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Legislação e Política Educacional Brasileira

Alvaro Sobralino de Albuquerque Neto


Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Neste trabalho, procuro analisar mente, perscruta a historicidade da


e discutir a Política Educacional Bra- educação, suas crises, seus limites e
sileira, tendo como fio condutor as suas possibilidades, criando uma tra-
diretrizes emanadas da legislação dição de análise histórica da política
educacional1 que explicitaram e ajus- educacional vinculada à compreensão
taram a formulação de uma política e à explicação do que ocorre na his-
educacional concreta. Isto ocorre tória do País.2 Aqui, também, a polí-
num período de duas décadas— 1961 tica educacional — como um caso
a 1982 — abrangendo quase a tota- particular da política social — será
lidade do período de vigência do re- abordada em termos político-ideoló-
gime militar no Brasil. gicos e entendida como "conjunto de
A análise da política educacio- medidas tomadas (ou apenas formu-
nal no Brasil vem se constituindo, ladas) pela sociedade política que di-
gradativamente, numa preocupação zem respeito ao aparelho de ensino
e numa tarefa dos educadores com- (propriamente escolar ou não), visan-
prometidos com os rumos da educa- do à reprodução da força de trabalho
ção no País. Essa análise, invariavel- e dos intelectuais (em sentido amplo),

' Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 4.024/61), Reformado Ensino Superior (Lei nº 5.540/
68). Lei de Diretrizes e Bases do Ensino de lº e 2º Graus (Lei nº 5.692/71) e Lei nº 7.044/82, que modificou
artigos da Lei n° 5.692/71, referentes à profissionalização no ensino de 2º grau.
2
Importantes contribuições nesta área são os trabalhos de Luís Antônio Cunha (Educação e Desenvolvimento
Social no Brasil), de Barbara Freitag (Escola, Estado e Sociedade), de Valter Esteves Garcia (Educação Bra-
sileira Contemporânea), de José de Oliveira Arapiraca (Usaid e a Educação Brasileira), de Otaíza Romanelli
(História da Educação no Brasil), de Vagner Gonçalves Rossi (Capitalismo e Educação no Brasil), de Manfredo
Berger (Educação e Dependência), de Dermerval Saviani (Política e Educação no Brasil) e de Evaldo Amaro
Vieira (Política Social e Educação), entre outros.
à regulação dos requisitos educacio- na fundamentação da educação
nais e à inculcação da ideologia do- como mecanismo justificador da de-
minante" (Cunha, 1975), ou seja, uma sigualdade social". De acordo com
forma de intervenção do Estado com esse economicismo, as condições de
vista à assegurar a dominação políti- desenvolvimento exigidas pelo Es-
ca e a manutenção do processo de tado necessitam de possibilidades de
acumulação de capital. produção, reprodução e qualificação
No período histórico referido de mão-de-obra capazes de in-
e, predominantemente, nas décadas corporar novos recursos e técnicas
de 60 e 70, a educação no Brasil produtivas. Estas exigências são fun-
foi "reduzida, pelo economicismo, damentais no processo de acumu-
a mero fator de produção — capi- lação e expansão capitalista. Nesta
tal humano. Essa concepção de edu- perspectiva, a educação torna-se fa-
cação como fator econômico vai tor de concentração de riqueza,
constituir-se numa espécie de feti- hierarquização de trabalho e multi-
che, um poder em si que, uma vez plicação da divisão social, ou seja,
adquirido, independentemente das reproduz a ideologia dominante e as
relações de força e de classe, é ca- relações sociais características do
paz de operar o milagre da equa- modo de produção capitalista.
lização social, econômica e políti- Entretanto, essa concepção de
ca entre indivíduos, grupos, classes educação não é original e sim uma
e nações" (Frigoto, 1995, p.18). A continuidade do roteiro já traçado
teoria do capital humano, como se historicamente, especialmente após
sabe, foi inspirada na teoria estru- a década de 30, quando passamos a
tural-funcionalista e desenvolveu- ter uma estrutura organizacional e
se, segundo Machado (1982, diretrizes gerais para a educação.
p.104), com a finalidade de "inves- Isto se dá principalmente com a cri-
tigar as condições de maxímização ação do Ministério dos Negócios da
dos lucros decorrentes do investi- Educação e Saúde Pública3 e do
mento na educação e de contribuir Conselho Nacional de Educação4.

