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Direção
Joaquim Carqueijó
Direção Editorial
Gabriela Magalhães
Supervisão Administrativa
APRESENTAÇÃO DO INSTRUMENTO
Vanusa G. Batista
E MÉTODO DO MESTRE
Auxiliares
Cristina Quintão / Fagner Oliveira
Parabéns!
Atendimento ao Leitor
Para informações, sugestões, elogios ou
reclamações, o Serviço de Atendimento
Sua iniciativa no aprendizado de tocar a viola
ao Leitor da Case Editorial está disponível, caipira é sensacional, pois trata-se de um ins-
de segunda a sexta-feira das 9h às 17h30.
Email: atendimento@caseeditorial.com.br trumento diferenciado dos demais. Nossa vio-
Edições Anteriores la caipira tem uma herança histórica que vem
Adquira as edições anteriores de qualquer
revista (sujeito à disponibilidade de
desde a colonização do Brasil, os segredos do
estoque) da Case Editorial. ponteio eram passados de pai para lho e este
Email: atendimento@edicase.com.br
Site: www.caseeditorial.com.br instrumento ainda possui uma forte ligação
Redação
com folclores regionais, crenças e tradições que
Escreva, mande sugestões, reclame, envolvem tanto os que ouvem o timbre como
queremos ouvir sua opinião.
E-mail: redacao@gamaestudio.com.br também os que executam seus ponteios.
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Taboão da Serra - SP - CEP: 06763-970 Dedicar-se no estudo da viola é muito mais que
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O Método
Assessoria de Circulação
A proposta é de ensinar através de textos,
www.edicase.com.br dicas, curiosidades e guras de uma maneira
Direção simples e objetiva. O aluno deve treinar cada
Joaquim Carqueijó
Gerente Administrativo
etapa e só passar para a próxima quando ob-
Wellington N. de Oliveira tiver uma boa técnica da anterior. Nesta edição
Assistente Administrativo vamos aprender novos ritmos, arpejos, escalas
Débora G. M. Sampei
Auxiliares
duetadas e entender como são construídos os
Pamela Lima / Vanessa Pereira acordes maiores e menores. Aplicaremos tam-
Jaine Novaes Sena
bém os conhecimentos já adquiridos na edição
Operações de Manuseio
FG PRESS - www.fgpress.com.br anterior com as tablaturas e escalas duetadas.
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Produto Desenvolvido por: Oliveira Neto é guitarrista e violeiro com mais
de 20 anos de experiência. Ao longo deste pe-
Direção: Fabio G. Maldonado ríodo desenvolve atividades como intérprete,
contato: tao_consult@yahoo.com.br compositor, professor de viola e regente do
Proibida a reprodução total ou parcial
sem prévia autorização da editora.
grupo Cordas da Mantiqueira. Contato de e-
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Editora Filiada:
Método de Viola Caipira

1. EXECUTANDO A DANADA - PARTE I


Um dos ritmos mais executados na viola caipira e que é utilizado em músicas como “Relógio Que-
brado”, “A vaca já foi pro brejo”, “Mundo velho”, etc é o Cururu. Vamos então ao segundo ritmo de
nosso método:

RITMO: CURURU
O Cururu deve ser executado de seguinte forma:

Movimento 1: Descida do polegar do 5º para o 1º par. Cururu

Movimento 2: Abafar as cordas com as costas do polegar. P Abafa I I Abafa

Movimento 3: Subida do indicador do 1º para o 5º par.


Movimento 4: Descida do indicador do 5º para o 1º par. 1 2 3 4 5
Movimento 5: Abafar as cordas com as costas do polegar. O ciclo vai se repetindo

A cada cinco movimentos realizamos um compasso de cururu.

É importante frisar que, ao abafar as cordas, o movimento seja suave e que nenhuma corda emita som.
Realize cada movimento com calma até que a mecânica esteja assimilada.

Podemos utilizar os segundos do relógio para ajustar o tempo dos movimentos, sendo que, sua exe-
cução normal será do seguinte modo:

• Movimento 1 = ½ segundo
• Movimento 2 = ½ segundo (abafar)
• Movimento 3 e 4 = ½ segundo (os dois movimentos executados dentro de ½ segundo)
• Movimento 5 = ½ segundo (abafar)

Tenha calma na execução e tente ouvir o áudio das músicas referenciadas acima para que você possa
perceber o ciclo do ritmo.

Exercite os acordes ao lado realizando dois compassos A E7 D


do cururu em cada um e depois um compasso em cada
acorde:

Quando você estiver seguro dos movimentos, repita


o exercício acima realizando um compasso em cada
acorde. 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º

Edição 2 3
Método de Viola Caipira

Só para relembrar, os acordes anteriores são: A = Lá - E7 = Mi com sétima - D = Ré

Colocaremos em prática novo ritmo executando um hino da música sertaneja composta por Teddy
Vieira e Luizinho e que se chama “O menino da porteira”. Vamos analisar o estribilho (solo) na se-
quência que é a aplicação da escala duetada do 1º e 2º par já estudada na edição anterior e a utilização
da escala de 2º e 3º par que estudaremos mais adiante.

MÚSICA: O MENINO DA PORTEIRA


Teddy Vieira / Luizinho - Tom: A - Ritmo: CURURU

E7 A E7 A
1º par E 10 10 10 9 0 0 0 2 4 4 5 5 5
2º par B 12 12 12 10 2 2 2 3 5 5 5 3 5 5 5 Executar duas vezes
3º par G 5 3 5 5 5
4º par E 5 5 5
5º par B 5 5 5

A % % % E7
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino

% % % A
De longe eu avistava a gura de um menino

% % % E7
Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo

% % D E7 A
Toque o berrante seu moço que é pra eu car ouvindo

D % % E7
Quando a boiada passava e a poeira ia baixando

% % % A
Eu jogava uma moeda e ele saia pulando

% % % E7
Obrigado boiadeiro que Deus vá lhe acompanhando

% % D E7 A
Naquele sertão afora meu berrante ia tocando

(Executar o solo duas vezes)

4 Edição 2
Método de Viola Caipira

A % % % E7
Nos caminhos desta vida muito espinho eu encontrei
% % % A
Mas nenhum calou mais fundo do que esse que eu passei
% % % E7
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei
% % D E7 A
Vendo a porteira fechada o menino eu não avistei
D % % E7
Apiei o meu cavalo num ranchinho a beira chão
% % % A
Vi uma mulher chorando quis saber qual a razão
% % % E7
Boiadeiro veio tarde veja a cruz no estradão
% % D E7 A
Quem matou o meu lhinho foi um boi sem coração
(Executar o solo duas vezes)
A % % % E7
Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem
% % % A
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem
% % % E7
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
% % D E7 A
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem
D % % E7
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
% % % A
Eu já z um juramento que não me esqueço jamais
% % % E7
Nem que o meu gado estoure, que eu preciso ir atrás
% % D E7 A
Nesse pedaço de chão berrante eu não toco mais.
(Executar o solo duas vezes e encerra a musica)

Edição 2 5
Método de Viola Caipira

ANALISANDO O SOLO DA MÚSICA


a b c e
1º par E 10 10 10 9 0 0 0 2 4 4 5 5 5
2º par B 12 12 12 10 2 2 2 3 5 5 5 3 5 5 5
3º par G 5 3 5 5 5
4º par E 5 5 5
5º par B 5 5 5

Este solo é muito conhecido em qualquer região do país e isso facilita o aprendizado. Trata-se da apli-
cação da escala duetada do 1º e 2º par já vista na edição anterior acrescentada de dois toques na escala
do 2º e 3º par.

