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a Rm w ^m da c im c m do d ir e it o no
PENSAMENTO
de m icm io HEmmoEZ g il
D i s s e r t a ç ã o a p r e s e n ta d a como
r e q u i s i t o p a r c i a l à o b te n ç ã o
do g r a u de M e s t r e . C u rs o de
P ó s-G ra d u a ç ã o em D i r e i t o .
C e n t r o de C i ê n c i a s J u r í d i c a s .
U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de S a n ta
C a ta rin a .
O r i e n t a d o r : P r o f . D r. L e o n e l
S e v e r o Rocha
1993
CE C ILIA CABALLERO LOIS
D i s s e r t a ç ã o a p ro v a d a como r e q u i s i t o p a r c i a l p a r a a o b t e n ç ã o
do g r a u de m e s tr e no C u r s o de P ó s-G ra d u a ç ã o em D i r e i t o da
U n i v e r s i d a d e F e d e r a l de S a n ta C a t a r i n a , p e l a Co m issão
formada p e l o s p r o f e s s o r e s :
O r i e n t a d o r : P r o f . D r. L e o n e l S e v e ro Rocha
C u r s o de P ó s -G ra d u a ç ã o em D i r e i t o ,
C C J, UFSC
P r o f . Msc. M a u r í c i o B a t i s t a B e r n i
C u rs o de P ó s-G ra d u a ç ã o em D i r e i t o ,
C C J , UFSC
P r o f . Msc. L u i z E r n a n i B. de A r a ú j o
C u r s o de P ó s-G ra d u a ç ã o em D i r e i t o ,
C C J, UFSC
C o o rd en a d o r do CPGD-UFSC: P ro f. D r. L e o n e l S e v e r o Rocha
(A I d é i a , A u g u s to dos A n j o s )
A meus p a i s ,
Carmen e J o s é .
AGRADECIMENTOS
E s t e t r a b a l h o é r e s u l t a d o do a p o i o e da p r e s e n ç a
muito especial de v á rias pessoas:
V
K á tia F o lc h in i Cesca, pelo seu empenho e
colaboração inestimável na d i g i t a ç ã o .
CAPÍTULO I
AS PREOCUPAÇÕES METODOLÓGICAS: CONCEPÇÕES FUNDAMENTAIS
NO DIREITO"
1.2. 0 M é t o d o N o r m a t i v i s t a / P o s í t i v i s t a / D o g m á t i c o ....... .. 2 3
1.2.1. S a v i g n y e a E s c o l a H i s t ó r i c a ......................... .. 2 3
1.2.2. J h e r i n g e a J u r i s p r u d ê n c i a d o s C o n c e i t o s ........ .. 2 7
1.2.3. K e l s e n e o N e o p o s i t i v i s m o ................................ 3 0
1.2.4. A P o s i ç ã o d e G i l ......................................... .. 3 6
1 . 3 . O M é t o d o S o c i o l ó g i c o ............ ......................... .. 3 8
1 . 3 . 1 . 0 S o c i o l o g i s m o J u r í d i c o ..... ............................ 3 8
1 . 3 . 2 . A R e v i s ã o C r i t i c a d o S o c i o l o g i s m o p o r A H G ....... .. 4 2
CAPÍTULO I I
"AS PREOCUPAÇÕES EPISTEMOLÓGICAS: A CIÊNCIA JURÍDICA
TRADICIONAL"
v ii
CAPÍTULO I I I
"ESTRUTURALISMO E DIREITO"
3.1. C o n s i d e r a ç õ e s G e r a i s ....................................... .. 7 1
3.2. S a u s s u r e ............. .............................. ............ 73
3.3. C l a u d e L é v i - S t r a u s s ................ . ............. ........... 8 2
3.4. C o n c e i t o d e E s t r u t u r a e E s t r u t u r a l i s m o .............. 89
3.5. E s t r u t u r a l i s m o J u r í d i c o ......................... ........... 9 3
3.6. A p l i c a ç ã o d o M é t o d o E s t r u t u r a l a o D i r e i t o ........ ... 9 5
vi i i
RESUMO
El p r e s e n t e t r a b a j o t i e n e p o r o b j e t o a n a l i s a r la
t e o r i a j u r í d i c a de A n t o n i o H e r n á n d e z Gil a p a r t i r d e una
(re)lectura de varios autores de este campo dei saber
j u r í d i c o , a s í c o m o d e la s e m i o l o g i a y d e i e s t r u c t u r a l i s m o .
