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Etapas da Obra

CONSTRUTOR Guia Manual do

CONSTRUTOR
Guia Manual do

Etapas da Obra
ESPECIAL
REVESTIMENTOS
t $VJEBEPTOBJOTUBMBÎÍP
t "QMJDBÎÍP
t .BOVUFOÎÍP

HIDRÁULICA
Saiba quais as soluções para
tratamento do esgoto doméstico

Conheça o
vocabulário
básico da
instalação
elétrica

FIOS E CABOS
Conheça os diferentes tipos, os
padrões de cores e suas funções

PASSO A PASSO
Aprenda a instalar sifão, cuba,
metais sanitários,
CASAMENTO vasos sanitários,
PERFEITO
válvula de descarga e muito mais
Direção Geral
Joaquim Carqueijó EDITORIAL
Gerência Executiva
Janaína Mendonça

Novos Negócios
Caro leitor,
Wesley Lopes

Gerência de Circulação

N
Marco Marcondes
esta edição especial, selecionamos os principais tipos de
Assessoria de Circulação
Wellington Oliveira revestimento e suas aplicações. Conheça os modelos de
Equipe Administrativa Financeira pisos, as etapas de preparação e alguns cuidados a tomar
Débora Sampei, Simone Reinhardt, Elisiane Freitas,
Yandra Peres, Gleice Carvalho e Pedro Moura nesta tarefa. Também confira um especial sobre hidráulica,
Operação e Manuseio
soluções para tratar esgoto doméstico e saiba tudo sobre
FG Press www.fgpress.com.br
chuveiros e duchas! Para terminar a tríade, um dossiê sobre
Distribuição em Bancas
FC Comercial e Distribuidora S.A
encanamento para fazer a tubulação sem erro. Além disso, a
Treelog Logística
edição tem etapas passo a passo para você aprender a aplicar
piso sobre piso, como instalar o porcelanato, a torneira elétrica,
as principais peças sanitárias e muito mais! As diferenças entre
fios e cabos e o vocabulário básico da elétrica serão bons
Publisher aliados para este início de estudo.
Joaquim Carqueijó

Direção Editorial
Gabriela Magalhães Boa sorte e boas obras!
Equipe Comercial A redação.
Sidney Almeida, Vanusa Batista
e Cristina Quintão

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atendimento@caseeditorial.com.br
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Redação
Aline Silva (colaboradora)
Jaqueline Esmendia (colaboradora)
Jéssica Venésio
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Guia Manual do Construtor Etapas da obra 3
prévia autorização da editora.
46.«3*0

6 12 14
3&7&45*.&/50 1"440"1"440 7*53*/&
Principais tipos e suas Confira como aplicar piso Alguns dos produtos em
aplicações sobre piso pisos e revestimentos

18 103$&-"/"50
A cerâmica mais cobiçada
pelos consumidores 24 1"440"1"440
Aprenda a instalar
porcelanato 28 1*404
Do assoalho aos
laminados

34 1*404
Etapas de preparação e
alguns cuidados 36 )*%3«6-*$"
Soluções para tratar o
esgoto doméstico 40 17$
Saiba mais sobre
este material

4 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


46 49 52
$)67&*304& 7*53*/& 1"440"1"440
%6$)"4 Os mais diversos chuveiros, Como instalar torneira elétrica,
Saiba tudo duchas e aquecedores sifão e purificador de água

60 62 66
&/$"/".&/50 &/$"/".&/50 1"440"1"440
Tubulação sem erro O caminho da água após Como instalar as principais
sair da torneira do banheiro peças sanitárias

80 86 88
'*04&$"#04 1"%3°0%&$03&4 70$"#6-«3*0
Conheça as diferenças e Saiba qual a função de cada #«4*$0
faça a melhor escolha em uma instalação elétrica. O be-a-ba da elétrica

90 96 98
1-6(6&4&50."%"4 1"440"1"440 7*53*/&
Mais praticidade e Instalação com borne Escolha o melhor em
segurança na instalação automático espelhos de interruptor
3&7&45*.&/50

TUDO
REVEST
O SOBRE
TIMENTOS
"QSFOEBBJEFOUJmDBSRVBJTTÍPPT
QSJODJQBJTUJQPTFTVBTBQMJDBÎÜFT

LuckyPhoto/Shutterstock
Kekyalyaynen/Shutterstock

O
alicerce está pronto, as paredes INTERNOS E EXTERNOS
levantadas e a laje já foi feita. O antigo conceito diz que pisos frios são
Agora, os outros elementos de indicados para áreas externas, cozinhas
uma casa ou edifício são detalhes, como e banheiros, e pisos mais “quentes” são
os revestimentos. Atualmente no mercado ideais para quartos e salas. Mas isso
há tantas opções que seu cliente, muitas pode ser mudado, desde que com bom
vezes, pode se enrolar no processo senso, de modo que você não colocará
de escolha e combinações de pisos e um taco de madeira em uma área próxima
azulejos. Nesses casos, é seu dever saber a piscinas, por exemplo. Superfícies com
orientá-lo em busca da melhor solução contato recorrente com a água devem ser
para cada caso. Afinal, há diferenças revestidas com pisos que não tenham sua
entre revestimentos de áreas internas de qualidade comprometida se umedecidos,
uma casa (salas, quartos, cozinhas) e de como porcelanatos e pedras.
áreas externas, como lavanderias? De acordo com a arquiteta da loja
Na hora de aplicar, é a sua vez, como especializada em acabamentos Bel Lar,
profissional, de ter algumas dúvidas em Maristela Broilo, “os pisos ideais para
relação a revestimentos. Entre formas e áreas externas são os que têm textura
técnicas para fixar o piso até o rejunte menos escorregadia, para evitar quedas
que dará o toque final, há um caminho a em caso de chuva ou na hora da limpeza.
percorrer. Para esclarecer as suas dúvidas Locais onde existem piscinas também
e ensinar, passo a passo, a aplicação de um exigem estrutura antiderrapante para
piso sobre piso, preparamos esta matéria amenizar acidentes”.
com todas as informações que você Para áreas internas, em geral as
precisa saber sobre revestimentos. Confira pessoas preferem texturas mais lisas e
a seguir. fáceis de limpar, portanto oriente sempre

8 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


seu cliente nesse sentido. Procure MATERIAIS
conversar com quem deseja revestir a Nas construções mais modernas, a pala-
casa ou apartamento sobre o uso do vra de ordem para revestimentos é funciona-
ambiente que receberá novos pisos para lidade. Se o piso ou o azulejo é difícil de lim-
avaliar a presença de idosos, pessoas com par, pode causar acidentes por escorregões
deficiência física ou com dificuldades de ou mancha com facilidade, está fora das
mobilidade pois, nesses casos, a textura preferências do consumidor. Adriana reitera
deve ser sempre menos escorregadia. que, “para áreas úmidas, a aplicação ideal é
“Com relação à qualidade, tanto para o de pisos laváveis e que não sofrem alteração
interior como para o exterior de uma casa, com contato de água. Para áreas íntimas, o
é recomendável um piso de base grés que vale é priorizar o conforto”. Além disso,
ou base de porcelanato, pois são menos as placas de resina, daquelas grandes que
porosos e, portanto, mais resistentes”, formam desenhos com texturas que podem
ressalta Maristela. ser pintados e repintados da cor de preferên-
cia do cliente, também têm chamado bas-
TENDÊNCIAS E tante atenção e denotam um ar sofisticado.
NOVIDADES
Em relação a pisos, a ousadia em
texturas e a imitação de materiais inusi-
tados estão em alta. De acordo com
a arquiteta do escritório de arquite-
tura Neo Arq, Adriana Victorelli, “os
porcelanatos que imitam materiais como
madeira, couro e metal são as grandes
novidades e tendências do setor”. Para
as paredes, estão de volta os azulejos
coloridos que formam patchwork ou
desenhos modernos.

CORES
Revestimentos com cores vibrantes
voltaram e as principais tendências
indicam tonalidades com azul “bic”,
amarelo, fúcsia e vinho, porém são cores
que devem ser sugeridas a clientes
mais jovens e descolados. “Para os que
arriscam menos, aposte em cores-
chave, como bege, preto e branco e
Divulgação/Perrone Comunicação

cinza”, explica Adriana.


Além disso, revestimentos com volumetria
chamam a atenção e reforçam a beleza de
uma parede de destaque. “Nesses casos,
planeje a obra para que a iluminação crie som-
bras que valorizam o revestimento”, detalha
a arquiteta.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 9


3&7&45*.&/50

boa qualidade não vai absor ver umidade


suficiente para estufar. É importante
respeitar a especificação da junta de
dilatação que o fornecedor indica para
cada produto. Se um produto que deve
ser aplicado com um espaçamento de
5 mm for aplicado com 3 mm e houver
absorção de água, ele vai estufar e
soltar”, explica a arquiteta.
Para aplicar um revestimento, seja
no chão ou nas paredes, você preci-
sará de uma boa argamassa para fixar e
de um material de rejunte para vedar os
espaços que ficam entre um piso e outro
(ou azulejo). A durabilidade do seu serviço
depende diretamente da qualidade e do
uso correto desses materiais. Cada tipo de
revestimento acompanha a necessidade
de produtos específicos para a sua
aplicação e vale sempre consultar um bom
Ronstik/Shutterstock

vendedor para fazer a compra correta.


“Existem produtos específicos para interior,
exterior, grandes formatos, pastilhas,
pisos sobrepostos e muitos outros. A
especificação correta dos revestimentos,
APLICAÇÃO SEM DEFEITO das argamassas e rejuntes aliada à
Se não forem utilizados os materiais aplicação bem feita garante um resultado
corretos e os cuidados indicados, os perfeito e durável”, finaliza Maristela.
revestimentos aplicados podem so-
frer rachaduras ou outras alterações PISO SOBRE PISO
estruturais, além de causar acidentes. Em uma reforma, nem sempre é
Afinal, quem nunca viu um azulejo se necessário quebrar o chão e as paredes
desprender da parede e cair sem motivo para colocar novos revestimentos.
aparente? Nesses casos, o material do Atualmente, há disponíveis no mercado
revestimento é fator determinante para materiais que possibilitam a colocação de
o sucesso na aplicação. pisos sobre o revestimento antigo. Esse
Conforme afirma a arquiteta Maristela procedimento poupa horas de trabalho e
Broilo, o maior problema encontrado evita muita sujeira e produção de entulhos.
na aplicação de revestimentos é a Porém, não são todos os casos que
dilatação. Mudanças de temperatura permitem a colocação do piso sobre piso.
fazem com que os pisos e azulejos O gerente comercial da Cimentolit, Bruno
aumentem e diminuam de tamanho e, Badan, explica quais são as condições
com isso, estão sujeitos a alterações necessárias para que você execute essa
estruturais. “Tanto nas paredes como tarefa de forma correta, evitando assim
nos pisos, um produto menos poroso e de problemas futuros.

10 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


ATENÇÃO QUANTO À BASE te esse estudo, esteja sempre atento ao
A superfície que receberá um reves- acúmulo de umidade em um ambiente,
timento sobre outro deve estar limpa e fator que pode impossibilitar a aplicação
isenta de qualquer sujeira, o que envolve de revestimentos. “Se for superficial e
poeira e, principalmente, gorduras. A proveniente do assentamento antigo, é
integridade do revestimento que rece- altamente recomendável a remoção das
berá outro por cima também deve ser peças em que haja umidade. Se por ou-
avaliada com cautela, conforme pontua tro lado, a umidade for ‘ascendente’ e vier
Bruno: “Se as peças já existentes estão de um problema de encanamento, isso
com som de oco ou trincadas, devem deve ser corrigido e muito provavelmente
ser removidas. Caso a superfície este- impossibilitará a utilização como sobre-
ja encerada (ou tenha recebido cera ao posição”, detalha o gerente comercial.
longo dos anos), deve ser utilizado um
removedor de cera”. IMPEDIMENTOS
Além disso, você deve observar também A técnica de aplicação piso sobre piso
as alturas de soleiras (normalmente de não deve ser utilizada se “as superfícies já
mármore, granito ou outro tipo de rocha), existentes forem compostas por materi-
portas e mobília planejada. O assentamen- ais como pisos vinílicos, tacos de madeira,
to pode exigir adaptações que devem ser pisos emborrachados e superfícies metáli-
planejadas antes da instalação. cas”, explica Bruno.
Se o piso antigo estiver danificado, com
UMIDADE trincas ou som de oco, o contato entre a arga-
Antes de qualquer reforma ou cons- massa e a base também fica comprometido,
trução é necessário fazer uma avaliação e nesses casos o melhor a se fazer é quebrar a
do local que será modificado. Duran- superfície antiga.
Divulgação/Cimentolit

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 11


3&7&45*.&/50

PASSO A PASSO
Confira como aplicar piso sobre piso, nesse passo a passo preparado pela
empresa Cimentolit

MATERIAIS
—4eZT`TffTc\fbfbUeXc\fb
—EXV\c\XagXfX`YhebfcTeTT`\fgheT
—6b_[XeWXcXWeX\eb
—7XfX`cXaTWX\eTVb`WXagXfWXab`„a\`b+``

1
Verifique a situação da superfície, conforme os parâmetros detalhados
anteriormente.

2
Faça a limpeza do piso antigo. Se houver cera, remova. Espere a secagem com-
pleta da superfície lavada.

3
Assente os pisos com argamassa piso sobre piso, respeitando o tempo e as
instruções do produto.

4
Após três horas do assentamento concluído, rejunte o revestimento. Espere até
que a argamassa e o rejunte estejam bem secos para realizar a limpeza da área.
Após um total de cerca de nove horas, entre assentamento e rejuntamento, o local estará novo e pronto

5
para uso. Antes desse tempo, evite colocar ou arrastar objetos sobre a superfície
modificada.

FIQUE ATENTO!
Durante a secagem (no período que antecede oito horas), nenhum tipo de peso
deve ser arrastado nem colocado sobre o local de assentamento. A limpeza do
rejunte (com água e sabão) pode ser feita após três dias do assentamento e rejun-
tamento. Nunca se deve utilizar ácido para a limpeza.

12 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


SAIBA MAIS!
Um dos tipos de revestimento mais
usados hoje em dia é o porcelanato.
Fique por dentro das principais carac-
terísticas e tendências desse produto
na matéria da página 54.

Frank Anusewicz/Shutterstock
Divulgação/Cimentolit

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 13


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VITRINE
Divulgação/Perrone Comunicação

VILA VECCHIA HD TREVISO HD

TECNOLOGIA HD
A Cerâmica Porto Ferreira apresenta uma coleção de pisos e revestimentos com alta
tecnologia, produzidos através de processo HD (alta definição) e que utiliza matrizes
digitais com 200 gigapixel. Estão disponíveis as linhas: Colonial Deck, Solar Gris Acetinado
HD, Treviso HD, Vila Vecchia HD – Porcellanato Vintage, Acessórios HD – Decorados.
Saiba mais sobre duas linhas.

TREVISO HD
Inspirado em pedras naturais o revestimento tem aparência da pedra Miracema. Feito
em porcelanato é uma opção para quem quer ter um produto com aparência natural e
fácil manutenção. Disponível no formato 29 x 52 cm, é indicado para pisos externos.

VILA VECCHIA HD
A coleção é feita em porcelanato esmaltado e tem três opções de cores– gris, bege ou
tijolo–, com dois acabamentos– acetinado e natural. Os desenhos simulam peças enve-
lhecidas. Disponível no formato 52 x 52 cm, é indicado para pisos internos.

