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Ficha de Avaliação Ano letivo 2016-2017

Biologia e Geologia – 11.º ano


______________________________________________________________________________

Grupo I
Recentemente foram descobertos, no Canadá, vestígios de microrganismos que podem
representar as provas mais antigas de vida na Terra. Segundo os investigadores, estes seres
vivos seriam semelhantes às atuais bactérias que prosperam em fontes hidrotermais existentes
nos fundos marinhos.
As marcas produzidas por estes microrganismos são constituídas por pequenos filamentos e
tubos de óxidos de ferro, formadas em camadas sedimentares de quartzo. Estudos radiométricos
dataram isotopicamente estas rochas entre os 3770 milhões e os 4280 milhões de anos.
Considera-se que a Terra se formou há cerca de 4550 milhões de anos e os oceanos,
aproximadamente, há 4400 milhões de anos. Segundo um dos investigadores, se estes
microfósseis possuírem de facto 4280 milhões de anos, isso sugere “uma emergência da vida
quase instantânea” depois da formação dos oceanos. Os fósseis parecem ser mais antigos do que
os estromatólitos, descobertos em 2016 na Gronelândia, com aproximadamente 3700 milhões de
anos.
Nas fontes hidrotermais, fluidos a elevadas temperaturas atravessam rochas da coluna
sedimentar ou basaltos da crusta oceânica, removendo elevadas quantidades de manganês. Nas
proximidades das chaminés das fontes hidrotermais formam-se nódulos metálicos por deposição
concêntrica de manganês e de ferro. Estes nódulos têm uma taxa de crescimento extremamente
baixa, da ordem de um centímetro em alguns milhões de anos (figura 1).
Baseado em www.publico.pt (consultado em 2 de março de 2017)

Figura 1.

Nos itens de 1 a 8, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. Os fósseis
(A) são restos de seres vivos ou vestígios da sua atividade que permitem datar as rochas
de modo relativo.
(B) são restos de seres vivos ou vestígios da sua atividade que permitem datar as rochas
de modo absoluto.
(C) surgem normalmente em rochas magmáticas, a partir da preservação das partes mais
duras dos seres vivos.
(D) surgem normalmente em rochas metamórficas, por preservação de estruturas de fácil
decomposição.
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2. A fossilização é um processo que conduz à ________ de vestígios de seres vivos. Entre
os seus processos destaca-se, por exemplo, a ________.
(A) conservação (…) meteorização
(B) alteração (…) mineralização
(C) conservação (…) mineralização
(D) alteração (…) meteorização
3. As marcas produzidas pelos seres vivos em rochas descobertas no Canadá corresponderão
(A) a icnofósseis.
(B) à mineralização das partes duras dos microrganismos.
(C) à moldagem de uma parte do corpo dos microrganismos.
(D) à mumificação dos microrganismos.
4. Camadas sedimentares de quartzo que contêm fósseis poderão originar, por diagénese,
(A) depósitos não consolidados. (C) gesso.
(B) calcários. (D) arenitos.
5. A datação realizada nas rochas fossilíferas descobertas no Canadá baseou-se
(A) no princípio da desintegração de isótopos radioativos estáveis.
(B) no princípio da desintegração de isótopos radioativos instáveis.
(C) na relação existente entre isótopos-pais.
(D) na relação existente entre isótopos-filhos.
6. Os fósseis de microrganismos descobertos em rochas no Canadá permitem, de acordo com o
(A) princípio da sobreposição, correlacionar ambientes atuais e ambientes antigos.
(B) princípio das causas atuais, correlacionar ambientes atuais e ambientes antigos.
(C) princípio da identidade paleontológica, determinar a idade absoluta do estrato que os
possui.
(D) princípio da interseção, conhecer os paleoambientes do Canadá no Pré-Câmbrico.
7. O quartzo presente em dunas litorais
(A) terá sido formado por carbonatação de rochas preexistentes.
(B) apresentar-se-á mal calibrado e pouco arredondado.
(C) poderá ser um mineral herdado de rochas preexistentes.
(D) apresentar-se-á bem calibrado e pouco arredondado.
8. A síntese de compostos orgânicos por seres vivos quimioautotróficos, em fontes hidrotermais
submarinas, envolve
(A) fenómenos de redução de substrato inorgânico.
(B) a oxidação de dióxido de carbono no estroma.
(C) a oxidação de moléculas de água por ação do calor.
(D) fenómenos de oxidação de substrato inorgânico.
9. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
que culminam com a formação de um cimento de natureza siliciosa.
A. Transporte de sílica e potássio em solução aquosa.
B. Reação de dióxido de carbono com a água da atmosfera.
C. Precipitação de sílica em poros de depósitos sedimentares.
D. Exposição subaérea de um granito.
E. Hidrólise dos feldspatos e formação de minerais de argila.
10. Relacione, com base no texto, a formação dos nódulos de manganês com a atividade
vulcânica das fontes hidrotermais.