3 Decreto nº 19.402, de 14 de novembro de 1930.


4 Decreto nº 9.850, de 11 de abril de 1931.
Este processo, por outro lado, tem atribuições, das responsabilidades e
também raízes no sistema de demo- dos limites da ação do Estado na
cracia formal que vigorava no País esfera educacional impôs-se sobre a
desde o fim do Estado Novo, em questão da qualidade ou da própria
1946, que sofria constantes crises necessidade da "reforma educacio-
institucionais, impulsionadas, por um nal". Nos treze anos5 de discussão
lado, pela penetração do capital in- da LDB, as preocupações centrali-
ternacional e, de outro, pela crescen- zaram-se na organização do ensino,
te organização dos camponeses e expressando, assim, a preocupação
trabalhadores da indústria. Ou seja, típica do período de transição polí-
é a emergência no País de um novo tica que iniciava um processo de re-
contexto político-social caracteriza- organização da vida nacional; assim,
do pela "intensa crise econômico-fi- a redefinição do projeto econômico
nanceira, freqüentes crises político- conduzia à redefinição política e edu-
institucionais, extensa mobilização cacional no País.
política das classes populares, am- Nesse quadro de interesses, pre-
pliação e fortalecimento do movi- ocupações e aspirações da conjun-
mento operário e dos trabalhadores tura econômica e política é que po-
do campo, crise do sistema partidá- demos situar e tentar compreender
rio e acirramento da luta ideológica o processo de discussão da lei que
de classe" (Toledo, 1983, p.9). unificou e sistematizou o ensino na-
Nesse cenário de redefinição dos cional. Por isso, podemos concor-
rumos e da consolidação do capita- dar com a afirmação de que "havia
lismo no País, acontecem os deba- divergências ideológicas específicas
tes em torno da elaboração da Lei e interesses políticos particulares nos
de Diretrizes e Bases da Educação embates dos grupos em confronto,
Nacional; por isso, a questão das mas que acabaram superados em so-

