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A 5.' geração do Clio mostra que a Renaut sabe ouvir críticas. O estilo não é
revolucionário, mas tudo o resto é novo, da plataforma aos motores, passando
pelo habitáculo. Depois de falar com os técnicos, a conclusão é clara: este
automóvel 'toca' urna música diferente...
por FRANCISCO MOTA
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RENAULT
CLIO V
O que é o plano
'Drive The Future'?
> A Renault prossegue um compromisso que
teve início em 2017 e continuará até 2022. Até
lá, o Grupo lançará 12 modelos eletrificados,
sendo o Clio o primeiro, com uma versão híbrida
que associa o 1.6 TCe a um motorlalternador e
a uma bateria de 1,2 kWh. Segundo informações
públicas, mas não oficiais, esta versão poderá
ter 126 cv e uma autonomia de 5 km em modo
100% elétrico, fazendo baixar consumos e
emissões em cerca de 40%. Deste plano faz
parte a conetividade de todos os modelos e a
aplicação de tecnologias de condução autónoma,
em diferentes níveis, algo em que o Clio V
também será pioneiro.
Os manípulos
o* sentes para perceber que foi no in- está posicionado mais alto e ligeira- das portas mentos é inteiramente digital e está dis-
terior que o Clio mais evoluiu. «Foi cria- mente virado para o condutor. Tem traseiras ponível em versões de 7 ou 10", sendo
da uma task force para definir o novo muito maior contraste que no Clio atual continuam configurável em três grafismos:
interior, tendo em atenção as críticas dos e maior proteção antirreflexo, além de dissimulados (Eco/Sport/Individual), que são coor-
clientes, as críticas da imprensa e ou- mais espaço entre os ícones, para faci- com os vidros, mas denados com os modos de condução do
tras», admitiu Laurens van den Acker, litar a seleção em andamento. Pode ser têm muito melhor Multi Sense.
provando que a Renault sabe ouvir. As- conectado à Internet, naquilo que a acabamento A posição de condução é claramen-
sim nasceu o conceito de smart cockpit marca apresenta como Easy T ánk. te melhor, pela localização mais alta
que pode parecer apenas mais um nome O volante é mais pequeno e tem maior do consola central, que traz a alavanca
inventado pelo Marketing, mas que aca- amplitude de regulações, o topo foi li- da caixa para mais perto do volante, ape-
ba por englobar muita coisa. geiramente aplainado para melhorar a sar de até ser mais curta. Os bancos, her-
O tablier é marcado por linhas hori- visibilidade e, nas versões com caixas dados do Mégane, são um progresso
zontais que sublinham a maior largu- EDC, as patilhas estão mais baixas do enorme, com o assento mais comprido,
ra, o monitor central de 9,3" é maior e que no Mégane. O painel de instru- costas mais anatómicas e maiores apoios
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E 3 CM MAIS BAIXO
DO QUE O MODELO
DA ATUAL GERAÇÃO
laterais. São mais confortáveis e susten- 12 mm e a tampa do porta-luvas 17 sai do menu do monitor. A consola pas-
tam melhor o corpo. Além disso, têm a mm, para dar mais espaço aos joelhos, sa a ter carregamento indutivo para
face traseira escavada para aumentar o nos lugares da frente. smartphones compatíveis, tomadas
espaço para as pernas dos passageiros A qualidade subiu consideravelmen- USB e travão de mão elétrico, além de
do banco traseiro. te, com a zona superior do tablier e das um bom porta-objetos. As bolsas das
A maior sensação de espaço é eviden- portas da frente em material macio, se- portas também aumentaram dos insu-
te, tanto à frente como atrás, sobretu- guido, logo abaixo, por uma faixa per- ficientes quatro litros para os 6,6 litros
do em comprimento, com mais 25 mm sonalizável em oito ambientes diferen- enquanto o porta-luvas leva agora mais
nos lugares de trás, mas também em lar- tes. As frágeis grelhas da climatização, quatro litros, chegando aos 26 litros.
