You are on page 1of 8

A audição comprometida das crianças

Com acúmulo de secreções nos ouvidos, por causa de gripes e resfriados, a criança não ouve
bem e não aprende direito

Redação Crescer

Problemas de audição na infância são mais comuns do que os pais imaginam. Seis em cada dez crianças
em idade pré-escolar apresentam alguma perda auditiva, cuja origem não é congênita. A surdez parcial é
provocada, na maioria das vezes, pelo acúmulo de secreções produzidas por gripe, resfriado e infecções
nas vias respiratórias. "A criança não escuta bem porque essas secreções tapam o canal de comunicação
que liga o nariz e a garganta ao ouvido", explica o otorrinolaringologista Fernando Gosling, diretor-médico
da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Na escola
A criança que não ouve direito pode ter dificuldades para falar e aprender, e mostrar-se dispersa e
desatenta. Quando isso acontece, é mais fácil desconfiar de algum problema, mas nem sempre esses
sinais estão presentes.

Para prevenir
O teste da orelhinha que os recém-nascidos fazem na maternidade indica que a criança ouve, mas não
mede o quanto escuta. "Os pais não lembram de checar isso mais tarde, e a pouca audição pode levar a
distúrbios de aprendizagem", alerta Fernando Gosling. Criança que ouve pouco não entende os fonemas e
pode até ser considerada disléxica por dificuldades na leitura ou na escrita. "Filhos em idade pré-escolar
devem fazer uma audiometria. A maioria das perdas auditivas detectadas nesse exame é facilmente
corrigida", diz o médico.

Sinais de alerta
- Os pais devem considerar a hipótese de a criança ter um problema auditivo nas seguintes situações:

- Ela assiste TV em volume alto.

- Pergunta muito "hein?" e parece desinteressada ou distraída.

- Ronca à noite, um indício de problema na adenóide.

- Tem dificuldade para ler.

- Troca as letras com freqüência.

- Tem gripe e alergia respiratória constantes.

- Vive com as vias respiratórias congestionadas.


- Queixa-se de dor de ouvido.
confira também

 Dor de ouvido x obesidade

comentários

Este espaço ainda não tem nenhum comentário cadastrado. Seja o primeiro!

links patrocinados

Dor de ouvido x obesidade


Pesquisa mostra relação entre infecção crônica de ouvido e risco de excesso de peso

Ana Paula Pontes

Você sabia que existe uma relação entre obesidade e dor de ouvido? Durante uma convenção anual da
American Psychological Association, cientistas apresentaram estudos mostrando que pessoas que tiveram
histórico de otite moderada ou severa têm mais chance de ser obesas. A explicação estaria no paladar
alterado por conta da infecção, o que faria com que elas acabassem optando por alimentos mais
gordurosos.

Essa pesquisa, no entanto, ainda está no início, e o que os especialistas vêem na prática é a formação da
secreção no ouvido da criança obesa por conta das alterações que o organismo dela sofre por causa do
distúrbio. “O catarro no ouvido da criança abafa a audição e se não for cuidado pode evoluir para uma
otite crônica”, diz José Antonio Pinto, otorrinolaringologista do Hospital São Camilo.

Outro estudo abordado na convenção americana diz que meninas que retiraram as amídalas têm 30%
mais risco de ter excesso de peso. “Todo médico deve orientar os pais de crianças que vão realizar
cirurgia para retirada de adenóide e amídalas para adotar uma dieta balanceada após o procedimento,
com acompanhamento de uma nutricionista”, diz Olavo de Godoy Mion, otorrinolaringologista do Hospital
Santa Catarina. Isso porque, depois da cirurgia, as crianças passam a sentir o cheiro e o gosto da comida,
o que pode fazer com que ela coma mais, levando a um distúrbio alimentar. Geralmente, crianças com
problemas de adenóide têm problemas para ganhar peso.

comentários

Ana Paula Guisso - Foz do Iguaçu/PR | 15/09/2008 12:02

Na verdade gostaria de saber só sbre a dor de ouvido, minha filha de 4 anos e 8 meses, ela
vive reclamando que sente muita dor no ouvido, e também, que não está escutando direito,
quase sempre pra ela escutar tenho que falar gritando com ela, a televisão tem que ficar num
volume bem alto. Já levei ela num otorringo, más, ele disse que ela só está com ouvido
entupido me deu um remédio chamado CERUMIN, e ainda assim ela continua reclamando, oque
mais posso fazer neste caso? Gostaria muito que vocês me dessem um auxílio.muito obrigado
desde já pela sua atenção.

