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1.Que tipo de narrador há na obra? Qual é a atitude dele diante dos factos que narra?
O narrador não é impessoal. Ao contrário, manifesta claramente sua posição e seus sentimentos diante do que está sendo
narrado, não evitando nem mesmo expressões exclamativas que acentuam o subjetivismo de sua narração
2.Pode-se dizer que Teresa e Mariana, embora de maneiras diferentes, encarnam personagens tipicamente românticas?
Por quê?
Sim, Teresa representa a heroína sofredora que é impedida de concretizar o seu amor, morrendo na flor da idade. Mariana
é a heroína que transforma o amor impossível em devoção, buscando a morte quando o seu amado deixa de viver.
“É forte de compleição; belo homem com as feições de sua mãe, e a corpulência dela; mas de todo avesso em
gênio.”___Simão__________________________________________
“…era um composto de excelências, tinha apenas uma quebra: a absoluta carência de brios.”
________________Baltazar Coutinho_________________________________________
“…menina de quinze anos, rica herdeira, regularmente bonita e bem nascida…tem força de caráter, orgulho fortalecido
pelo amor…”_________Teresa_____________________
“… rapariga camponesa (…) bem mais bonita que a fidalga!”______Mariana______________
“… antes de ser ferrador foi criado de farda em casa do fidalgo de Castro-Daire, que é o senhor Baltasar…”
_________________João da Cruz__________________________________
5.Mariana é uma figura de destaque na história. O seu comportamento é tipicamente romântico. Apesar de seu enorme
amor por Simão, ela coloca a felicidade do amado acima de tudo, só existindo em função dele. Cite duas atitudes dela que
comprove esta afirmação.
Maria entrega as cartas de Simão e Teresa; serve de confidente de Simão e procura ajudá-lo de todas as formas. Não
hesita em abandonar o pai para acompanhar o rapaz à prisão. Diante da morte dele, joga-se ao mar.
6.À semelhança de Romeu e Julieta, Simão Botelho e Teresa de Albuquerque vivem um amor impossível de ser
concretizado por causa da rivalidade dos seus pais. Por que razão as famílias Botelho e Albuquerque se tornaram inimigas?
O ódio entre as famílias teve origem em uma sentença desfavorável dada pelo corregedor Domingos Botelho, pai de Simão,
a Tadeu Albuquerque, pai de Teresa
7.Logo no primeiro capítulo, ao relatar o casamento de Domingos Botelho e D. Rita Preciosa, pais de Simão e avós paternos
de Camilo, o narrador dá mostras de seu estilo humorístico e irônico:
À distância duma légua de Vila Real estava a nobreza de vila esperando o seu conterrâneo. Cada família tinha a sua
liteira com o brasão da casa. A dos Correias de Mesquita era a mais antiquada no feitio, e as librés dos criados as mais
surradas e traçadas que figuravam na comitiva. Rita, avistando o préstito das liteiras, ajustou ao olho direito a sua grande
luneta de ouro e disse:
-Ó Meneses, aquilo que é?
– São os nossos amigos e parentes que vêm esperar-nos.
– Em que século estamos nós nesta montanha? – tornou a dama do paço.
– Em que século? O século tanto é dezoito aqui como em Lisboa.
– Ah! Sim? Cuidei que o tempo parara aqui no século doze…
Tanto a família Albuquerque quanto a Botelho são muito ricas e deram uma educação rígida a Teresa e a Simão,
respectivamente. O pai de Teresa quer ver a filha casada com Baltasar, primo de Teresa. Quando ela o recusa, por amor
a Simão, é obrigada a ir pro convento, sua única alternativa. Já o pai de Simão deseja que este estude Direito em Coimbra
e torne-se um homem letrado e poderoso, como ele. Ambas as famílias querem traçar os destinos dos amantes, sem
preocupação com os desejos dos mesmos. A situação piora pela rivalidade antiga entre as famílias, que jamais permitiriam
a comunhão de Teresa e Simão
8.Nesse romance, um dos tópicos importantes é o da relação entre pais e filhos: contraste as relações que se dão na
família de João da Cruz, por um lado, com as que se dão nas famílias Botelho e Albuquerque, por outro.
