Professional Documents
Culture Documents
Patos - PB
2015
EMANUELLE LUIZ DA SILVA BRITO
Patos - PB
2015
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR
Referências.
CDU 574
Dedico as memórias dos meus pais: o meu velho e
indivisível avôhai Manoel (avô e pai)
e meu herói Fábio Luiz.
AGRADECIMENTOS
Guimarães Rosa
RESUMO - O grupo das vespas sociais tem importância como polinizadores e principalmente
predadores, também sendo utilizados como indicadores ambientais e controle biológico. Apesar
disto, a ecologia dos táxons que habitam a Caatinga é pouco investigada e conhecida. Este
estudo teve como objetivo contribuir para o conhecimento das espécies de Polistinae, que
através de armadilhas Malaise, entre novembro de 2009 e outubro de 2013, resultando em uma
gêneros e 15 espécies. A espécie mais abundante foi Polybia ignobilis, que representou quase
quanto à riqueza e abundância de espécies só foi observada para a área de Caatinga Xerófila
entre os períodos secos e chuvosos, essa informação serve de suporte a hipótese de que há um
papel preponderante dos remanescentes ciliares na manutenção dos indivíduos durante períodos
de estresse hídrico.
also being used as environmental indicators and biological control. Despite this, the ecology of
taxa inhabiting the Caatinga is poorly investigated and understood. This study aimed to
municipality of Santa Teresinha, state of Paraíba, investigate the dynamics of these assemblages
to evaluate the spatial and temporal variations in abundance and species richness in an area of
Caatinga. Surveys were conducted in two distinct vegetation types of the area: in savanna shrub
xerophilous and remnants of riparian forest, through Malaise traps between November 2009
and October 2013, resulting in a sample of 48 months. A total of 958 individuals belonging to
nine genera and 15 species were captured. The most abundant species was Polybia ignobilis,
which accounted for nearly 82% of the total sample. The highest rates of abundance and wealth
were recorded during rainy periods, the Caatinga Xerophilous excelled in the abundance of
individuals in most of the sampling period for the Riparian Forest area. The significant
difference in the richness and abundance of species was observed only for the area of Caatinga
Xerophilous between the dry and rainy periods, this information serves to support the
hypothesis that there is a major role of riparian remaining in the maintenance of the individuals
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 18
2. 1 Geral .............................................................................................................................. 18
2. 2 Específicos..................................................................................................................... 18
ANEXO .................................................................................................................................... 48
¹ Universidade Federal de Campina Grande Grande, Av. universitária, s/n CEP: 58708-110,
Patos, PB.
² Universidade Federal da Integração Latino Americana, Av. Tancredo Neves 6731- Bloco
4, CEP: 85867-970, Foz do Iguaçu, PR.
Estende-se pela maior parte dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba,
11% do território nacional (Rizzini, 1997). A precipitação média anual varia entre 240 mm e
1.500 mm, porém as precipitações somam menos de 750 milímetros em cerca de metade da
região e entre 50% e 70% da precipitação anual é concentrada em apenas três meses
consecutivos (Sampaio, 1995; Prado, 2003). Os meses secos se intensificam das margens ao
centro da região, algumas localidades enfrentam períodos de sete a onze meses de baixa
disponibilidade de água para as plantas (Prado, 2003). A Caatinga apresenta uma alta
ano para ano, o que resulta em períodos de secas mais severas (Krol et al., 2001).
A Caatinga constitui a porção norte da “Diagonal Seca” e representa uma das mais
importantes formações vegetais da América do Sul (Prado & Gibbs, 1993). Nela domina uma
cactáceas (Coimbra Filho & Câmara, 1996). Em geral, a Caatinga é caracterizada como um tipo
de vegetação xeromórfica, composta por florestas de baixo crescimento, muitas vezes com
dossel descontínuo, folhagem decídua na estação seca e árvores e arbustos geralmente munidos
Esta região apresenta grandes áreas perturbadas, assim como áreas passando por
de severas alterações estão a agricultura de corte e queima, colheita de lenha, caça, e da contínua
14
ação de gado e rebanhos caprinos, assim, atualmente apenas uma pequena parte está bem
Mesmo sendo a única região natural brasileira a qual os limites estão inteiramente
inclusos no território nacional, a conservação da Caatinga tem sido negligenciada, e a sua alta
particularmente importantes quando esses recursos mostram flutuações sazonais (Santos et al.,
2006).
abundância e atividade de insetos. Nos ecossistemas com clara distinção entre estações chuvosa
e seca as variáveis climáticas são conhecidos por serem predizentes do comportamento das
populações (Janzen, 1973; Wolda, 1988). Como a região semiárida do Nordeste do Brasil
apresenta uma forte identidade ecológica, caracterizada pelo extenso e irregular período de
estresse hídrico, isso implica em possíveis respostas particulares dos animais que ocorrem
nestes ambientes, com implicações nos padrões de distribuição ou movimentação dentro do seu
2008).
A partir dos poucos dados existentes, podemos supor que as matas ciliares e outras áreas
de ambientes mésicos sejam muito importantes para a manutenção das populações animais na
Caatinga, especialmente no caso das espécies que não apresentam diapausa obrigatória como
estratégia para atravessar o longo período seco, como proposto para abelhas (Zanella, 2008).
As vespas são insetos pertencentes à ordem Hymenoptera, uma das quatro ordens
megadiversas dos insetos, com cerca de 130.000 espécies descritas no mundo (Grimaldi &
Engel, 2005). A família Vespidae representa uma das principais linhagens dos himenópteros
aculeados (Aculeata), e é constituída por seis subfamílias que agrupam espécies solitárias
15
(Massarinae, Eumeninae e Euparigiinae) e as linhagens sociais (Stenogastrinae, Vespinae e
(Carpenter & Marques, 2001). No mundo existem 974 espécies de vespas sociais descritas e
cerca de 552 destas espécies são encontradas nas Américas (Carpenter & Marques, 2001).
As espécies de Polistinae existentes no Brasil estão divididas em três tribos (de acordo
estabelecimento e sobrevivência de mais espécies de vespas sociais pelo fato de terem uma
substratos de nidificação. Deste modo, a vegetação atua de forma direta nas comunidades de
vespas sociais e afeta indiretamente estas comunidades devido as oscilações que ocorrem na
selecionam os locais de seus ninhos pela densidade e tipos de vegetação, se aberta ou fechada
e outras estruturas vegetais, como forma e arranjo de folhas, diâmetro do tronco e presença de
espinhos (Wenzel 1991; Diniz & Kitayama 1994; Dejean et al., 1998; Santos & Gobbi 1998;
Cruz et al., 2006). Esta variação de preferência de habitats com condições específicas para
nidificação é uma condição espécie-específica (Dejean et al., 1998; Santos & Gobbi 1998; Cruz
16
et al., 2006). Pode ocorrer que uma mesma espécie apresente preferência por substratos
diferentes, de acordo com as características físicas e/ou biológicas do ambiente (Santos &
Gobbi, 1998).