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Grupo II
A bacia Lusitaniana é uma bacia sedimentar que ocupa mais de 20 000 km2 e que se desenvolveu
na Margem Ocidental Ibérica (MOI) durante parte do Mesozoico. A dinâmica da sua
implementação enquadra-se no contexto da fragmentação da Pangeia durante a abertura do
Atlântico Norte.
Dois terços da bacia afloram em área continental emersa, encontrando-se a restante área na
plataforma continental (figura 2). Nesta bacia têm sido desenvolvidos trabalhos de investigação
integrados em equipas nacionais e internacionais, muitos deles ligados à indústria do petróleo.
Os depósitos mais antigos da Bacia Lusitaniana pertencem ao Triásico Médio/Superior (247-201
M.a.) e assentam discordantemente sobre formações paleozoicas. Na base da coluna
estratigráfica observam-se, por exemplo, arenitos e siltitos avermelhados, por vezes com
intercalações de conglomerados. A sedimentação prolonga-se até ao Cretácico (145-66 M.a.),
sendo a maioria das rochas e sedimentos da bacia de idade Jurássica (201 a 145 M.a.). A cobrir
este conjunto sedimentar encontram-se rochas cenozoicas.
A falha Açores-Gibraltar constitui um limite transformante entre duas placas, que, numa fase inicial
da rotura da Pangeia, separou dois grandes continentes, a Laurásia, a norte, e a Gondwana, a sul
(figura 2).
Baseado em J.C. Kullberg et al. A Bacia Lusitaniana: Estratigrafia, Paleogeografia e Tectónica.
In R. Dias, A. Araújo, P. Terrinha e J.C. Kullberg Eds. Geologia de Portugal no contexto da Ibéria.
Univ. de Évora, pp. 317-368, 2006

Figura 2. Localização da falha Açores-Gibraltar e da bacia Lusitaniana.

Nos itens de 1 a 7, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. A bacia Lusitaniana é essencialmente constituída por rochas de natureza ________, formadas


durante um regime ________.
(A) sedimentar (…) distensivo
(B) sedimentar (…) compressivo
(C) metamórfica (…) distensivo
(D) metamórfica (…) compressivo
2. O estudo da área imersa da bacia Lusitaniana poderá ser efetuado recorrendo ________, um
método ________ que permite conhecer o interior da geosfera.
(A) a sondagens (…) indireto (C) à gravimetria (…) direto
(B) a sondagens (…) direto (D) a afloramentos (…) indireto
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3. O petróleo que poderá existir na bacia Lusitaniana
(A) acumular-se-á em rochas de cobertura que permitem a sua migração lateral.
(B) acumular-se-á em rochas-armazéns pouco porosas e impermeáveis.
(C) é um hidrocarboneto de natureza líquida, formado anaerobiamente em rochas-mães.
(D) é um hidrocarboneto formado anaerobiamente por acumulação de matéria orgânica
predominantemente de origem vegetal.
4. A prospeção de petróleo em plataforma continental terá em consideração
(A) a existência de anomalias gravimétricas negativas, associadas a formações salinas
da bacia Lusitaniana.
(B) a existência de anomalias gravimétricas positivas, associadas a formações salinas
da bacia Lusitaniana.
(C) os estudos realizados apenas na área imersa da bacia Lusitaniana.
(D) a elevada densidade do sal-gema que constitui os diapiros da bacia Lusitaniana.
5. Os depósitos mais antigos da bacia Lusitaniana
(A) terão resultado da sedimentogénese e diagénese de rochas cenozoicas.
(B) são contemporâneos das formações paleozoicas com as quais contacta.
(C) são mais antigos que as formações paleozoicas com as quais contacta.
(D) são mais recentes que as formações paleozoicas com as quais contacta.
6. Os arenitos e conglomerados situados na base da bacia Lusitaniana são exemplos de rochas
sedimentares
(A) detríticas não consolidadas. (C) quimiogénicas.
(B) detríticas consolidadas. (D) biogénicas.
7. Na bacia Lusitaniana existem depósitos de rochas evaporíticas formadas em ambientes
(A) lacustres e glaciários. (C) lagunares pouco profundos.
(B) marinhos muito profundos. (D) lacustres pouco profundos.
8. As afirmações seguintes referem-se a aspetos relacionados com o contexto tectónico
representado na figura 2. Selecione a opção que as avalia corretamente.
1. No limite conservativo da falha Açores-Gibraltar ocorre formação de litosfera oceânica.
2. Na dorsal médio-atlântica ocorre a ascensão de magmas basálticos.
3. A sudoeste da ponta de Sagres, a placa Euro-Asiática mergulha sob a placa Africana.
(A) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(B) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.
(C) 2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
(D) 2 e 3 são verdadeiras; 1 é falsa.
9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das rochas
apresentadas na coluna B. Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Evaporito formado por cristais de cloreto de sódio. 1. Antracite
b. Rocha biogénica com elevado grau de incarbonização. 2. Gesso
c. Rocha quimiogénica resultante da precipitação de carbonato 3. Sal-gema
de cálcio. 4. Travertino
5. Lignito

10. Em alguns locais da bacia Lusitaniana observam-se depósitos de carvão.


Relacione o aparecimento destes depósitos com o seu ambiente de formação.

