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OFICINA DE REDAÇÃO:

Material para a Oficina de Redação


A DISSERTAÇÃO

I - INTRODUÇÃO
É o primeiro parágrafo e serve de apresentação da dissertação, por essa razão
deve estar muito bem elaborada, ser breve e apresentar apenas informações sucintas.
Deve apenas apresentar o TEMA e dois ENFOQUES e ter em torno de cinco linhas.

II – DESENVOLVIMENTO
É a redação propriamente dita. Deve ser constituído de dois parágrafos, um para
cada enfoque apresentado na Introdução. É a parte da redação em
queargumentos são apresentados para explicitar, em um parágrafo distinto, cada um
dos enfoques. Esses parágrafos devem ter em torno de dez linhas. Pode-se
desenvolver os argumentos por meio de relações que devem ser usadas para deixar
seu texto coeso e coerente. Essas relações são estabelecidas através de
CONECTORES e ser de:

Prioridade, relevância:
em primeiro lugar, antes de mais nada, antes de tudo, em princípio, primeiramente,
acima de tudo, principalmente, primordialmente, sobretudo...
Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade):
então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em
que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal,
por fim, finalmente, agora, atualmente, hoje, freqüentemente, constantemente às
vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao
mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, enquanto, quando, antes que, depois
que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que,
apenas, já, mal...
Semelhança, comparação, conformidade:
igualmente, da mesma forma, assim também, do mesmo modo, semelhantemente,
analogamente, por analogia, de maneira idêntica, de conformidade com, de acordo
com, segundo, conforme, sob o mesmo ponto de vista, tal qual, tanto quanto, como,
assim como, como se, bem como.
Condição, hipótese:
se, caso, eventualmente.

Adição, continuação:
além disso, demais, ademais, outrossim, ainda mais, por outro lado, também, e, nem,
não só ... mas também, não só... como também, não apenas ... como também, não só
... bem como, com, ou (quando não for excludente).
Dúvida:
talvez, provavelmente, possivelmente, quiçá, quem sabe, é provável, não é certo, se é
que.

Certeza, ênfase:
certamente, decerto, por certo, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com
toda a certeza.
Surpresa, imprevisto:
inesperadamente, de súbito, subitamente, de repente, imprevistamente,
surpreendentemente.
Ilustração, esclarecimento:
por exemplo, só para ilustrar, só para exemplificar, isto é, quer dizer, em outras
palavras, ou por outra, a saber, ou seja, aliás.
Propósito, intenção, finalidade:
com o fim de, a fim de, com o propósito de, com a finalidade de, com o intuito de, para
que, a fim de que, para.
Lugar, proximidade, distância:
perto de, próximo a, próximo de, junto a, junto de, dentro, fora, mais adiante, aqui,
além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a.
Resumo, recapitulação, conclusão:
em suma, em síntese, em conclusão, enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma,
dessa maneira, desse modo, logo, dessa forma, dessa maneira, assim sendo.
Explicação:
por consequência, por conseguinte, como resultado, por isso, por causa de, em virtude
de, assim, de fato, com efeito, tão (tanto, tamanho)... que, porque, porquanto, pois, já
que, uma vez que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal
sorte que, de tal forma que, haja vista.

Contraste, oposição, restrição:


pelo contrário, em contraste com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, embora, apesar de, apesar de que, ainda que, mesmo que,
posto que, conquanto, se bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo
que, por outro lado, em contrapartida, ao contrário do que se pensa, em
compensação.

Existem outras expressões que podem ser utilizadas nos parágrafos de


desenvolvimento para dar mais fluidez nas ideias:

Confronto
É possível que... no entanto... , É certo que... entretanto... , É provável que ... porém...

Divisão de idéias
Em primeiro lugar ...; em segundo ...; por último ...; por um lado ...; por outro ...;
primeiramente, ...; em seguida, ...; finalmente, ...
Enumeração
É preciso considerar que ...; Também não devemos esquecer que ...; Não podemos
deixar de lembrar que...

Reafirmação
Compreende-se então que ...; É bom acrescentar ainda que ... ; É interessante reiterar
...

