Oficinas

Este programa oferece quatro tipos de oficinas (histórias, brincadeiras, atividades e criatividade) que são realizadas simultane-
amente no modelo circuito. Cada uma funciona com a mesma equipe e no mesmo local todos os dias. As mudanças só ocorrerão
com o consentimento da coordenação. Os grupos, acompanhados pelos seus líderes, participarão de todas as oficinas diariamente.
Obs.: se você optar por contar a história bíblica na abertura, serão apenas três oficinas. Para isso, retire os menores (de 4 a 6
anos), para que eles sigam o modelo sequencial. As crianças maiores ficarão no salão e ouvirão a história. Em seguida, os três gru-
pos divididos por idade (7 e 8 anos; 9 e 10; 11 e 12) irão para as oficinas simultaneamente (brincadeira, atividades e criatividade).
Cada equipe será responsável por preparar e organizar todo o material necessário para a realização da sua oficina; ao final,
deverá guardá-lo e deixar tudo organizado.
Seja pontual. Obedeça aos comandos da pessoa responsável pelo horário. Tenha cuidado para respeitar o horário programado,
para não atrasar o andamento da EBF.

OFICINA DE HISTÓRIAS
• Os roteiros são apenas guias para o ensino da lição. Cada professor tem seu próprio estilo que, orientados pelo Senhor,
alcançará as necessidades dos estilos de aprendizagem dos alunos;
• O kit EBF traz 25 cartazes coloridos, contudo pode-se usar um projetor multimídia e utilizar os arquivos em PowerPoint que
estão no CD;
• Prepare o visual da história e demais materiais solicitados, inclusive para a introdução das lições;
• Varie o volume, intensidade e ritmo de sua voz durante a narrativa. Não use este manual para contar a história, utilize somente a
Bíblia e um pequeno roteiro;
• Ensine o versículo específico de cada dia com criatividade e dinamismo;
• Chegue com antecedência para organizar o ambiente e o material necessário.

1º DIA 2º DIA 3º DIA 4º DIA

Príncipes e
princesas AMAR O REI OBEDECER AO REI SERVIR AO REI SER FIEL AO REI
precisam...
Daniel e seus amigos Os três amigos A loucura do rei e Daniel na cova
História bíblica
não se contaminam na fornalha a escritura na parede dos leões
Texto bíblico Daniel 1.1-21 Daniel 3.1-30 Daniel 4.1–5.31 Daniel 6.1-28
Sentir-se amado por Deus Ser estimulado a obedecer Saber que o Senhor Compreender que deve
e dispor-se a demonstrar o ao Senhor em todos os deu a cada um talentos e manter-se fiel ao Senhor e
Objetivo
seu amor a ele por meio de momentos, mesmo quando dons que devem ser usados ser encorajado a permanecer
atitudes práticas. for muito difícil. para servi-lo. firme, confiando nele.
“Nós amamos porque ele “Antes, importa obedecer a “Seja fiel até a morte, e eu
“Servi ao SENHOR com alegria.”
Versículo [Deus] nos amou primeiro.” Deus do que aos homens.” lhe darei a coroa da vida.”
Salmos 100.2
1João 4.19 Atos 5.29b Apocalipse 2.10 (NVI)

25 Reino Dourado
1º DIA

Objetivos da lição
Amar o Rei

• Saber que Deus disciplinou seu povo e que esse foi um ato de demonstração do
seu amor;
• Sentir-se amado por Deus;
• Dispor-se a demonstrar o seu amor a Deus por meio de atitudes práticas.

Versículo: “Nós amamos porque ele [Deus] nos amou primeiro.” 1João 4.19

Texto bíblico: Daniel 1.1-21

Plano 1 – 4 a 6 anos Lição

Abra sua Bíblia em Daniel 1.
Lista de material
• Para introdução: uma pequena mala ou mochila com itens
comuns para a viagem de uma criança (roupas, calçados,
pijamas, um brinquedo, etc.);
• Cartazes 1, 3 a 6 do kit visual, ou projeção utilizando o
PowerPoint do CD anexo (material multimídia).

Introdução
Pegue a mala vazia e peça para as crianças imaginarem
que irão viajar. Ressalte como é bom viajarmos para conhecer
ou rever pessoas e lugares e enfatize a necessidade de prepa-
rativos, como fazer a mala. Pergunte o que é necessário colocar
em uma mala de viagem. Ouça as sugestões e coloque os itens
selecionados dentro dela.
Algumas viagens duram só um pouquinho e
outras são muito longas. Tem viagem que é para
perto e outras são muito distantes. Vocês gostam
de viajar também? Hoje eu quero contar sobre
um grupo de amigos que fizeram uma loooonga
viagem. Mude a expressão facial para tristeza e, depois, sus-
pense. Mas não foi uma viagem legal, foi uma via-
gem difícil e triste. Que viagem foi essa?
Tudo começou quando o povo de Deus re-
cebeu um castigo por ter desobedecido muito,
muito, muito ao Senhor. Deus permitiu que um
rei malvado entrasse na cidade com seus solda-
dos e roubasse as casas, o palácio e até a Casa
de Deus. E sabem o que mais? Mostre o cartaz 1.
O Senhor permitiu que boa parte do seu povo
fosse levada como prisioneira para a terra do rei
malvado. As pessoas que foram levadas nem ti-
veram tempo de fazer as malas e, mesmo assim,
tiveram de partir para um lugar muito diferen-
te. Então, o rei malvado mandou que os rapazes
bonitos, fortes e inteligentes fossem separados.
Para quê? Ouça as respostas das crianças. Eles foram