variações hídricas e pelos diferentes tipos de solo presentes na região, associadas às ações
antrópicas (Sampaio, 2010). A presença de áreas muito secas, entremeada com manchas de
áreas mésicas torna esse bioma um importante cenário para estudo de estratégias que a fauna e
flora apresentam para atravessar períodos desfavoráveis, como o de maior estresse hídrico (Leal
et al., 2005).
investigações recentes: Melo et al., 2005; Santos et al., 2006; Aguiar & Santos, 2007; Santos
et al., 2009; Andena & Carpenter, 2014 e Melo et al., 2015 e para um ecótono de Caatinga-
Este estudo teve como objetivo contribuir com o conhecimento da fauna de Polistinae
abundância nos períodos secos e chuvosos em duas fitofisionomias distintas, com o intuito de
responder questões como: a abundância de espécies e indivíduos é menor no período seco, para
os dois ambientes diferentes? A riqueza de espécies com adultos ativos diminui de forma
semelhante no período seco para as duas áreas? Pode ser detectado indícios de um papel de
refúgio das matas ciliares durante o período seco? E assim avaliar o papel dos ambientes
mésicos na dinâmica de populações dentro de uma região submetida a forte estresse hídrico em
parte do ano.
17
2 OBJETIVOS
2. 1 Geral
Polistinae), assim como registrar a variação espacial e sazonal nos períodos secos e chuvosos
2. 2 Específicos
3 MATERIAL E MÉTODOS
Setentrional, no sertão paraibano. Essa localidade foi escolhida pelas condições de conservação
18
e facilidade de acesso para realização de estudos. No local há uma Reserva Particular do
através de Portaria (Nº110/98-N), com uma área de 325 hectares que a cerca de trinta anos não
sofre ação antrópica. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é do tipo Bsh,
semiárido, marcado por uma estação seca e outra chuvosa. A média anual das precipitações
considerados como o período chuvoso e maio à outubro como sendo o período seco.
Fig 1 Localização da área de estudo, em destaque o município de Santa Teresinha, no estado da Paraíba, Brasil.
Fonte: Imagens da Wikipedia, editado por Pedro Elias dos Santos Neto no programa Gimp 2.0.
Foram estabelecidos seis pontos amostrais e as áreas amostrais foram divididas em dois
ambientes distintos (Tabela 1): um remanescente de Mata Ciliar (Fig 2a e 3), que atualmente se
19
restringe a uma estreita faixa de vegetação arbórea, com predominância de oiticicas
(Chrysobalanaceae: Licania rigida) que se estende por toda a baixada onde atualmente é
explorada com agricultura e pastagem e difere da outra área estudada, por apresentar uma
(Fig 2b e 3) possui aproximadamente 20 hectares e vem sendo mantida com sua cobertura
vegetal nativa há cerca de 30 anos, e anteriormente a isso era usada para pastejo de animais. As
armadilhas foram colocadas em local contíguo à floresta, mas com influência de ambientes
Fig 2 Aspecto das áreas de estudo: a) Aspecto da Mata Ciliar no período seco (setembro de 2011), b) Caatinga
Xerófila no período seco (setembro de 2011) com armadilha Malaise instalada. Fazenda Tamanduá, Santa
Teresinha-PB.
a b
Tabela 1 Localização e altitude dos pontos amostrais estabelecidos na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB.
Ponto amostral Coordenadas geográficas Altitude
Fitofisionomia: Mata Ciliar
A1 7º00’34” S e 37º23’44” O 258m
A2 7º00’40” S e 37º23’57” O 264m
A3 7º00’56” S e 37º24’30” O 269m
Fitofisionomia: Caatinga Xerófila
B1 7°01’29” S e 37º24’07” O 292m
B2 7º01’33” S e 37º24’39” O 298m
B3 7º01’15” S e 37º24’40” O 290m
Foram instaladas nos pontos amostrais, armadilhas do tipo Malaise (Townes, 1972), que
atua passivamente pela interceptação de insetos em voo, sem atrativos, mas contendo potes
coletores (Hosking, 1979). Os potes coletores foram preenchidos por 500mL de álcool etílico
hidratado 92,8º INPM de uso doméstico para garantir a boa conservação dos insetos.
A armadilha Malaise foi constituída por uma tenda de tela de náilon suspensa por estacas
de ferro com uma barreira central negra, com eixo maior voltado para o sentido Norte-Sul e que
dificulta a percepção pelos insetos de que existia uma barreira, o que tornou a captura eficiente.
As armadilhas foram instaladas em clareiras ao longo de pequenas trilhas, por onde é mais
21
Duas armadilhadas foram deixadas em campo, uma em cada área de amostragem. Para
evitar a influência do local de amostragem foi realizada a troca sistemática das armadilhas entre
os pontos de coleta (A1, A2, A3 e B1, B2 e B3), a cada quatro semanas, sendo transferida
pontos selecionados para cada fitofisionomia. Esse procedimento foi adotado para evitar a
influência da eficiência diferencial de alguma das armadilhas num único local de amostragem.
Em intervalos de sete dias o conteúdo dos potes coletores de cada armadilha foi retirado,
separados todos os espécimes da família Vespidae (Hymenoptera) das demais ordens de insetos
(2001).
discente no I Curso sobre Vespidae Neotropicais como exemplo o Dr. James Carpenter do
22
American Museum of Natural History, Nova York – EUA, reconhecidamente a maior
Kolmogorov Smirnov e o teste com correção de Lilliefors. O teste t-student (teste t) foi utilizado
para os casos em que o conjunto de dados apresentou distribuição normal e foi utilizado o teste
não paramétrico Wilcoxon para os casos em que conjunto não apresentou essa distribuição. Os
testes foram realizados por meio do programa InStat 3.0. Para as análises de sazonalidade em
relação aos períodos e às áreas foram usados os testes de ANOVA paramétrica e não
paramétrica do programa estatístico PAST, version 2.17c a fim de avaliar se havia diferença na
abundância e na riqueza de espécies coletadas ao longo dos meses entre os dois gradientes
correção de Bonferroni.
Para estudar a diversidade das espécies obtidas em cada área de coleta foram utilizados
espécies que ocorrem em somente uma amostra. Calculou-se este estimador com a seguinte
fórmula:
número de amostras.
23
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caatinga Xerófila e Mata Ciliar (Tabela 2 e Fig 4) nos 48 meses de amostragem. As três tribos
de Polistinae que ocorrem na região Neotropical foram encontradas nesse estudo, sendo que
Epiponini apresentou 12 espécies, seguida por Polistini com duas e Mischocyttarini com apenas
uma.
coletados (sendo 93,32% e 87,91% para as áreas de Caatinga Xerófila e Mata Ciliar,
Houve diferença na distribuição entre as espécies para as duas áreas, sendo Polybia
ignobilis (Haliday, 1836) a mais abundante, com 709 indivíduos capturados, representando
81,73% dos indivíduos coletados na área da Caatinga Xerófila e 60,29% de representação dos
indivíduos da Mata Ciliar, perfazendo um total de 74% da amostragem total. A segunda espécie
mais coletada foi Polybia sp1, com 109 indivíduos coletados, sendo 44 indivíduos na Caatinga
registradas. A área de maior abundância de indivíduos foi a Caatinga Xerófila totalizando 613
espécimes capturados, quase o dobro registrado na Mata Ciliar, onde foram capturados 345
indivíduos. Por outro lado, não houve variação significativa quanto ao número de espécies nas
24
das duas áreas, na Mata Ciliar foram amostradas 13 espécies e na Caatinga Xerófila 11 espécies
(Tabela 2).
