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Pré-Vestibular Social

S ELEÇÃO DE TUTORES 2012 :: 1ª E TAPA


C ANDIDATOS DE L ÍNGUA P ORTUGUESA

CADERNO DE QUESTÕES

Instruções

1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém a prova de Língua Portuguesa Geral composta de 20 questões e a prova de
conteúdo específico da disciplina para a qual você se inscreveu composta de 25 questões, ambas obrigatórias.
Somente os candidatos de Redação deverão, além da prova de Língua Portuguesa Geral e da prova de conteúdo
específico, desenvolver uma redação no verso da FOLHA DE RESPOSTAS.

2. Você NÃO poderá destacar qualquer parte deste CADERNO DE QUESTÕES, nem mesmo as folhas de rascunho.

3. Os candidatos para as disciplinas de Biologia, Espanhol, Física, Geografia, História, Inglês, Língua Portuguesa,
Matemática e Química dispõem de três horas para fazer as provas. Os candidatos para a disciplina de Redação
dispõem de três horas e trinta minutos. O tempo determinado para a realização das provas inclui também a
marcação na FOLHA DE RESPOSTAS.

4. Utilize caneta preta ou azul para a marcação na FOLHA DE RESPOSTAS.

5. Cada questão apresenta cinco alternativas de respostas, sendo apenas uma delas a correta. A questão com
mais de uma alternativa marcada na FOLHA DE RESPOSTAS receberá pontuação zero.

6. Você não poderá usar calculadora ou qualquer outro equipamento eletrônico. O seu celular deverá estar
desligado durante todo o tempo da realização das provas.

7. Após o início das provas, você deverá permanecer na sala por, no mínimo, uma hora.

8. Após terminar as provas, entregue ao fiscal da sala a FOLHA DE RESPOSTAS assinada e assine também a LISTA DE
PRESENÇA.

9. O CADERNO DE QUESTÕES só poderá ser levado pelo candidato após decorrida uma hora de prova.

10. Em cada sala, os três últimos candidatos que terminarem as provas só poderão sair juntos.

11. Caso necessite de algum esclarecimento adicional, solicite a presença do chefe do local de provas.

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Língua Portuguesa Geral (D) “O investimento teve um duplo efeito para à


(aplicada para todos os candidatos) cidade”.
(E) Nenhuma das alternativas anteriores.
1. Leia atentamente as frases a seguir.
I – A polícia interrogou todos os suspeitos. 4. Leia as seguintes frases.
II – A mercadoria ainda não foi recuperada. I – “A grávida que aguarda atendimento quatro
Se uníssemos essas frases com ajuda de um conectivo, dias será transferida”.
a única alternativa que alteraria o sentido e a estrutura II – “Balsas com fogos de artifício chegaram orla
sintática das orações seria: do Rio”.
(A) mas; III – “A chuva que atingiu Belo Horizonte neste sábado
(B) e; alagou avenida Bernardo Vasconcelos”.
(C) caso; IV – “A vida passada do ministro só pertence ele”.
(D) contudo; Assinale a alternativa cujos termos completem respec-
(E) todavia. tiva e adequadamente as lacunas:
(A) há – a – a – a;
2. Assinale, dentre as opções a seguir, APENAS aque- (B) a – à – à – a;
la que apresenta problemas de construção afetando a (C) há – à – a – a;
clareza e a correção do período: (D) há – a – a – à;
(A) “As provas do concurso deste ano terão ao menos (E) à – a – a – à.
duas alterações importantes com relação ao ano pas-
sado: o número de questões na segunda etapa e a 5. Assinale a ÚNICA opção que apresenta, de acor-
composição da nota”. do com a norma padrão, INADEQUAÇÕES quanto à
(B) “As buscas pelo menino duraram uma semana e concordância verbal vigente:
foram efetuadas pelo Corpo de Bombeiros de Cam- (A) “Há muitas pessoas aguardando atendimento nes-
pinas, embora os parentes também tenham ajudado”. ta sala”.
(C) “O ministro está descumprindo sua função, uma (B) “Um terço dos alunos solicitou revisão das notas”.
vez que tem privilegiado aliados políticos no repasse (C) “Não foi detectado problemas na inspeção à esco-
de recursos”. la”.
(D) “Se os planos traçados pelos cientistas forem im- (D) “Todos têm direito moral à proteção de sua ima-
plementados, centenas de milhares de fotos da Lua gem”.
serão examinadas a fim de coletar indícios de que (E) “A maioria dos eleitores está arrependida de suas
extraterrestres já visitaram nossa vizinhança cósmica”. escolhas do último pleito”.
(E) “Tão logo passou 13 anos como preso político
da ditadura uruguaia, Engler apresentou em 2002, 6. Dentre as frases a seguir, assinale a ÚNICA ade-
na Conferência Mundial sobre o Alzheimer, em Esto- quada em relação ao uso dos verbos:
colmo, um trabalho que revolucionou os estudos do (A) “Segundo a imprensa, aquele meio-campo pode
cérebro”. vim para o Estádio Olímpico”.
(B) “Você vai acabar sendo expulso se não fazer
3. Assinale a única opção em que o acento grave, nada”.
indicativo de crase (fusão de duas vogais iguais), está (C) “Ontem os meninos ouvirão um grito forte vindo
CORRETAMENTE empregado: da cozinha”.
(A) “Condições climáticas adversas dificultaram o (D) “Ele certamente mudará de opinião quando ver o
combate às chamas do incêndio”. filme”.
(B) “Investidores do Rio preferem a caderneta de pou- (E) Todas as alternativas acima apresentam problemas
pança à outros investimentos”. de inadequação.
(C) “A mentira trouxe à todos conseqüências muito
piores”.

