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ESCOLA SECUNDÁRIA DE PENICHE

Teste Escrito de História A -12º Ano de Escolaridade


Duração do Teste: 90m - 2011/2012

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GRUPO I

TEMA: O TEMPO DA GUERRA FRIA – A CONSOLIDAÇÃO DE UM MUNDO BIPOLAR

Doc.2

“O perigo [comunista] manifesta-se sob múltiplas formas. Uma destas formas é a agressão armada aberta. Podemos
reduzir grandemente este risco declarando claramente que um ataque contra a zona coberta pelo tratado desencadearia
uma reacção tão unida, tão forte e tão bem direccionada que o agressor perderia mais do que poderia esperar ganhar. […]

Será necessário assegurar que os esforços individuais das diversas partes envolvidas no tratado sejam utilizados em
benefício de todos. As nações aqui representadas não podem reunir exércitos terrestres tão imponentes como aqueles de que
o comunismo internacional dispõe na Ásia. Se as nações livres procurassem manter importantes forças terrestres em toda a
parte onde existe perigo no Mundo, contribuiriam para a sua própria destruição.

No que diz respeito aos Estados Unidos, as suas responsabilidades são tão vastas e tão dispersas que pensamos ser mais útil
o desenvolvimento do efeito dissuasor de uma força de embate móvel, acompanhada das nossas reservas colocadas em
pontos estratégicos.”

J.F Dulles, Objectivos da OTASE, 1954

1. Avalie a importância do Plano Marshall para a reconstrução da Europa, após a 2ª Guerra Mundial.
2. Integre o conteúdo do doc. 2 na “pactomania” americana.
GRUPO II

TEMA: PORTUGAL DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA – A QUESTÃO COLONIAL

Documento 1 - Notícia sobre a guerra colonial – Jornal do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
(1970)
No dia 25 deste mês, os colonialistas portugueses sofreram um dos seus maiores reveses na nossa terra. Um helicóptero,
que transportava quatro deputados, entre os quais o traidor do nosso povo, James Pinto Bull, e dois oficiais do exército colonial,
foi abatido sobre o rio Mansoa pelos nossos valentes combatentes.
Assim, de oito deputados que vieram visitar o que ainda resta da colónia portuguesa da Guiné, quatro foram liquidados
pelas nossas Forças Armadas, ficando claro para os colonialistas portugueses que, hoje, nós é que somos os donos do nosso país.

Documento 2- O que é a guerra colonial? – Marcello Caetano (1972)


No meio de um rosário de palavras que se repetem sempre e de que já ninguém quer saber o significado, fala-se em que
mantemos uma guerra colonial.
Guerra colonial?
O sentido da frase é só um: chamou-se assim às campanhas outrora sustentadas por uma potência para submeter um
território ao seu domínio, combatendo a rebelião das populações ou anexando países em estado primitivo.
Ora é fácil de ver que nada disso se verifica no Ultramar português.
Os territórios das províncias ultramarinas estão em paz e ninguém neles contesta a sua integração na Nação
Portuguesa.
Percorre-se a Guiné, anda-se pela vastidão da terra angolana, desloca-se quem quer que seja de lés a lés de
Moçambique e não encontra populações revoltadas.

Doc. 3 – A colonização portuguesa

Doc. 4 – Propaganda colonialista Doc. 5 – As pressões internacionais

1. Compare, relativamente à guerra entre Portugal e os movimentos de libertação das colónias, a


perspectiva expressa no documento 1 com a perspectiva expressa no documento 2.
2. Analise a evolução da política colonial do Estado Novo, com destaque para o período pós-Segunda Guerra
Mundial.

A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes tópicos de desenvolvimento:

- fundamentos teóricos para a manutenção do Império Colonial.


- contexto internacional sobre a questão da manutenção das colónias.
-teses defendidas e medidas adoptadas pelo Governo
- progressivo isolamento internacional do país – ONU, EUA e episódios de contestação.

Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos.

GRUPO III

TEMA: TEMA: PORTUGAL DO AUTORITARISMO À DEMOCRACIA – A RADICALIZAÇÃO DAS OPOSIÇÕES E O


SOBRESSALTO POLÍTICO DE 1958

Doc. 1 Doc. 2

Proclamação do General Humberto Delgado (Maio de 1958)

A todos os Portugueses da Metrópole e do Ultramar


Cidadãos de todas as idades e de todas as correntes liberais
antitotalitárias, não só da Oposição declarada, como também dos
próprios sectores da Situação [...].
Se é perigoso para alguém candidatar-se e se os
portugueses têm medo de votar ou não crêem na validade do voto –
graves acontecimentos estão subvertendo o nosso querido Portugal
e imperioso é que se tomem medidas salvadoras. [...]
Creio estar no espírito de todos que as responsabilidades
internacionais assumidas por Portugal, a sua presença nos
organismos de carácter democrático e a unidade que temos de
defender em territórios portugueses espalhados por quatro
continentes, não podem nem devem ser perturbadas por mudanças
bruscas e violentas de regime ou de política.
Como candidato independente proponho ao País, sem
dúvida mal preparado para súbitas mudanças, a adopção
progressiva e tão rápida quanto possível dos hábitos políticos
correntes nos países democráticos. [...]

1. Destaque a importância da candidatura de Humberto Delgado, em 1958, na luta contra o regime


autoritário.

Cotações
Grupo 1 – 25+25
Grupo II – 20+105
Grupo III - 25

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