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Revista EDaPECI

São Cristóvão (SE)


ISSN: 2176-171X v.18. n. 3, p. 19-31
set./dez. 2018
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E PRÁTICAS EDUCATIVAS COMUNICACIOANIS E INTERCULTURAIS

DOI:h p://dx.doi.org/10.29276/redapeci.2018.18.310030.19-31

Avaliação da qualidade de serviços de equipe interdisciplinar nos processos educa vos em


diabetes
---------
Assessment of quality of services in diabe c associa on in southeast goiano
---------
Evaluación de la calidad de servicios de equipo interdisciplinar en los procedimientos
educa vos en diabetes

Geraldo Sadoyama1
Amanda Oliveira Soares Monteiro Silveira2
Ednólia Gomes Varjão Fernandes3
Adriana Santos Prado Sadoyama4

Resumo: O Diabetes é um relevante e crescente problema de saúde pública, devido elevada incidência, prevalência,
morbimortalidade e custos econômicos. Devido necessidade de tratamento mais eficaz, busca-se processos
educa vos em Diabetes para melhorias na qualidade do atendimento prestado aos usuários. Dessa forma,
percebeu-se necessidade de avaliar a sa sfação dos usuários em relação ao serviço prestado por uma equipe
mul profissional, com abordagem interdisciplinar, em uma associação de diabé cos no Sudeste Goiano. Trata-se
de pesquisa com abordagem quan ta va e transversal. Par ciparam 333 diabé cos e u lizou-se a escala SERVPERF
para avaliação da qualidade do atendimento. Percebeu-se alto percentual de sa sfação em relação aos serviços
ofertados. Porém, observou-se que os pontos fracos foram a estrutura sica e o atendimento dos funcionários
aos usuários sobre o conhecimento de suas necessidades específicas, que necessitam de atenção por parte da
ins tuição. Todavia, o cumprimento das obrigações dos serviços prestados pela equipe mul profissional e a
confiança dos funcionários em relação ao atendimento foram pontuadas como pontos fortes responsáveis pela
sa sfação elevada em relação à prestação de serviços. Portanto torna-se relevante que as organizações percebam
a importância da avaliação da qualidade de seus serviços para iden ficação de suas necessidades e assim busquem
soluções que promovam melhorias na qualidade do atendimento.

Palavras-chave: Educação. Qualidade. Serviços de saúde.

Abstract: Diabetes is a relevant and growing public health problem, due to its high incidence, prevalence, morbidity
and mortality and economic costs. Due to the need for more effec ve treatment, we seek educa onal processes in
Diabetes to improve the quality of care provided to users. Therefore, it was necessary to evaluate the sa sfac on
of the users in rela on to the service provided by a mul professional team, with an interdisciplinary approach,
in an associa on of diabe cs in Southeast Goiano. It is a research with a quan ta ve and transversal approach.
A total of 333 diabe cs par cipated and the SERVPERF scale was used to evaluate the quality of care. A high
percentage of sa sfac on with the services offered was perceived. However, it was observed that the weaknesses
were the physical structure and the a endance of the employees to the users on the knowledge of their specific
needs, that need a en on of the ins tu on. However, the fulfillment of the obliga ons of the services provided by
the mul professional team and the trust of the employees in rela on to the service were scored as strong points

1 Doutor em Imunologia e Parasitologia Aplicadas, Professor no Programa de Pós-Graduação em Gestão


Organizacional da Universidade Federal de Goiás (UFG).
2 Mestre em Gestão Organizacional, Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG).
3 Mestranda em Gestão Organizacional na Universidade Federal de Goiás (UFG).
4 Doutora em Linguís ca e Língua Portuguesa, Professora do Programa de Mestrado em Gestão Organizacional
da Universidade Federal de Goiás (UFG), Vice-líder do Grupo de Pesquisa Qualidade Educacional, Coordenadora
do Grupo de Estudos Qualidade na Educação Brasileira: metas e perspec vas.
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responsible for the high sa sfac on with the service rendering. It is therefore relevant that organiza ons realize the
importance of evalua ng the quality of their services to iden fy their needs and thus seek solu ons that promote
improvements in the quality of care.

Keywords: Educa on. Health services. Quality.