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7. Foi retirada, propositalmente, toda a pontuação do (D) “O professor precisa estar envolvido com a insti-
excerto a seguir. Assinale a opção que MELHOR cor- tuição, participar do planejamento. Segundo o diretor
rige a pontuação do período com correção e clareza: do sindicato, isso não ocorre com a terceirização. Em
Não se pode compreender o crime se abstrairmos geral, as cooperativas servem só para o dono da es-
a sua efetividade objetiva concreta e determinada o cola, descomprometido com a educação, não pagar
pensamento sociológico tem se caracterizado exata- encargos trabalhistas”.
mente por seguir o caminho oposto. (E) “O professor, precisa estar envolvido com a insti-
Adaptado de Motta e Misse. Crime: o social pela culatra. tuição, participar do planejamento. Segundo o diretor
Rio de Janeiro: Achiame: 1979.
do sindicato isso não ocorre com a terceirização. Em
(A) Não se pode compreender o crime, se abstrairmos
geral, as cooperativas servem só para o dono da es-
a sua efetividade objetiva, concreta, e determinada,
cola, descomprometido com a educação, não pagar
um pensamento sociológico errôneo tem se caracteri-
encargos trabalhistas”.
zado, exatamente, por seguir o caminho oposto.
(B) Não se pode compreender o crime se abstrairmos
9. Considerando a importância do uso e da posição
a sua efetividade objetiva, concreta, e determinada.
dos pronomes na diferenciação entre a fala coloquial
Um pensamento sociológico errôneo tem se caracteri-
zado exatamente por seguir o caminho, oposto. e a escrita formal, assinale, dentre as alternativas, a
(C) Não se pode compreender o crime se abstrairmos única que está INADEQUADA em relação ao uso pa-
a sua efetividade objetiva, concreta e determinada. drão:
Um pensamento sociológico errôneo tem se caracteri- (A) “Só o liberaram do trabalho porque os sinais da
zado exatamente por seguir o caminho oposto. doença eram evidentes”.
(D) Não se pode compreender o crime se abstrairmos (B) “Aquela foi a primeira vez que lhe vi”.
a sua efetividade objetiva concreta e determinada. (C) “Abraçaram-se como se fosse a primeira vez”.
Um pensamento sociológico errôneo, tem se caracteri- (D) “Depois de algumas horas, o médico trouxe a re-
zado exatamente por seguir o caminho oposto. ceita correta para mim”.
(E) Não se pode compreender o crime se abstrairmos (E) Nenhuma das opções acima.
a sua efetividade objetiva, concreta e determinada.
Um pensamento sociológico errôneo, tem se caracteri- 10. Assinale a única opção em que a relação entre as
zado exatamente por seguir o caminho oposto. orações foi estabelecida ADEQUADAMENTE:
(A) “Mas, se ela estiver mentindo, que fique consciente
8. Apenas uma das opções apresenta um uso CORRE- que se trata de um crime”.
TO de colocação de vírgulas. Assinale-a: (B) “A estimativa é que três milhões de pessoas pas-
(A) “O professor precisa estar envolvido com a insti- sem o ano novo na baixada santista”.
tuição, participar do planejamento. Segundo o diretor
(C) “Utilizando as redes sociais, jogadores mostra-
do sindicato, isso não ocorre com a terceirização. Em
ram onde passaram a virada de ano”.
geral, as cooperativas servem só para o dono da es-
(D) “Este foi o ano onde a criminalidade mais foi com-
cola descomprometido com a educação, não pagar
batida”.
encargos trabalhistas”.
(E) A ideia dos dois produtores-executivos é fazer de
(B) “O professor precisa estar envolvido com a insti-
tuição, participar do planejamento. Segundo o diretor que a clássica série se renove a cada ano”.
do sindicato isso não ocorre com a terceirização. Em
geral as cooperativas servem só para o dono da es-
cola descomprometido com a educação, não pagar
encargos trabalhistas”.
(C) “O professor, precisa estar envolvido com a insti-
tuição, participar do planejamento. Segundo o diretor
do sindicato, isso não ocorre com a terceirização. Em
geral as cooperativas servem só para o dono da es-
cola, descomprometido com a educação não pagar
encargos trabalhistas”.