14 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


CORES VIBRANTES
A Pamesa apresenta a linha ex-
clusiva de revestimentos cerâmicos
assinada pelo artista plástico Romero
Britto, reconhecido mundialmente por
usar cores vibrantes e estampas fortes
como meio de transmitir esperança e
felicidade. Os revestimentos estão dis-
poníveis nas medidas: 34 x 34 cm e 34
x 50 cm e nas linhas Kitchen, Pop, Kids,
Teen e Pool. Os desenhos remetem
à jovialidade e ao bom humor e po-
dem ser combinados com elementos
sóbrios ou contemporâneos, tornando
o ambiente original.
KITCHEN

Divulgação/Perrone Comunicação

KIDS

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3&7&45*.&/50

Divulgação/DC33 Comunicação

SHINE ILUMINATE

DIRETO DA TELONA
A Coleção Cine Lumiére é a novidade da Mozaik que relaciona a arquitetura
retratada no cinema e as maneiras de construir espaços cenográficos usando formas
plásticas. Cenas de filmes clássicos, como O Iluminado, de Stanley Kubrick, Os Bons
Companheiros, de Martin Scorsese, entre outros, serviram de inspiração para a nova
linha de mosaicos, composta por mais de 15 produtos. Com formas hexagonais,
octogonais e, algumas vezes, orgânicas, os revestimentos para paredes são
fabricados com zamac, liga metálica composta por zinco, alumínio, magnésio e
cobre, resistente à corrosão, tração, choques e desgastes. Estão disponíveis nas
linhas Shine, Resident e Iluminate.

LINHA SHINE
Mistura de hexágonos e losangos, que medem cerca de 2,5 x 2,5 cm (hexágonos) e
2 x 1 cm (losangos). Os revestimentos são indicados para paredes internas.

LINHA ILUMINATE
Os azulejos trazem grafismos inspirados nos tapetes do hotel que serviu de cenário
ao filme O Iluminado. As superfícies dos revestimentos recebem um tipo de lixa-
mento que produz uma tonalidade que muda conforme a reflexão da luz. Indicados
para paredes internas e externas.

16 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


PRATICIDADE E ROMANTISMO
A Colormix apresentou 15 novas linhas de revestimentos na Expo Revestir. Entre as
novidades estão ColorFloor e linha 1900.

COLOR FLOOR
Indicado para locais de alto tráfego, sua instalação é prática, e a manutenção pode ser
feita de forma simples, já que o piso não precisa ser encerado.

LINHA 1900
Inspirada nos românticos ladrilhos hidráulicos, que é uma tendência no mercado brasi-
leiro. Resistente, esses revestimentos da Colormix são placas de concreto de alta
durabilidade que reproduzem os desenhos próprios dos ladrilhos hidráulicos. O diferencial
é que não mancham como os antigos e podem ser aplicado em ambientes internos ou
externos. Há duas opções: decorados e lisos, ambos adequados para uso em paredes ou
pisos de alto tráfego.

COLOR FLOOR 1900


Divulgação/MD Assessoria & Comunicação

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 17


103$&-"/"50

PORCELANA
0UJQPEFDFSÉNJDBNBJTDPCJÎBEPQFMPTDPOTVNJEPSFTHBOIBFTQBÎPQSJW
QSBUJDJEBEF CFMF[BFBMUBSFTJTUÐODJB
Divulgação/Grupo Incefra
Divulgação/Grupo Incefra

18 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


ATO O
porcelanato não é considerado a
“elite” das cerâmicas por acaso.
Segundo o diretor do Grupo Incefra,
Marco Diehl, o título se deve ao fato de ter
as melhores características, alta resistência
e beleza. Mas não pense que todos os
porcelanatos são iguais. “Os mais conhecidos
WJMFHJBEPQFMB são os porcelanatos técnicos, que podem
ser polidos ou não, e os esmaltados, que em
razão do acabamento ficam mais parecidos
com os revestimentos normais. Já os polidos
são mais valorizados pelo alto brilho e reflexo
que apresentam”, diferencia o diretor do
Grupo Incefra.
De acordo com Edson Moritz, gerente de
marketing da Portobello, a uniformidade de
coloração, alta resistência à abrasão física
e química e massa homogênea estão entre
os principais diferenciais do porcelanato.
Além de valorizar o imóvel, a opção
por esse tipo de cerâmica traz outros
benefícios: “É mais sustentável, tem maior
durabilidade e resistência, é fácil de limpar
e permite uma infinidade de variações com
o emprego da tecnologia de impressão
digital”, afirma o porta-voz da Portobello.
Marco Diehl apresenta outro bom motivo
para escolher o porcelanato: “Apresenta
porosidade próxima de zero e alta
resistência à quebra. Esteticamente, o alto
brilho dos polidos tem grande apelo, quando
comparado aos revestimentos normais”.

COMBINA COM
TODOS OS ESTILOS
Foi-se o tempo em que o piso frio era res-
trito às áreas externas ou ambientes despo-
jados. Segundo o diretor do Grupo Incefra,
os porcelanatos polidos podem ser usados
em praticamente todos os ambientes inter-
nos residenciais e comerciais, desde que al-
guns cuidados sejam observados durante a
sua utilização, principalmente quanto à pre-
Porcelanato Branco Absoluto Tecnogres
venção de manchas e de riscos. “Os rústicos

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 19


103$&-"/"50

e não polidos podem revestir também


áreas externas, com atenção especial aos
locais descobertos ou molháveis. Nesse
caso, a textura deve ser antiderrapante. Os
esmaltados, por sua vez, podem ser usados
em todos os ambientes, sempre observando
se a resistência ao desgaste (PEI) é
adequada ao local”, informa Marco Diehl.
Os porcelanatos polidos são os mais
cobiçados pela sua nobreza e elegância.
“Oferecem excelente visual e muitas vezes
são usados como símbolo de status”, diz o
especialista da Incefra.
Para Edson Moritz, esse tipo de revesti-
mento cerâmico é atualmente um dos mais
maleáveis materiais de construção e pode
ser aplicado em todos os ambientes e não
apenas no piso. “Uma dica é sempre ter em
mente o ambiente para qual o revestimen-
to está sendo adquirido. As versões polidas
das peças são mais indicadas para ambien-
tes de cozinha e banheiro pela facilidade de
limpeza. Em regiões como as proximidades
da piscina, é melhor optar pela versão tex-
turizada. Outra ideia é sempre levar em
consideração as peças e cortes especiais
que podem ser utilizados como quadros,
adornos, quinas, bordas e até em móveis,
criando decorações exclusivas”, explica.
Vale lembrar que, em locais de grande
movimentação, é preciso ter cuidado com
porcelanatos polidos e evitá-los nas en-
tradas. A dica é substituí-los pelos rústi-
cos, que também são recomendados para
pontos com grande circulação e possíveis
acúmulos de sujeira.
Nos últimos tempos, o porcelanato tam-
bém ganhou espaço em bancadas, pois
muitas marmorarias possuem máquinas
de corte especiais para o material e con-
stroem bancadas a partir de porcelana-
tos polidos ou acetinados. “Com o corte
por jato de água, o acabamento fica im-
pecável”, conta Marco Diehl.

20 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Divulgação/Itagres
O banheiro do bebê ganhou piso e
revestimento com tecnologia Full HD.
Projeto: Alessandra Lobo

Divulgação/Portobello
Divulgação/Portobello

O porcelanato valoriza o ambiente e traz O porcelanato também é usado com


mais praticidade ao dia a dia sucesso como revestimento de paredes

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 21


Divulgação/Portobello

PORCELANATOS SLIM E Optar por um porcelanato extrafino


TECNOLOGIA FULL HD pode ser a solução ideal para reformas
Os porcelanatos mais fininhos, também em obras residenciais e comerciais. “Além
conhecidos como slim, são indicados para do assentamento sobreposto e da possi-
revestir paredes e pisos sem a necessi- bilidade de assentar sobre diferentes ba-
dade de retirada do antigo revestimen- ses, esse tipo de porcelanato é ideal para
to. “Eles têm praticamente a metade da reforma rápida, econômica, sem quebra
espessura dos porcelanatos tradicionais e sem barulho. Também é muito fácil de
e podem ser aplicados com argamassas manusear, cortar e aplicar”, explica o ge-
especiais. Quando usados como piso, rente de marketing da Portobello, para
deve-se ter atenção redobrada para que quem o produto na versão extrafina traz
não restem vazios ocos entre o porcelan- mais segurança, produtividade e conforto
ato e o piso antigo, evitando quebras. Po- no assentamento.
dem ser considerados como a ‘segunda Na Ceusa, os porcelanatos SuperSlim
pele’ de uma casa”, explica Marco Diehl. têm espessura de 5 mm e conservam as

22 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


mesmas características técnicas de re- manchar definitivamente. Na limpeza final
sistência mecânica e de superfície dos é usada a camada de cera protetora que
produtos convencionais. As peças da normalmente vem aplicada de fábrica.
marca contam com tecnologia digital Full Fique atento e só use produtos químicos
HD (High Definition), que reproduz super- indicados pelo fabricante. É importante
fícies variadas em alta definição, 100% reforçar que a durabilidade do porcela-
digitais e com qualidade fotográfica (até nato está diretamente relacionada à qua-
980 dpi), integrando decoração perfeita lidade da instalação e de manutenção.
nos revestimentos cerâmicos. Nas entradas e em locais de grande con-
A Itagres também aderiu à novidade e centração de movimento e sujeira a vida
implantou a tecnologia Full HD em seu útil poderá ser menor.
parque fabril. O sistema de impressão
totalmente digital proporciona infinitas POR DENTRO DAS
possibilidades de design e oferece ao am- TENDÊNCIAS
biente mais naturalidade e sofisticação. Os grandes formatos, geralmente nos
“Inspirada na natureza, os produtos da tamanhos 60 x 60 cm ou 80 x 80 cm
coleção Full HD manifestam com muito ganham destaque em residências e áreas
mais realidade a beleza natural das pe- comerciais. A Tecnogres, do Grupo Ince-
dras, madeiras e mármores, proporciona-
fra, desenvolveu produtos que atingem o
ndo revestimentos que deixam os ambi-
grau máximo de perfeição, como o Por-
entes em sintonia com as tendências de
celanato Branco Absoluto, opções com
moda e decoração, e que possibilitam o
espessura extrafina para aplicação di-
bem-estar necessário a qualquer estilo
retamente em superfícies já revestidas,
de vida”, explica Elizangela Sorato, do de-
além de produtos com alta resistência
partamento de Marketing da empresa.
ao desgaste.
A marca oferece também o modelo Dry
CUIDADOS NA Tech, um revestimento cerâmico de alta
INSTALAÇÃO E resistência ao desgaste, agentes quími-
MANUTENÇÃO cos, riscos, sobrecargas, fortes impactos
Na instalação é fundamental usar ar- e ao grande fluxo de usuários. Seu dife-
gamassas e rejuntes especiais para por- rencial é o efeito espelhado, que propor-
celanatos, encontrados em lojas de ma- ciona reflexo total, graças ao duplo poli-
teriais de construção. Também é preciso mento por nanotecnologia.
usar a espátula dentada correta, o que Já os marmorizados recebem uma
ajuda na aderência e evita os indesejáveis grossa camada de compostos vitrifica-
espaços ocos, o que prejudicaria a cola- dos, granilhas especiais e corantes, sob
gem, podendo contribuir para o desco- sistema dupla carga, também conhecido
lamento e quebra. Durante a instalação como double louding. Após a queima, o
todo o cuidado é pouco. Deve-se proteger superbrilho se destaca graças ao duplo
a superfície com papel, papelão ou plásti- polimento da superfície em nanotecnolo-
co (o papel não pode ser colorido, sob gia, sistema de polimento extrafino. Essa
pena de provocar manchas difíceis de camada adicional reproduz os veios das
serem retiradas). Vale lembrar que areias pedras verdadeiras, gerando uma sen-
podem riscar, solventes e tintas podem sação de profundidade.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 23


1*404

APRENDA A
INSTALAR
PORCELAN
$POGJSBV NQ BTTPB Q BTTPQ BSBB QMJDBÎÍPE FQ PSDFMBOBUP
JOUFSOPQSFQBSBEPQFMB8FCFS4BJOU(PCBJO
24 Guia Manual do Construtor Etapas da obra
NATO
Thinkstock/iStock

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 25


1*404

N
inguém quer instalar um piso e al-
guns meses depois perceber que
ele começa a se soltar ou apre-
sentar outros defeitos, certo? Assim, é im-
FIQUE
portante estar atento às características de
cada revestimento e utilizar argamassas
ATENTO!
adequadas. No caso do porcelanato, ele
tem formulação mais complexa que a — 4 fhcXeY„V\X WTf UTfXf
cerâmica, passando por uma queima com (contrapiso) e o verso das pla-
temperaturas superiores a 1200°C. “O cas a serem aplicadas devem
resultado é um revestimento com índices estar secos, limpos, livres de
de absorção de água praticamente nulos poeiras, resíduos ou películas
e com elevadas resistências mecânica que impeçam o contato da
e à ação de produtos químicos. Por isso, argamassa.
para seu assentamento e rejuntamento,
são necessárias argamassas específicas, —?\UXeT}bcTeTbgeyYXZb-cXffbT_
como elevada aderência”, explica Jordana da obra, com cuidado, após 72
Rocha Barros, chefe de produto da Weber horas. Todo o tráfego, em áreas
Saint-Gobain. Acompanhe a seguir os pas- internas, após sete dias.
sos para aplicação de porcelanato interno.

COMO CALCULAR A QUANTIDADE


ADEQUADA DE ARGAMASSA?
O cálculo de argamassa colante varia com o tipo de aplicação e com o ta-
manho do revestimento cerâmico.
Em geral, revestimentos menores que 30 x 30 cm (ou 900 cm²) necessitam
de aplicação em camada simples, ou seja, aplica-se argamassa somente na
base (em geral, emboço ou contrapiso). Nesse caso, são utilizados cerca de 4 a
4,5 kg de argamassa por m². Para revestimentos menores que 400 cm², deve-se
utilizar desempenadeira com dentes quadrados 6 x 6 x 6 mm. Para revestimentos
entre 400 e 900 cm², deve-se utilizar desempenadeira com dentes quadrados
8 x 8 x 8 mm. Revestimentos iguais ou maiores que 30 x 30 cm necessitam de
aplicação em camada dupla, ou seja, aplica-se argamassa com desempenadeira
com dentes quadrados 8 x 8 x 8 mm, tanto na base quanto no verso do revesti-
mento. Nesse caso, são utilizados cerca de 8 a 9 kg de argamassa por m².

26 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Fotos: divulgação/Pial Legrand

1 2
Em um recipiente estanque, limpo, protegido Estenda a argamassa com o lado liso da
do sol, vento e chuva, misture todo o conteúdo desempenadeira. Em seguida passe o lado
de um ou mais sacos da argamassa para denteado da desempenadeira em ângulo de
Porcelanato Inteno Quartzolit com água 60º em relação à base, formando cordões
limpa na proporção indicada na embalagem e sulcos. Misture novamente a argamassa
até obter uma consistência pastosa e firme, retirada com os dentes da desempenadeira
sem grumos secos. Deixe em repouso por ao restante do material preparado sem
15 minutos, misturando novamente antes adicionar mais água. Procure estender
do uso. Utilize a argamassa no prazo de, a argamassa sobre a base em panos de
no máximo, 2 horas e 30 minutos (em aproximadamente 2 m².
temperatura ambiente de até 20ºC. Acima
dessa temperatura o prazo será reduzido).

