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ALAN RODRIGUES PIRES

DIMINUIÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS DO OESTE BAIANO:


DESTRUIÇÃO DO CERRADO E USO DESCONTROLADO DA
ÁGUA.

SÃO FELIX DO CORIBE – BAHIA


OUTUBRO/ 2018
ALAN RODRIGUES PIRES

DIMINUIÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS DO OESTE BAIANO:


DESTRUIÇÃO DO CERRADO E USO DESCONTROLADO DA
ÁGUA.

Projeto de Pesquisa apresentado a Dominius Centro


Educacional, como requisito parcial para obtenção do grau
de Licenciado em Geografia.

Orientação: Prof. Welton Dias Castro.

SÃO FELIX DO CORIBE – BAHIA


OUTUBRO/ 2018
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SUMÁRIO

1 TEMA.....................................................................................................................04
2 PROBLEMA...........................................................................................................04
3 HIPOTESES...........................................................................................................04
4 OBJETIVOS...........................................................................................................05
4.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................05
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................05
5 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................05
6 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................06
7 METODOLOGIA....................................................................................................11
8 CRONOGRAMA....................................................................................................12
REFERÊNCIAS........................................................................................................13
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1 TEMA
DIMINUIÇÃO DAS ÁGUAS DOS RIOS DO OESTE BAIANO: DESTRUIÇÃO DO
CERRADO E USO DESCONTROLADO DA ÁGUA.

2 PROBLEMA
Destruição do cerrado para agronegócio e uso descontrolado da água para irrigação.

3 HIPOTESES

O cerrado é considerado a caixa d'água do Brasil, possui características que


absorve a água das chuvas que armazena formando aquífero que que alimenta oito das
12 bacias hidrográficas nacionais. A água nasce nas veredas, que só sobrevivem
protegidos pelas matas de galeria até chegar aos rios. É no cerrado que nascem o
Araguaia, o Tocantins, o Paraná, o São Francisco, entre tantos outros rios fundamentais
para a irrigação de fazendas e produção de energia.
O que acontece é que muitas pessoas tanto das cidades como produtores do
campo, faz “O mau uso do solo, ou a impermeabilização do solo, ou o uso de
contaminantes seja na agricultura ou na área urbana acaba trazendo um risco para os
rios do cerrado, tanto para qualidade da água quanto para quantidade da água”, diz o
hidrologista da Embrapa Cerrados, Jorge Enoch.
No oeste baiano os rios estão sofrendo todas essas consequências, e que são
percebidas pelos ribeirinhos que vivem da agricultura familiar, uma tradição de séculos,
no oeste da Bahia, dizem que os rios da região estão secando, como no município de
Cocos.
Os principais responsáveis pela diminuição do nível das águas dos rios do oeste
da Bahia são os pivôs centrais, grandes estruturas metálicas que chegaram à região há
menos de 20 anos para irrigar as grandes plantações e a destruição do cerrado,
causado pelo agronegócio.
Assim, a presente pesquisa apresenta os problemas causadores da diminuição
do volume de águas dos rios e os desafios a enfrenta-los para preservar as águas do
oeste baiano.
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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL:

Refletir sobre problemas socioambientais supostamente causados pelo


desenvolvimento do agronegócio no Oeste da Bahia, integrante da principal zona
agrícola brasileira, a região do Matopiba, e suas consequências ao meio ambiente.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Analisar os problemas causadores da diminuição das águas dos rios no oeste baiano;
Perceber que o agronegócio foi o principal gerador da destruição do cerrado e da
diminuição das águas dos rios;
Refletir sobre as possíveis soluções para a destruição do cerrado e para conter a
diminuição das águas dos rios do Oeste da Bahia;