Resumen: La diabetes es un problema y un problema de salud pública, debido a una elevada incidencia, prevalencia,
morbimortalidad y costos económicos. Debido a la necesidad de tratamiento más eficaz, se buscan procesos educa vos
en Diabetes para mejorar la calidad de la atención prestada a los usuarios. De esta forma, se percibió necesidad de
evaluar la sa sfacción de los usuarios en relación al servicio prestado por un equipo mul profesional, con abordaje
interdisciplinario, en una asociación de diabé cos en el Sudeste de Goiano. Se trata de una inves gación con enfoque
cuan ta vo y transversal. Par ciparon 333 diabé cos y se u lizó la escala SERVPERF para evaluación de la calidad de
la atención. Se percibió alto porcentaje de sa sfacción en relación a los servicios ofertados. Sin embargo, se observó
que los puntos débiles fueron la estructura sica y la atención de los empleados a los usuarios sobre el conocimiento
de sus necesidades específicas, que necesitan atención por parte de la ins tución. Sin embargo, el cumplimiento de las
obligaciones de los servicios prestados por el equipo mul profesional y la confianza de los funcionarios en relación a la
atención fueron puntuadas como puntos fuertes responsables de la sa sfacción elevada en relación a la prestación de
servicios. Por lo tanto, es relevante que las organizaciones perciban la importancia de la evaluación de la calidad de sus
servicios para iden ficar sus necesidades y así buscar soluciones que promuevan mejoras en la calidad de la atención.

Palabras-chave: Calidad. Educación. Servicios de salud.

INTRODUÇÃO sidade, hipertensão, dislipidemia e tabagismo,


tem contribuído para maiores dificuldades no
O Diabetes Mellitus (DM) é um relevante e tratamento e no alcance de metas terapêu -
crescente problema de saúde pública, devido cas (SBD, 2017). É importante que os processos
elevada incidência, prevalência, morbimortali- educa vos em diabetes sejam considerados no
dade e custos econômicos. O aumento da pre- contexto da terapia, permi ndo que os indiví-
valência de diabetes tem ocorrido decorrente duos adquiram conhecimento, habilidades e
da elevação da frequência de obesidade, se- a técnica necessária para o autocuidado, para
dentarismo, do crescimento e envelhecimento que assim melhorem o controle glicêmico, con-
populacional, da maior taxa de urbanização, sequentemente, a qualidade de vida e redução
bem como, da maior sobrevida dos pacientes das complicações crônicas relacionadas a doen-
diabé cos (WHO, 2014, SBD, 2017). ça (POWERS, et al.,2015; BECK et. al., 2017).
Conforme dados da Federação Internacio- Ressalta-se ainda que os serviços que se
nal de Diabetes (IDF, 2017), atualmente há 425 propõem ao tratamento de indivíduos com
milhões de pessoas com diabetes, e es ma - DM incorporem as propostas de educação em
vas sugerem que esta projeção deverá aumen- Diabetes e sejam conduzidos por uma equipe
tar para 629 milhões de indivíduos em 2040. mul profissional com abordagem interdiscipli-
É importante ressaltar que metade dessa po- nar formada por profissionais na área da saúde,
pulação desconhece a doença no momento como médicos, educador sico, nutricionistas,
do diagnós co e integra o grupo de pacientes enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e
com maior risco de apresentarem complica- outros (AADE, 2002; GRILO et al., 2013). Dessa
ções com maiores custos (re nopa a, neuro- forma, a qualidade do atendimento ofertado
pa a, doença renal, doenças cardiovasculares aos pacientes diabé cos tem sido considera-
e cerebrovasculares). da fator de relevância no tratamento, uma vez
O baixo desempenho dos sistemas de sáu- que indivíduos mais sa sfeitos com a forma de
de, a falta de conscien zação sobre o diabetes serem acolhidos, demonstram maior adesão
entre a população geral e os profissionais de ao tratamento, melhor controle metabólico e
saúde, a escassez de uma equipe mul discipli- capacitação das ações de educação em diabe-
nar disponível para educação em diabetes e a tes (MENDES et al., 2010; CHRVALA; SHERR;
falta de intervenções para os fatores como obe- LIPMAN, 2016).