s
O projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi elaborado por uma comissão de especialistas,
presidida pelo ministro da Educação, em cumprimento a dispositivo da Constituição de 1946 que concedia à
União a competência para fixar as diretrizes e bases da educação nacional. Este projeto foi apresentado à Câmara
dos Deputados por Clemente Mariani em 1948, tendo sido aprovado somente no final de 1961.
luções conciliatórias sobre uma base ras do Estado, impor formas especí-
ideológica comum, imprimindo à po- ficas de controle da sociedade e deli-
lítica educacional os rumos efetiva- near um projeto de governo do Bra-
mente exigidos pelas condições de sil. Como o controle da sociedade
fato"(Xavier, 1990, p. 179). exigia que mecanismos e estruturas
Vencida a longa e contraditória variadas fossem utilizadas e modifi-
gestação, a LDB entra em vigor em cadas constantemente para que esse
1961. Decorridos pouco mais de dois objetivo fosse alcançado, uma das
anos de sua vigência, a lei do ensino alterações propostas foi a chamada
nacional já se defronta com um novo "reforma universitária", efetuada se-
embate, visto que no início de 1964 gundo acordos firmados entre o MEC
o governo constitucional de João e a Usaid. Estes acordos visavam ao
Goulart estava "espremido entre a "desenvolvimento nacional" e foram
mobilização golpista, que reunia a efetuados no período de 1965 a 1967,
maior parte da cúpula militar unida com a participação de uma comissão
aos setores rnais conservadores da so- de especialistas brasileiros e estran-
ciedade, e o crescente movimento de geiros. O objetivo desses acordos era
massas que exigia a implantação de promover uma reforma geral no sis-
reformas estruturais" (Barros, 1994, tema nacional de educação.
p.17). Este momento de forte ati- Os acordos MEC-Usaid, se-
vismo político dos setores populares gundo Cunha e Góes (1985, p.33),
é percebido por outros setores como "cobriram todo o espectro da edu-
"uma ameaça à sobrevivência do cação nacional, isto é, o ensino pri-
modo de organização social vigente" mário, médio e superior, a articula-
(O'Donnell 1982, p.273). Isto favo- ção entre os diversos níveis, o trei-
rece a ascensão dos militares ao po- namento de professores e a produ-
der, que instauram um "novo mode- ção e veiculação de livros didáticos.
lo" de regime político. A proposta da Usaid não deixava
O regime militar utilizou a "dou- brecha. Só mesmo a reação estu-
trina de segurança nacional e desen- dantil, o amadurecimento do pro-
volvimento" para moldar as estrutu- fessorado e a denúncia de políticos
nacionalistas com acesso à opinião tempo em que foram feitas suges-
pública evitaram a total demissão tões para solucioná-las. Essas su-
brasileira no processo decisòrio da gestões contemplam como condi-
educação nacional". ção imperativa da desmobilização
A culminância dos acordos estudantil uma urgente e radical re-
MEC-Usaid resultou na Lei nº forma no ensino superior.
5.540/68, que promoveu a reforma A reforma universitária pro-
do ensino superior, e na Lei n2 posta pelo governo apresenta-se,
5.692/71, que reformou o ensino de finalmente, como "uma incorpora-
1a e 2a graus. Através dessas refor- ção desfigurada de experiências e
mas, o Estado atribui à educação o demandas anteriores acrescida das
papel de instância geradora das con- recomendações privatistas de
Atcon, dos assessores da Usaid e
dições de desenvolvimento neces-
da Comissão Meira Matos. (...)
sárias ao êxito do seu projeto polí-
conceptualmente, ela tomou por
tico-econômico. Assim, a política
base a teoria do capital humano—
educacional passa a ser condição
que estabelece um vínculo direto
sine qua non para o desenvolvimen- entre educação e mercado de tra-
to da produção industrial capitalis- balho, educação e produção — e a
ta. Por isso, o Estado ajusta a polí- ideologia de segurança nacional.
tica educacional às suas necessida- Tratava-se de reformar para des-
des, de modo a "integrá-la" ao pro- mobilizar os estudantes" (Germano,
jeto de desenvolvimento nacional. 1993, p.123). Esta "reforma" é o
Em 1967, o governo Costa e resultado de um mês de trabalho
Silva constitui uma comissão com do Grupo de Trabalho da Refor-
a finalidade de sugerir mudanças no ma Universitária (GTRU) e abran-
sistema de ensino, notadamente nas gia, em síntese, a idéia de raciona-
universidades. A Comissão Meira lização da universidade, da adoção
Matos, como ficou conhecida, fez do ciclo básico e ciclo profissio-
um diagnóstico da educação no nal, da matrícula por semestre e da
País, identificando as suas deficiên- alteração do regime de trabalho
cias e precariedades, ao mesmo dos professores, entre outras.
O projeto de reforma universi- introduziram uma prática pater-
tária foi aprovado em caráter de nalista e caritativa de assistência do
urgência pelo Congresso Nacional. lado "favorecido" da sociedade para
A urgência justificava-se porque o o lado "carente e menos favoreci-
governo tinha pressa em responder do", sobretudo do interior do País.
às inquietações dos movimentos es- Quanto à política educacional
tudantis da época, que conseguiam para os ensinos primário e secundá-
mobilizar contra o regime militar se- rio, esta se manifesta através da Lei
tores da sociedade civil. A ordem nº 5.692/71, que fixa as diretrizes e
era desmobilizar o movimento es- bases para o ensino de 1a e 2a graus.
tudantil. Por isso, "ao contrário do O anteprojeto dessa lei foi elabora-
que se verificou no período popu- do por uma comissão de "notáveis",
lista por ocasião da tramitação do como o padre José de Vasconcellos
projeto da Lei de Diretrizes e Ba- (presidente), Valnir Chagas (relator),
ses da Educação Nacional, a socie- senador Aderbai Jurema (relator da
dade civil organizada não se mani- Comissão Mista do Congresso),
festou e nem tampouco ocorreu um Clélia de Freitas Capanema, profes-
autêntico debate no Parlamento" sora Eurídes Brito da Silva, Geral-
(Germano, 1993, p.133). do Bastos da Silva, professora Mag-
Como a intenção era desmo- da Soares Guimarães, Gildásio Ama-
bilizar qualquer contestação ao re- do e Nise Pires. No período de um
gime, o Estado oferece um sucedâ- mês, o anteprojeto transitou em re-
neo à participação política e social gime de urgência e foi aprovado por
dos estudantes, visando canal izar as unanimidade pelo Congresso Naci-
energias dos jovens para tomarem onal, "ressaltando-se a ausência de
contato direto com os problemas do vetos por parte do presidente da Re-
País. Surge como resposta o Proje- pública, fato raro na legislação edu-
to Rondon e os campi avançados cacional em nosso País". (Saviani,
das universidades brasileiras no in- 1987, p.122).
terior e nas regiões Norte, Nordes- Os pontos básicos da Lei nº
te e Centro-Oeste. Esses programas 5.692/71 são: a extensão da esco-
laridade obrigatória para todo o clássico e científico e quase fez o
ensino de 1º grau (oito anos), que mesmo com a especificidade das
unificou os antigos "primário" e escolas técnicas industriais e das
"ginásio", e a compulsoriedade da escolas normais, pois seus cursos
profissionalização do ensino de 2º passaram a ser, a partir daí, profis-
grau. A extensão da obrigato- sionalizantes, como todas as esco-
riedade escolar de quatro para oito las de 2a grau no País.
anos amplia também a faixa etária De acordo com Cunha e Góes
obrigatória (dos 7 aos 14 anos), sem (1985, p.68), "as escolas normais
que tivéssemos conseguido resol- foram desativadas, sendo o curso
ver a questão da obrigatoriedade de formação de professores primá-
das quatro séries do antigo primá- rios transformado em apenas rnais
rio. Some-se a isso que, salvo as uma habilitação do elenco ofereci-
exceções, as escolas permaneceram do pelas escolas, para onde iam os
organizadas no modelo do antigo alunos que, por suas notas, não con-
esquema: primário (lª a 4a série) e seguiam vagas nas turmas de habi-
ginásio (5a a 8a série). A profis- litações rnais atraentes. Isso, rnais
sionalização compulsória no ensi- o currículo aguado da habilitação,
no de 2a grau tinha como objetivo teve danosas conseqüências para a
fazer com que um grande contin- qualidade do ensino. As escolas téc-
gente de mão-de-obra pudesse in- nicas industriais sofreram violência
gressar mais cedo no mercado de semelhante. Os certificados de seus
trabalho, pois os estudantes já sai- cursos valiam, agora, o mesmo que
riam do 2º grau com uma habilita- os conferidos pelos cursos impro-
ção profissional e procurariam logo visados das outras. Não foram pou-
um emprego, o que não seria difí- cas as escolas técnicas transforma-
cil, já que o "milagre econômico" das em 'centros interescolares',
possibilitaria isso. onde os alunos das demais eram
A política equivocada da pro- 'apresentados' a máquinas, instru-
fissionalização obrigatória no ensi- mentos e equipamentos, num rodí-
no de 2a grau exterminou os cursos zio que não era suficiente para o
ensino profissional, nem dava espa- profissionalizante não agradou nem
ço para a continuação do ensino que mesmo às classes trabalhadoras,
elas desenvolviam há muito tempo". que viam, assim, ser diminuídas as
Fracassada, então, a política de suas possibilidades de acesso à uni-
profissionalização universal e com- versidade e a conseqüente liberação
pulsória no ensino de 2º grau, e do "trabalho pesado". A grande
como a demanda pelo ensino supe- beneficiada por esse equívoco foi a
rior também não foi contida con- rede privada, que saiu fortalecida
forme as expectativas governamen- graças à sua maleabilidade (resis-
tais, o MEC recuou em seu intento tência) diante da implantação da
inicial e "suavizou" a obrigato- profissionalização, o que lhe possi-
riedade profissionalizante no ensi- bilitou assumir o caráter prope-
no de 2º grau com a introdução das dêutico da antiga escola média (ins-
habilitações básicas6, que previam tância preparatória para o vestibu-
uma formação profissional genéri- lar). Isto facilitou também a proli-
ca a ser completada nas empresas. feração de cursinhos pré-vestibula-
Alguns anos após aconteceria a "re- res, que elitizaram rnais ainda o
vogação" da profissionalização acesso às universidades públicas.
compulsória no ensino de 2º grau7. Em síntese, a política edu-
A Lei nº 7.044/82 tardiamente cacional implementada no Brasil
revogou a compulsoriedade profis- durante o período em análise dei-
sionalizante do ensino de 2º grau, xou algumas conseqüências visíveis,
embora isso tenha acontecido de- como: expansão desordenada dos
vido às reivindicações das classes cursos de nível superior; não-supe-
economicamente favorecidas da so- ração do analfabetismo; incapacida-
ciedade, para quem a educação para de do ensino de 2º grau de atender
o trabalho não cabia na concepção às exigências que lhe foram colo-
de mundo. Enfim, a proposta cadas, como, por exemplo, a for-