Reino Dourado 26
separados para viverem no castelo, onde apren-
deriam muitas coisas e depois trabalhariam
ajudando o rei. E, no meio desses prisioneiros,
estavam quatro rapazes que amavam a Deus de
todo o coração. Eram eles: Daniel, Misael, Hana-
nias e Azarias. Mostre-os no meio do grupo e peça que
as crianças observem os rostos deles no cartaz 1.
Eles estão felizes por terem sido escolhidos?
Possivelmente não, afinal, eles tinham perdido
uma guerra e iriam morar em um lugar totalmen-
te estranho e longe da família deles. Mas eu te-
nho de dizer uma coisa: mesmo tristes, eles con-
tinuavam amando e servindo ao Senhor Deus.
Sabem como eu sei disso? Ouçam com atenção e
vocês irão descobrir.
Mostre o cartaz 3. Daniel e seus três amigos fo-
ram levados para o palácio juntamente com outros
rapazes e lá começaram a estudar. Vejam, eles es-
tão com roupas diferentes e até seus nomes foram
mudados também! O rei mandou professores,
cozinheiros e servos para que esses moços apren-
dessem muito sobre o novo lugar que estavam mo-
rando. O palácio era elegante e confortável e havia
muita comida, da mesma comida que o próprio rei
comia. Mas aí algo diferente aconteceu. Daniel e
seus três amigos decidiram que não iriam comer
aquela comida e bebida. Por quê? Daniel sabia des-
de pequenino que existiam alguns tipos de carne
que não deveria comer, pois a lei de Deus proibia. E
tem mais: a comida do rei tinha muito a ver com os
ídolos dele. Comer o que o rei mandava era como
adorar os deuses do rei. Assim, eles pediram para
comer somente legumes e beber somente água. Ih,
o chefe do palácio não quis dar essa comida e bebi-
da diferente, não. Ele ficou com medo de o rei ficar
bravo. Mas Daniel e seus amigos não desistiram e
insistiram com o guarda:
— Por favor, faça um teste com a gente. Dê-
-nos somente legumes e água por dez dias e, de-
pois desse tempo, veja se estamos melhor ou pior
que os outros rapazes.
27
Cartaz 4. O guarda aceitou fazer essa experi-
ência. Então, a cada dia, eles recebiam uma co-
mida diferente dos outros rapazes. Mas quantos
dias eles iriam comer assim? Isso mesmo – dez
dias. Vamos contar! Conte de um a dez juntamente com
as crianças. E agora, será que eles estavam mais fra-
quinhos? Nada disso! A Bíblia diz assim (leia o v.
15): “Passados os dez dias, os quatro jovens israe-
litas estavam mais sadios e mais fortes do que os
jovens que comiam a comida do rei” (NTLH).
Uhuu! Daniel e seus amigos confiaram em
Deus, e o Senhor os ajudou. Todo mundo via o
quanto eles estavam fortes e inteligentes. E de-
pois dos três anos no palácio, sabe para onde
eles foram levados? Todos eles foram se encon-
trar com o rei. E sabem o que aconteceu? Cartaz
5. O rei viu que Daniel e os três amigos eram os
mais fortes e os mais inteligentes que todos os
outros. Ele ficou impressionado e mandou que
os quatro ficassem trabalhando no palácio para
ajudá-lo.
Vocês acham que Daniel e os três amigos fica-
ram fortes e inteligentes só por causa dos legu-
mes e da água? Certamente que não! Isso aconte-
ceu porque eles continuaram amando e confian-
do no Senhor apesar de terem perdido a guerra e
de serem levados contra a vontade para a terra do
rei malvado. Eles sabiam que essas coisas ruins
aconteceram porque seu povo desobedeceu ao
Senhor e, por isso, foram castigados.
Reino Dourado
Aplicação
E por falar em castigo, acredito que a maioria
de vocês (ou todos) já recebeu um castigo da ma-
mãe ou do papai. Quando os nossos pais nos dão
um castigo, quer dizer que eles não gostam mais
da gente? Nada disso! O castigo, ainda que nos
traga tristeza e sofrimento, mostra-nos o amor
dos pais que querem nos ver no caminho certo.
Por isso, podemos afirmar que mesmo que Deus
tenha castigado seu povo, ele continuou amando a
cada um dos seus filhos. Alguns ficaram com raiva
de Deus e não entenderam que ele ainda os amava,
mas Daniel e os três amigos continuaram amando
ao Senhor e confiando nele de todo coração.
E sabem por que vocês e eu podemos amar a
Deus? Ouça algumas respostas. A resposta está aqui,
na Bíblia. Abra sua Bíblia e leia 1João 4.19: “Nós amamos
porque ele [Deus] nos amou primeiro.” Em seguida, crie gestos
com a ajuda das crianças para memorizar esse versículo. Apre-
sente o cartaz 6 e destaque a capa real, mostrando que o
nosso Deus é o Rei de toda a terra. Termine perguntando como
podemos demonstrar o nosso amor a Deus. Dê exemplos prá-
ticos de acordo com a realidade das crianças.
Plano 2 – 7 a 12 anos
Lista de material
• Estar vestido como um(a) turista, tendo uma mala e livros de
viagem, inclusive um dicionário na língua para o local que se
pretende viajar. Outra opção: levar um(a) convidado(a) que
tenha vivido em outro país e que possa falar brevemente sobre
a viagem e algumas frases deste lugar;
• Cartazes 1 a 6 do kit visual ou projeção utilizando o Power-
Point do CD anexo (material multimídia).
Introdução
Inicie a oficina enfatizando o encanto e a beleza de se fazer
uma viagem. Fale sobre preparativos como livros com mapas e
informações (ou aplicativos do celular) e ainda um dicionário
Reino Dourado
que ajude na hora de se comunicar com as pessoas do local
(se for fora do país). Outra opção é chamar uma pessoa, prefe-
rencialmente vestida a caráter, para falar, em poucos minutos,
sobre viajar para fora do país e ainda, como curiosidade, falar
algumas frases em uma língua estrangeira.
Viajar é sempre bom. Sempre? Ih... nem sem-
pre é algo assim tão maravilhoso. Imaginem se ti-
vessem de viajar de uma hora para outra contra a
vontade de vocês. E mais, sem escolherem o local
e nem a companhia. Imaginem que viagem terrí-
vel seria. Hummm, isso me faz lembrar a história
bíblica de hoje. Sobre alguns rapazes que fizeram
uma viagem assim.
Lição
Abra sua Bíblia em Daniel 1.
A Bíblia nos diz que há muitos e muitos anos,
o povo de Deus perdeu uma grande guerra por-
que desobedecia a Deus. Ele mesmo já havia aler-
tado que isso iria acontecer se eles continuassem
a desobedecer.
Cartaz 1. Foi um castigo. Mas Deus castiga?
Sim! Assim como os pais disciplinam seus filhos
porque os amam, Deus também disciplina seu
povo por causa do seu grande amor. E, porque per-
deram essa batalha, muitos deles foram levados
prisioneiros para as terras do rei Nabucodonosor.
Cartaz 2 (mostre somente o trajeto da viagem). Eles
saíram de Jerusalém e foram para a Babilônia,
que era a capital do império. Foi uma loooonga e
nada divertida viagem. Eu imagino a tristeza e o
choro daquelas pessoas. Muitos foram separados
de suas famílias e não sabiam o que aconteceria
com eles na nova terra.
Quando chegaram, o rei deu uma ordem: se-
parar entre os prisioneiros alguns jovens bem
inteligentes, de boa aparência e sem qualquer de-
feito. Mas, por que o rei mandou separar esses
jovens? Ouça algumas respostas. O rei queria treiná-
-los para que se tornassem seus auxiliares. Para
isso, os jovens teriam de aprender outra língua e
28
também os costumes da nova terra. Dessa forma,
o rei esperava que aqueles jovens esquecessem
por completo da vida que eles levavam antes. Até
mesmo seus nomes foram mudados. No grupo
desses jovens escolhidos estavam quatro rapazes
que amavam muito o Senhor Deus, seus nomes
eram Daniel, Hananias, Misael e Azarias, ou me-
lhor, agora eles seriam chamados de... (mostre a
segunda parte com os nomes judeus e babilônicos. Destaque
que antes os nomes lembravam do Senhor Deus, como por
exemplo Daniel, que significa “Deus é meu juiz”. Agora seus
nomes lembravam os falsos deuses babilônicos).
Cartaz 3. Que tremenda mudança para esses
rapazes! Eles saíram de casa, do cuidado dos seus
pais e dos seus líderes religiosos. Ninguém espe-
rava que eles continuassem amando e servindo a
Deus, pelo contrário. Mas Daniel e seus amigos
continuaram firmes. Eles tinham de aprender a
nova língua e aceitar os novos costumes. Apesar
disso, eles decidiram fazer algo. Sabem o que Da-
niel fez? Leia Daniel 1.8. Ele e seus três amigos deci-
diram que não iriam comer aquela comida e aque-
la bebida. Por quê? Daniel havia aprendido desde
criança a lei do Senhor, e nessa lei estava escrito
que o povo não poderia comer alguns tipos de car-
nes. E tem mais, a refeição babilônica – e especial-
mente a do rei – tinha tudo a ver com a religião
daquele povo, e as carnes eram oferecidas aos seus
deuses. Então, comer da comida do rei era como
participar da adoração a esses falsos deuses. As-
sim, eles pediram para comer somente legumes
e beber somente água. Ih, mas o chefe do palácio
não quis dar essa comida e essa bebida diferente,
pois teve medo de o rei ficar bravo. Mas Daniel e
seus amigos não desistiram. Pediram ao guarda:
— Por favor, faça um teste com a gente e dê-
-nos somente legumes e água por dez dias e, de-
pois desse tempo, veja se estamos melhor ou pior
que os outros rapazes.
Cartaz 4. O chefe aceitou o desafio. Durante
aqueles dez dias, a refeição dos quatro amigos
era diferente de todos os outros. A Bíblia não fala
o que os outros disseram, mas eu imagino que
muitos achavam que Daniel e seus amigos eram
muito esquisitos e bobos por não aproveitarem
toda aquela comida e bebida. Mas eles estavam
firmes e confiantes em Deus. Então, ao final dos
dez dias, os quatro rapazes estavam mais fortes e
saudáveis que os demais! Ah, então se eu comer
somente legumes e beber somente água eu vou
ficar bem? Na verdade, crianças, o que devemos
entender aqui é que Deus agiu e ajudou Daniel e
seus amigos. O Senhor viu o amor e a confiança
29
daqueles rapazes e os abençoou. Em consequên-
cia disso, eles puderam continuar comendo assim
pelos três anos de treinamento.
Vocês podem imaginar como foram esses três
anos? Será que eles continuaram amando o Senhor
de todo o coração? Eles não tinham mais as reuni-
ões que eles costumavam ter para aprender sobre
a Palavra de Deus e ninguém cobrava se eles estu-
davam a Bíblia, se oravam ou se iam à igreja (eles
nem tinham igreja para ir). Mas Daniel, Hananias,
Misael e Azarias realmente amavam a Deus. Eles
entendiam que aquele sofrimento que eles e seu
povo passavam era porque haviam desobedecido ao
Senhor muitas e muitas vezes e o Senhor disciplina
quem ele ama. Assim, Daniel e os três amigos conti-
nuaram firmes na fé e no amor ao Senhor.
Cartaz 5. Quando terminou os três anos, to-
dos os rapazes foram levados à presença do rei
Nabucodonosor. Era um encontro especial. O rei
iria ver cada um deles, se estavam fortes e saudá-
veis e também faria perguntas para ver se tinham
aprendido. Uma prova e tanto!
O rei falou com todos os rapazes e viu que os
melhores eram, sem dúvida, Daniel, Hananias,
Misael e Azarias. Eles eram dez vezes mais in-
teligentes, mais fortes e saudáveis que todos os
outros. Aliás, o rei viu que eles eram mais inteli-
gentes que os seus sábios da Babilônia. Por isso,
eles foram trabalhar com o rei. Uhuu! Não podia
ser diferente, afinal, Deus estava com os quatro e
os abençoava dia a dia.
Aplicação
Daniel e seus amigos compreendiam muito
bem que Deus estava no controle de tudo e que
seu amor por eles era sem fim. Mesmo nos mo-
mentos difíceis, eles compreendiam que Deus
continuava a amá-los, e o fato de terem sido cas-
tigados não significava que ele não os amava. Por
isso, Daniel continuou demonstrando seu amor e
sua confiança ao Senhor.
Vocês amam a Deus? Amam de todo coração?
Vocês sabem por que podemos amar o Senhor?
Ouça algumas respostas. A resposta está aqui, na Bí-
blia. Abra sua Bíblia e leia 1João 4.19: “Nós amamos por-
que ele [Deus] nos amou primeiro.” Mostre o cartaz
6. Destaque a capa real e enfatize que o nosso Deus é o Rei de
toda a terra. Repitam juntos. Divida a turma em três grupos e
cada grupo deverá falar uma parte do versículo. Ao falar, de-
vem se colocar em pé. Mude os grupos para que todos tenham
oportunidade de falar todas as partes. Termine perguntando
como podemos demonstrar o nosso amor a Deus. Dê exem-
plos práticos de acordo com a realidade das crianças.
Reino Dourado
2º DIA
Obedecer ao Rei