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11. Assinale a opção que completa CORRETAMENTE 14. Algumas frases a seguir apresentam problemas
as lacunas do período: comuns em relação à grafia e ao emprego de formas
Entre pertencem à geração atual, é comum a e expressões típicas da modalidade escrita. Assinale
surpresa com a vida pacata de seus pais e avós em a única opção que contém uma palavra ou expressão
comunidades maior rede de comunicação era em DESACORDO com as prescrições da norma culta
a fofoca, a tecnologia pouco conseguiu fazer. da língua:
Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ (A) “O jogador admite estar acima do peso ideal, mas
luliradfahrer/1027652-uma-longa-adolescencia.shtml afirma que temporada resolve”.
(A) os que – cuja – contra a qual; (B) “Brasil reage com discrição à indicação do Méxi-
(B) aqueles que – a cuja – de que; co para FMI”.
(C) os que – em que – de cuja; (C) “Uma reunião com todos os secretários foi mar-
(D) quem – onde – sem a qual; cada a fim de discutir formas de reparar os danos
(E) quem – que – da qual. causados pelas enchentes”.
(D) “Na eminência de uma nova CPI, emissora faz
12. Dentre as frases a seguir, apenas uma NÃO apre- editorial preventivo”.
senta falhas na construção. Assinale-a: (E) “Mau tempo continua causando atrasos nos aero-
(A) “São Paulo seria líder do Brasileirão, se mantesse, portos da cidade”.
no Morumbi, o mesmo desempenho que tem fora de
casa”. 15. Assinale, dentre as frases a seguir, a ÚNICA op-
(B) “Haviam várias sacolas espalhadas no meio da ção que NÃO foi construída de acordo com os pa-
entrevista”. drões da norma culta no que diz respeito à regência:
(C) “Nunca tinha existido cenas de beijo nos meus (A) “Brasileiros assistiram perplexos à violência nas
trabalhos”. estradas”.
(D) “O governo não interveio em mudanças no co- (B) “Engenheiros dizem que não sabiam do risco de
mando da empresa”. acidente com o bonde”.
(E) “Apesar de haverem pessoas e PMs no corredor, o (C) “A lógica econômica que visa no crescimento ga-
menino foi agredido”. nha adeptos a cada dia”.
(D) “A falta do jogo de cintura da jornalista não impli-
13. Identifique os termos que completam CORRETA- cou reprovação no teste”.
MENTE as lacunas da frase a seguir: (E) “Autor admite que a literatura sempre influencia
As telenovelas como cenários os luxuosos suas obras cinematográficas”.
apartamentos da zona sul do Rio e dos jardins de
São Paulo, circulam belas mulheres e homens 16. A ortografia é a parte da gramática que descre-
que não trabalham, no máximo administram empre- ve os modos oficiais de se escrever as palavras da
sas de sucesso. Os pobres que giram em torno deles língua. Considerando a ortografia vigente, assinale
tempos são retratados com personagens diverti- a opção em que TODOS os termos estão CORRETA-
dos, sempre coadjuvantes do mundo dos ricos. MENTE grafados:
(A) têm – aonde – há – mais; (A) quis – deslize – pesquizar – ansioso;
(B) têm – por onde – há – mas; (B) pesquisado – quis – conversão – análize;
(C) tem – por onde – à – mais; (C) analisar – deslise – gorjeta – adiministrar;
(D) tem – onde – a – mas; (D) flagrante – compreenção – atravéz – gorgeta;
(E) tem – onde – há – mais. (E) pesquisa – ansioso – compreensão – através.

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17. Dentre as frases a seguir, apenas uma apresenta Anotações


TODAS as palavras CORRETAMENTE empregadas/
grafadas. Assinale-a:
(A) “Cuba vai dar indulto há cerca de três mil presos”.
(B) “O antigo Moinho teve de ser demolido, por que
um incêndio na última segunda comprometeu sua es-
trutura”.
(C) “Na Tunísia, famílias mantêm a tradição de prepa-
rar e almoço no deserto”.
(D) “Por causa da mala, André pensa que Sofia está
indo viajá”.
(E) “O homem exibiu sua lista de remédios, dizendo
não saber o por que de não receber salário há três
meses”.