gura que a Renault anuncia ter aumen- A assinatura tantas vezes criticadas no atual Clio, de-
tado em 26 mm, com os anteriores e vo- luminosa dos faróis sapareceram de vez. Sob o monitor ver- Atenção aos detalhes
lumosos apoios de braços das portas a dianteiros em "C' tical, há um teclado de botões físicos O puxador camuflado das portas tra-
diminuirem de tamanho. A proteção da Renault para algumas funções e três grandes seiras tem um tato melhor mas o aces-
inferior da coluna de direção avançou chega ao Clio rotativos para a climatização, que assim so aos lugares traseiros obriga a ter
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Til s. TOP DA SEMANA C Dois níveis de equipamento novos: R.S. Line e Initiale Paris
•
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com costuras a vermelho e pedais com algumas mudanças. A maior será o for-
capas em alumínio. A Initiale Paris, mato dos faróis 100% I.ED com
mais luxuosa, conta com croma- assinatura luminosa em «C» que
dos exteriores específicos, jan- dá ao Clio uma aparência pró-
tes de 17", também específi- _ , s xima à do Mégane.
cas, bancos e volantes forrados O teto mais baixo atrás do
a couro especial e dois am- que à frente e os ombros des-
bientes exclusivos para o ha- tacados sobre as rodas trasei-
bitáculo. ras são traços que continuam
do anterior Clio, juntando-se Primeira geração do Clio lançada em 1990
Estilo evolutivo a farolins mais esguios com
Laurens van den Acker nun- efeito 3D e uma maior atenção
ca iria deixar o complexo de Mor- à colocação de elementos deco-
tefontaine antes de falar em detalhe rativos, como frisos cromados ou
sobre o estilo exterior do Clio V, ape- acetinados. •
sar de assumir que «se trata de uma
evolução, pois o desenho ainda conti- Falta guiar o novo Clio para ficar com uma vi-
nua a agradar aos clientes, sete anos de- são completa desta nova geração. Mas, dada
pois». Para-choques a reputação da Renault nessa área, não será Oito anos após o Clio 1 chegou o sucessor
A grelha maior, as nervuras no capot, traseiro com por aí que o novo utilitário desiludirá. Neste 1.°
a abertura central no para-choques, os
defletores de ar nas cavas das rodas da
extrator e jantes
de 17" específicas
contacto estático, exclusivo para membros do
Car Of The Year (COTY), ficou claro, na con-
Sucessolsi
frente, que contribuem para um coefi-
ciente de resistência ao avanço (Cx mul-
na versão R.S. Line versa com os vários técnicos presentes que o
Clio V está muito hem preparado para conti-
desde 1990
tiplicado pela área frontal) de 0,640 são nuar a dar música à concorrência. > Sucedendo ao Super 5, a 1.0 geração do Clio
revolucionou a posição da marca no segmento B,
quando foi apresentado em 1990. «Grandes para
quê?» era a assinatura da campanha de
lançamento, refletindo um posicionamento acima
da norma entre os rivais. A plataforma era uma
evolução da usada no Super 5, por sua vez herdada
do R9 e do R11.
A 2.° geração foi lançada em 1998 e apostava
tudo no aumento da habitabilidade e do conforto
de rolamento, com uma plataforma nova que
incluía novos materiais, como os guarda-lamas
R.S. LINE PASSA dianteiros em plástico. A 3.° geração, de 2005,
marcou uma evolução clara nos padrões de
A SER NÍVEL qualidade, nomeadamente no habitáculo e passou
DE EQUIPAMENTO a partilhar a plataforma com os Nissan Micra e
MAIS DESPORTIVO Note. Aumentou claramente de dimensões... e
peso! A 4.° geração apareceu em 2012 e marcou
um virar de página notável em termos de estilo,
apontando a uma filosofia de design para os
subsequentes modelos da Renault. Também o
sistema de entretenimento marcou uma evolução
clara, bem como a habitabilidade. O Clio deixou
de ter carroçaria de 3 portas, nesta geração.
Entre 1990 e o final de 2018, as vendas
acumuladas atingiram os 15 milhões de exemplares.
Geração nova
do Renault Clio
chega a Portugal
no final do primeiro
semestre
o TOP DA SEMANA
RENAULT CLIO V
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autofoco.pt
IZAÇÃO NO EXTERIOR,