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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR


UNIDADE ACADÊMICA DE AGRONOMIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
CAMPUS DE POMBAL-PB

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME


ANA PRYSCYLA VIEIRA TELMO

1º Relatório apresentado à disciplina de


Laboratório de Física do Curso de
Engenharia de Alimentos. Como pré-
requisito para obtenção de nota.

Prof. José Roberto

Pombal/PB
Março de 2010.
1. Introdução

Movimentos que possuem velocidade escalar instantânea constante (não nula) são chamados
movimentos uniformes. Então, se a velocidade escalar é a mesma em todos os instantes, ela coincide com
a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo considerado:

Daí decorre que, no movimento uniforme, o móvel percorre distâncias iguais em intervalos de
tempo iguais.

O movimento retilíneo uniforme pode ser dividido em progressivo e retrógrado, sendo que no
movimento progressivo, o móvel caminha a favor da orientação da trajetória, seus espaços crescem no
decurso do tempo e sua velocidade escalar é positiva. Já no movimento retrógrado, o móvel caminha contra a
orientação da trajetória, seus espaços decrescem no decurso do tempo e sua velocidade escalar é negativa.

 movimento progressivo: v > 0

 movimento retrógrado: v < 0


2. Objetivos

Analisar a partir dos dados experimentais o movimento do móvel, a sua velocidade média e construir
um gráfico da variação da posição em função do tempo.
3. Metodologia

3.1. Materiais Utilizados:

 Trilho de ar:

O trilho de ar era, especificamente, a trajetória do carrinho. O trilho, contem orifícios na sua parte
superior, onde uma “bomba de ar”, acoplada a uma de suas extremidades libera ar, ajudando na suspensão
do “carrinho”, que movimenta - se sem atrito considerável. Na outra extremidade, um disparador compõe o
conjunto, havendo também uma trena (ver item seguinte) que ajuda na obtenção dos resultados do
deslocamento.

 Cronômetro:

O cronômetro utilizado para determinação do tempo decorrido entre a origem da trajetória e os pontos
determinados, durante o movimento, é digital com duas portas fotoelétricas.

 Sensores:

As fotocélulas são sensores, nos quais quando o carrinho intercepta o feixe de lazer, a contagem do
cronômetro, que inicia - se automaticamente no disparo, é interrompida determinando assim o tempo na casa
de milisegundos.

 Trena Graduada:

Utilizada na obtenção dos valores referentes às distancias entre dois pontos sobre o trilho de ar, tais
como comprimento do “carrinho”, espaço entre as fotocélulas e comprimento total do sistema. Graduada em
cm (centímetros), estava acoplada ao trilho de ar, com faixa de operação de 0 a 200 cm.
3.2. Métodos:

Inicialmente o trilho foi nivelado através de parafusos existentes nos pés do mesmo, para que a
componente não - equilibrada do peso não atrapalhe na movimentação do corpo. O carrinho foi liberado em
repouso no centro do trilho, após a estabilização da corrente de ar. Quando ele não mais se movia o trilho
estava calibrado idealmente.
Feito o ajuste, liga - se a “bomba de ar”, em sua potencia máxima, fazendo com que o carrinho de
plástico permanecesse suspenso sob o trilho.
As portas fotoelétricas foram alocadas de acordo com o roteiro do experimento, tomando por origem a
extremidade do “carrinho”, (ver Tabela 2) a uma distância de aproximadamente 0,50 cm, 0,65, 0,80 cm, 0,95
cm da origem. Para cada valor destes foram efetuadas três medidas de tempo e ao final do processo os
valores de deslocamento foram novamente aferidos.
Acionado o disparador, os cronômetros, que estavam devidamente zerados, começavam a contagem
do tempo ate que a porta fotoelétrica fosse acionada e parasse a contagem em uma determinada marca. O
móvel foi impulsionado por uma força de 0,2N. Em cada valor de tempo percorrido anotavam-se os números
na tabela fornecidos pelo professor (ver Tabela 2). A velocidade v com que o corpo era ejetado se mantinha
praticamente constante, pois não havia atrito significativo entre o trilho e o “carrinho”. Esta característica
confere ao movimento o título de Movimento Retilíneo Uniforme (MRU).
4. Resultados e Discussões

 Para realizar o gráfico foi feito os seguintes cálculos:

 Para determinar o tempo de cada sensor foram feitos três medidas:

Tabela 1 – Tabela de Medidas de Tempo


tsensor t1’ t2’’ t3’’’
t1 0,321 0,324 0,316
t2 0,638 0,646 0,633
t3 0,945 0,957 0,939
t4 1,254 1,272 1,246

 Cálculo para determinar o tempo dos quatro sensores:

𝑡1 ′ + 𝑡1′′ + 𝑡1′′ ′
𝑡1 = (𝐹ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎)
3