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Nesse sen do, esta pesquisa buscou ava- assim, a qualidade será avaliada pelo desem-
liar a qualidade do atendimento prestado por penho, uma vez que é conceituada como uma
uma equipe mul profissional com abordagem a tude do cliente nas dimensões da qualida-
interdisciplinar nos processos educa vos dos de.
usuários de uma associação de diabé cos. Para Cronin e Taylor (1992), a escala SER-
VPERF apresentou melhores resultados. As es-
2 REFERENCIAL TEÓRICO ma vas foram mais confiáveis, mais conver-
2.1 Gestão da qualidade em serviços gentes e de validade discriminante em relação
à SERVQUAL, uma vez que reduziu pela meta-
O cenário atual demonstra que qualidade de o número de itens a serem avaliados, quan-
dos serviços não deve ser mais considerada do se analisa apenas as percepções e conclui-
como algo opcional das empresas, e sim, con- -se que a qualidade dos serviços prestados é
dição fundamental para a ins tuição se manter melhor avaliada pelas percepções que os con-
compe va no mercado. Assim, a avaliação da sumidores têm em relação ao desempenho do
qualidade é muito importante para qualquer serviço. Portanto, observa-se que a qualidade
po de ins tuição, pois é ela que determina percebida dos serviços é um antecedente à sa-
se os resultados da implementação de ações sfação do cliente, e que essa sa sfação tem
de produção de qualidade conferem confiabi- efeito impactante nas intenções de aquisição
lidade e capacidade ao plano de gestão da em- dos serviços.
presa prestadora de serviço, permi ndo que a Dessa forma, o modelo SERVPERF leva em
avaliação sirva como elemento sinalizador das consideração a qualidade total. A gestão é vista
ações estratégicas das organizações (PALLADI- não apenas como os resultados ob dos, mas
NI, 2012). envolve todos os funcionários e o processo
Vários instrumentos têm sido u lizados produ vo de atendimento ao cliente, de forma
para avaliação da qualidade de serviços; neste que as empresas tenham um retorno sobre a
contexto destacam-se os instrumentos SERV- qualidade percebida pelos serviços ofertados
QUAL e SERVPERF (MIGUEL; SALOMI, 2004). aos seus clientes (GRONROOS, 1984; PALLADI-
O instrumento SERVQUAL, proposto no tra- NI, 2012).
balho de Parasuraman et al. (1988), é um
modelo u lizado para avaliação da qualidade 3 METODOLOGIA
em serviços, que avalia a diferença entre a
expecta va e a percepção que os clientes têm Trata-se um estudo com abordagem quan-
do serviço ofertado. Esse instrumento de ava- ta va, transversal e descri va, aprovado pelo
liação tem como base cinco dimensões: Tan- Comitê de É ca e Pesquisa (CEP) da Universi-
gibilidade, Credibilidade, Presteza, Segurança dade Federal de Goiás, de acordo com a resolu-
e Empa a. Esse modelo é composto por 44 ção do Conselho Nacional de Saúde, em 14 de
itens que compõem as cinco dimensões da março de 2017, conforme parecer 1.963.714.
qualidade citada. As dimensões da qualidade Par ciparam do estudo 333 pacientes porta-
são caracterís cas genéricas do serviço, que dores de Diabetes Mellitus maiores de 18 anos
somadas resultariam na avaliação do serviço (exceto Diabetes Mellitus Tipo 1), que frequen-
como um todo a par r do ponto de vista do taram a ins tuição assiduamente nos úl mos
usuário. 12 a 24 meses. O período da coleta de dados
A escala SERVPERF corresponde à segunda ocorreu entre abril de 2017 a junho de 2017.
etapa do instrumento SERVQUAL, composta A pesquisa foi realizada na Associação
por 22 itens, proposta de uma avaliação mais dos Diabé cos do Sudeste Goiano (ADISGO),
direta da qualidade do serviço. Esse modelo localizada na cidade de Catalão-GO, cuja po-
mede apenas as percepções dos clientes sobre pulação segundo es ma vas do Ins tuto Bra-
os serviços prestados pela organização, não sileiro de Geografia e Esta s ca (IBGE, 2017),
há expecta vas, como na SERVQUAL. Sendo é de 102.393 habitantes, sendo considerada