Quatro espécies foram exclusivas da Mata Ciliar: Agelaia pallipes (Olivier, 1792),
Protopolybia exigua (de Saussure, 1854), enquanto que para a área de Caatinga Xerófila foram
diligens (Smith, 1857) (Tabela 2). Na área de Caatinga Xerófila as espécies mais abundantes
foram P. ignobilis, Polybia sp1 e Polistes canadensis (Linnaeus, 1758) totalizando 92,5% dos
indivíduos para a área, enquanto que na Mata Ciliar as três espécies mais abundantes (P.
ignobilis, Polybia sericea e Polybia sp1) representaram 86,38% da amostragem registrada nesta
25
Tabela 2 Número de indivíduos (N) e abundância relativa (AR%) de espécies de Polistinae (Hymenoptera:
Vespidae) coletados nas áreas de Caatinga Xerófila e Mata Ciliar, amostrados na Fazenda Tamanduá, Santa
Teresinha-PB, de novembro de 2009 à outubro de 2013, com armadilhas do tipo Malaise.
CAATINGA MATA TOTAL AR%
ESPÉCIES XERÓFILA CILIAR
N AR% N AR%
EPIPONINI
Polybia ignobilis (Haliday, 1836) 501 81,73 208 60,29 709 74,01
MISCHOCYTTARINI
POLISTINI
RIQUEZA 11 13 15
26
Fig 4 Polistinae (Vespidae) coletados na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB, de novembro de 2009 à outubro
de 2013, com armadilhas do tipo Malaise. (a) Agelaia pallipes (Olivier, 1792); (b) Apoica pallens (Fabricius,
1804); (c) Brachygastra lecheguana (Latreille, 1824); (d) Chartegellus communis Richards, 1978; (e)
Mischocytarrus rotundicollis (Cameron, 1912); (f) Polistes canadensis (Linnaeus, 1758); (g) Polistes simillimus
Zikán, 1951; (h) Polybia gr occidentalis (Olivier, 1792); (i) Polybia ignobilis (Haliday, 1836); (j) Polybia paulista
(von Ihering, 1896); (k) Polybia sericea (Olivier, 1792); (l) Polybia sp1 Lepeletier, 1836; (m) Proctonectarina
sylveirae (de Saussure, 1854); (n) Protopolybia diligens (Smith, 1857); (o) Protopolybia exigua (de Saussure,
1854).
a b c
d e f
g h i
j k l
m n o
27
Em relação a riqueza observada, para se minimizar o efeito das coletas sobre o número
de espécies a análise de rarefação foi utilizada e demonstrou que a área de Caatinga Xerófila,
que apresenta menor riqueza de espécies, apresentou uma leve estabilização na curva de
rarefação, enquanto que a área de Mata Ciliar não atingiu assíntota, mostrando de fato a
Fig 5 Curva de rarefação e desvio de padrão da riqueza cumulativa das espécies de Polistinae (Vespidae) para as
áreas de Caatinga Xerófila e Mata Ciliar coletados na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB, de novembro de
2009 à outubro de 2013, com armadilha Malaise.
18 18
16 16
Taxa (95% confidence)
14 14
12 12
Riqueza
Riqueza
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
5 10 15 20 25 30 35 40 45 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Samples
Amostras Samples
Amostras
maior na Floresta Ciliar. A Caatinga Xerófila apresentou maior desvio padrão, possivelmente
por apresentar picos de captura de indivíduos durante as coletas entre os períodos estudados
(Teste de Wilcoxon, Z=0,4387, N=48, p=0,66087) (Fig 6). E em relação à riqueza de espécies
não houve diferença significativa no número médio de espécies coletados por amostra mensal
28
Fig 6 Comparação das medianas quanto a abundância de indivíduos coletados de Polistinae (Vespidae) com
armadilhas do tipo Malaise, por mês, entre novembro de 2009 a outubro de 2013, na Caatinga Xerófila (CAA) e
Mata Ciliar (CIL) na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. As barras indicam desvio padrão das amostras.
Abundância de indivíduos
Fig 7 Comparação das medianas quanto a riqueza de indivíduos coletados de Polistinae (Vespidae) com armadilhas
do tipo Malaise, por mês, entre novembro de 2009 a outubro de 2013 na Caatinga Xerófila (CAA) e Mata Ciliar
(CIL) na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. As barras indicam desvio padrão das amostras.
8,0
7,2
6,4
Y de espécies
5,6
4,8
Riqueza
4,0
3,2
2,4
1,6
0,8
0,0
CIL
CAA
29
Os estimador Jacknife 1 previu a riqueza maior para as duas áreas, assim como para a
amostragem total, sendo que a Caatinga Xerófila ficou mais próxima do que foi observado
(Tabela 3).
Tabela 3 Riqueza observada e riqueza estimada para espécies de Polistinae (Vespidae) coletados por mês com
armadilhas do tipo Malaise, entre os meses de novembro de 2009 à outubro de 2013, na Fazenda Tamanduá, Santa
Teresinha-PB.
Caatinga Xerófila Mata Ciliar Total
Riqueza observada neste estudo 11 13 15
Estimador de riqueza Jackknife 1 12,97 16,97 19,97
corresponde a 76,2% do total, sendo 525 da Caatinga Xerófila e 203 da Mata Ciliar. Já no
período seco, considerado neste estudo como sendo entre os meses de junho à novembro, foram
Xerófila e 142 na Mata Ciliar (Fig 8). No período chuvoso a abundância total das duas áreas
juntas foi maior que no período seco e apresentou diferença significativa (Teste Wilcoxon,
Fig 8 Comparação da abundância de Polistinae (Vespidae) nas áreas de Caatinga Xerófila e Mata Ciliar nos
períodos chuvoso e seco na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB, de novembro de 2009 a outubro de 2013,
capturados com armadilhas Malaise. (*significativo – ANOVA seguida de Turkey α=0,05)
600
*
Número de indivíduos
500
400
300
200
100
0
Chuvoso Ciliar Seco Ciliar Chuvoso Caatinga Seco Caatinga
Períodos e fitofisionomias
30
Fig 9 Comparação das medianas do número de indivíduos de Polistinae (Vespidae) coletados por mês com
armadilhas Malaise, durante o período chuvoso (dez-mai) e o período seco (jun-nov), entre novembro de 2009 à
outubro de 2013 na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. Desvio padrão e valores máximos e mínimos com
outliers, nas duas áreas conjuntamente.