Cada toque do conjunto “a” deve ter ½ segundo de duração

O único toque do conjunto “b” deve durar 1 segundo.

No conjunto “c” cada toque deve durar ½ segundo.

O conjunto “e” representa o acorde de “A” tocado na casa 5 sendo que a MD (Mão Direita) deve
executar os movimentos indicados nas setas.

Realize os movimentos com calma e precisão para que o som saia “limpo”.

ANALISANDO A MÚSICA
Os símbolos de “%” representam a quantidade de compassos que devem ser tocados de determinado
acorde e eles estão localizados exatamente acima de onde se executa o movimento “1” de cada com-
passo do cururu. Exemplo: Na primeira linha do verso o acorde de “A” deve ser tocado quatro vezes
(uma em que aparece o acorde e mais três em que aprecem o símbolo de “%”).

As setas que aparecem na quarta e última linha de cada verso antes dos acordes de “D” e “E7” rep-
resentam que os mesmo devem ser tocados apenas com o movimento de descida (representado)
devendo voltar ao ritmo de cururu em seguida no próximo acorde.

Lembre-se de trocar os acordes exatamente em cima da sílaba onde está sublinhada. Execute o ritmo
com calma e atenção fazendo com que os acordes soem com clareza.

6 Edição 2
Método de Viola Caipira

2. SOU CAIPIRA MAS ENTENDO DO ASSUNTO


FORMAÇÃO DE ACORDES
A formação dos acordes sempre foi um grande “fantasma” para o aluno iniciante, mas este é um
tópico muito importante no aprendizado musical. Se o aluno estudar esta parte com atenção e calma
verá que a construção dos acordes é muito simples e que este processo pode ser utilizado em qualquer
outro instrumento.

Vamos explicar esse tema de maneira prática utilizando teoria e prática para que você consiga cons-
truir sozinho o acorde na viola caipira ou em qualquer outro instrumento. Isso mesmo, esta regra vale
para qualquer instrumento musical.

Em nossa viola, quando tocamos apenas um par de cordas solta ou pressionada em qualquer casa,
obtemos apenas uma nota, mas quando tocamos várias cordas ao mesmo tempo obviamente obtere-
mos várias notas e neste caso se colocarmos os dedos nos lugares corretos, estaremos tocando um
acorde.

Já estudamos na Edição 1 sobre notas enarmônicas e que elas são nada mais que uma nota com dois
nomes, ou seja, cada sustenido tem o seu bemol equivalente e ca assim:

C# = Db (Dó sustenido é igual a Ré bemol)


D# = Eb (Ré sustenido é igual a Mi bemol)
F# = Gb (Fá sustenido é igual a Sol bemol)
A# = Bb (Lá sustenido é igual a Si bemol)

Para simplicar a assimilação do estudo da construção de acordes maiores não usaremos a simbologia
do “b” (bemól), porém, não se esqueça que cada “#” tem seu “b” respectivo. O “b” (bemól) voltará a
ser representado na gura do braço da viola mais adiante. É importante frisar que cada casa no braço
da viola representa ½ tom.

A escala de “C” (C – D – E – F – G – A – B – C) é usada para montar uma tabela de onde vamos


extrair todas as informações necessárias na construção dos acordes, para tanto, usamos também alga-
rismos romanos (I –II – III – IV – V – VI – VII – VIII) que serão chamados a partir de agora como
GRAUS. Vejamos como ca:

Edição 2 7
Método de Viola Caipira

I II III IV V VI VII VIII Graus


C D E F G A B C Escala de “C”

1 tom 1 tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom Distância

Esta estrutura é a mais difundida no meio musical, portanto, vamos entendê-la em seus detalhes.

Do grau I para o grau II (C para D), assim como do grau II para o grau III (D para E) a distância é de
01 tom. Agora do grau III para o grau IV (E para F) a distância é de ½ tom. Isto ocorre porque a nota
“E” não tem “#” (sustenido) Lembram que tratamos disso na Edição 1? Do grau IV para o grau V
(F para G), do grau V para o grau VI (G para A) e do grau VI para o grau VII (A para B) a distância
entre eles também é de 01 tom. Finalmente, do grau VII para o grau VII (B para C) a distância é de ½
tom, pois o “B” também não tem “#” (sustenido).

Veja outra maneira de representar a escala de “C”, pois assim podemos visualizar melhor a distância
entre os tons.

I II III IV V VI VII VIII


C C# D D# E F F# G G# A A# B C

1 tom 1 tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom

Para se montar as outras escalas é só manter a estrutura acima e iniciar o Grau I com as demais notas.
Veja abaixo a escala “D”:

I II III IV V VI VII VIII Graus


D E F# G A B C# D Escala de “D”

1 tom 1 tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom Distância

Ou conforme abaixo:

I II III IV V VI VII VIII


D D# E F F G G# A A# B C C D

1 tom 1 tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom

8 Edição 2
Método de Viola Caipira

Devemos ter sempre atenção do grau III para o grau IV e também do grau VII para o grau VIII, pois
eles têm a distância de ½ tom e os demais tem distância de 01 tom.

Na escala de “D” anterior, note que o grau III é “F#” já que 1 tom após o “E” é exatamente “F#”.
Lembrando que cada casa no braço da viola é ½ tom. Na prática, se você tocar o 1º par solto será um
“E”, pressionando na casa 01 (½ tom) será um “F” e pressionando na casa 2 será um “F#” (½ tom).
Vale ressaltar que a soma de dois ½ tons resultam em 01 tom, ou seja, a distância de “E” para “F#”
é exatamente 1 tom. Na sequência, do grau III (F#) para o grau IV (G) a distância é de ½ tom e por
isso é a nota “G”.

Veja agora a tabela completa com todas as escalas obedecendo a estrutura da escala de “C”.

Tônica
I II III IV V VI VII VIII
C# D E F G A B C#
C# D# F F# G# A# C C#
D E F# G A B C# D
D# F G G# A# C D D#
E F# G# A B C# D# E
F G A A# C D E F
F# G# A# B C# D# F F#
G A B C D E F# G
G# A# C C# D# F G G#
A B C# D E F# G# A
A# C D D# F G A A#
B C# D# E F# G# A# B

1 tom 1 tom ½ tom 1 tom 1 tom 1 tom ½ tom

Acima do Grau I está a palavra “Tônica”, pois bem, quando montamos um acorde, a tônica será
sempre a nota que dá nome ao mesmo, ou seja, qualquer acorde que iremos montar será iniciado pelo
Grau I (tônica). Exemplo: Ao montar um acorde de “A”, o nosso ponto de partida será o “A” do
Grau I na tabela acima.

Edição 2 9
Método de Viola Caipira

CONSTRUINDO ACORDES MAIORES – TRÍADE MAIOR


Na Edição 1 já vimos que um acorde quando aparece “sozinho”, representa que ele é maior. Exem-
plo: Quando escrevemos “E”, dizemos Mi maior lembra? Pois bem, vamos estudar a construção do
acorde de “E” e que também é a anação que utilizamos na viola caipira.

