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Os primeiros resgistros da extração do ferro de seus minérios datam da era pré histórica.
Entretanto, somente após o século XIV foram desenvolvidos fornos capazes de reduzir
o oxido de ferro a ferro metálico, e também fundi-lo, de modo a que o produto metálico
pudesse ser facilmente retirado do forno na forma liquida, e adicionalmente, nas formas
desejadas. Dois factores contribuíram para que se conseguisse produzir metal liquido:
Em primeiro lugar, o aumento das dimensões dos fornos de redução e o uso de
carvão ou coque como redutor e combustível, melhoram a eficiência térmica,
permitindo a elevação da temperatura no interior do forno. Paralelamente a
presença de grandes quantidades de carbono no interior do forno permite que o
ferro dissolve grandes quantidades deste elemento, reduzindo significativamente
o ponto de fusão do metal. Ainda que rico em carbono e com proporiedades um
tanto limitadas, a disponibilidade de gusa ou ferro fundido em grandes
quantidades viabilizou o progresso de fundição ferrosa e incentivou o
desenvolvimento de progressos de refino para obter aço apartir destas ligas de
ferro-carbono.
Os equipamentos desenvolvidos com o fim de produzir ferro metálico liquido
pelo carbono são os chamados Alto-forno.
Alto-forno
O ferro-gusa
É a forma intermediaria pelo qual passa praticamente todo o ferro usado na produção
primaria do aço (excepção importante são os produtos de Redução Directa). Alem deste
emprego, o ferro-gusa pode ser empregado em fundiçoes para a producao de fundidos
de ferro.
Faixas para se definir ferr-gusa:
Carbono → 3,5 a 4,5%
Silício → 0,3 a 2,0%
Enxofre →0,01 a 0,1%
Fósforo →0,05 a 2,0%
Manganês →0,5 a 2,0%
O alto-forno
Neste processo são carregados, alternadamente, em camadas, pelo top: minério de ferro
(e/ou pelotas ou sínter), coque (combustível e redutor), e fundente (calcário e ou
dolomite). Por meio de penetrações na parte inferior do forno, chamadas “ventaneiras”
ar quente ou enriquecido com oxigênio é injectado. Em altos-fornos modernos, carvão
pulverizado e eventualmente, óleo ou gás combustível) pode também sser injectado
pelas ventaneiras para complementar as necessidades de combustível e redutor. O ar
soprado pelas ventaneiras queima parte do coque e o combustível injectado, para
fornecer calor as reacções químicas e para fusão do ferro, enquanto o resto do coque e
parte do produto da queima removem o oxgenio combinado com o metal nas reacções
de redução. Ocorrendo a redução do minério, o metal liquido goteja e é coletado no
cadinho no fundo do forno.
O alto-forno, é portanto, um complexo reactor químico que envolve três fases em
contracorrente: gás, sólido e liquido.
Aciaria
O principio químico empregado no refino do gusa para obtenção do aço é a oxidação.
Assim, todos os processos de aciaria envolvem meios de introduzir quantidades
controladas de oxigênio no metal a refinar. O oxigênio se combina com os elementos
indesejáveis (excepto enxofre) e, inevitavelmente, com parte do ferro, formando óxidos
que podem deixar o sistema como gases ou passar a escória. A remoção do enxofre em
condicaoes oxidantes é pouco eficiente, e depende da basicidade da escória e da
temperatura atingida no processo.
Duas condicionantes principais definem os progressos e desenvolvimentos dos
processos de refino do aço: em primeiro lugar, é evidente que as acções realizadas nas
etapas de refino têm efeito directo sobre a composição química. Alem disso, directa ou
indirectamente, estas acções afectam em maior ou menor escala um amplo conjunto de
propriedades dos aços. As condicaoes básicas para a definição do tipo e tamanho das
inclusões não-metalicas, os limites possíveis para segregação durante a solidificação,
por exemplo, são características definidas durante o processo de refino. Com o melhor
conhecimento desenvolvido sobre o efeito dos elementos de liga e residuais sobre as
propriedades dos aços, as demandas sobre os processos de refino vêm aumentando,
tanto sob o ponto de vista de capacidade de controle de cada vez mais elementos
presentes no aço como o aspecto da precisão deste controle.
O forno eléctrico
Vantagens do forno eléctrico a arco
Tem alta eficiência energética
Permite produzir praticamente qualquer tipo de aço, em função de controle do
aquecimento virtualmente independente de reacções químicas.
É um aparelho extremamente versátil, no que tange a carga, podendo ser
operando com 100% de carga sólida.
Permite a operação intermitene e mudanças rápidas na produção em escalas
desde dezenas até centenas de toneladas.
Desoxidação e dessulfuração
Há algumas décadas as operações de desoxidaxao e dessulfuracao eram realizadas e
completadas no próprio forno eléctrico. Hoje excepto em situações muito especiais,
estas actividades foram transferidas, em grande parte, para os processos de refino
secundários (metalugia de panela).
Retirada a escoria da desfosforacao, é necessário desoxidar o aco, acertar sua
composição química 9especialmente com respeito aos elementos de liga), dessulfurar,
se necessario, e aquecer a corrida até a faixa de temperatura especificada para o
lingotamento. Estas actividades podem ser realizadas fora do forno eléctrico, liberando-
o para nova fusão.
Lingoteamento continuo
O rendimento do lingotamento continuo é superior ao do lingotamento convencional.
Por este motivo só se emprega lingoteamento convencional quando a qualidade do aço
exige ou as quantidades a produzir são inviáveis para lingoteamento continuo.
Microssegregação
A segregação que ocorre na escala do espaçamento interdentrítico é chamada de
microssegregação. Os moldes de redistribuição de soluto, são aplicados ao espaço entre
as dentritas, permitem descrever, com razoável precisão a microssegrtegação
interdentritica em ligas convencionais.