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MANUAL

MAÇÔNICO
DE NORMAS E TÉCNICAS PARA O “TEMPO DE ESTUDOS”

Flávio Tadeu Ferreira Batista

São Paulo

2016
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Flávio Tadeu Ferreira Batista

MANUAL
MAÇÔNICO
DE NORMAS E TÉCNICAS PARA O “TEMPO DE ESTUDOS”

Email: ftcomodoro@hotmail.com

São Paulo, março de 2016


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Obediência: Grande Oriente do Brasil

Copyrighy © 2016 do autor

Coordenação Geral: O Autor

1ª Edição: 2016 – Tiragem:

Preparação e Diagramação:

Capa:

Revisão:

Impressão e acabamento:

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP – Brasil)

CATALOGAÇÃO NA FONTE

_______________________________________________________________
Batista, Flávio T F

Manual Maçônico: Normas e Técnicas para o “Tempo de


Estudos” / Flávio T. F. Batista. 1ª ed. – São Paulo – 2016.

62 p. 20,2 cm.

ISBN:____________- 1ª Edição

1. Maçonaria – Manual.

CDD 000.0

CDU 000.000.0

____________________________________________________________________________

Índices para catálogo sistemático:

1. Maçonaria – Manual
000.000.0 (CDU)

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou por qualquer meio
eletrônico, mecânico, inclusive através de processos xerográficos, incluindo ainda o uso da
internet, sem a permissão expressa do autor nos termos da Lei nº 9.610, de 19/02/1998.
5

“Sabem, padres pregadores, por que


fazem pouco abalo os nossos
sermões?

Porque não pregamos aos olhos,


pregamos só aos ouvidos.

Por que convertia o Batista tantos


pecadores?

Porque assim como as suas


palavras pregavam aos ouvidos, o
seu exemplo pregava aos olhos.”

(Padre Antonio Vieira, in Sermão


da Sexagenária)
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AGRADECIMENTOS

Ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. por ter me propiciado chegar até este momento da vida com
saúde física e mental.

À minha mãe Valdete Paulina Ferreira e à minha esposa Cláudia Viviane


dos Santos por todo amor, carinho, suporte e compreensão.

Ao meu padrinho maçônico, Carlos Luís Monteiro Diniz e ao irmão Jairo


Galera (in memoriam), exemplos de dedicação à Maçonaria, cujos legados
inspiram aqueles que se enfileiram na mesma causa.

Aos valorosos irmãos da A.˙.R.˙.L.˙.S.˙. Pilares Antediluvianos do Oriente de


Itaquaquecetuba/SP e aos irmãos da Loja de Perfeição Arca da Aliança e do
Capítulo “Sabedoria de Salomão”, ambos do Oriente de Poá/SP, pelo
exemplo, dedicação e fraternidade demonstradas ao longo de todos esses
anos na difícil missão de reconstruir nosso “Templo-interior” por meio da
prática das virtudes, a fim de fazer dele um lugar digno para a habitação do
G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. .

Flávio Tadeu Ferreira Batista


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SUMÁRIO

1. NOTA DO AUTOR................................................................................09
2. ANALISANDO O “TEMPO DE ESTUDOS”.........................................10
3. NORMAS ACADÊMICAS PARA A PADRONIZAÇÃO........................12
3.1. ELEMENTOS FORMAIS..................................................................13
3.2. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS........................................................15
3.3. ELEMENTOS TEXTUAIS.................................................................16
3.4. ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS........................................................18
4. METODOLOGIA CIENTÍFICA (NORMAS DA ABNT) .........................19
4.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA...........................................................20
4.2. CITAÇÕES........................................................................................21
4.2.1. CITAÇÕES DIRETAS.......................................................................24
4.2.2. CITAÇÕES INDIRETAS...................................................................26
4.2.3. CITAÇÕES DA INTERNET...............................................................27
4.3. NOTAS DE RODAPÉ........................................................................29
4.3.1. Utilização de Expressões Latinas nas Notas de Rodapé.................31
4.4. REFERÊNCIAS OU BIBLIOGRAFIA.................................................33
4.5. ILUSTRAÇÕES.................................................................................35
5. REVISÃO DO TEXTO............................................................................36
6. ORATÓRIA ENTRE COLUNAS............................................................37
6.1. COMO AFASTAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO....................38
6.1.1. Falta de conhecimento sobre o assunto...........................................38
6.1.2. Falta de prática no uso da palavra em público.................................39
6.1.3. Falta de autoconhecimento...............................................................40
7. UTILIZAÇÃO DE MAPAS MENTAIS.....................................................42

REFERÊNCIAS............................................................................................47

APÊNDICE 1 – Modelo de capa para lojas do Grande Oriente de São Paulo


- GOSP..............................................................................................................48

APÊNDICE 2 - Modelo de capa para lojas das Grande Lojas do Estado de


São Paulo - GLESP...........................................................................................49
8

APÊNDICE 3 - Temas para Trabalhos em Lojas Simbólicas...................50

APÊNDICE 4 – Exemplo de uma Estrutura de Mapa Mental.....................51

APÊNDICE 5 – Exemplo de uma Estrutura de Mapa Mental Manual.......52

ANEXO 1 – Dicionário de Abreviaturas Maçônicas....................................53


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1. NOTA DO AUTOR

O presente Manual tem como objetivo orientar e propor um modelo


acadêmica de apresentação de trabalhos maçônicos, abrangendo os
elementos gráficos de organização e redação, além de propiciar elementos
técnicos voltados à oratória e à apresentação da peça de arquitetura no
momento em que o irmão se encontrar entre colunas durante o tempo de
estudos.

Na confecção desta pesquisa, foram consideradas parte das


recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e,
sugestões baseadas em experiências e contribuições daqueles que, no âmbito
das Lojas Maçônicas, lidam com esse tema.

Objetivamos oferecer ao irmão um manual prático e objetivo quanto à


forma de tratar os conteúdos através de regras metodológicas, pautado tanto
pelas necessidades cotidianas e eventuais do ato de produzir conhecimento e
de sua orientação, como pela utilização de particularidades referentes à
apresentação de trabalhos maçônicos.

Ressaltamos que o trabalho maçônico apresentado em Loja é para o


Maçom um feixe de luz que poderá, ou não, iluminar o caminho da vida
maçônica e, por conseguinte, sua vida profana, por intermédio de
conhecimentos que irão mudar em grande parte uma realidade encoberta pela
nossa terrena ignorância.

Não bastasse ser a “alavanca” para o aperfeiçoamento dos irmãos,


devemos considerar que a qualidade dos trabalhos infere diretamente na
evolução intelectual, bem como na percepção de todas as nuances que
somente o verdadeiro estudioso da Ordem conseguirá ao revelar os segredos
que nela se insere.

Do estudo depende o Maçom para evoluir e a Maçonaria para continuar


perpetuando sua arte real, visando, como sempre visou desde remota época,
uma sociedade composta por homens livres e de bons costumes.

Flávio Tadeu Ferreira Batista


10

2. ANALISANDO O “TEMPO DE ESTUDOS”

Há tempos analisamos em nossa oficina, bem como nas diversas lojas


que visitamos, a ausência de uma viga mestra que pudesse nortear o
pesquisador na elaboração de trabalhos maçônicos dignos de serem
considerados como tal.

Vislumbramos tal lacuna na doutrina maçônica ao observar, inclusive,


em menção expressa de material didático voltado aos graus filosóficos
(APOSTILA DE INSTRUÇÃO FILOSÓFICA, pg 1):

(...) notamos que alguns assuntos necessitam de pesquisas


mais aprofundadas e publicadas. Além disso, ficamos
preocupados ao constatar que a grande maioria dos trabalhos
é respaldada em material coletado diretamente da internet,
sendo, alguns, cópias diretas via on line sem o devido trato.

Atualmente, é notório que a metodologia sugerida aos trabalhos objeto


de apresentação em nossas oficinas, depende, quase que única e
exclusivamente da iniciativa de cada Venerável e dos Vigilantes, fato que, se
por um lado permite que a criatividade seja aguçada na exploração dos mais
diversos modos de elaboração das peças, por outro lado causa uma sensação
de que “tudo pode”, desde que não se desvie do tema proposto.

