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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
TEORIA DO CRIME
1. Sistemas Penais
2. Fato Típico
TEORIA DO CRIME
1.4. Sistema Funcionalista: Teoria da Imputação Objetiva + Teoria Funcionalista da Culpabilidade. O foco
está na função do Direito Penal. Visa segurança jurídica e observa conceitos pré-jurídicos.
Problema: cada funcionalista possui uma ideia/conceito diferente sobre a função do Direito Penal.
3ª camada: dentro de fato típico está inserida a conduta, dolosa ou culposa, e a tipicidade + a
imputação objetiva. A responsabilidade se dará com a soma da culpabilidade + satisfação de
necessidades preventivas;
Para o juiz, a aplicação da pena não observará apenas a culpabilidade, mas também se a pena
cumpre sua necessidade preventiva;
Quando o fato revelar-se um irrelevante penal em face da desnecessidade da pena, o réu deve ser
absolvido (Teoria/Princípio da Bagatela Imprópria). Atenção aos casos de violência onde houve
posterior reconciliação;
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CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Jakobs: “funcionalismo sistêmico (radical)” - defende que há 02 modelos de direito penal – o
direito penal do cidadão e o direito penal do inimigo, sendo que o primeiro serve para garantir a
vigência da norma.
Direito penal do inimigo: atenção à lei 13.260/16 e CPM, art. 9º, p. único. NÃO há que se verificar a
existência ou inexistência do “direito penal do inimigo”, mas sim a constitucionalidade das normas
– HC 111840/STF:
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pela Lei nº 11.464/07, o qual determina que “[a] pena por crime
previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado“. Declaração incidental de inconstitucionalidade, com efeito
ex nunc , da obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início
do cumprimento de pena decorrente da condenação por crime
hediondo ou equiparado. ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos
estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária, sob a presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na
conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por
maioria de votos, em deferir a ordem e declarar, incidenter tantum ,
a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a
redação dada pela Lei nº 11.464/07, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 27 de junho de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
a. Elementos da conduta:
1) Exteriorização do pensamento (cogitationis poenam nemo patitur);
2) Consciência (atenção aos atos inconscientes: hipnose, sonambulismo);
3) Vontade: a conduta deverá ser voluntária. Atenção aos atos involuntários, que poderão ocorrer
em 02 situações: ato reflexo ou coação física irresistível (vis absoluta) (é diferente de coação
moral – não confundir);
4) Finalidade;
b. Teorias da conduta:
1) Teoria causal ou naturalista da ação: adotada pelo sistema clássico e neoclássico. Chamado de
causalismo. Ação era a inervação muscular, produzida por energias de um impulso cerebral que
provoca modificações no mundo exterior (Lizst);
2) Teoria finalista na ação: adotada pelo sistema finalista. Ação é a conduta humana consciente e
voluntária, dirigida a uma finalidade (é a adotada);
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3) Teoria social da ação: ação é conduta humana, dominada ou dominável pela vontade, movida à
uma finalidade social e relevante;
c. Crimes omissivos:
1) Espécies:
i. Omissivos próprios/puros: verbo nuclear descreve o verbo “não fazer”. Exemplo: art. 135,
244 e 319 do CP;
Características:
Tratam-se de crimes de mera conduta: o tipo penal só descreve a conduta, não citando
resultado;
Não admitem tentativa;
2) Teorias da omissão:
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ii. Teoria jurídica ou normativa da omissão: a omissão é um “nada” e não produz relações de
causalidade. O vínculo entre o resultado e uma omissão é de natureza jurídica/normativa,
portanto, não basta “poder”, é preciso também o “dever jurídico de agir para impedir o
resultado”;
Dever jurídico:
o Dever legal;
o Posição de garante;
o Ingerência da norma;
2.2. Tipicidade: relação de subsunção (tipicidade formal) entre o fato concreto e o tipo penal, soma à lesão
ou perigo de lesão ao bem jurídico (tipicidade material);
Tipicidade conglobante: (Zafaroni) a tipicidade penal deve ser resultado da tipicidade legal com a
tipicidade conglobante. Embute a ideia da tipicidade conglobante como um dos elementos que compõe
a tipicidade. Analisa-se como aquela conduta é tratada por norma extrapenal. Sustenta que o direito é
um todo unitário, e por isso o operador deve enxergar o ordenamento jurídico por inteiro, analisando-se,
portanto, uma conduta na esfera penal e também na esfera extrapenal.
Professor explica: “A tipicidade conglobante ocorrerá quando a conduta não for permitida ou incentivada
por norma extrapenal”. Para ilustrar, temos o exemplo do art. 23, II, CP – exercício regular de direito –
fato típico acobertado por excludente de ilicitude;
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