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No Monte Tabor, Jesus falou com dois espíritos materializados? Essa pergunta foi
feita por um ouvinte do programa Debate na Rio, da Rádio Rio de Janeiro, em virtude de
ter ficado muito confuso ao ler um artigo publicado num boletim de uma instituição
espírita, cujo articulista dizia que os dois eram um só espírito.
Na oportunidade, esclareci que, de fato, eram dois espíritos diferentes, duas
individualidades bem distintas, com base na mensagem do benfeitor espiritual Emmanuel,
pela inquestionável mediunidade de Chico Xavier, no capítulo 105 do livro Caminho
Verdade e Vida. A revelação de que eram dois espíritos e não um, vem logo após a
citação do evangelho de Lucas (28:9): “E aconteceu que, quase oito dias depois destas
palavras, (Jesus) tomou consigo a Pedro, a João e a Tiago, e subiu ao monte a orar”.
Vejamos então o que diz Emmanuel no primeiro parágrafo do seu comentário
sobre o texto evangélico, confirmando a nossa correta resposta àquele ouvinte:
“Digna de notar-se a atitude do Mestre, convidando apenas Simão e os filhos de
Zebedeu para presenciarem a sublime manifestação do monte, quando Moisés e outro
emissário divino estariam em contacto direto com Jesus, aos olhos dos discípulos" (o
grifo é nosso).
Portanto, a palavra esclarecedora de Emmanuel confirma a presença de dois
espíritos no Monte Tabor a conversarem materializados com o Mestre: o espírito Moisés e
o espírito de outro emissário, que pelo registro Bíblico tratava-se do profeta Elias.
Outra prova de que eram duas entidades distintas consta no relato sobre esse
acontecimento no Novo Testamento, após a transfiguração de Jesus no Tabor, onde se
lê: “Eis que lhe apareceram Moisés e Elias falando com ele. Pedro, tomando a palavra,
disse a Jesus: Senhor, bom é nós estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas, uma
para ti, uma para Moisés e uma para Elias”.
ELIAS E A REENCARNAÇÃO
A MISSÃO DE CADA UM
Diante de tantos esclarecimentos, fica bem claro que os dois missionários tiveram
justificadas suas presenças no Tabor. Cada qual com seu objetivo: um de revogar
pessoalmente a proibição de se comunicar com os mortos; e o outro, pela experiência
vivida como Elias, responsável pela degola dos adoradores de Baal, dando um
testemunho pessoal da sua reencarnação como João Batista, e morrendo degolado para
expiar o mal cometido em anterior encarnação. Conclusão: Elias e Moisés são duas
individualidades distintas, dois missionários a serviço de Deus.