18. Dentre as opções, assinale aquela em que TODOS


os termos estão CORRETAMENTE grafados:
(A) concessão – excerto – espontâneo – ascensão;
(B) exceção – presado – licença – paralizado;
(C) ascenção – paralisado – próprio – intenção;
(D) próprio – acensão – espontânio – licensa;
(E) intensão – atrazado – conceção – prezado.

19. Dentre as opções, assinale aquela em que TODOS


os termos estão grafados conforme o Novo Acordo Or-
tográfico da Língua Portuguesa, presentemente obriga-
tório nos materiais didáticos do país:
(A) ideia – freqüência – anti-semita;
(B) plateia – enjôo – tranquilo;
(C) cinquenta – intermunicipal – ex-presidente;
(D) lingüiça – porta-malas – idéia;
(E) fraquencia – intermunicipal – pólo.

20. Dentre as opções, assinale aquela em que TODOS


os termos estão acentuados conforme ortografia
vigente:
(A) ítens – rúbrica – gratuito;
(B) itens – Peru – juiz;
(C) rubrica – alí – ítens;
(D) gratuíto – saiu – juíz;
(E) Perú – ali – saíu.

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Língua Portuguesa Específica que se, exausto de telefonar do botequim da esquina a


essa distinta Companhia para dizer que meu aparelho
Texto 1 não funciona, eu vos chamar e vos disser, com leal-
O telefone dade e com as únicas expressões adequadas, o meu
Honrado Senhor Diretor da Companhia Telefônica: pensamento, ficarei eternamente sem telefone, pois “o
Quem vos escreve é um desses desagradáveis sujeitos uso de linguagem obscena constituirá motivo suficiente
chamados assinantes; e do tipo mais baixo: dos que para a Companhia desligar e retirar o aparelho”.
atingiram essa qualidade depois de uma longa espera Enfim, senhor, eu sei tudo; que não tenho direito a
na fila. nada, que não valho nada, não sou nada. Há dois
Não venho, senhor, reclamar nenhum direito. Li o vos- dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
so Regulamento e sei que não tenho direito a coisa al- tuge, nem muge. Isso me trouxe, é certo, um certo sos-
guma, a não ser a pagar a conta. Esse Regulamento, sego ao lar. Porém amo, senhor, a voz humana; sou
impresso na página 1 de vossa interessante Lista (que uma dessas criaturas tristes e sonhadoras que passa a
é o meu livro de cabeceira), é mesmo uma leitura que vida esperando que de repente a Rita Hayworth me
recomendo a todas as almas cristãs que tenham, entre- telefone para dizer que o Ali Khan morreu e ela está
tanto, alguma propensão para o orgulho ou soberba. ansiosa para gastar com o velho Braga o dinheiro da
Ele nos ensina a ser humildes; ele nos mostra o quanto sua herança, pois me acha muito simpático e insinuan-
nós, assinantes, somos desprezíveis e fracos. te, e confessa que em Paris muitas vezes se escondeu
Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia um ve- em uma loja defronte do meu hotel só para me ver
lho amigo deu-me o prazer de me fazer uma visita. entrar ou sair.
Tomamos uma modesta cerveja e falamos de coisas Confesso que não acho tal coisa provável: o Ali Khan
antigas — mulheres que brilharam outrora, madru- ainda é moço, e Rita não tem o meu número. Mas é
gadas dantanho, flores doutras primaveras. Ia a con- sempre doloroso pensar que se tal coisa acontecesse
versa quente e cordial, ainda que algo melancólica, eu jamais saberia — porque meu aparelho não fun-
tal soem ser as parolas vadias de cupinchas velhos ciona. Pensai nisso, senhor: pensai em todo o poten-
— quando o telefone tocou. Atendi. Era alguém que cial tremendo de perspectivas azuis que morre diante
queria falar ao meu amigo. Um assinante mais leviano de um telefone que dá sempre sinal de ocupado —
teria chamado o amigo para falar. Sou, entretanto, cuém, cuém, cuém — quando na verdade está quedo
um severo respeitador do Regulamento; em vista do e mudo na minha modesta sala de jantar. Falar nisso,
que comuniquei ao meu amigo que alguém lhe que- vou comer; são horas. Vou comer contemplando triste-
ria falar, o que infelizmente eu não podia permitir; mente o aparelho silencioso, essa esfinge de matéria
estava, entretanto, disposto a tomar e transmitir qual- plástica; é na verdade algo que supera o rádio e a
quer recado. Irritou-se o amigo, mas fiquei inflexível, televisão, pois transmite não sons nem imagens, mas
mostrando-lhe o artigo 2 do Regulamento, segundo o sonhos errantes no ar.
qual o aparelho instalado em minha casa só pode ser Mas batem à porta. Levanto o escuro garfo do magro
usado “pelo assinante, pessoas de sua família, seus bife e abro. Céus, é um empregado da Companhia!
representantes ou empregados”. Estremeço de emoção. Mas ele me estende um papel:
Devo dizer que perdi o amigo, mas salvei o respeito é apenas o cobrador. Volto ao bife, curvo a cabeça,
ao Regulamento; dura lex sed lex; eu sou assim. Sei mastigo devagar, como se estivesse mastigando os
também (artigo 4) que se minha casa pegar fogo terei meus pensamentos, a longa tristeza da minha humilde
de vos pagar o valor do aparelho — mesmo que esse vida, as decepções e remorsos. O telefone continuará
incêndio (artigo 9) tenha sido motivado por algum cir- mudo; não importa: ao menos é certo, senhor, que
cuito organizado pelo empregado da Companhia com não vos esquecestes de mim.
o material da Companhia. Sei finalmente (artigo 11) BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. São Paulo: Record, 2002.