Nesse diapasão tivemos a oportunidade de assistir trabalhos dignos de


uma exposição academia, porém também deparamos com peças que sequer
11

deveriam ter autorização por quem de direito para que fossem lidas, tamanho
o descaso da “pesquisa” realizada pelo expositor.

Nesta apresentação, sugerimos um “padrão acadêmico” aos trabalhos


apresentados futuramente no “tempo de estudos”, porém, sem que deixemos
de observar as circunstâncias próprias que uma sessão maçônica nos impõe,
inclusive quanto a limitação do próprio tempo destinado a esse mister.

Com fulcro nessas premissas, a proposta exposta nas próximas páginas


leva em consideração aspectos da metodologia do trabalho científico
suprimindo algumas das fases de um trabalho acadêmico, adequando à
realidade de exposição em Loja em razão de suas particularidades ritualísticas.

Reforça nosso posicionamento importante passagem doutrinária de


Guimarães (2008, p.104):
Nada vem graciosamente ao buscador; se se quer receber, há que se
solicitar. Mediante o espírito maçônico, demanda-se a luz e ela será
concedida; busca-se a Verdade e será recebida, de vez que se
descortina, ao completar-se a Iniciação, o caminho que leva a eles. A
Maçonaria não é nem pode ser uma “escola” de massa, ou seja, ela
está voltada apenas para aqueles que, hipoteticamente, têm
possibilidade de trilhar o Caminho Iniciático, que é árduo e de
perseverança.

Esta singela proposta visa a melhoria da qualidade nos padrões de


pesquisa, elaboração e apresentação das peças de arquitetura, pois, afinal,
uma instituição milenar como é a Maçonaria, merece, cada vez mais, o
contínuo esmero e dedicação por parte dos seus integrantes.
12

3. NORMAS TÉCNICAS PARA PADRONIZAÇÃO

Nossa proposta está lastreada basicamente em três normas técnicas da


ABNT, sendo:

1) ABNT NBR 10.520 : Normas para citações;


2) ABNT NBR 14.724 : Informações e documentos – Trabalhos acadêmicos
– Apresentação;
3) ABNT NBR 6023 : Informação e documentação – Referências –
Elaboração.

Sabemos que, a estrutura recomendada para trabalhos acadêmicos


(monografia) segue a seguinte orientação:

Inicialmente, do ponto de vista da apresentação gráfica geral, a peça de


arquitetura maçônica, para atender aos mínimos padrões acadêmicos,
seguindo a proposta deste manual, deverá conter as seguintes partes:
13

. Capa (obrigatório)
. Sumário (obrigatório)
. Lista de Tabelas (opcional)
. Lista de Figuras (opcional)
. Núcleo do Trabalho (obrigatório), contendo:
a) Introdução;
b) Desenvolvimento;
c) Conclusão ou Considerações Finais.

. Bibliografia ou Referências (obrigatório)

. Apêndices (opcional)

. Anexos (opcional)

. Capa final (obrigatório)

Para fins didáticos passaremos a discorrer a respeito das partes


elencadas dispondo-as em quatro grupos, a saber:

1º) Elementos Formais do Trabalho :Formatação de papel, fonte,


espaçamento, margens, numeração de páginas, quantidade de páginas e
encadernação;

2º) Elementos Pré-Textuais: Capa e sumário;

3º) Elementos Textuais: Conteúdo e considerações finais

4º) Elementos Pós-Textuais: Glossário, referências ou bibliografia,


apêndice e anexo.

3.1. Elementos formais

a) Para a digitação recomenda-se que o texto do corpo de todos os


trabalhos deve ser redigido em fonte tamanho 12 e espaçamento 1.5, com
fonte arial ou times 12 para os títulos e para o texto; excetuando-se as
citações de mais de três linhas, notas de rodapé e legendas de
ilustrações e de tabelas, que devem ser digitadas em tamanho menor e
14

uniforme (Grifos nossos). Importante ressaltar, como veremos adiante, que,


para as citações de mais de três linhas, observa-se, também, um recuo de
quatro centímetros da margem esquerda.

b) O papel será tamanho A4 com as seguintes margens: esquerda


3,0cm; direita 2,0cm; superior 3,0cm; inferior 2,0cm;

d) As páginas devem ser numeradas no canto superior direito, tendo início


naquelas referentes aos elementos textuais;

e) Ainda que a orientação de quantidade mínima de páginas de uma


monografia seja de 30 (trinta), sugerimos que, para a confecção do
trabalho acadêmico maçônico, a quantidade de páginas do conteúdo
não seja inferior a 7 (sete) nem superior a 15 (quinze) páginas.
(grifo nosso)

f) Capa e sumário não são numerados, muito embora entrem na contagem


de páginas;

g) O trabalho a ser entregue ao V.˙. M.˙. será encadernado com espiral,


capa plástica transparente na frente e contracapa azul ou preta;
15

h) As demais cópias do trabalho, a serem entregues aos demais obreiros


da Loja no dia da apresentação, podem seguir o mesmo tipo de encadernação
daquela unidade entregue ao V.˙. M.˙. ou, por questão de economia, serão
grampeadas no seu canto superior esquerdo sem a necessidade da capa e
contracapa plástica.

IMPORTANTE:

3.2. Elementos pré-textuais

a) Capa: : Proteção externa do trabalho e sobre a qual se imprimem as


informações indispensáveis à sua identificação.
Deverá conter na parte superior ao centro o brasão da potência
maçônica a qual a loja pertence. Abaixo do brasão deve constar,
respectivamente, em cada linha e centralizado:
1) a identificação da Loja precedido de A.˙.R.˙.L.˙.S.˙. e
2) o número de ofício da Loja
Na sequência, no meio da página e centralizado o nome completo do
autor, após dois espaços o título do trabalho;
No final da página deve constar o local (Município):
Exemplo: Oriente de Itaquaquecetuba, e na última linha, o ano em que o
trabalho foi elaborado.
Tudo deve ser escrito por extenso em Arial 12, conforme modelos
constando ao final deste trabalho, APÊNDICES 1 e 2.
16

b) Sumário: Relaciona todas as partes do trabalho (capítulos) com suas


respectivas páginas.

Lembre-se de que a paginação de um trabalho acadêmico se inicia na


Folha de Rosto (essa é a página 1).

Conte-as a partir dela, mas numere somente nas folhas após o


sumário (G.N.), ou seja, as folhas que antecedem o sumário são contadas,
mas não numeradas.

SUMÁRIO SUMÁRIO

11- -Introdução............................................................................................
Introdução............................................................... 6 4

2 – “Capítulos ou Desenvolvimento” .............. ......................................... 5


2 – “...” .............. ......................................................... 7
2.1 “...”.........................................................................................................5
2.1 “...”....................................................................9
2.2 “ ...”........................................................................................................6
2.2– ““ ...”.................................................................11
2.3 ...”.....................................................................................................7

– Considerações
32.3 Finais ou Conclusão ....................................................8
– “ ...”..............................................................12
4 – Referências e ou Bibliografia.................................................................9
3 – “ ...” .................................................................... 16

3.3. Elementos textuais

3.3.1. Conteúdo (que pode ser dividido em introdução, capítulos e


considerações finais, ou, todo o trabalho feito com a simples divisão
denominada conteúdo):

3.3.1.1. Introdução: Introdução é a parte inicial do texto, onde deve


constar a delimitação do assunto tratado de forma breve e objetiva.

Observamos aqui, antes de discorrer o assunto pertinente à introdução, que o


expositor faça menção destacada ao G.˙.A.˙.D.˙.U.˙., como reverência e
indicação de que tudo o que foi pesquisado, feito e será apresentado como
forma de aperfeiçoamento pessoal e engrandecimento da Ordem Maçônica e
da humanidade se deve à glória do Criador do Universo.
17

Exemplo:

À.˙.G.˙.D.˙.G.˙.A.˙.D.˙.U.˙.

1. Introdução

Pretendemos nesse estudo apresentar aos irmãos importante


tema da ritualística maçônica.....

3.3.1.2. Capítulos ou Desenvolvimento: A partir do levantamento


bibliográfico, desenvolve-se o corpo do trabalho, onde se analisa a idéia
principal, destacando, formulando e discutindo a respeito do tema. Divide-se
em seções ou capítulos, e concentra a maior parte do total de páginas do
trabalho.