Objetivos da lição
• Saber que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram obedientes a Deus, apesar
dos perigos;
• Compreender que deve buscar ajuda do Senhor em momentos difíceis;
• Dispor-se a obedecer ao Senhor em todos os momentos, mesmo quando for
difícil.

Versículo: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.”Atos 5.29b

Texto bíblico: Daniel 3.1-30

Plano 1 – 4 a 6 anos Lição

Deixe sua Bíblia aberta no livro de Daniel. Ressalte o amor
de Daniel e seus amigos ao Senhor Deus. Relembre que, ao
Lista de material
final do treinamento que receberam, eles foram os mais sau-
• Uma flauta. Se possível, outros instrumentos simples, típicos
dáveis e inteligentes e, por isso, receberam cargos no palácio
de bandinhas infantis;
do rei. Se necessário, use alguns cartazes do dia anterior.
• Cartazes 7 a 12 do kit visual ou projeção utilizando o Po-
werPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a um
computador).

Introdução
Inicie com uma rápida brincadeira do tipo O mestre mandou.
Diga às crianças que elas devem imitar os gestos do mestre. No
início, você será o mestre. Faça gestos simples (bater palmas, ba-
lançar a cabeça, etc.) e todos devem fazer exatamente o que você
faz. Em seguida, diga que, quando você apontar para alguém,
esse(a) será o mestre e todos devem imitar o que ele(a) fizer.
Se quiser incrementar, desafie as crianças a imitarem o que É possível que tudo estivesse correndo bem até
você está falando e não fazendo. Exemplo: diga “Pegue o seu o rei Nabucodonosor resolver construir uma está-
nariz”, mas você pega o seu cabelo; “pegue o seu braço”, mas tua enoooooorme, toda feita de ouro. Mostre o cartaz
você pega a sua perna. 7, mas dobre-o para que não apareçam os três jovens em pé.
Eu não tenho dúvidas, é muito mais fácil fazer Vejam o que todos estão fazendo. Eles estão ajo-
o que todo mundo faz. Ser o diferente pode ser elhados, adorando aquela grande estátua, porque
muito difícil. É sobre isso que nós vamos ver hoje esta era a ordem do rei: quando eles ouvissem o
em nossa oficina de histórias bíblicas. som dos instrumentos... (toque a flauta e, se possível,

Reino Dourado 30
entregue os instrumentos de bandinha a algumas crianças para os três rapazes. Assim, eles não conseguiriam es-
que toquem e parem ao seu sinal) todos deveriam se ajo- capar de jeito nenhum.
elhar e adorar a estátua. Todos? Sim, todos! E se Mesmo sendo tão perigoso e difícil, eles pre-
não fizessem isso (faça uma expressão de medo), o rei feriram obedecer ao nosso Deus, que é o Rei dos
mandaria jogar em um lugar com muito fogo, um reis, do que obedecer ao rei malvado. E assim, eles
tipo de churrasqueira bem grandona. foram amarrados e jogados na grande fornalha.
Todos conheciam aquela ordem, por isso, Assim a nossa história acabou... Demonstre tristeza
quando os instrumentos tocaram (toque a flauta), e após alguns segundos, bata palma e demostre entusiasmo.
todos se ajoelharam. Todos? Não, na verdade, Nada disso, a história não acabou! O rei pensou
os três amigos de Daniel – Sadraque, Mesaque e que tivesse acabado, mas...
Abede-Nego – ficaram em pé. Desdobre o cartaz. Vo-
cês sabem por que eles fizeram isso? Porque eles
sabiam que só existe um Deus, o nosso Deus, e
que só devemos adorar a ele e nenhum outro.
Na mesma hora, alguns homens fofoqueiros
foram contar para o rei que Sadraque, Mesaque
e Abede-Nego ouviram os instrumentos (toque a
flauta) e não adoraram a grande estátua. O rei fi-
cou fu-ri-o-so (expresse essa fúria) e mandou chamar
os três imediatamente.

Cartaz 9 ... quando o rei olhou para a fornalha,

onde estavam os rapazes amarrados? Amarrados
que nada, eles estavam livres e tranquilos. E tem
mais, havia mais uma pessoa ali, e o rei logo per-
cebeu que não era um homem comum, era alguém
especial, alguém vindo do céu! Deus protegeu os
seus filhos e ainda enviou alguém para ficar ao
lado deles. Isso não é demais?! O rei não conseguia
acreditar, ele tinha de ver os rapazes de pertinho,
então mandou que eles saíssem da fornalha.
Cartaz 8. Quando eles chegaram, o rei falou:
“Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, é verdade
que vocês não se ajoelharam diante da estátua
que eu mandei fazer? Então agora, prestem aten-
ção, quando ouvirem os instrumentos musicais
(toque a flauta), vocês devem se ajoelhar e adorar a
estátua. Se não fizerem isso, irão para a fornalha.
Que deus pode ajudar vocês agora?”
O rei podia não saber, mas Sadraque, Mesa-
que e Abede-Nego sabiam muito bem que Deus
estava com eles, o nosso Deus. E eles respon-
deram: “Rei, o nosso Deus pode fazer tudo! Ele
pode nos livrar da fornalha, mas mesmo que ele Cartaz 10. Os três rapazes saíram, e todos os
não faça isso, fique sabendo que nós não vamos que estavam com o rei viram que eles estavam
adorar os seus deuses e nem ajoelhar pra essa muito bem, nenhum fiozinho de cabelo deles
estátua.” havia sido queimado. Como Deus é poderoso! O
Quando o rei ouviu isso, ele ficou muito, rei malvado não sabia que o Senhor Deus, o úni-
muito, muito mais fu-ri-o-so, tão furioso que ele co Deus, é quem podia ajudar os três amigos, e
mandou esquentar a fornalha ao máximo e ainda assim o fez. Então o rei falou: “Que o Deus de
chamou os seus guardas mais fortes para amarrar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja louvado!