Para montar um acorde maior utilizamos a seguinte “fórmula” que será aplicada na tabela anterior:

Nome do acorde Fórmula para obter o acorde

Acorde Maior ou Tríade Maior Grau I Grau III Grau V

Na prática funciona assim: Ao montar o acorde de “E”, já sabemos que a tônica é sempre o nosso
ponto de partida na construção do acorde, portanto, localize o “E” na coluna do Grau I. Agora siga
no sentido horizontal e anote a nota que esta na coluna do Grau III (G#) e em seguida anote a nota
que está na coluna do Grau V (B). Ficou assim:

Acorde ou Grau I (Tônica) Grau III Grau V


Tríade de “E” E G# B

Tônica
I II III IV V VI VII VIII
E F# G# A B C# D# E

Quando aplicamos esta fórmula, estamos obtendo a TRÍADE MAIOR. No caso acima, a Tríade de
“E” é: E – G# – B

Em nossos estudos utilizamos a viola na anação Cebolão E correto? Isto porque atende a fórmula
da tríade maior de “E”. Analise abaixo a anação que utilizamos:

1º Par solto – E (Mi)................................... Grau I


2º Par solto – B (Si) ................................. Grau V
3º Par solto – G# (Sol sustenido) .......Grau III
4º Par solto – E (Mi) ................................ Grau I
5º Par solto – B (Si) ...................................Grau V

10 Edição 2
Método de Viola Caipira

Quando tocamos os pares soltos de nossa viola, embora estejamos tocando dez cordas, estaremos
emitindo o som das três notas obtidas na tríade maior de “E”. Nessa anação o 1º e 4º par são a-
nados em “E” (Grau I), o 2º e 5º par são anados em “B” (Grau V) , restando o 3º par anado em
“G#” (Grau III).

O grande “pulo do gato” na construção de acordes é entender que os dedos pressionam as cordas
apenas para “corrigir” a anação que atenda a tríade requisitada.

Entenderemos melhor vendo os diagramas abaixo, sendo que o diagrama 1 representa a viola caipira,
o diagrama 2 representa o violão com as cordas soltas e o diagrama 3 representa o violão formando
o acorde de “E”.

B E G# B E E A D G B E E B E G# B E

5º 4º 3º 2º 1º 6º 5º 4º 3º 2º 1º 6º 5º 4º 3º 2º 1º

Diagrama 1 Diagrama 2 Diagrama 3


Viola Caipira Violão Cordas Soltas Violão Acorde de “E”

Como a viola já está anada com a tríade de “E”, basta tocar suas cordas soltas para emitir o som de
Mi maior (Diagrama 1).

O violão com as cordas soltas (Diagrama 2) não atende a tríade de “E” pois as cordas 3, 4 e 5 estão
anadas em desacordo com a tríade, portanto, é necessário “corrigir” isso pressionando as cordas para
que elas atendam a tríade de “E”. As cordas 1, 2 e 6 já atendem a tríade e não será necessário nenhum
“ajuste”.

No diagrama 3 (Violão acorde de “E”) a corda 3 solta está anada em “G”, então devemos pressioná-
la na casa 1 para que emita a nota “G#”. A corda 4 está anada em “A”, devemos pressioná-la na casa
2 para que passe a emitir o “E”. Por m, a corda 4 solta está anada em “A” e devemos pressioná-la
na casa 2 para que emita o “B”. Pronto, estamos tocando 6 cordas e emitindo somente as notas da
tríade de “E”.

Assim faremos com todos os outros acordes, precisaremos “ajustar” a anação pressionando as cor-
das para que elas atendam a “fórmula” da tríade maior, seja qual for o acorde.

Edição 2 11
Método de Viola Caipira

3. DA TEORIA PARA A PRÁTICA


Agora já entendemos que, para se construir um acorde maior, precisamos dos graus I – III – V. Mas
será que vamos ter sempre que consultar esta tabela? Pois bem, a viola caipira é um instrumento tão
fascinante que, através de uma rápida análise, poderemos identicar as tríades maiores de qualquer
acorde diretamente no braço da viola.

Neste estudo não vamos considerar os pares 1 e 5, utilizando o 4º par para obter o Grau I (tônica),
o 3º par para obter o Grau III e o 2º par para obter o Grau V que formam as tríades maiores. A
partir destas informações poderemos construir os acordes no braço da viola ou de qualquer outro
instrumento, desde que, você saiba localizar as notas no mesmo.

Veja na gura abaixo como é fácil obter as tríades maiores diretamente no braço da viola.

Graus I III V Para assimilar com mais facilidade, a gura


ao lado está omitindo as tríades com “#”,
Pares soltos B E G# B E Tríade de Mi maior
1 F A C Tríade de Fá maior
porém, elas estão lá. Para obter a tríade de
Tríade de F# “F#” por exemplo, é só seguir a sequência
3 G B D Tríade de Sol maior da escala, ou seja, Grau I – F# (4º par), Grau
Tríade de G# III – A# (3º par) e Grau V – C# (2º par).
5 A C# E Tríade de Lá maior
Tríade de A#
7 B D# F# Tríade de Si maior
8 C E G Tríade de Dó maior Graus I III V
Tríade de C#
10 D F# A Tríade de Ré maior
E G# B
Tríade de D# 1 F A C Tríade de Fá maior
Tríade de F# F A C
12 E G# B Tríade de Mi maior
3 G B D Tríade de Sol maior
Pares 5º 4º 3º 2º 1º

Pronto! Agora já sabemos como obter as tríades maiores diretamente no braço da viola. É como se
soubéssemos os “ingredientes” para se preparar o acorde, seja qual for.

Aplicando isso de maneira prática, vamos imaginar que o braço da viola está divido em três regiões.
Isso facilita em muito o estudo e assimilação da construção do acorde. Dessa vez utilizaremos todos
os pares.

12 Edição 2
Método de Viola Caipira

Dividiremos o braço da viola da seguinte forma:


A 1ª Região compreende dos pares soltos (casa O) até a casa 5.
A 2ª Região compreende da casa 5 até a casa 9.
A 3ª Região compreende da casa 7 até a casa 11.
1ª Região 3ª Região

F# G# A# C# D#
1º par E F Gb G Ab A Bb B C Db D Eb E
C# D# F# G# A#
2º par B C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B
A# C# D# F# G#
3º par G# ou Ab A Bb B C Db D Eb E F Gb G Ab
F# G# A# C# D#
4º par E F Gb G Ab A Bb B C Db D Eb E
C# D# F# G# A#
5º par B C Db D Eb E F Gb G Ab A Bb B

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

2ª Região

A gura acima será nossa fonte de consulta para construir o acorde de “A” na 1ª Região (das cordas
soltas até a casa 5), sendo que, a tríade de “A” é: I = A III = C# V = E (conrme na tabela ou na
gura do braço com as tríades). É uma tarefa simples, porém requer atenção e treino diário.

Já sabendo as notas que precisamos (A - C# - E), podemos construir o acorde tanto do 1º para o 5º
par, como também do 5º para o 1º par.

Se optar por começar do 1º ao 5º par, a tríade deve ser obtida nos pares 1, 2 e 3 independente de sua
ordem. Agora se optar por começar do 5º par ao 1º par, a tríade deve ser obtida nos pares 3, 4 e 5
independente de sua ordem.
E
De baixo para cima (1º par o 5º par), procure qual das notas da tríade de “A” aparece
primeiro. Veja que o 1º par solto já é um “E”, portanto ele será tocado solto obviamente
(já temos uma nota da tríade - Grau V - E).

Anote então o 1º par solto da maneira como mostrado ao lado.


C# E
Analise no segundo par uma das duas notas que faltam (“A” ou “C#”) e veremos que
pressionando a casa 2 teremos um “C#”, faça isso, pressione o segundo par na casa 2
(agora temos duas notas da tríade – Grau III – C#).