180
160
140
120
Abundância
Abundância
100
80
60
40
20
0
PS
PC
abundância de indivíduos, mas não ocorreu o mesmo em relação à riqueza de espécies (Fig 10
e 11). Com a indicação da não significância dos dados obtidos, sugere-se que a Mata Ciliar
condições, recursos e nichos para um número de espécimes e por um período de tempo mais
no período seco. Já na Caatinga Xerófila foram coletadas 9 espécies no período chuvoso e seis
espécies no período seco (Fig 10). Para a riqueza de espécies a distribuição pelos períodos seco
31
Fig 10 Comparação da riqueza de espécies de Polistinae (Vespidae) nas áreas de Caatinga Xerófila e Mata Ciliar
nos períodos chuvoso e seco na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB, entre novembro de 2009 e outubro de
2013, capturados com armadilhas do tipo Malaise (*significativo – ANOVA seguida de Turkey α=0,05).
14
12
Número de espécies
10
8
6
4
2
0
Chuvoso Ciliar Seco Ciliar Chuvoso Caatinga Seco Caatinga
Períodos e fitofisionomias
Fig 11 Comparação das medianas do número de espécies de Polistinae (Vespidae) coletados por mês com
armadilhas do tipo Malaise, durante o período chuvoso (dez-mai) e o período seco (jun-nov), entre os meses de
novembro de 2009 à outubro de 2013 na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. Desvio padrão e valores
máximos e mínimos, nas duas áreas conjuntamente.
12,0
10,8
9,6
8,4
Riqueza
7,2
Riqueza
6,0
4,8
3,6
2,4
1,2
0,0
PS
PC
Tanto a abundância quanto a riqueza das espécies foi maior no período chuvoso, em
Caatinga Xerófila e entre os períodos chuvoso e seco desta fitofisionomia (Tabela 4 e 5).
32
Tabela 4 Comparação entre a abundância de espécies de Polistinae (Vespidae) nas áreas de Caatinga Xerófila e
Mata Ciliar durante os períodos chuvoso e seco na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. (Teste de Kruskal-
Wallis com correção de Bonferroni. α=0,05). Números em negrito com asterisco representam diferença
significativa.
Chuvoso Caatinga Chuvoso Ciliar Seco Caatinga Seco Ciliar
Chuvoso Caatinga - 0,352 0,040* 0,164
Chuvoso Ciliar 1 - 0,208 0,576
Seco Caatinga 0,242 1 - 0,433
Seco Ciliar 0,985 1 1 -
Tabela 5 Comparação entre a riqueza de espécies de Polistinae (Vespidae) nas áreas de Caatinga Xerófila e Mata
Ciliar durante os períodos chuvoso e seco na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB. (Teste de Kruskal-Wallis
com correção de Bonferroni. α=0,05). Números em negrito com asterisco representam diferença significativa.
A diferença não significativa dos dados obtidos pode ter sido reflexo do grande índice
2009 foi registrado o dobro da pluviosidade dos anos posteriores (Tabela 6) (segundo dados
aferidos na estação climatológica da Fazenda Tamanduá) e essa variante pode ter colaborado
com a maior abundância de plantas e substratos disponíveis para a nidificação dos polistíneos,
se encontra na literatura e mesmo na cultura geral como este sendo um ambiente pobre. Pode-
se concluir que a área de Caatinga Xerófila apresenta oferta alimentar para grandes populações
de vespas sociais durante períodos chuvosos, gerando preferência pela respectiva área para
33
As espécies Apoica pallens, Chartegellus communis, Mischocyttarus rotundicollis,
maioria dos anos de estudo, foram considerados período chuvoso, devido à vegetação
altos índices de captura enquanto que setembro foi o mês que apresentou índices mais baixos
(Fig 12).
grande variação no total de indivíduos capturados por mês, onde janeiro de 2010 foi o mês com
dezembro de 2011 teve o maior registro de abundância (127 indivíduos), enquanto que a Mata
Ciliar apresentou no mês de janeiro de 2010 o maior número de indivíduos coletados (69
espécimes foram coletados até o final da amostragem (outubro), este ano correspondeu ao ano
com menor índice de pluviosidade entres os anos deste estudo com a pluviosidade acumulada
de 431,2 mm. Enquanto que o ano de 2011 foi o mais abundante com a captura de 487
indivíduos e com índice de 937,8 mm de pluviosidade acumulada para o ano (Tabela 6).
34
Tabela 6 Índices de pluviosidade acumulada durante o período de amostragem de Polistinae (Vespidae) e números
de indivíduos coletados em cada ano na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB.
Ano Pluviosidade acumulada1 Indivíduos coletados
2009 1322,5 mm 15
(nov-dez)
2010 653,1 mm 324
2011 937,8 mm 487
2012 271,4 mm 103
20132 431,2 mm 29
1. Pluviosidade acumulada durante os doze meses do ano.
2. No ano de 2013 a pluviosidade só foi analisada até o mês de outubro.
sociais coletados: setembro de 2010, abril de 2011, junho e outubro de 2012 e janeiro, abril e
setembro de 2013, estes resultados podem estar associados ao baixíssimo nível de chuvas para
de 2011, esses dados aparentemente refletem um grande aumento populacional logo após o
início das chuvas, porém os picos de coletas que ocorreram em agosto e dezembro de 2011 em
somente uma das áreas podem estar associados ao fenômeno de revoada, ou trânsito entre
vespas que é intensa durante a estação chuvosa e diminui significativamente durante a estação
35
Fig 12 Variação mensal no número total de indivíduos em Caatinga Xerófila (CAA) e Mata Ciliar (CIL) coletados com armadilha Malaise e pluviosidade na Fazenda Tamanduá, Santa
Teresinha-PB, no período de novembro de 2009 à outubro de 2013.
120
250
Número de indivíduos por mês
80
150
60
100
40
50
20
0 0
MAI
SET
MAI
SET
MAI
SET
MAI
SET
FEV
MAR
FEV
MAR
FEV
MAR
FEV
MAR
DEZ
ABR
DEZ
ABR
DEZ
ABR
DEZ
ABR
OUT
NOV
JUL
JUL
OUT
JUL
OUT
JUL
OUT
JAN
JUN
AGO
NOV
JAN
JUN
AGO
NOV
JAN
JUN
AGO
NOV
JAN
JUN
AGO
Chuvoso Seco Chuvoso
Fonte: Dados de pluviosidade: Estação meteorológica da Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha, Paraíba.
36
A espécie mais abundante, Polybia ignobilis, também apresentou grande variação no
indivíduos e apenas 208 indivíduos na Mata Ciliar. Esta apresentou picos de abundância para
as duas áreas amostradas porém, logo após períodos chuvosos, é notável a preferência desta
Fig 13 Variação mensal no número total de indivíduos da espécie Polybia ignobillis em Caatinga Xerófila (CAA)
e Mata Ciliar (CIL) coletados com armadilhas do tipo Malaise na Fazenda Tamanduá, Santa Teresinha-PB, no
período de novembro de 2009 à outubro de 2013.