3 4
Aplique a argamassa com a desempenadeira Aplique as peças de cerâmica e pressione com
no processo de dupla camada nos seguintes os dedos, batendo com martelo de borracha,
casos: até conseguir o amassamento dos cordões
e obter o contato de todo o verso da placa
— C_TVTf Vb` yeXT \ZhT_ bh fhcXe\be T com a argamassa. A espessura da camada
900 cm² (ex.: 30 x 30 cm). de argamassa depois do assentamento
— C_TVTf Vb` eXXage{aV\Tf X fT_\‚aV\Tf das cerâmicas é de, no mínimo, 3 mm, e,
maiores que 1 mm no verso. no máximo, 5 mm. Faça a limpeza final no
—C\fbfVb`T_gbgeyYXZb! máximo até 1 hora após o assentamento
das placas. Remova a argamassa colante
existente nas juntas de assentamento. Limpe
a superfície das placas com esponja limpa e
úmida ou pano grosso de algodão. Após 72
horas, rejunte as placas de porcelanato.
1*404

DO ASSOALH
AOS LAMINAD
0QÎÜFTRVFQSPNFUFNEBSVNUPRVFBDPMIFEPSFDPOGP
BPBNCJFOUF

28 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


HO
DOS
SUÈWFM
Foto: divulgação

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 29


1*404

A
o longo das décadas, o tradicional várias formas de definir a cor do rejunta-
taco de madeira passou a dividir mento. “Podemos optar por tonalidades
espaço com pisos frios, vinílicos, semelhantes e criar um ambiente neutro,
laminados e até emborrachados. Mas, como também escolher cores contrastan-
afinal, qual é o mais indicado para a sala? tes e evidenciar as linhas, transforman-
Antes de fazer a opção, procure avaliar do-as em parte do visual da cerâmica. Não
qual é o uso do espaço e quem circula existem cores mais adequadas a pisos, o
no ambiente. Há animais de estimação? que indicamos são rejuntamentos com
Crianças? Idosos? Pisos antiderrapantes, maior resistência à abrasão e menor po-
por exemplo, podem ser excelentes opções rosidade”, diz.
para idosos, já o piso frio é uma boa pedida Para o coordenador de Marketing da
para quem tem animais de estimação. Ceramfix, Luciano Landa, não há acerto ou
Qualidade deve estar sempre em pri- erro na cor do rejunte, pois tudo dependerá
meiro lugar, caso contrário o consumidor do gosto do consumidor e do efeito que
poderá adquirir um produto com irregula- ele pretende alcançar com a decoração.
ridades e falhas na tonalidade, obtendo um “A Ceramfix disponibiliza um mostruário
resultado final distante do esperado. Out- referencial do próprio produto aplicado,
ro fator importante é a metragem. Nunca que orienta o consumidor na hora de
compre a medida exata, adquira no míni- escolher a cor e observar como ficará o
mo 10% a mais. Durante a obra é possível acabamento”, conta Luciano, para quem é
que aconteçam quebras, e é fundamen- interessante comparar as amostras entre
tal ter algumas peças guardadas para as marcas disponíveis para se decidir
usar em futuras reformas. melhor, tendo em vista que há uma grande
variação entre os fabricantes. “
Vale ressaltar que são amostras
referenciais,portanto,independentemente
da marca, todos os mostruários de
produtos aplicados poderão ter uma
mínima variação de cor e de textura, que
é aceitável devido ao ambiente em que o
produto será aplicado”, complementa.
O coordenador de Marketing alerta
que para cada aplicação e ambiente
a ser utilizado, o produto demanda
um tipo específico de rejuntamento.
“Se o produto será usado interno ou
externamente, se a área é de alto ou
baixo tráfego de pessoas, se será usado
em piscinas, saunas ou fachadas, se
REJUNTAMENTO a limpeza do ambiente é feita com
PERFEITO produtos químicos agressivos ou de
De acordo com o gerente de Produto uso comum como sabão, detergentes, e
da Weber Saint-Gobain, Fanny Sbracci, há assim por diante”, comenta.

30 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


ESCOLHA SEU PISO
t103$&-"/"50 é um piso cerâmico que ganha cada vez mais espaço
em ambientes internos, inclusive na sala de estar. Resistente à abrasão, tem
qualidade e variedade de tons que justificam a escolha dos consumidores.
Apresenta cores e texturas inspiradas em elementos como pedra, madeira,
cimento e metal. O porcelanato pode ser polido ou natural (com brilho e
reflexos), acetinado ou mate (fosco) e rústico (antiderrapante). É fácil de
limpar, exigindo apenas água e sabão neutro.

t1*40-".*/"%0 é um dos pisos preferidos na atualidade, não só pelas


diversas opções de texturas disponíveis, mas por ter um preço bastante
competitivo quando comparado aos pisos feitos em madeira maciça. A
instalação é feita rapidamente e por encaixe. Em geral, o piso é feito a partir
de madeira de reflorestamento e revestido de uma lâmina decorativa e miolo.
Pode ser colocado por cima de outros pisos, como cerâmica e concreto.
Costuma ser sensível a líquidos e à incidência direta do sol.

t$"31&5&%&."%&*3"é bastante semelhante ao piso laminado, mas


a contracapa, o miolo e a lâmina são feitos em madeira natural e recebe uma
camada de verniz.

t1*40%&#033"$)" instalados diretamente sobre o contrapiso, são


antiderrapantes e absorvem impactos. É fácil de limpar e ideal para quem
tem crianças.

t 1*40 7*/¶-*$0 06 1*40 %& 17$ bastante utilizado em academias


de ginástica, pode ser uma opção interessante para salas. É antialérgico,
antiderrapante e à prova d’ água. A limpeza pode ser feita apenas com um
pano úmido.

t "440"-)04 %& ."%&*3" 


5"$04 & 1"326³4 proporcionam
a sensação de conforto térmico e
apresentam uma alta durabilidade.
Costumam ser mais caros, já que são
feitos de madeira maciça, e os parquês
emmadeiranatural.Ostacossãofeitosde
Foto: divulgação

placas de madeira nativa em tamanhos


variados e podem ser colocados
sobre outros pisos.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 31


1*404

NOVIDADES DO
MERCADO
ANTIALÉRGICO
E ANTIDERRAPANTE
O Wood Planks, da EPiso, pode ser uti-
lizado em todos os cômodos, pois é
confortável para quem gosta de andar
descalço, não esquenta e nem gela o pé.
“É à prova d’ água, manchas, arranhões,
imune às pragas da madeira, acústico,
antialérgico, antibacteriano, antiderra-
pante e mantém a temperatura ambiente.
A manutenção é simples, basta passar
um pano úmido”, comenta Ilan Tiktin, di-
retor da EPiso Revestimentos e Pisos.

Fotos: divulgação
MAIS FLEXIBILIDADE
Que tal mudar de casa e levar o piso junto?
A tecnologia Aquaclic, presente no piso viníli-
co da Formica, permite que reutilização e
reinstalação em nova residência. Sua colo-
cação e remoção são práticas, limpas e si-
lenciosas, podendo ser realizada pelo próprio
consumidor. Com garantia de 15 anos para
ambientes residenciais, os pisos são madei-
rados e possuem um acabamento similar
ao da madeira natural. O piso é resistente à
água e impede que os sons dos sapatos ou
da corrida das crianças se propaguem.

32 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


RÚSTICO ELEGANTE
O Tecnocimento, da NS Brazil, é um ci-
mentício com secagem rápida e aparên-
cia de cimento queimado. É versátil, isento
de trincas, fissuras ou juntas de dilatação
e indicado para piso, parede e teto. Pode
ser aplicado sobre pisos ou revestimen-
tos, repaginando ambientes rapidamente
e evitando a remoção de revestimentos
e pisos antigos. Também pode ser usado
em composição com mais de uma cor
ou com outros materiais, como madeira,
pastilhas, granitos e mármores.

MAIS FLEXIBILIDADE
SENSAÇÃO DE MADEIRA
A Cerâmica Gyotoku oferece a série Amazon
Wood, uma interpretação da natureza que
traz o vigor, a exuberância e a imponência
da maior floresta tropical do mundo, pro-
porcionando a sensação acolhedora da ma-
deira. As peças estão disponíveis nas cores
Almond, Brown, Ivory e Natural nos formatos
7,5 x 60 cm, 15 x 120 cm, 20 x 120 cm e
30 x 120 cm.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 33


1*404

Foto: divulgação/Eliane
DA QUEDA
D’ÁGUA AO
ACABAMENTO
$POIFÎBBTFUBQBTEFQSFQBSBÎÍPEPQJTPFBMHVOT
DVJEBEPTJNQPSUBOUFT

M
anter o contrapiso liso e regular se as especificações correspondem ao
para proporcionar um bom aca- pedido efetuado e se estão discriminadas
bamento do material assentado na embalagem”, recomenda Jason Vieira
não é a única medida a ser tomada quan- da Silva Junior, gestor de Negócios da Elite
do o assunto é a construção do banheiro. (fabricante de pisos e revestimentos).
Os cuidados devem começar no recebi- Para verificar a conformidade do pro-
mento do material: “Verifique se todas as duto, o gestor sugere que sejam retiradas
caixas contêm produtos do mesmo ta- algumas peças aleatoriamente de em-
manho, tonalidade, qualidade e lote. Avalie balagens diferentes e que seja montado

34 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


um painel no chão. “Em seguida, com a que será programada de maneira que os
luminosidade adequada, observe a uma recortes fiquem em partes onde não se-
distância de 1 metro se as placas apresen- jam muito visíveis ou que fiquem menos
tam defeitos aparentes, como diferença perceptíveis”, orienta Anderson.
de tonalidade (peças não uniformes),
defeitos visuais (trincas e desbocados) e CUIDADOS ESSENCIAIS
diferenças geométricas (com relação ao Segundo Jason Junior, é importante
esquadro e ao tamanho)”, orienta. verificar se a base, ou seja, a alvena-
Jason Junior lembra que alguns pro- ria, está alinhada, plana, no prumo, com
dutos vêm com uma película protetora a superfície áspera, limpa e isenta de
(cera), cuja função é protegê-los du- graxas ou ceras. “Se a base for nova,
rante a obra. “A película só deverá ser o emboço ou contrapiso deve ter cura
removida após o término da obra com mínima de 14 dias, e no caso de con-
produtos apropriados”, alerta o gestor. creto, 28 dias. Também é importante
A queda d’água também é fundamental verificar se o contrapiso está livre de
para um banheiro confortável e seguro: fontes de umidade e ficar atento à imper-
“Deve sempre respeitar o projeto de for- meabilização, quando necessário, como
ma que a água escorra naturalmente, na parte do box do banheiro”, explica.
sem empoçamentos e, ao mesmo tem- Em banheiros, a impermeabilização
po, sem prejudicar a estética do ambi- deve ser efetuada em todo piso da área
ente. Uma forma eficiente de executar molhada e no piso das áreas molháveis,
uma boa caída d’água é a utilização de se estendendo até a altura de 1 metro
peças de menores formatos, uma vez nas paredes da área molhável. “Deve-
que facilita e propicia um assentamento se sempre aplicar um reforço estrutural
mais eficiente e uma caída d’água menos no encontro da parede com o piso, pois
agressiva. O caimento deve ter aproxima- é uma região de acúmulo de tensões e
damente 1% de desnível em direção ao que está bastante propensa a trincas,
ralo do banheiro”, explica Anderson Patri- assim como nos acabamentos de ralos
cio Eziquiel, coordenador da Garantia da e encanamentos”, esclarece Anderson.
Qualidade da Eliane (fabricante de pisos Jason explica que a impermeabili-
e revestimentos cerâmicos). zação é feita na base do piso e o pro-
Para assentar o piso corretamente é duto deve ser aplicado com um rolo
fundamental respeitar as dimensões do ou trincha até formar uma película de
banheiro, com as juntas e os recortes 3 milímetros. “É importante que o pro-
programados, de forma que a estética duto escolhido seja flexível para acom-
não seja prejudicada e as especificações panhar a movimentação da alvenaria
de junta de assentamento e da arga- (laje) e evitar futuras trincas.
massa sugeridas pelos fabricantes se- A secagem e a vedação também mere-
jam respeitadas. “Deve-se inicialmente cem atenção especial. “A vedação é feita
preparar um contrapiso liso e livre de nos encontros de diferentes materiais,
irregularidades e fazer uma camada de como fechamento e vedação do box e
impermeabilização. O início do assenta- encaixes de alumínio”, diz o coordenador
mento precisa respeitar a caída d’água, da Garantia da Qualidade da Eliane.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 35


)*%3«6-*$"
SOLUÇÕES PARA TRATAR O

ESGOTO
DOMÉSTICO
$POIFÎB BT PQÎÜFT EJTQPOÓWFJT QBSB FEJmDBÎÜFT RVF OÍP
UFOIBNSFEFEFFTHPUPPVQSFDJTBNNFMIPSBSPUSBUBNFOUP

Foto: divulgação
)*%3«6-*$"

I
nvestir em um bom sistema de trata- Segundo Helberth Coutinho, o
mento de águas residuais é um pas- sistema substitui os anéis de cimento
so importante para evitar doenças, usados na construção de fossas
já que a medida evita o lançamento sépticas de alvenaria e traz inúmeros
de dejetos diretamente em rios, lagos benefícios: “Menor custo, rápida
e na superfície. Mas como funcionam instalação (pode ser feita em um dia),
as principais soluções oferecidas pelo permite o uso imediato, é impermeável
mercado? “A Estação Compacta Para e não contamina o solo”.
Tratamento de Esgoto Fortlev é um O especialista ainda destaca a
sistema para tratamento das águas praticidade na instalação. “Os produtos
residuais de origem doméstica, que são entregues pré-montados, são de
faz a separação e a transformação fácil manuseio e podem ser instalados
biológica completa do material sólido manualmente. Os equipamentos devem
e líquido. O esgoto é conduzido até os estar apoiados sobre uma base feita
equipamentos do sistema, onde é pro- em concreto, com espessura mínima de
cessada a biodigestão anaeróbia, que 15 cm e contendo malha de rede, para
faz o tratamento da carga orgânica”, evitar a influência de lençol freático. Esta
explica Helberth da Costa Coutinho, base deve ser regular e estar nivelada,
coordenador de produto da Fortlev. para que os equipamentos estejam bem
Ele informa que a solução é fabricada posicionados e não fiquem inclinados,
em polietileno e atende as normas NBR pois a inclinação impede a correta
7229 e NBR 13969 da Associação operação do sistema”, esclarece.
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
O equipamento é composto por Reator
Anaeróbio (que faz o tratamento FOSSA SÉPTICA
primário) e Filtro Anaeróbio (que faz o A fossa séptica é uma opção
tratamento secundário). “É um sistema indicada, sobretudo, para a zona rural
impermeável, disponível nos modelos ou residências isoladas. De acordo
com vazões de operação de 500 l/dia com o Nelson Junior, instrutor de
(para residência com até 5 pessoas) ou Hidráulica da Escola Senai Orlando
1000 l/dia (para residência com até 10 Laviero Ferraiuolo, em São Paulo (SP),
pessoas) e tem uma eficiência de até é uma unidade de tratamento primário
85% de tratamento da carga orgânica de esgoto doméstico, nas quais são
do esgoto”, completa o coordenador feitas a separação e a transformação
da Fortlev, que indica a solução para físico-química da matéria sólida
residências, instalações comerciais, contida no esgoto. “É uma maneira
fazendas, sítios ou qualquer outra edi- simples e barata de disposição dos
ficação que não tenha rede de esgoto esgotos, todavia, o tratamento mais
ou que precise melhorar a eficiência dos completo é a Estação de Tratamento
tratamentos atuais. de Esgotos”, observa.