A família de João da Cruz, composta por ele e sua filha, Mariana, é de origem social bem inferior. Sua relação com a filha
é baseada no amor, na harmonia, no trabalho. Mariana não é obrigada a nada pelo pai, ao contrário de Teresa e Simão.
Os dois últimos não têm direito de escolher seu destino
9.Leia com atenção o trecho abaixo, extraído do último capítulo de Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco.
Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe
atirou aos braços. O comandante olhou para o sítio donde Mariana se atirara, e viu, enleado no cordame, o avental, e à
flor da água, um rolo de papéis, que os marujos recolheram na lancha.
B) No trecho citado, o narrador menciona um “rolo de papéis”. Que papéis são esses?
As cartas que Simão recebia de Teresa enquanto estivera preso, sob os cuidados de Mariana.
C) Considerando as respostas dadas aos itens A e B, analise a função desempenhada pela personagem Mariana na
estrutura do romance.
Mariana, por amor a Simão, ajuda-o a se comunicar com Teresa, através das cartas, e também o consola.
10.De acordo com a obra “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco assinale a correta.
1. o amor de Simão e Teresa é visto pelo narrador como uma brincadeira de criança.
2. o amor de Simão e Teresa, caracterizado como “amor à primeira vista”, foi intenso no início, mas não durou muito.
3. Teresa, aos quinze anos, amava como uma “avezinha que ensaia o voo fora do ninho”.
4. o caso de amor entre Simão e Teresa quebrou as expetativas do narrador em relação a namoros de juventude.
5. o amor de Simão e Teresa é prova de que os poetas e prosadores estão enganados em relação aos
relacionamentos juvenis
( V ) Simão Botelho – Inicialmente é apresentado como um jovem de temperamento sanguinário e violento. Perturbador
da ordem para defender a plebe com quem convive e agitador na faculdade, onde luta de forma brutal pelas ideias
jacobinistas.
( F ) O episódio mais representativo do romance, no sentido de provocar lágrimas nos leitores românticos e risos nos
leitores realistas, ocorre no início da obra, quando o tema da ‘morte por amor” atinge o clímax.
( F ) Teresa de Albuquerque – Protagonista, menina de 16 anos que se apaixona por Simão, também sai adquirindo
densidade heroica ao longo da obra: firme e resoluta em seu amor, ela mantém-se inflexível perante os pedidos, as
ameaças -e finalmente as atrocidades e violências cometidas pelo pai.
( F ) Mariana – Moça rica da cidade, de olhos tristes e belos, tem sido considerada, algumas vezes, como a personagem
mais romântica da história, porque o sentir a satisfaz, sem necessidade ao menos de esperança de concretizar-se o seu
amor por Simão.
( V ) João da Cruz – O pai de Mariana, destaca-se como personagem mais sensato, mais equilibrado, o único personagem
que possui traços realistas, de Amor de Perdição. Ferreiro e transformado em assassino numa briga, João da Cruz
consegue de Domingos Botelho, pai de Simão, a liberdade.
14.Sobre a obra de Camilo Castelo Branco, Amor de perdição, assinale a alternativa incorreta.
a) O amor é visto como um sentimento superior; é a razão de viver e de morrer; é o que sela o destino dos homens.
b) Teresa mostra-se como uma mulher áspera e rebelde ao deixar-se levar para o convento.
c) Mariana, ao atirar-se ao mar, procura na morte a possibilidade de encontrar-se novamente com Simão.
d) O desprezo rebelde pelo mundo e pelas regras sociais; o amor que se configura como um sentimento arrebatador, que
leva à tragédia, é uma das características ultrarromânticas presentes no texto.
a) o amor de Simão e Teresa é visto pelo narrador como uma brincadeira de criança.
b) o amor de Simão e Teresa, caracterizado como “amor à primeira vista”, foi intenso no início, mas não durou muito.
c) Teresa, aos quinze anos, amava como uma avezinha que ensaia o voo fora do ninho.
d) o caso de amor entre Simão e Teresa quebrou as expectativas do narrador com relação a namoros de juventude.
e) o amor de Simão e Teresa é prova de que os poetas e prosadores estão enganados com relação aos relacionamentos
juvenis.
