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INSTRUMENTAÇÃO
DE ESTACAS
ANA KARINE SANTOS DANTAS
PROF. DSc. JOSÉ FERNANDO THOMÉ JUCÁ
RECIFE - PE
2018
Introdução
VIVÊNCIA
EXPERIÊNCIA
• O fato de o profissional • A e x p e r i ê n c i a s e r i a a
p ro j e t a r o u e x e c u t a r vivência completada com
inúmeras fundações, de dados quantitativos
diversos tipos e em referentes ao desempenho
condições diversas, da obra.
passando de um caso
para outro baseado,
apenas, na sua própria
o b s e r v a ç ã o d o
comportamento dos
casos passados, sem
dados quantitativos.
Lambe, 1973.
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Instrumentação para fins
geotécnicos
1. Medidas de deslocamentos e deformações;
2. Cargas;
3. Tensões totais;
4. Pressões neutras;
5. Vazões;
6. Vibrações;
7. Mecanismo de transferência de carga de
fundações profundas, bem como a distribuição
do atrito lateral.
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Norma NBR 6122/2010
Ø Desempenho de elementos de fundações:
o A Norma recomenda que o desempenho das
fundações seja verificado através de pelo
menos o monitoramento dos recalques;
o Recomenda que provas de carga sejam
realizadas em 1% das estacas quando estas
forem submetidas a tensões médias superiores a
coluna A ou se a quantidade de estacas for
superior ao especificado na coluna B da Tabela
a seguir:
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NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações.
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Prova de Carga
• A prova de Carga permite uma avaliação da
capacidade de carga e dos deslocamentos das
estacas quando submetidas a um carregamento, o
que permite uma avaliação dos métodos de
cálculo utilizados no dimensionamento do projeto
de fundações;
• A instrumentação das estacas pode aprimorar
ainda mais esse processo, for necendo as
informações de atrito lateral e carga na ponta das
estacas;
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Prova de Carga
• A instrumentação consiste na colocação de
sensores de medição ao longo do fuste da estaca
e podem ser instalados em praticamente todos os
tipos de estacas;
• Permitem a otimização do projeto, fornecendo
dados ao projetista das fundações, para análises
mais realistas, precisas e seguras.
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Prova de Carga
Ø Permite:
• Verificar o comportamento da carga de trabalho,
cargas de projeto;
• Verificar desempenho;
• Checagem das estimativas feitas: se as previsões
estão dentro do esperado (carga última,
recalques, carga residual e transferência);
• Avaliar a integridade dos elementos de fundação;
• Com a instrumentação consegue chegar nas
parcelas de atrito lateral e de ponta;
• Transferência de carga ao longo da profundidade.
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Intrumentos
Ø Alguns dos instrumentos utilizados:
• Tell tales;
• Micrômetros deslizantes;
• Células de carga;
• Extensômetros;
• Transdutores de Deformação Específica e
Acelerômetros;
• Transdutores de poro pressão;
• Sensores de inclinação;
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Tell Tales -‐‑ Hastes medidoras de
deslocamentos
• Medidores de deslocamento de maneira direta;
• Haste revestida, onde a extremidade inferior da
haste é solidarizada ao elemento de fundação,
apenas no ponto onde se deseja conhecer os
deslocamentos;
• Na extremidade superior são realizadas, com
extensômetros mecânicos ou deflectômetros,
medidas destas hastes em relação a uma viga de
referência ou ao topo do elemento de fundação,
nese último caso obtém-se o encurtamento da
fundação ao longo do comprimento da haste;
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Tell Tales – Hastes medidoras de
deslocamentos
• Seja pré-moldado ou moldado in loco coloca-se um
tubo guia dentro da estaca;
• Em seguida os aparelhos são instalados no tubo guia;
• Leituras de deslocamentos das hastes existentes nos
diversos níveis;
• Este sistema é limitado pelo número de hastes;
• O espaço interno é preenchido com graxa (Tell tales) ou
com nata de cimento (Strain gages);
• Este sistema pode acarretar valores imprecisos nas
deformações principalmente para pequenas cargas;
• Dificuldade para cálculo do módulo de elasticidade da
estaca;
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Fundações: teoria e prática. Vários Autores. 1998
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Micrômetro deslizante
• C o n s i s t e e m u m t r a n s d u t o r i n d u t i v o d e
deslocamentos na forma de uma sonda esférica,
que ao serem solicitados, fornecem valores de
modificação da estaca com precisão em
micrômetros;
• Alta precisão;
• Permite a determinação de componentes axiais de
deslocamentos ao longo de eixos retilíneos no
interior de massas de concreto, rocha ou solo;
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Micrômetro deslizante
• Em um furo de aproximadamente 100 mm de
diâmetro, são fixadas, através de injeção, marcas
de referência a cada 1000mm, ligadas entre si por
um tubo protetor;
• As leituras de deslocamentos são feitas através da
introdução da sonda que, associada às hastes, é
levada a cada ponto de referência no tubo guia;
• As leituras são feitas através de um aparelho digital
que registra as informações efetuadas pelo
transdutor, que são transmitidas via cabo;
• Um tubo de 30 m de extensão é medido(ida e
volta) em 30 min.