38 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Geralmente, a fossa séptica é pré- medida de 18 litros) sobre o concreto
fabricada ou fabricada in loco (na magro é feito uma laje de concreto
obra) e podem ser feitas de alvenaria, armado de 6 cm de espessura (1 saco
de manilha cerâmica, manilha de de cimento, 4 latas de areia, 6 latas de
concreto e polietileno. brita e 1,5 I de água), e malha de ferro
A instalação exige alguns cuidados: 4.2 a cada 20 cm”, explica Nelson
“Para evitar mau cheiro, não devem Junior, que acrescenta que as paredes
ficar muito perto das moradias, porém são feitas com tijolo maciço, ou
também não podem ficar muito longe, cerâmico, ou com bloco e concreto, e na
pois assim exigem tubulações mui- execução da alvenaria devem ser
to longas. A distância recomendada colocados os tubos de entrada e saída
é de quatro metros. Elas devem ser da fossa (tubos de 100 mm) e deve-
construídas do lado do banheiro, para se deixar ranhuras para encaixe das
evitar curvas nas canalizações e ficar placas de separação das câmaras, no
num nível mais baixo do terreno e longe caso de fossa retangular.
de poços ou de qualquer outra fonte
de captação de água, no mínimo a 30
metros de distância, para evitar con-
taminações, no caso de um eventual
vazamento”, esclarece Nelson Junior.
Uma dúvida frequente do construtor
está relacionada ao dimensionamento.
“A fossa deve ser dimensionada para
reter 24 horas as água de esgoto, para
que haja o tratamento. Os autores es-
tabelecem com 1500 litros a capaci-
Filtro anaeróbio
dade mínima de uma fossa séptica,
devendo acrescentar 100 litros por
pessoa, até 10 pessoas na residência,
reduzindo para 75 litros até 20 pes-
soas e 50 litros até 50 pessoas”, diz
o instrutor.
Durante a execução, o primeiro
passo é a escavação do poço onde a
fossa ficará enterrada no terreno. “O
fundo do poço deve ser compactado, Reator anaeróbio
nivelado e coberto com uma camada
Fotos: divulgação

de 5 cm de concreto magro, (1 saco de


cimento, 8 latas de areia, 11 latas de
brita e 2 latas de água, sendo a lata de

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 39


17$

Fotos: divulgação
Foto: divulgação/Claris

40 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


SAIBA MAIS
SOBRE PVC
5SBEJDJPOBMNFOUF VUJMJ[BEP OB QSPEVÎÍP EF UVCPT F
DPOFYÜFT PNBUFSJBMHBOIBFTQBÎPQSJWJMFHJBEPOBPCSB

M
ais conhecido como PVC, Mas, afinal, do que é feito o PVC?
o policloreto de polivinila “É composto de 57% de cloro prove-
provavelmente já ganhou niente do sal marinho e os outros
destaque em uma ou mais etapas da 43% são hidrocarbonetos”, afirma
sua obra. O material mais utilizado Bárbara Tobar, especialista de desen-
no Brasil para a produção de tubos volvimento de produtos da Mexichem
e conexões com a finalidade de Brasil, detentora das marcas comer-
transportar água potável ou esgoto ciais Amanco, Plastubos e Bidim.
também é usado com sucesso em A engenheira da Claris observa que,
perfis de janelas e portas. embora os 43% restantes sejam obti-
Além disso, o PVC é o segundo plástico dos a partir do petróleo, o Brasil tem
mais produzido no mundo e atinge um tecnologia para obtê-los a partir do ál-
cool da cana-de-açúcar, o que torna o
volume anual de aproximadamente 25
recurso renovável e inesgotável. “O PVC
milhões de toneladas. “O uso global
consome apenas 0,3% do petróleo ex-
do PVC cresce a uma taxa de 4% a
traído no mundo, índice bem pequeno
7% ao ano. Esse crescimento rápido
na medida em que é um dos três plásti-
e sustentável não se deve somente à cos mais utilizados. Para efeito de com-
excelente relação custo-benefício do paração, todos os polímeros juntos
produto, mas também ao fato de que totalizam 4%, enquanto que 86% são
não há nenhum outro material que possa destinados para a climatização, trans-
ser modificado por aditivos na mesma porte e geração de energia, se consti-
extensão do PVC”, observa Ana Paula tuindo em aplicações  pouco racionais,
Elias Bugallo, engenheira técnica da Claris considerando que o petróleo é escasso
(empresa do Grupo Tigre, que trabalha e as reservas mundiais devem se es-
desde 1999 no segmento de esquadrias gotar em breve. No caso do PVC, há
de PVC). uma vantagem ambiental importante,

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 41


17$

a água, abundante no país, é larga- tubulações, pela facilidade de pro-


mente utilizada em usinas hidrelétri- dução industrial de tubos, conexões e
cas para gerar energia limpa, aplicada acessórios, pela economia e facilidade
também na fabricação do PVC. Essas na instalação, por seu baixo peso e
constatações, por si só, já o credenci- bom desempenho hidráulico”.
am como um plástico que atende a um Para a especialista da Mexichem
dos requisitos básicos do desenvolvi- Brasil, as vantagens não param por aí.
mento sustentável”, esclarece. “O PVC é um material muito versátil
Bárbara Tobar destaca outros dife- tanto em termos de aplicação de pro-
renciais do material: “O PVC é um ter- dutos, pois pode ser modificado de di-
moplástico inerte, atóxico e reciclável, versas formas e, consequentemente,
que após a transformação proporcio- apresentar distintas características
na propriedades excelentes ao produ- de qualidade, quanto do ponto de vis-
to, especificamente para o transporte ta de materiais, permitindo diferentes
de fluidos. Destaca-se pela resistên- alternativas tecnológicas em termos
cia à corrosão e aos componentes de formulações e processos que re-
químicos, por sua ‘estanqueidade’ de sultam em otimizações de custo e
juntas, pela menor rugosidade das benefício. É a melhor alternativa para

VOCÊ SABIA?
—AT4`TaVbgbWTT_\a[TWXyZhTYe\Tfb_WyiX_XebfVyiX_WXyZhT
quente (CPVC), de esgoto (SN e SR) e alguns acessórios são fabrica-
dos em PVC.
—4fXfdhTWe\TfX`CI6cebcbeV\baT``T\beVbaYbegbTVŽfg\VbXg€e-
mico para o ambiente.
— 4f cebce\XWTWXf Wb CI6 gbeaT` b `TgXe\T_ Tcebce\TWb cTeT Tc_\-
cações de longa vida, principalmente quando usado na construção
civil. É fácil encontrar produtos de PVC com tempo de vida útil de no
mínimo 50 anos, chegando aos 100 anos em muitos casos.
—6XeVTWX*#WXgbWbbCI6€hfTWbabfXgbeWTVbafgeh}bV\i\_!
Além de ter vida longa, o sucesso do produto se deve à baixa flama-
bilidade, a sua resistência à umidade e aos raios ultravioletas (UV) e
ao baixo peso dos produtos na construção civil, que geram obras de
instalações mais fáceis e com menores emissões de poluentes durante
o transporte.

42 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


a fabricação de tubos e conexões plo, a leveza do material, que per-
para água e esgoto nos mercados mite melhor manuseio e facilidade na
predial, de infraestrutura e irrigação”, instalação, e a resistência a choques,
explica Bárbara Tobar, que acrescen- fungos, bactérias e roedores”, diz
ta: “É a principal matéria-prima para o gerente.
a fabricação dos produtos da marca Segundo o profissional, a evolução
Amanco e está presente em prati- do mercado permitiu o aumento do
camente todas as linhas de produ- consumo de plásticos na construção.
tos, com raras exceções. O consumo “A tendência é que o uso do PVC con-
de composto de PVC é superior a tinue em expansão. Tanto a indústria
150.000 toneladas/ano nas fábricas da construção quanto seus consumi-
da Mexichem Brasil”. dores buscam rapidez e praticidade,
necessidades que vêm ao encontro
VANTAGENS PARA A OBRA dos benefícios oferecidos pelos ma-
O gerente de produtos da Tigre, teriais de construção que utilizam
Carlos Eduardo Teruel, lembra que plástico na sua composição. Esses fa-
até a década de 1950 todas as insta- tores aliados a custos cada vez mais
lações hidráulicas prediais eram fei- competitivos e a frequente busca da
tas com tubos de ferro fundido. “A Ti- sustentabilidade tornam os materi-
gre trouxe essa inovação ao mercado, ais plásticos uma opção excelente,
oferecendo tubos e conexões de PVC já que são altamente duráveis e
por diversos fatores como, por exem- recicláveis”, comenta.

VITRINE
Foto: divulgação/Tigre

CPVC
O CPVC (policloreto de vinila clorado) é uma variação do PVC e é indicado para
instalações prediais e comerciais de água quente e fria. Uma das vantagens do
material é a resistência a altas temperaturas.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 43


17$

e
Foto: divulgação/Tigr

EM PVC
LINHA SOLDÁVEL TIGRE
São usados para conduzir água à temperatura ambiente nas instalações prediais de
água fria. A linha soldável Tigre segue a norma de referência NBR 5648 – Sistemas
prediais de água fria – e dispensa o uso de ferramentas e equipamentos sofisticados na
instalação. Também é resistente a produtos químicos e não sofre corrosão. Disponível
nas bitolas: 20, 25, 32, 40, 50, 60, 75, 85 e 110 milímetros.
Foto: divulgação/Tigre

LINHA ROSCÁVEL TIGRE


Indicados para conduzir água fria em instalações prediais e na indústria, os tubos da
linha roscável Tigre são fornecidos em barras de 3 a 6 metros e estão disponíveis
nas bitolas: ½” , 3/4” , 1” , 1. 1/4” , 1. 1/2” e 2”. 

LINHA PEX TIGRE


Com grande flexibilidade e durabili-
dade, a linha PEX Tigre não é afeta-
Foto: divulgação/Tigre

da por aditivos derivados do cimen-


to. O modelo de tubo multicamada
tem uma camada de alumínio em
seu interior e possui solda Butt-Weld
(solda de topo), o que lhe confere
uma resistência superior a outras
formas de fabricação.

44 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Foto: divulgação/Tigre

LINHA ESGOTO SÉRIE NORMAL


A linha esgoto série normal Tigre visa conduzir
efluentes de aparelhos sanitários em instalações
prediais de esgoto e ventilação. Fabricados em
PVC rígido na cor branca, os tubos têm entre 6 e
3 metros com ponta e bolsa.
Foto: divulgação/Claris

LINHA EUROPA
A janela de correr da Linha Europa, da Claris, oferece
praticidade e facilidade para o uso de telas persianas ou
grades externas. Com perfil em PVC, pode ter até seis
folhas sequenciais.

Fotos
: divu
lgaçã
o/Am
anco

LINHA SOLDÁVEL AMANCO


Os tubos e conexões da linha soldável Amanco são feitos em PVC soldável e fabri-
cados na cor marrom, de acordo com a NBR 5648 – Sistemas prediais de água
fria. O sistema dimensionado suporta pressões de serviço de 750 kPa (75 m.c.a. ou
7,5 kgf/cm²). Podem ser aplicados em instalações prediais de água fria permanen-
tes, embutidos em paredes ou aparentes em locais cobertos. A principal vantagem é
a rapidez na execução das juntas soldáveis.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 45


$)67&*304&%6$)"4

BANHO
BOM
5VEPPRVFWPDÐQSFDJTBTBCFSTPCSFDIVWFJSPT 
EVDIBTFBRVFDFEPSFT

P
ara a maioria dos brasileiros, Segundo Alexandre, as duchas elétricas
banho bom é aquele com água permitem um jato inclinado e dispensam
abundante e quente, inclusive no o uso de canos, uma vez que a inclinação
verão. Mas o que há por trás de um banho do jato proporcionará um distanciamen-
relaxante? Quais as diferenças entre to natural em relação à parede, na qual a
duchas e chuveiros? Qual é o melhor tipo ducha será instalada. “Porém, a nomen-
de aquecedor? De acordo com o gerente clatura “Ducha Elétrica” ficou amplamente
de marketing da Lorenzetti, Alexandre conhecida pelo público consumidor como
Tambasco, os chuveiros elétricos permitem referência a todos os modelos existentes,
um fluxo vertical da água de banho, em que sejam eles duchas ou chuveiros, fazendo
a pressão do sistema hidráulico soma-se à com que as marcas também passassem
pressão gerada pela queda da água por a utilizar na comunicação de seus produ-
gravidade, proporcionando uma pressão tos”, esclarece.
de água ideal para o banho. “Vale lembrar
que os chuveiros elétricos necessitam MODELO IDEAL
de um cano para garantir a distância do Orientar o cliente quanto ao modelo da
equipamento em relação à parede, na qual ducha ou chuveiro também faz parte do
será instalado, e também de uma pressão trabalho de construtores e instaladores hi-
mínima para o acionamento do sistema dráulicos. Afinal, o modelo deve atender a
elétrico”, explica o especialista. demanda do cliente não só com relação ao

46 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


design, mas principalmente quanto à funcio- que aconselha o uso de chuveiro blinda-
nalidade. “A escolha do modelo ideal depende do para quem vive em regiões em que a
de uma série de atributos de desempenho água possui características que aceleram
esperados. A ducha deve ser pressurizada ou a corrosão dos metais e diminuem a vida
não? Para locais com baixa pressão, como útil das resistências comuns.
casas térreas e apartamentos de cobertu-
ra – com até 4 m.c.a. (metros de coluna de REGULADORES
água), é recomendável a instalação de mo- DE VAZÃO
delos com pressurizadores internos, como Muitos modelos do mercado já vêm
a linha Turbo Lorenzetti, que aumenta o vo- preparados para receber reguladores de
lume da água durante o banho. Já a versão vazão e, por consequência, economizar
“sem pressurizador” é ideal para quem água. “Esses acessórios limitam a vazão
já possui um bom volume e pressão de dos chuveiros a valores predeterminados,
água no ponto de instalação. É importante como 8, 12, 15 ou 18 litros por minuto.
verificar qual o m.c.a. da instalação hi- Com isso, economizamos não apenas
dráulica residencial e a fiação da residência água do banho, mas também combustível
para assim adquirir o produto adequado”, (seja gás ou eletricidade) para aquecê-la”,
orienta Alexandre. explica Paulo Person, gerente de produto
Também é importante saber a di- da Fabrimar.
ferença entre modelos multitemperaturas
e eletrônicos. “Os modelos multitempera-
turas possuem três ou mais temperaturas
DURABILIDADE
fixas pré-estabelecidas. Para quem deseja VERSUS MANUTENÇÃO
ainda mais precisão, controle da tempera- Para o gerente de produto da Fabrimar, a
tura e economia, há modelos com exclu- durabilidade do produto está diretamente
sivo comando eletrônico, permitindo a ligada à manutenção adequada. “Com o
escolha gradual e precisa da temperatura cuidado correto de limpeza, utilizando os
de forma rápida e simples, como ajustar o produtos certos (pano macio e sabão neutro
volume do rádio. Alguns modelos facilitam comum), o consumidor terá duchas e chu-
o seu acesso com a exclusiva haste pro- veiros por muitos anos. Normalmente, a tro-
longadora ao alcance das mãos”, observa ca de um chuveiro Fabrimar é feita quando o
o gerente de marketing da Lorenzetti. cliente quer mudar o estilo do banheiro”, diz.
A potência do chuveiro é mais um
critério que deve ser considerado. “Para CUIDADOS NA
regiões mais frias é necessário um pro- INSTALAÇÃO
duto com maior potência de aqueci- Segundo Paulo Person, para instalar os
mento. A instalação elétrica (bitola dos fios modelos de parede basta fazer uma boa
e o disjuntor) deve estar de acordo com vedação na rosca utilizando uma fita de
as especificações técnicas que constam na teflon de boa qualidade e rosquear o
embalagem do produto”, reforça Alexandre, produto na parede.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 47


