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CITOMEGALOVIROSE

ou Doença de inclusão citomegálica

Agente etiológico:
CMV é um herpes vírus

Transmissão:
● Intrauterina em qualquer fase da gestação
● Perinatal
● Aleitamento materno
● Urina e saliva do RN, por até 5 anos após nascimento
● Transfusão sanguínea
● Transplante de órgãos sólidos
● Aerossois
● Contato sexual

Epidemiologia:

Clínica:
● Assintomático na maioria das vezes (90%) ou pode apresentar a síndrome
mononucleose-like (febre, adenopatia, linfocitose) ou sintomas neurológicos em
RN.
● Imunodeprimidos: retinite, colite e esofagite ulcerativa. Anemia persistente também
pode acontecer e pneumonite e encefalite nas fases finais da AIDS.
● Infecção congênita: baixo peso ao nascer, hepatoesplenomegalia, microcefalia,
microftalmia, fenômeno hemorrágicos, retinocorioidite, calcificações cerebrais,
retardo mental, convulsões, alterações motoras, sangramento pulmonar, tetralogia
de fallot, insuficiência hepática, anemia ou outros distúrbios hematológicos, atresia
de esôfago ou cólon, hipospádia, atrofia muscular, dificuldade da coordenação
motora fina.
● Infecção do adulto: a febre é mais prolongada em adultos, por 2 semanas,
adenopatia, linfocitose, rash cutâneo, hepatoesplenomegalia,

Diagnóstico:
1. Hemograma: linfocitose com atipia linfocitária
2. Ausência de anticorpos heterófilos [na infecção pelo vírus Epstein-Barr, essa
pesquisa por anticorpos heterófilos é positiva]
3. Aumento de transaminases;
4. Sorologia por Elisa IgM e IgG – exame de eleição, pois é barato e confiável (possui
alta especificidade e sensibilidade);
a. Infecção aguda – Elisa IgM positivo. Lembra que o IgM pode ficar positivo até
1 ano após a infecção inicial (IgM residual).
b. Infecção crônica – Elisa IgG positivo.
5. Exames de imagem – solicitados apenas se necessário, para investigar outras
complicações. No caso de uma hepatoesplenomegalia, podemos fazer uma USG.
6. Pesquisa viral:
a. LCR
b. Sangue – local mais fácil de encontrar o vírus.
c. Urina

Diagnóstico diferencial:
● Mononucleose pelo Epstein Barr;
● Toxoplasmose;
● Rubéola
● Sífilis;
● Soroconversão pelo HIV;
● Zika;
● Eritroblastose fetal;
● Herpes simples disseminado;
● Doença de Chagas;
● Infecção por Enterovírus.

Tratamento:
● Sintomático e suportivo: tanto na criança que nasceu infectada, quanto para o
adulto que adquire a doença tardiamente (Dipirona ou Paracetamol, Água e
repouso). Deve-se usar analgésicos e antitérmicos, evitando sempre os anti-
inflamatórios, que podem causar ou intensificar sangramento por conta da atividade
antiagregante plaquetária.
● Ganciclovir – é um derivado do aciclovir, utilizado especificamente para tratamento
do CMV. As desvantagens dessa droga são o preço e sua ação mielotóxica e
hepatotóxica (o paciente pode fazer anemia e icterícia enquanto usa esse
medicamento). A dosagem utilizada é 10mg/kg/dia, via intravenosa, por 14 a 21 dias.
○ Valganciclovir – similar ao Ganciclovir, mas sua via de administração é a oral.
A principal desvantagem dessa droga é o preço (R$14mil).
○ Foscarnet – ainda não está disponível no Brasil.

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