“Linguagem Oral e Escrita na perspetiva do Docente:
desenvolvimento, avaliação, diagnóstico e intervenção”
Ano letivo 2017/2018
• Nome: “Ana”; • DN: 24/10/2013; • Aos 5M, integra uma ama que, segundo a mãe, estimulou bastante as competências ao nível da autonomia pessoal; • Aos 3A, integra estrutura educativa privada, na qual foram estimuladas outras áreas do desenvolvimento, mas onde “era superprotegida”; • Aos 3A 1M, referenciada à IP pela educadora da estrutura privada; • Aos 4A, integra estrutura educativa pública. • Boa adaptação ao novo contexto e fácil integração no grupo; • Autónoma nas atividades de vida diária; • Timidez inicial e alguma insegurança (atualmente ultrapassado); • Responsável e colaborante; • Empenhada e perfecionista; • Boa adesão às atividades propostas. • Perfil sociável (iniciativa e responsividade comunicativas); • Interessada na interação com adultos e com os pares.
• Identifica objetos/ imagens de objetos direta e indiretamente (pela função);
• Compreende frases simples (“Pinta o ovo a teu gosto.” e complexas (“Pinta o ovo a teu gosto, escreve o teu nome e recorta.”); • Organiza corretamente sequências de 4 imagens; • Interpreta uma história. • Corpo de vocabulário alargado e diversificado (adequado à faixa etária); • Adequação estrutura frásica (simples e complexas) com correta utilização das estruturas morfológicas; • Uso correto das regras gramaticais, embora por vezes erre na flexão verbal (verbos irregulares). • Omissão do fonema ou sílaba inicial (“apato” em vez de “sapato”, “boleta” em vez de “borboleta”); • Substituição de vários fonemas por /t/ (“titi” em vez de “xixi”, “ati” em vez de “aqui”, “estada” em vez de “espada”); • Semivocalização consistente do /l/ e do /lh/ (“boua” em vez de “bola”, “paiaço” em vez de “palhaço”); • Omissão do /r/ em todos os contextos e consequente redução de grupos e encontros consonânticos (“pea” em vez de “pera”, “pota” em vez de “porta” e “pato” em vez de “prato”).
• Após avaliação verifica-se integridade das estruturas orofaciais e dos respetivos
movimentos. • Discriminação auditiva (discriminar os sons: “x” é som da chuva e o “t” o som do trompete) • Estimulação consciência fonémica e silábica (atividades para identificar as palavras que começam com o mesmo som ou com a mesma sílaba) • Canções/ Lengalengas/ Trava línguas • Falar de forma silabada e com entoação diferente nos fonemas alvo • Diálogos sobre as suas vivências ou temáticas do seu interesse • Descrição de imagens • Exploração e reconto de narrativas • Modelagem, reforço positivo, pistas (visuais e verbais) As dificuldades na linguagem potenciam futuras dificuldades na aprendizagem a quando o ingresso no 1º ciclo. A superação e monitorização dos problemas ao nível da linguagem pressupõe uma avaliação e intervenção especializada o mais precocemente possível. As estratégias de intervenção/ atividades junto da criança têm de refletir a articulação conjunta entre os intervenientes família
educadora terapeuta
No caso em estudo, após o inicio da intervenção especializada pela TF ocorreu uma
evolução das competências num curto espaço de tempo. Desenvolveram-se estratégias relevantes para a articulação escola-família que permitiu a evolução da criança (potencializou-se as oportunidades de comunicação em contexto informal, através do conto e reconto de histórias com recurso a imagens, atividades da vida diária com os pais).