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1. No texto 1, uma crônica publicada na década de 4. A fim de reforçar, por contraste, o poder da Com-
1950, o enunciador demonstra uma postura de apa- panhia Telefônica, o enunciador procura se mostrar,
rente reverência à Companhia Telefônica. Um recurso por meio da adjetivação, como um indivíduo pouco
que NÃO reforça essa postura é: relevante ou de pouco valor.
(A) a adjetivação em “Honrado Senhor Diretor da Isso só NÃO se verifica em:
Companhia Telefônica” e “vossa interessante lista”. (A) “Tomamos uma modesta cerveja e falamos de coi-
(B) o uso de iniciais maiúsculas em “Lista” e “Regula- sas antigas”
mento”. (B) “Ia a conversa quente e cordial, ainda que algo
(C) o emprego de verbos e pronomes de segunda pes- melancólica, tal soem ser as parolas vadias de cupin-
soa do plural. chas velhos — quando o telefone tocou.”
(D) o emprego do pronome de tratamento “senhor”. (C) “Sou, entretanto, um severo respeitador do Regu-
(E) o emprego do futuro do indicativo em “o telefone lamento;”
continuará mudo”. (D) “Pensai nisso, senhor: pensai em todo o potencial
tremendo de perspectivas azuis que morre diante de
2. O texto 1 simula uma interação direta entre o enun- um telefone que dá sempre sinal de ocupado — cuém,
ciador e um interlocutor. Um recurso gramatical que cuém, cuém — quando na verdade está quedo e mudo
evidencia a presença desse interlocutor e um exemplo na minha modesta sala de jantar.”
de uso desse recurso estão corretamente indicados em: (E) “Levanto o escuro garfo do magro bife e abro.”
(A) Emprego de oração substantiva - “que recomendo
a todas as almas cristãs” 5. No segundo parágrafo, o enunciador do texto 1
(B) Antítese - “Devo dizer que perdi o amigo, mas sal- sustenta que os assinantes do serviço de telefone são
vei o respeito ao Regulamento” “desprezíveis e fracos”. Para comprovar esse ponto de
(C) Emprego de gerúndio – “mostrando-lhe o artigo 2 vista, ele recorre, no parágrafo seguinte, à estratégia
do Regulamento” argumentativa conhecida como:
(D) Flexão verbal de segunda pessoa – “Pensai nisso” (A) exemplificação.
(E) Coordenação de orações subordinadas – “Enfim, (B) concessão.
senhor, eu sei tudo; que não tenho direito a nada, que (C) contra-argumentação.
não valho nada, não sou nada.” (D) dialética.
(E) redução ao absurdo.
3. Modalizadores são elementos que revelam o ponto
de vista do enunciador, evidenciando a atitude do su- 6. “Ia a conversa quente e cordial, ainda que algo
jeito em relação a uma determinada proposição. Um melancólica, tal soem ser as parolas vadias de cupin-
exemplo de modalizador aparece destacado em: chas velhos — quando o telefone tocou.”
(A) “é mesmo uma leitura que RECOMENDO a todas Nessa passagem, a interrupção brusca da conversa
as almas cristãs que tenham, entretanto, alguma pro- pelo toque do telefone é marcada pela oposição entre
pensão para o orgulho ou soberba” aspecto perfectivo e imperfectivo. Esse mesmo efeito é
(B) “Irritou-se o amigo, mas fiquei INFLEXÍVEL.” reforçado ainda pelo(a):
(C) “Sei finalmente (artigo 11) que se, EXAUSTO de (A) recurso a um predicativo composto.
telefonar do botequim da esquina a essa distinta Com- (B) anáfora indireta marcada pelo determinante em
panhia para dizer que meu aparelho não funciona, eu “a conversa”.
vos chamar e vos disser” (C) emprego de uma conjunção concessiva.
(D) “Isso me trouxe, É CERTO, um certo sossego ao lar.” (D) adjetivação abundante.
(E) “Vou comer contemplando TRISTEMENTE o apare- (E) emprego do travessão.
lho silencioso, essa esfinge de matéria plástica”