140 300
Número de indivíduos capturados por mês
20 50
0 0
JAN
JUL
JAN
JUL
JAN
JUL
JAN
JUL
MAI
MAI
MAI
MAI
MAR
NOV
SET
MAR
NOV
SET
MAR
NOV
SET
MAR
NOV
SET
Oito novas ocorrências de espécies de vespas sociais na Paraíba foram registradas neste
estado de 12 para 20 registros (Andena & Carpenter, 2014). Este aumento pode ser uma
indicação de que a riqueza é provavelmente mais elevada na região estudada e que pode haver
37
Na compilação de vespas sociais para a região semiárida, Andena & Carpenter (2014),
fizeram a análise de coleções biológicas e registraram 76 espécies para toda região semiárida
Protopolybia diligens (Smith, 1857) segundo Santos Junior et al., 2015, sua distribuição
anterior era restrita a Colômbia, Peru e Brasil (Amazonas, Maranhão e Pará). Decorrente disso
compararmos com um estudo faunístico em área de floresta amazônica, no qual foram coletadas
indivíduos, nenhum estudo anterior retratou a amostragem de vespas sociais da Caatinga através
Caatinga. Este autor também observou que na “Caatinga Xerófila” houve uma maior
maior riqueza de espécies foi encontrada por Santos et al., 2009, que registrou 17 espécies em
38
Tabela 7 Trabalhos publicados sobre vespas sociais em região semiárida e quantidade de espécies registradas e no
presente estudo.
Trabalhos Espécies Localidade Método de Coleta
Presente estudo 15 Paraíba Malaise
Santos et al., 2006 13 Bahia Coleta ativa
Santos et al., 2007 9 Bahia Coleta ativa
Aguiar & Santos, 2007 13 Bahia Coleta ativa
Santos et al., 2009 17 Bahia Busca por ninhos
Rocha & Silveira, 2014 12 Piauí Coleta ativa e busca
por ninhos
Andena & Carpenter, 20141 76 Nordeste -
Melo et al., 2015 8 Bahia Coleta ativa
1. Este trabalho refere-se a uma compilação de vespas com base em levantamentos de coleções entomológicas de
todo o nordeste do país.
seletividade. A condição generalista das vespas sociais confere a estes insetos a propriedade de
não depender de um recurso específico, fazendo com que esses insetos evitem aquelas fontes
O estudo que mais se assemelhou a este foi o de Rocha & Silveira (2014), de acordo
do Piauí, apesar de metodologia e esforço de coleta divergente (busca ativa por ninhos), o
permitem sugerir que a riqueza da subfamília Polistinae é semelhante a de outras áreas da região
semiárida.
39
Fig 14 Diagrama de similaridade (índice de Jaccard) entre espécies de Polistinae (Vespidae)
registradas em trabalhos anteriores realizados na Caatinga e no presente estudo.
Santa Teresinha, PB
Santos et al., 2009
Presente estudo
Itatim, Itaberaba,
Itatim, BA
Milagres, BA
Ibipeba, BA
Itatim, BA
Ipirá, BA
Similariade
registrou duas novas espécies de vespas sociais para o estado da Paraíba: Mischocyttarus
cearensis e Polistes simillimus. A ocorrência desta última no semiárido paraibano foi também
adversas, como as florestas secas (Santos, 2000). Assim, estas espécies são importantes na
40
estruturação das comunidades que são tidas como menos complexas, uma vez que o ambiente
A maior riqueza de espécies para o gênero Polybia, relatado neste estudo, corrobora com
outros levantamento de dados realizados em outras regiões brasileiras (Diniz & Kitayama,
1994; Elpino-Campos et al., 2007; Silva & Silveira, 2009; Grandinete & Noll, 2013; Barbosa
et al., 2014). Esse fato pode estar relacionado com o número de espécies que compõem o grupo
(57 espécies, das quais 44 são registrados no Brasil), a abundância de membros de cada colônia,
e sua distribuição, que vai dos Estados Unidos à Argentina, e é considerado o gênero mais
frequente de vespas sociais na América do Sul (Jeanne, 1991; Carpenter et al., 2000; Carpenter
estudo pode ser explicada por estas espécies possuírem colônias populosas o que faz sua
abundância mais elevada do que o das espécies com fundação independente de ninhos, quando
colônias são fundadas por poucas fêmeas. Esta quantidade se torna decisiva no que diz respeito
a exploração dos recursos, por exigirem grandes quantidades de alimentos, uma vez que suas
com as teorias que tentam explicar o comportamento de forrageamento, se tem sugerido que
grandes grupos de indivíduos são mais bem sucedidos em encontrar recursos que indivíduos
isolados em ambientes hostis (Krebs & Davies, 1997). Além disto, vespas enxameadoras
apresentam marcado polietismo para executar tarefas altamente especializadas, o que aumenta
Outra possível explicação para a constância das espécies de Epiponini está relacionada
com a sua capacidade de produção de mel, uma vez que estas espécies podem armazenar
41
recursos alimentares de forma mais eficiente do que as espécies de Polistini e Mischocyttarini
degradadas porém, área estudada ainda preserva de melhor forma o que se conhece na região.
Por outro lado, podemos compreender que em uma região semiárida as áreas com
pelo homem e os processos de degradação atrelados às atividades humanas nessas áreas fazem
que exerce papéis ecológicos essenciais na dinâmica dos ecossistemas naturais, sejam como
ainda exercendo importantes papéis ainda pouco explorados no fluxo gênico de espécies
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os dados aqui apresentados demonstraram que, além de fatores intrínsecos para cada
vespas sociais pode ser influenciada por fatores ambientais, como a estrutura da vegetação local,
Este estudo também contribui para a possibilidade de utilização de um método não usual
42
ativos em voo no ambiente, por longos períodos de amostragem, contribuindo para o estudo da
variação sazonal destes taxa, além de ser uma abordagem alternativa e eficiente na captura
destes insetos, se comparados aos resultados de outros estudos com diferentes métodos de
captura, como busca ativa de indivíduos ou ninhos no mesmo ambiente (por exemplo: Santos
et al., 2006; Rocha & Silveira, 2014 e Melo et al., 2015). Os resultados obtidos com armadilhas
entre os períodos secos e chuvosos na área de Mata Ciliar, corroboram a ideia proposta por
Zanella (2008) para abelhas, de que os ambiente mésicos, como as florestas ciliares, funcionam
Caatinga. Este tipo de estudo também pode demonstrar o potencial crescente do interesse sobre
O conhecimento gerado neste estudo pode ser utilizados para o monitoramento das
condições ambientais da Fazenda Tamanduá, uma vez que as vespas sociais são organismos
ambiente pode ser utilizados para avaliar o estado de conservação desta área.
43
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ab’Saber AN (1977) Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul, por
ocasião dos períodos glaciais quaternários. Paleoclimas (Instituto de Geografia, Universidade
de São Paulo) 3: 1-19.
Aguiar CML, Santos GMM (2007) Compartilhamento de recursos florais por vespas sociais
(Hymenoptera: Vespidae) e abelhas (Hymenoptera: Apoidea) em uma área de Caatinga.
Neotropical Entomology 36 (6):836-842.