Anote o 2º par pressionado na casa 2 como mostrado ao lado.

Edição 2 13
Método de Viola Caipira

AC# E
Ainda falta encontrar o “A” no terceiro par, veja que ao pressioná-lo na casa 1 vamos
obter o “A” (pronto! tríade completa – Grau I – A).

Anote o 3º par pressionado na casa 1 como mostrado ao lado.

E AC# E
A tríade está completa, mas ainda temos o 4º e 5º pares sobrando não é? Pois bem, o 4º
par é equivalente ao 1º (“E”) lembra? Então é só repetir a nota, ou seja, toque o quarto
par solto igual ao primeiro.

Anote o 4º par solto como mostrado ao lado.

C# E AC# E
O 2º par é equivalente ao 5º par, portanto, é só repetir a nota novamente, ou seja, pres-
sione o quinto par na casa 2 da mesma forma que no segundo par.

Anote o 5º par pressionado na casa 2 como mostrado ao lado.

Veja no diagrama 1 (ao lado) que as cor- B E G# B E C# E A C# E E E


das soltas formam a tríade de “E” e no A
C# C#
diagrama 2, ao pressionar os dedos con-
forme indicado, estaremos “ajustando” a
anação para que ela atenda a tríade de “A”.
5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º
O diagrama 3 é igual ao diagrama 2, porém,
está representando as notas com os pares Diagrama 1 Diagrama 2 Diagrama 3
pressionados atendendo a Tríade de “A”. Cordas Soltas Acorde de “A” Pares pressionados

E A C#E A Na 2ª Região do braço da viola vamos obter um “A” fazendo uma pestana na casa 5, ou
seja, o dedo 1 da ME deve pressionar ao mesmo tempo todos os pares da casa 5.

Muitos violeiros sabem que uma pestana na casa 5 é um “A”, porém, são poucos os que
sabem que isso é possível porque ao pressionar todas as cordas na casa 5, estaremos
atendendo a tríade de “A”

A ordem das notas se altera, porém, a tríade é mantida, veja ao lado.

14 Edição 2
Método de Viola Caipira

A
Agora vejamos como ca um “A” na 3ª região do braço da viola.

Desta vez vamos construir o “A” da 5º para o 1º par. Procure a partir da sétima
casa 10 casa (onde inicia a 3ª região) no 5º par e note que aparece um “A” na casa 10.

A C#
Ainda temos de encontrar um “E” ou um “C#” no 4º par, que também devem
ser encontrados após a sétima casa que é a 3ª região do braço da viola.

casa 10 Encontraremos um “C#” na casa 9 do 4º par.

A C#E
Só falta encontrar e “E” no 3º par para que possamos fechar a tríade de “A”.

Ao pressionar o 3º par na casa 8, obteremos o “E”.


casa 10

A C#E A
Tríade completa, só que ainda temos dois pares sobrando e apenas mais um
dedo para ser utilizado. Sabemos que o 5º par é equivalente ao 2º par, então é só
repetir a mesma nota que cará conforme gura ao lado.
casa 10

A C#E A E
Agora já utilizamos os quatro dedos da ME e ainda resta um par solto, porém,
neste caso o 1º par solto é um “E” e esta nota faz parte da tríade de “A”.

casa 10

Edição 2 15
Método de Viola Caipira

Pronto, analise de forma técnica como foi construído este acorde de Lá maior nas guras abaixo e em
caso de dúvidas, refaça o processo utilizando os diagramas abaixo da próxima dica.
A ordem das notas se altera, mas a tríade de “A” é mantida.

A C# E A E E A C# E A E

E
C#
casa 10 casa 10 A A casa 10

Este processo pode ser feito com todos os outros acordes, desde que você “ajuste” corretamente a
anação dos pares para que atendam a “fórmula” da Tríade maior.
Esta teoria é muito importante para seu desenvolvimento musical não só na viola, mas também em
qualquer instrumento que for estudar.
Dica: Durante os estudos tenha em mãos: sua viola, a gura do braço da viola com as tríades, a gura
do braço da viola dividida por regiões, papel, lápis e borracha. Faça uso dos diagramas de acordes em
branco (abaixo) para auxiliá-lo na marcação dos pares que devem ser pressionados.
Abaixo dos diagramas utilize o sinal de para anotar as cordas que serão tocadas e o sinal de para
cordas que não devem ser tocadas caso não atendam a tríade.

C URIOSIDADE
Você sabe de onde vieram os nomes das notas musicais? Pois bem, as notas receberam seus respectivos
nomes por um Monge Beneditino Italiano chamado Guido D’Arezzo (995-1050), que retirou a primeira sílaba de
cada frase de um poema a São João Batista escrito em Latin, veja abaixo:
UT queant laxis REsonare bris MIra gestorum FAmuli tuorum SOLve polluti LAbii reatum Sancte Ioannes
No século XVII João Batista Doni alterou o UT para Dó, o que facilitou o solfejo
Tradução: Puricai bem-aventurado João, os nossos lábios polutos para podermos cantar dignamente as
maravilhas que o Senhor realizou em ti. Dos altos céus vem um mensageiro anunciar a teu Pai que
serias um varão insigne e a glória que terias.

16 Edição 2
Método de Viola Caipira

CONSTRUINDO ACORDES – TRÍADE MENOR


Agora que já sabemos como obter as tríades maiores, nosso estudo cará mais fácil para obter as
tríades menores, pois vamos utilizar a nossa tabela com todas as escalas (pág. 9) para extrair as infor-
mações necessárias para as Tríades Menores.

A “fórmula” da Tríade Menor é: Grau I (tônica), Grau III (bemól) e Grau V. Note que após o Grau
III está o símbolo do “b” (bemol), mas o que será que isto signica? Para responder esta pergunta
devemos relembrar que quando deixamos uma nota mais aguda utilizamos o sinal de “#” (sustenido)
e quando deixamos a nota mais grave utilizamos o sinal de “b” (bemol). Veja a gura abaixo:

Grave

Agudo

Como já construímos o acorde de “A”, ele será novamente usado como exemplo na construção da
tríade menor. Na teoria ca assim:
Nome do acorde Fórmula para obter o acorde

Acorde Menor ou Tríade Menor Grau I Grau III b Grau V

Acorde ou Grau I (Tônica) Grau III b Grau V


Tríade de “Am” A C# E

Tônica
I II III IV V VI VII VIII
A B C D E F# G# A

Edição 2 17
Método de Viola Caipira

Nas guras acima você notará que o Grau I é exatamente o “A”, pois a tônica será sempre a nota que
dá nome ao acorde, o Grau V continua sendo e “E”, porém o Grau III passou a ser um “C” ao invés
de um “C#”. Isto ocorre porque a “fórmula” da tríade menor requer que o Grau III seja “diminuido”
em ½ tom. Entre o Grau II (“B”) e o Grau III (“C#”) existe a nota “C” que está ½ tom antes do
“C#”. Na gura abaixo isto ca melhor representado.

I II III IV V VI VII VIII


A A# B C C# D D# E F F# G G# A

Na prática é muito simples, basta reduzir meio tom o Grau III em todas as tríades maiores e você
obterá a tríade menor.

