Professional Documents
Culture Documents
SEM SEGREDOS
- Um guia completo para você
entender de vez sobre essa técnica -
o que são olheiras?
Olheiras, também chamadas de
hiperpigmentação periorbicular, são uma
das queixas mais comuns nos consultórios,
ela acomete pessoas de qualquer idade,
ambos os sexos e todas as raças. Afetando
de forma direta a qualidade de vida e
principalmente a autoestima dos
portadores, afinal sua aparência causa uma
dependência de maquiagem e transmite a
mensagem de uma pessoa cansada e com
uma aparência mais envelhecida.
Apesar de ambos os sexos serem acometidos, o público feminino é o que movimenta mais
as clínicas de estética, em particular fototipos mais altos com a coloração mais escura na
região dos olhos.
principais causas das olheiras
Ainda não existem muitos estudos que fale diretamente sobre a etiologia das olheiras, porém
sabemos que é uma característica autossômica dominante. As causas também não estão tão
esclarecidas, porem já é sabido que existem vários fatores que participam do aumento da
produção da melanina na epiderme na região das pálpebras, a presença de hiperpigmentação
pós inflamatórios presentes principalmente para os pacientes que possuem dermatite atópica,
o escurecimento da pálpebra como consequência da flacidez tissular e excesso de tecido e por
ultimo quando existe a atrofia da pele e fica mais notório o plexo vascular. Outra grande
característica dos paciente que possuem as olheiras, é a insônia e o cansaço frequente que irá
gerar uma dificuldade na circulação sanguínea, o que ira ocasionar a coloração mais escura na
região dos olhos.
tipos de olheiras
Existem algumas classificações para a
hiperpigmentação periorbicular, mas geralmente a
literatura se refere há 2 tipos: a de origem a vascular e
a de origem melânica.
Quando falamos de hiperpigmentação periorbicular
de origem vascular, significas que ela é causada por
um congestionamento na região, ou seja, a
microcirculação lenta e está mais relacionada com a
herança genética.
Sua principal causa é o extravasamento no depósito de hemossiderina (pigmento de cor
parda), depósito esse que acumula íons de ferro, que após esse rompimento há um
extravasamento sanguíneo na derme, considerada segunda camada da pele e que é altamente.
O álcool, o uso de medicamentos vasodilatadores, anticoncepcionais, tabagismo e outros,
também é considerado causas da olheira do tipo vascular, uma vez que eles alteram a
circulação, gerando estase na região. Costuma aparecer em crianças ou na fase da
adolescência.
O seu diagnóstico é feito de uma forma simples e objetiva: é realizado na pálpebra inferior um
leve tracionamento, e então, os vasos sanguineos mais superficiais irão ficar mais visíveis,
caraterizando a origem vascular.
O segundo tipo de olheira é a melânica, que está intimamente ligada ao melanócito, célula
esta responsável pela produção da melanina. Essa olheira está presente em pessoas mais
velhas que tem fototipo alto, podendo também aparecer nos idosos de fototipo mais baixos,
como resultado de uma exposição solar frequente, excessiva e acumulativa .
Outras razões podem ser de origem genética, a exposição solar cumulativa, tabagismo,
etilismo ou privação de sono. Em alguns casos, pode aparecer precocemente, muitas vezes
ainda na infância, em pessoas de grupos étnicos como árabes, turcos, hindus e ibéricos,
visualizam-se os vasos dilatados por transparência, que são a liberação de íons férricos locais
que formam radicais livres que estimulam os melanócitos, gerando pigmentação. O
mecanismo importante no desenvolvimento da olheira está relacionado à microcirculação
lenta.
conhecendo sobre a sua anatomia
conhecendo sobre a sua anatomia
A pele das pálpebras é mais fina e mais flexível que o restante do corpo devido à
redução de colágeno, elastina e glicosaminaglicanas. O que separa os vasos sanguíneos
da pele são 3 bolsas de gordura que todos nós apresentamos ao redor dos olhos na
parte inferior das pálpebras. Logo, sempre que estamos cansados por dormirmos pouco,
ocorre vasodilatação e, como aumenta o aporte sanguíneo para essa área, aparecem às
olheiras. Condições como congestão, hiperemia e outras quaisquer alterações circulares
são prontamente visíveis. Fatores ambientais, incluindo a radiação ultravioleta,
envelhecimento cronológico, o estresse físico e emocional, além de reações alérgicas e
atópicas podem favorecer a liberação de mediadores inflamatórios, que afetam a
permeabilidade vascular.
Dentre as afecções, a rinite alérgica provoca estase
venosa da pálpebra devido ao edema prolongado
da mucosa nasal e paranasal, que é agravada pelo
espasmo alérgico do músculo de Muller (músculo
superior palpebral), afetando a drenagem venosa
das pálpebras (EBERLIN et al., 2009; OSHIMA et al.,
2009; CYMBALISTA; BECHARA; GARCIA, 2012;
OHSHIMA; TAKIWAKI, 2008).
O Ácido Tioglicólico possui peso molecular de 92,12, solúvel em água, álcool e éter e é oxidado
facilmente. É utilizado numa concentração de 5% a 12% e sua principal capacidade é de quelar o
ferro da hemossiderina, por apresentar grupo tiólico.
Amplamente empregado na cosmética, o ácido tioglicólico é umectante, esfoliante e muito
usado no tratamento dos cabelos e redução de rugas de expressão. Usado inicialmente na
cosmética como um depilatório, uso que permanece até os dias de hoje, é o responsável pelo
odor desagradável de alguns cremes depilatórios, e atua no enfraquecimento do pelo, tornando
mais fácil sua remoção. Se apresenta na forma de loção, creme e gel.
Costa et al, 2010, comprovou que os peelings seriados e progressivos de ácido tioglicólico 10%
apresentam-se como ferramenta terapêutica segura, eficiente e de baixo custo no tratamento da
hipercromia periorbicular constitucional.
uso em consultório
NUNES, Lívia; SIMON, Angela; KUPLICH, Mônica. ABORDAGENS ESTÉTICAS NÃO INVASIVAS PARA A
HIPERPIGMENTAÇÃO ORBITAL RIES, ISSN 2238-832X, Caçador, v.2, n.2, p. 93-106, 2013.
SOUZA, et al. Comparação entre ácido tioglicólico 2.5%, hidroquinona 2%, haloxyl 2% e peeling de ácido
glicólico 10% no tratamento da hiperpigmentação periorbital - Surgical and Cosmetic dermato Surg Cosmet
Dermatol, 5 (1): 46-51, 2013.
LUDTEK; et al. Perfil epidemiológico dos pacientes com hipercromia periorbital em um centro de referência de
dermatologia do Sul do Brasil Surg Cosmet Dermatol 2013;5(4):3028.
HARRIS, Maria. PELE estrutura, propriedades e envelhecimento. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2009.
COSTA; et al. Peeling de gel de ácido tioglicólico 10%: opção segura e eficiente na pigmentação infraorbicular
constitucional Surg Cosmet Dermatol. 2010;2(1):29-33.
GONZALES, et al. Polissacarídeos amido e celulose enxertados com ácido tioglicólico com ação bactericida,
2014.