31 Reino Dourado
Eles foram obedientes ao Senhor Deus e não ado-
raram outro. Agora, eu ordeno que ninguém fale
mal do Deus deles, porque não existe outro Deus
que pode salvar como este.”
E, depois disso, o rei deu cargos mais impor-
tantes ainda para Sadraque, Mesaque e Abede-
-Nego.
Realmente, o melhor é obedecer!
Aplicação
Nem sempre é fácil obedecer, mas lembrem-se
de que vocês não estão sozinhos. O Senhor Jesus
está aqui e está pronto a nos ajudar. O próprio
Senhor Jesus também obedeceu, mesmo sendo
tão difícil. Mostre o cartaz 11. A Bíblia diz que Jesus
foi obediente até a morte, e morte de cruz. Não
foi nada fácil, mas Jesus não desistiu. Ele morreu
na cruz para receber o castigo pelo nosso pecado.
Se Jesus não tivesse morrido por nós, nenhum de
nós poderia ser amigo de Deus, ficar junto dele
aqui e também no céu.
Então, quando vocês acharem que é difícil
obedecer, lembrem-se de que Jesus foi obediente.
Ele é capaz de ajudar. Ele ajudou Sadraque, Mesa-
que e Abede-Nego e também pode ajudar vocês.
Mostre as crianças que, mesmo quando receberem uma
sugestão ou mesmo uma ordem que não está de acordo com
a vontade de Deus, elas devem obedecer somente ao Senhor.
Reino Dourado
Exemplo: quando um coleguinha diz para não brincar com o
vizinho novo, ou quando um adulto pede para mentir. Deixe
claro que é importante dizer para o adulto que falar a verda-
de é o certo, mesmo quando for difícil, afinal, “Antes, impor-
ta obedecer a Deus do que aos homens.” (At 5.29). Mostre o
cartaz 12 e, à semelhança da lição anterior, escolha outras
crianças para inventar os gestos de cada parte do versículo. Va-
rie também o volume (alto, médio e baixo) e ritmo (devagar,
rápido e normal). Encerre com uma oração.
Plano 2 – 7 a 12 anos
Lista de material
• Cartazes 2, 7-12 do kit visual ou projeção utilizando o Po-
werPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a um
computador).
Introdução
Proponha a brincadeira O Mestre mandou.
Tudo que eu fizer vocês devem fazer, vocês de-
vem me imitar em tudo. O mestre mandou coçar a
orelha (faça isso e observe se estão imitando você corretamen-
te). Dê outras ordens, como pegar o cotovelo, levantar o braço
esquerdo, tocar o nariz... Em seguida, dificulte a brincadeira.
Agora, vocês devem me obedecer, mas não devem
me imitar. Ouçam e obedeçam a minha voz. Diga
“pegue no seu joelho”, mas você pegará a sua cabeça. As crianças
serão propensas a colocar a mão no joelho como você fez, porém
reforce que agora eles devem obedecer e não imitar. Dê outras
ordens na qual você fala uma coisa, mas faz outra. Em seguida,
fale como é mais fácil e simplesmente imitar uma pessoa. Pode
ser fácil, mas se a pessoa estiver fazendo uma coisa
errada, como fica? É isso que vamos ver em nossa
oficina de história de hoje.
Lição
Abra sua Bíblia em Daniel 3.
Já vimos que quatro rapazes foram levados
para um país distante e como eles continuaram
firmes e amando o Senhor Deus. Vocês lembram
seus nomes? Mostre o cartaz 2 reforçando a mudança dos
nomes e destacando Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
Tudo estava indo bem para os jovens rapazes
até que... (Cartaz 7) o rei Nabucodonosor mandou
construir uma estátua enorme, mais ou menos
do tamanho de um prédio de 9 andares, feita de
ouro. Esse era um modo de o rei exibir sua rique-
za e poder. No dia da inauguração da grande está-
32
tua, o rei mandou que todos os líderes (governa-
dores, conselheiros, juízes, etc.) comparecessem
a esse evento. E é claro que todos obedeceram ao
rei, afinal todos sabiam que Nabucodonosor de-
testava qualquer tipo de desobediência. Vocês se
lembram que o chefe do palácio não quis dar a co-
mida diferente para Daniel e para os três amigos
porque tinha medo do rei? Pois é, Nabucodono-
sor era um rei de dar medo. Não é à toa que, logo
no início da grande inauguração, ele mandou dar
a seguinte ordem (leia Dn 3.5-6). Virar churrasco só
porque não se ajoelhou diante de uma estátua?
Quem se atreveria a desobedecer a um rei assim?
Então, quando os instrumentos tocaram, to-
dos se ajoelharam, ou melhor, quase todos, por-
que Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se
ajoelharam (Cartaz 8). Mas, por que eles agiram
dessa forma? Porque sabiam que somente o Se-
nhor, o nosso Deus, pode ser adorado e eles esta-
vam dispostos a obedecê-lo, em vez de obedecer
ao rei Nabucodonosor. Contudo, eles corriam pe-
rigo de vida! Será que eles não poderiam ficar de
joelhos só um pouquinho? Em vez de pensarem
na estátua, eles pensariam em Deus. Assim, eles
não estariam adorando a estátua no coração de-
les. O que vocês acham? Não seria uma boa ideia?
Ouça a opinião de algumas crianças e, ao final, deixe claro que
não existe meia obediência. A obediência deve ser total. Eles
precisavam mostrar que era mais importante
obedecer a Deus do que ao rei. E não demorou
muito para o rei ficar sabendo da desobediência
dos rapazes. Alguns homens fofoqueiros e inve-
josos foram correndo contar para Nabudonosor,
que ficou uma fera e mandou chamar os rapazes
imediatamente.
Cartaz 9. O rei estava furioso e foi logo per-
guntando: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
é verdade que vocês não servem meus deuses e
nem se ajoelharam diante da estátua que mandei
fazer? Prestem atenção, pois quando ouvirem os
instrumentos, vocês deverão se ajoelhar e adorar
a estátua. Se não fizerem isso, vou jogá-los ime-
diatamente na grande fornalha. E qual é o deus
que será capaz de livrar vocês das minhas mãos?”
Nabucodonosor não sabia qual deus poderia
livrar os rapazes, mas os três jovens sabiam e não
tinham dúvidas quem era esse Deus! Então eles
responderam: “Ó rei, se o Deus a quem adoramos
quiser, ele pode nos livrar, mas se isso não acon-
tecer, tudo bem, e fique o senhor sabendo que
não vamos adorar os seus deuses e nem nos ajoe-
lharmos diante dessa estátua.”
33
Ih, nesse momento, o rei Nabucodonosor ficou
super, hiper, power, plus furioso. E pra demostrar
sua raiva e seu “poder”, ele começou a dar ordens.
Primeiro, ele ordenou que a fornalha ficasse ain-
da mais quente. Depois, mandou chamar os seus
soldados mais fortes para que amarrassem os
três rapazes e os jogassem na fornalha. Os servos
obedeceram. A fornalha estava mais quente do
que nunca e os prisioneiros estavam devidamen-
te amarrados. A fornalha estava tão quente que
os soldados que os lançaram morreram por causa
do fogo tão alto.
O rei agora poderia descansar em paz. Todos
viram o que acontece quando alguém o desobe-
dece. Até que... (Cartaz 10). O rei olhou para a for-
nalha e o que ele viu era inacreditável: os três ra-
pazes estavam vivos, sim, vivos! E eles ainda es-
tavam livres, sem as cordas. E ainda mais, havia
uma quarta pessoa ali com eles. Nabucodonosor
logo percebeu que não se tratava de um homem
comum, mas sim de alguém vindo dos céus. Como
isso foi possível? Ah, é que para Deus não existe
o impossível. O que é impossível para mim e para
vocês é totalmente possível para Deus. O Senhor
não somente livrou os três amigos da morte, mas
também mostrou a sua presença junto deles. Que
Deus ma-ra-vi-lho-so!
Antes, o rei havia perguntado aos rapa-
zes: “Que deus pode livrar vocês das minhas
mãos?”, e agora ele sabia! Então ele ordenou
que os rapazes saíssem da fornalha e, quando
saíram, todos viram que eles estavam em per-
feitas condições, nenhum fiozinho de cabelo
e nenhuma parte da roupa estava queimada,
e nem mesmo o cheiro de fumaça havia neles.
Naquele momento, o rei deu uma nova ordem
(leia v. 28-29 e mencione o fato de terem sido promovidos
em seus cargos no reino, v. 30).
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram hon-
rados porque escolheram obedecer ao Rei dos reis
e não ao rei da Babilônia.
Aplicação
Nós vimos que obedecer nem sempre é fácil,
mas vocês precisam saber que não estão sozi-
nhos. O Senhor Jesus está pronto a ajudá-los.
Ele também obedeceu, mesmo sendo tão difícil.
Mostre o cartaz 11. A Bíblia diz que Jesus foi obe-
diente até a morte, e morte de cruz. Seria muito
mais fácil ele continuar no céu, mas ele quis vir
aqui e cumprir a vontade de seu Pai. Jesus mor-
reu na cruz para receber o castigo pelo nosso
Reino Dourado
pecado. Se Jesus não tivesse morrido por nós,
nenhum de nós poderia ser amigo de Deus e ca-
minhar junto com ele.
Nós somos pecadores e precisamos de Jesus
como nosso Senhor e Salvador. Somente por ele
podemos viver da maneira como agrada ao Se-
nhor Deus e, mesmo quando for difícil obedecer,
sabemos que ele estará conosco.
Pergunte as crianças em quais ocasiões elas são tentadas
Reino Dourado
a fazer o que todos estão fazendo, mesmo sabendo que é
errado. Dê alguns exemplos. Desafie-os a buscar ajuda em
Jesus e a memorizar o versículo do dia. Leia Atos 5.29 “Antes,
importa obedecer a Deus do que aos homens” e, em seguida,
mostre o cartaz 12. Faça repetições com variação de volu-
me (alto, médio e baixo) e ritmo (devagar, rápido e normal).
Mescle os dois (baixo e rápido; normal e alto...). Encerre com
uma oração.
34
3º DIA

Objetivos da lição
Servir ao Rei

• Saber que Deus deu a cada um de nós diferentes habilidades e talentos;

• Dispor-se a descobrir os seus dons e talentos;
• Usar seus dons e talentos da forma como agrada ao Senhor e servi-lo com
alegria.