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7. Os termos com papel adjetivo usados para qualifi- 1 xícara de leite


car a Companhia Telefônica têm invariavelmente valor 4 batatas cozidas e espremidas
positivo, como se nota, por exemplo, em “distinta Com- 2 xícaras de queijo ralado
panhia”. Se entendermos a crônica de Rubem Braga 1 xícara de queijo prato ralado grosso
como uma crítica velada aos serviços e à postura da 150 g de presunto picadinho
Companhia Telefônica, concluiremos que essa adjeti- 2 colheres de sopa de farinha de trigo
vação tem caráter: 1 colher de sopa rasa de fermento
(A) irônico. Modo de fazer
(B) eufemístico. Em uma tigela desmanche as gemas e vá acrescentan-
(C) hiperbólico. do os ingredientes
(D) elíptico. A seguir unte um refratário de 26 cm e polvilhe queijo
(E) metonímico. ralado
Despeje o suflê
8. O texto 1 mistura características de crônica e de Polvilhe mais queijo ralado e leve para assar em forno
carta, em um fenômeno conhecido como intertextua- quente por 25 minutos mais ou menos retirar do forno
lidade intergêneros. Nesse tipo de intertextualidade, Servir a seguir
textos pertencentes a um gênero textual incorporam Disponível em: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/13985-su-
características de pelo menos mais um gênero. fle-de-queijo-com-batata.html (Acesso em: 11/01/2012)
O texto ou fragmento de texto em que esse mesmo
fenômeno se verifica é: 9. I – Devo dizer que perdi o amigo, mas salvei o res-
(A) “João joga um palitinho de sorvete na rua de Te- peito ao Regulamento; dura lex sed lex; eu sou assim.
resa / que joga uma latinha de refrigerante na rua de II – Enfim, senhor, eu sei tudo; que não tenho direito a
Raimundo / que joga um saquinho de plástico na rua nada, que não valho nada, não sou nada.
de Joaquim / que joga uma garrafinha velha na rua Do ponto de vista da coesão referencial, os elementos
de Lili / [...]” (Ricardo Azevedo) sublinhados em I e II desempenham, respectivamente,
(B) Querido diário papel:
Hoje topei com alguns conhecidos meus (A) anafórico e anafórico.
Me dão bom dia, cheios de carinho (B) catafórico e catafórico.
Dizem para eu ter muita luz, ficar com Deus (C) anafórico e catafórico.
Eles têm pena de eu viver sozinho (D) catafórico e anafórico.
[...] (E) catafórico e dêitico.
(Chico Buarque)
(C) BELO HORIZONTE E BRASÍLIA - Pelo menos três 10. “Enfim, senhor, eu sei tudo; que não tenho direito
pessoas morreram em decorrência das chuvas desta a nada, que não valho nada, não sou nada.”
madrugada em Além Paraíba, na Zona da Mata mi- A fim de reforçar sua posição de inferioridade em re-
neira, de acordo com o coordenador da Defesa Civil lação à Companhia Telefônica, o enunciador do texto
em Minas, o coronel Luis Carlos Martins. 1 recorre, nessa passagem, à seguinte figura de lin-
(Disponível em: http://oglobo.globo.com/pais/sobe-para-15-nume- guagem:
ro-de-mortos-em-minas-gerais-3601125. Acesso em: 09/01/2012) (A) gradação.
(D) Inelutavelmente tu (B) metonímia.
Rosa sobre o passeio (C) personificação.
Branca! e a melancolia (D) metáfora.
Na tarde do seio (E) paradoxo.
(Vinícius de Morais)
(E) Suflê de queijo com batata
Ingredientes
4 ovos sendo as claras em neve
1 colher de margarina

