. 40%. 30. Correto.
13. a) 340; b) 210; c) 660; d) 210. 31. Correto.
14. Letra D. 32. Incorreto.
Raciocínio Lógico

15. a) 78; b) 87; c) 165. 33. Incorreto.


16. Letra D. 34. Letra E.
17. Letra C. 35. Letra A.
18. Letra A. 36. Letra C.
148
37. Letra C. 78. Letra B.
38. Letra B. 79. Letra C.
39. Letra C. 80. Letra D.
40. Letra C. 81. Letra C.
41. Letra D. 82. Incorreto.
42. Letra A. 83. Correto..
43. Incorreto. 84. Correto.
44. Correto. 85. Correto.
45. Correto. 86. Incorreto.
46. Correto. 87. Incorreto.
47. Incorreto. 88. Incorreto.
48. Incorreto. 89. Correto.
49. Incorreto. 90. Incorreto.
50. Correto. 91. Letra C.
51. Incorreto. 92. Incorreto.
52. Letra C. 93. Incorreto.
53. Incorreto. 94. Correto.
54. Incorreto. 95. Letra C.
55. Correto. 96. Letra C.
56. Letra C. 97. Letra A.
57. Letra E. 98. Letra E.
58. Letra B. 99. Letra E.
59. Astrubal não é amigo de Leôncio. 100. Letra C.
60. Letra E. 101. Letra B.
61. Letra C. 102. 2, 2, 9.
62. Letra C. 103. Letra D.
63. Incorreto. 104. Letra D.
64. Letra A. 105. Letra D.
65. Letra A. 106. Letra C.
66. Letra E. 107. Letra E.
67. Letra D. 108. Letra E.
68. Letra C. 109. Letra C.
69. Letra B. 110. Letra E.
70. Letra C. 111. Incorreto.
71. Letra C. 112. Correto.
72. Letra B. 113. Incorreto.
73. Letra A. 114. Letra E.
Raciocínio Lógico

74. Letra C. 115. Letra B.


75. Letra D. 116. Letra C.
76. Letra A. 117. Letra E.
77. Letra D. 118. Letra E.
149
119. Letra B. 160. 576.
120. Letra E. 161. (8!)² maneiras.
121. Correto. 162. 342.
122. Incorreto. 163. 6720.
123. Incorreto. 164. 16464.
124. Correto. 165. Letra C.
125. Letra A. 166. Letra B.
126. Letra C. 167. Letra D.
127. Letra B. 168. Letra B.
128. Letra E. 169. A) 720, B) 24, C) 192.
129. Letra D. 170. Correto.
130. Letra D. 171. Correto.
131. Letra C. 172. Incorreto.
132. Letra B. 173. Correto.
133. Letra B. 174. 3456.
134. Letra E. 175. 120.
135. Letra E. 176. 240.
136. Letra B. 177. Letra D.
137. Letra C. 178. 10.
138. Letra C. 179. 560.
139. Correto. 180. 10080.
140. Letra C. 181. 14h e 30min.
141. Letra C. 182. Correto.
142. Letra C. 183. 10.
143. Letra A. 184. 35.
144. Letra A. 185. 1818214400.
145. Letra D. 186. 210.
146. Letra C. 187. Letra D.
147. Letra D. 188. Letra D.
148. Letra D. 189. Letra A.
149. Letra A. 190. Letra A.
150. 729. 191. Letra A.
151. 504. 192. Letra A.
152. 4536. 193. Letra C.
153. 120. 194. 14.
154. 120. 195. Letra C.
155. 314 resultados. 196. Correto.
Raciocínio Lógico

156. 12. 197. Letra D.


157. 480. 198. 36.
158. Letra D. 199. 2/3.
159. Letra A. 200. 4/9.
150
201. a) 37/61, b) 14/61, c) 25%. 206. Letra D.
202. 5/12. 207. Letra E.
203. Letra A. 208. Letra C.
204. Letra A. 209. Letra B.
205. Letra B. 210. Letra D.
Raciocínio Lógico

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