Versículo: “Servi ao SENHOR com alegria.” Salmos 100.2

Texto bíblico: Daniel 4.1–5.31

Plano 1 – 4 a 6 anos Lição

Deixe sua Bíblia aberta em Daniel 4.
Lista de material Na história anterior, vimos que o rei Nabu-
codonosor tinha visto como Deus é poderoso e
• Para introdução: objetos que lembrem habilidades variadas. que faz coisas impossíveis. Se vocês vissem de
Sugestões: lápis de cor ou canetinhas (pintar); microfone (can- pertinho essas coisas como o rei viu, o que vo-
tar); um instrumento musical (tocar); uma bola (jogar); um cês fariam? Vocês adorariam o Senhor de todo
molde de mão (“dar uma mãozinha”, prontidão em ajudar);
coração? E o rei fez isso? Suspense. Infelizmente
• Cartazes 13 a 18 do kit visual ou projeção utilizando o Po- não. O rei Nabucodonosor continuou adorando
werPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a um os seus deuses e nem ligava para o verdadeiro e
computador). único Deus.
Introdução
Eu trouxe esses objetos e quero que vocês pen-
sem em pessoas que sabem usá-los muito bem.
Por exemplo, esse microfone me faz pensar em
alguém que canta. Vocês conhecem alguém que
canta bem? Quem aqui gosta de cantar? Incentive a
participação das crianças. Em seguida, mostre os demais obje-
tos e proceda de forma semelhante, mas seja breve.
Vocês sabiam que quando Deus nos criou, ele
nos deu talentos e habilidades? E para quê ele
nos deu? Só para gente se divertir? Hum, vamos
guardar essa pergunta aqui dentro da cabeça e no Cartaz 13. Certa noite, ele foi dormir e teve um
final da nossa história eu quero ver quem sabe a tipo de sonho. Ele viu uma árvore que foi crescen-
resposta. do, crescendo, crescendo... e ficou enooooorme.

35 Reino Dourado
Vejam o cartaz. Imaginem quantos frutos gosto-
sos tinha nessa árvore e também quantos ninhos
de passarinhos. Imaginem o tanto de animais
que aproveitam de sua grande sombra e de suas
frutas deliciosas. Ah, também podemos imaginar
muitas pessoas juntinho da árvore, não seria le-
gal? Assim era a árvore do sonho do rei. Mas, de
repente (suspense), veio um anjo e mandou cortar
a árvore. Dobre a folha para trás deixando somente o toco
da árvore à vista. Como a árvore caiu, os passarinhos,
os animais e as pessoas saíram e ela ficou sozi-
nha, sem galhos, nem folhas, nem frutos. que disse. Cartaz 15, primeira parte. O grande rei
Nabucodonosor ficou completamente louco: foi
viver no pasto e começou a comer capim como os
bichos. Que coisa! Um rei que era tão rico, que
morava no palácio mais lindo de todos, que co-
mia e bebia só do melhor, agora foi viver no pasto
como um animal. Tudo isso porque não buscou
ao Senhor Deus.

Hummm, que sonho esquisito! O rei acordou

e ficou muito preocupado e mandou chamar os
sábios do seu reino para explicarem esse sonho.
Os homens tentaram, tentaram, mas não conse-
guiram. Então chegou Daniel. Cartaz 14. Daniel
não era mais um jovem. Ele já era um adulto e
continuava a servir ao rei. Quando ele chegou, o
rei contou o sonho. Daniel ficou parado. Será que Deus prometeu que um dia o rei voltaria ao pa-
ele não sabia o que dizer ao rei? Nada disso. Da- lácio, e assim aconteceu. Cartaz 15, segunda par-
niel sabia sim, porque o próprio Deus deu a Da- te. Depois de um tempo, o rei ficou bom de novo
niel esse dom de explicar os sonhos das pessoas. e voltou para o palácio. Mas ele parecia diferente.
Daniel ficou parado e quieto porque a notícia era O que vocês acham que aconteceu? Isso mesmo,
muito triste. E ele contou para o rei assim: “Essa o rei Nabucodonosor finalmente reconheceu que
árvore é o rei. O rei é dono de um reino enorme e o Senhor Deus é o único Deus, ele é o Todo-Pode-
é conhecido por todos na terra. Mas, assim como roso. Ouçam o que ele falou: “Eu, o rei Nabucodo-
a árvore caiu e ficou só o toquinho, o rei também nosor, agradeço ao Rei do céu e rendo-lhe louvor
vai cair, ou seja, o rei vai sair do trono e vai vi- e glória.” Uhuu! Finalmente ele aprendeu!
ver como os animais que comem capim. Mas, um
dia, o rei vai voltar e será rei novamente, depois
de entender e falar que o Senhor Deus é o único
Deus e é o Todo-Poderoso.”
Daniel terminou de explicar e disse assim:
“Rei, deixe de fazer o que é errado e faça o que é
certo, daí, quem sabe o Senhor Deus vai deixar o
rei viver em paz.”
Vocês acham que o rei fez o que o Daniel dis-
se? Ouça as opiniões das crianças. Infelizmente não.
Por isso, depois de um tempo, Deus cumpriu o