Tal m é t o d o d e r i v a dei h e c h o d e G i l r e a l i z a r un a b o r d a j e d e i
derecho a partir de dos perspectivas distintas:
metodológicas y epistemológicas, con vista a la
t r a . n s f o r m a c i ó n d e la c i ê n c i a j u r í d i c a y la b ú s q u e d a d e la
especificidad dei derecho. Para ello, él realiza una
r e t r o s p e c t i v a de las c o n c e p c i o n e s f u n d a m e n t a l e s dei d e r e c h o
(j u s n a t u r a l i s m o , positivismo y sociologismo). En este
m o m e n t o , a u n q u e G i l d e c l a r e s u o p c i ó n p o r el s o c i o l o g i s m o ,
q u e d a c l a r o q u e el m é t o d o q u e c o n s i d e r a p r i m o r d i a l e s el
j u s n a t u r a l i s m o , p u e s e s s ó l o é s t e q u e r e s a l t a el c o n t e n i d o
d e i d e r e c h o , s e p r e o c u p a c o n la j u s t i c i a y la f i l o s o f i a d e i
d e r e c h o . E n e l c a p í t u l o II r e a l i z a m o s u n a b o r d a j e d e l o s
c o n c e p t o s f u n d a m e n t a l e s e n la o b r a d e A n t o n i o H e r n á n d e z G i l .
Destacamos su concepto de realización dei derecho, de
c i ê n c i a j u r í d i c a y s u s p r e o c u p a c i o n e s c o n el e s t a d o a c t u a l
d e la m i s m a , a s í c o m o la i d e a d e i a u t o r d e t r a n s f o r m a r l a d e
f o r m a u r g e n t e . El c a p í t u l o I I I p r e s e n t a , i n i c i a l m e n t e , l a s
ideas de S a u s s u r e y L é v i - S t r a u s s , porque, r e p r e s e n t a n p a r a
G i l la m a t r i z d e i e s t r u c t u r a l i s m o , q u e s e r a la p r o p u e s t a
transformadora de la ciência jurídica; los conceptos
f u n d a m e n t a l e s y f i n a l m e n t e c ó m o s e r i a c o n s t r u í d a la c i ê n c i a
jurídica estructural. En las consideracíones finales
o f r e c e r n o s a l g u n o s c o m e n t á r i o s c r í t i c o s s o b r e la o b r a d e G i l ,
c u e s t i o n e s que permenecen a b i e r t a s y pueden ser discutidas.
x
INTRODUÇÃO
que o d i r e i t o é a p e n a s um “i n s t r u m e n t o da p o l í t i c a “. (1)
referido autor.
1
história ocidental, sendo ofuscada, assim, sua
especificidade.
fundamentalmente, a os p ro b le m as m e t o d o l ó g ic o s e
2
A presente dissertação não pretende esgotar todas
as p o s s i b i l i d a d e s de t r a b a l h o na o b r a d e Gil. Desenvolvendo-
T r a n s fo r m a c ió n (05 ).
e le p ró p rio e x p l i c i t a , d iv id e -s e em t r ê s e t a p a s d i s t i n t a s . O
3
interessavam seus métodos. Advogado militante, naquele
jurídica- e nos s e u s p r o b l e m a s e p i s t e m o l ó g i c o s e n q u a n t o s a b e r
0 capítulo I - As p re o c u p a ç õ e s m e t o d o ló g i c a s e os
métodos da C i ê n c i a do D i r e i t o - ( as c o n c e p ç õ e s fundamentais
desenvolvida.
j u r íd ic a . Assim, Gil a b a n d o n a os p r o b l e m a s de m e t o d o l o g i a da
c o n h e c im e n to da c i ê n c i a j u r í d i c a .