5 JUSTIFICATIVA

Tendo em vista a degradação do meio ambiente em todo o mundo, e as


consequências da destruição das matas na nossa região já aparece, como redução da
ária do cerrado, diminuição das águas dos rios, o desaparecimento de animais e
plantas da região em decorrência da intensa atividade do agronegócio que vem
ocupando cada vez mais árias do oeste da Bahia e trazendo preocupação com
proteção do cerrado e das águas de nossos rios.
Sabemos que a nossa região só chove em período do ano, a outra sol e muito
calor, para produzir o ano todo é preciso usar das águas dos rios para irrigação de
grandes árias, muitas vezes sem outorgas, usando dos recursos hídricos sem nem um
controle, para retirada do grande volume de água para irrigação de projetos e fazendas
que usa água dos nossos rios para produzir o ano todo, sem ter feito estudos para
saber a real capacidade desses rios para irrigação nos longos períodos de estiagem.
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Para pensar em uma forma de proteção das águas, da fauna e flora da nossa
região, que é rica e tem grandes reservas de água como o aquífero Urucuia e o
aquífero Bambuí, que abrange árias do oeste baiano, portanto, é preciso que
imediatamente a população, as empresas e os fazendeiros da região se unam para
adotar medidas para o uso racional e planejado da água, da terra, respeitando árias de
nascentes, de preservação permanentes e que compram tudo que prever a legislação
ambiental do nosso país.
Nesse contexto, o presente trabalho justifica-se a partir da importância da
preservação do cerrado para a manutenção das águas dos rios, da fauna e flora da
região, da conscientização da sociedade para luta pela preservação das águas do
Oeste da Bahia e que fazendeiros e grandes empresas possam empenhar-se em
produzir, porem respeitando a real capacidade dos nossos rios para irrigação de
grandes árias, para que nossos rios seja fonte de riquezas, mas que sejam também
garantidos a preservação desses recursos para as futuras gerações.

6 REFERENCIAL TEÓRICO

O Oeste da Bahia, região que fica a norte dos estados do Piauí e Maranhão, a oeste
com estados do Tocantins e Goiás, e a sul com estado de Minas Gerais, representa
uma das mais importantes fronteiras agrícolas do País, que faz parte do MATOPIBA,
árias de fronteira agrícola que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e
Bahia.
Somando as formações de Cerrado e transição com outros biomas a região ocupa
aproximadamente 9,6 milhões de hectares, sendo que a área destinada ao
desenvolvimento da agropecuária corresponde atualmente a mais de 2 milhões de
hectares.
Os dois principais produtos agrícolas são soja e o algodão, sendo que somente no
período de 1998 a 2003 houve um aumento em 56% da produção de algodão na
região. De acordo com dados do IBGE, no Oeste baiano estão concentrados 92% de
toda a produção de grãos e alguns estudos estimam que a região possui um grande
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potencial para expansão, especialmente quando se considera a extensão de áreas


disponíveis e as boas condições de clima e solo.
A árias nativas da nossa região estão sendo destruída de forma rápida e sem controle
das autoridades públicas, colocando em risco toda a riqueza da hídrica, fauna e flora.
De acordo um estudo elaborado pela Embrapa Monitoramento por Satélite, em 1985 a
agropecuária ocupava uma área de 631.175 hectares e já em 2000 ocupava 1.605.762
hectares, valores que indicam que ao longo de 15 anos houve uma redução média de
65.000 anuais para a região.
A área desmatada no Oeste da Bahia até o começo de 2006 já alcançava 2.065.659
hectares, valor que representa aproximadamente 22% da região do Cerrado do Oeste
baiano. À primeira vista esse percentual poderia sugerir que ainda há muito espaço
para a expansão do agronegócio na região, mas o aspecto mais preocupante é que não
existe uma política de conservação que dê sustentabilidade a políticas de
desenvolvimento. Em outras palavras, o desenvolvimento econômico planejado para a
região não está sendo acompanhado por uma política de conservação da
biodiversidade.
Ainda a pouca ária de proteção dos ecossistemas nativos e de espécies de interesse
para a conservação em nossa região, como as espécies ameaçadas de extinção e
espécies endêmicas, não tem sido adequadamente realizada na região. Somente
16,28% dos cerrados do Oeste da Bahia estão protegidos por algum tipo de unidade de
conservação. As unidades de conservação de proteção integral que asseguram de
maneira mais efetiva a proteção da biodiversidade representam apenas 0,38% da
região. Apenas duas unidades de conservação de proteção integral foram criadas
especificamente para proteger espécies e ecossistemas da região: o Refúgio de Vida
Silvestre Veredas do Oeste Baiano com aproximadamente 128.000 e a Estação
Ecológica Estadual do Rio Preto, com cerca de 4.500 hectares.
Em audiência pública no MPF em Brasília, onde discutia o plano de desenvolvimento
agropecuário do Matopiba, região que abrande árias dos estados do Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia, também chamado de fronteiras agrícolas. A geóloga e doutora
em engenharia ambiental Joana Angélica Guimarães, afirma que não há outro
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empreendimento ou equipamento no Oeste da Bahia que consuma tanta água quanto