Exemplificação
A fim de comprovar o que foi dito, ...; Para exemplificar, ... ; Exemplo disso é ...

Mais expressões que podem ser utilizadas em seu texto:


Para tanto, ...; Para isso, ...; Além disso, ...; Se é assim, ...; Na verdade, ...; É
fundamental que ...; Tudo isso é ...; Nesse momento, ...; De toda forma, ...; De tal
forma que ...; Em ambos os casos,..."
III- CONCLUSÃO
É o último parágrafo. Deve ser breve, contendo em torno de cinco linhas. Na
conclusão, deve-se retomar o Tema e fazer o fechamento das idéias apresentadas em
todo o texto e não somente em relação às idéias contidas noúltimo parágrafo do
desenvolvimento. Não se deve acrescentar informações novas na conclusão, pois, se
há informações a serem incluídas, o desenvolvimento ainda não terminou. Dever-se
concluir:
• Fazendo uma síntese das idéias expostas;
• Esclarecendo um posicionamento e/ou questionamento, desde que coerente, com o
desenvolvimento;
• Extraindo uma dedução ou demonstrando uma conseqüência dos argumentos
expostos;
• Levantando uma hipótese ou uma sugestão coerente com as afirmações feitas
durante o texto.
• Apresentando possíveis soluções para os problemas expostos no desenvolvimento,
buscando prováveis resultados.

Pode-se iniciar o parágrafo da Conclusão com expressões do tipo:


Assim,...; Assim sendo...; Portanto,...; Mediante os fatos expostos,...; Dessa forma, ...;
Diante do que foi dito ...; Resumindo, ...; Em suma, ...; Em vista disso, pode-se concluir
que ...; Finalmente,...; Nesse sentido,...; Com esses dados, conclui-se que ...

►OUTRAS DICAS IMPORTANTES:


1. Numa redação dissertativo-argumentativa, Nunca se inclua na dissertação. Não
use primeira pessoa. O texto deve ser todo impessoal. Não use a 1ª pessoa do
singular. Use os verbos na 3ª pessoa do singular (Compreende-se ..., percebe-se ...);

2. Ao escrevermos um texto, utilizamo-nos de vários elementos de referenciação


como: sinônimos, pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos,
indefinidos, apostos;
3. Não se esqueça o de que o texto dissertativo é um texto temático, ou seja, constrói-
se a partir da declaração ou da confirmação de idéias sobre um dadoou um fato da
realidade. Em outras palavras, é a defesa de uma tese (idéia) que se tem sobre
algum tema (assunto) .

4. Em face da limitação de espaço, é muito difícil apresentar mais de dois argumentos


(enfoques) relativos ao tema, por essa razão, a Dissertação deve conter 4 parágrafos,
sendo UM para Introdução, DOIS para Desenvolvimento e UM para Conclusão;

5. Cada parágrafo deve possuir, no mínimo, dois períodos; Cuidado com as frases
fragmentadas, frases siamesas, ambiguidades e os erros de paralelismo;

6. Planejamento é o segredo: delimite o tema, defina o objetivo, selecione as idéias


que formarão os enfoques, ordene-os. Coloque no papel a primeira versão de um
rascunho.
7. Elabore uma Introdução que contenha, de maneira clara e direta o Tema, o Primeiro
Enfoque, o Segundo Enfoque;

8. JAMAIS use etc. nem reticências.


9. Nunca use frases feitas, chavões...

10. Não repita palavras ou expressões. Use sinônimos.

11. Só use exemplos que sejam de domínio público, portanto apenas aqueles que
tenham saído na mídia: jornais, revistas, tevê...

12. Jamais converse com o leitor: nunca use você ou tu...

13. Use sempre linguagem formal (padrão), nível culto

14. Muito cuidado com a Língua Portuguesa: acentuação, ortografia, regência, crase,
pontuação, concordância...

15. Obedeça rigorosamente aos limites de linhas – nunca menos, nunca mais.

16. Ao separar as sílabas, não deixe apenas uma vogal, iniciando ou terminando, uma
linha. Também não termine a sílaba, mesmo que correta, deixando, em cima ou
embaixo, um cacófato (som ou palavra desagradável, que se forma de encontro ao
som da palavra vizinha).