Nos diagramas a seguir estão os acordes de “A” e “Am”: C# E A C# E C E A C E

Acorde de A Acorde de Am

Veja que nosso primeiro diagrama que representa o acorde de “A” na 1ª região do braço da viola , tem
dois “C#” (no 2º e no 5º par) que são o Grau III da tríade maior. Cada casa no braço de nossa viola
representa meio tom correto? A “fórmula” da tríade menor requer que o Grau III seja “diminuído”
em ½ tom para que passe a ser um “C”. Então cou simples, é só voltar uma casa no 2º e no 5º par
para que possamos obter o “C” e é isso que esta representado no segundo diagrama que representa o
acorde de “Am”.

Veja que o Grau I (A) e o Grau V (E) continuam presentes e apenas o “C#” passou a ser “C”.
Analisemos o “A” que fazemos na 2ª região é uma pestana na casa 5 onde o “C#” está no 3º par:

E A C# E A B A C E A

18 Edição 2
Método de Viola Caipira

Sabemos que temos de “diminuir” o Grau III em ½ tom, porém, temos uma pestana na casa 5. Ter-
emos de reordenar os dedos da ME para que possamos obter o “C”.

Desta vez, ao reordenar os dedos da ME, o 5º par não está atendendo a tríade, pois o 5º par solto é
um “B”, portanto, logo abaixo do diagrama no 5º par está um “ ” que indica que este par não deve
ser tocado.

Por m, na 3ª região vamos repetir o mesmo processo de voltar o “C#” em ½ tom pára que atenda
a tríade menor.
A C# E A E A C E A E A C E A E

casa 10

No primeiro diagrama está representado o acorde de “A” na 3ª região do braço da viola e nos diagra-
mas seguintes o “Am”, onde o “C#” passou a ser “C”.

Visualize diretamente no braço da viola as Tríades Menores: Graus I IIIb V

B G# E
Note que na gura ao lado, simplesmente voltamos o Grau 1 F C Tríade de Fm
III que está no 3º par uma casa para obter a tríade menor. É A#
só fazer o mesmo processo com as demais tríades maiores e 3 G D Tríade de Gm
C
você conseguirá saber os “ingredientes” para se montar os
5 A E Tríade de Am
acordes menores diretamente no braço da viola. 5º 4º 3º 2º 1º

Resumo: Para obter a Tríade Maior: Graus – I – III – V


Para obter a Tríade Menor: Graus – I – IIIb – V

Dica: Estes conceitos são muito disseminados de forma escrita, mas garanto a você que estudar com
a viola nas mãos e aprender de forma direta como obter as tríades maiores ou menores torna o estudo
muito mais prazeroso, além de que, você estará assimilando uma teoria que poderá aplicar em qualquer
outro instrumento. Vale a pena dar um foco especial nesta parte, anal de contas: nós podemos ser
caipiras, mas somos bem informados.

Edição 2 19
Método de Viola Caipira

4. OS SEGREDOS DOS PONTEADOS - PARTE I


ESCALA DUETADA DO 2º E 3º PAR
Lembrando que no estudo das escalas duetadas, os números representam os dedos da ME e as linhas
que os unem signicam que são tocados ao mesmo tempo.

0 3 3 3 3 3 3 3
0 1 1 2 2 1 2 2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Casas

Fique atento ao correto posicionamento dos dedos nas respectivas casas e toque apenas o 2º e 3º par
utilizando o polegar até assimilar a localização correta da escala.

Outra forma de treinar a escala acima é com a utilização do arpejo da MD, porém, somente treine este
exercício após ter assimilado bem a escala acima para um correto posicionamento dos dedos da ME:

intervalo

i m i m i m i m i m i m i m i m
1º par E
2º par B 0 2 4 5 7 9 10 12
3º par G 0 1 3 5 7 8 10 12
4º par E
5º par B 0 0 0 0 0 0 0 0

P P P P P P P P

Na gura acima cada intervalo representa um movimento da escala duetada do 2º e 3º par e os núme-
ros voltam a representar as casas que devem ser pressionadas no braço da viola. As letras acima e
abaixo da tablatura representam os dedos da MD, sendo: P - Polegar, i - indicador e m - médio. As
setas indicam o sentido em que devem ser tocados os pares.

Forma de execução: Toque o quinto par solto com o polegar (P), em seguida o terceiro par solto
com o indicador (i) e o segundo par solto com o dedo médio (m) completando o primeiro intervalo.
Repita o processo com os demais intervalos.

20 Edição 2
Método de Viola Caipira

Execute o arpejo com calma e vá aumentando a velocidade aos poucos, pois a beleza está na precisão
e velocidade dos movimentos.

PONTEANDO UMA MÚSICA


Já sabemos que o grande segredo dos ponteados é o estudo minucioso das escalas duetadas, onde os
dedos devem ser posicionados corretamente e tocados com precisão.
Colocaremos em prática agora o estudo das escalas do 1º e 2º par e também do 2º e 3º par ponteando a
melodia da música “O menino da porteira”. Por tratar-se de uma melodia conhecida, seu aprendizado
se torna mais fácil.
Toque apenas nos pares representados abaixo, os demais não devem ser tocados. Utilize o polegar para
executar a tablatura.
O tempo de execução de cada toque varia de acordo com a melodia da música, portanto, você deverá
tocar e cantar a melodia ao mesmo tempo para “acertar” o tempo de cada toque.
Treine uma linha de tablatura por vez até que esteja bem assimilada e só depois passe para linha
seguinte.
To da vez que eu vi a já va pe La estra da de ouro  no
1º par 9 9 9 9 9 7 9 9 10 10 12 12 9 9 7 7
2º par 10 10 10 10 10 9 10 10 12 12 14 14 10 10 9 9
3º par
4º par
5º par

De lon ge eu a vis ta va a  gu ra de um me ni no
1º par 4 4 4 4 4 2 4 4 5 5 7 7 10 10 9 9
2º par 5 5 5 5 5 4 5 5 7 7 9 9 12 12 10 10
3º par
4º par
5º par

Que cor ria abrir a por tei ra de pois vi nha me pe din do


1º par 9 9 9 9 9 7 9 9 10 10 12 12 9 9 7 7
2º par 10 10 10 10 10 9 10 10 12 12 14 14 10 10 9 9
3º par
4º par
5º par

To que o ber ran te seu mo ço que é pra eu  car ou vin do


1º par 4 4 4 4 4 5 4 4 0 0 2 2
2º par 5 5 5 5 5 7 5 5 2 2 3 3 3 3 2 2
3º par 3 3 1 1
4º par
5º par

Edição 2 21
Método de Viola Caipira

Quan do a boi a da pas sa va ea po eira í a bai xan do


1º par 2 2 2 2 2 0 2 2 2 0 2 5 5 4 4 4
2º par 3 3 3 3 3 2 3 3 3 2 3 7 7 5 5 5
3º par
4º par
5º par

Eu jo ga va uma mo e da e ele sa í a pu lan do


1º par 4 4 4 4 4 2 4 4 5 5 7 10 10 9 9 9
2º par 5 5 5 5 5 4 5 5 7 7 9 12 12 10 10 10
3º par
4º par
5º par

O bri ga do boi a dei ro que Deus vá lhe acom pa nhan do


1º par 9 9 9 9 9 7 9 9 10 10 12 12 9 9 7 7
2º par 10 10 10 10 10 9 10 10 12 12 14 14 10 10 9 9
3º par
4º par
5º par

Na que le ser tão a fo ra meu ber ran te ia to can do


1º par 4 4 4 4 4 5 4 4 0 0 2 2
2º par 5 5 5 5 5 7 5 5 2 2 3 3 3 3 2 2
3º par 3 3 1 1
4º par
5º par

ANALISANDO O PONTEADO
Cada toque deve ser executado exatamente no local determinado pela sílaba acima do mesmo. Exceder
o número de toques ou mesmo omitir algum deles, poderá afetar a melodia da música.