5
■ Desenvolve-se, assim, uma análise da c o n c e p ç ã o de Gil sobre
a jurisprudência atual.
uma c i ê n c i a e s t r u t u r a l do direito, e I n t r o d u c c i ó n al E s t ú d i o
sua proposta.
m e t o d o ló g i c a da c i ê n c i a ju ríd ic a .
6
Epistemoloqicos de Ia Cíencia Jundica e Metodologia de la
s e r á d e m o n s tra r o c a r á t e r in ic ia l e a b e r t o do n o ss o tra b a lh o
Contemporânea.
7
significativos desta cultura que permitam esclarecer o
p e n s a m e n t o de Gil.
(r e ) d e m o c r a t i z a ç ã o do p a í s a p a r t i r de 1975.
seus argumentos.
Os “
h is p a n iz a n te s " tê m como re fe re n c ia l M ig u e l de
8
filosófica e política da Europa, para tornar o pais uma
O rt e g a y G a s s e t.
i n í c i o d o s a n o s 70.
9
'éstes influyen la creencia jusnaturalista y el derecho
Espanhola.
10
Francisco Suarez e do tomismo na forma dele conceber o
Espanha. E l e é um d o s j u r i s t a s m a i s a t i v o s p a r a a c o n s e c u ç ã o
da c o n s t i t u i ç ã o da d e m o c r a c i a e s p a n h o l a . As p o l ê m i c a s c o m os
tanto tempo, da d i s c u s s ã o a c a d ê m i c a na E s p a n h a .
jurídica contemporânea na E s p a n h a .
será a b r e v i a d o p a r a AHG.
11
NOTAS
1991. P. 08.
1 2 9 p.
1 3 0 p.
1991. p. 143.
12
(07) Mora, J o s é Fer r a t e r de . Ortega y G a s s e t . Barcelona.
13
C A P Í T U L O I
14
C a p ítu lo I
1 .1 . O Método J u s n a t u r a l i s t a
1 .1 .1 . O Ju s n a tu ra lis m o E s c o lá s t ic o
irnpõe à h u m a n i d a d e .
15
j usnatural i s t a , justo, não pode ser considerado como tal.
toda r e v o l u ç ã o q u e se v o l t e c o n t r a a injustiça.
legislador" ( 02 ).
16
imutabilidade e universalidade, unir a esta concepção
as c a r a c t e r í s t i c a s já referidas.
1 .1 .2 . O Ju s n a tu ra lis m o R a c io n a lis t a
17
desenvolvendo-sé a partir daí, durante todo o séc. XVII. 0
ju ríd ic o que se d e s e n v o l v e u na A l e m a n h a .
18
intransponível, não há dúvida de que uns pertencem
os o u t r o s p e r t e n c e m à q u e l a s d o u t r i n a s p o l í t i c a s " . (05 )
critério v a l o r a t i v o do direito.
19
para garantir a felicidade e punir os comportamentos
materialidade.
No j u s n a t u r a l i s m o racionalista há a c o n v i v ê n c i a d e
longe do Estado ou no e s t a d o de n a t u r e z a . -0 D i r e i t o P o s i t i v o
Natural.
1 .1 .3 . AHG e o J u s n a t u r a l i s m o
20
Para este autor, na fase acritica de seu
c r i t é r i o s de justiça.
21
Por tudo is t o , e ainda, pelo fato de ser um
direito.
filosofia y en la c i ê n c i a d e i derecho". (0 8 )
22
1 .2 . O Método Norma t i v i s t a / P o s i t i v i s ta/Dogmát i c o
1 .2 .1 . S a v ig n y e a E s c o la H is tó ric a
sentido.
para existir.
23
determinada lei, sancionando, legitimamente, através de
lógica". ( 09 )
24
Karl Larenz, no s e u livro "Metodologia da Ciência
D i r e i t o “. ( 10 )
25
deve o jurista identificar e deduzir suas regras de
interpretação da lei.
A HG c o nsidera i n e g á v e i s as c o n t r i b u i ç õ e s da e s c o l a
d ire ito .
26
Critica, tambem, a escola, porque não reconhece que as
não reno v a d o .
1 .2 .2 . J h e rin g e a J u r is p r u d ê n c ia dos C o n c e i t o s
27
unitário e coerente, aceitando o estabelecido pelo
s e e n t r e s i, formando um sistema.
construção conceituai.