0,321 + 0,324 + 0,316


𝑡1 = = 0,320
3
0,638 + 0,646 + 0,633
𝑡2 = = 0,639
3
0,945 + 0,957 + 0,939
𝑡3 = = 0,947
3
1,254 + 1,272 + 1,246
𝑡4 = = 1,257
3

Tabela 2 – Tabela de Medida em Função do Tempo:

t(s) 0 0,320 0,639 0,947 1,257 1,257 X


X(m) 0,35 0,50 0,65 0,80 0,95 0,95 y

 Cálculo para determinar a escala:

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝐸= (𝐹ó𝑟𝑚𝑢𝑙𝑎)
𝐺𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎
22 𝑐𝑚 12 𝑐𝑚
𝐸𝑥 = = 17,50 𝐸𝑦 = = 12,63
1,257 0,95
0 × 17,50 = 0 0,35 × 12,63 = 4,42
0,320 × 17,50 = 5,6 0,50 × 12,63 = 6,31
0,639 × 17,50 = 11,18 0,65 × 12,63 = 8,20
0,947 × 17,50 = 16,57 0,80 × 12,63 = 10,10
1,257 × 17,50 = 21,99 0,90 × 12,63 = 11,99
0,2 × 17,50 = 3,5 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃1 ) 0,442 × 12,63 = 5,582 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃1 )
1,0 × 17,50 = 17,5 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃2 ) 0,8424 × 12,63 = 10,40 (𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑥 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑃2 )

 Cálculo para encontrar a e b:

∑ 𝑥𝑖 = 0 + 0,320 + 0,639 + 0,947 + 1,257 = 3,163


𝑖=1
𝑛

∑ 𝑦𝑖 = 0,35 + 0,50 + 0,65 + 0,80 + 0,95 = 3,25


𝑖=1
𝑛

∑ 𝑥𝑖𝑦𝑖 = 0 × 0,35 + 0,320 × 0,50 + 0,639 × 0,65 + 0,947 × 0,80 + 1,257 × 0,95
𝑖=1

= 2,527
𝑛

∑ 𝑥𝑖 2 = 02 + 0,3202 + 0,6392 + 0,9472 + 1,2572 = 2,987


𝑖=1
𝑛 𝑛

𝐷 = ∑ 𝑥𝑖 − (∑ 𝑥𝑖)2 → 𝐷 = 5 × 2,987 − (3,163)2 → 𝐷 = 4,930


2

𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛
1 1
𝑎 = (∑ 𝑥𝑖𝑦𝑖 − ( ∑ 𝑦𝑖 ) ∑ 𝑥𝑖 ) → 𝑎 = (5 × 2,527 − 3,25 × 3,163) = 0,477
𝐷 4,930
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
1 1
𝑏 = (∑ 𝑦𝑖) ∑ 𝑥𝑖 2 − (∑ 𝑥𝑖𝑦𝑖 ) ∑ 𝑥𝑖) → 𝑏 = (3,25 × 2,527 × 3,163)
𝐷 4,930
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

= 0,347

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 → 𝑦 = 0,477𝑥 + 0,347
𝑝/𝑥 = 0,2 → 𝑦 = 0,442
𝑝/𝑥 = 1,0 → 𝑦 = 0,824
Tabela 2 - Resultado

Nº do Sensor Xo(m) X(m) ∆X(m) t(s) V(m/s)


1 0,35 0,50 0,15 0,320
2 0,35 0,65 0,30 0,639
3 0,35 0,80 0,45 0,947
4 0,35 0,95 0,60 1,257
Média

 Questões Propostas:
1. Gráfico da função 𝑥 = 𝑓(𝑡);
2. Determine o coeficiente angular da (m) do gráfico 𝑥 = 𝑓(𝑡)

𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
∆𝑦 0,79 − 0,43
𝑚= = = 0,18
∆𝑥 2,5 − 0,5

3. Qual o significado físico do coeficiente angular de gráfico 𝑥 = 𝑓(𝑡)

A inclinação da reta, também chamada de coeficiente angular é igual à tangente


trigonométrica do ângulo, logo a
∆𝑥
𝑚 = tan 𝑎 = .
∆𝑡
Portanto, podemos constatar que a velocidade é igual ao próprio coeficiente angular.

4. Obter a função horária do móvel


5. Conclusão

Concluímos que no movimento retilíneo e uniforme a única variação em função do tempo


ocorre com a posição do corpo. Que esse movimento pode ser dividido em retrógrado ou
progressivo, onde no progressivo o corpo movimenta-se no sentido de orientação da trajetória, e
no retrógrado em sentido contrário.
Entendemos que o coeficiente angular possui relação com a inclinação da reta e com a
velocidade escalar, devido o coeficiente angular ser igual s tangente do ângulo, onde, o mesmo
é igual a taxa de variação entre o espaço em função do tempo percorrido pelo móvel.

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