os sistemas de irrigação das empresas de agronegócio.
Entre 2012 e 2016, Joana, hoje reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia
(UFSB), coordenou a pesquisa “Hidrogeologia do Aquífero Urucuia: Potencialidades,
Vulnerabilidades e Conservação”. A pesquisa desenvolveu estudos, dentre outros
temas, sobre geofísica, monitoramentos de vazões e histórico hidrológico dos rios de
Ondas (que corta Barreiras), Formoso e Arrojado (em Correntina), que faz parte da
Bacia do Rio Corrente, composto por 15 rios, seis riachos e cinco córregos. Esses rios
e bacias são subafluentes do Aquífero Urucuia, que abastece diversas cidades da
Bahia e Goiás. O aquífero tem função reguladora para o escoamento de trecho médio
do Rio São Francisco.
A pesquisa de Joana mostrou que há um rebaixamento do nível das águas e problemas
com redução de vazão, que, segundo a pesquisadora, não foi provocado pela falta de
chuvas no Oeste baiano.
Setores do agronegócio do Oeste da Bahia e de outras partes do Brasil vêm
defendendo que atuam com respeito às leis ambientais, mas ninguém ainda – inclusive
o governo da Bahia – sabe quanto de fato a irrigação consome de água na região.
O governo espera saber isto a partir de janeiro de 2018, quando encerrará o prazo para
que as empresas agrícolas que possuem outorgas para captação de água nos rios da
região instalem hidrômetros para fazer a medição.
Diretor de Águas do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Eduardo
Topázio, não sabe nem a quantidade de outorgas para captação de águas para
irrigação na região, mas afirma que por enquanto não há ilegalidades por parte das
empresas.
O Oeste da Bahia é a região que possui a maior ária irrigada do Matopiba, “Ocorrem
extensas áreas de produção em regime de sequeiro e também a forte irrigação por
pivôs centrais. As fontes de água são sistemas superficiais e subterrâneas – estas do
Aquífero Urucuia. As bacias dessa região (dos rios Grande e Corrente) são importantes
contribuintes do rio São Francisco.”

A retirada de água sem controle nem um no oeste baiano, já traz consequências, o


rebaixamento rápido dos rios da região.
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(Foto: Aiba/Divulgação)

A redução de vazões dos rios da região , Rio Arrojado, Rio Correntina ou das Éguas,
Rio Guará e outros, todos eles afluentes do Rio Corrente, que por sua vez deságua no
Rio São Francisco – vem sendo denunciada pela população desde 2015 ao MP-BA. As
denúncias de que a redução era provocada por grandes captações foram comprovadas
pelo Comitê de Bacia do Corrente, que expediu deliberação para que o Inema revisasse
as outorgas concedidas, realizasse o cadastramento das captações de água e não
emitisse novas outorgas para grandes empreendimentos, enquanto não fosse
formulado o Plano de Bacia, mas as medidas não foram atendidas.
A promotora de Justiça Luciana Khoury, que coordena o Núcleo de Defesa do Rio São
Francisco (Nusf), apresentou ao Estado uma proposta de Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), que prevê uma série de obrigações, dentre as quais a conclusão dos
estudos para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica para o Rio Corrente.
Sabemos que os problemas socioambientais supostamente são causados pelo
desenvolvimento do agronegócio no Oeste da Bahia, que tem grandes árias de terras
para ser exploradas pelo o agronegócio a preço baixo e uma boa oferta de água, mas
que com poucos anos já preocupa a população da região que sobrevive da agricultura
familiar e das águas desses rios.
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Sabemos que a principal ação a ser refletida sobre essa situação é o uso sem controle
das águas pelos órgãos governamentais, é preciso fiscalização permanente, controle
da retirada da água, e do cumprimento da legislação ambiental. Mas também precisa
de ações como a recuperação de nascentes, com replantio de árvores, proteção de
arrame ao redor da nascentes para que animais não tenha acesso.

