Colégio ADV – Unidade BOTUCATU
Resumo de aula / Geografia / Prof. Eduardo
Nome: ............................................................................. Turma: ..................... Data: ..... .... / ....... / ........
O QUE É SOLO e sua FORMAÇÃO
É a camada mais superficial e fina da crosta
terrestre, com espessura que varia de
centímetros até no máximo alguns metros.
É um recurso natural dentre os
importantes para o ser humano.
Os solos tem uma lenta formação, podendo
chegar a milhares de anos, e se originam pela
decomposição das rochas que formam a superfície
terrestre. Essa decomposição é feita pela ação do
intemperismo (químico – físico – biológico) , chuvas, rios,
animais, ventos.
No entanto, para a agronomia, esse conceito
não é suficiente, pois ela considera que o solo
precisa, entre muitos outros fatores, possuir vida, isto
é, vida microbiana ou microorganismos, pois as plantas
precisam de matéria orgânica (húmus). E quem produz
a matéria orgânica no solo são os microorganismos
que aí existem.
O tempo de formação do solo é determinado
pela rapidez com que a rocha mater ou matriz (rocha
mãe – ainda não alterada) é intemperizada. De início, ela é
desgastada, formando o regolito (ou seja, material
desagregado que repousa diretamente sobre a rocha mater sem ter
sofrido transporte pelas chuvas, ventos, rios, ...). No decorrer do
tempo, vai evoluindo para solo propriamente.
Horizontes do solo: são as camadas diferentes entre
si que se sucedem em profundidade, de cima para
baixo. São eles que definem o perfil do solo. Cada
horizonte possui cor, composição mineralógica e
textura próprias
CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS:
Dentre as várias características dos solos,
destacam-se 3: PROFUNIDADE – TEXTURA – FERTILIDADE.
a) PROFUNDIDADE -- podem ser classificados em:
S OLO PR OFUND IDADE
RASO Menor ou igual a 50 cm
POUCO PROFUNDO Maior que 50 cm e menor que 100 cm
PROFUNDO Maior que 100 cm e menor que 200 cm
MUITO PROFUNDO Maior que 200 cm
b) TEXTURA – em geral, podem ter textura arenosa
ou argilosa, dependendo do teor ou proporção de
argila e areia.
A dominância de um ou de outro no solo é que
determina sua porosidade ou permeabilidade (
capacidade de absorção de água e oxigênio ) . Regra geral,
dentre outros fatores:
SOLOS
 SOLOS ARENOSOS ► maior permeabilidade
(menor capacidade para retenção de água e nutrientes)
 SOLOS ARGILOSOS ► menor permeabilidade
( maior capacidade para retenção de água e nutrientes)
alguns
mais c) FERTILIDADE – refere-se a disponibilidade de
elementos nutritivos num solo, que possibilita ou não
um bom desenvolvimento dos vegetais.
Entretanto, para uma boa colheita, não basta que o solo seja
fértil. Isso dependerá de uma conjugação de fatores: boa
drenagem, regime de chuvas, topografia e principalmente o
seu manejo pelo homem.
ALGUNS TIPOS DE SOLOS FÉRTEIS
No mundo
 TCHERNOZION – na Ucrânia, Rússia. Ou “terra
negra”. Um dos solos mais férteis do mundo, formado
pela decomposição da vegetação de estepes.
 LOESS – na China. Solo de coloração amarela. Existe
no vale do rio Amarelo (Huang Ho). Formado pela
acumulação eólica (vento).
No Brasil
 TERRA ROXA – solo de coloração avermelhada,
argiloso, formado pela decomposição de rochas
basálticas (vulcânicas). Encontrado sobretudo no
Planalto Meridional, na Bacia Sedimentar Paranaica
(estados de SP, PR, ...)
 MASSAPÊ – é um solo encontrado principalmente no
litoral nordestino constituído a partir da decomposição
de rochas com características minerais de gnaisses de
tonalidade escura, calcários entre outros.
 ALUVIAIS: é um tipo de solo formado em decorrência
da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é
possível de ser encontrado em diversos pontos do país.
PROBLEMAS DO SOLO
a) LIXIVIAÇÃO: é a “lavagem” dos solos. Este processo
ocorre nas regiões de climas tropicais úmidos (por exemplo,
nas regiões equatoriais), quando as chuvas intensas “lavam”
o solo de cima para baixo e, com a infiltração da água, esta
leva em profundidade os nutrientes do solo, deixando nos
horizontes superiores baixa quantidade de nutrientes. No
Brasil, este problema ocorre na Amazônia.
b) LATERIZAÇÃO: processo característico das regiões
intertropicais de clima com duas estações bem definidas:
uma seca e outra chuvosa (clima tropical típico). No período
de chuva, a água infiltra-se no solo; no período de seca, esse
solo passa por um “ressecamento”, pois a água nele contida
é evaporada, e eleva-se até a superfície óxidos de ferro e
alumínio, formando uma crosta dura e ferruginosa. No
Brasil, este tipo de solo aparece nos Chapadões do Brasil
Central e da Amazônia. Popularmente é conhecido como
“canga”. Essa crosta ferruginosa é capaz de impedir ou
dificultar a prática agrícola.