Barbosa BC, Paschoalini M, Prezoto F (2014) Temporal activity patterns and foraging behavior
by social wasps (Hymenoptera, Polistinae) on fruits of Mangifera indica L.
(Anacardiaceae). Sociobiology, 61: 239-242.
Brasil MA (1978) Estudos básicos para o levantamento agrícola: Aptidão agrícola das terras da
Paraíba. Brasília: Binagri, v.3, 1978. p.23.
Carpenter JM (2004) Synonymy of the genus Marimbonda Richards, 1978, with Leipomeles
Moebius, 1856 (Hymenoptera: Vespidae: Polistinae), and a new key to the genera of paper
wasps of the new world. Americam Museum Novitates, 3456: 1-16.
Carpenter JM, Marques OM (2001) Contribuição ao estudo dos vespídeos do Brasil. Salvador:
Universidade Federal da Bahia, 3. CD-ROM. Série Publicações Digitais.
Coe HHG, Sousa LOF (2014) The Brazilian Caatinga: Ecology and vegetal biodiversity of a
semi-arid region, p.81-103. In Dry Forests. Greer, FE (ed). Nova Science Publish Inc. New
York, 181 p.
Coimbra Filho AF, Câmara IG (1996) Os limites originais do bioma Mata Atlântica na região
Nordeste do Brasil. Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), Rio de
Janeiro.
Cruz JD, Giannotti E, Santos GMM, Bichara Filho CC, Rocha AA (2006) Nest site selection
and flying capacity of Neotropical wasp Angiopolybia pallens (Lepeletier, 1836)
(Hymenoptera-Vespidae) in the Atlantic Rain Forest, Bahia State, Brazil. Sociobiology 47 (3):
739-750.
Dejean A, Cordoba B, Carpenter JM (1998) Nesting site selection by wasp in the Guianese rain
forest. Insectes Soc 45: 33-41.
Diniz IR, Kitayama K (1994) Colony densities and preferences for nest habitats of same social
wasps in Mato Grosso State, Brazil (Hymenoptera, Vespidae). Journal of Hymenoptera
Research 3: 133-143.
44
Elisei T, Albuquerque FA, Andena SR, Martins CF (2015) New records of social wasps in the
state of Paraíba, Brazil. Check List 11(2):1600.
Grandinete YC, Noll FB (2013) Checklist of social (Polistinae) and solitary (Eumeninae) wasps
from a fragment of Cerrado Campo Sujo in the state of Mato Grosso
do Sul, Brazil. Sociobiology, 60: 101-106
Hosking GP (1979) Trap comparison in the capture of flying Coleoptera. New Zealand
Entomologist, Auckland, v. 7, p. 87-92.
Janzen DH (1973) Sweep samples of tropical foliage insects: effects of seasons, vegetation,
elevation, time of day and insulariy. Ecology 544: 687 - 701.
Jeanne RL (1991) The swarm-founding Polistinae; pp. 191–231. In Ross KG, Mathews RW
(eds.). The Social Biology of Wasps. Itaca: Comstock.
Krebs JR, Davies NB (1997) Behavioural Ecology: an Evolutionary Approach. 4th ed. Oxford:
Wiley-Blackwell. 464 pp.
Krol MS, Jaeger A, Bronstert A, Krywkow J (2001) The semi-arid integrated model (SIM), a
regional integrated model assessing water availability, vulnerability of ecosystems and society
in NE-Brazil. Phys Chem (B), Vol. 26, No. 7-8, pp. 529-533.
Leal IR, Silva JMC, Tabarelli M and Lacher-Junior TE (2005) Mudando o curso da conservação
da biodiversidade na caatinga do Nordeste do Brasil. Megadiversidade 1(1): 139–146.
Melo AC, Barbosa BC, Castro MM, Santos GMM, Prezoto F (2015) The social wasp
community (Hymenoptera, Vespidae) and new distribution record of Polybia ruficeps in an area
of Caatinga Biome, northeastern Brazil. Check List 11(1): 1530.
Melo AC, Santos GMM, Cruz JD, Marques OM (2005) Vespas sociais (Vespidae); pp. 243–
257, In Juncá FA, Funch L, Rocha W (eds.). Biodiversidade e conservação da Chapada
Diamantina. vol. XIII. Brasília: Ministério do Meio Ambiente.
Morato EF, Amarante ST, Silveira OT (2008) Avaliação ecológica rápida da fauna de vespas
(Hymenoptera: Aculeata) do Parque Nacional da Serra do Divisor, Acre, Brasil. Acta
Amazonica 38: 789–798.
Prado DE & GIBBS PE (1993) Patterns of species distributions in the dry seasonal Forest of
South America. Ann. Miss. Botan. Garden 80: 902-927.
45
Prezoto F (1999) A importância das vespas como agentes no controle biológico de pragas.
Revista Biotecnologia, Ciência & Desenvolvimento, v. 2, n. 9, p. 24-26.
Real LA (1981) Uncertainty and pollinator-plant interactions: the foraging behavior of bees and
wasps on artificial flowers. Ecology 62 (1): 20-26.
Rizzini CT (1997) Tratado de fitogeografia do Brasil. 2ª Edição. Âmbito Cultural Edições Ltda,
Rio de Janeiro.
Rocha AA, Silveira OT (2014) Current Knowledge of the social wasps (Hymenoptera:
Vespidae) in the State of Piauí, Brazil. EntomoBrasilis, 7 (2): 167-170.
Sampaio EVSB (1995) Overview of the Brazilian Caatinga. In Seasonally dry forests. Bullock
SH, Mooney HA and Medina E (Eds.), pp 35-63. Cambridge University Press, London.
Santos GMM, Gobbi N (1998) Nesting habits and colonial productivity of Polistes canadensis
canadensis (L.) (Hymenoptera - Vespidae) in a caatinga area, Bahia State - Brazil. J Adv Zool
19: 63-69.
Santos GMM, Aguiar CML, Gobbi, N (2006) Characterization of the social wasp guild
(Hymenoptera: Vespidae) visiting flowers in the caatinga; Itatim, Bahia, Brazil. Sociobiology,
v. 47, n. 2, p. 483-494.
Santos GMM, Bichara Filho CC, Resende JJ, Cruz JD, Marques OM (2007) Diversity and
community structure of social wasps (Hymenoptera, Vespidae) in three ecosystems in Itaparica
Island, Bahia State, Brazil. Neotrop Entomol 36: 180-185.
Santos GMM, Bispo PC, Aguiar CML (2009) Fluctuations in richness and abundance of social
wasps during the dry and wet seasons in three phyto-physiognomies at the tropical dry forest of
Brazil. Community and Ecosystem Ecology, 38 (6):1613-1617.
Santos Junior JNA, Silveirta TO, Carpenter JM (2015) Phylogeny of Protopolybia Ducke, 1905
and taxonomic revision of the Protopolybia exigua species-group (Hymenoptera: Vespidae,
Polistinae), with description of four new species. Zootaxa 3956 (2): 151 – 182.
Silva JMC, Tabarelli M, Fonseca MT, Lins LV (2004) Biodiversidade da Caatinga: áreas e
ações prioritárias para a conservação. Ministério do Meio Ambiente, Brasília.