Postado em 9 de julho de 2018 por Mais Oeste

Algumas atitudes já estão sendo tomadas na região, como a da (Aiba) e (Abapa), que
no mês de junho do corrente ano foram recuperadas e protegidas as nascentes de rios
dos municípios de Cocos, Formosa do Rio Preto e Jaborandi, no Oeste da Bahia.
Postado em 9 de julho de 2018 por Mais Oeste diz:
A ação consistiu em uma capacitação promovida pelos produtores rurais baianos, por
meio da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e da Associação dos
Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que culminou com o diagnóstico, proteção e
recuperação das nascentes, realizada em parceria com as prefeituras. Os agricultores
vão investir, por meio de recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), R$
500.000,00 ao longo deste ano, para atender os municípios do Oeste da Bahia.
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“Já estamos vendo a água jorrar e isso renova nossas esperanças de termos uma fonte
de água permanente para o nosso dia a dia”, confessou Doutor do Arroz, um dos
moradores da localidade do Arroz de Cima, em Formosa do Rio Preto, onde o curso foi
realizado entre os dias 11 e 13 de junho. Para Renê Rodrigues, morador da localidade
de “Jaborandizinho”, que fica próximo à nascente recuperada em Jaborandi, esta ação
de proteger as nascentes deveria acontecer em outros lugares. “O que eu gostaria era
que todo mundo se conscientizasse e fizesse o mesmo para proteger as nascentes”,
afirma ele, que participou do curso no último sábado (30).

7 METODOLOGIA

A metodologia adotada neste trabalho será de análise bibliográfica dos autores


citados, o material utilizado para a confecção deste trabalho terá como fonte de
informação as orientações contidas nas obras bibliográficas pesquisadas, a análise de
artigos, entrevistas, revistas, bem como as pesquisas eletrônicas através da Internet. A
metodologia se baseará tanto nos dados estatísticos pesquisados, como nas diversas
opiniões de renomados autores da área.
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8 CRONOGRAMA

ETAPAS
Junho Julho Agosto Setembro Outubro
Mês
Definição do tema e
problema da pesquisa
X
Hipóteses X
Definição dos
objetivos
X
Levantamento X
bibliográfico
Fichamento de textos X
Redação do X
referencial teórico
Redação da X
Justificativa
Redação da X
metodologia
Escrita do projeto X
Revisão do projeto de X
pesquisa
Revisão / redação X
final / entrega
(Obs.: Poderão ser acrescentados ou suprimidos itens, de acordo com o propósito de cada pesquisa)
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REFERÊNCIAS

CORREIO24HORAS. Rios do Oeste baiano sofrem rebaixamento do nível das


águas
Disponivel em: www.correio24horas.com.br/.../rios-do-oeste-baiano-sofrem-
rebaixamento-do-...

G1.GLOBO.COM. Jornal da Globo - Quinze rios do oeste baiano secam por causa da ...
Disponível em: g1.globo.com/.../quinze-rios-do-oeste-baiano-secam-por-
causa-da-destruicao-do-cerra...

MAISOESTE. Agricultores recuperam nascentes de rios no oeste baiano – Mais


Oeste
Disponivel em: www.maisoeste.com.br/.../agricultores-recuperam-nascentes-de-rios-no-
oeste-baiano
(Fonte: Daniel Melo Barreto/IBIOESTE - Slowfood) Postada em 17/09/2014

2.CEAD.UFV. Panorama ambiental do Cerrado no Oeste Baiano - Notícias | Espaço

...

Disponível em: www2.cead.ufv.br/espacoProdutor/scripts/verNoticia.php?codigo=1851...

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