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Mfc

A medicina da família e da comunidade é uma especialidade médica pautada em princípios da


APS(atenção primaria em saúde) que visa otimizar recursos e serviços em saúde. Essa
especialidade surgiu para suprir as carências da população em níveis primários em saúde e, a
principio, foi marginalizada das outras disciplinas. Entretanto, devido a uma maior demanda de
casos em que somente a prevenção e a orientação são necessárias, a MFC é uma alternativa
bastante viável em meio a um sistema em que os recursos precisam ser gerenciados com
destreza.

Os médicos da família e da comunidade não são comprometidos com conhecimentos


bastantes técnicos, no entanto são os mais indicados a atender em unidades que abrangem
regiões onde a população necessita de cuidados contínuos. Por isso, esses profissionais são
fieis ao bem estar da pessoa, e não se prendem a técnicas especiais que demandam muitos
gastos. O médico, assim, é responsável pela avaliação inicial e, se necessário, encaminha o
paciente ao especialista que pode trazer um melhor prognostico para a pessoa. Dessa forma,
ele é fundamental na coordenação e continuidade do atendimento. O problema não se
encerra na doença, mas, ao contrario, o médico da família estabelece um vinculo com cada
pessoa de sua região, assim o comprometimento e a continuidade do atendimento asseguram
mais conforto e segurança para a saúde populacional.

Por isso, o relacionamento medico-paciente é reforçada nesse sistema proposto pela MFC,
procurando reforçar o interesse de cada um por sua saúde. Outro ponto necessário aos
profissionais da MFC é entender que muitas experiencias com a doença não podem ser
completamente entendidas a não ser que sejam observadas em seu contexto pessoal, familiar
e social. A falta dessa visão pode acarretar a uma visão superficial do problema, induzindo o
profissional a um tratamento pouco eficaz. As vezes, é necessário encaminhar pacientes a
locais onde se tratam enfermidades de ordem psíquica. A cada atendimento, o médico de
família e comunidade vê a oportunidade de prevenção de doenças e promoção de saúde, visto
que os encontros são frequentes, assim podendo por em pratica a medicina preventiva. É
importante, ademais, que o medico da família e comunidade veja as pessoas que pertencem a
uma população de risco, ou seja, que visualize uma possível pessoa que não se vacina, ou que
esteja em uma população de risco para aquisição de DSTs, ou que não realiza medição de
pressão arterial, assim como deve monitorar as que seguem essas revisões regularmente. Para
facilitar a atuação dos profissionais da MFC é necessário que haja a coordenação destes em
uma espécie de rede comunitária que atue de forma integrada, para evitar que se trabalhe de
forma isolada, possibilitando uma visão abrangente das mazelas da população de sua região.
Como medida para reforçar a atuação do medico, é preciso que as visitas à população sejam
frequentes, assim este toma conhecimento do modo de vida e da situação de muitos de seus
pacientes. Isso reforça um dos pilares dessa especialidade médica, que é a continuidade do
atendimento no ambiente domiciliar. Esse pilar é fundamental em muitos casos, pois muitos
enfermos não podem se deslocar de suas casas ao posto de saúde, assim, geralmente, deixam
de acompanhar o progresso da patologia. Além disso, o hospital pode ser perigoso para essas
pessoas, pois elas podem adquirir algum agente infeccioso ou transmitir o seu. E, nesses casos,
a imunidade não ajuda no combate a novas doenças. É notável que, além dessa atribuições, o
médico da família e da comunidade é um gerenciador de recursos, pois ele que faz
encaminhamentos, prescrições a tratamentos, pedidos de exames, além de hospitalizações.
Em suma, ele deve administrar os poucos recursos da melhor forma possível, beneficiando a
todos. Essa especialidade demanda que o profissional seja atento aos detalhes, levando em
consideração a dor da pessoa para conciliar a capacidade de ver o universal no particular. Por
isso a MFC define-se em termos de relacionamento. Dito isso, o médico, assim, está
comprometido com a prevenção de doenças e promoção de saúde, considerando todas as
adversidades que podem estar embutidas no contexto pessoal, como estilo de vida e
particularidades. Os benefícios dessa relação estreita entre medico e paciente está centrada
no comprometimento de ambos no objetivo principal que é a qualidade de vida. Assim, tem-se
as vantagens de deixar as consultas com um único clinico geral: coordenação do atendimento,
familiaridade e abertura no relacionamento terapêutico, e a oportunidade de monitorar o
tratamento e a concordância mutua sobre o manejo. Isso se reflete na forma como o
atendimento se desenvolve, dando pessoalidade na organização do serviço de saúde. Por
exemplo, a recepção do hospital pode se esforçar para agendar as consultas de cada um com o
médico de sua preferencia. Essa ideia de continuidade está pautada no conceito de que os
médicos não podem substituir uns aos outros como peças intercambiáveis de uma máquina.
Além disso, esse conhecimento prévio do médico, segundo pesquisas, reduz o tempo da
consulta em 40%, associado a menos exames, mais uso de manejo conservador, menos
prescrições, mais uso de atestados e mais encaminhamentos. Deve- se equilibrar a quantidade
de médicos generalistas e especialistas, pois, assim, há a complementação do conhecimento
de ambos. Por exemplo, o médico generalista é, por natureza, um conhecedor de quase todas
enfermidades que acometem a população. Já o especialista é conhecedor de variações raras
da doença, assim como é capacitado a fazer as melhores técnicas para curar essas doenças.
Portanto, não se pode hipervalorizar o especialista em detrimento do generalista, visto que o
serviço de saúde não funciona sem a atuação desses profissionais.

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