3.3.1.3. Considerações Finais ou Conclusão: Parte final do texto onde


são apresentadas as impressões e opiniões pessoais (Grifo nosso)
correspondentes ao tema do trabalho. Sempre é importante apresentar novas
idéias, abrindo caminho a outros pesquisadores que poderão trabalhar no
assunto. Nesse sentido, nos brinda Rodrigues (2001) com a seguinte
elucidação:
Não se pode ignorar que há dois tipos de conhecimento:
conhecimento intuitivo e conhecimento conceptual. O conhecimento
intuitivo é aquele de natureza pessoal. Em maçonaria se aplica
perfeitamente o conhecimento intuitivo, uma vez que diante de um
mesmo símbolo, dois ou mais maçons podem intuir de maneira
diversa, fazendo exegeses completamente diferentes.

Em síntese, deve o autor da pesquisa:

- Fazer um breve resumo do trabalho;

- Referir qual foi a grande conclusão do trabalho;

- Referir qual foi a importância que o trabalho teve para você e seu
respectivo crescimento intelectual.
18

Ao final da exposição conclusiva o missivista deve fazer constar uma


breve reverência, seguido de dados pessoais maçônicos, e, por fim, o Oriente
e data de realização do trabalho.

Exemplo:

Que o G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. ilumine a todos.

João Batista – C.I.M. nº__________


Aprendiz Maçom

Oriente de Itaquaquecetuba, 18 de abril de 2016. (E.˙.V.˙.)

3.4. Elementos pós-textuais

a) Referências e ou Bibliografia (obrigatório): Diferença entre referências


e bibliografias:

Referências: todo documento que foi citado na produção do trabalho;


Bibliografia: textos que foram consultados, porém não fazem parte do trabalho.

b) Apêndice (opcional): Texto ou documento elaborado pelo autor, com o


objetivo de complementar o trabalho. Devem ser apresentados em uma folha à
parte.

c) Anexo (opcional): Texto ou documento não elaborado pelo autor, que


serve de fundamentação para complemento do trabalho. Devem ser
apresentados em uma folha à parte.
19

4. METODOLOGIA CIENTÍFICA (NORMAS DA ABNT)

Preliminarmente cumpre-nos ressaltar que produções científicas,


resultantes de pesquisa, são definidos pela ABNT, através da NBR 14724, da
seguinte forma:

Monografia: Trata-se de um estudo que versa sobre um


assunto/tema, seguindo uma metodologia, apresentado mediante
uma revisão bibliográfica ou revisão de literatura. É mais um trabalho
de assimilação de conteúdos e de prática de iniciação na reflexão
científica.

Dissertação: Documento que representa o resultado de um trabalho


experimental ou exposição de um estudo científico respectivo de
tema único e bem delimitado em sua extensão, com o objetivo de
reunir, analisar e interpretar informações. Deve evidenciar o
conhecimento de literatura existente sobre o assunto e a capacidade
de sistematização do candidato. É feito sob a coordenação de um
orientador (doutor), visando à obtenção do título de mestre.

Tese: Documento que representa o resultado de um trabalho


experimental ou exposição de um estudo científico de tema único
bem delimitado. Deve ser elaborado com base em investigação
original, constituindo-se em real contribuição para a especialidade em
questão. É feito sob a coordenação de um orientador (doutor) e visa à
obtenção de título de doutor ou similar.

Artigo Científico: "é um texto com autoria declarada que apresenta e


discute idéias, métodos, processos, técnicas e resultados nas
diversas áreas de conhecimento".

Trabalhos Acadêmicos ou Similares: documento que representa o


resultado de estudo, devendo expressar conhecimento do assunto
escolhido, que deve ser obrigatoriamente emanado da disciplina,
módulo, estudo independente, curso, programa e outros ministrados.
Deve ser feito sob a coordenação de um orientador (ABNT, 2005, p.
3);

Resenha: pode ser crítica ou científica e informativa. A chamada


resenha crítica ou científica requer um conhecimento aprofundado da
obra/autor e da temática por ela abordada por parte do resenhista. A
resenha poderá ser apresentada por meio de um texto único ou
subdividido em partes, devendo constar (LAKATOS; MARCONI,
1999, p. 243-253): Nome e biografia acadêmica do(s) autor(es); Título
e resumo da obra; Fundamentação teórica do(s) autor(es);
Fundamentação teórica do resenhista; Metodologia adotada;
Conclusão do(s) autor(es); Crítica do resenhista; Indicação do
resenhista (para que área tal obra é sugerida). A resenha informativa
é um breve comentário geral da obra, sobre o autor e para quem ela
é indicada. Geralmente, tal resenha é usada pelas editoras ou
periódicos de divulgação;

Resumo Crítico: é a síntese e análise das idéias do autor do texto


(livro, capítulo, artigo, tese, etc.) feita pelo leitor.
20

IMPORTANTE: Seguindo critérios da nossa proposta, em se tratando de


trabalhos a serem apresentados em Loja, nos conduz à denominação de
“Trabalhos Acadêmicos ou Similares”, cuja coordenação, para o caso em
espécie, fica a cargo do V.`. M.`., do 1º Vig.`. ou do 2º Vig.`., dependendo do
grau maçônico do pesquisador.

4.1. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

A pesquisa bibliográfica destinada aos trabalhos maçônicos deve ser


pautada por fontes doutrinárias fidedignas e autores consagrados no meio da
instituição.

Não podemos conceber que profanos e curiosos sejam utilizados como


fonte de trabalhos no âmbito das lojas, pois muitos querem se expressar a
respeito da ordem e suas particularidades, porém, poucos são os que
efetivamente possuem um cabedal de conhecimento sério a fim de tratar dos
assuntos afetos a ela.

Nesse contexto a coordenação do trabalho a ser executado deve


obrigatoriamente ser conduzida por um orientador, que, no caso das lojas
simbólicas, tal incumbência se destina aos VVig.˙. ou ao V.˙.M.˙., conforme
menção anteriormente realizada, a fim de se evitar discrepâncias ou mesmo
21

que venhamos a produzir e difundir trabalhos sem o mínimo lastro com os


fundamentos, doutrina e com a história da maçonaria.

Notadamente, é mister ressaltar que o irmão que irá apresentar um trabalho


em loja não deve fazê-lo com um conteúdo exagerado de citações, tampouco
um trabalho composto apenas e tão somente por citações, fato que demonstra
a ausência de zelo com aquilo que está sendo estudado ao ponto de se
esquivar de qualquer produção própria traduzida em suas impressões.

Um trabalho maçônico necessariamente possui um conteúdo intelectual


próprio do autor, deve, portanto, reproduzir suas considerações e impressões a
respeito do tema; a mera reprodução de citações retira o brilho de qualquer
trabalho maçônico, tornando-o enfadonho aos ouvidos e olhares dos irmãos da
loja, pois, há que se lembrar que a maior parte dos temas que forem
apresentados em loja já foram objeto de estudo de maçons mais experientes,
quiçá, não raras vezes, já foram apresentados por parte dos mesmos que
estão ouvindo sua apresentação !

Daí decorre a nossa preocupação para que os irmãos não se apeguem à


reprodução de citações pura e simplesmente, mas que sejam autores, de fato e
de direito de seus trabalhos, fruto do próprio intelecto e percepções, sem receio
de se expor, pois cada maçom possui uma assimilação própria a respeito de
cada tema.

4.2. CITAÇÕES
Antes de iniciarmos nossas considerações a respeito desse importante
tema, convém lembrar algumas regras que devem ser observadas:

Ei-las:

A) Tudo que for citado no corpo de um trabalho acadêmico deve


constar, também, nas referências (em regra, ao final do
trabalho).
22

B) Há dois Sistemas de Chamadas (*) para as citações que se pode


fazer uso, são elas: Sistema Autor-data e Sistema Numérico.
(*) Mas, o que é um SISTEMA DE CHAMADAS?

RESPOSTA: É uma forma acadêmica padronizada (por normas da ABNT)


de reforçar a sua capacidade argumentativa fazendo menção às ideias
alheias ditas por autores renomados que possuem credibilidade junto à
comunidade científica.

Sistema AUTOR-DATA: Indica-se a fonte, pelo sobrenome do autor, nome da


instituição responsável ou pelo título, seguido da data de publicação do
documento, separados por vírgula e entre parênteses. (citação indireta). Para
as citações diretas, inclui-se a indicação de página. (NBR10520, 2002, p. 4.).