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Grupo III
Desde maio de 1883 que vários registos indicavam que o vulcão Krakatoa vinha a
aumentar a sua atividade. Na noite do dia 26 de agosto, uma explosão inicial lançou uma
nuvem de gás e detritos com cerca de 24 km de altura. Pensa-se que os detritos de uma
atividade eruptiva anterior se devem ter acumulado na chaminé e na cratera, tapando a
abertura do cone.
Na manhã do dia 27 de agosto, quatro violentas explosões destruíram parte da ilha. A
explosão inicial levou à rotura da câmara magmática, permitindo a entrada da água do
mar. Esta água criou uma almofada de vapor superaquecido que transportou, a grande
velocidade, os fluxos piroclásticos, provocando muitas vítimas nas ilhas vizinhas. As
explosões libertaram cerca de 11 km3 de detritos para a atmosfera, provocando uma
descida da temperatura média global de1,2 oC. No entanto, a grande maioria das vítimas
da erupção resultou do tsunami originado pelo colapso deste vulcão.
O Krakatoa é um estratovulcão invulgar que parece percorrer fases basálticas,
andesíticas e dacíticas. Acredita-se que cada um destes ciclos culmine numa erupção
dacítica destrutiva e maciça, antes de o ciclo recomeçar no estádio basáltico. As erupções
dacíticas podem dar origem a dacito, uma rocha vulcânica de composição intermédia
entre o riólito e o andesito. O dacito possui uma textura onde se observam cristais de
plagioclase de grandes dimensões inseridos numa matriz de microcristais.
Baseado em http://www.livescience.com/28186-krakatoa.html (consultado em abril de 2017) e
Camus et al., Petrologic evolution of Krakatau (Indonesia): Implications for a future activity. J. Volc. Geotherm,1987

Figura 3. Contexto tectónico da região onde se localiza a ilha de Krakatoa.

Nos itens de 1 a 7, selecione a opção que completa corretamente cada uma das afirmações.

1. O vulcanismo ________ do Krakatoa está associado a um limite de placas onde ocorreu


subducção da placa ________.
(A) Intraplacas (...) Indo-Australiana
(B) intraplacas (...) Euro-Asiática
(C) interplacas (...) Euro-Asiática
(D) interplacas (...) Indo-Australiana

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2. Numa zona de subducção, a água presente nos materiais rochosos fica sujeita a _____
condições de pressão e temperatura, _____ a fusão dos materiais rochosos.
(A) elevadas (…) dificultando
(B) baixas (…) dificultando
(C) elevadas (…) facilitando
(D) baixas (…) facilitando
3. As vítimas das ilhas vizinhas do Krakatoa resultaram de
(A) uma nuvem ardente originada após a explosão inicial.
(B) uma nuvem ardente originada antes da explosão inicial.
(C) uma nuvem de gases e cinzas libertadas na explosão inicial.
(D) correntes de lava resultantes das quatro explosões.
4. A diminuição da temperatura média do planeta nos anos seguintes deveu-se ao
(A) reduzido volume de piroclastos emitido na erupção efusiva.
(B) elevado volume de bombas vulcânicas lançado pela erupção explosiva.
(C) elevado volume de cinzas emitido na erupção explosiva.
(D) elevado volume de cinzas emitido o que aumentou o efeito de estufa.
5. A atividade vulcânica do dia 27 de agosto de 1883, de natureza ________, resultou de um
magma ________ em sílica.
(A) mista (...) pobre (C) explosiva (...) pobre
(B) explosiva (...) rico (D) mista (...) rico
6. A acumulação dos detritos na chaminé e na cratera, antes da crise vulcânica de 1883, pode
ter dado origem
(A) à entrada de uma maior quantidade de água na câmara magmática.
(B) à diminuição da pressão a que o magma está sujeito.
(C) à saída de gases da câmara magmática.
(D) ao aumento da pressão no interior da câmara magmática.
7. Na fase _________ do vulcão Krakatoa, é de esperar a ocorrência de__________.
(A) andesítica (...) extensas escoadas de lava
(B) andesítica (...) riólito
(C) basáltica (...) extensas escoadas de lava
(D) basáltica (...) riólito
8. Compare o dacito e o andesito relativamente à cor e acidez que apresentam.

9. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações da coluna A e uma das rochas
apresentadas na coluna B.
Faça corresponder a cada letra apenas um número.
Coluna A Coluna B
a. Rocha intrusiva ácida de textura granular e leucocrática. 1. Gabro
b. Rocha de textura granular rica em minerais ferromagnesianos. 2. Basalto
c. Rocha extrusiva mesocrática de textura agranular, rica em 3. Diorito
plagióclases calcossódicas. 4. Andesito
5. Riólito
6. Granito
10. Explique, de acordo com os dados do texto, de que modo a textura do dacito é conclusiva
acerca da ocorrência de duas fases distintas de arrefecimento do magma que o originou.

FIM
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