Jh e rin g fo rm u la s e u s m étod os .
28
Para Jhering, "Toda la tarea de la técnica
direito".
a p ro x im aç ã o d as c i ê n c i a s j u r í d i c a s às c i ê n c i a s n a tu r a is .
29
Para Gil, o maior problema de Jhering consiste no
1 .2 .3 . K e lse n e o N e o p o s itiv is m o J u r í d i c o
30
legalista dominante na t r a d i ç ã o jurídica (que c o n f u n d e lei e
( 17 )
campos do conhecimento.
31
Kelsen não r e p r e s e n t a , exatamente* uma r u p t u r a com
Assim diz Kelsen: "Quer isto dizer que ela pretende liberar
seja, não se importa com o que ele regula, mas como ele
32
Para atingir seu ideal d e Jpurezar; ^ I S f e o r ia P u r a d o
devei — s e r .
s e n tid o o b j e t iv o de um a t o de v o n t a d e " , ou s e j a , e la d o t a de
33
interpretação específica, a saber, de uma interpretação
normativa". (19 )
d i f e r e n t e da mor a l , p o is possui um s is t e m a de c o e r ç ã o s o c i a l
34
A última consideração que nos interessa fazer
35
"pensa" o direito, senão que o constrói a partir de juízos
p r e t e n d e n d o e x p l i c a r os f e n ô m e n o s s o c i a i s de forma natural e
la c i ê n c i a " . (20 ) .
1 .2 .4 . A P o s i ç ã o de G i l
/ •
36
no p u e d e prescindir de unos principios fundamentales que no
pero i m p r i m e d i r e c c i o n e s ". ( 22 )
s o c ia l.
37
O professor espanhol atribui ao direito uma
i n t e r e s e s e n el c o n c r e t o de. la v i d a social". ( 23 )
1 .3 . Método S o c i o l ó g i c o
1 .3 .1 . O S o cio lo g is m o J u r í d i c o
38
pelo positivismo dos fatos. Entende que mais importante do
magistratura". ( 24 )
39
Aurélio Wander Bastos (25 ) aponta Léon Duguit
de uma s o c i e d a d e s o l i d á r i a e justa.
n o r m a t i v i z a m as regras normativas.
40
Karl Larenz aponta para a importância de Ehrlich, dizendo
p o s t u l a d o s c i e n t í f i c o s puros.
( 27 )
41
AHG encerra suas idéias sobre Ehrlich, dizendo:
significaciones. E h r l i c h c o n s i d e r a al d e r e c h o d e la s o c i e d a d
ser"- (28 )
1 .3 .2 . R e visã o C r í t i c a do S o c i o l o g i s m o # p o r AHG
importância chave, na m e d i d a e m q u e s e c o n s t i t u i na p r i m e i r a
do sociologismo jurídico.
42
Gil náo nega que os fatos sociais são a melhor
co n s id e ra ç õ e s e fe tu ad a s p o r um método j u r í d i c o com c o n te ú d o
especulación fil os ó f i c a o de e x p l i c a c i ó n c i e n t í f i c a c o m p l e t a
43
c o n v i v i r con ellas en recíproca comunicación e i n t e g r a c i ó n ".
(29 )
44
NOTAS
(05) B 0 B B I 0 , N o r b e r t o . S o c ie d a d e e E s ta d o na F i l o s o f i a
( 0 8) G I L , op. cit. p. 6 7.
45
(10) L A R E N Z , Karl. M e to d o lo g ia d a C i ê n c i a do D i r e i t o . Trad.
1983. p. 10.
(1 3 ) G I L , o p . c i t . p . 134.
46
(.18) K E L S E N , Hans. T e o ria Pura do D i r e i t o . 4 ã e d. Tradução
P.. 1 7 ..
47
C A P Í T U L O II
48
C a p ítu lo II
2 .1 . A R e v is ã o da C i ê n c i a J u ríd ic a
49
descaso com que è tratado pelo saber científico. Começa,
n e s t e momento, sua e t a p a c r i t i c a .
renovação.
ciências sociais.