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11. Dentre os diversos tipos de elementos de coesão, 13. “Confesso que não acho tal coisa provável: o Ali
há os metacomunicativos, que organizam e delimitam Khan ainda é moço, e Rita não tem o meu número.”
porções do próprio texto, e os que funcionam como Nesse período, a relação semântica existente entre os
marcadores conversacionais, indicando introdução ou dois segmentos sublinhados pode ser explicitada com
mudança de tópico. a substituição dos dois-pontos por um conectivo de
Esses dois tipos de elementos de coesão estão assina- valor:
lados, respectivamente, na seguinte alternativa: (A) aditivo
(A) “Esse Regulamento, impresso na página 1 de vos- (B) consecutivo
sa interessante Lista (que é o meu livro de cabeceira), (C) final
é mesmo uma leitura que recomendo a todas as al- (D) adversativo
mas cristãs que tenham, entretanto, alguma propensão (E) explicativo
para o orgulho ou soberba.”
(B) “Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia um 14. “sou uma dessas criaturas tristes e sonhadoras
velho amigo deu-me o prazer de me fazer uma visita. que passa a vida esperando que de repente a Rita
Tomamos uma modesta cerveja e falamos de coisas Hayworth me telefone para dizer que o Ali Khan mor-
antigas — mulheres que brilharam outrora, madruga- reu e ela está ansiosa para gastar com o velho Braga
das dantanho, flores doutras primaveras.” o dinheiro da sua herança,”
(C) “Era alguém que queria falar ao meu amigo.” / Ao se dizer sonhador, o enunciador do texto 1 imagi-
“Mas ele me estende um papel: é apenas o cobrador.” na, nessa passagem, uma situação hipotética. Um re-
(D) “Sei também (artigo 4) que se minha casa pegar curso linguístico que marca esse caráter hipotético é:
fogo terei de vos pagar o valor do aparelho” / “Isso (A) o emprego de determinante diante de nome pró-
me trouxe, é certo, um certo sossego ao lar.” prio em “a Rita Hayworth”.
(E) “Sei finalmente (artigo 11) que se, exausto de tele- (B) o emprego de modo subjuntivo em “telefone”.
fonar do botequim da esquina a essa distinta Compa- (C) a alteração semântica do adjetivo promovida pela
nhia para dizer que meu aparelho não funciona, [...] / sua colocação à esquerda do nome em “o velho Braga”.
“Falar nisso, vou comer; são horas.” (D) a antítese em “entrar ou sair”.
(E) a oração do tipo adjetiva em “que passa a vida
12. I – Sei finalmente (artigo 11) que se, exausto de esperando”.
telefonar do botequim da esquina a essa distinta Com-
panhia para dizer que meu aparelho não funciona, eu 15. “Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia
vos chamar e vos disser, com lealdade e com as úni- um velho amigo deu-me o prazer de me fazer uma
cas expressões adequadas, o meu pensamento, ficarei visita.”
eternamente sem telefone Assinale a única alternativa em que o termo destaca-
II – Estremeço de emoção. do exerce função sintática idêntica à do fragmento
Considerando as passagens I e II, a segunda sequên- sublinhado.
cia sublinhada contrai, em relação à primeira, valor (A) “Quem vos escreve é um desses desagradáveis
semântico, respectivamente, de: sujeitos chamados assinantes;”
(A) causa e finalidade (B) “Não venho, senhor, reclamar nenhum direito;”
(B) finalidade e finalidade (C) “Ia a conversa quente e cordial.”
(C) consequência e modo (D) “Sou, entretanto, um severo respeitador do Regu-
(D) consequência e causa lamento;”
(E) causa e modo (E) “Sei finalmente (artigo 11) que se, exausto de tele-
fonar do botequim da esquina a essa distinta Compa-
nhia para dizer que meu aparelho não funciona, eu
vos chamar e vos disser [...]”

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Texto 2 sem permitir, porém,