antes de ser direcionado aos pontos de con-
sumo; ou podem ser de passagem, modelo
que aquece a água no momento em que é
utilizada em determinado ponto de consumo.
Este último é a melhor opção se o desejo do
usuário é um aquecimento instantâneo da
água, além disso não há necessidade de pos-
suir um reservatório de acumulação. Os aque-
cedores de passagem utilizam a energia so-
Divulgação/Newphotoservice

mente no momento que o cliente necessitar


do aquecimento da água. Dentro dos aque-
cedores de passagem há ainda modelos
de exaustão forçada (os gases são elimina-
dos por meio de ventilação forçada) ou na-
tural (gases são eliminados naturalmente pela
chaminé do produto)”, diferencia o analista de
“Já para os modelos de teto existem al-
marketing da Komeco, Daniel Laurindo Junior.
guns cuidados com a instalação que devem
Outro sistema de aquecimento que
ser seguidos. A tubulação deverá estar bem
ganha destaque é o solar, que funciona por
ancorada à laje e as conexões devem ser
meio de placas coletoras que aquecem a
bem feitas, uma vez que a tubulação será
água com os raios solares e a armazenam
a responsável por suportar o peso do chu-
em um reservatório térmico.
veiro com água. Não podemos esquecer
Alexandre Tambasco observa que tanto
também que assim como nos modelos de
no aquecimento instantâneo quanto de acu-
parede é fundamental ter uma boa vedação
mulação deve-se considerar uma tubulação
entre o tubo do chuveiro e a conexão no
preparada como parte do sistema, assim
teto. É imprescindível a utilização da fita de
como torneiras e misturadores. “A Lorenzetti
teflon de boa qualidade”, orienta.
possui produtos nos segmentos de aquece-
dores a gás e elétricos. Os aquecedores de
POR DENTRO DOS água a gás aquecem duchas para banho,
AQUECEDORES misturadores e torneiras, e podem atender a
Para quem não abre mão da água mais de um ponto de uso, como é o caso do
quentinha, os aquecedores são ótimas lançamento da empresa, o modelo LZ 1600
pções, já que alguns modelos podem reduzir D. Já no mercado de aquecedores elétricos,
o consumo de energia elétrica para o banho a Lorenzetti oferece o Aquecedor Elétrico
em aproximadamente 70%. Outra vanta- Versátil, o único do mercado que possui saí-
gem é a possibilidade de utilizar muito mais da para água quente e fria, podendo ser uti-
pressão de água quando comparado ao lizado em pias, bidês e lavatórios”, comenta.
sistema elétrico e a capacidade de aquecer O aquecedor de água a gás tem muitas
mais de um ponto de uso simultaneamente. peculiaridades, por isso a instalação deve
Mas é preciso entender como funciona ser feita por um profissional capacitado da
cada tipo de aquecedor antes de fazer a es- rede autorizada de serviços. Já os aque-
colha. “Os aquecedores a gás podem ser cedores de água elétricos são produtos de
por acumulação, quando o aquecimento da manuseio menos complexos e podem ser
água é feito previamente em um reservatório instalados por pessoas qualificadas.

48 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


VITRINE
Divulgação/Lorenzetti

Divulgação/Deca
ADVANCED FLEX
Lançamento da Lorenzetti, a ducha
Advanced Flex é desenvolvida com siste-
ma inteligente de funcionamento, ou seja,
aquece a água instantaneamente assim
que o registro é aberto, controlando au-
tomaticamente a temperatura desejada
do banho até a chegada de água quente
do sistema principal. O produto apresenta ACQUA PLUS QUADRATTA
sistema de LED orientativo, que indica o O chuveiro Acqua Plus Quadratta, da
modo de funcionamento enquanto moni- Deca, apresenta design de linhas retas e
tora a temperatura. Assim, quando apre- formas quadradas. Disponível em modelos
senta a cor vermelha está aquecendo a de parede e teto, conta com um exclusivo
água. Já quando surge a cor vermelha sistema autolimpante, que evita o entupi-
com verde, o sistema informa que parou mento do crivo e garante um jato linear e
de aquecer e indica que o consumidor mis- de alto desempenho.
ture água fria, para que a temperatura da
Divulgação/Fabrimar

água seja eexatamente escolhida.


ata e te a esco da.

CHUVEIRO TAHITI
O Thaiti, da Fabrimar, é um modelo quadrado de parede que faz parte de uma nova
geração de chuveiros que apresenta design moderno e grandes crivos finos, além de
apresentar excelente distribuição de água.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 49


$)67&*304&%6$)"4

Divulgação/Expambox
Divulgação/
CHUVEIROS
REDONDO E QUATOR
Os modelos Redondo e Quator, da Expambox, possuem tubo extensor de aço inox de
30 cm e fabricação em resinas técnicas, além de cromo de alta resistência. Ambos são
ajustáveis para água fria ou quente até 50ºC. Oferecem grande vazão de água e o jato
é direcionável com sistema articulável.

Divulgação/Komeco

PREMIUM BOILE
O Premium Boile 1500I, da Komeco, é
um modelo de aquecedor solar que reduz
até 70% o consumo de energia. Conta
com o acessório opcional Solar Control
Komeco, um exclusivo sistema de controle
de temperatura que propicia mais con-
forto e conveniência.

K0 22DI
Divulgação/Komeco

O aquecedor de passagem da Komeco


conta com controlador digital, uma mo-
dulação eletrônica que ajusta automatica-
mente a chama e reduz o consumo de gás.

50 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Divulgação/Docol
CHUVEIRO SQUARE
Com formas quadradas e nas versões
teto e parede, o chuveiro Square, da
Docol, distribui melhor a água e garante
Divulgação/Lorenzetti
a uniformidade do jato e um banho rela-
xante. A grande novidade desse modelo
é o desviador integrado à ducha, com
mangueira flexível em aço inoxidável e
AQUECEDOR ELÉTRICO alcance de 1,80 metros. Para passar
VERSÁTIL a água do chuveiro para a ducha e da
Oferece saída para água quente e fria e ducha para o chuveiro, basta apertar o
pode ser utilizado em pias, bidês e lavatórios. botão desviador.

Divulgação/Docol

LUMINA BLUE
A linha Lumina da Docol ganhou a versão Blue, com design moderno e exclusivo.
O modelo é resultado do Prêmio Docol Arquitetando, que valoriza o talento brasile-
iro. Suas formas integradas proporcionam um jato retilíneo e uniforme. O restritor de
vazão integrado permite o funcionamento com vazão a partir de 11 litros por minuto.
O diferencial são as cores vibrantes (Chrome, Black, Green, Bordeaux e Blue) apli-
cadas pelo processo de pintura automotiva com excelente resistência à luz, calor e
umidade. O tradicional acabamento cromado da Docol conta com duas camadas de
níquel, o que aumenta a durabilidade do produto por ter maior resistência à corrosão
e ao desgaste da superfície do metal.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 51


1"440"1"440
Foto: divulgação

52 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


INSTALAÇÃO
PASSO A
PASSO
*OTUSVUPSEF)JESÈVMJDBFOTJOBDPNPJOTUBMBSUPSOFJSB
FMÏUSJDB TJGÍPFQVSJGJDBEPSEFÈHVB

T
odo cuidado é pouco na hora é efetuar a ligação da torneira elétrica
de instalar alguns equipamentos ou aquecedor de água diretamente nos
essenciais para a cozinha. A condutores do circuito, no interior da
torneira elétrica, por exemplo, exige caixa de derivação, em vez de conectá-
uma série de precauções para evitar los a uma tomada. Antes de iniciar
choques e curtos-circuitos, tendo em qualquer procedimento, recomenda-
vista a combinação entre atmosfera se, ainda, verificar se a voltagem dos
úmida e alta tensão. produtos utilizados corresponde à
O instrutor de Hidráulica do Senai tensão da rede elétrica (127 V ou
Orlando Laviero Ferraioulo, Nelson 220 V), assim como proteger os fios
Agostinho de Sousa Júnior, alerta de modo a evitar contatos acidentais”,
sobre a importância do aterramento avisa Nelson Júnior.
para garantir a segurança durante Vale lembrar que existem vários
a utilização de aparelhos ligados na modelos de torneiras no mercado e
energia elétrica. Aqui, um detalhe pode no passo a passo a seguir utilizamos a
fazer toda a diferença, como o uso do fio torneira tipo misturador. Confira também
terra correto – sempre nas cores verde a instalação de sifão e dicas para a
ou amarela. “Outro cuidado importante montagem do purificador de água.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 53


1"440"1"440

MATERIAIS UTILIZADOS
—9\biXWTebfVT
—6ba]hagbWXf\Y}b
—6ba]hagbWX`\fgheTWbecTeTc\TWXVbm\a[T
—4aX_WXiXWT}b
—4_\VTgXWXfXV}b
—C\aVX_
—CTfgT_hUe\ÀVTagX

TORNEIRA TIPO MISTURADOR


Fotos: Ivan Pontes

1
Encaixe os acabamentos do misturador nos orifícios da pia.

2
Em seguida, encaixe o misturador nos orifícios correspondentes da pia.

54 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


%*$" pressione a porca com o alicate de pressão %*$"se preferir, utilize a fita veda rosca para en-
para que o misturador fique bem preso à bancada. volver a ponta rosqueável da peça.

3 4
Com a ajuda de um alicate de secção, Envolva a parte rosqueável do engate
rosqueie as porcas nos tubos de entrada, flexível com o fio veda rosca, respei-
na parte inferior da pia. tando o limite de seis a oito voltas, para
evitar vazamentos.

5 6
Rosqueie o engate flexível no ponto de Encaixe a base e a ponta-macho do en-
água localizado na parede. gate flexível na parede, apertando a porca
com o auxílio de um alicate de secção.

7 8
Depois, encaixe a canopla na parede. Com o auxílio de um alicate de secção,
rosqueie a ponta-fêmea do engate flexível
no misturador.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 55


1"440"1"440

9 10
Em seguida, encaixe a bica no orifício cen- Rosqueie a porca da peça para fixá-la à base.
tral do misturador.

%*$" dependendo do fabricante, os volantes

11
devem ser fixados à peça po meio de parafuso.
Recomenda-se deixara bica e osvolantes para ofinal da
instalação, para não correr o risco de danificar
as peças.

Feito isso, rosqueie os volantes nas hastes da peça.

CONFIRA ALGUMAS DICAS PARA


ACERTAR NA INSTALAÇÃO DA TORNEIRA
— CTeT Xi\gTe e\fVbf WX dhX\`TWheT —4agXfWXYTmXeTVbaXk}bVb`TeXWX
nesse tipo de torneira, abra sempre o elétrica, deixe que a água preencha a
lado direito primeiro. câmara de aquecimento para verificar
se há vazamentos e evitar a queima da
—AbVTfbWThg\_\mT}bWXh`TdhXVXWbe resistência. Repare ainda que antes de
elétrico, conecte-o nas saídas de água da instalar o aquecedor, deve-se abrir o
torneira utilizando dois cabos flexíveis. En- registro e deixar correr bastante água
tão, conecte os cabos de ligação aos fios no intuito de remover sujeiras existentes
da rede elétrica com um conector adequa- na tubulação e, então, fechar o registro.
do à tensão e corrente elétrica do produto
utilizado. Durante a instalação, não se es- —HfXVTUbfÁXk„iX\fce‰ce\bfcTeTyZhT
queça de desligar a chave geral ou o disjun- quente, conforme a pressão de água da
tor do circuito correspondente. instalação, com conexão fêmea de ½”.

56 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


SIFÃO
Fotos: Ivan Pontes

%*$" antes de adquirir o conjunto de sifão,


verifique se ele se adapta à válvula de escoa-

1
mento da pia, pois há conjuntos que dispõem de
peças referentes a diversos tipos de válvula. A
válvula utilizada neste passo a passo é o tipo
americana de 4 ½ ”.

Encaixe o anel de borracha na bolsa da co-


nexão localizada na parede.

2
Para evitar possíveis danos ao tubo durante o procedimento de encaixe, passe a pasta
lubrificante no anel de borracha com o auxílio de um pincel. Repita o procedimento na
ponta do tubo do sifão.

%*$" para facilitar o encaixe do tubo,


movimente-o levemente com as mãos.

3 4
Encaixe a ponta do tubo do sifão na co- Encaixe a canopla na parede.
nexão da parede.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 57


1"440"1"440

5 6
Suba o tubo extensivo do sifão. Rosqueie a peça na válvula de escoamen-
to e encaixe o tubo no ponto de esgoto, na
saída da pia.

%*$" para verificar se há vazamento, abra a torneira após a instalação. Caso ocorra, verifique se
a borracha está bem apertada e encaixada corretamente. O mesmo procedimento pode ser feito em
qualquer outro tipo de sifão.

PURIFICADOR DE ÁGUA

ATENÇÃO
Atualmente são comer-
cializados diversos modelos
de purificadores de água no
mercado. O modelo utilizado no
passo a passo abaixo permite
instalação tanto do lado direito
como esquerdo
da torneira.

58 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


%*$" antes do procedimento de instalação, não se esqueça de fechar o registro geral do local.

1
Escolhido o local do purifica-
dor de água (lado direito ou
esquerdo da torneira) remova
o lacre de acabamento com a ATENÇÃO
ajuda de um objeto cortante, como uma Alguns modelos permitem
a instalação tanto do lado
faca ou estilete.
esquerdo como do lado
direito da torneira. Observe

2
Posicione a porca plástica na as instruções do fabricante
extremidade da mangueira. quanto aos detalhes em am-
bos os casos.

3
Manualmente, rosqueie a

7
porca no duto de entrada
Insira a porca metálica de
do produto.
fixação na mangueira de
alimentação. Então, conecte

4
a extremidade da man-
Passe a mangueira de alimen- gueira de alimentação na saída lateral
tação de acordo com a orien- da derivação.
tação do fabricante (lado es-
querdo ou direito). %*$" para facilitar a introdução da
mangueira na saída lateral da derivação, mer-

5
gulhe-a em água quente por cinco segundos.
Insira no lugar o lacre retirado.

8
Rosqueie a porca com o au-
xílio de um alicate de secção.
%*$" cheque a distância de fixação do Colocado o produto na pare-
produto ao ponto de alimentação de água de, aperte os parafusos para
(20 cm do centro da torneira até o ponto do
purificador). Evite dobras na mangueira para que o purificador fique fixado.
que o fluxo de água não seja interrompido.
%*$" em alguns modelos a bica precisará
ser inserida.