Exemplo:

a) Citação direta: Segundo Epicteto, apud Rodrigues, 2001: “Um belo


dia, percebemos, com satisfação, que não estamos mais representando para
platéia alguma. ”

b) Citação indireta: Neste texto, preconiza que o ponto de partida para


todos os preceitos maçônicos são os Landmarks. (GUIMARÃES, 2008).

IMPORTANTE: REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO PARA O SISTEMA


AUTOR-DATA:
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- As indicações de autoria incluídos no texto devem ser feitas em letras


maiúsculas e minúsculas, indicando-se a data e páginas entre parênteses,
conforme os seguintes exemplos:

Um autor: Segundo Camino (1993).

Dois autores: Segundo Adoum e Camino (1997).

Três autores: Dudziak, Gabriel e Villela (2000).

Mais de três autores: Belkin et al. (1982, p. 76).

Entrada pelo título: O aprendiz... (1998)

Entidade: Grande Oriente do Brasil (2002)

- As indicações de autoria (entre parênteses) devem vir em letras


maiúsculas, seguidas da data e páginas.

Um autor: (CAMINO, 1999, p. 1).

Dois autores: (ADOUM; CAMINO, 1997).

Três autores: (ADOUM; CAMINO; GUIMARÃES, 2000).

Mais de três autores: (RODRIGUES et al., 1982, p. 76).

Entrada pelo título: O MESTRADO MAÇÔNICO... (2007)

Entidade: GRANDE ORIENTE DO BRASIL (2002)

Sistema NUMÉRICO: As citações devem ter uma numeração única e


consecutiva, colocadas acima do texto, em expoente, ou entre parênteses.

Exemplo:

No texto: “Os primeiros passos no caminho da sabedoria são os mais


estafantes” 1
24

No texto: Segundo Rodrigues: “Os primeiros passos no caminho da sabedoria


são os mais estafantes” (1)

Em nota de rodapé: 1 Rodrigues, 2003, p. 19.

A NBR-10520 (2002, p. 5), recomenda utilizar o sistema autor-data para


as citações no texto e o sistema numérico para notas explicativas.

Feitas essas anotações a respeito dos sistemas de chamadas, vamos


tratar a seguir de considerações mais amiúde a respeito das citações.

Conforme expresso na ABNT NBR 10.520; citação é a “menção de uma


informação extraída de outra fonte”, podendo ser direta ou indireta.

4.2.1. CITAÇÕES DIRETAS

A citação direta é a transcrição textual de parte da obra do autor


consultado, convém ressaltar as seguintes considerações previstas
expressamente na norma em comento, a qual reproduzo a seguir:

a) Citação de até três linhas ou curta: A citação de até três linhas deve
ser inserida no parágrafo entre aspas.

Exemplo:
25

Uma das defesas contra as dores morais, além da necessidade do


consolo, é o esquecimento, e que estão relacionadas com o medo que
determinadas pessoas tem em se envolver em novos relacionamentos afetivos.
Segundo Mira y Lopes (2000): “Quem renuncia a amar, por temer o sofrimento
que isso possa lhe causar, não é apenas um covarde: é um automutilador
mental”.

b) Citação de mais de três linhas ou longa: Deve aparecer em parágrafo


distinto, com recuo de 4 centímetros da margem esquerda, sem
espaçamento, sem aspas e em fonte 10.

Exemplo:

Evento lamentável é saber que o povo brasileiro é um dos que menos tem por
hábito a leitura, e, caso assim não fosse, queremos crer que seria leitura
obrigatória para a libertação da consciência obras como a do filósofo Carvalho
(2013, p. 184-185). , que, em lúcida explanação, nos dá conta da nossa
alienação:

Ninguém, hoje em dia, pode se dizer um cidadão livre e responsável,


apto a votar e discutir como gente grande, se não está informado das
técnicas de manipulação da linguagem e da consciência, que certas
forças políticas usam para ludibriá-lo, numa agressão mortal à
democracia e à liberdade.
.

c) Omissões em citações: É um recurso utilizado quando não é


necessário citar integralmente o texto de um autor, e apenas são
recomendadas se não alterarem o sentido do texto original. Indicadas
por reticências, as omissões podem aparecer no início, no fim e no meio
de uma citação, colocada entre colchetes.
Exemplo:
Como professores, devemos aceitar o desafio, recusando o fracasso escolar e
buscando a melhoria da prática social coletiva construída no processo ensino
aprendizagem.
[...] só na reflexão que busca o entendimento nós, seres humanos,
poderemos nos abrir mutuamente espaços de coexistência nos quais
a agressão seja um acidente legítimo da convivência e não uma
26

instituição justificada com uma falácia racional. [...] Se não agirmos


desse modo, [...] só nos restará fazer o que continuamente estamos
fazendo nas espontâneas tendências do que já nos é cotidiano [...]
(MATURANA e VARELA, 1995, p. 25-26).

d) Destaque em citações: São utilizadas somente em citações diretas quando


queremos dar destaque e realçar uma palavra, uma expressão ou mesmo uma
frase no texto do autor citado. Deve-se colocar em negrito a parte do texto a
ser destacada, seguindo-se imediatamente uma das expressões grifo meu ou
grifo nosso entre parênteses.
Exemplo:

Como afirma Edgar Morin (2000, p. 63), "[...] nossas visões do mundo são as
traduções do mundo (grifo nosso)", ou seja, o que acreditamos ser a
realidade são o fruto da interpretação feita por nosso cérebro dos estímulos
que chegam a ele via rede nervosa a partir dos terminais sensoriais.

Quando já existe algum destaque no texto original, mantêm-se este destaque


indicando sua existência pela expressão grifo do autor ou grifo dos autores
entre parênteses.
Exemplo:

“[...] desejo de criar uma literatura independente, diversa, de vez que,


aparecendo o classicismo como manifestação de passado colonial [...]”
(CANDIDO, 1993, v. 2, p. 12, grifo do autor).

4.2.2. CITAÇÕES INDIRETAS

A citação indireta é a elaboração de um texto baseado na obra do autor


consultado.

É, portanto, conforme a norma em estudo a transcrição não literal das


palavras do autor, mas que reproduz o conteúdo e as idéias do documento
original, devendo-se indicar sempre a fonte de onde foi retirada. Neste tipo de
citação não são utilizadas aspas.
27

Exemplo:
Morin (1999), afirma que todo conhecimento que temos do mundo é
decorrente da interpretação que nosso cérebro faz do universo percebido por
nossos sentidos, deste modo nossos medos e emoções acabam multiplicando
os riscos de erro na concepção e construção das idéias.

ATENÇÃO: Outras considerações, mais detalhadas a respeito dessas


particularidades de citações, podem ser consultadas na própria norma
ABNT NBR 10.520.

4.2.3. CITAÇÕES DA INTERNET

Como fazer citações de textos pesquisados em “sites” da “internet” ?

Muitos textos disponíveis na Internet não têm numeração de página ou


mesmo autoria indicada. Portanto, antes de citar um conteúdo disponível na
WEB, avalie o texto em relação a sua qualidade e credibilidade.

Recomendamos que se utilize o sistema autor-data.

Na hipótese do texto não apresentar numeração de página, mencione o


nome do autor, seguido do ano.

Quando se tratar de obras consultadas online, também são essenciais:


28

a) as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre os


sinais < >, precedido da expressão Disponível em:

b) a data de acesso ao documento, precedida da expressão Acesso


em:,

c) opcionalmente acrescido os dados referentes a hora, minutos e


segundos.

Exemplo para constar no texto, na citação direta:

Segundo Juk (2015):

Exemplo para constar nas referências, ao final do trabalho:

JUK, Pedro. Amós – abertura do livro da lei. Disponível em:


<www.gobsc.org.br/gobsc/wpcontent/uploads/2014/09/JB_NewsInformativo_nr
_1475.pdf > Acesso em: 14 mar. 2015, 18:35:30.

OBSERVAÇÃO: As abreviaturas dos meses constando nas citações de


elementos pesquisados na internet devem observar a seguinte padronização:

JANEIRO jan.
FEVEREIRO fev.
MARÇO mar.
ABRIL abr.
MAIO Maio
JUNHO jun.
JULHO jul.
AGOSTO ago.
SETEMBRO set.
OUTUBRO out.
NOVEMBRO nov.
DEZEMBRO dez.
29

ATENÇÃO: Informações mais detalhadas a respeito dessa particularidade


de citações de meios eletrônicos, devem ser consultadas na norma ABNT
NBR 6023 .