Não-coisa que perca a transparência
O que o poeta quer dizer já que a coisa é fechada
no discurso não cabe à humana consciência.
e se o diz é pra saber
o que ainda não sabe. O que o poeta faz
mais do que mencioná-la
Uma fruta, uma flor é torná-la aparência
um odor que relume... pura — e iluminá-la.
Como dizer o sabor,
seu clarão, seu perfume? Toda coisa tem peso:
uma noite em seu centro.
Como enfim traduzir O poema é uma coisa
na lógica do ouvido que não tem nada dentro,
o que na coisa é coisa
e que não tem sentido? a não ser o ressoar
de uma imprecisa voz
A linguagem dispõe que não quer se apagar
de conceitos, de nomes — essa voz somos nós.
mas o gosto da fruta GULLAR, Ferreira. Muitas vozes. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.
só o sabes se a comes
16. O texto 2 trata da tensão entre linguagem e coi-
só o sabes no corpo sa; discute-se, em particular, a possibilidade de a lin-
o sabor que assimilas guagem representar ou substituir a coisa.
e que na boca é festa Dentre os nomes ou expressões nominais a seguir,
de saliva e papilas o(a) único(a) que corresponde, no poema, ao plano
da coisa é:
invadindo-te inteiro (A) “lógica do ouvido”
tal do mar o marulho (B) “nomes”
e que a fala submerge (C) “corpo”
e reduz a um barulho, (D) “barulho”
(E) “sintaxe”
um tumulto de vozes
de gozos, de espasmos, 17. No entanto, o poeta
vertiginoso e pleno desafia o impossível
como são os orgasmos e tenta no poema
dizer o indizível:
No entanto, o poeta A partir da leitura do poema, percebe-se que o sintag-
desafia o impossível ma nominal “o indizível” se refere:
e tenta no poema (A) a tabus morais.
dizer o indizível: (B) à subversão da sintaxe.
(C) a desejos reprimidos.
subverte a sintaxe (D) à experiência subjetiva.
implode a fala, ousa (E) ao passado remoto.
incutir na linguagem
densidade de coisa

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18. O título “Não-coisa” é uma alusão à falta de: 22. A linguagem dispõe
(A) densidade do poema. de conceitos, de nomes
(B) transparência da linguagem. mas o gosto da fruta
(C) lógica do mundo. só o sabes se a comes
(D) sabor das frutas. A oração sublinhada é simultaneamente:
(E) consciência do sujeito. (A) coordenada assindética e principal.
(B) coordenada adversativa e principal.
19. Logo nas primeiras estrofes, o eu-lírico apresenta (C) coordenada adversativa e coordenada conclusiva.
um ponto de vista a respeito da relação entre lingua- (D) coordenada assindética e coordenada adversativa.
gem e coisa. (E) coordenada aditiva e adverbial concessiva.
Acompanhando o movimento da segunda para a ter-
ceira estrofe, é possível observar que a construção da 23. A linguagem dispõe / de conceitos, de nomes
argumentação se baseia em um raciocínio do tipo: As alternativas a seguir apresentam variações dessa pas-
(A) dedutivo. sagem. Assinale a única alternativa que atende à norma
(B) indutivo. padrão do português, independentemente das diferen-
(C) dialético. ças semânticas em relação ao enunciado original.
(D) ambíguo. (A) As linguagens dispõe de conceitos, de nomes.
(E) pressuposicional. (B) Na linguagem, podem haver conceitos, nomes.
(C) Vê-se na linguagem conceitos, nomes.
20. O gênero textual poema não está intrinsecamente (D) Na linguagem, podem existir conceitos, nomes.
ligado a nenhum tipo textual específico, de maneira (E) Dispõem-se na linguagem de conceitos, de nomes.
que ele pode, em tese, se associar a diferentes modos
de organização discursiva. No poema “Não-coisa”, o
tipo textual predominante é a: Texto 3
(A) narração. Bilhete
(B) descrição. Se tu me amas, ama-me baixinho
(C) dissertação. Não o grites de cima dos telhados
(D) injunção. Deixa em paz os passarinhos
(E) denotação. Deixa em paz a mim!
Se me queres,
21. Toda coisa tem peso: enfim,
uma noite em seu centro. tem de ser bem devagarinho, Amada,
O poema é uma coisa que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
que não tem nada dentro, QUINTANA, Mário. Poesia completa. São Paulo: Nova Aguilar, 2005.

a não ser o ressoar 24. Embora seja um poema, o texto 3 exibe caracte-
de uma imprecisa voz rísticas do gênero textual bilhete, o que confere coe-
que não quer se apagar rência ao seu título.
— essa voz somos nós. Dentre as marcas gramaticais a seguir, a única que
Nessa passagem, o conectivo “a não ser” introduz NÃO ajuda a aproximar o texto 3 de um bilhete é:
um(a): (A) a presença de desinência número-pessoal –s.
(A) acréscimo. (B) a presença de vocativo.
(B) advertência. (C) a existência de verbo no imperativo.
(C) exemplo. (D) o emprego do pronome reto “tu”.
(D) especificação. (E) a recorrência de oração condicional.
(E) ressalva.

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25. Na década de 90, um anúncio do corretor líqui- Anotações


do “Toque Mágico” trazia a seguinte frase: “O fim do
ciclo da borracha”.
O efeito de humor produzido pode ser atribuído:
(A) à polissemia do substantivo “borracha”.
(B) à sonoridade do vocábulo “ciclo”.
(C) ao encadeamento de dois adjuntos preposicionados.
(D) à ausência de sintagma verbal.
(E) à remissão anafórica do determinante “o”.

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