6
Passe a fita ou fio veda rosca

9
na parte rosqueável no niple e Instalado o produto, abra o
posicione a canopla na pare- registro e deixe fluir a água
de, rosqueando a derivação até que fique límpida.
na conexão de água.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 59


&/$"/".&/50

TUBULAÇÃO
SEM ERROS
$POGJSB P DBNJOIP RVF B ÈHVB QFSDPSSF QBSB DIFHBS
ËDP[JOIB

F
alhas no sistema de tubulação
podem transformar o sonho de uma
cozinha funcional em um verdadeiro
pesadelo. Por isso, é fundamental ter
o apoio de um profissional especia-
lizado em hidráulica e optar por materiais
de qualidade. Vale lembrar que toda
instalação hidráulica é definida no projeto
arquitetônico, que informa o traçado de
esgoto, da água fria e da água quente.
Mas o que é um sistema de tubulação
e como é o seu funcionamento em
uma cozinha? “O sistema de tubulação
é composto por tubos, conexões e
acessórios que conduzem o fluido até
o seu destino final. Em uma cozinha,
a água passa por um sifão localizado
embaixo da pia e, em seguida, corre
para a tubulação que liga o sifão à caixa
de gordura – que como o próprio nome
já diz é responsável por reter gordura e
Fotos: divulgação

outros dejetos, evitando que percorram


as tubulações do esgoto. Por fim, essa
água segue por uma tubulação e irá
desaguar em uma caixa de inspeção
ou poço de visita e seguir para uma
Caixa de gordura Tigre:
fossa ou coletor público”, explica Nelson importante para reter dejetos
Agostinho de Sousa Júnior, instrutor de
Hidráulica do Senai Orlando Lavieiro
Ferraiuolo, de São Paulo (SP).

60 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


DIÂMETROS, JUNÇÕES
E ANGULAÇÕES
Ao pensar em tubos é importante ter
em mente que existem diferentes diâme-
tros. “Podem ser encontrados em 40,
50, 75, 100, 150 e 200 milímetros em
instalações residenciais, prediais e es-
goto sanitário”, comenta Nelson Júnior.
As tubulações estão disponíveis em
PVC Série Normal, PVC Série Reforçada,
PVC Silentium, PET, ferro fundido,
manilha de concreto ou cerâmico.
O instrutor lembra que as junções
merecem atenção especial e no
esgoto devem ser executadas com
juntas elásticas (anel de borracha). Se
necessário também é possível usar o
processo de soldagem química. O duplo sifão é utilizado
em pias com duas cubas
Quanto à angulação do esgoto, só
há restrição quando este for instalado
na horizontal (piso) e nenhum desvio
poderá ter um ângulo maior que 45º.

DE OLHO NO ESGOTO
Executar as instalações primárias e
secundárias é o primeiro passo para Tubos e conexões compõem o
instalar uma tubulação de esgoto sem sistema hidráulico da cozinha
erro. A fossa séptica, por exemplo,
propicia o tratamento primário do esgoto
doméstico, ou seja, faz a separação e a
transformação físico-química da matéria
sólida contida no esgoto. A instalação
secundária, por sua vez, é o conjunto
de tubulações e dispositivos onde não
há acesso aos gases provenientes do
coletor público, somente a água servida,
com acontece em lavatórios.
Outra dica importante é obedecer às
declividades necessárias, conforme o
projeto. “Siga sempre as orientações
dos fabricantes e as normas técnicas”,
diz Nelson Júnior.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 61


&/$"/".&/50

FIQUE
DE OLHO NA
TUBULAÇÃO
$POIFÎBPDBNJOIPQFSDPSSJEPQFMBÈHVBBQØTTBJS
EBUPSOFJSBEPCBOIFJSP

Antes de conhecer o caminho percor-


rido pela água após sair da torneira do
banheiro, vale a pena entender o que é
um sistema de tubulação: “É um conjun-
to de tubos, conexões e outras peças
que servem para levar a água até o seu
destino final dentro do imóvel”, explica
Edivaldo Ferreira, professor de Hidráuli-
Fotos: divulgação

ca da Escola Senai Orlando Laviero


Ferraiuolo, de São Paulo (SP).
As instalações hidráulicas são defi-
nidas ainda no projeto arquitetônico,
que deverá informar o traçado do es-
goto, da água fria e da água quente da
edificação. O projeto ainda conside-
ra a pressão, que pode ser definida
como a distância do ponto de utilização
(chuveiro ou lavatório, por exem-
plo) até o nível de água do reservatório.
Outro ponto que merece atenção espe-
Caixa de gordura da Amanco
cial é a pressão existente na residência.

62 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Foto: Thinkstock

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 63


&/$"/".&/50

A norma técnica determina que todo o bom funcionamento do esgoto, já


aparelho tenha pressão de 2 a 40 que retém gordura e outros dejetos
Metros de Coluna de Água (M.C.A.) sólidos, e permite que apenas a água
para funcionar corretamente. Então, passe para o encanamento da rua.
se a pressão for menor do que a esta- Depois de passar pela caixa de
belecida, o aparelho não terá um fun- gordura, a água segue para a fos-
cionamento perfeito. Por outro lado, sa séptica, um compartimento sub-
se ultrapassar a máxima estipulada, terrâneo que propicia o tratamento
sofrerá danificações. primário do esgoto doméstico, onde é
feita a separação e a transformação
DA PIA À FOSSA SÉPTICA físico-química da matéria sólida conti-
Ao abrir a torneira não nos damos da no esgoto.
conta de que aquela água percorre um A fossa séptica também recebe os
longo caminho. “A água que escorre despejos de vasos sanitários, bidês e
pela pia deve ir para a caixa de gordura chuveiros, além de outros ambientes,
e depois para fossa séptica”, comenta como cozinhas e lavanderias.
Edivaldo Ferreira. Embora seja considerada mais cara
A caixa de gordura – estrutura retan- que as demais fossas disponíveis no
gular ou cilíndrica instalada na parte mercado, a relação custo-benefício é
externa da casa – é fundamental para positiva, uma vez que é tida como a
opção mais higiênica e segura.
Sua instalação é feita por meio de
canalizações e caixas de concreto,
e as tampas devem ser reforçadas.
Vale lembrar que não é recomendável
instalá-las muito próximas às edifi-
cações por causa do mau cheiro, mas
também não devem ficar muito dis-
tantes, para evitar tubulações muito
longas. Neste caso, a distância indica-
da é de, aproximadamente, 4 metros.
A recomendação é que a fossa séptica
seja construída ao lado do banheiro e
fique em um nível mais baixo do terreno
e que, ao mesmo tempo, mantenha-se
longe de qualquer fonte de captação de
água (cisternas ou poços, por exemplo)
para evitar contaminações caso ocorra
um vazamento.
O tamanho da fossa séptica depen-
derá do número de moradores de uma
residência e sua capacidade não deve
ser inferior a mil litros.

64 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


DIÂMETROS E
MATERIAIS INDICADOS
De acordo com Edivaldo Ferreira, os
diâmetros mais usuais para instalações
DICAS
hidráulicas são de 1/2”, 3/4”, 1”, 1 1/4”,
1 1/2”, 2”, 2 1/2”, 3” e 4” para água
potável. “Já para esgotos é recomendável
PRECIOSAS
usar 40 mm, 50 mm, 75 mm e 100 mm, — @TagXa[T T yeXT fbUeX T YbffT
todos em PVC branco soldável”, informa limpa. Plantas ou arbustos podem
o instrutor de Hidráulica, que completa: entupi-la ou danificá-la.
“Devemos usar junções simples para
conduzir os esgotos e junção invertida —8i\gXXfgTV\baTebThgb`‰iX_fb-
para conduzir os gases mal cheirosos”. bre a área em que está localizada
Segundo o especialista, a angulação a fossa.
correta é de 45º. “Assim evitamos
riscos de obstruções”, explica. —=T`T\fceb]XgXVbafgehXfVb`b
piscinas ou calçadas próximas
PREPARE O ESGOTO à fossa.
SEM ERRO
— A}b XfVbX cTeT TYbffT `TgXe\T\f
Edivaldo Ferreira compartilha uma im-
portante dica para preparar o esgoto: que não são biodegradáveis, como
“Se for em solo, cave a vala para os tu- fraldas e papel higiênico.
bos com as inclinações necessárias ao
—Hg\_\mXyZhTYXeiXagXcTeTWXfXagh-
bom escoamento. Já se for aéreo, pro-
pir ralos e procure fazer a limpeza do
cure fixar bem ao teto e não se esqueça
banheiro com detergente moderado.
da inclinação necessária ao bom escoa-
mento, respeitando a NBR-8160”, diz.

VOCÊ SABIA?
—4fVT\kTfWXZbeWheTX`eXf\W‚aV\TfWXiX`fXe_\`cTfTVTWTfX\f`XfXfcTeTb
correto funcionamento e também para evitar entupimento, mau cheiro e invasão de
ratos e baratas.

—4abe`T+$)#WT4ffbV\T}b5eTf\_X\eTWXAbe`TfG€Va\VTf45AGWXgXe-
mina o tamanho mínimo, o formato retangular ou cilíndrico e a capacidade da
caixa de gordura.

—4fYbffTff€cg\VTff}bXffXaV\T\fabVb`UTgXTWbXaTfcb\feXWhmX`b_TaT-
mento dos dejetos humanos em rios, lagos ou no solo.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 65


1"440"1"440

VEJA COMO
INSTALAR
AS PRINCIPAIS
PEÇAS SANITÁRIAS
$POGJSBPQBTTPBQBTTPFBTEJDBTEPFTQFDJBMJTUBFN
)JESÈVMJDBEP4FOBJ

O
sucesso de qualquer projeto de
banheiro ou lavabo depende,
principalmente, da efetividade
da instalação de seus componentes.
O funcionamento inadequado de chu-
veiros, louças e metais sanitários pode
ocasionar vazamentos, choques e
curtos-circuitos.
Para facilitar o seu trabalho, nos-
sa equioe apurou todo o processo de
instalação dos componentes de um
banheiro, com dicas e informações
úteis para efetuar os procedimentos
com segurança e eficiência. A seguir,
confira o passo a passo orientado
Coleção/iStock

por Edivaldo Ferreira, professor de


Hidráulica da Escola Senai Orlando
Laviero Ferraiuolo.

66 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


CHUVEIRO ELÉTRICO
%*$" para saber o consumo de ampères do chuveiro elétrico, divida a potência (watts - W) pela tensão
(volts - V) indicados no aparelho.
Os fios elétricos possuem cores-padrão para facilitar sua identificação. Fios verdes e/ou
amarelos são caracterizados como de aterramento, enquanto o fio neutro é azul e o fio fase pode ser
vermelho, branco ou marrom.
Fotos: Ivan Pontes

%*$" repare que há mais de um modelo


de chave-teste disponível no mercado. As
fotos representam os modelos mais con-
vencionais, os quais, além de seguros, são
fáceis de utilizar.

1
Aproxime os pinos de contato dos cabos flexíveis para utilizar a chave-teste. Se as duas
lâmpadas acenderem, a voltagem é 220 V. Se somente uma lâmpada acender, a voltagem é
110 V. Outro modelo convencional possui quatro lâmpadas (110 V, 220 V, 360 V e
440 V), sendo que, ao aproximar os pinos de contato dos cabos flexíveis, a lâmpada
correspondente à voltagem acenderá automaticamente.

%*$" para melhor manuseio, posicione a


fita veda rosca no dedo polegar.

2 3
Desligue o disjuntor. No sentido horário, envolva a rosca do chu-
veiro com a fita veda rosca, respeitando o
limite de oito a 14 voltas de fita, para que
o tubo do chuveiro não empurre a fita e
ocorra vazamento.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 67


1"440"1"440

4 5
Dê o acabamento, apertando o dedo contra Encaixe a canopla no tubo de ligação.
a fita.

%*$" para garantir um encaixe perfeito,


espere a peça fazer um “click” para, então,
rosqueá-la no tubo.

6 7
Envolva as duas roscas do tubo de ligação Encaixe a luva até a metade da rosca. Res-
com a fita veda rosca, respeitando o limite de peite o limite da metade da peça para que,
oito a 14 voltas. Pressione a fita com o dedo posteriormente, o chuveiro também possa
para dar o acabamento. ser encaixado.

8 9
Encaixe o tubo de ligação na conexão Encoste a canopla na parede.
da parede.

68 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


ATENÇÃO
Os fios que correspondem às
fases são encaixados nas ex-
tremidades, enquanto o fio
de aterramento é encaixado
no orifício central
do borne.

10 11
Rosqueie o chuveiro no tubo de ligação, no Com o auxílio de um alicate descascador, des-
sentido horário. casque o cabo flexível do chuveiro, torcendo
as pontas. Depois, encaixe os fios no borne.

ATENÇÃO ATENÇÃO
Repita o procedimento Para evitar a queima
com os fios da parede. da resistência do
Então, junte os fios do chuveiro, a mangueira
chuveiro com os fios da deve estar encaixada
caixa de energia. no aparelho.

12 13
Com a ajuda de uma chave de fenda, Encaixe a braçadeira na mangueira e
aperte os parafusos do borne. conecte a peça ao chuveiro.

ATENÇÃO
A distância do chuveiro a partir
do piso acabado até o teto deve
ser de cerca de 2,10 m de altura.
Já o registro de pressão deve
estar a, aproximadamente, 1,20

14
m de altura do
piso acabado.

Mantenha a posição “desligado” ou “frio” no indicador de temperatura do chuveiro e


aguarde a água correr pelo aparelho por um minuto. Após esse tempo, o chuveiro poderá
funcionar normalmente na condição quente, morna ou fria.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 69


1"440"1"440

CUBA E METAIS SANITÁRIOS


Fotos: Ivan Pontes

1
Com o auxílio de uma chave de fenda, retire o acabamento da cruzeta da torneira.
Ainda utilizando a chave de fenda, retire o parafuso da cruzeta. Depois, retire a cruzeta.

2 3
Remova a porca que segura a canopla Retire a canopla.
da torneira.

4 5
Em seguida, remova a porca do registro. Retire a primeira arruela do registro.

70 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


ATENÇÃO
O lado saliente da arruela
deve ser encaixado em
direção à peça sanitária.

6 7
Coloque o registro em um dos orifícios Encaixe a arruela no registro.
do lavatório.

ATENÇÃO
O mesmo procedimento
deve ser feito com o ou-
tro registro da torneira.

8 9
Insira a porca de plástico. Retire a porca da torneira.

10 11
Insira a torneira no orifício central do lavatório. Coloque a porca por baixo do lavatório.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 71


1"440"1"440

%*$" as melhores marcas de torneira


possuem uma guarnição de borracha nas
porcas do “T” misturador, o que dispensa o
uso da fita veda rosca

12
Então, instale o “T” misturador na porca
da torneira.

13 14
Puxe a porca telescópica do “T” misturador. Rosqueie a porca e encaixe a peça
nos registros.

ATENÇÃO
O distanciamento
ideal dos misturadores
é de, aproximadamente,
20 cm.

72 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


%*$" para ajustar a canopla, solte a ros-
ca até o limite ideal para ajustá-la, até que a
peça permaneça firme no lavatório.

15 16
Encaixe a canopla na cuba. Em seguida, insira a porca que segura
a canopla.

17 18
Encaixe o prolongador na haste do registro. Posicione a cruzeta sobre o prolongador.

19 20
Com o auxílio de uma chave de fenda, insira Finalize a instalação do registro, encaixan-
o parafuso. do o acabamento na cruzeta.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 73


1"440"1"440

21 22
Desmonte a válvula de escoamento. Encaixe a válvula de escoamento no orifício
central do lavatório e coloque o parafuso.

%*$" a válvula de escoamento com a


borracha cônica impede que ocorra vaza-
mento de água.

23 24
Na parte inferior, insira o anel de vedação e a Com a ajuda de uma chave de fenda, ajuste
porca na saída de água do lavatório. a válvula, apertando o parafuso.

25 26
Encaixe o engate flexível de plástico do Caso queira utilizar o sifão tipo copo, en-
lado direito do lavatório (para a água fria), caixe a arruela plástica no lado rosqueável
e o engate flexível metálico no lado es- do sifão.
querdo do lavatório (para a água quente).