17. Capriche nos aspectos formais. Apresentação, limpeza, margens, letra. Não
invente letras. Coloque pingo sobre os is e os jotas. Não rasure; Prefira palavras
curtas e simples. Vocábulos longos e pomposos criam barreiras entre autor e leitor.

18. Coloque título; Mesmo não sendo exigido, coloque. Se houver uma linha
específica para título, é obrigatória a sua presença, senão houver uma linha para
título, coloque-o na primeira linha e aumente o número mínimo em mais uma e não
deixa linha em branco.

19. Mantenha o caráter dissertativo. No desenvolvimento, dê um parágrafo para cada


Enfoque selecionado; Empregue os articuladores adequados.

20. Jamais use gírias. Nunca use provérbios, ditos populares;

21. Não utilize a redação para propagar doutrinas ou assuntos polêmicos;

22. Nunca analise temas movido por emoções exageradas – especialmente política,
futebol, religião...

23. Não use abreviaturas de qualquer natureza;

24. Fundamente sempre suas idéias. Cuide para não repetir idéias ou palavras.

25. Controle o tempo. Mas não deixe de revisar sua redação. Introdução com tema e
enfoques claramente expostos; Veja se os parágrafos contêm tópico frasal e
desenvolvimento bem relacionados e com coerência. Analise se cada parágrafo
contém mais de um período. Revise a gramática: acentos, pontuação, regência, crase,
concordância, colocação pronominal...
PÉROLAS DO ENEM
“O calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo” *
“O Ateísmo é uma religião anônima” *
“A fé é uma graça através da qual podemos ver o que não vemos” *
“A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar
para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e
aumentarem seu número respirando um ar mais limpo” *
“A ciência progrediu tanto que inventou ciclones como a ovelha Dolly” *
“Os dois movimentos da Terra são latitude e longitude” *
“O dia tem 24 oras, mas 8 delas são noite” *
“Ângulo é duas linhas que vão indo e se encontram” *

DINÂMICA NA AULA DE REDAÇÃO


Amados,
tem uma dinâmica que realizo no primeiro dia de aula com a turma de
Redação.
Peçam que cada um escolha uma palavra dentro da classe gramatical que
eles conhecem, caso não conheçam, ou não lembrem, especifiquem (verbo,
adjetivo, substantivo, advérbios) os mais importantes para a dinâmica.
Depois que todos tiverem escrito as palavras, peçam para que o primeiro da
roda inicie a narrativa a partir de uma palavra sorteada no meio das outras
que foram misturadas. A pessoa que pegar o próximo papel com a outra
palavra terá que usá-la na sequência da narrativa.
É importante observar a sequência da história para que não se percam.
Essa é uma dinâmica interessante que aprendi e adaptei a fim de, no
primeiro contato com a turma, fazer uma avaliação dos alunos e saber quais
os mais inibidos, os mais comunicativos, os mais espontâneos, além de
trabalhar a criatividade e a oralidade.
É ótimo para "quebrar o gelo" e deixar a turma à vontade. No início alguns
sentem vergonha, mas logo depois todos começam a rir da história que é
contada.

PLANO DE AULA – PRODUÇÃO DE TEXTO


DISSERTATIVO
Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
• Leitura e compreensão de texto; • Interpretação de texto; • Produção de texto.
Duração das atividades
06 aulas

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o


aluno
• Habilidades básicas de leitura; • Capacidade de redigir;

Estratégias e recursos da aula


As estratégias utilizadas serão:
- aula interativa com uso da mídia vídeo;
- utilização do laboratório de informática;

ATIVIDADE 1

Esta atividade será constituída, primeiramente, da leitura individual e silenciosa do poema:

O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Poema de Manuel Bandeira

(http://enemnota100.blogspot.com/2008_05_01_archive.html)