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um polo em relação aos serviços de saúde exclusivos para os pacientes que não possuem
do Sudeste Goiano. Destacam-se outros nove assistência por planos de saúde, bem como os
municípios desta região que mais u lizam os demais serviços são abertos a todos os asso-
serviços ofertados pela ins tuição, a saber: ciados.
Anhanguera, Campo Alegre de Goiás, Corum- Os dados foram digitados e subme dos à
baíba, Cumari, Davinópolis, Ipameri, Nova Au- verificação de inconsistências. A iden ficação
rora, Ouvidor e Três Ranchos. de um dado divergente exigiu a verificação dos
Essa ins tuição não tem fins lucra vos e ques onários para sua correção. Os dados e
possui a finalidade de prestar serviços gratui- os testes esta s cos foram realizados no sof-
tamente à população de Catalão e Sudeste tware Sta s cal Package for Social Sciences for
Goiano. Atualmente é cons tuída por 3.700 Windows (SPSS) versão 23.0.
associados, uma equipe mul profissional com- Para a avaliação da qualidade dos serviços
posta por educador em diabetes, nutricionista, prestados aos usuários da ADISGO, foi elabo-
podólogo, psicólogo, médicos especialistas em rado o ques onário (Quadro 1) u lizando a es-
cardiologia, endocrinologia, o almologia, fun- cala SERVPERF (CRONIN; TAYLOR, 1992), com
cionários administra vos e vários outros cola- 22 questões relacionadas à percepção que o
boradores. cliente tem sobre o serviço a ser u lizado. As
Essa en dade é man da por contribuições questões inclusas neste ques onário foram
dos associados, parcerias com o governo mu- adaptadas para ins tuição ADISGO. A escala
nicipal, estadual e empresas. Os bene cios de u lizada foi a Likert e seus valores variam de
consultas estão vinculados à par cipação dos 1 a 5, na qual 1 indica muito insa sfeito; 2 in-
associados nas reuniões mensais cien ficas sa sfeito; 3 indiferente; 4 sa sfeito e 5 muito
de Orientação e Educação em Diabetes e são sa sfeito (NIQUE; LADEIRA, 2014).

Quadro 1 - Ques onário do modelo SERVPERF adaptado para ADISGO

Tangibilidade

1 A ADISGO tem instalações e equipamentos modernos. 1 2 3 4 5

Os funcionários da ADISGO estão bem ves dos e com 1 2 3 4 5


2
boa aparência.

3 Na ADISGO há facilidade no acesso às instalações (esca-


1 2 3 4 5
das não escorregadias, rampas).
4 A aparência das instalações sicas da ADISGO está de
1 2 3 4 5
acordo com o serviço prestado.
Credibilidade
A equipe mul profissional da ADISGO cumpre com suas
5 1 2 3 4 5
obrigações no exercício de sua função.

6 A ADISGO demonstra sincero interesse em resolver os 1 2 3 4 5


problemas dos pacientes.
7 Os serviços da ADISGO são realizados no tempo prome do. 1 2 3 4 5

Na ADISGO os procedimentos (exames, atendimentos


8 1 2 3 4 5
em geral) são realizados corretamente na primeira vez.

9 A ADISGO mantém sempre corretos e atualizados os 1 2 3 4 5


dados dos pacientes.

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Presteza
Na ADISGO os funcionários informam aos pacientes
10 1 2 3 4 5
quando exatamente os serviços serão executados.
Os funcionários da ADISGO solucionam as dúvidas dos 1 2 3 4 5
11 pacientes.
Os funcionários respondem prontamente as solicitações
12 1 2 3 4 5
dos pacientes.

Os pacientes são informados sobre seu estado se saúde


13 1 2 3 4 5
e sobre o tratamento a que são subme dos.

Segurança
O comportamento dos funcionários transmite confiança
14 1 2 3 4 5
aos pacientes.

15 Você tem confiança nos serviços oferecidos pela ADISGO. 1 2 3 4 5

Os funcionários da ADISGO são educados e corteses com


16 1 2 3 4 5
os pacientes.

Os funcionários são competentes e possuem conheci-


17 1 2 3 4 5
mento para responder às perguntas dos pacientes.

Empa a
Os funcionários da ADISGO entendem as necessidades
18 1 2 3 4 5
específicas dos pacientes.

19 Os funcionários da ADISGO lhe dão atenção individual. 1 2 3 4 5

Os funcionários da ADISGO sabem quais são suas neces-


20 1 2 3 4 5
sidades.

