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A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global.

Esse processo consiste em


uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e


nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. No passado,
para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro
semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao
conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada quase que em tempo
real.

O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países


desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista
que o consumo interno se encontrava saturado.

A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o


sistema capitalista se tornou predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou
a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.

A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois


fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial.

As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática,


promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa
e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de
informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo.

O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos
transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações
comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada
capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um
mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.

O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas.


As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de
globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes
territórios.

Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer


no mercado que está cada vez mais competitivo.

Enquanto que no passado os instrumentos da integração foram à caravela, o barco à vela e a


vapor, e o trem, seguidos do telégrafo e do telefone, a globalização recente se faz pelos
satélites e pelos computadores ligados na Internet. Se antes ela martirizou africanos e
indígenas e explorou a classe operária fabril, hoje se utiliza do satélite, do robô e da
informática, abandonando a antiga dependência do braço em favor do cérebro, elevando o
padrão de vida para patamares de saúde, educação e cultura até então desconhecidos pela
humanidade.

A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos atingem no


dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver com isso, porque existem
mudanças positivas para o nosso cotidiano e mudanças que estão tornando a vida de muita
gente mais difícil. Um dos efeitos negativos do intercâmbio maior entre os diversos países do
mundo, é o desemprego que, no Brasil, vem batendo um recorde atrás do outro.

No caso brasileiro, a abertura foi ponto fundamental no combate à inflação e para a


modernização da economia com a entrada de produtos importados, o consumidor foi
beneficiado: podemos contar com produtos importados mais baratos e de melhor qualidade e
essa oferta maior ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços
menores e mais qualidade. É o que vemos em vários setores, como eletrodomésticos, carros,
roupas, cosméticos e em serviços, como lavanderias, locadoras de vídeo e restaurantes. A
opção de escolha que temos hoje é muito maior.

Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das empresas


produziu um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir custos e poder baixar
os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com menos gente.
Incorporavam novas tecnologias e máquinas. O trabalhador perdeu espaço e esse é um dos
grandes desafios que, não só o Brasil, mas algumas das principais economias do mundo têm
hoje pela frente: crescer o suficiente para absorver a mão-de-obra disponível no mercado,
além disso, houve o aumento da distância e da dependência tecnológica dos países
periféricos em relação aos desenvolvidos.

A questão que se coloca nesses tempos é como identificar a aproveitar as oportunidades que
estão surgindo de uma economia internacional cada vez mais integrada.

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