6
Parecer CFE nº 76/75.
7
Lei Federal n° 7.044/82.
macão de profissionais de nível tratégia de hegemonia e controle
médio segundo as carências do social, privilegiando o topo da pi-
mercado de trabalho; e a inade- râmide social, mantendo a desigual-
quação entre o mercado de traba- dade; ou seja: a política educacio-
lho e a oferta de cursos e vagas. Em nal foi utilizada como uma forma
que pese inegavelmente a expansão de intervenção do Estado com vis-
do atendimento do ensino obriga- ta a assegurar a dominação política
tório, por outro lado houve uma e a manutenção do processo de acu-
retração na qualidade do ensino ofe- mulação do capital.
recido. Some-se a isso a tentativa
do Estado de desobrigar-se do fi-
Referências bibliográficas
nanciamento da educação pública,
ao mesmo tempo que incentivava e BARROS, Edgar Luís de. Os go-
incrementava a privatização do en- vernos militares. São Paulo:
sino superior. Por outro lado, con- Contexto, 1994.
trariando a própria "teoria do capi-
tal humano", com a qual se identi- BRASIL. Decreto nº 19.402, de 14
ficava, o Estado também não inves- de novembro de 1930. Cria uma
tiu de forma suficiente na capaci- Secretaria de Estado com a de-
tação de professores das disciplinas nominação de Ministério dos
técnicas (profissionalizantes) ou na Negócios da Educação e da
aquisição de oficinas, laboratórios, Saúde Pública. In: COLEÇÃO
bibliotecas, equipamentos e mate- das Leis da República dos Es-
rial didático, fatores indispensáveis tados Unidos do Brasil. Rio de
a uma política pública que vise à Janeiro: Imprensa Nacional,
consecução de uma educação pú- 1931. p.16.
blica, gratuita e de qualidade.
Podemos afirmar, portanto, que . Decreto nº 19.850,
o modelo econômico de desenvol- de 11 de abril de 1931. Cria o
vimento e segurança nacional utili- Conselho Nacional de Educa-
zou a política educacional como es- ção. In: COLEÇÃO das Leis da
República dos Estados Unidos GERMANO, José Wellington. Es-
do Brasil. Rio de Janeiro: Im- tado militar e educação no Bra-
prensa Nacional, 132. p.323. sil. São Paulo: Cortez, 1993.