O professor proferirá a leitura do poema em voz alta, preferencialmente, circulando entre os


corredores da classe de forma a chamar a atenção dos alunos para si.
Em seguida, sem abertura para comentários e discussões, o docente apresenta aos alunos o
vídeo ILHA DAS FLORES (13 minutos), disponível em www.portacurtas.com.br/pop_160.asp

Ao término do vídeo, o professor deve promover um debate em sala de aula, provocando os


alunos a participarem:
- Existe relação entre o tema do poema O BICHO com o vídeo ILHA DAS FLORES?
- Qual o tema abordado nas duas produções?
- As produções apresentam tanto na poesia como no documentário, um lado perverso da
realidade humana. Quais aspectos nas obras indicam seu caráter crítico?
- O que despertou seu interesse foi a leitura individual do poema ou ouvi-lo declamado por
outra pessoa?
- Existe contribuição da exibição do vídeo ILHA DAS FLORES para a compreensão do tema
abordado pelo poema O BICHO? Qual?
As duas últimas questões são sugeridas como mecanismo de apontamento dos caminhos que
os alunos podem utilizar em seus momentos de estudo, ou seja, usar de diferentes recursos
para estimular o cérebro no processamento de informações, estimulando diferentes sentidos
para promover a compreensão das informações.

ATIVIDADE 2

Os alunos devem construir uma lista de palavras que acreditam que faça relação ao tema
pobreza indicado no poema e vídeo abordados na atividade 1. Os alunos devem trocar entre
os colegas da classe as relações constru ídas e a partir d aí indicarem significado às palavras.
Depois da atividade concluída, cada relação de palavras deverá retornar ao estudante que a
criou e este deverá circular as palavras com as quais concorda totalmente com o significado
atribuído pelo colega. Posteriormente, devem consultar em dicionários o significado das
palavras com as quais não se sentem seguros a respeito e confirmar as demais.

ATIVIDADE 3

O objetivo desta atividade é oportunizar aos estudantes a consulta a opiniões de outros


professores e profissionais da educação sobre a escrita da redação. É necessário que depois
das consultas realizadas pelos alunos sobre as características de uma boa redação eles
sejam instigados a sintetizá-las para a escrita de uma redação. Cada aluno deve criar uma
lista de itens fundamentais, uma espécie de check list que pode guiar a realização de uma
boa redação.

No laboratório de informática os alunos devem pesquisar sobre a escrita da redação. São


sugestões de sites:

http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=corrigir/docs/cap6

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=14581

ATIVIDADE 4

Neste momento, a atividade de listar os pontos necessários para a elaboração de uma


redação será realizada por toda a classe em conjunto. Os alunos deverão estar dispostos em
círculo, para facilitar a comunicação. Cada aluno indicará um item para a relação check list
para elaboração de uma redação, justificando a sua importância.

Exemplos de itens para esse check list

• Rascunho do documento que se quer elaborar

• Vocabulário apropriado

ATIVIDADE 5

Cada estudante criará sua própria redação, observando todos os pré requisitos tratados nas
atividades anteriores.
Avaliação
A avaliação se dará de forma coletiva em todos os momentos em que os alunos estiverem
participando das discussões propostas e individualmente por meio da produção das
atividades escritas ou quando solicitada a exposição individual de posicionamento. AUTO-
AVALIAÇÃO: Agora é o momento de refletir sobre sua produção e envolvimento nas
atividades propostas. INSUFICIENTE: Deixou de participar de alguma das atividades
propostas, seja ela individual ou em grupo. REGULAR: Cumpriu as atividades propostas,
porém com ressalvas, como por exemplo, atraso para entregar, falta de envolvimento nas
atividades coletivas. SATISFATÓRIA: Cumpriu todas as atividades propostas, contribuindo
nas atividades em grupo e participando ativamente nas atividades coletivas, expondo seus
posicionamentos e sugestões. MAIS QUE SATISFATÓRIA: Além dos itens apresentados na
categoria satisfatória, neste caso a postura do estudante é de fazer “algo mais”, ou seja,
demonstrando com isso iniciativa na condição de estudante. Exemplo: no período disponível
no laboratório de informática, buscar mais informações que tratem da desigualdade
social/pobreza no Brasil.

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