IMPORTANTE: Recomendamos que sua produção intelectual não fique


limitada apenas e tão somente a pesquisas realizadas por meios eletrônicos,
pois, por se tratar de um trabalho com padrão acadêmico se faz necessário a
leitura de obras correlatas ao tema. Estude e leia a respeito daquilo que vai ser
apresentado. Seja um maçom compromissado com a ordem e para consigo
mesmo. Para que você entenda a maçonaria é necessário um contínuo
aperfeiçoamento, sem o qual, infelizmente, você não passará de um profano
utilizando um avental. Lapide, de fato, a sua pedra bruta!

4.3. NOTAS DE RODAPÉ

A nota de rodapé aparece ao pé da folha em que acontece a citação.

A NBR 6023:2002 estabelece que, quando for usado o sistema


numérico, em que as referências vão aparecendo, numeradas, à medida que
30

surgem, podem ganhar a forma de notas de rodapé.

Na lista de referências (ao final do trabalho), os elementos descritivos


das obras citadas devem aparecer de modo idêntico ao que foi impresso no pé
da folha, seguindo a mesma ordem numérica.

Algumas orientações para a utilização da nota de rodapé:


a) Localizam-se na margem inferior da mesma página;
b) Separadas do texto por um traço contínuo de 3 cm;
c) Digitadas em espaço simples e fonte menor do que a usada para o texto;
d) Sua numeração é feita em algarismos arábicos e seqüencial para todo o
documento;
e) As linhas subseqüentes devem ser alinhadas abaixo da primeira letra da
primeira palavra, de modo a destacar o expoente
f) A primeira citação de uma obra, obrigatoriamente deve ter sua referência
completa;
g) Nota de Referência: são utilizadas para indicar fontes bibliográficas
consultadas;
h) Notas explicativas: são comentários e/ou observações pessoais que não
podem ser incluídas no texto.

IMPORTANTE: Observe que a nota de rodapé, tanto pode ser uma Nota de
Referência, quanto uma Nota Explicativa, conforme conceitos anotados nas
letras “g” e “h” do texto anterior.

Exemplo de utilização da nota de rodapé:

No texto: É a idéia da conscientização como um telos da educação ética, em


uma reformulação do imperativo categórico kantiano1. De acordo com a autora,
o imperativo categórico assimilado pelo cognitivismo implica a ação individual
que visa ao equilíbrio absoluto da razão vital2.
31

No rodapé da página:
___________
1 KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. P. Quintela.
Lisboa: Edições 70, 1996. p. 22.

2 FREITAS, L. A moral na obra de Piaget: um projeto inacabado. São Paulo:


Cortez, 2003, p. 56.

Na lista de referências:

REFERÊNCIAS

1. KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. P. Quintela.


Lisboa: Edições 70, 1996. p. 22.

2. FREITAS, L. A moral na obra de Piaget: um projeto inacabado. São Paulo:


Cortez, 2003, p. 56.

4.3.1. Utlilização de expressões latinas na nota de rodapé

ATENÇÃO: Expressões latinas: devem ser usadas apenas em notas de


rodapé !

Águia com expressão em latin cujo significado é: “a sorte está lançada”..


32

Vejamos alguns exemplos de utilização de expressões latinas no rodapé


das páginas:

Ibdem - ibd [ significa: na mesma obra] - Usado quando se faz várias


citações seguidas de um mesmo Documento.
5 Silva, 1980, p.120
6 Ibd, p. 132

Idem - Id [significa: do mesmo autor] - Obras diferentes do mesmo autor.


5 Silva, 1980, p. 132
6 Id, 1992, p. 132

Opus citatum - op. cit. [significa: obra citada] - Refere-se à obra citada
anteriormente “na mesma página”, quando houver intercalação de outras
notas.
5 Silva, 1980, p. 23
6 Pereira, 1991, p. 213
7 Silva, op. cit., 93

Locus citatum - loc cit [significa: lugar citado] - Refere-se a mesma página
de uma obra citada anteriormente, quando houver intercalação de outras
notas.
5 Silva, 1995, p120
6 Pereira, 1994, p.132
7 Silva, loc. Cit

Nota:

Das expressões latinas, a expressão apud é a única que pode ser


usada no texto também.

É empregada em referências bibliográficas para fazer uma citação


indireta, ou seja, citar um trecho que não foi lido diretamente na obra original,
mas foi citado por um outro autor
33

Em regra é utilizado no corpo do texto com o significado de “citado por”,


“conforme” ou “segundo”, indicando ao leitor que a citação é feita conforme o
que foi lido e referenciado por um outro autor que teve acesso à obra original.

É muito frequente aparecer em produções acadêmicas, porém, é


aconselhável ao longo do trabalho não fazer muitas citações utilizando a
palavra apud , devendo utilizadas apenas nos casos de obras originais de difícil
acesso, por exemplo: obras raras, publicações antigas ou texto em línguas
dificilmente acessíveis.

Um exemplo do uso: Epicteto, apud Rodrigues, 2001.

Se surge a referência acima, através do termo apud é possível saber


que o autor do trabalho não teve acesso à obra escrita por Epicteto, porém,
teve acesso à obra escrita por Rodrigues onde este fez uma citação retirada da
obra original.

4.4. REFERÊNCIAS OU BIBLIOGRAFIA

Conforme mencionado anteriormente, referência e bibliografia são


termos distintos, conforme segue:

Referências: todo documento que foi citado na produção do trabalho;


Bibliografia: textos que foram consultados, porém não fazem parte do
trabalho.

Afinal, devemos usar referências ou bibliografia no trabalho maçônico?


34

RESPOSTA: É mais usual, em nosso meio, a utilização de referências


ao final do trabalho, normativamente definidas como: “são um conjunto
padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite
sua identificação individual” (ABNT 6023, 2002, pg 2) .

Observe que nada impede que ambos sejam utilizados.

Conforme mencionado, é importante que o pesquisador não esqueça


que todos os autores citados no conteúdo do seu trabalho devem ser
referenciados em ordem alfabética, seguindo as normas da NBR 6023:2002,
da ABNT.

Apesar de ser mais utilizada ao final do trabalho, a referência pode


aparecer:

a) no rodapé;
b) no fim de texto ou de capítulo;
c) em lista de referências ao final do trabalho (grifo nosso);
d) antecedendo resumos, resenhas e recensões.

Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e


data de publicação.

Quando necessário, acrescentam-se elementos complementares à


referência para melhor identificar o documento.

Exemplos:

FIGUEIREDO, J.G. Dicionário de Maçonaria. Ed. Pensamento. 17 ª edição,


SP, 2013.

GUIMARÃES, J.F. Aprendiz – Conhecimentos Básicos da Maçonaria.


Editora Madras. 1ª edição, SP, 2008.
35

HOUAISS, Antonio (Ed.). Novo dicionário Folha Webster’s:inglês/português,


português/inglês. Co-editor Ismael Cardim. São Paulo: Folha da Manhã, 1996.
Edição exclusiva para o assinante da Folha de S. Paulo.

RODRIGUES, R. Sutilezas da Arte Real. Ed. Maçônica “A Trolha”. Coleção


Universidade. 1ª edição, PR, 2003.

4.5. ILUSTRAÇÕES

Qualquer que seja a modalidade (quadros, desenhos, mapas,


esquemas, fluxogramas, organogramas, fotografias, gráficos, plantas e outros),
sua identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa,
seguida de seu número de ordem de ocorrência no texto, em algarismos
arábicos, do respectivo título e ou legenda explicativa e da fonte.

Exemplo:

Figura 1: Motivação. Fonte: Internet.

Importante ressaltar que a ilustração deve ser inserida o mais próximo


possível do trecho a que se refere.
36

5. REVISÃO DO TEXTO

A revisão é a introdução de interferências no texto produzido visando sua


melhoria.

Essas mudanças podem atingir palavras, frases ou parágrafos e ocorrem


por exclusões, inclusões, inversões ou deslocamentos.