Reino Dourado 36
 Que pena que o rei não conseguiu ensinar
isso para os futuros reis do seu reino. Alguns
anos depois, o novo rei não queria nem saber
de Deus e nem das coisas que ele fez, pelo con-
trário, o jovem rei fazia de tudo para desagradar
ao Senhor Deus. Vocês acreditam que esse rei
fez uma festona e resolveu pegar algumas coisas
que eram da Casa de Deus e usou na sua festa só
pra se exibir? Ah, ele não podia ter feito isso de
jeito nenhum. E sabem o que aconteceu? Cartaz
16. De repente, apareceu uma mão, isso mesmo,
uma mão, e começou a escrever na parede. O rei
ficou apavorado quando viu isso e os seus con-
vidados também. Que palavras eram aquelas?
Imediatamente, o rei mandou chamar os sábios,
prometeu muitos prêmios para quem explicas-
se, mas nenhum deles conseguiu explicar para
o rei, que ficou mais desesperado ainda. Quem
poderia ajudar o rei? Quem recebeu de Deus o
dom de explicar as coisas difíceis? Isso mesmo,
Daniel. A rainha-mãe falou de Daniel e ele foi
levado à presença do rei.
Cartaz 17. O rei foi logo falando que daria
muitos presentes para Daniel se ele conseguisse
explicar aquelas palavras na parede: Mene Mene
Tequel Parsim. Vou repetir: Mene Mene Tequel
Parsim. Hum, presentes, presentes preciosos.
Que maravilha! Mas Daniel não os quis e falou
assim para o rei: “Rei, o seu parente Nabucodo-
nosor foi um rei muito poderoso, mas também
orgulhoso e teimoso, por isso o Senhor Deus fez
com que ele vivesse como um animal. Depois,
porém, Deus o curou e ele voltou a reinar, reco-
nhecendo que existe somente um Deus que deve
ser adorado. Rei, o senhor sabia de tudo isso,
mas nem ligou. Chegou até a pegar as coisas da
Casa do Senhor para servir na sua festa e ainda
ficou adorando esses deuses que são apenas es-
tátuas. Por isso, Deus mandou a mão escrever
essas palavras, que querem dizer o seguinte:
37
Deus mediu você e você não passou, por isso
você vai deixar de ser rei e o seu reino vai ser
dado a outra pessoa.”
Naquela mesma noite, outro rei invadiu o cas-
telo e acabou o reinado do jovem rei e de toda a
sua família.
Aplicação
Que diferença entre Daniel e os reis, não é
mesmo? Deus tinha dado a eles talentos dife-
rentes. Daniel sabia explicar coisas difíceis, até
mesmo sonhos misteriosos. Já os reis sabiam
governar. Mas eles usaram esses talentos de
um jeito bem diferente. Daniel usou seu talento
para servir a Deus e servir às pessoas, mas os
reis usaram seus talentos para servirem a eles
mesmos. Eles se sentiam os tais, os melhores do
mundo e pensavam que não precisavam do úni-
co e verdadeiro Deus.
Assim como a Daniel e aos reis, Deus também
nos deu talentos. Contudo, por causa do peca-
do, em vez de pensarmos em Deus e em servi-lo,
pensamos mais em nós mesmos.
Por que Deus nos deu esses talentos? Ouça
as crianças e conclua que Deus nos deu para servir a ele e
às pessoas. Pensem agora nos talentos que Deus
deu a vocês. Vamos lá, Deus não erra e ele fez
vocês com talentos. Vamos combinar uma coisa:
vamos usar esses talentos para Deus? A Bíblia
diz: “Servi ao Senhor com alegria.” Vamos fazer
isso? Pensem em tantas coisas que vocês podem
fazer para agradar ao Senhor de coração, ser-
vindo com alegria. Mostre o cartaz 18. Reforce que se
trata de um versículo da Bíblia. Leia-o. Fale a primeira parte
(Servi ao SENHOR com...) e as crianças devem completar com
um grande sorriso (alegria). Escolha algumas crianças para
falarem a primeira parte e todos responderem “alegria” e, em
seguida, a referência bíblica (Salmos 100.2). Ore antes de
terminar a oficina.
Reino Dourado
Plano 2 – 7 a 12 anos
Lista de material
• Uma medalha;
• Cartazes 13 a 18 do kit visual ou projeção utilizando o
PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a
um computador);
• Algumas flores (de papel ou natural) e uma fita para
amarrá-las.
Introdução
Eu tenho em minhas mãos somente uma me-
dalha, mas imaginem que eu tenha __ medalhas
(fale o número de crianças na sala). Isso mesmo, uma
medalha para cada um de vocês. Que medalha
vocês ganhariam? Ou seja, o que vocês fazem
bem? E não precisa ser o melhor, não estou fa-
lando de uma competição. Incentive a participação das
crianças. Em seguida, comente que Deus deu a cada um de
nós talentos e habilidades e ele fez isso com um propósito.
Pergunte que propósito seria esse, mas peça para guardarem
a resposta para o final.
Lição
Abra sua Bíblia em Daniel 4.
Ontem nós vimos que o rei Nabucodonosor
testemunhou do poder de Deus. Ele viu que
Deus é o Todo-poderoso, e que ama e cuida dos
seus filhos. E o que isso mudou na vida do rei?
Nada! O rei continuou adorando seus deuses.
Ele sabia que Daniel e seus amigos eram pesso-
as inteligentes e especiais, mas não queria ne-
nhum compromisso com o Deus deles, ou me-
lhor, o nosso Deus. E tudo ia bem com o rei até
que, em uma noite...
Cartaz 13. Ele teve um tipo de sonho bem es-
tranho. Ele viu uma árvore que cresceu, cresceu,
cresceu tanto que chegava até o céu e todos po-
diam vê-la. Ela era muito grande e forte, por isso
os animais e as pessoas começaram a morar ali
junto dela, aproveitando seus frutos e sua som-
bra. Até aí o sonho estava bom, mas de repente
o rei viu um ser celestial que mandou cortar a ár-
vore (dobre o cartaz para trás de forma que fique somente o
toco da árvore), e os animais e as pessoas saíram de
lá. Ficou apenas o toco, mas ficaram ainda as suas
raízes. O anjo falou outras coisas que perturba-
ram ainda mais o rei. Então ele mandou chamar
os sábios e os magos para interpretarem aquele
Reino Dourado
sonho, mas nenhum deles conseguiu. E quem vo-
cês acham que vai entrar em cena agora?
Cartaz 14. Daniel foi falar com o rei. Deus ha-
via dado a Daniel o dom de interpretar sonhos
e mistérios e aquele sonho era bem misterioso,
vocês não acham? Quando o rei contou o sonho
para Daniel, ele entendeu tudo e as notícias não
eram boas, mesmo assim ele precisava falar. Da-
niel disse: “Essa árvore é o rei. Assim como essa
árvore, o seu reino cresceu muito e o rei se tor-
nou o maior de toda a terra. Quanto à ordem do
anjo, é o seguinte: o rei será expulso do meio dos
seres humanos e viverá com os animais selva-
gens e comerá capim como os bois. Mas o rei não
ficará assim para sempre. Depois de sete anos,
depois que o rei reconhecer que o Deus altíssimo
é o Senhor de tudo e de todos e que domina até
os reis da terra, então o rei voltará. Mas, rei, acei-
te o meu conselho. Faça o que é certo, deixe de
fazer as maldades e ajude os pobres. Quem sabe
assim o Senhor Deus deixe o rei viver em paz.”
Um ano depois, como Nabucodonosor não mu-
dou nada, o sonho dele (ou será um pesadelo?)
se tornou realidade.
Cartaz 15, primeira parte. Nabucodonosor es-
tava pensando sobre seu grande reino e poder
quando, de repente, ouviu uma voz do céu e, em
seguida, ficou completamente louco e foi viver
como um animal selvagem (leia Dn 4.33). Quanta
humilhação! O rei que só vivia no luxo de um pa-
lácio maravilhoso, que comia e bebia só o que era
do bom e do melhor, agora é só um homem to-
talmente desequilibrado. Mas, conforme Daniel
disse, aquilo não duraria para sempre e, mesmo
naquela situação, o Senhor permitiu que o rei
reconhecesse que todo o poder pertence ao úni-
co e verdadeiro Deus. Cartaz 15, segunda parte.
Nabucodonosor finalmente se rendeu ao Senhor.
Ouçam o que ele falou (leia Dn 4.34 e 37).
Que pena que o rei não ensinou isso aos seus
filhos e netos. Anos depois, quando o neto1 de
Nabucodonosor se tornou rei, ele nem quis sa-
ber do Senhor Deus, muito pelo contrário, ele
só pensava em si mesmo, e queria muita diver-
são. A Bíblia diz que ele fez uma festona para mil
convidados regada a muito vinho. Lá pelas tan-
tas, o jovem rei mandou buscar objetos de ouro
e prata, que eram da Casa do Senhor Deus, para
que ele e seus convidados bebessem vinho neles.
1 Nabucodonosor foi chamado de pai de Belsazar, mas a palavra pai era
o mesmo que ancestral, descendente ou sucessor. Belsazar era filho de
Nabonido (Bíblia de Estudo de Genebra).
38
Que absurdo! Foi então que uma coisa sinistra
aconteceu.
Cartaz 16. De repente, apareceu a mão de um
homem (só a mão!). Ela começou a escrever na
parede do salão. Quando o rei viu aquilo ficou
aterrorizado e tremeu todinho. Depois, ele gri-
tou dando a ordem para trazerem os sábios para
descobrirem o que era aquilo. E tem mais, have-
ria uma enorme recompensa! Então, os sábios,
adivinhos e astrólogos foram até o palácio, mas
nada puderam fazer, e o rei ficou mais apavorado
ainda. Assim, entrou em cena a rainha-mãe. Ela
sabia quem poderia ajudar. Quem? Quem? Isso
mesmo, Daniel. Ela falou muito bem de Daniel
para o rei e ele mandou chamá-lo. Quando Da-
niel chegou, o rei também o elogiou muito e falou
logo dos presentes incríveis que Daniel receberia.
Uau! Quem rejeitaria presentes tão incríveis as-
sim? Quem? Quem? Daniel.
A primeira coisa que Daniel falou para o rei
foi: “Pode ficar com seus presentes ou então dá-
-los a outra pessoa.” Sério que Daniel dispensou
os presentes do rei? Ele podia ganhar muito di-
nheiro com o talento que tinha recebido de Deus,
afinal interpretar sonhos e mistérios era com ele
mesmo, e era o melhor. Mas Daniel sabia como
usar o dom que Deus havia dado a ele.
Cartaz 17. Daniel, então, lembrou ao jovem
rei da história de Nabucodonosor, dizendo que
ele sabia muito bem tudo que tinha acontecido
ao seu avô, sobre a sua loucura e como ele reco-
nheceu no final que só existia um Deus, o Todo-
-Poderoso Senhor. E continuou: “Mesmo saben-
do de tudo isso, o rei não tem sido humilde, pelo
contrário, o rei desafiou o Rei dos reis e mandou
trazer os objetos de ouro e prata da Casa do Se-
nhor para tomar vinho na sua festa e, ainda, con-
tinuou adorando esses deuses que não tem poder
nenhum, são apenas estátuas. Por isso, o Senhor
Deus mandou escrever essas palavras ‘Mene Mene
Tequel Parsim’, que quer dizer: Mene - Deus con-
tou os dias do seu reinado e determinou o seu
39
fim. Tequel - o rei foi pesado na balança e achado
em falta. Parsim - seu reino foi dividido e entre-
gue a outros.”
E foi exatamente isso que aconteceu. Naquela
mesma noite, outro rei invadiu aquele reino e o
jovem e orgulhoso rei foi morto.
Aplicação
Agora, eu gostaria que vocês pensassem em
duas coisas. Primeiro, se existisse uma balança,
como a gente se sairia? Eu tenho uma notícia:
nenhum de nós passaria nessa pesagem, sabem
por quê? Porque todos nós temos pecados e
seríamos achados em falta, o pecado nos afas-
ta de Deus. Necessitamos de Jesus como nos-
so Senhor e nosso Salvador. Quando cremos e
confiamos em Jesus, ele nos livra da condena-
ção e nos faz pessoas novas e diferentes. Vocês
conhecem e confiam em Jesus como seu único
Senhor e Salvador?
Segundo, Daniel e os reis receberam talentos e
dons de Deus. E para que Deus nos dá esses dons
e talentos? Ouça as respostas e leve-os a compreender que
é para servir a Deus e ao próximo. Daniel serviu ao Se-
nhor com alegria e ajudou as pessoas com seus
dons. Vocês também têm talentos e habilidades
que podem ser usados de forma que agrade ao
Senhor, sem orgulho ou egoísmo. Mostre o cartaz
18, leiam juntos o versículo e repitam de forma lúdica para a
memorização (somente os meninos; depois somente as meni-
nas; então somente quem está de óculos; quem está vestido
de azul, etc.). Em seguida, pegue as flores.
Uma missionária certa vez falou: “Toda vez
que uma pessoa me elogia, eu recebo o elogio
como se fosse uma flor. Então, no final do dia,
eu pego essas flores e faço um buquê (junte as flores
e faça um laço com a fita), me ajoelho e oro: ‘Senhor,
esse buquê é seu. As coisas bonitas que as pes-
soas têm dito sobre mim, elas estavam dizendo
sobre o Senhor. Obrigada porque posso te servir.
Amém’” (Corrie ten Boom).
Reino Dourado
4º DIA
Ser fiel ao Rei