50
certa admiração, o exemplo da lingüística e da a n t r o p o l o g i a ,
enormes avanços no c a m p o e p i s t e m o l ó g i c o _
entregues à crítica.
teoria da argumentação.
51
I n s a tis fe ito s são aqueles que, tanto se recusam a
di r e i t o _
c iê n c ia ju ríd ic a e e n c o n t r a r a e s p e c i f i c i d a d e do d i r e i t o e a
c o n c e p ç õ e s ou e s c o l a s j u r í d i c a s não conseguem r e s o l v e r .
2 .2 . C o n c e i t o de D i r e i t o
52
"E n n i n g u n a o c a s i ó n , a l o l a r g o d e mi vida, p o r mi
propia iniciativa, me he d e c i d i d o a e n f r e n t a r m e , en t é r m i n o s
Derecho y hacemos c u e s t i ó n de c u a n t o en él s e e n c i e r r a y de
èl m i s m o - No obstante, he s o l i d o s e n t i r c o m o una r e s i s t e n c i a
incluso he i n c u r r i d o e n g e n e r a l i z a c i o n e s . L o q u e no he hecho
p o r el q u i d i u s ". (0 2 )
53
ü i 1, resalatar estas características de modo a delinear o
incompleto). ( 04 )
sociais.
54
estrito normativismo analítico, ao qual prende-se o conceito
de N o r b e r t o B o b b i o .
jurídico". (0 5)
de la p a z " . (06)
( 07 )
55
As p r e o c upações s o c i a i s de A HG f a z e m c o m que, para
p a ra Gil, s i n ô n i m o da a p l i c a ç ã o j u r i s d i c i o n a l . Ao contrário,
Derecho en la o p e r a t i v i d a d s o c i a l que no s i e m p r e se c a n a l i s a
pessoas e as re la ç õ e s de c o n v i v ê n c i a , às q u a i s d a rã o o rig e m
p ró p rio d i r e i t o se r e a liz a rá .
56
d i r e i to/ lin g u a g e m . D iz AHG: "Las normas jurídicas no
2 .3 . A C iê n c ia Ju ríd ic a T ra d ic io n a l
2 .3 .1 . C o n s id e ra ç õ e s G e r a is
d o g m á tic a .
57
Dogmática, enquanto vocábulo, liga-se ao sentido
mediante ia c o n s t r u c c i ó n j u r í d i c a " . ( 1 1)
58
sino por el a c a t a m ie n t o in v a ria b le de un derecho que
59
Isto ocorre, porque o direito em si não enuncia
60
AHG apresenta "três" características fundamentais
da d o g m á t i c a jurídica:
litígios. Segundo Gil, isto faz com que ela tenha como
reflexão teórica, d e c o r r e n t e da n e c e s s i d a d e da a p l i c a ç ã o .
en qu a nto método j u r í d i c o .
61
prescrições valorativas, que impõem condicionamentos à suas
objetividades cientificas.
2 .3 .3 . O Problema do O b j e t o
un c o n j u n t o d e r e g i a s de c o m p o r ta m ie n to " . ( 16 )
r ig o r o s a m e n t e , o o b j e t o de e s t u d o .
62
0 segundo momento consiste na in te rp re ta ç ã o . É
n o r m a t iv a .
atributos:
63
total interlocución jurista/norma, (_..). esto quiere decir
interpretadas las n o r m a s o s c u r a s c a r e c e d e j u s t i f i c a c i ó n - No
c o n o cim ie n to .
i n c o r p o r a r o n el h i s t ó r i c o y el s i s t e m á t i c o .
individualizada.
64
ju ríd ic o , c a te g o ria e s p e c ífic a u tiliz a d a p e la d o g m á t ic a
ju ríd ic a , p ara d e s i g n a r o d i r e i t o em s eu c o n j u n t o .
operacionais as normas j u r í d i c a s , os c o n c e it o s , as re la ç õ e s ,
Jhering.
65
Para Savigny, no siste m a , há o p r i m a d o d a h a r m o n i a
do sistema.
66
NOTAS
(0 2 ) G I L , C o n c e p t o s . p. 11.
(0 3 ) B 0 6 B I 0 , Norberto. T e o r ia do Ordenamento J u r í d i c o _
leitura completa da ob r a c i t a d a .