Todo trabalho acadêmico deve ser revisado por mais de uma vez; as
primeiras revisões e a última deve ser realizada pelo próprio autor, mas é
importante que, posteriormente à autorrevisão, terceiros também realizem tal
procedimento a fim de que os diversos tipos de problemas sejam minimizados.

Costumeiramente, os autores não reformulam espontaneamente aquilo que


já escreveram, pois há certa resistência passiva que deve ser superada em prol
da qualidade final do trabalho.

Elencamos uma série de orientações voltadas para a autorrevisão do texto


produzido:
1. Meu texto é de fácil compreensão, incluindo o que os irmãos precisam
saber a respeito do tema?
2. Os parágrafos estão relacionados com o tema central ou com o
propósito daquele capítulo ?
3. Cada parágrafo possui um tópico frasal com a idéia central?
4. Os argumentos de cada parágrafo se relacionam com a idéia central?
5. Há necessidade de reordenar alguns parágrafos para melhorar o
entendimento do capítulo?
6. Os parágrafos estão interligados entre si através de uma transição?
7. O verbo sempre concorda com o sujeito?
8. Há frases muito longas que devem ser separadas?
9. Há sequências de frases muito curtas?
10. O texto do parágrafo ou da frase contém palavras repetidas que podem
ser substituídas por sinônimos sem perder o significado desejado?
11. Há palavras faltando?
37

6. ORATÓRIA ENTRE COLUNAS

Sem dúvida, a exposição do trabalho acadêmico em Loja, é o momento


crucial para os irmãos que se encontram nessa condição.

Toda a atenção dos obreiros está voltada àquele que se encontra entre
colunas.

Os mínimos detalhes, do início ao final da exposição serão apreciados,


em especial, pelos irmãos mais antigos de maçonaria e por aqueles que
possuem altos graus filosóficos na Ordem.

Alguns detalhes na apresentação podem fazer grande diferença entre


uma exemplar exposição em detrimento de uma pífia.

Neste capítulo pretendemos dar algumas pequenas orientações para


que os irmãos expositores logrem pleno êxito nesse campo.
38

6.1. COMO AFASTAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Segundo Polito (2009, pg. 43), são três os motivos do medo de falar em
público:

1. Falta de conhecimento sobre o assunto;


2. Falta de prática no uso da palavra em público, e
3. Falta de autoconhecimento.

Com a finalidade de combater esses três “fantasmas”, vamos discorrer


a respeito de cada qual.

6.1.1. Falta de conhecimento sobre o assunto

Caso você desconheça o assunto que irá ser apresentado em Loja, é


porque você não o estudou, portanto, faça um favor para você mesmo e para
os irmãos de sua oficina: não o apresente.

Diz um provérbio chinês: "Podemos escolher o que semear, mas


somos obrigados a colher aquilo que plantamos".

Irmão, seu trabalho irá refletir o esmero que você tem com o seu
desenvolvimento intelectual maçônico, e, consequentemente a imagem que irá
passar para os demais integrantes da sua oficina, portanto, não faça algo que
você mesmo não goste, o reflexo será inevitável...

A primeira pessoa a ser convencida de que seu trabalho é excelente, é


nada mais nada menos que: você!

Tente e consiga fazer o melhor que puder.

Concitamos que se lembre do provérbio mencionado anteriormente.


39

Para conhecer o assunto com profundidade e afastar essa primeira


premissa do medo é necessário pesquisar adequadamente, ler a respeito do
assunto, perguntar, buscar doutrinas maçônicas de autores consagrados, ter
uma visão pessoal e fundamentada a respeito do tema.

Prepare-se bem e faça uma excelente colheita!

6.1.2. Falta de prática no uso da palavra em público

Não se preocupe se você não está acostumado a falar em público, pois a


simples leitura do trabalho poderá ser realizada, ainda que retire o brilho da
apresentação, porém, se optar por essa forma tenha algumas cautelas, entre
as quais:

- leia, anteriormente, em casa e em voz alta o trabalho que será apresentado


pelos menos 03 (três) vezes para que possa se familiarizar com sua voz e com
particularidades do texto que venham porventura causar interrupções
desnecessárias ;

- não inicie uma apresentação se desculpando por qualquer motivo. Exemplo:


estou resfriado, estou nervoso, estou com dor de garganta, etc. Isso
enfraquece o brilho da sua exposição logo de início;

- observe e respeite a pontuação;

- cuidado para não trocar palavras durante a leitura;

- faça uma leitura tranquila, porém, com entonação de voz adequada às


dimensões do ambiente;

- oscile a tonalidade de voz de acordo com trechos que reputar de maior


importância;

- evite o uso de “muletas” durante a leitura ou exposição, tais como


ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ ou ÃÃÃÃÃÃÃÃÃ entre frases ou palavras, ou ainda a
utilização repetitiva de NÉ, ENTÃO, VEJA BEM, TIPO, etc;

- seja seguro, confie em você !


40

6.1.3. Falta de autoconhecimento

Sun Tzu na renomada obra - A arte da Guerra - em ensinamento milenar


e de profundo significado menciona:
Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer
o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece
o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se
você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as
batalhas.

Portanto, dessa premissa, entendemos que é preciso lidar, antes de


tudo com o conhecimento próprio de nossos defeitos e das nossas qualidades
para que consigamos alimentar apenas aquilo que nos faz melhores como
seres humanos e a oratória, em dado momento, evoca essa necessidade de se
erguer templos (interiores) às nossas virtudes e cavar masmorras aos vícios.

Faça uma autoanálise das suas qualidades e passe a evidenciá-las em


sua exposição.

Corrobora Polito (2009, pg. 45) da seguinte forma:


Nós temos, geralmente, muita competência para identificar nossos
defeitos, mas dificilmente conseguimos enxergar nossas qualidades.
Por isso, aprenda a conhecer suas qualidades. Veja se você tem boa
voz, bom vocabulário, boa expressão corporal, presença de espírito,
humor, raciocínio bem ordenado, enfim, descubra suas qualidades de
comunicação e, a partir delas, encontre segurança para falar.

6.2. ENTUSIASMO E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

Sua exposição deve prender a atenção dos irmãos, e, para que isso ocorra
se faz necessário uma apresentação proferida com entusiasmo, caso contrário
será um prato servido sem sal.

Faça uma oratória capaz de ensinar, mas lembre-se que a aprendizagem,


que nada mais é que uma mudança de comportamento, depende, inicialmente
da motivação do público alvo, prendendo a atenção de todos, tal como
ocorre quando assistimos um filme muito bom.
41

Duas boas técnicas para motivar seu público, além da necessidade de


conhecer e acreditar piamente naquilo que está sendo exposto:

1) Dentro do contexto do tema apresentado, engate a narração de uma


experiência vivida por você que conduzirá à melhor compreensão e
ou uma curiosidade que ilustre melhor sua exposição;

2) Não fique estático entre as colunas, logo no início da apresentação


do trabalho, após a saudação às luzes e irmãos da Loja, peça
autorização ao V.˙.M.˙. a fim de que possa se movimentar na oficina
para, quiçá, utilizar da própria ornamentação do templo no sentido
de enriquecer o tema, porém, lembre-se que a movimentação deve
ser feita no sentido destrocêntrico ou horário.
42

7. UTILIZAÇÃO DE MAPAS MENTAIS

Quando o expositor se encontrar “entre colunas”, no período destinado


ao tempo de estudos, é previsível que será feita uma exposição da peça de
arquitetura por meio da leitura, é consuetudinário, mas, convenhamos, não é a
melhor forma de expor aquilo que foi pesquisado.

Para elucidar melhor essa afirmação, basta nos colocarmos na posição


do integrante da plateia, para constatarmos que o orador que simplesmente
realiza uma leitura tem muito menos brilho e atenção do que o expositor que o
faz sem nenhuma “muleta” nas mãos.

É nesse sentido que propormos aos irmãos a utilização da técnica de


“Mapas Mentais” para abrilhantar sua exposição, tornando-a ímpar e
demonstrando de fato seu esmero na lapidação da pedra bruta.

Portanto, sugerimos que aprenda e utilize essa técnica, a qual,


acreditamos, será muito útil não só para as apresentações em loja, mas
também em sua vida profana.

Queremos, com isso, que você, ao se colocar entre colunas e fazer


uso dessa técnica, faça a diferença, e traga a luz da sabedoria aos obreiros de
sua oficina com mais técnica e motivação.