Objetivos da lição
• Saber que Daniel foi acusado injustamente e, mesmo assim, manteve-se fiel;
• Compreender a importância da oração em sua vida com Deus;
• Manter-se firme e fiel, confiando no Senhor e orando todos os dias.

Versículo: “Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida.” Apocalipse
2.10 (NVI)
Texto bíblico: Daniel 6

Plano 1 – 4 a 6 anos
Lista de material
• Para introdução: figuras de atividades perigosas como alpi-
nismo, salto em queda-livre, mergulho com tubarões, andar
em cavernas, cuidar de animais ferozes e uma figura de uma
pessoa orando;
• Cartazes 5, 19 a 24 do kit visual ou projeção utilizando o
PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a
um computador);
• Uma pilha de papéis;
• Uma coroa de papel ou EVA.

Introdução Muitos anos se passaram, Daniel viu vários

Mostre as figuras das atividades perigosas. Conversem so-
bre os tipos de perigo que existem em cada uma delas. Por
último, mostre uma pessoa orando. A princípio, as crianças não
concordarão que orar seja uma atividade perigosa, então diga
que, na história bíblica de hoje, elas verão que a oração pode
ser uma atividade extremamente perigosa.
Lição
Mostre o cartaz 5. Relembre que Daniel chegou ao palá-
cio do rei Nabucodonosor quando era apenas um jovem. Re-
force que anos se passaram, e agora Daniel é um senhor idoso.
reis, serviu a todos eles e sempre fez tudo corre-
to. Todos reconheciam que Daniel era uma pes-
soa especial, muito inteligente e muito capaz.
Qual era o segredo de Daniel? Suspense. Em seguida,
mostre o cartaz 19. Sim, Daniel amava a Deus de
todo o seu coração e falava com o Senhor todos os
dias, três vezes por dia. Daniel era fiel ao Senhor.
Você sabe o que é fiel? Incentive as participações. Uma
pessoa fiel é alguém que faz o que é certo custe o
que custar. Daniel obedecia ao Senhor, acima de
tudo e de todos.