. Lei n° 7.044, de MACHADO, Lucilia Regina de


1982. Altera dispositivo da Lei Souza. Educação e divisão so-
nº 5.692, de 11 de agosto de cial do trabalho. São Paulo:
1971, referente à profissio- Cortez, 1982.
nalização do ensino de 2º grau.
O'DONNELL, Guilhermo. Ten-
CONSELHO FEDERAL DE sões do estado autoritário-bu-
EDUCAÇÃO. Parecer nº 76/ rocrático e a questão da demo-
75. O ensino de 2º grau na Lei cracia. In: O novo autoritarismo
nº 5.692 de 1971. na América Latina. Rio de Ja-
neiro: Paz e Terra, 1982.
CUNHA, Luís Antonio. Educação
e desenvolvimento social no SAVIANI,, Dermeval. Política e
Brasil. Rio de Janeiro: F. Alves, educação no Brasil: São Pau-
1975. lo: Cortez, 1987.

CUNHA, Luís Antonio; GOES, TOLEDO, Caio Navarro de. O go-


Moacir de. O golpe na educa- verno Goulart e o golpe de 64.
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FRIGOTTO, Gaudêncio. Educa- XAVIER, Maria Elizabete Sampaio


ção e a crise do capitalismo Prado. Capitalismo e escola no
real. São Paulo: Cortez, 1995. Brasil. São Paulo: Papirus, 1990.

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