Os funcionários da ADISGO preocupam-se com seus in-


21 1 2 3 4 5
teresses.

22 A ADISGO funciona em horários convenientes para todos


1 2 3 4 5
seus clientes.

Para completar a avaliação da escala SER- prometem a prestação de serviço. Isto é, itens
VPERF, foi u lizada a Análise do Quar l, que cuja média da percepção sejam inferiores ao
divide os valores de um conjunto de dados em valor do primeiro quar l, corresponderiam
quatro partes iguais a par r das observações a 25% do total de itens, seriam considerados
ordenadas. Esta análise, através da medida de como itens de “Prioridade Crí ca”, os quais
tendência central, permite iden ficar as di- necessitariam de medidas intervencionistas.
mensões consideradas mais crí cas, também Os itens seguintes cuja média de percepção
denominadas aquelas que devem ter maior encontram-se no segundo quar l são denomi-
prioridade na iden ficação de falhas que com- nados de alta prioridade, no terceiro quar l,

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moderada prioridade e no quarto quar l bai- (idade média: 60 ± 10,18 anos, mínimo: 29/
xa prioridade (FREITAS; MANHÃES; COZENDEY, máximo: 87), casados (59,9%), com baixo
2006). Além disto, a análise da questões da grau de escolaridade (analfabeto: 11,5%,
SERVPERF foram dicotomizadas em não de- fundamental incompleto: 64,4%, fundamen-
sejável para as respostas com valores 1,2,3 e tal completo: 5,8%, ensino médio completo:
desejável para as respostas 4 e 5. 11,2%, ensino superior completo: 1,3%, en-
Foi calculado o alfa de Cronbach, modelo sino superior incompleto: 1,9%), do gênero
u lizado para análise de confiabilidade, que feminino em relação ao masculino (69,4%
mede a consistência interna dos ítens ou in- e 40,6% respectivamente), residentes em
dicadores individuais da escala em relação ao Catalão-GO (95%) e com índice de massa
mesmo constructo, para que possam ser cor- corporal (IMC) médio de sobrepeso ( 29,96
relacionados. O valor assumido pelo Alfa está ± 5,52 ).
entre 0 e 1 e, quanto mais próximo de 1 es -
ver o seu valor, maior a fidedignidade do cons- 4.2 ANÁLISES DOS RESULTADOS DO
tructo (HAIR et al.,1998). QUESTIONÁRIO REFERENTE À ESCALA SERVPERF

4 RESULTADOS O valor do alfa de Cronbach para o ques-


4.1 DADOS SOCIODEMOGRÁGICOS E CLÍNICOS onário em estudo (escala SERVPERF) foi de
0,911 e 0,927 com base em itens padroniza-
Dos 333 pacientes avaliados percebe-se dos, demonstrando que os dados apresentam
que houve predomínio de indíviduos idosos alta confiabilidade (Quadro 2)

Quadro 2 -Análise esta s ca de confiabilidade, ADISGO 2017.

Alfa de Cronbach Alfa de Cronbach com base em itens padronizados Número de itens

0,911 0,927 22

No Quadro 3 são apresentados os resulta- mensão credibilidade cuja média foi 4,59. A
dos da média de sa sfação por questão ava- segunda com melhor desempenho foi Pres-
liada e também as médias por dimensão dos teza, com média 4,58, seguida de Segurança,
par cipantes da pesquisa na ADISGO. Obser- com média de 4,57. O quarto melhor desem-
vou-se que os itens que apresentaram menor penho ficou para Empa a, com média de 4,43
desempenho foram referentes às questões 1 e por fim, a dimensão de Tangibilidade, com
e 3 da dimensão tangibilidade, corresponden- média de 4,1.
do as instalações sicas da ins tuição. Ao con- Ainda conforme Quadro 3, foi calculado
trário, os itens que se destacaram com maior o Alfa de Cronbach por item e por dimensão
desempenho foi o item 5 da dimensão credi- excluída. O menor alfa de Cronbach por item
bilidade, que aborda sobre as obrigações da excluído foi 0,906, referente à questão 18 da
equipe mul profissional no exercício de sua dimensão credibilidade e por dimensão excluí-
função, e o item 14 da dimensão segurança, da foi de 0,904 atribuída à dimensão empa a.
que se refere a confiança dos pacientes em re- Enquanto o maior alfa por item excluído foi
lação ao comportamento dos funcionários. 0,912 referente à questão 1 da dimensão tan-
Quando se trata das questões com maior gibilidade e por dimensão excluída foi 0,906,
desempenho houve um predomínio da di- atribuído à dimensão credibilidade.