46
Silva S, Silveira OT (2009) Vespas sociais (Hymenoptera, Vespidae, Polistinae) de floresta
pluvial Amazônica de terrafirme em Caxiuanã, Melgaço, Pará. Iheringia, Ser. Zool., 99:317-
323.
Souza MM, Louzada J, Serrao JE, Zanuncio JC (2010) Social wasps (Hymenoptera: Vespidae)
as indicators of conservation degree of Riparian Forests in Southeast Brazil. Sociobiology, 56:
387-396.
Wenzel JW (1991) Evolution of nest architecture, p.480-519. In Ross KG, Matthews RW (eds)
The social biology of wasps. Ithaca, Cornell University, 678p.
Wolda H (1988) Insect seasonality: Why? Annual Review Ecology, Evolution and Systematic.
19: 1 - 18.
Zanella FCV (2003) Abelhas da Estação Ecológica do Seridó (Serra Negra do Norte, RN):
aportes ao conhecimento da diversidade, abundância e distribuição espacial das espécies na
caatinga, p 231-240. In Melo GAR, Alves-dos-Santos I. Apoidea Neotropica: Homenagem aos
90 anos de Jesus Santiago Moure. Criciúma: Editora UNESC.
47
ANEXO
Neotropical Entomology
Instructions for Authors
Manuscript Submission
Submission of a manuscript implies: that the work described has not been published before; that it is not
under consideration for publication anywhere else; that its publication has been approved by all co - authors, if
any, as well as by the responsible authorities – tacitly or explicitly – at the institute where the work has been
carried out. The publisher will not be held legally responsible should there be any claims for compensation.
Permissions
Authors wishing to include figures, tables, or text passages that have already been published elsewhere
are required to obtain permission from the copyright owner(s) for both the print and online format and to
include evidence that such permission has been granted when submitting their papers. Any material received
without such evidence will be assumed to originate from the authors.
Online Submission
Authors should submit their manuscripts online. Electronic submission substantially reduces the editorial
processing and reviewing times and shortens overall publication times. Please follow the hyperlink “Submit
online” on the right and upload all of your manuscript files following the instructions given on the screen.
Sections
Submissions to the following sections will be taken into consideration:
‘Forum’, ‘Ecology, Behavior and Bionomics’, ‘Systematics, Morphology and Physiology’, ‘Biological Control’,
‘Pest Management’, ‘Public Health’, ‘Scientific Notes’.
Title Page
The title page should include:
o The section to which your article belongs to.
o A concise and informative title.
o The name(s) of the author(s) – left-justified below the title; only initials of the first and middle names of
authors are provided followed by their last names in full. Names of different authors are separated by a comma.
Do not use “and” or “&” to separate different authors.
o The affiliation(s) of the author(s).
o The complete name, the regular and e-mail addresses, telephone and fax numbers of the
corresponding author only.
o A running title no longer than 65 characters.
Abstract
Please provide a one-paragraph long abstract of up to 250 words. The abstract should not contain any
undefined abbreviations or unspecified references.
Keywords
Please provide 4 to 6 keywords which can be used for indexing purposes.
Text
Text Formatting
48
Manuscripts should be submitted in Word.
o Set page as A4 size and margins at 2.5 inches.
o Use a normal, plain font (e.g., 12-point Times Roman) for text.
o Lines must be double spaced.
O The name of insect and mite species must be written in full and followed by the species author when
first mentioned in the Title, Abstract and Main Text.
o Use italics for emphasis.
o Use the automatic page numbering function to number the pages.
o Do not use field functions.
o Use tab stops or other commands for indents, not the space bar.
o Use the table function, not spreadsheets, to make tables.
o Use the equation editor or MathType for equations.
o Note: If you use Word 2007, do not create the equations with the default equation editor but use the
Microsoft equation editor or MathType instead.
o Save your file in doc format. Do not submit docx files.
Headings
Please use no more than three levels of displayed headings. Headings in bold, sub-headings of the second
level in roman, and level 3 sub-headings in italic font type.
Abbreviations
Abbreviations should be defined at first mention and used consistently thereafter.
Scientific Names
Write scientific names in full, followed by the author’s name (for insect and mite species), whenever they
first appear in the Abstract and Main text. Names should also be listed in full at the beginning of a paragraph or
sentence. E.g., Spodoptera frugiperda (J.E. Smith). Use the abbreviated generic name (e.g., S. Frugiperda) in the
rest of the paper, except in tables and figures, where the name should be in full.
Footnotes
Footnotes can be used to give additional information, which may include the citation of a reference
included in the reference list. They should not consist solely of a reference citation, and they should never
include the bibliographic details of a reference. They should also not contain any figures or tables. Footnotes to
the text are numbered consecutively; those to tables should be indicated by superscript lower-case letters (or
asterisks for significance values and other statistical data). Footnotes to the title or the authors of the article are
not given reference symbols.
Always use footnotes instead of endnotes.
Acknowledgments
Acknowledgments of people, grants, funds, etc. should be placed in a separate section before the
reference list. The names of funding organizations should be written in full.
References
Citation
Cite references in the text by name and year in parentheses. References to more than one publication are
chronologically ordered, separated by commas. Use ‘&’ for two authors and italicized ‘et al’ for more than two
authors. Some examples:
Negotiation research spans many disciplines (Panizzi 1990). This result was later contradicted by Parra & Zucchi
(2006).
This effect has been widely studied (Vilela 1991, Moscardi et al 1995, Frey da Silva & Grazia 2006, Moscardi
et al 2009).
Reference List
Type references in alphabetical order, one per paragraph, with no space between them. The authors’
49
last names are typed in full, followed by capital initials. Use a comma to separate the names of authors. Add the
reference year after the authors’ names, between parentheses. Always use the standard abbreviation of a
journal’s name according to the ISSN List of Title Word Abbreviations, see www.issn.org/2-22661-LTWA-
online.php. Please avoid citations of dissertations, theses and extension materials. Do not cite restricted-
circulation materials (such as institutional documentation and research reports), partial research reports or
abstracts of papers presented at scientific meetings.
o Journal article
Grosman AH, Janssen A, Brito EF, Cordeiro EG, Colares F, Fonseca JO, Lima ER, Pallini A, Sabelis MW
(2008) Parasitoid increases survival of its pupae by induzing hosts to fight predators. PLoS ONE
3(6):e2276. doi:10.1371/journal.pone.0002276
o Article by DOI
Warner KD (2011) Fighting pathophobia: how to construct constructive public engagement with
biocontrol for nature without augmenting public fears. BioControl doi:10.1007/s10526-011-9419-x
o Book
Carey J R (1993) Applied demography for biologists with special emphasis on insects. New York, Oxford
University Press, Inc, 206p.
o Book chapter
Datnoff LE, Seebold KW, Correa FJ (2001) The use of silicon for integrated disease management reducing
fungicide applications and enhancing host plant resistance, p.209-219. In Datnoff LE, Snyder GH,
Korndorfer GH (eds) Silicon in agriculure. Amsterdam, Elsevier Science, 403p.
o Online document
Monteiro RC, Lima EFB (2011) Thysanoptera of Brazil. http://www.lea.esalq.usp.br/thysanoptera/.