Reino Dourado 40

Cartaz 20. E assim, Daniel continuou no palá-
cio servindo ao novo rei. O rei Dario gostou muito
de Daniel. Ele viu que Daniel fazia tudo certinho e
que podia confiar nele sem problemas. O rei pen-
sou assim: “Acho que Daniel poderia ser o chefe de
todos no meu reino. Ele é muito bom, inteligente
e honesto.” Ah, crianças, mas havia uns homens
que ficaram com inveja de Daniel. Eles não que-
riam que Daniel virasse o chefe de todos. Então,
eles começaram a procurar algo de errado que ele
tivesse feito para contar para o rei. Eles procura-
ram, procuraram (revire a pilha de papéis) e nada. Eles
perguntaram às pessoas (faça perguntas às crianças):
“Você sabe se Daniel fez alguma coisa errada? Você
pode me contar lago ruim sobre Daniel? Daniel já
falou alguma mentira? Daniel já xingou o rei?...”
Demonstre desânimo. Eles perguntaram mais e mais, e
não conseguiram nada. Daniel não tinha nadinha
de errado. Eles não tinham nenhuma reclamação
para falar para o rei. Mas eles não desistiram! Eles
pensaram: “Só tem uma coisa que vai fazer o Da-
niel se dar mal. Se ele tiver que escolher entre obe-
decer ao rei ou ao seu Deus, então ele vai escolher
o Deus dele, aí a gente pega ele!”
Cartaz 21. Os homens bolaram um plano mal-
doso e, para o plano dar certo, eles tinham de con-
vencer o rei a fazer uma coisa. Eles falaram para o
rei: “Que o rei Dario viva para sempre! O senhor
é um rei muito bom. Então, nós pensamos que o
41
senhor poderia fazer uma lei dizendo que todas
as pessoas do reino devem pedir favores somente
ao senhor e a mais ninguém. Se uma pessoa pe-
dir algum favor a alguém ou ao seu próprio deus,
deve ser lançado na cova dos leões!”
O rei gostou da lei e assinou o papel. E, aten-
ção, crianças: uma lei assinada pelo rei não podia
mudar de jeito nenhum. Mal sabia o rei que era
uma armadilha para o seu bom amigo Daniel.
Quando Daniel ficou sabendo disso, o que vo-
cês acham que ele fez? Ouça algumas respostas. Ele foi
para casa fazer o que sempre fazia: orar ao Se-
nhor Deus e ele fazia isso com as janelas abertas e
qualquer um poderia ver. Mostre de novo o cartaz 19.
Mas, será que ele não ficou com medo? Será
que ele não podia orar escondidinho? Nada dis-
so. Daniel era um homem que confiava no Senhor
e não iria virar um covarde agora. Enquanto ele
orava, quem vocês acham que estava espionando?
Isso mesmo, os homens invejosos. E o que eles fi-
zeram? Eles foram contar para o rei rapidinho.
O rei ficou muito triste (expresse tristeza, preocu-
pação e ansiedade), pois ele gostava muito de Da-
niel. Ele tentou dar um jeito de livrar Daniel da
cova dos leões, mas não teve jeito, porque uma
lei assinada pelo rei tem de ser cumprida e não
pode mudar. Então, o rei mandou que os guardas
jogassem Daniel aos leões, mas antes disso ele
falou com seu amigo: “Que o seu Deus, a quem
serve continuamente, salve você.”
Reino Dourado
 O rei ficou arrasado. Ele voltou para o palácio,
não conseguiu comer e nem dormir. E Daniel?
Ah, com Daniel a história foi outra, ele não esta-
va arrasado e nem triste. Na verdade, ele estava
feliz. Como? O Senhor Deus mandou o seu anjo
que fechou as bocas dos leões e ele ficou tranqui-
lo. Mas o rei não sabia nada disso. Então, bem ce-
dinho, ele foi correndo para a cova e gritou (mostre
o cartaz 22): “Daniel, será que o Deus que você
serve com tanta dedicação conseguiu lhe salvar
dos leões?” E qual não foi a surpresa quando ele
ouviu a voz firme do seu amigo Daniel dizendo
que estava bem. Uhuu! Que alegria! Daniel saiu
são e salvo daquele lugar perigoso.
Assim, o rei percebeu que tinha sido enganado
por aqueles homens invejosos e mandou jogá-los
na cova, para a alegria dos leões famintos. Em se-
guida, mandou escrever outra lei (cartaz 23) que
dizia assim: “Todos os homens devem respeitar
o Deus de Daniel, porque ele é o Deus vivo, que
reina para sempre e o seu reino jamais acabará.”
Daniel ficou muito feliz e continuou servindo ao
rei Dario e, o mais importante, continuou servin-
do fielmente ao Senhor Deus.
Aplicação
Vocês viram que, para Daniel, a oração foi uma
atividade perigosa? Mas Daniel não ficou com
medo e permaneceu fiel ao Senhor. Ele já sabia
que “antes, importa obedecer a Deus do que aos
homens”, por isso escolheu fazer o que era certo e
continuar orando ao Senhor. Ele foi fiel ao Senhor.
Reino Dourado
A Bíblia diz assim: “Seja fiel até à morte, e eu
lhe darei a coroa da vida” (Ap 2.10 - NVI). Sabem
quem falou isso? O Senhor Jesus! E essa mensa-
gem é para mim e para vocês. Mostre o cartaz 24
e releia o versículo. Fale-o para algumas crianças e coloque a
coroa na cabeça delas. Em seguida, peça para que elas falem
para os colegas e coloquem a coroa neles também. Mencione
situações nas quais precisamos ser fiéis ao Senhor, mesmo que
seja difícil (falar a verdade, deixar a preguiça, obedecer, etc.).
Reforce que é impossível ser fiel a Deus sem a ajuda do Senhor
Jesus e que devemos falar com ele todos dias, pois ele está
pronto a nos ajudar. Termine com uma oração.
Plano 2 – 7 a 12 anos
Lista de material
• Quatro letras escritas separadamente em cartões (10 x 15
cm) que formarão a palavra FIEL. Veja também a sugestão de
introdução do plano para os menores e escolha um dos dois;
• Cartazes 5, 19 a 24 do kit visual, ou projeção utilizando o
PowerPoint do CD anexo (projetor multimídia conectado a
um computador).
Introdução
Antes de as crianças chegarem, esconda as letras. Inicie
desafiando as crianças a acharem as quatro letras escondidas
e, depois de achadas, o grupo deve tentar montar uma pala-
vra. Interfira o menos possível. Quando elas montarem a pala-
vra “fiel”, pergunte o significado da palavra e se podem dar um
exemplo. Diga que essa é a palavra-chave da última história
da nossa EBF.
Lição
Abra sua Bíblia no livro de Daniel e folheie os primeiros 5
capítulos. Mostre o cartaz 5 e relembre que Daniel chegou à
Babilônia quando era apenas um adolescente e, desde então,
sempre foi fiel ao Senhor. Mostre o cartaz 19 e fale da idade
avançada de Daniel. Reforce que, em todo esse tempo, ele foi
bem sucedido e isso foi possível somente porque ele amava
ao Senhor e o agradava em tudo. O que dava forças a
Daniel para se manter fiel era a sua vida de ora-
ção. Daniel orava três vezes ao dia, e ele fazia isso
com as janelas abertas para todos verem, afinal
ele não tinha vergonha disso.
Agora Daniel estava à frente de um novo desa-
fio. O novo rei, o rei Dario, dividiu seu reino em vá-
rias partes e escolheu três homens para liderá-las,
42
cada um a sua parte. Daniel era um dos três. Cartaz
20. O rei Dario ficou impressionado com a inteli-
gência, capacidade e sabedoria de Daniel e pensou
em fazer dele o líder sobre todos do seu reino. Que
demais! Mas, nem sempre ser tão bom traz bons
amigos e, no caso de Daniel, trouxe-lhe inimigos.
Alguns homens invejosos não queriam que isso
acontecesse e começaram a bolar planos para o rei
não nomear Daniel. Primeiro, eles tentaram achar
algum erro no serviço de Daniel. Eles procuraram
muuuuuito e não acharam um errinho sequer. En-
tão, procuraram algum problema dele com pes-
soas, quem sabe com vizinhos, com pessoas da
família, colegas de trabalho... eles investigaram a
fundo, mas não conseguiram. Vocês pensam que
eles desistiram? Nada disso! Eles viram que só ti-
nha um jeito de pegar Daniel: fazer ele escolher
entre o rei e Deus. Claro que Daniel iria escolher
o Senhor, afinal ele sabia muito bem que “antes,
importa obedecer a Deus do que aos homens”. E
se ele obedecesse a Deus, automaticamente iria
desobedecer ao rei e... zapt ele cairia na armadilha.
Os homens invejosos convenceram grande
parte dos líderes a concordarem com uma lei que
o rei deveria assinar. Cartaz 21. Eles pediram uma
audiência com o rei e falaram assim: “Ó rei Dario,
vive para sempre! Todos os supervisores reais con-
cordaram que o rei deve fazer uma lei ordenando
que todos façam pedidos somente a ti e não orem a
qualquer deus ou a qualquer homem nos próximos
trinta dias. Quem desobedecer, que seja atirado na
cova dos leões.” O rei gostou da ideia e assinou a
lei. E um detalhe, crianças, uma lei assinada pelo
rei não podia mudar de jeito nenhum.
Daniel ficou sabendo da lei rapidamente e,
conforme fazia todos os dias, quando foi para
casa, ele se ajoelhou e orou. Mostre o cartaz 19 no-
vamente. Eu fico pensando, será que Daniel não
poderia orar escondido durante o mês da nova
lei? Era só fechar a janela ou orar sem ficar ajoe-
lhado, só olhando para o céu, assim ninguém iria
desconfiar. Não seria um bom plano? Na verdade,
não! Se ele mudasse, seria um sinal de fraqueza
e covardia. Então, ele decidiu permanecer fiel ao
Senhor e foi orar como fazia todos os dias, três
vezes ao dia. É claro que os invejosos de plantão
estavam prontos para dedurar Daniel e fizeram
isso rapidamente. Eles foram ao rei e disseram
(leia Dn 6.12-13 ou fale com suas palavras).
Pobre rei Dario, ele caiu na armadilha e ficou
muito chateado. Tentou por muitas horas dar um
jeito para que Daniel fosse salvo, mas não conse-
43
guiu, afinal uma lei assinada pelo rei tinha de ser
cumprida e não podia ser mudada. O rei não teve
outra opção a não ser mandar Daniel para a cova
dos leões.
O rei foi com seu amigo e, antes de Daniel ser
jogado, o rei disse: “Que o seu Deus, a quem serve
continuamente, salve você.” O rei voltou para o pa-
lácio totalmente triste e desanimado. Ele não quis
comer e nem conseguiu dormir. Enquanto isso, na
cova dos leões... Daniel não teve problemas. En-
quanto o rei estava angustiado em um lindo palá-
cio, Daniel estava salvo e protegido, mesmo com
leões famintos ao seu redor. Por quê? Porque o Se-
nhor mandou o seu anjo fechar a boca dos leões.
Cartaz 22. Assim que o sol raiou, o rei foi cor-
rendo para a entrada da cova e gritou: “Daniel, ser-
vo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você
serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões?”
Para sua alegria, ele ouviu a voz tranquila do seu
amigo que contou sobre o anjo. Imediatamente, o
rei mandou que tirassem Daniel dali e que jogas-
sem no lugar os homens invejosos e desonestos,
para alegria dos leões que ficaram sem o jantar.
Cartaz 23. O rei ficou muito feliz e também ad-
mirado com o poder do Deus de Daniel, o nosso
Deus, por isso, mandou escrever uma nova lei:
“Que todos os homens temam e reverenciem o
Deus de Daniel, pois ele é o Deus vivo e o seu rei-
no jamais acabará.” E Daniel continuou a servir o
rei Dario e, o mais importante, continuou aman-
do e servindo fielmente ao Senhor.
Aplicação
Ser fiel não é uma coisa fácil. Hoje em dia é mui-
to fácil ver pessoas que fazem exatamente o con-
trário: são infiéis e enganadoras. É totalmente im-
possível sermos fiéis sem a ajuda do Senhor Jesus.
Ele, assim como Daniel, foi acusado injustamente,
sofreu, mas saiu vitorioso. Somente com o seu au-
xílio podemos ter a coragem necessária para agir
da forma correta, sendo fiéis custe o que custar.
Para isso, devemos manter a nossa vida de oração
constante. Falar com Deus todos os dias!
O próprio Senhor Jesus falou sobre a fidelida-
de. Ele disse “Seja fiel até à morte, e eu lhe darei
a coroa da vida” (Ap 2.10 - NVI). Em seguida, mostre
o cartaz 24. Divida o versículo em quatro partes e peça para
quatro crianças inventarem gestos para cada uma dessas partes
e ensinarem aos colegas. Repita para que memorizem. Ao final,
peça para que deem exemplos de como devem mostrar fideli-
dade ao Senhor custe o que custar. Ore para encerrar a oficina.
Reino Dourado