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Eclipses 1

ESCOLAS E.B. 2,3 DE VALONGO DO VOUGA

Disciplina: Ciências Físico-Químicas

Professora: Maria Daniel

Marco Rafael Tavares Duarte


Nº 16 Turma 7º D

Data: 10 de Janeiro de 2007


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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objectivo elaborar uma breve abordagem sobre os
eclipses do Sol e da Lua.

Primeiro, falarei sobre as razões que levam ao acontecimento dos eclipses. Depois
irei fazer uma breve referência sobre os diferentes tipos de eclipses.

Como referência teórica utilizei o meu livro da disciplina e consultei alguns sites da
Internet.
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ECLIPSES

Um eclipse é produzido pela sombra que um astro faz sobre o outro. Assim, se a
sombra da Terra incidir sobre a Lua esta deixa de se ver por ficar às escuras (diz-se
eclipse da Lua), ou se a sombra da Lua incidir sobre a Terra, o Sol deixa de ser
visto nos locais da Terra que estão à sombra (diz-se eclipse do Sol).

Só pode existir eclipse quando os três astros Sol, Terra e Lua estão dispostos
exactamente em linha recta. Dado que a Lua roda em torno da Terra em 27,3 dias
deveríamos então observar eclipses alternados do Sol e da Lua separados de 13,6
dias

Isto seria verdade se o plano da


órbita da Lua fosse complanar
com o da órbita da Terra em
torno do Sol (eclíptica), pois
garantiria o alinhamento perfeito
para que o cone de sombra de
um corpo incidisse sobre o outro.
Ora se não há eclipses com tanta
frequência é porque estes dois
planos não coincidem. Aliás,
sabemos que estão inclinados de
Esquema que mostra o porquê de não termos eclipses todos os
5º entre si, o que é suficiente meses. Dado que a órbita da Lua está inclinada de 5º em relação ao
para a Lua passar por cima ou plano da Eclíptica, o alinhamento do sistema Lua-Terra-Sol nem
por baixo do cone de sombra da sempre é conseguido. Os desenhos não estão à escala.
Terra (ou vice versa)
permanecendo por isso sempre iluminada durante todo o ano, ou quase.

Contudo, a constância da orientação do plano da órbita da Lua (enquanto a Terra


descreve a sua volta em torno do
Sol), cria duas posições em que
ocorre o alinhamento entre os
três astros. Estas posições estão
diametralmente opostas em
relação ao Sol, e por isso
separadas de 6 meses. Em cada
uma delas um eclipse da Lua é
seguido ou precedido pelo do Sol,
mais ou menos em 13,6 dias. A
Esquema para exemplificar a forma da sombra da Lua (à
esquerda) e da Terra (à direita). Enquanto que a sombra da
junção destes dois factores faz
Terra, maior, pode esconder completamente o nosso satélite com que haja pelo menos dois
natural (eclipse da Lua), a sombra da Lua, mais pequena, apenas eclipses do Sol e dois da Lua,
pode esconder o Sol em locais restritos da Terra (eclipse do Sol). durante um ano.
A única diferença entre estes
dois eclipses está em que o eclipse da Lua é visível em todos os lugares da Terra
onde é noite, enquanto que o eclipse do Sol apenas é visível nos lugares que
momentaneamente ficam na sombra (da Lua). Como a sombra feita pela Lua sobre
a Terra é muito menor que o tamanho da própria Terra, o eclipse é apenas visível
nessa pequena área, que vai percorrendo o globo terrestre consoante este roda e a
Lua progride na sua órbita.
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Eclipse do Sol

Quando a Lua passa directamente entre a Terra e o Sol, ocorre um eclipse do Sol e
a Lua projecta a sua sombra sobre a superfície da Terra. O eclipse anular do Sol é
um tipo especial de eclipse parcial. Durante um eclipse anular a Lua passa em
frente ao Sol, mas acaba por não tapar completamente o disco da nossa estrela.

Embora o Sol seja cerca de 400 vezes maior que a Lua, também se encontra cerca
de 400 vezes mais afastado. Do nosso ponto de vista o diâmetro angular da Lua o
do Sol no céu é praticamente o mesmo - cerca de 0.5º. É por esta razão que a Lua
parece "caber" perfeitamente no disco solar durante um eclipse total, tapando o
brilhante disco, permitindo ver a atmosfera exterior do nossa estrela, a chamada
coroa ou corona solar, durante os preciosos momentos de totalidade.