c) SALINIZAÇÃO: é um fenômeno crescente em todo o TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO E/OU USO
mundo e ocorre com maior intensidade nas regiões de
climas áridos e semi-áridos. RACIONAL DOS SOLOS
Uma das causas principais relaciona-se com ações
do homem ao realizar a agricultura irrigada. Por ser uma área
com alto grau de evaporação, a água do solo então evapora, a) CURVAS DE NIVEL: é um sistema de cultivo, seguindo
acumulando sais no solo que não são dissolvidos. Este as cotas altimétricas do terreno. As curvas ajudam reter
problema afeta negativamente o desenvolvimento das nutrientes e outros elementos do solo, permitindo a
plantas e, em caso extremo, leva a morte. intensificação da produção. A água das chuvas, ao encontrar
No Brasil, estima-se que cerca de 30% das áreas as curvas, não escorre e se infiltra no solo, deixando-o úmido
irrigadas por projetos públicos no sertão nordestino e evitando a erosão e a lixiviação.
apresentam problemas de salinização. Podem-se recuperar
os solos, mas os custos são elevados.
Técnicas de irrigação:
 Por inundação;
 Por aspersão;
 Por gotejamento.

d) DESERTIFICAÇÃO: Desertificação é o fenômeno

de transformação de terras com potencial produtivo em
terras inférteis.
Dentre as causas principais encontra-se o uso
intensivo e inadequado do solo em regiões de
ecossistemas frágeis com baixa capacidade de
recuperação resultando na salinização de solos pela
irrigação mal planejada. O sobre-pastoreio (excesso de
gado) , o desmatamento, o esgotamento do solo e dos
recursos hídricos e o manejo inadequado na
agropecuária são outros fatores que agravam o
problema.
No mundo, a desertificação é rápida.
No Brasil, algumas áreas pontuais no sertão
nordestino e no sul do Rio Grande do Sul, onde está
ocorrendo uma arenização (formação de areais que limitam
ou impedem a prática agrícola – porém, o clima continua a ser
úmido)
e) EROSÃO / DESGASTE: este problema tem muito a ver
com a ação antrópica, pois se um solo for manejado
incorretamente, os agentes externos como chuvas e ventos
podem agir mais intensamente e comprometer a capacidade
de produção do solo. erosões provocadas pelas enxurradas
são chamadas de ravinas que, quando se tornam de grandes
proporções, com imensos “buracos”, são chamadas de
voçorocas.
f) ESGOTAMENTO: ocorre pelo uso intensivo dos solos,
normalmente em áreas de monocultura, pois o excesso
daquela produção esgota os nutrientes naturais nele
contidos.
g) CONTAMINAÇÃO: Pode ser por LIXO,
FERTILIZANTES. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS (agrotóxicos).
É importante ressaltar que não apenas o solo é prejudicado
pelo uso incorreto, mas também o lençol freático, os rios, os
seres vivos, ...
h) COMPACTAÇÃO: ocorre quando o solo perde sua
porosidade através do adensamento de suas
partículas. Na agricultura, a compactação do solo se
dá pela influência de máquinas agrícolas, como
também pelo pisoteio de animais, como o gado.
Consequências negativas: problema no
desenvolvimento das raízes, baixa infiltração e
armazenagem de água.
b) TERRACEAMENTO: é uma técnica agrícola utilizada
em terrenos muito inclinados, onde as curvas de nível não
seriam suficientes. Os terraços são nivelados parecendo-se
como “degraus”. Comuns em algumas regiões do sul da
Ásia.
c) ROTAÇÃO DE CULTURAS: é uma técnica agrícola de
conservação que visa diminuir a exaustão do solo. Isto é feito
trocando as culturas a cada novo plantio de forma que as
necessidades de adubação sejam diferentes a cada ciclo.
Consiste em alternar espécies vegetais, numa mesma área
agrícola. As espécies escolhidas devem ter, ao mesmo
tempo, propósitos comercial e de recuperação do solo
(“adubação verde”)
d) ADUBAÇÃO VERDE: é o nome dado à prática de
plantar leguminosas no solo com intenção de enriquecê-lo
nutricionalmente fixando nitrogênio no solo. A decomposição
destes restos orgânicos favorece o aumento da produção de
biomassa vegetal, protegem o solo contra a erosão, mantém
a umidade, dentre outras vantagens.
e) ADUBAÇÃO ORGÂNICA: é a utilização de resíduos
orgânicos, como restos de plantas e esterco de animais para
adubar o solo.
f) PLANTIO CONSORCIADO: é plantas duas ou mais
culturas juntas, desde que uma não atrapalhe o
desenvolvimento da outra. Entre as vantagens está um
melhor aproveitamento da terra e possibilidade de lucro,
assim como a possibilidade de melhorar a condição do solo.
É possível consorciar num cultivo perene (ex: café) alguns
cultivos temporários (Ex: feijão).
g) POUSIO / DESCANSO: é o descanso que se dá a uma
terra de cultura, durante um ou mais anos, para recuperação
da fertilidade.
h) etc...