Cuidados na hora da compra

Brinquedo ‘pirata’ barulhento: risco à audição

Todos nós estamos cansados de ouvir aquele ditado de que “o barato sai caro”. Esse conselho não surgiu
à toa e pode ser aplicado em algumas questões infantil. Te pergunto, mamãe: você já comprou um
brinquedo de camelô ao seu filho?

Realmente as crianças adoram ganhar brinquedos, mas precisamos estar atentos aos riscos de
segurança e saúde que “essas lembrancinhas” podem trazer. Os pais podem achar vantajoso
economizar R$ 20 reais na hora da compra, mas essa tática pode custar uma enorme dor de cabeça
futuramente.

Uma pesquisa realizada pela fonoaudióloga Pricila Sleifer, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre,
mostrou que brinquedos sonoros ilegais geralmente emitem um barulho acima do permitido pela lei, que é
de 85 decibéis.

A Organização Mundial da Saúde anuncia que um barulho de 70 decibéis já é desagradável para o ouvido
humano. Acima de 85 decibéis ele começa a danificar o mecanismo que permite a audição.

O uso contínuo de um brinquedo com esse volume pode danificar a audição da criança de zero a três
anos, cujas alterações são irreversíveis, prejudicando também o desenvolvimento da fala e o aprendizado
de um modo geral.

Percebeu o tamanho do problema? Na natureza poucos ruídos atingem 85 decibéis, com ressalva das
trovoadas, das grandes cachoeiras e das explosões vulcânicas.

A fonoaudióloga relatou que um carrinho de polícia “pirata” chegou a registrar 123,6 decibéis. Sabe
quanto isso representa? O som de uma moto-serra geralmente atinge 100 decibéis, enquanto uma
britadeira alcança a marca de 110 decibéis.

Selo de qualidade - A maioria dos brinquedos vendidos em camelôs não tem selo de garantia de
qualidade do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e da Abrinq
(Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).

Esse selo garante que os brinquedos não trazem risco para a segurança e saúde da criança, pois
passaram por diversos testes ante de chegar ás prateleiras.

Os principais testes feitos pelo Inmetro para conferir a segurança do brinquedo são:
a- Ruído, onde se verifica o nível de ruído do brinquedo, se está dentro dos limites estabelecidos na
legislação.

b - Mordida, que visa descobrir se o brinquedo pode gerar partes pequenas, pontas perigosas ou partes
cortantes quando arrancadas pela boca.

c - Tração, verificando a possibilidade do surgimento de ponta perigosa e do risco da criança cair sobre
esta ponta.

d - Químico, onde se analisa a presença de metais pesados nocivos à saúde.

e - Inflamabilidade, testando se o produto entra em combustão rapidamente e se o fogo se espalha pelo


corpo da criança, caso passe com o brinquedo perto do fogo.

f- De impacto / queda para verificar o possível surgimento de partes pequenas e/ou cortantes, pontas
agudas ou algum mecanismo interno acessível à criança.

Dicas

Reflita bem, o barato pode sair caro. Um brinquedo mais barato sem garantia pode prejudicar a saúde e
segurança do bem mais precioso que você tem: seu filho.

Leia com atenção todas as instruções da embalagem do brinquedo. Todo brinquedo tem suas
especificações e faixa etária adequada.

Evite brinquedos barulhentos, porque ele pode não só prejudicar o ouvidinho do seu filho como pode
encher a paciência da famílias.

Bruno Rodrigues
Pesquisar

You might also like