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Incorporação dos tratados

internacionais de direitos
humanos no direito brasileiro
Prof. Guilherme Rittel
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
FASES DA INCORPORAÇÃO

 Negociação;
 Assinatura;
 Aprovação Parlamentar;
 Promulgação do texto.
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
FASES DA INCORPORAÇÃO

Negociação

Art. 21. Compete à União:

I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações


internacionais;

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do


Congresso Nacional;
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
FASES DA INCORPORAÇÃO
A assinatura / autenticação também é realizada pelo Presidente da República ou
por seus representantes diplomáticos.

Na sequência, é necessária a aprovação parlamentar, na qual o Congresso


Nacional, por meio de decreto legislativo, autoriza a ratificação (aceite definitivo)
do ato internacional:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que


acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

Somente após o texto é promulgado e ratificado perante a comunidade


internacional.
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
Valor do Tratado de Direitos Humanos na CF/88 – Princípio da Primazia dos
Direitos Humanos
Pré Emenda Constitucional nº 45/2004:

Art. 5º.
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação
imediata.

§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros


decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Havia a discussão se os Tratados de Direitos Humanos seriam incorporados como


meras leis ordinárias ou fontes de direitos implícitos (aqui confirmando a ideia da
primazia dos Direitos Humanos).
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
Valor do Tratado de Direitos Humanos na CF/88 – Princípio da Primazia dos Direitos
Humanos
Pós Emenda Constitucional nº 45/2004:

Art. 5º.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Logo, desde que respeitado o quórum do art. 5º, § 3º, tais tratados terão força de
Emenda Constitucional. Mas e o que ocorre com os tratados anteriores à Emenda
Constitucional nº 45/2004?

O STF firmou o entendimento no sentido de que são normas supralegais (acima das
leis ordinárias e abaixo da Constituição). Mas nada impede uma nova votação para
que, em sendo atendido o quórum exigido, tenha força de emenda.
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
TRATADOS E/OU CONVENÇÕES QUE ALCANÇARAM O QUÓRUM

a) Convenção Internacional de Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência;


b) Protocolo Facultativo à Convenção Internacional de Direitos da Pessoa Portadora
de Deficiência.

Tratado de Marrakesh: atendeu ao quórum, mas ainda está pendente a promulgação do


texto.
Incorporação dos tratados internacionais de direitos humanos no direito brasileiro
CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE

a) Via concentrada: tratados internacionais de direitos humanos que atingiram o


quórum do art. 5º, § 3º, CF;

a) Via difusa: tratados internacionais de direitos humanos que não atingiram o


quórum do art. 5º, § 3º, CF ou que foram incorporados antes da Emenda
Constitucional 45/2004.

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