Note que são oito linhas de tablaturas que representam as oito linhas do primeiro verso da música.
Para executar os outros dois versos restantes é só repetir as oito linhas de tablatura pois a melodia dos
versos se repete.

Concluindo: Se você tocar o primeiro verso, automaticamente poderá tocar o segundo e terceiro também.

A execução correta é iniciar com o estribilho (solo) da música já estudado na página 4 e em seguida o
ponteado da melodia.

Este estudo é parte fundamental para que possamos executar as modas de viola como “Rei do gado”
e “Travessia do Araguaia”, pois as modas são cantadas exatamente desta maneira, onde cada sílaba
representa um toque na viola. É quando dizem que fazemos a viola “falar”.

22 Edição 2
Método de Viola Caipira

Vejamos agora outro ritmo em nossa viola caipira onde são tocadas as músicas “Encantos da nature-
za”, “Jeitão de caboclo”, “O poder do criador”, dentre outras.

RITMO: QUERUMANA
A querumana é extremamente simples e consiste nos seguintes movimentos da MD (mão direita):

Movimento 1 – Descida do polegar (5º para o 1º par) Querumana

Movimento 2 – Subida do indicador (1º para o 5º par) P I P I Abafa

Movimento 3 – Descida do polegar (5º para o 1º par)


Movimento 4 – Subida do indicador (1º para o 5º par) 1 2 3 4 5
Movimento 5 – Abafar as cordas O ciclo vai se repetindo

A cada cinco movimentos realizamos um compasso da querumana.

O tempo de execução dos movimentos 1, 2, 3 e 4 devem ser de ½ segundo cada um e o movimento


5 (abafar) deve durar 1 segundo.

Treine os movimentos até assimilar a mecânica, porém, tenha atenção ao abafar de forma suave as
cordas e para que nenhuma emita som.

5. EXECUTANDO A DANADA - PARTE II


Para colocar em prática este novo ritmo vamos tocar a música “Franquinho na Panela” onde apresen-
taremos em sua tablatura uma técnica chamada ligadura ou ligado.

Mais adiante daremos um foco maior no estudo dos ligados.

Para realizar a ligadura, representada pelo sinal de “ligadu” você pressiona a casa 4 do 2º par com o
dedo “1” da ME, toque com o polegar da MD e em seguida pressiona a casa 5 com o dedo “2” da ME
sem tocá-la com a MD. É como se estivesse dando uma “martelada” para que ela emita som.

As setas na tablatura indicam que você deve realizar os quatro movimentos da querumana no acorde
“A” e, ao invés de completar o compasso com o movimento 5 (abafar), você deve realizar a ligadura
que desta vez está no quinto par da casa 4 para 5.

Edição 2 23
Método de Viola Caipira

Este estribilho (solo) é a aplicação da escala duetada do 1º e 2º par e também da escala duetada do 3º
e 4º par. Tenha atenção no posicionamento correto dos dedos e toque apenas os pares indicados, os
demais não devem ser tocados.

Apenas um toque no estribilho (indicado pela seta) terá duração de 1 segundo, os demais terão dura-
ção de ½ segundo.

MÚSICA: FRANGUINHO NA PANELA


Moacyr dos Santos / Paraíso - Tom: A - Ritmo: QUERUMANA

Ligadura
A E7 D A E7 A E7 A
1º par E 4 7 4 2 5 2 5 5 5 5 5 5 5 5
2º par B 4 5 5 3 5 5 5 5 5 5 5 5
3º par G 5 5 5 5 0 0 1 3 1 0 5 5 6 8 0 0 1 2 1 0 5 5 5 5
4º par E 5 5 5 5 0 0 2 4 2 0 5 5 7 9 0 0 2 4 2 0 5 5 5 5
5º par B 5 5 5 5 4 5 5 5 5 5

1 segundo

A % % % E7
O recanto onde moro é uma linda passarela

% % % A
O carijó canta cedo bem pertinho da janela

% % % E7
Eu levanto quando bate o sininho da capela

% D % A
E lá vou eu pro roçado, tenho Deus de sentinela

% E7 % A
Tem dias que o meu almoço é um pão com mortadela

A7 D Bm E7 % A
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os lhinhos, tem franguinho na panela

(Executar o solo)

24 Edição 2
Método de Viola Caipira

A % % % E7
Eu tenho um burrinho preto bom de arado e bom de cela

% % % A
Pro leitinho das criança a vaquinha cinderela

% % % E7
Galinhada no terreiro, papagaio tagarela

% D % A
Eu ando de qualquer jeito, de botina ou de chinela

% E7 % A
Na roça se a fome aperta, vou apertando a vela

A7 D Bm E7 A
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os lhinhos, tem franguinho na panela

(Executar o solo)

A % % % E7
Quando eu co sem serviço a tristeza me atropela

% % % A
Eu pego uns bicos pra fora e deixo cedo a currutela

% % % E7
Eu levo meu viradinho é um fundinho de tigela

% D % A
É só farinha com ovo, mas da gema bem amarela

% E7 % A
É esse o meu almoço, que desce seco na goela

A7 D Bm E7 A
Mas lá no meu ranchinho a mulher e os lhinhos, tem franguinho na panela

(Executar o solo)

Edição 2 25
Método de Viola Caipira

A % % % E7
Minha mulher é um doce e diz que eu sou o doce dela

% % % A
Ela faz tudo pra mim e tudo o que eu faço é pra ela

% % % E7
Não vestimos lã nem linho é no algodão e na anela

% D % A
É assim a nossa vida que levamos na cautela

% E7 % A
Se eu morrer Deus dá um jeito, pois a vida é muito bela

A7 D Bm E7 % A
Não vai faltar no ranchinho pra mulher e os lhinhos, o franguinho na panela

Caso você ainda não tenha adquirido a Edição 1 com o dicionário de acordes, segue abaixo os diagra-
mas utilizados na música acima, porém é aconselhável que você adquira todas as edições para maior
ecácia do aprendizado, uma vez que iremos do básico ao avançado:

A E7 A7 D Bm

5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º 5º 4º 3º 2º 1º

C URIOSIDADE
Você sabe o que signica a palavra currutela da música anterior?

Pois bem, currutela signica uma pequena cidade ou vilarejo. É importante sabermos estes signicados para que
possamos transmitir estas informações para outras pessoas, uma vez que, o vocabulário caipira é tão rico.

26 Edição 2
Método de Viola Caipira

6. OS SEGREDOS DOS PONTEADOS - PARTE II


ESCALA DUETADA 1º E 3º PAR
Esta escala tem uma diferença de outras já estudadas, pois está “pulando” o 2º par e deverá ser tocada
da seguinte maneira:

O polegar tocará o 3º par e o indicador tocará o 1º par simultâneamente, os demais pares não devem
ser tocados. As setas indicam o sentido que os dedos devem tocar os pares.

Na gura abaixo os números representam os dedos da ME para que se acostumem com o correto posi-
cionamento na execução da escala. Atenção no primeiro movimento que é realizado com os pares soltos.

0 3 3 3 3 3 3 3

0 1 1 2 2 1 2 2

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Casas

Assim que você assimilar a escala do 1º e 3º par, treine a mesma escala executando o seguinte arpejo
para MD na tablatura abaixo, onde P = Polegar, i = indicador e a = anelar.

