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RESUMO
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Graduando em Ciências Biológicas
Faculdade de Tecnologias e Ciências – FTC EaD
E-mail: rosanag19@hotmail.com
Introdução
Este trabalho tem por objetivo estabelecer um diálogo entre alguns teóricos da
área da educação, as leis que regem o ambiente educacional brasileiro e é claro a
realidade do sistema educativo, a fim de proporcionar uma maior compreensão acerca
do compromisso da educação com a formação do cidadão e os desafios que esta
encontra para cumprir o seu papel na sociedade.
Princípios da educação.
O discurso político que se segue no Brasil nas décadas seguintes é voltado para o
lema “educação para todos”, porém Aranha nos mostra que
ou seja, a classe dominante tem conhecimento do real poder da educação por isso ao
elaborar as políticas públicas voltadas pra essa área, pensam em uma educação de
caráter taylorista, o individuo é educado para o trabalho, para a mecanicidade e não para
ser um sujeito crítico e pensante.
Portanto a educação mesmo com seu poder libertador não deve ser imposta aos
cidadãos, pelo contrário o individuo deve se sentir persuadido a se educar. Dessa forma
a função da escola é “transformar essa realidade, possibilitando a cada individuo sua
autonomia e sua identificação numa sociedade de conflitos e, portanto, democrática e
em constante modificação” (LUCKESI, 2005, p. 24). Uma educação orientada no
sentido da valorização da moral e civismo, visando à formação do caráter, da força de
vontade, da disciplina, do amor à pátria, importantes para o cidadão.
Ser cidadão é perceber que fazemos parte do mundo. Nossas escolhas e posturas
diante da vida afetam não apenas a nós mesmos, mas também a vida de outras pessoas,
da comunidade. Assim como as atitudes das outras pessoas também nos afetam.
Educar para a cidadania é adotar uma postura, é fazer escolhas. É despertar para
as consciências dos direitos e deveres, é lutar pela justiça e não servir a interesses
seculares. É preciso construir o espaço de se educar na cidadania. E nesse sentido, não é
somente a preposição que muda. Muda a postura do professor que de cidadão que
somente exige seus direitos passa a lembrar também dos seus deveres. Dessa forma,
como afirma os PCNs “o compromisso com a construção da cidadania pede
necessariamente uma prática educacional voltada para a compreensão da realidade
social e dos direitos e responsabilidades à vida pessoal e coletiva e a afirmação do
principio da participação política”.
Somente a partir de uma educação consciente de seu papel é que podemos ter
uma sociedade composta por cidadãos criativos e questionadores. A função do professor
durante o processo é fundamental uma vez que este deve estar em sala de aula não
somente para ditar o que será feito, mas deve ser agente dessa transformação, está em
suas mãos o futuro de seus alunos. O professor ao invés de ser um mero depositário de
informações deve trabalhar de forma dialética, facilitando a troca de experiências. O
professor deve se reconhecer como um formador de opiniões, alguém que deve estar
acima de qualquer doutrina ou pensamento político, alguém com a imparcialidade e a
força necessária para guiar os alunos em seu processo de enriquecimento mental. De
acordo com Duarte
Outro ponto crucial nesse diálogo é sem dúvida a leitura. O ato de ler está
intimamente ligado ao ato de se libertar, de avançar, de conhecer mundos outros, e
principalmente de estar em contato com outras culturas. Essa ação gera no leitor um
respeito pela cultura do outro, pelas diferenças dos outros. Ser cidadão, antes de
qualquer coisa é saber ler e reler o mundo, é um constante olhar sobre a sociedade em
que está inserido, para assim poder escrever e reescrever sua história.
O fato é que uma educação voltada para a cidadania deve privilegiar a leitura,
não só a leitura de textos didáticos, mas a leitura e a interpretação de textos que dêem ao
estudante noção de como sua comunidade funciona, textos que lhes dêem informações
úteis e que provoquem discussões, de modo que a partir da compreensão da realidade, o
aluno tenha um arcabouço de argumentos para lidar com as questões que lhe cerca.
Kearsley & Moore (2007) pontuam que as instituições têm oferecido esta
modalidade de ensino para atender as mais diversas necessidades, como: “acesso
crescente a oportunidades de aprendizado e treinamento; nivelar desigualdades entre
grupos etários; apoiar a qualidade das estruturas educacionais existentes; proporcionar
treinamento de emergência para grupos-alvo importantes”, dentre outras. Porém existem
instituições comprometidas com a construção do conhecimento e a preparação dos seus
discentes para enfrentar as novas demandas do mercado de trabalho e a formação de sua
cidadania.
Sem dúvida a educação a distância surge na sociedade moderna como uma
resposta a necessidade de oferecer um ensino pleno e de qualidade aos indivíduos,
principalmente por este programa ser mais economicamente viável do que a escola
tradicional. Embora o ensino a distância objetive uma formação direcionada este dá ao
aluno o suporte necessário e a liberdade para que o estudante seja sujeito ativo de sua
educação, ou seja, ele tem autonomia para gerenciar seu aprendizado de modo a garantir
que este o proporcione um alargamento de seus horizontes.
Considerações finais.
É preciso assim pensar numa educação que não se renda a fins capitalistas, uma
educação que não deve ser condicionada apenas a números e que busque somente
encaixar o aluno nas engrenagens do mundo moderno. A educação que os estudantes do
nosso país merecem é uma educação que nos oriente e nos desperte para uma
consciência crítica, uma educação que nos eleve de nível, e nos forneça subsídios para a
construção de sua existência humana.
Por fim, o modelo educativo das escolas desse século deve trazer como bandeira
a flexibilização do ensino, a formação cidadã do individuo, o resgate da moral, da ética
do respeito ao próximo, da consciência de si e do meio. Portanto o objetivo da educação
não é só meramente formar decodificadores de símbolos, mas sujeitos pensantes e
ativos, homens e mulheres cuja cidadania esteja garantida e preservada.
Referências
DUARTE, Ana Cléia de Souza. Paulo Freire: O papel da educação como forma de
emancipação do indivíduo. Revista Científica Eletrônica de Pedagogia. Garça, São
Paulo, Ano V, Número 09, 2007.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Tradução Moacir Gadotti e Lílian Lopes
Martin. Rio de Janeiro, 1979.
KEARSLEY, Greg.; MOORE, Michael G. Educação a distância: uma visão integrada.
São Paulo, 2008.
MACHADO, Nílson José. Cidadania e educação. São Paulo: Editora Escrituras ,1997.
NISKIER, Arnaldo. Filosofia da educação: uma visão crítica. São Paulo, 2001.