Vamos lá:

Mapas Mentais são estruturas utilizadas para:


a) auxiliar na compreensão e solução de problemas, e
b) na organização de informações, memorização e aprendizado.

São notadamente reconhecidos como um método eficaz para melhorar


a memória e compreensão por meio da representação visual de
informações.
43

Antes de aprender como fazer um mapa mental, é de grande


importância entender como ele funciona, para que assim, você possa construir
seus mapas mentais de forma objetiva e que realmente possam fazer a
diferença na exposição do seu trabalho.

Mapas mentais são compostos de:

PALAVRAS-CHAVE IMAGENS-CHAVE CORES

G.’. A.’. D.’. U.’.

Por meio destas ferramentas, o mapa mental estimula nossos dois


hemisférios cerebrais (esquerdo e direito), responsáveis por nossas
capacidades cognitivas, criatividade, memória, linguagem, lógica, etc.

Essas estruturas podem ser criadas manualmente ou digitalizada, há,


inclusive, aplicativos destinados para esse fim.

Conforme mencionamos, os mapas mentais são compostos de palavras-


chave, imagens-chave e cores em sua composição, porém requer a utilização
de linhas para fazerem as ligações ou ramificações entre as ideias e
pensamentos do mapa mental. (Grifo Nosso)

Orientamos que o irmão pesquisador utilize o seguinte material a fim de


começar a estrutura do mapa mental:
44

- Folha A4,

- Caneta, e

- Material de Colorir (lápis de cor, canetinha ou giz de cêra)

O mapa mental sempre começa com o tema principal no centro da folha.

Depois de definir o elemento principal você puxa elementos que se ligam


diretamente com ele, e cria os ramos principais do seu mapa mental.

Após a criação de um ramo principal, você liga outro ramo a ele, que se
torna o subtópico do ramo principal e com isso você vai aprofundando cada vez
mais sua aprendizagem.

É importante que cada ramo da estrutura tenha uma cor diferente, pois
nosso cérebro assimila melhor a apresentação desse modo.

Não escreva várias frases nos seus ramos, é interessante usar palavras-
chave para um determinado assunto, por exemplo, se o seu tema é
“Circulação em Loja”:

“Como realizar a circulação em loja?”


45

Em uma das ramificações do tema central (Circulação em Loja) você


colocaria, por exemplo, apenas: início entre colunas – 1º giro - luzes
ou se aventurar e desenhar duas colunas, um círculo e três velas ou lâmpadas
que significam as luzes da Loja, respectivamente, V.˙.M.˙., 1º e 2º VVig.˙. como
forma de gravar na memória a sequência do primeiro “giro” feito pelo ir.˙.
M.˙.Cer.˙. ou pelo ir.˙. Hosp.˙. quando inicia sua circulação destinada ao Tr.˙. de
Benef.˙. ou Tr.˙. de Sol.˙..

Exemplo:

CIRCULAÇÃO -----.primeira circulação-----

EM

LOJA

Conforme mencionamos, um detalhe importante é variar na utilização


das cores, principalmente se elas tiverem um significado específico para aquela
ramificação.

Sempre será de bom alvitre colocar desenhos nas ramificações do seu


mapa mental sempre associando com o que você escreveu ou substituindo.

O desenho ramificado do mapa associado a imagens, palavras,


símbolos e sequências de cores permite um passeio ao ritmo visual da
observação livre para seguir uma ramificação ordenada pelo expositor ou
alternar entre elas de acordo com as associações criadas pelo autor do mapa
mental.
46

Eis algumas orientações finais, mencionadas pelo criador do método,


Tony Buzan, para que você possa utilizar como parâmetro para a realização
dos seus Mapas Mentais:

 Iniciar no centro com uma imagem do assunto, usando pelo menos três
cores.
 Use imagens, símbolos, códigos e dimensões em todo o seu mapa mental.
 Selecione as palavras-chave e as escreva usando letras minúsculas ou
maiúsculas.
 Coloque cada palavra/imagem sozinha e em sua própria linha.
 As linhas devem estar conectadas a partir da imagem central. As linhas
centrais são mais grossas, orgânicas e afinam-se à medida que irradiam
para fora do centro.
 Faça as linhas do mesmo comprimento que a palavra/imagem que
suportam.
 Use várias cores em todo o mapa mental, para a estimulação visual e
também para codificar ou agrupar.
 Desenvolva seu próprio estilo pessoal de mapeamento da mente.
 Use ênfases e mostre associações no seu mapa mental.
 Mantenha o mapa mental claro, usando hierarquia radial, ordem numérica
ou contornos para agrupar ramos.

Disponibilizamos aos leitores - no Apêndice 4 e 5 - alguns exemplos de


estruturas de mapas mentais .
47

REFERÊNCIAS

Apostila de Instrução do Grau 4. Supremo Conselho do Brasil do Grau 33


para o Rito Escocês Antigo e Aceito. Ed. 2011, p.01.
GUIMARÃES, João Francisco. Aprendiz – Conhecimentos Básicos da
Maçonaria. Ed. Madras. 1ª Edição, 2008, p. 104.
RODRIGUES, Raimundo. Sutilezas da Arte Real. Editora maçônica “A
Trolha”, 2001, p. 53.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14.724 : Informações e


documentos – Trabalhos acadêmicos – Apresentação. p. 5.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.520: Normas para
citações. 2002, p. 4.
RODRIGUES, Raimundo. Sutilezas da Arte Real. Editora maçônica “A
Trolha”, 2001, p. 19.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.520: Normas para
citações. 2002, p. 5.
MIRA Y LÓPEZ, Emílio. Quatro Gigantes da Alma. Ed. José Olympio, 2000.
CARVALHO, Olavo de. O Jardim das Aflições. Vide Editorial, 3ª edição,
2013, p. 184-185.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 6023 : Informação e


documentação – Referências – Elaboração. 2002, p.02.

POLITO, Reinaldo. Oratória para Advogados e Estudantes de Direito.


Editora Saraiva/OAB SP. 1ª Edição, 2009, p. 43, 45.

TZU, Sun. A Arte da Guerra. Editora Record, 22 ª Edição, 1.999.


Significados. Disponível em :< http://www.significados.com.br/apud/ > Acesso
em 28 jan 2016.
Abreviaturas Maçônicas. Disponível em <
http://trabalhosdamaconaria.blogspot.com.br/2012/07/abreviaturas-
maconicas.html > Acesso em 03 fev 2016.
48

APÊNDICE 1 – Modelo de capa para lojas do GOSP

A.’. R.’. L.’. S.’.“PILARES ANTE DILUVIANOS” - 3534

João Batista

AS DOZE COLUNAS ZODIACAIS

Oriente de Itaquaquecetuba

2016
49

APÊNDICE 2 – Modelo de capa para lojas da GLESP

A.'.R.'.L.'.S.'. ALVORADA DE GUAIANASES - 402

José Batista

“PALAVRA DE PASSE E PALAVRA SAGRADA


NO GRAU DE APRENDIZ”