16.Assinale a alternativa correta.
a) A analogia presente no segundo parágrafo corresponde a um argumento do narrador para provar a afirmação Enganam-
se ambos.
b) A analogia presente no segundo parágrafo contradiz a afirmação Enganam-se ambos.
c) A analogia presente no segundo parágrafo retoma e confirma a afirmação feita por poetas e prosadores.
d) O último período do texto exemplifica a analogia usada pelo narrador no segundo parágrafo.
e) O último período contesta, ironicamente, a afirmação feita pelo narrador no primeiro parágrafo.
a) A divergência do narrador com relação à conceção de amor veiculada pela ficção é prova de que o texto pertence ao
Realismo.
b) No contexto, a crítica a poetas e prosadores funciona como estratégia para o narrador obter credibilidade dos leitores.
c) A temática do amor não correspondido, implícita no texto, revela-nos um ponto de vista narrativo comprometido com a
fidelidade aos fatos da realidade.
d) O estilo romântico do texto é comprovado pela linguagem rebuscada com que o narrador comenta a fragilidade do amor
entre Simão e Teresa.
e) O aproveitamento de temática amorosa nos moldes de Romeu e Julieta, de Shakespeare, atesta o estilo clássico de
Camilo Castelo Branco
18.Sobre Amor de perdição, do escritor Camilo Castelo Branco, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Amor de perdição é uma novela ultrarromântica, marcada pelo sentimento passional e pelo idealismo amoroso,
confirmando, assim, duas das principais características do período, que foram o subjetivismo e a luta individual do herói.
b) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as convenções tradicionais da narrativa de ficção, como a sequência
temporal dos acontecimentos e a linearidade do enredo, apresentando também referências históricas e biográficas.
c) O ultrarromantismo da novela é quebrado por tendências realistas observadas no posicionamento da personagem
Mariana e na forma pouco subjetiva como a realidade é tratada numa ficção documental.
d) Mariana é a principal agente de comunicação entre Simão e Teresa, figurando como personagem auxiliar que promove
a união amorosa entre os dois adolescentes apaixonados, embora não possa dela participar.
e) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico, com pureza e resignação, e a personagem Teresa,
representando a mulher inacessível e idealizada, encontram na morte a plenitude do amor idealizado, nesta novela da
segunda fase romântica da literatura portuguesa.
20.Sobre Simão, herói da obra Amor de perdição, de Camilo Castelo Branco, podemos afirmar que:
A) parte do princípio que tudo é válido em nome do amor, até mesmo matar ou morrer, se preciso for. Transgredi; redime-
se, no entanto, ao aceitar a punição que a sociedade lhe impõe.
B)é um indivíduo cheio de defeitos e vícios, egoísta, egocêntrico, incapaz de amar ou expressar qualquer sentimento. É,
portanto, um total anti-herói.
C)é capaz dos maiores sacrifícios em nome do amor, até mesmo renunciar da companhia da amada para preservar a
pureza e a grandeza de seu sentimento.
D)mesmo acreditando ser tudo lícito, desde que praticado em nome do amor, recusa-se a seguir seu coração por medo de
trazer a infelicidade à sua amada.
E)é um anti-herói, representante da elite nobre, resquício do feudalismo em pela modernidade, e acredita ter o direito de
casar-se com a amada porque assim lhe foi prometido pela família da moça.
21. Sobre Amor de perdição, do escritor Camilo Castelo Branco, assinale a alternativa INCORRETA:
(A) Amor de perdição é uma novela ultrarromântica, marcada pelo sentimento passional e pelo idealismo amoroso,
confirmando, assim, duas das principais características do período, que foram o subjetivismo e a luta individual do
herói.
(B) Narrada em terceira pessoa, a novela segue as convenções tradicionais da narrativa de ficção, como a sequência
temporal dos acontecimentos e a linearidade do enredo, apresentando também referências históricas e biográficas.
(C) O ultrarromantismo da novela é quebrado por tendências realistas observadas no posicionamento da personagem
Mariana e na forma pouco subjetiva como a realidade é tratada numa ficção documental.
(D) Mariana é a principal agente de comunicação entre Simão e Teresa, figurando como personagem auxiliar que
promove a união amorosa entre os dois adolescentes apaixonados, embora não possa dela participar.
(E) A personagem Mariana, encarnando o amor romântico, com pureza e resignação, e a personagem Teresa,
representando a mulher inacessível e idealizada, encontram na morte a plenitude do amor idealizado, nesta novela
da segunda fase romântica da literatura portuguesa.