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Extensômetros elétricos de
resistência -‐‑ Strain Gages
• Ganhou evidência a partir dos anos 80;
• Metodologia de aplicação mais utilizada para
instrumentação de fundações atualmente;
• Maneira indireta de obtenção: relaciona variações
de dimensão com variações equivalentes em sua
resistência elétrica;
• Utilizados em provas de carga para conhecer a
distribuição de tensões e deformações do fuste e
da ponta da ponta durante o carregamento;
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Extensômetros elétricos de
resistência -‐‑ Strain Gages
• Calibração prévia das resistências;
• O aparelho de leitura que ficam conectados os
extensômetros fornecem a deformação específica
com a tensão e, consequentemente, com a carga
no ponto instrumentado.
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Extensômetros elétricos de
resistência -‐‑ Strain Gages
Ø Princípio de funcionamento:
• Associado a transdutores;
• Utiliza a Ponte de Wheatstone (1/4, meia ou ponte
completa);
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Extensômetros elétricos de
resistência -‐‑ Strain Gages
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• Vantagens:
o Proporcionam diretamente os valores das deformações
específicas em cada nível instrumentado;
o Alta precisão;
o Podem ser utilizados em água ou atmosfera de gás
corrosivo (desde que se faça o tratamento adequado);
o Possibilidade de executar medidas à distância;
o Per mite eliminar a influência de temperatura e
deformações provenientes de flexão(quando feita a
montagem adequada);
• Desvantagens:
o Montagem rigorosa;
o Custo elevado da aparelhagem necessária;
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Extensômetros elétricos de
resistência -‐‑ Strain Gages
Ø Instalação:
• Na super fície da peça, como em estacas
metálicas;
• Na armadura, colados à uma barra de aço;
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Célula de Carga
• Medir a carga que chega na ponta;
• Estruturas mecânicas, planejadas a receber
esforços e deformar-se dentro do regime elástico a
que foram dimensionadas;
• São utilizadas a tração ou compressão medindo
esforços em prensas, cabos, provas de carga;
• Limitadas, pois não se adaptam a estacas
cravadas;
• Não é recuperada posteriormente;
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Célula de Carga
• O funcionamento da célula de carga baseia-se na
variação de resistência do extensômetro quando
submetido a uma deformação;
• Comumente utiliza a ponte Wheatstone e o
desbalancemaento da mesma;
• Por meio do desbalanceamento que se obtem a
força aplicada;
• A força atua sobre o corpo da célula de carga e a
sua deformação é transmitidas aos extensômetros,
que por sua vez medirão sua intensidade.
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Transdutores de Deformação
Específica e Acelerômetros
• Instrumentação Dinâmicas;
• Registros de Força e velocidade respectivamente;
• Fixados aos pares numa seção da estaca, próxima
ao topo em posições diametralmente opostas para
compensar efeitos de momento fletor;
• Sinais enviados são processados e calculados:
o Resistência à penetração da estaca no solo;
o Força máxima o impacto;
o Energia máxima do golpe;
o Eficiência do sistema de cravação;
o Verificação de dano estrutural e sua posição;
o Valores máximos de tensão, velocidade e deslocamento;
o Avaliação da distribuição das resistências
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Fundações: teoria e prática. Vários Autores. 1998.
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Transdutor de Pressão. Freitas, 2014.
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PIT – Pile Integrity Test
• Avaliar a integridade;
• Verificar possíveis defeitos construtivos: falhas na
concretagem, presença de vazios, fissuras significativas ;
• Colocação de um acelerômetro no topo da estaca a
ser analisada, previamente à aplicação de um golpe
de martelo de mão, permite captar a forma como uma
onda transmite ao longo de seu fuste;
• Esse deslocamento se traduz num sinal que indica a
ocorrência de variações de seção transversal, de
comprimento ou na qualidade do concreto utilizado;
• A profundidade do fuste pode prejudicar sua
interpretação;
• No caso de defeitos múltiplos, o PIT frequentemente
detecta somente aquele situado na superfície.
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PIT. Fonte: GEO Prova (geoprova.com.br).
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TIP – Thermal Integrity
Profiling
• Avalia a integridade da estaca;
• Mais moderno;
• Retrato do fuste, com indicações de variação na
seção transversal, deslocamento e variações no
cobrimento da armadura;
• Reposta em até 36 hrs após o final da estaca;
• Sonda Térmica (via tubos) e fios com sensores
térmicos;
• Ainda não possui um custo/benefício adequado
para o Brasil para ensaios de integridade.
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Fonte: GEO ENSAIOS (geoensaios.com.br).
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Fonte: GEO ENSAIOS (geoensaios.com.br).
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
• Fundações. Velloso, D. A; Lopes, F. R. 2011.
• Fundações: Teoria e Prática. Vários Autores. 1998.
• NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações;
• Freitas, A. C. Comportamento à tração de Estaca-
Torpedo Modelo em Argila Mole. UFRJ/COPPE.
2014.
• Geo Ensaios. Acesso: geoensaios.com.br.
• Geo Prova. Acesso: geoeprova.com.br.
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Obrigada!
ANA KARINE SANTOS DANTAS
a.karine_s.dantas@hotmail.com
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