Accessed 25 November 2011.
o Dissertation
Nihei SS (2004) Sistemática e biogeografia de Muscini (Diptera, Muscidae). PhD. Thesis, Universidade
Federal do Paraná.
Tables
All tables are to be numbered using Arabic numerals.
Tables should always be cited in text in consecutive numerical order.
For each table, please supply a table caption (title) explaining the components of the table.
Identify any previously published material by giving the original source in the form of a reference at the end of
the table caption.
Footnotes to tables should be indicated by superscript lower-case letters (or asterisks for significance values
and other statistical data) and included beneath the table body.
Artwork
For the best quality final product, it is highly recommended that you submit all of your artwork –
photographs, line drawings, etc. – in an electronic format. Your art will then be produced to the highest
standards with the greatest accuracy to detail. The published work will directly reflect the quality of the artwork
provided.
Halftone Art
Definition: Photographs, drawings, or paintings with fine shading, etc.
If any magnification is used in the photographs, indicate this by using scale bars within the figures
themselves.
Halftones should have a minimum resolution of 300 dpi.
Combination Art
Definition: a combination of halftone and line art, e.g., halftones containing line drawing, extensive lettering,
color diagrams, etc.
Combination artwork should have a minimum resolution of 600 dpi.
Color Art
Color art is free of charge for online publication.
If black and white will be shown in the print version, make sure that the main information will still be visible.
Many colors are not distinguishable from one another when converted to black and white. A simple way to
check this is to make a xerographic copy to see if the necessary distinctions between the different colors are
still apparent.
If the figures will be printed in black and white, do not refer to color in the captions. Color illustrations should be
submitted as RGB (8 bits per channel).
Figure Lettering
To add lettering, please use Calibri font only.
Keep lettering consistently sized throughout your final-sized artwork, usually about 2–3 mm (8–12 pt). Variance
of type size within an illustration should be minimal, e.g., do not use 8-pt type on an axis and
20-pt type for the axis label.
Avoid effects such as shading, outline letters, etc.
Do not include titles or captions within your illustrations.
Figure Numbering
All figures are to be numbered using Arabic numerals.
Figures should always be cited in text in consecutive numerical order. Figure parts should be denoted by
lowercase letters (a, b, c, etc.).
If an appendix appears in your article and it contains one or more figures, continue the consecutive numbering
of the main text. Do not number the appendix figures, "A1, A2, A3, etc." Figures in online appendices (Electronic
Supplementary Material) should, however, be numbered separately.
Figure Captions
Each figure should have a concise caption describing accurately what the figure depicts. Include the captions
in the text file of the manuscript, not in the figure file.
Figure captions begin with the term Fig followed by a space and the figure number, both in roman type (e.g.,
Fig 1). No punctuation is to be included after the number.
Identify all elements found in the figure in the figure caption; and use boxes, circles, etc., as coordinate points
in graphs.
Identify previously published material by giving the original source in the form of a reference citation at the end
of the figure caption.
51
Figure Placement and Size
When preparing your figures, size figures to fit in the column width.
Figures should be 39 mm, 84 mm, 129 mm, or 174 mm wide and not higher than 234 mm
Permissions
If you include figures that have already been published elsewhere, you must obtain permission from the
copyright owner(s) for both the print and online format. Please be aware that some publishers do not grant
electronic rights for free and that Springer will not be able to refund any costs that may have occurred to receive
these permissions. In such cases, material from other sources should be used.
Accessibility
In order to give people of all abilities and disabilities access to the content of your figures, please make sure
that:
o All figures have descriptive captions (blind users could then use a text-to-speech software or a text- to-
Braille hardware)
o Patterns are used instead of or in addition to colors for conveying information (color -blind users
would then be able to distinguish the visual elements)
o Any figure lettering has a contrast ratio of at least 4.5:1
Submission
Supply all supplementary material in standard file formats.
Please include in each file the following information: article title, journal name, author names; affiliation and e-
mail address of the corresponding author.
To accommodate user downloads, please keep in mind that larger-sized files may require very long download
times and that some users may experience other problems during downloading.
Spreadsheets
Spreadsheets should be converted to PDF if no interaction with the data is intended.
If the readers should be encouraged to make their own calculations, spreadsheets should be submitted as .xls
files (MS Excel).
Specialized Formats
Specialized format such as .pdb (chemical), .wrl (VRML), .nb (Mathematica notebook), and .tex can also
be supplied.
Numbering
If supplying any supplementary material, the text must make specific mention of the material as a citation,
similar to that of figures and tables.
52
Refer to the supplementary files as “Online Resource”, e.g., "... as shown in the animation (Online Resource
3)", “... additional data are given in Online Resource 4”. Name the files consecutively, e.g. “ESM_3.mpg”,
“ESM_4.pdf”.
Captions
For each supplementary material, please supply a concise caption describing the content of the file
Accessibility
In order to give people of all abilities and disabilities access to the content of your supplementary files, please
make sure that:
o The manuscript contains a descriptive caption for each supplementary material.
o Video files do not contain anything that flashes more than three times per second (so that users prone
to seizures caused by such effects are not put at risk).
After acceptance
Upon acceptance of your article you will receive a link to the special Author Query Application at
Springer’s web page where you can sign the Copyright Transfer Statement online and indicate whether you
wish to order OpenChoice, offprints, or printing of figures in color.
Once the Author Query Application has been completed, your article will be processed and you will receive
the proofs.
Open Choice
In addition to the normal publication process (whereby an article is submitted to the journal and access to that
article is granted to customers who have purchased a subscription), Springer provides an alternative
publishing option: Springer Open Choice. A Springer Open Choice article receives all the benefits of a regular
subscription-based article, but in addition is made available publicly through Springer’s online platform
SpringerLink. We regret that Springer Open Choice cannot be ordered for published articles.
Copyright transfer
Authors will be asked to transfer copyright of the article to the Publisher (or grant the Publisher exclusive
publication and dissemination rights). This will ensure the widest possible protection and dissemination of
information under copyright laws.
Open Choice articles do not require transfer of copyright as the copyright remains with the author. In opting
for open access, they agree to the Springer Open Choice Licence.
Offprints
Offprints can be ordered by the corresponding author.
Color Illustrations
Online publication of color illustrations is free of charge. For color in the print version, authors will be expected
to make a contribution towards the extra costs.
Proof Reading
The purpose of the proof is to check for typesetting or conversion errors and the completeness and accuracy
of the text, tables and figures. Substantial changes in content, e.g., new results, corrected values, title and
authorship, are not allowed without the approval of the Editor.
After online publication, no further changes can be made to the article. Scientific errors can be corrected
by means of an Erratum, which will be hyperlinked to the article.
53
Online First
The article will be published online after receipt of the corrected proofs. This is the official first
publication citable with the DOI. After release of the printed version, the paper can also be cited by issue
and page numbers.
54