74 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


27 28
Há, também, a opção de utilizar somente Insira a arruela de adaptação na válvula de
o sifão sanfonado. Nesse caso, encaixe a escoamento.
rosca de adaptação para a válvula de es-
coamento no sifão.

29 30
Encaixe o sifão sanfonado na arruela da Adapte a cuba à coluna do lavatório.
mesma válvula.

ATENÇÃO
Da parede até o centro da coluna
do lavatório deve haver um
distanciamento de, aproximada-
mente, 20 cm. Já a saída para o
esgoto do lavatório deve ficar a
uma distância de cerca de
55 cm do piso acabado.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 75


1"440"1"440

31 32
Encaixe o cabo flexível de plástico na Coloque o anel O’Ring na virola da cone-
conexão da parede. xão da parede.

33 34
Utilizando o dedo, espalhe uma porção da Encaixe o sifão sanfonado no joelho 90 graus.
pasta lubrificante por todo o anel O’Ring.

35 36
Coloque o niple no joelho com a rosca Posicione o engate flexível de plástico no niple.
de latão. Repita o procedimento com o engate flexível
de metal e finalize o acabamento da peça
com material de rejunte.

76 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


VÁLVULA DE DESCARGA
Fotos: Ivan Pontes

1 2
Com o auxílio de uma chave de fenda, retire Encaixe a base da tecla na parede, ob-
os parafusos da tampa de proteção da válvula servando sua posição, de modo que
de descarga. fique centralizada.

%*$" no caso de um modelo de válvula


de duplo acionamento, como o mostrado na
foto, o lado menor do operador da válvula
deve ficar à esquerda.

3 4
Com a ajuda de uma chave de fenda, regule Encaixe a tecla de acionamento na base
os parafusos do botão acionador. de fixação da válvula.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 77


1"440"1"440

VASO SANITÁRIO %*$"ao iniciar o procedimento de


instalação do vaso sanitário, é indi-
cado colocar a peça sobre um pano

E CAIXA ACOPLADA limpo para evitar que a louça seja


danificada.
Fotos: Ivan Pontes

%*$" repare que o comprimento do tubo %*$" a distância da parede até o centro
do esgoto primário deve ter uma distância do tubo do esgoto primário deve ser de
de 1 cm do piso acabado. 33 cm, no caso da peça sem a caixa aco-
plada. Para um vaso sanitário com caixa
acoplada, a distância ideal é de 36 cm da
parede até o centro do tudo de esgoto.

1 2
Encaixe o anel de vedação na saída do vaso Encaixe a peça no tubo do esgoto primário.
sanitário, pressionando para fixá-la à peça.

3 4
Coloque o unho no tubo de ligação. Encaixe o tubo na válvula de descarga.

5 6
Rosqueie o unho no tubo de ligação. Posicione o espude no vaso sanitário.

78 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


%*$" antes de fixar a peça, posicione
um lápis nos orifícios situados nas extremi-
dades do vaso para fazer a marcação exata
de onde a furadeira deve ser utilizada.

7 8
Com a ajuda de uma chave fixa, aperte o Depois, adapte o tubo de ligação do vaso
parafuso na peça. sanitário à ponta do joelho azul do tubo de
ligação inserido na parede.

9 10
Com uma furadeira e uma broca de vídea, Se a peça utilizada possuir caixa acoplada,
fure o piso na marcação feita com o lá- encaixe-a na base de apoio do vaso sanitário.
pis, respeitando a altura necessária para
o comprimento útil da rosca, e encaixe os
parafusos na peça.

ATENÇÃO
Nesse caso, a rosca de
latão deve possuir uma
distância de 15 cm do
piso acabado.

11 12
Depois, encaixe o engate flexível na entra- Por fim, coloque o engate no joelho azul
da de água da caixa acoplada. com rosca de latão fixado à parede.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 79


'*04&$"#04

Marco Hegner/iStock

80 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


FIOS OU
CABOS?
$POIFÎBBTEJGFSFOÎBTFOUSFFMFTFGBÎBBNFMIPSFTDPMIB
QBSBDBEBJOTUBMBÎÍPFMÏUSJDB

Q
uando o assunto é instalação e fios podem ocupar. De acordo com
elétrica, a primeira dúvida surge a norma NBR 5410 – Instalações
na hora de escolher fios e cabos. Elétricas de Baixa Tensão, quando
Afinal, o que é melhor? Tudo vai depender for utilizado apenas um condutor,
da utilização ou da preferência do pro- os fios ou cabos não devem ocupar
jetista, já que a principal diferença entre mais do que 53% da área útil do
eles é a flexibilidade. Os fios são mais rígi- eletroduto. Já quando a instalação
dos, pois são feitos de um único filamen- usar dois condutores, a ocupação não
to. Já os cabos são compostos por diver- deverá ultrapassar 31% da área do
sos filamentos finos, que proporcionam eletroduto. No caso de três ou mais
mais flexibilidade e facilitam a colocação condutores no mesmo eletroduto, a
nos eletrodutos (conduíte, usado para ocupação dos fios e cabos elétricos
passar a fiação). “Embora fios sólidos, deverá ser de no máximo 40%.
cabos rígidos e flexíveis tenham as mes- A norma técnica também especifica
mas aplicações, durabilidade, qualidade as instalações elétricas de baixa
e capacidade de transmissão de energia tensão no Brasil. Assim, a seção
numa mesma seção nominal, a escolha mínima (bitola) para as tomadas de
passa pela flexibilidade. Os cabos fle- uso geral é de 2,5 mm² e para os
xíveis proporcionam maior facilidade no circuitos de iluminação é de 1,5 mm²,
manuseio, deslizam mais facilmente nos independentemente de ser fio sólido,
eletrodutos e agilizam a instalação”, ex- cabo rígido ou cabo flexível, pois têm
plica Nelson Volyk, gerente de Engenha- a mesma capacidade de condução
ria e Qualidade da SIL. de corrente. Nelson Volyk reforça que
Outra dúvida frequente é quanto a finalidade da instalação definirá a
da área útil do eletroduto os cabos escolha do produto.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 81


'*04&$"#04

“Porém, é imprescindível o corre- pode ser de PVC, HEPR ou poliolefina”,


to dimensionamento, que precisa ser explica Nelson.
realizado por um profissional habilita- Segundo o especialista, o PVC é o
do, que esteja apto a definir a carga principal isolante e é utilizado em quase
necessária para a instalação elétrica toda a instalação predial. “O PVC utiliza-
do projeto em questão, a quantidade do em fios e cabos para instalação pre-
de circuitos (tomadas e pontos de dial é obrigatoriamente antichama, isso
luz), a capacidade dos disjuntores, a quer dizer que ele não propaga o fogo
seção nominal dos condutores (fio ou em caso de incêndio. Já o HEPR é um
cabo), entre outros aspectos”, orienta isolante que substitui o PVC em um tipo
o especialista. de cabo e é utilizado, principalmente, em
instalações industriais e comerciais. A
A RESISTÊNCIA DO COBRE poliolefina também substitui o PVC em
Foto: divulgação
instalações onde há grande circulação
de pessoas e longas rotas de fuga como,
por exemplo, hospitais e ginásios de es-
portes”, diferencia.

INSTALAÇÃO SEGURA
Independentemente do material iso-
lante, a instalação deve ser feita apenas
por profissionais que possuam conheci-
mento prático e teórico das atividades.
A experiência do instalador elétrico e o
uso de produtos de qualidade permitem
o correto dimensionamento e desem-
penho das instalações. “Na instalação
predial, onde os condutores estão lo-
calizados dentro de eletrodutos embuti-
dos na alvenaria, será preciso usar de
fios-guias para puxar os condutores para
dentro dos eletrodutos, que também são
chamados de conduítes ou corrugados”,
Os fios e cabos de baixa tensão usados
na construção civil são feitos em cobre explica o gerente de Engenharia e Quali-
dade da SIL.
Somente um instalador elétrico poderá
Os fios e cabos elétricos são feitos de seguir exatamente o que foi previsto no
metais com características condutoras projeto. “Ele deverá tomar cuidado quan-
de eletricidade, geralmente em cobre. to ao manuseio dos produtos elétricos e
“Os fios e cabos de baixa tensão, ou fazer suas ligações com muita atenção,
seja, utilizados na construção civil, são para evitar erros, que nem sempre são
feitos de cobre, que é o condutor da percebidos de imediato”, orienta Nelson,
energia elétrica; já a isolação elétrica para quem emendas dos condutores

82 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Thinkstock/iStock
elétricos e suas conexões merecem

Foto: divulgação
atenção especial, já que influenciam na
durabilidade e ainda evitam as perdas
elétricas que trazem prejuízos na hora
de pagar a conta de luz. “Outro cuidado
importante é verificar se os condutores
elétricos, disjuntores e tomadas adquiri-
das para a instalação possuem a certifi-
cação do Instituto Nacional de Metrolo-
gia, Normalização e Qualidade Industrial
(Inmetro), que é obrigatória”, completa
o especialista.
Segundo Nelson, a mão de obra quali-
ficada é fundamental para o sucesso da
instalação, pois nessa fase é necessário
não só seguir corretamente o projeto,
mas também fazer conexões e emendas.
“Conexões e emendas malfeitas reduzem
a durabilidade da instalação e podem
gerar aquecimento – o que representa
perda elétrica, e vale lembrar que, embo-
ra esse aquecimento não seja utilizado,
é cobrado na conta de energia elétrica”, Cabo flexível Silnax, da Sil
alerta o profissional.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 83


'*04&$"#04

SEÇÃO NOMINAL Para circuitos de iluminação, deter-


Você sabia que a escolha dos con- mina-se a seção mínima de 1,5 mm²,
dutores está diretamente relacionada independentemente de ser fio, cabo ou
às indicações da norma NBR 5410? cabo flexível; nos circuitos de tomadas
De acordo com Nelson, os princípios de uso geral devem ser usados condu-
fundamentais para a concepção de tores com seção mínima de 2,5 mm²
um projeto elétrico também se encon- para tomadas de televisores, com-
tram na norma e, quando aplicados na putadores e eletroeletrônicos”, explica
íntegra, garantem o dimensionamen- o gerente o gerente de Engenharia e
to adequado e a segurança do proje- Qualidade da Sil, que avisa: “As toma-
to. “Os condutores são especificados das de uso geral são produzidas para
pela sua seção nominal (mm²) e não suportar uma corrente elétrica de até
pela sua espessura. Um aspecto que 10 ampères (10A), mas alguns produ-
chama a atenção é que a NBR 5410 tos como secadoras de roupas, máqui-
estabelece as seções nominais dos nas de lavar louça e ar-condicionado
condutores para garantir a segurança possuem uma corrente elétrica maior
das instalações. que 10A, por isso as tomadas desses
produtos são diferentes.
Elas devem ser de 20A, ou seja,
fabricadas para trabalhar com uma
corrente elétrica maior. No quadro
de força e luz – onde se localizam os
disjuntores – é necessário um disjun-
tor para cada tomada de 20A, que é
chamado de circuito específico”.

FIO-TERRA É
OBRIGATÓRIO
O condutor-terra ou simplesmente
fio-terra tem um papel fundamental
em qualquer instalação elétrica. No
Brasil, a instalação desse condutor é
obrigatória e é determinada não só
pela NBR 5410, mas pela Lei Federal
nº 11.337, de 26 de julho de 2006.
“Sua função é reduzir a ocorrência
de choques quando uma pessoa en-
tra em contato com um equipamento
elétrico. Ele atua como proteção pes-
Thinkstock/iStock

soal e patrimonial”, informa Nelson,


que alerta sobre a necessidade de um
sistema adequado de aterramento.

84 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


DIFERENTES TIPOS multipolares. A escolha do material de
Existem vários tipos de fios e cabos cobertura deve considerar os agentes
elétricos disponíveis no mercado. Na externos, sendo que para aplicações
IPCE Fios e Cabos Elétricos, os pro- de uso geral, com solicitações exter-
dutos são encontrados nas versões nas ‘normais’, o material mais utilizado
normais ou flexíveis, com até 25 con- como cobertura é o PVC”, comenta.
dutores por cabo e, sob consulta, po- Adhemar reforça que um condutor
dem possuir blindagem coletiva com elétrico pode ser constituído por uma
fita de cobre. “São indicados para as quantidade variável de fios, desde
mais diversas aplicações em circuitos um único fio até centenas deles. Essa
de controle de máquinas, equipamen- quantidade de fios determina a flexi-
tos, processos, entre outros”, comenta bilidade do cabo. “Quanto mais fios,
Adhemar Camardella Sant’anna, presi- mais flexível é o condutor. O grau de
dente da empresa. flexibilidade de um condutor é defini-
Vale lembrar que algumas aplicações do pelas normas técnicas da ABNT,
exigem que a isolação seja protegida ou seja, a chamada classe de encor-
contra agentes externos, como impac- doamento. De acordo com essa clas-
tos, cortes, abrasão e agentes quími- sificação apresentada pela NBR NM
cos. “Nesses casos, os cabos elétricos 280, são estabelecidas seis classes
são dotados de uma cobertura e pas- de encordoamento, numeradas de 1 a
sam a ser chamados de unipolares ou 6”, explica.

Cabos LowTox, da IPCE

CUIDADOS VITAIS
—9\bfXVTUbfX_€ge\VbfWXfXaVTcTWbfVbage\UhX`cTeTbWXfcXeW„V\bWXXaXeZ\T
e podem provocar acidentes.
—4\afgT_T}bX_€ge\VTWXiXfXeXkXVhgTWTfb`XagXTc‰fTVbaV_hf}bWXWXgXe`\aT-
das etapas da obra, como o telhamento, o revestimento de paredes, o teto e pisos.
—AhaVT\afgT_XVbaWhgbeXfXVTUbf\fb_TWbffX`TcebgX}bWXX_XgebWhgbfbh\ai‰_hVebf!
—=T`T\fYTTX`XaWTfWXVbaWhgbeXfWXagebWbfX_XgebWhgbf!

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 85


'*04&$"#04

PADRÃO DE CORES
Não é por acaso que cada fio ou VERDE OU VERDE-AMARELO
cabo condutor apresenta diferentes #3"4*-&*3*/)0

cores. A norma NBR 5410 determina condutor de proteção, também
cores diferentes para determinadas conhecido como condutor-terra ou
funções em uma instalação elétrica. simplesmente fio-terra.
São elas:

";6-$-"30
condutor neutro.
Thinkstock/iStock
Thinkstock/iStock

DEMAIS CORES (VERMELHO,


#3"/$0&0653"4

o condutor utilizado como fase ou
retorno poderá ser de qualquer cor,
exceto as cores azul-claro, verde e
O azul-claro é o condutor neutro verde-amarelo.
e o preto é usado como fase
Thinkstock/iStock

86 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


DIVISÃO POR CLASSES
Os fios e cabos condutores também são divididos por classes. Na
classe 1 estão apenas condutores sólidos, já a classe 2 é formada por
cabos rígidos. No caso de condutores flexíveis, existem classes 4, 5 e 6,
sendo que quanto maior a classe, mas flexível é o condutor. Assim, a
classe 6 é mais flexível que a 4.

TABELA DE CONVERSÃO
AWG mm2
20 0,5
18 0,75
16 1
14 1,5
12 2,5
10 4
8 6
6 10
4 16
2 25
1 35
1/0 50
3/0 70
250 95
300 120
350 150
500 152
Thinkstock/iStock

600 240
800 300

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 87


'*04&$"#04

VOCABULÁRIO BÁSICO
".1µ3& "
 unidade de medida da $0/&$503&4 dispositivos para
grandeza elétrica, que mede a quanti- realizar emendas ou ligações elétri-
dade de corrente elétrica que passa por cas por meio de parafusos, com-
um condutor. pressão ou travas.

