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• Fatos jurídicos stricto sensu são fatos do mundo dos fatos que
ao ingressarem no mundo jurídico não apresentam na composição do seu
suporte fático o elemento vontade. São exemplos: concepção, nascimento
com vida, deficiência mental, parentesco, morte, viuvez, ausência.
negócios jurídicos, mas sim exatamente dentro dos parâmetros fixados pela
lei (= manifestação de vontade). Os negócios jurídicos, por sua vez, se
classificam em contratos e declarações unilaterais de vontade.
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São exemplos de declarações unilaterais de vontade as promessas de recompensa, a gestão de negócios, os
títulos ao portador, as autorizações.
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A boa fé subjetiva se refere ao comportamento e às intenções intrínsecas dos contratantes; enquanto a boa fé
objetiva se refere a normas de comportamento ético gerais, sendo deveres anexos e paralelos ao contrato.
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Ainda sobre o princípio da boa fé, vide o REsp 595.631-SC, da 3ª Turma do STJ, Rel. Min. Nancy
Andrighi, publicada in COAD/ADV, ementa 111.374.
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Sobre o tema, veja RDP 11/68, Seleções Jurídicas da COAD 03/2003, p. 16 e COAD/INF 2005, p. 1006.
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Neste sentido, vide COAD/INF 2003, p. 468.
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Sobre as condições gerais dos negócios, vide artigo de DIETER SCHWAB, publicado in AJURIS 41/07.
Vide, também, sobre os contratos de adesão AJURIS 56/56, RDC 59/19. Sobre cláusulas gerais nos
contratos, vide RDP 04/09.
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Sobre a proposta e aceitação no novo Código Civil, especialmente à luz da “pós-modernidade”, vide artigo
de MARCELO LEAL DE LIMA OLIVEIRA, publicado in RDP 15/242.
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Sobre a responsabilidade pré-contratual (negociações preliminares e tratativas negociais), vide RJTJRGS
154/378, AJURIS 76/65, COAD 42790, COAD 112922.
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Nas ofertas ao público, em razão do Art. 429 NCC e mesmo do Art. 30 do CDC (Lei nº 8.078, de
11.09.90), nem sempre a proposta será não vinculativa. Portanto, toda a informação ao público,
suficientemente precisa, embora gratuita, que encerrar os elementos essenciais do contrato, como preço,
condições e coisa, será considerada vinculativa do proponente. Assim, as ofertas ao público não vinculativas
ficaram restritas àquelas hipóteses de propostas genéricas. Neste sentido, vide RDP 15/362. Sobre ofertas ao
público não vinculativas, vide RJTJRGS 147/364.
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hábil (Arts. 428, inc. IV e 433 NCC)17. Com a formação do contrato surge a
responsabilidade contratual para os contratantes.
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A respeito da retratação, como forma de impedir a formação do contrato, vide RJTJRGS 151/476.
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Sobre a expedição e o recebimento dos contratos eletrônicos, vide interessante artigo publicado in RDP
08/198.
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Divergência espontânea entre a vontade querida e a manifestada. É o equívoco do próprio agente, sem
qualquer participação externa. Passa a ser irrelevante o fato de ser ou não escusável, uma vez que o novo
dispositivo adota o princípio da confiança. Somente o erro substancial leva à anulação do negócio jurídico
(Arts. 138 a 144 do Código Civil).
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É um erro induzido. Decorre de artifícios maliciosos, ardilosos e astuciosos do agente agindo sobre a
consciência da vítima, fazendo com que a mesma manifeste uma vontade divergente daquela efetivamente
querida. Somente o dolo substancial leva à anulação do negócio jurídico (Arts. 145 a 150 do Código Civil).
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É a pressão física ou moral do agente sobre a vítima, atingindo a liberdade do querer e não a consciência,
como no erro e no dolo, de molde que a vontade manifestada não corresponde àquela querida (Arts. 151 a
155 do Código Civil).
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Não existe divergência entre o querido e o manifestado pelo agente, sendo que o vício decorre do tipo de
vontade externada, que vem eivada da intenção de prejudicar credores, frustrando as suas expectativas de
receber o que lhes é devido com a diminuição patrimonial do devedor. Este vício estaria mais para hipótese
de ineficácia, do que para hipótese de invalidade (=anulabilidade) conforme dispõe a lei. Neste sentido vale a
pena verificar o artigo do Des. Antonio Janyr Dall’Agnol Júnior, publicado in AJURIS 58/05. Importante
salientar a existência da figura da fraude à execução, esta sim ligada à ineficácia da alienação de bens
penhorados. O STJ, através de sua 2ª Seção, tem entendido que a fraude à execução, quando se tratar de bens
imóveis, requer o registro da penhora junto ao Cartório de Imóveis (RDI 49/271, AJURIS 78/457).
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Divergência intencional entre a vontade querida e a manifestada, de molde a que o simulador simula um
ato externado, para dissimular um ato oculto, com o objetivo de prejudicar terceiros.
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Importante distinguir as figuras da lesão e do estado de perigo, que estão presentes quando da formação do
contrato, podendo levar à invalidade do mesmo; das figuras da resolução e da revisão contratual, que
ocorrem após a sua formação, naquelas obrigações de trato continuado, podendo levar à ineficácia total ou
parcial do negócio jurídico.
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O Art. 70 do CPC determina que é obrigatória a denunciação da lide para o evicto poder demandar
indenização contra o alienante. Existem decisões jurisprudenciais, inclusive do STJ, no sentido de que o
evicto que não denunciar a lide poderá, mesmo assim, propor ação autônoma contra o alienante. Neste
sentido, vide COAD/INF ano 1991, p.91 e AJURIS 78/468.
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Estariam enquadradas neste caso as evicções derivadas de apreensões policiais, conforme já vinha
decidindo a jurisprudência: RJTJRGS 160/223, COAD 67987, COAD 70745 (3ª Turma do STJ), COAD
72372 (4ª Turma do STJ), COAD 85520 (3ª Turma do STJ). É de ser observado, também, que o NCC não
reproduziu o inc. I, do antigo Art. 1.117. A jurisprudência tem admitido a responsabilização do Estado na
hipótese da evicção decorrer de furto ou roubo, conforme se vê em: RJTJRGS 176/510, COAD 97222,
RJTJRGS 134/287, RJTJRGS 140/225, RJTJRGS 145/134, COAD 62643, COAD 67987, COAD 43737
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O valor do preço sempre será corrigido monetariamente até o seu efetivo pagamento ao evicto, conforme já
decidiu o TJRGS in RJTJRGS 125/331.
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Referido valor é aquele atribuído pelas partes no negócio jurídico e não aquele constante da estimativa
fiscal para recolhimento do imposto de transmissão.
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Igualmente será obrigatória a escritura pública nas emancipações, nas instituições das fundações, na
instituição do bem de família, na cessão de direitos hereditários e na renúncia a herança. A renúncia à
herança pode ser também por termo nos autos.
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Neste sentido, vide BDI 18/03p. 29 e BDI 20/04p. 27.
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