Os números na tablatura representam as casas que devem ser pressionadas.

intervalo

i a i a i a i a i a i a i a i a
1º par E 0 2 4 5 7 9 11 12
2º par B
3º par G 0 1 3 5 7 8 10 12
4º par E
5º par B 0 0 0 0 0 0 0 0

P P P P P P P P

Toque o 5º par solto com o polegar, em seguida toque o 3º par solto com o indicador e por m toque
o 1º par com o anelar completando o primeiro intervalo. Repita a mesma operação para os demais
intervalos. Treinar com calma é primordial para uma execução precisa das escalas e a velocidade vem
com tempo e treino diário. As setas indicam o sentido em que os dedos devem tocar os pares.

Edição 2 27
Método de Viola Caipira

Dica: Quando você estiver “fera” na escala do 1º e 3º par, realize o arpejo acima variando os inter-
valos. Note que são oito intervalos, pois bem, como sugestão toque o primeiro e na sequência toque
o quarto, seguindo para o quinto e assim por diante conforme sua criatividade mandar e garanto que
você já poderá iniciar suas primeiras composições de ponteados.

OS DEDOS VÃO FICANDO “LISOS”


Exercícios para escalas duetadas utilizando arpejos na MD:

Treine os arpejos abaixo com precisão e técnica procurando obter um som “limpo”. Este tipo de
exercício requer leveza e calma em sua execução, portanto, tenha atenção ao excesso de força ao pres-
sionar os pares e mesmo ao tocá-los com a MD. Assim que obtiver domínio e segurança na digitação
(colocação correta dos dedos da ME) e arpejo, vá aumentando a velocidade. Note que as escalas estão
com suas sequências alteradas justamente para aumentar sua técnica.

Junto a escala também está representado o arpejo que MD deve realizar, onde: P = polegar, i = indi-
cador, m = médio e a = anelar.

As setas indicam o sentido em que os pares devem ser tocados.


P i a

5º par 3º par 1º par

Escala 1º e 3º par Arpejo da MD (Mão Direita)

1º 5 7 4 5 2 4 0 12 11 12

3º 5 7 3 5 1 3 0 12 10 12

5º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

P i m

5º par 3º par 2º par

Escala 2º e 3º par Arpejo da MD (Mão Direita)


2º 4 5 7 12 11 9 7 4 7 5 4
3º 3 5 7 12 10 8 7 3 7 5 3

5º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

C URIOSIDADE
A música instrumental intitulada “Pau Brasil” do saudoso Gedeão da Viola foi tema de abertura do programa Viola
minha Viola por mais de 10 anos e sua execução é baseada quase que totalmente na escala duetada do 1º e 3º par.

28 Edição 2
Método de Viola Caipira

P a P

4º par 1º par 3º par

Escala 3º e 4º par Arpejo da MD (Mão Direita)

1º 0 0 0 0 0 0 0 0 0

3º 0 1 3 7 5 7 1 0 12
4º 0 2 4 7 5 7 2 0 12

P m a

5º par 2º par 1º par

Escala 1º e 2º par Arpejo da MD (Mão Direita)

1º 5 7 5 9 11 9 7 5 4
2º 4 9 7 10 12 10 9 7 5


5º 0 0 0 0 0 0 0 0 0

LIGADOS OU LIGADURA
O ligado ou ligadura é representado pelo símbolo “ligadu” (um arco). Este símbolo é utilizado nas tabla-
turas e também nas partituras com o mesmo propósito, emitirem dois sons com apenas um toque da MD.

É uma técnica muito utilizada na viola caipira embora muitos violeiros a realizem por instinto puro, e
por vezes dando outros nomes como “puxadinho”, “estilingada”, etc.

Estar apto para executá-lo com perfeição exige dedicação e treino diário.

Com o passar do tempo você poderá perceber esta técnica em diversos solos de pagodes, querumanas,
modas de viola, etc.

A música Franguinho na panela apresenta duas ligaduras de execução simples, porém, existem outros
tipos mais complexos que veremos a seguir.

Na sequência abaixo os números representam tanto os dedos da ME como também as casas.

1º par E 1 2 3 4
2º par B 1 2 3 4
3º par G 1 2 3 4
4º par E 1 2 3 4
5º par B 1 2 3 4

Edição 2 29
Método de Viola Caipira

Pressione a primeira casa com o dedo 1 da ME e toque com o polegar da MD, na sequência pressione
a segunda casa com o dedo 2 da ME sem que haja toque da MD.(como se fosse uma “martelada”). No
conjunto seguinte, repita o processo pressionando a terceira casa com o dedo 3 da ME, toque com o
polegar da MD e pressione e quarta casa com o dedo 4 da ME.

Uma dica importante é você manter pressionado o dedo que inicia a ligadura até que o próximo dedo
consiga dar a “martelada” nas cordas, veja as imagens abaixo:

Figura A (Inicial) Figura B (Errado) Figura C (Correto)

A Figura “A” é a posição inicial onde o dedo 1 pressiona o par que é tocado pelo polegar da MD.

A Figura “B” mostra o erro mais comum aos iniciantes, pois ao dar a “martelada” com o dedo 2, a
tendência é de que o dedo 1 se solte do par.

A Figura “C” é a forma correta de efetuar o ligado, mantendo o dedo 1 pressionado até que o dedo 2
obtenha o som da ligadura.

Utilizaremos abaixo apenas os dedos 1 e 3 da ME na primeira e terceira casa de cada par:

1º par E 1 3
2º par B 1 3 1 3
3º par G 1 3 1 3
4º par E 1 3 1 3
5º par B 1 3 1 3

O próximo exercício exige um pouco mais de paciência e auto-cobrança para que o som saia “limpo”
pois vamos alternar os pares e dedos.

1º par E 1 3
2º par B 2 3 1 3
3º par G 1 3 2 3
4º par E 1 2 3 4 1 3
5º par B 2 3 2 3

30 Edição 2
Método de Viola Caipira

Este exercícios são a base para se tocar os mais diversos ligados dentro dos solos da músicas.

O ligado também pode ser executado de maneira inversa, veja as guras abaixo:

Na Figura “A” note que o dedo


2 pressiona a segunda casa e o
dedo 1 também já está pressio-
nando a primeira casa, toque com
o polegar da MD e solte o dedo
1 para que o som do dedo 2 seja
emitido sem tocar com a MD.
Figura A (Inicial) Figura B

Nesta fase dos estudos os ligados vão emitir dois sons com apenas um toque da MD.

Treine as sequências abaixo com atenção e precisão:

1º par E 2 1 4 3
2º par B 2 1 4 3
3º par G 2 1 4 3
4º par E 2 1 4 3
5º par B 2 1 4 3

1º par E 3 1
2º par B 3 1 3 1
3º par G 3 1 3 1
4º par E 3 1 3 1
5º par B 3 1 3 1

Dica: Tenha atenção na colocação correta dos dedos e preocupe-se com sua postura ao tocar evitando
car curvado sobre a viola. Uma postura errada pode ocasionar dores indesejáveis. Mantenha a viola
na altura do peito e utilize correia sempre que for estudar ou tocar.

7. CHORA VIOLA
Na edição anterior foi apresentado o ritmo da toada. Vamos então tocar mais esta linda canção que é
sempre cantada nas rodas de viola.

O estribilho (solo) é exatamente a melodia da música, portanto, o tempo de cada toque é igual a
melodia, assim como zemos no ponteado do O Menino da porteira, onde cada toque representa
praticamente uma sílaba da palavra.