Oriente de São Paulo

2016
50

APENDICE 3 – Temas para Trabalhos Acadêmicos em Lojas Simbólicas

GRAU 1 GRAU 2 GRAU 3


APRENDIZ COMPANHEIRO MESTRE

As Doze Colunas Palavra de Passe e Palavra de Passe e


Zodiacais Palavra Sagrada Palavra Sagrada
O Painel da Loja de O Painel da Loja de O Painel da Loja de
Aprendiz Companheiro Mestre
O Telhamento do O Telhamento do O Telhamento do
Aprendiz Companheiro Mestre
Abertura do Livro da Lei Abertura do Livro da Lei O Maçom na
no Grau de Aprendiz no Grau de Companheiro Política
A Corda de 81 Nós A Estrela Flamígera Vaidade Maçônica
Significado da Pedra Significado da Pedra Maçonaria: Democracia
Bruta Polida e Meritocracia
A Câmara de Reflexões Diferenças ritualísticas O Pensamento
entre o 1º e o 2º Graus Filosófico da
Maçonaria
O Piso Mosaico Moral Maçônica Somos Maçons?
20 de Agosto Quem foi Amós? O Livre Arbítrio
A Ordem “de Molay” Significado da Letra “G” Deveres Maçônicos
Noções de Oriente e A Marcha do Ser Maçom e Estar
Ocidente Companheiro Maçom
O Maço e o Cinzel A Quinta-Essência A Inteligência
Circulação em Loja Egrégora Os Filhos da Viúva
Cadeia de União As Origens do R.E.A.A. Direitos do Maçom
Entrada, Saudação e A Utilização das Abertura do Livro
Saída do Pavilhão Ferramentas do Grau 2 da Lei no Grau de
Nacional na Vida do Maçom Mestre
Postura em Loja As Origens do Nome Maçonaria e
G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. Religião
A Marcha do Aprendiz Lealdade Jantar Ritualístico
Landmarks O Templo Maçônico Os Ritos Maçônicos
Mútua Maçônica A Tolerância Erros Ritualísticos
Usos e Limitações do Significado das Colunas Acácia: Símbolo da
Balandrau “B” e “J” Imortalidade
A Beneficência Potências Maçônicas A Doutrina Interior
O Átrio e a Sala dos As Ferramentas do Grau O Estudo da
Passos Perdidos de Companheiro Abóboda Celeste
Visitação em Lojas Cargos em Loja O Trono e o Sólio
Uso da Palavra em Loja O Prumo e o Nível Hermetismo
A Espada Flamígera Tronco de Beneficência Deveres do Padrinho
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APÊNDICE 4 – Exemplo Simplificado de Estrutura de Mapa Mental


52

APÊNDICE 5 – Exemplo de Estrutura de Mapa Mental Manual


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ANEXO 1

DICIONÁRIO DE ABREVIATURAS MAÇÔNICAS

Observe duas regras fundamentais:

1ª) O corte das palavras deve ser feito entre uma consoante e uma
vogal.

Exemplo: Or.˙. = Oriente; Apr.˙. = Aprendiz

2ª) O plural das palavras é feito através da repetição da letra inicial.

Exemplo: OOr.˙. = Orientes; IIr.˙. = Irmãos; AApr.˙. = Aprendizes

A
Ac.˙. Acácia
A.˙.ou Alt.˙. Altar
A.˙. dos JJur.˙. Altar dos Juramentos
A.˙. dos PPerf.˙. Altar dos Perfumes
Aters.˙. Atersata
Ao Oc.˙. Ao Ocidente
Ao Or.˙. Ao Oriente
Ap.˙. M,`. Aprendiz Maçom
Apr.˙. Aprendiz
Aum.˙.de Sal.˙. Aumento de Salário
Av.˙. Avental

B
Bal.˙. Balaústre
Bat.˙. Bateria

C
Cad.˙.de Un.˙. Cadeia de União
Cam.˙. de Refl.˙. Câmara de Reflexões
Cam.˙. do M.˙. Câmara do Meio
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Chanc.˙. Chanceler
Cobr.˙. Cobridor
Col.˙. Coluna
Col.˙.Grav.˙. Coluna Gravada
C.˙. Companheiro
Comp.˙. Compasso

D
Delt.˙.Rad.˙. Delta Radiante
Diac.˙. Diácono

E
Entr.˙.CCol.˙. Entre Colunas
Esp.˙. Espada
Esp.˙.Flam.˙. Espada Flamejante
Estr.˙. Estrela
Exp.˙. Experto

F
FF.˙. da V.˙. Filhos da Viúva

G
G.˙.d.˙.L.˙. Guarda da Lei
G.˙.d.˙.T.˙. Guarda do Templo
Gr.˙. Grande ou Grão
Gr.˙. M.˙. Grão-Mestre
G.˙. O.˙. Grande Oriente
G.˙. O.˙. B.˙. Grande Oriente do Brasil
G.˙. O.˙.S.˙. P.˙. Grande Oriente de São Paulo
G.˙. L.˙. E.˙.S.˙. P.˙. Grandes Lojas do Estado de S.P.
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H
Hosp.˙. Hospitaleiro
Hospit.˙. Hospitalaria

I
In.˙. Iniciação
Ir.˙. ou Irm.˙. Irmão

J
J.˙. e P.˙. Justo e Perfeito

L
Livr.˙. ou L.˙. Livro
L.˙. da L.˙. Livro da Lei
L.˙.das SS.˙. EE.˙. Livro das Sagradas Escrituras
Loj.˙. Loja

M
Maç.˙. Maçom
Maçon.˙. Maçonaria
Maçon.˙. Fil.˙. Maçonaria Filosófica
Maçon.˙. Simb.˙. Maçonaria Simbólica
M.˙. CCer.˙. Mestre de Cerimônias
M.˙. de Harm.˙. Mestre de Harmonia
M.˙. I.˙. Mestre Instalado
M.˙. M.˙. Mestre Maçom

N
N.˙. Nível
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O
Obr.˙. Obreiro
Ob.˙. Obediência
Of.˙. Oficina
Ofic.˙. Oficial
Ord.˙. Ordem
Or.˙. Oriente
Orad.˙. Orador
Orat.˙. Oratória
Oc.˙. Ocidente

P
Pain.˙. Painel
P.˙. P.˙. Palavra de Passe
P.˙. S.˙. Palavra Sagrada
P.˙. Sem.˙. Palavra Semestral
P.˙. M.˙. Past Master
P.˙. M.˙.I.˙. Past Master Imediato (mais recente)
Pav.˙. Mos.˙. Pavimento Mosaico
Peç.˙. de Arq.˙. Peça de Arquitetura
Pot.˙. Potência
Pr.˙. Prancha
Pranch.˙. Prancheta
Prof.˙. Profano
Prop.˙. Proposta
Perp.˙. Perpendicular

R
Reg.˙. Régua
Rit.˙. Ritualística
R.˙. L.˙. Respeitável Loja
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Resp.˙. M.˙. Respeitável Mestre

S
Sagr.˙. Sagração
Sal.˙. dos PP.˙. PPerd.˙. Sala dos Passos Perdidos
Ser.˙. Sereníssimo
Sess.˙. Br.˙. Sessão Branca
Sess.˙. Econ.˙. Sessão Econômica
Sess.˙. Esp.˙. Sessão Especial
Sess.˙. Magn.˙. Sessão Magna
Simb.˙. Símbolo
Secret.˙. Secretaria
Secr.˙. Secretário
Sin.˙. Sinal
Sin.˙. de Ord.˙. Sinal de Ordem
Saud.˙. Saudação
Sin.˙. Gut.˙. Sinal Gutural
Sin.˙. Pen.˙. Sinal Penal
Sob.˙. Soberano
Subl.˙. Ord.˙. Sublime Ordem

T
Telh.˙. Telhar
Telhad.˙. Telhador
T.˙. de J.˙. Templo de Jerusalém
Tr.˙. Tronco
Traç.˙. Traçado
Tr.˙. de Benef.˙. Tronco de Beneficência
Tr.˙. Abr.˙.Fr.˙. Tríplice Abraço Fraternal
Trolh.˙. Trolhar
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V
V.˙. M.˙. Venerável Mestre
Vig.˙. Vigilante

IMPORTANTE SABER: Há certas abreviaturas que foram consagradas pelos


usos e costumes e que notadamente não seguem as regras estabelecidas,
elencamos abaixo algumas delas:

G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. Grande Arquiteto do Universo


A.˙.G.˙.D.˙.G.˙.A.˙.D.˙.U.˙. À Glória do Grande Arquiteto do Universo

T.˙.F.˙.A.˙. Tríplice Fraternal Abraço


A.˙.R.˙.L.˙.S.˙. Augusta e Respeitável Loja Simbólica
S.˙.F.˙.U.˙. Saúde, Força e União
E.˙.V.˙. Era Vulgar
R.˙.E.˙.A.˙.A.˙. Rito Escocês Antigo e Aceito
L.˙. de S.˙.J.˙. Loja de São João
Q.˙. de O.˙. Quadro de Obreiros
T.˙.J.˙. e P.˙. Tudo Justo e Perfeito
C.˙. do M.˙. Câmara do Meio
L.˙.I.˙.Fr.˙. Liberdade, Igualdade e Fraternidade
T.˙.do R.˙.S.˙. Templo do Rei Salomão
S.˙.F.˙.B.˙. Saúde, Força e Beleza

E.˙.V.˙.A.˙.E.˙.F.˙.
A.˙.A.˙.M.˙.E.˙.C.˙.
M.˙.I.˙.C.˙.T.˙.M.˙.R.˙.

.˙.

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