"8( sigla de American Wire Gauge, $033&/5&%&'6(" corrente de con-


denominação norte-americana uti- dução que, devido a isolamento imperfeito,
lizada para bitola (espessura de fios percorre um caminho diferente do previsto.
e cabos elétricos).
$033&/5&&-²53*$" fluxo de car-
"5&33".&/50 conectar um cir- ga elétrica de um condutor.
cuito elétrico de baixa impedância
com a terra para proteger contra cho- $6350$*3$6*50 ligação intencio-
ques elétricos. nal ou acidental entre dois ou mais pon-
tos de um circuito com baixo valor de
#8' é uma sigla encontrada nas em- resistência.
balagens de fios e cabos e indica que o
produto é antichamas. %*4+6/503 é a chave que corta a
passagem de corrente elétrica se ela for
$*3$6*50 conjunto de condutores excessiva para o circuito, e fica localiza-
elétricos que servem a um determinado do no quadro de distribuição.
número de pontos. Existem aparelhos
com potência maior e que exigem um cir-
cuito exclusivo, como chuveiros elétricos.
Thinkstock/iStock

$0/%6¶5& 06 &-&530%650


canal por onde passam os condutores
elétricos.

%3 dispositivo de corrente diferen-


cial residual. Detecta vazamento de
energia e geralmente fica ao lado do
quadro de distribuição.

'64¶7&- mais usado em quadros de


Thinkstock/iStock

distribuição antigos, com a função de


cortar a passagem de corrente elétrica
e proteger a instalação elétrica.

88 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


,*-08"554)03" ,8)
 me- 3&%& 53*'«4*$" rede de dis-
dida que define o consumo de energia tribuição elétrica composta por três
elétrica, corresponde a 1000 Watts de fases e um neutro.
consumo em uma hora.
70-5 7
 unidade que mede a tensão
,7" unidade de medida de potência elétrica da instalação.
aparente na base unitária de 1000 VAs.
É diferente de Watts, pois é a soma da 8"55 8
 unidade do Sistema Inter-
potência ativa com a reativa. nacional de Unidades, usada para medir
a potência elétrica.
-*("±°0 &. 1"3"-&-0 ligação
de dispositivos de modo que todos

Thinkstock/iStock
sejam submetidos à mesma tensão.

-*("±°0&.4²3*& ligação de dis-


positivos de modo que todos sejam
percorridos pela mesma corrente.

26"%30 %& %*453*#6*±°0


equipamento elétrico destinado a re-
ceber energia e a distribuí-la a um ou
mais circuitos, podendo também de-
sempenhar funções de proteção, sec-
cionamento, controle e/ou medição.
Abriga disjuntores ou os fusíveis da
qual partem os circuitos que abaste-
cem a residência.

26&%"%&5&/4°0 diferença en-


tre as tensões existentes em dois pontos
ao longo de um circuito em que há cor-
rente. Quando frequentes, podem com-
prometer equipamentos elétricos.

3&%& #*'«4*$" rede de dis-


tribuição elétrica composta por duas
fases e um neutro.

3&%& .0/0'«4*$" rede de dis-


tribuição elétrica composta por uma
fase e um neutro.

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 89


1-6(6&4&50."%"4

TUDO
PLUGADO
/PWPTJOUFSSVQUPSFTFUPNBEBTHBSBOUFNNBJTQSBUJDJEBEF
FTFHVSBOÎBOBJOTUBMBÎÍP

A
ntes de orientar o cliente sobre interruptores, plugues
e tomadas, é fundamental entender o que mudou
com o novo padrão brasileiro. “Esse tipo de produto

Fotos: divulgação/Pial Legrand


varia conforme a aplicação. Há plugues e tomadas para os
mais variados tipos de aparelhos, como eletrodomésticos,
condicionadores de ar, torneiras elétricas, computadores,
entre outros. No entanto, o mais importante é que atendam
às normas de fabricação. A norma NBR 14136 define o
novo padrão brasileiro de plugues e tomadas, visando
garantir mais segurança ao consumidor e às instalações
Interruptor e tomada
como um todo. Plugues e tomadas devem ser fabricados da marca Pial Legrand
nos modelos 2P (bipolar) e 2P+T (bipolar
com contato de aterramento)”, explica
Roberto Aimi, diretor da Tramontina
Materiais Elétricos.
Assim, com o novo o
padrão, os plugues
passaram a ter dois
ou três pinos redon-
en

dos, e as tomadas,
/Lum

formato sextavado, comm


ação

três orifícios de 4 mm ou
ivulg
:d

4,8 mm, o que reduz o ris-


Foto

co de choques elétricos,
os, in-
cêndios e mortes. Cores marcantes para combinar com projetos mais ousados

90 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


Guia Manual do Construtor Etapas da obra 91
1-6(6&4&50."%"4

– televisores, rádios,
computadores etc. –
consomem no máximo
10 ampères”, orienta
Roberto Aimi.
Já equipamentos que
Foto: divulgação/Pial Legrand

apresentam potências
elevadas, como mi-
cro-ondas, aquecedor,
condicionador de ar e
máquina de lavar louça
devem ser ligados em
tomadas de alta cor-
O novo formato dificulta o contato rente, ou seja, em tom-
do dedo com a corrente elétrica e im- adas preparadas para receber esses
pede o contato acidental do usuário. Os equipamentos. “Todos esses aparelhos
novos plugues com diâmetro mais fino devem ser ligados em tomadas de 20
(4 mm) para aparelhos com corrente A. Essas tomadas necessitam alguns
nominal de até 10 ampères e de (4,8 cuidados especiais na instalação, como
mm) para equipamentos que operam dimensionamento correto de fios/cabos
em até 20 ampères, também garantem e disjuntores”, comenta o diretor da Tra-
segurança, pois evitam sobrecarga e montina Materiais Elétricos.
aquecimento, além de impedir a perda
de energia e promover maior economia. EVITE O MAU CONTATO
Para evitar problemas de contato
CAPACIDADE DE
CORRENTE
Todo o consumo de energia deve es-
tar previsto no projeto elétrico, segun-
do a norma 5410, definida pela Asso-
ciação Brasileira de Normas Técnicas
Thinkstock/iStock

(ABNT). “A partir disso, todos os


equipamentos – quadro de distribuição,
dispositivos residuais, fios e cabos,
conduítes, disjuntores, sistemas de em uma instalação elétrica, é preci-
proteção e tomadas – serão dimensio- so que tudo seja dimensionado e re-
nados para que não haja sobrecargas alizado adequadamente, ou seja, por
ou curto-circuito. É muito importante profissionais capacitados e com pro-
instalar tomadas com corrente ade- dutos de qualidade, que atendam às
quada aos produtos que serão utiliza- normas vigentes de fabricação e fun-
dos, em geral de 10 ou 20 ampères cionamento. “É importante, ainda, que
(A). Os eletrodomésticos mais comuns periodicamente se faça manutenção

92 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


preventiva nas instalações, bem como placas em sete elegantes cores (azul
readequação delas caso haja uti- jeans, branco, café, fendi, pérola, púrpura
lização de mais eletrodomésticos do e verde-ardósia), que combinam com os
que o previsto inicialmente. Isso evita módulos largos e confortáveis nas cores
os chamados problemas de contato, branco brilho e grafite”, diz o diretor da
bem como riscos de sobrecargas”, empresa, que completa: “Outro lança-
observa Roberto Aimi. mento é a linha LizCor, disponível em
cinco cores diferentes: azul jeans, fendi,
marfim, ouro-velho e verde-ardósia, e
%&$03"±°0 que possui acabamento em alto brilho.
$0.#*/"±¿&41044¶7&*4 Os dois lançamentos vêm na sequência
As tomadas e interruptores também do sucesso das linhas de interruptores
têm um papel importante quando o Liz, Lux2 e Lizflex, que utilizam o mesmo
assunto é decoração. Sempre em des- conceito modular das linhas Giz e Liz-
taque e acionados com muita frequência, Cor (suporte + placa) e agora também
hoje já é possível encontrar no mercado os mesmos módulos em duas cores. As
itens que combinam com os mais vari- placas estão disponíveis nos formatos
ados estilos arquitetônicos, do clássico 4”x2” (três postos) e 4”x4” (seis pos-
ao mais moderno. “A Tramontina Materi- tos), e têm garantia de cinco anos”.
ais Elétricos oferece uma ampla linha de Na Schneider Electric a decoração
produtos, com destaque para a linha de é tão importante quanto a qualidade.
placas e interruptores Giz, um dos mais “Temos diversos tipos de acabamen-
recentes lançamentos, que tem como to, que vão desde o estilo mais sim-
atrativos o design contemporâneo e as ples até o mais arrojado e permitem
Thinkstock/iStock

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 93


1-6(6&4&50."%"4

várias combinações entre cores de


placas e módulos, e também opções de
eletrônicos”, explica o gerente de pro- ATENÇÃO!
duto da unidade de negócios LifeSpace, No caso dos interruptores, o
Victor Leonardo Fruges. princípio é o mesmo:
De acordo com Roberto Aimi, a
Tramontina aposta no conceito de 1) Conecte os fios/cabos (fase
modularidade para suas placas e in- e retorno da lâmpada) ao
terruptores, com linhas para as mais módulo.
diversas aplicações e que utilizam 2) Encaixe o módulo no suporte
sempre os mesmos módulos. “Ao da placa.
todo são sete opções, que atendem
a todos os segmentos, seja residen- 3) Fixe o suporte da placa na
cial, comercial ou industrial. Giz, Liz caixa de derivação junto à
e LizCor, que utilizam o prático siste- parede.
ma de suporte e placa, com simples 4) Fixe a placa no suporte ou
encaixe por pressão, vêm se juntar à encaixe pressionando nas
Lux2, à Lizflex, às tampas para caixas bordas inferior e superior,
Plastibox e às tampas para Caixas de dependendo do modelo.
Derivação, que associam os módulos
nas cores branco brilho e grafite, mul- Fonte: Tramontina Materiais Elétricos
tiplicando as opções para harmonizar
com todos os espaços e estéticas.
O sistema de encaixe rápido dos in- LONGE DAS BACTÉRIAS
terruptores, com montagem frontal Uma das inovações do mercado é
dos módulos, minimiza o tempo de a proteção antibacteriana Microban,
instalação. A facilidade de troca da presente na linha Prime Décor, da
placa (acabamento), com simples en- Schneider Electric. “Além de oferecer
caixe manual, é outro destaque, pois oito cores de placas e três cores de
permite que os mesmos módulos se- módulos, a linha também possui tra-
jam aplicados também a outras linhas tamento antibacteriano, que propor-
de placas e interruptores Tramontina. ciona mais saúde e higiene”, comenta
Além disso, todos os produtos aten- Victor Fruges.
dem às normas brasileiras vigentes A proteção inibe a proliferação de
para interruptores e tomadas de uso bactérias e fungos, tornando o pro-
doméstico e análogo, a NBR 14136 duto mais higiênico e reduzindo o
(referente à padronização), e as nor- risco de contaminação por toda a
mas que vigoram também no Mer- sua vida útil.
cosul: NM 60884 (fixa as condições A Pial Legrand também oferece
exigíveis para plugues e tomadas) componentes antimicrobianos, quando
e NM 60669 (fixa as condições encomendados, tanto na placa quanto
exigíveis para interruptores)”, afirma. nos interruptores da linha Nereya.

94 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


DICAS IMPORTANTES
Ao instalar uma tomada, é

Thinkstock/iStock
1) preciso verificar que equi-
pamento será utilizado no
local, para definir se será
utilizada uma tomada de
10 A ou de 20 A.

Identifique os fios con-


2) forme a cor e aplicação,
definidas pela norma NBR
5410: azul para neu-
tro, verde/amarelo (brasileirinho) para terra e qualquer ou-
tra cor a não ser azul ou verde/amarelo para fase. Normal-
mente, são utilizadas as cores vermelha ou preta. Importante:
cuidado para não encostar os fios neutro e fase, o que pode
acarretar um curto-circuito.

3)
Leve do quadro de distribuição três fios de 2,5 mm pelo eletro-
duto até o local onde será instalada a tomada por meio de uma
guia de náilon.

4) Conecte os fios nos parafusos (borne), sendo o fio terra sempre


no do meio.

5) Encaixe o módulo no suporte da placa.

6) Fixe o suporte da placa na caixa de derivação junto à parede.

7) inferior e superior, dependendo do modelo.


Fixe a placa no suporte ou encaixe pressionando nas bordas

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 95


1-6(6&4&50."%"4

PASSO A PASSO
INSTALAÇÃO COM BORNE AUTOMÁTICO
Fotos: divulgação/Pial Legrand

1 2
Observe o gabarito impresso no produ- Introduza o fio ou o cabo no borne sem
to para desencapar fios rígidos ou ca- pressionar a alavanca.
bos flexíveis na medida exata.
%*$" o borne automático aceita fios
e cabos de 1,5 mm² e 2,5 mm² rígidos
ou flexíveis.

3 4
Você vai notar que o travamento ocorrerá Para desconectar o fio ou o cabo, basta
automaticamente. pressionar a alavanca e retirá-lo.
%*$"não há necessidade torcer o fio, do
lado do encaixe o travamento é automático.
Molas internas envolvem e prendem o fio.

COMPONENTES
Na foto a seguir, é possível acompanhar os componentes que fazem parte da Série
Elegance, da Fame, que além da tradicional cor branca, também está disponível nas cores
cinza, bege e ônix. É uma linha modular composta por suportes, mecanismos e placas.

96 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


FIQUE ATENTO
- Na tomada, o desencaixe é feito
pelos cantos laterais.

- Nas demais funções, o desen-


caixe é feito pelo meio do módulo.

Fonte: Pial Legrand

Foto: divulgação/Tramontina
VOCÊ SABIA?
Antes da padronização, existiam
mais de 12 tipos de plugues e oito ti-
pos de tomadas.
Os plugues com três pinos são uti-
lizados em aparelhos que necessitam
de aterramento, como geladeiras e
computadores. O terceiro pino é re-
sponsável pela ligação com o fio terra
e evita que o consumidor sofra cho-
que elétrico ao ligar aparelhos que
estejam em curto-circuito.

A cor branca do interruptor da Linha


Liz contrasta com o tom da parede

Guia Manual do Construtor Etapas da obra 97


1-6(6&4&50."%"4

VITRINE
SÉRIE ELEGANCE
A Série Elegance, da Fame, é uma linha mod-
ular que consegue aliar design e tecnologia
em um mesmo produto, além de proporcio-
nar mais agilidade na instalação. A fixação
de condutores acontece com um exclusivo
borne gaiola, que proporciona contato per-
feito, sem danificar os condutores. Os
produtos ainda contam com linhas
harmoniosas e um acabamento bri-
lhante, que não retém poeira e re-

ame
ão/F
cebe tratamento anti UVA e UVB.
lgaç
divu
:
Foto

LINHA PRIME
c
/Schneider Electri

LUNARE LUMEN
A Schneider Electric oferece a linha de
interruptores e comandos elétricos Prime
Fotos: divulgação

LLunare Lumen, que trazem leveza e mo-


dernidade
d para placas e interruptores. Os
pprodutos possuem tratamento UV para evi-
ta o amarelamento natural e permitir que a
tar
ap
aparência original dure por mais tempo.

98 Guia Manual do Construtor Etapas da obra


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