Edição 2 31
Método de Viola Caipira

Eu não tro co meu ran chi nho amar ra di nho de ci pó por uma ca sa na ci da de nem que se já ban ga ló
1º par 9 9 9 9 9 7 10 10 10 10 7 7 7 7 9 5 5 7 7 5 5 4 4 2 2
2º par 10 10 10 10 10 9 12 12 12 12 9 9 9 9 10 7 7 9 9 7 7 5 5 3 3 5 5 3 3 2
3º par 5 5 3 3 1
4º par
5º par

Este estribilho também é aplicação da escala duetada do 1º e 2º par, além de um pequeno trecho que
utiliza a escala do 2º e 3º par.

Agora os números na tablatura representam as casas e pares que devem ser pressionados. Em caso de
dúvidas, consulte “Tablaturas” na Edição 1.

MÚSICA: CHITÃOZINHO E XORORÓ


Serrinha / Athos Campos - Tom: A - Ritmo: TOADA

A E7 A
1º par 9 9 9 9 9 7 10 10 10 10 7 7 7 7 9 5 5 7 7 5 5 4 4 2 2
2º par 10 10 10 10 10 9 12 12 12 12 9 9 9 9 10 7 7 9 9 7 7 5 5 3 3 5 5 3 3 2
3º par 5 5 3 3 1
4º par
5º par

A % E7 % A
Eu não troco meu ranchinho amarradinho de cipó

% E7 % A
Pruma casa na cidade nem que seja bangaló

A7 D % A
Eu moro lá no deserto sem vizinho eu vivo só

% E7 % A
Só me alegra quando pia lá praqueles cafundó

% E7 % A
É o inhambu xitã e o xororó Refrão

% E7 % A
É o inhambu xitã e o xororó

(solo)

32 Edição 2
Método de Viola Caipira

A % E7 % A
Quando rompe a madrugada canta o galo carijó

% E7 % A
Pia triste a coruja na cumiera do paiól

A7 D % A
Quando chega o entardecer pia triste o jaó (Refrão - Só me alegra...)

A % E7 % A
Não me dou com a terra roxa com a seca larga pó

% E7 % A
Na baixada do areião eu sinto um prazer maió

A7 D % A
Ver a rolinha no andar no areião faz caracór (Refrão - Só me alegra...)

A % E7 % A
Eu faço minha caçada bem antes de sair o sol

% E7 % A
Espingarda de cartucho patrona de tiracó

A7 D % A
Tenho buzina e cachorro pra fazer forrobodó (Refrão - Só me alegra...)

A % E7 % A
Quando sei de uma notícia que outro canta mió

% E7 % A
Meu coração dá um balanço ca meio banzaró

A7 D % A
Suspiro sai do meu peito que nem bala javeló (Refrão - Só me alegra...)

Edição 2 33
Método de Viola Caipira

8. TESTANDO O VIOLEIRO
1) Baseado na estrutura da escala “C”, complete as escalas tendo atenção na distância correta entre os tons:

I II III IV V VI VII VIII Graus I II III IV V VI VII VIII Graus

G __ __ __ __ __ __ __ F __ __ __ __ __ __ __
½ tom ½ tom ½ tom ½ tom

I II III IV V VI VII VIII Graus I II III IV V VI VII VIII Graus

F# __ __ __ __ __ __ __ D __ __ __ __ __ __ __
½ tom ½ tom ½ tom ½ tom

2) Qual a tríade maior ou menor dos seguintes acordes:

F# B D A G
I III V I III V I III V I III V I III V
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

F#m Bm Dm Am Gm
I IIIb V I IIIb V I IIIb V I IIIb V I IIIb V
__ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

3) Na gura ao lado que representa o bra- 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

ço da viola estão omitidos os “b” (bemol) 1º par E F F# G G# A A# B C C# D D# E


para facilitar o exercício. Com as infor- 2º par B C C# D D# E F F# G G# A A# B
mações das tríades obtidas no exercício 3º parG# A A# B C C# D D# E F F# G G#

2, construa os acordes nos diagramas nas 4º par E F F# G G# A A# B C C# D D# E


três regiões do braço da viola: 5º par B C C# D D# E F F# G G# A A# B

A E B D# C# Gm Fm A#m Dm C#m
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
11 11 11 11 11 11 11 11 11 11
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

34 Edição 2
Método de Viola Caipira

9. AGORA TÁ MASTIGADO
1) Resposta:

I II III IV V VI VII VIII Graus I II III IV V VI VII VIII Graus

G A B C D E F# G F G A A# C D E F
½ tom ½ tom ½ tom ½ tom

I II III IV V VI VII VIII Graus I II III IV V VI VII VIII Graus

F# G# A# B C# D# F F# D E F# G A B C# D
½ tom ½ tom ½ tom ½ tom

2) Resposta:

F# B D A G
I III V I III V I III V I III V I III V
F# A# C# B D# F# D F# A A C# E G B D

F#m Bm Dm Am Gm
I IIIb V I IIIb V I IIIb V I IIIb V I IIIb V
F# A C# B D F# D F A A C E G A# D

3) Abaixo estão circuladas na 2ª região de cada diagrama para que você possa dinstinguir as três manei-
ras diferentes de se “montar” o mesmo acorde. Durante a execução de uma música, você pode optar
por uma delas. O mesmo se aplica para os demais diagramas. Tente sempre variar o posicionamento
do mesmo acorde para que você assimile as regiões do braço da viola. Este tipo de prática lhe dará um
domínio muito grande no estudo do braço e, com certeza, outros violeiros irão lhe perguntar sobre
estes acordes “diferentes”.
F# B D A G F#m Bm Dm Am Gm
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
7 7 7 7 7 7 7 7 7 7
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8
9 9 9 9 9 9 9 9 9 9
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
11 11 11 11 11 11 11 11 11 11
12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Edição 2 35
1. Executando a danada - Parte I...............................................................3 4. Os Segredos dos Ponteados - Parte I ....................................................20
Ritmo: Cururu .................................................................................................3 Escala Duetada do 2º e 3º par.....................................................................20
Música: O Menino da Porteira......................................................................4 Ponteando uma Música ................................................................................21
Analisando o Solo da Música ........................................................................6 Analisando o Ponteado ................................................................................22
Analisando a Música .......................................................................................6 Ritmo: Querumana .......................................................................................23
2. Sou Caipira mas entendo do assunto...................................................7
5. Executando a danada - Parte II ..........................................................23
Formação de Acordes ....................................................................................7
Ligadura ou Ligado.......................................................................................23
Escala de “C” ...............................................................................................8
Música: Franguinho na Panela ....................................................................24
Escala de “D” ..............................................................................................8
Curiosidade ....................................................................................................26
Tabela com todas as Escalas .........................................................................9
Construindo Acordes Maiores - Tríade Maior .........................................10 6. Os Segredos dos Ponteados - Parte II ...............................................27
3. Da Teoria para a Prática ........................................................................12 Escala Duetada 1º e 3º par ..........................................................................27
Formação de Acordes ..................................................................................12 Os dedos vão cando “lisos”......................................................................28
Regiões do braço da viola ............................................................................13 Curiosidade ....................................................................................................28
Curiosidade ....................................................................................................16 Ligadura ou Ligado.......................................................................................29
Construindo Acordes Menores - Tríade Menor ......................................17 7. Chora Viola ................................................................................................31
Música: Chitãozinho e Xororó ...................................................................32
8. Testando o Violeiro - Exercícios .........................................................34
9. Agora tá Mastigado - Respostas dos Exercícios ............................35

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