(0 5 j G I L , Conceptos. p. 33.
(0 8 ) G I L , Conceptos. p. 33.
67
(1 6 ) B O B B I O , Norberto. C i ê n c i a dei Oerecho y Analisis dei
tradicional 9ou d o g m á t i c a ) de j u r i s p r u d ê n c i a .
( 1 7) Gil não p r o b l e m a t i z a a q u e s t ã o s o b r e as f o n t e s do
ordenamento jurídico.
1inguagem:
a) P u r i f i c a ç ã o da linguagem;
b) A i n t e g r a ç ã o , e;
c) A o r d e n a ç ã o .
socialmente a r r a i g a d a s e a r t i c u l a d a s que d o t a m de
s e n t i d o e c o n d i c i o n a m a o r d e n a ç ã o j u r í d i c a e; as
jurídica.
68
preocupado em separar o conceito de sistema no direito
(objeto) nem na C i ê n c i a J u r í d i c a .
69
C fit P í TU LO III
ESTRUTURALISMO E DIREITO
70
C a p ítu lo III
E s tru tu ra lis m o e D i r e i t o
3 .1 . C o n sid e ra çõ e s G e r a is
ju ríd ic a e s tru tu ra l.
da moda, uma t r i v i a l i d a d e .
ofrece um c a m p o de c u e s t i o n e s y um m o d o de o p e r a r d i g n o s de
71
serio y riguroso que, remontándose a Saussure se ha
72
linguagem, a crise da gramática tradicional e a preocupação
estruturaiismo lingüístico.
linguagem.
3 .2 . F e r d i n a n d de S a u s s u re
73
Universidade de Genebra, durante os anos de 1906 a 1911.
definir-se a si p r ó p r i a ( 04 ).
oposições lín g u a / f a la ; d ia c r o n ia / s i n c r o n ia e
74
s ig n ific a n t e / s ig n ific a d o . E„ fundamentalm também em
correlativos ( 05 ).
75
o o b j e t i v o de exprimir o pensamento. Embora estejam em dois
fa la a p a re c e como o a n t e c e d e n t e a p a r t ir do q u a l se forma a
76
Assim, a analise das relações entre os elementos da lingua
S a u s s u re de s i g n i f ic a d o e a imagem a c ú s t i c a de s i g n í f i c a n t e .
77
o b t id a p e la o p o s iç ã o de um s ig n o com r e la ç ã o a o s o u t r o s ( E x .:
q u e n t e )_
genebriano.
78
estimativo por el que tiene sentido dentro de un conjunto".
(1 0 )
ser d i f e r e n c i a d o do c o n c e i t o de s i g n i f i c a ç ã o . A significação
sentido na r e l a ç ã o s i g n o / s i g n o .
DI.ACRÒNICA.
79
Para Saussure, não há possibilidade de estudar
o b r i g a t ó r i o re f e r i i — s e a o p e n s a m e n t o d e S a u s s u r e .
80
Gii, ao criticar este entendimento, demonstra que
e x t e r n a q u e g a r a n t i c e el m a n t e n i m i e n t o d e la r e g u l a r i d a d . no
por la n e c e s i d a d d e e n t e n d e r s e e n el D e r e c h o , concretamente,
81
cualquier faita de coacción directa, cuaiquier fisura, se
35. C la u d e L é v i- S t r a u s s
normativa". (14)
82
Os avanços da lingüística estrutural ern d i r e ç ã o à
a n á 1 i s e “-
83
na possibilidade das primeiras receberem, também, um
tratamento c i e n t i f i.co .
0 p r i m e i r o p a s s o de L é v i - S t r a u s s foi a n a l i s a r qu a l
relações entre l i n g u a g e m e c u l t u r a é um d o s m a i s c o m p l i c a d o s
84
quais os aspectos que as ligam e qual o nível desta
O p o n to c r u c ia l da te o ria de L é v i- S tr a u s s e stá em
determinado. O signo, na t e o r i a d e S a u s s u r e é o a r b i t r á r i o e
de unidades métricas.