A sombra da Lua pode dividir-se em duas regiões: a umbra e a penumbra. A umbra


é a região interior e mais escura da sombra. Pode atingir os 80 quilómetros de
extensão e a área que cobre é conhecida como 'região de totalidade'. Um
observador que veja o eclipse numa região de umbra irá vê-lo como eclipse total.
Em torno da umbra existe a penumbra, que pode atingir milhares de quilómetros
de extensão. Os observadores que se encontrem numa região de penumbra verão o
eclipse apenas como parcial.

Há quatro tipos de eclipses solares:

• O eclipse solar parcial: somente uma parte do sol é oculta pelo disco
lunar.
• O eclipse solar total: toda a luminosidade do Sol é escondida pela Lua.
• O eclipse em anel ou eclipse anular: um anel da luminosidade solar pode
ser vista ao redor da Lua (provocado pelo fato da umbra da Lua não estar
atingindo a superfície da Terra, o que pode acontecer se a Lua estiver
próxima de seu apogeu.
• O eclipse híbrido, quando a curvatura da Terra faz com que o eclipse seja
observado como anular em alguns locais e total em outros. O eclipse total é
visto nos pontos da superfície terrestre que estão ao longo do caminho do
eclipse e estão fisicamente mais próximos à Lua, e podem, assim, serem
atingidos pela umbra; outros locais, menos próximos da Lua devido à
curvatura da Terra, ficam na penumbra da Lua e vêem um eclipse anular.
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Eclipse total do Sol em 24 de Outubro


1995

Eclipse total do Sol

Eclipse anular
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Eclipse da Lua

Existe um eclipse da Lua quando a Terra está exactamente entre o Sol e a Lua. A
Terra projecta a sua sombra sobre a Lua, tapando-a da nossa vista (observando o
bordo da sombra da Terra sobre a Lua comprovamos que a Terra tem forma
esférica). A Lua vai ficando gradualmente ocultada. Se a ocultação for completa o
eclipse é total, se for apenas em parte chama-se eclipse parcial.

Eclipse total da Lua

PORQUE NÃO VEMOS UM ECLIPSE A CADA LUA CHEIA

Para além da órbita da Lua em torno da Terra não ser um círculo, esta também não
é feita segundo o mesmo plano. O plano orbital da Lua tem um desvio de 5% em
relação ao plano da órbita da Terra em torno do Sol (conhecido como eclíptica).
Embora 5% seja um valor aparentemente pequeno, é suficiente para que seja raro
o alinhamento perfeito dos três astros - Sol, Lua e Terra.

Esquema representativo das órbitas da Terra e da Lua, onde podemos ver que as 2 órbitas não se encontram
no mesmo plano.
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A linha que resulta da intersecção entre os planos da órbita da Terra e da Lua é


conhecida como "linha dos nodos". Assim, as condições de alinhamento dos três
astros só ocorrem em dois pontos específicos (dois nodos) e diametralmente
opostos. Para que aconteça um eclipse da Lua a intersecção das órbitas terá de
ocorrer numa altura de Lua Cheia. Todas estas condições limitam claramente a
ocorrência de um eclipse.

Existem assim, duas épocas ao longo de um ano em que podem ocorrer eclipses,
mas devido às perturbações gravitacionais sofridas pela órbita da Lua, estas épocas
variam com o tempo. Deste modo, os alinhamentos verificam-se a cada 173 dias.

Eclipse Lunar parcial 15 de Maio de 2003

Eclipse da Lua 20 Janeiro 2000


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CONCLUSÃO

Após a conclusão deste trabalho, apercebi-me quanto é importante e fascinante o


mundo astronómico que nos rodeia.

Foi um trabalho que gostei imenso de fazer porque aprendi muitas coisas novas
sobre os eclipses.
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BIBLIOGRAFIA:

http://umbra.nascom.nasa.gov/eclipse/images/
http://www.astronomy.gr/gallery.cfm
http://www.nightskypix.com/Solar/moon/moon.html
http://www.astro.up.pt/caup/eventos/2005Out03/ciencia.html
http://www.oal.ul.pt/oobservatorio/vol9/n7/pagina4.html
http://astro.if.ufrgs.br/fase/eclipses.html
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