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A VOCAÇÃO MINISTÉRIAL

DEFINIÇÃO DE TERMOS

Vocação:

No dicinário de Aurélio: Ação ou efeito de chamar, de invocar, de denominar(-se).Tendência ou inclinação


natural que direciona alguém para uma profissão específica, para desempenhar determinada função, para
um trabalho etc: vocação literária.Orientação ou apelo ao sacerdócio ou à vida religiosa. Capacidade ou
interesse natural por quaisquer coisas - talento: vocação para música; vocação para o canto; vocação para a
escrita.Aptidão natural: um médico de vocação.

O termo português Vocação vem do latim vocare, chamada.

O termo do grego bíblico para vocação é κλητός, na vasta maioria d as vezes aparece no novo testemento
ele guarda mais relação com a salvação, seja se referindo a chamada geral, seja a irresistível vocação da graça
(Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Mateus 22:14; Portanto, irmãos, procurai fazer cada
vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. 2 Pedro 1:10).
Contudo, o mesmo termo também se acha relacionado, ainda que mais raramente, à convocação ao
ministério, sendo mais comum, nesse caso, ser traduzido como chamado (Paulo, servo de Jesus Cristo,
chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus. Romanos 1:1)

Minstério:

Esse é outro termo muitas vezes mal compreendido por causa do seu uso em língua portuguesa.

O dicionário Aurélio traz como definição para ministério: Função de ministro. Tempo durante o qual essa
função é exercida. Conjunto de ministros num governo. Local onde têm sede os serviços de um ministro: ir
ao Ministério da Educação. Função, cargo que alguém exerce (diz-se principalmente do sacerdócio): atender
aos deveres do seu ministério.

O termo grego para ministério é διακονία, cujo melhor tradução seria serviço. O ministro é um διακοκος, tal
palavra aparece cerca de 30 vezes no NT enquanto seus correlatos, como ministério ou ministrar, cerca de
70 vezes. A principio a palavra não era usada para expressara serviço religioso, mas para os escravos, serviçais
ou qualquer pessoa que sirva mesas, parece ser nesse sentido que Jesus disse a Marta: Marta, porém,
andava distraída em muitos serviços (Lucas 10:40). Contudo, mesmo no meio helenístico, em dado
momento, o termo também ganha conotação religiosa, sendo usada para alguns ministros dos cultos pagãos.
Há quem defenda que daí vem seu uso para o serviço religioso cristão. Contudo, tanto a expressão ministério,
como seus correlatos, ministrar e ministro, parecem mais ser traduções do temo hebraicos correlatos: Sharat
para ministração profissional, sacerdotal e avad para o serviço religioso da congregação ou do indivíduo.
Contudo, o novo testamento não coloca peso na função, mas no serviço prestado, o que pode ser visto
mesmo a partir do AT onde a expressão para ministro, mesharet pode ser usado para qualquer tipo de
servidor, como no caso de Josué, que era servo de Moisés (Ex 24. 13, Js 1.1), ou quando se refere aos servos
de Salomão (1Rs 10. 5).

MINISTÉRIO X MINISTÉRIOS

E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. 1Coríntios 12:5 (diversos serviços, todos ordenados
pelo SENHOR, a igreja é plural em seu ministério, sendo os crentes participantes diretos dele)
MINISTRO DO EVANGELHO (MINISTRO DA PALAVRA)

É o termo διακοκος e seus correlatos que o NT usa para falar do ministro do evangelho.

Em 1Ts 3. 2 Paulo chama Timóteo de ministro de Deus; Paulo se chama de ministro do evangelho em Cl 1.
22. É digno de nota porém, que o NT utiliza e alguns casos, um termo que fala de ministério especializado
(λειτουργον), tanto para os ministros religiosos, como civis (Rm 13. 6; 15. 16;), sendo sempre o verbo
utilizado servir, o mesmo para todos, o que se quer mostrar é o tipo de serviço diferenciado, não uma posição
diferenciada do servo.

O Novo Testamento não trata o líder da igreja como um sacerdote, ou alguém de casta sacerdotal superior,
nem mesmo como um Ungido, nos moldes dos profetas, sacerdotes e reis do Antigo Testamentos, ofícios
que se cumpriram em Jesus, mas como um serviçal, como os demais da igreja, ganhando destaque porque
deles vêm a palavra para direção da igreja (1Tm 5. 17), portanto, é bom que se diga, de saída, que a
autoridade do ministro do evangelho não está no seu “cargo”, mas no seu serviço, especialmente na vida e
na pregação. Dizendo de modo diferente, o pastor deve ser honrado e obedecido, quando tem vida limpa e
dedicada, e quando prega a palavra de modo verdadeiro, daí o crente não estará obedecendo à ele
primeiramente, mas ao Senhor, através de sua palavra. É dever de todo crente obedecer ao seu pastor,
quando ensina a palavra de verdade, e igualmente, de desobedece-lo quando distorce a doutrina de Cristo.

CRISTO O PADRÃO DO MINISTÉRIO

Cristo veio para servir, não para ser servido (Mt 20. 28). Assim, quando na instituição dos Diáconos, que
serviriam as mesas, os apóstolos dizem que também serviriam, alimento espiritual, a palavra (At 6. 1-4)

Também a forma, humilde e responsável, que Cristo prestou seu serviço, bem como o que objetivava, deve
ser o padrão para os seus ministros.

A SOBERANIA DE DEUS NA VOCAÇÃO MINISTÉRIAL

A convocação para o ministério nunca é genérica, mas sempre particular e soberana, é Deus que escolhe
seus ministros e lhe comissiona (1Tm 1. 12)

Desde sempre, Deus escolhe como quer, e a quem quer, sem ter estereótipos, como no caso de Davi (1Sm
16. 1 - 13); Jeremias foi escolhido desde o ventre de sua mãe (Jr 1. 5); O apóstolos foram chamados segundo
vontade do Senhor (Mc 3. 13 - 19), Jesus deixou isso mais claro em conversa com os discípulo, após essa
escolha (Jo 15. 16)

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