85
A outra c o n t r i b u i ç ã o de L é v í - S t r a u s s , talvez muito
cultura.
maioria das vezes, nada tem em comum entre si, não tendo,
ciências humanas.
86
S o c ia is ■ jurídicas,
■
■
■ econômicas, políticas, sociológicas e
psicologia e m g e r a 1.
de relações n e c e s s á r i a s e um s i g n o a r b i t r á r i o e universal (a
d o c t r i n a s j u r í d i c a s ? L a m á s d i r e c t a p r o y e c c i ó n d e la p e r s o n a
b o s q u e j o a p r o x i m a d o d e la p o s e s i ó n " . ( 1 8 )
87
A segunda crítica do jurista espanhol provém do
d e s c o n h e c i m e n t o de Lév.i-Strauss p a r a co m a c i ê n c i a jurídica.
normas;
comercial, etc.);
c) a t e o r i a e m e t a t e o r i a , filosofia, sociologia,
etc.
Somente o e s tu d o te ó r ic o do d ir e it o pode, p a ra
a n t r o p o lo g ia . Somente um t e ó r ic o da c iê n c ia ju r íd ic a p od e
s e r com parado a um a n t r o p ó lo g a ou a um l i n g ü i s t a .
88
3 .H . O C o n c e it o de E s t r u t u r a e E s t r u t u r a lis m o
e s tru tu ra , não é o s e u d e r iv a d o g r a m a t ic a l. P e lo i n v e r t a , é
o e s t r u t u r a li s m o que d o ta de um s ig n ific a d o e s p e c im l a
p a la v r a e s tru tu ra .
partes.
89
estudo do seu objeto e serve como modelo para as outras
determinadas).
i m p o r t a n t e s d o e s t r u t u r a l i s m o são:
a) d e t e r a t a r e f a d e d e s c o b r i r a s e s t r u t u r a s ;
c) o m u n d o a p r e s e n t a - s e a t r a v é s d e c o m p l e x o s
a lingüística;
d) o d e s p r e z o p e l a f i l o s o f i a e o c o n f o r m i s m o (ou
políticas, e v i t a n d o as m u d a n ç a s e f a v o r e c e n d o
as estabilizações;
e) p o s t e r g a o p r i m a d o d a h i s t ó r i a ;
f) i m p o r t a m s o m e n t e as g r a n d e s e s t r a t i f i c a ç õ e s com
g) e s t a b e l e c e a s e g u i n t e e s c a l a :
90
a estas, realizando-se em cada um dos s e u s
elementos;
codificado, e;
91
A e stru tu ra e n co n tra-se„ sem pre, lig a d a a um
características:
b. totalidad, un c o n j u n t o g l o b a l (...)
c. propiedad de la t o t a l i d a d (...) c o n s i s t e n e n la
p r i o r i d a d y en la a u t o n o m i a q u e s e a s i g n a a la t o t a l i d a d q u e
en la t o t a l i d a d ;
e. relaciones;
f. modificaciones;
g. solodariedad;
totalidad cerrada." ( 21 )
92
J-5. ESTRUTURAL ISMO JURÍDICO: JUSTIFICATIVA DA
de re n o v açã o da c i ê n c i a ju r íd ic a .
nova p ro p o s ta m e to d o ló g ic a de e s tu d o da c iê n c ia ju r íd ic a
que, s e p a r t e de S a u s s u re e L é v i - S t r a u s s , em v á r io s momentos
os s e p e ra e o s c r i t i c a , p ro c u ra n d o a t i n g i r a e s p e c i f i c i d a d e
e a autonom ia do s a b e r j u r í d i c o .
d e s t i n a d a a o b s e r v á - l o e d e s c r e v ê - l o em nada tem i n t e r e s s a d o
93
Isto a c o nte ce m, segundo Gil, porque a ciência
s in g u la r ie d a d e do ju r íd ic o , escapando do s in c r e tis m o
m e to d o ló g ic o no qual se en co n tra a c iê n c ia
sós _
a p r o p r ia d o s ao to d o em p a r t i c u l a r . D e v e rá , a in d a „ c o n s t r u ir
s u b ja c e n t e s .
94
todo y de los d e t a l les. Por eso pensamos en él con cierta
3 .5 . a p lic a ç ã o d o m étodo e s t r u t u r a l ao d i r e i t o
sobre o direito.
d e n t r o d e un s i s t e m a de d i f e r e n c i a s y o p o s i c i o n e s . " (23 )
95
plano forrnai para caracterizar o direito. Neste plano o
96
orçjani z a r a convivência; ORDENAMENTO JURÍDICO conjunto de
aplicação.
da sequiríte fo r m a :
a p l i c a ç ã o do s is t e m a .
97
respeito a real amplitude da iguldade considerada. Embora
a p r e s e n t.a d a s .
98
cada vez mais compreendido como sistema e que este é a
s i s t e m a ." ( 26 )
c o rre p o n d e n te i d e a l da fa la s e r ia m a s normas j u r í d i c a s , p o i s
significada jurídico às r e l a ç õ e s já e x i s t e n t e s .
99
sistema subjacente, ás custas do qual se elaboram
opções do 1e g i s 1a d o r .
estrutural;
100
considera-lo como um método especulativo para o saber
101
NOTAS
( 0 1 )GI.L , A n t o n i o H e r n a n d e z _ M e to d o lo g ia de l a C iê n c ia
J u r íd ic a . Vol I I . p .204
( 0 2) S A U S S U R E , F e r d i n a n d de. C u rs o de L i n g ü í s t i c a G e ra l.
p . 31
( 0 3 ) W A R A T ,R O C H A ,C l T T A D I N O . O D ir e ito e sua L in g u a g e m .
p. 1 4
(05) B A R T H E S , Roland. E le m e n to s de S e m io lo g ia , p . 13
(08) W A R A T . op.cit. 22
(09) W A R A T . o p. cit. 25
(11) B A R T H E S , o p. cit. p 16
(12) S A U S S U R E , op. c i t . p . 45
(19) G I L . o p . c i t . p.349
(21) B O B B I O . op cit. p. 12
102
(23) GIL. op. cit. p . 344
103
CONSIDERAÇÕES FINAIS
democracia.
A o b r a de AH G p a r t e d a s influências juafilosóficas
estruturalismo.
104
para o sociologismo, defendendo a necessidade de uma
social.
105
seriam de fundo cristão, que encerraria desta forma " a
d e m o c r á t i c a s ”. (02)
106
estabelecido, superando o sentido j usnaturaiista que lhe é
atribuído.
também um e l e m e n t o c o n s t i t u t i v o d e s t e e n q u a n t o s i s t e m a .
ã pragmática.
107
en su funcionamento sin Ia referencia a la dogmática
seus significados.
elaborar uma a n á l i s e e s t r u t u r a l .
108
estrutural, a partir de categorias aptas a. analisar o
direito.
f o r m a de o p e r a r c o m os c o n c e i t o s p o r e l e c o n s t r u í d o .
109
No entanto, cabe ressaltar que as categorias
reflexões.
110
NOTAS
(01 )R O C H A , L e o n e l Severo. A D e m o c r a c i a e o C o n c e i t o de
1991. p. 30.
( 0 2) . Em D e f e s a da T e o r i a do Direito.
d it o
as v á r i a s c o r r e n t e s de s u p e r a ç ã o do e s t r u t u r a l i s m o .
111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
U E C . 1991.
Editor. 1980.
. ______________________________. T e o r ia do Ordenamento J u r í d i c o .
1989.
- ____________________ . T e o r ia G e n e ra l d e i Derecho.\ T r a d .
- ;_______________________ . S o c ie d a d e e E s ta d o na F i l o s o f i a
112
- . O C o n c e ito de S o c ie d d a d e C i v i l .
1982.
E U D E B A . 1965.
- . I n t r o d u ç ã o a o E s tu d o do D i r e i t o .
- ________________________ . M e t o d o lo g ia de l a C iê n c i a d e i
- - E s t r u c t u r a lis m o y d e re c h o . M a d r i d :
- ;__________________ . P ro b le m a s E p is t e m o ló g ic o s de l a
- .______________________ . A C iê n c ia J u r id ic a T r a d ic io n a l y s u
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. ___ _________________ _______ . C o n c e p to s J u r í d i c o s
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Fabris, 1985.
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