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Quadro 3- Resultados da média da sa sfação e Alfa de Cronbach conforme itens, ADISGO 2017.
Dimensão da Itens do Média de Alfa de Cronbach Média da Alfa de Cronbach
qualidade dos ques onário sa sfação por se o item for sa sfação por se a dimensão for
serviços item excluído dimensão excluída
Tangibilidade Questão 1 3,8529 ,912
Questão 2 4,6246 ,910
Questão 3 3,8919 ,909 4,1066 0,905
Questão 4 4,0571 ,910
Credibilidade Questão 5 4,7207 ,911
Questão 6 4,5495 ,908
Questão 7 4,4925 ,909 4,5904 0,906
Questão 8 4,5796 ,910
Questão 9 4,6096 ,909
Presteza Questão 10 4,6847 ,909
Questão 11 4,5556 ,908
Questão 12 4,4715 ,907 4,5848 0,905
Questão 13 4,6276 ,908
Segurança Questão 14 4,7177 ,908
Questão 15 4,5526 ,908
Questão 16 4,6757 ,909 4,5706 0,905
Questão 17 4,3363 ,907
Empa a Questão 18 4,1742 ,906
Questão 19 4,6006 ,909
Questão 20 4,2733 ,907 4,4390 0,904
Questão 21 4,6186 ,907
Questão 22 4,5285 ,911

4.3 RESULTADO DA ANÁLISE GERAL E DOS zadas, em não desejável e desejável, iden -
QUARTIS PARA O MODELO SERVPERF ficou-se um grau de sa sfação dos pacientes
em relação ao serviços ofertados pela ADISGO
Observam-se que as repostas de cada item predominante de 91% e, em relação ao grau
do ques onário aplicado ao serem dicotomi- de insa sfação, o resultado foi 9 % (Figura 1).

Figura 1 - Dicotomização das respostas conforme grau de sa sfação pelo modelo SERVPERF
adaptado para ADISGO, 2017.

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A Análise do Quar l foi u lizada para com- que os quesitos do primeiro quar l são os que
plementar a avaliação da Escala SERVPERF, e requerem maior atenção por parte da organi-
é responsável pela divisão em quatro partes zação.
iguais a par r dos valores ordenados. O pro- Os valores referentes à média dos itens
pósito foi iden ficar quais itens da percepção classificados como segundo quartil estão aci-
em relação à sa sfação dos serviços ofertados ma de 4,27 e menor ou igual de 4,47, abran-
pela ADISGO, possuem prioridades crí ca e gem as questões 17 e 12, e são enquadra-
alta. No Quadro 4, observa-se que os valores dos nos itens que requerem alta prioridade.
do primeiro quar l são analisados como de No terceiro quartil, que correspondem aos
prioridade crí ca na análise da percepção, valores de média prioridade, situam-se en-
e são iden ficados como os itens que estão tre 4,48 a 4,69 e são referentes às questões
iguais ou abaixo do valor 4,27. Esses itens enu- 7; 22; 6; 15; 11; 8; 19; 9; 21; 2; 13; 16; 10.
merados como 1,3,4, pertencem a dimensão Finalizando os itens 14 e 5, com percepção
tangibilidade, já os itens 18 e 20 são referentes acima de 4,70, são descritos como de baixa
a dimensão empa a. Dessa forma, percebe-se prioridade.

Quadro 4 - Análise do quar l para o modelo SERVPERF, ADISGO 2017.

Prioridade Crí ca Alta Média Baixa


Itens 1 3 4 18 20 17 12 7 22 6 15 11 8 19 9 21 2 13 16 10 14 5
Média 3,85 3,89 4,05 4,17 4,27 4,33 4,47 4,49 4,52 4,54 4,55 4,55 4,57 4,60 4,6 4,61 4,62 4,62 4,67 4,68 4,71 4,72

Quar l 2.º
1.ºQuar l = 4,27 Quar l = 3.º Quar l = 4,69
4,47

5 DISCUSSÃO privados no estado de Goias, observou-se que


as dimensões podem ser valorizadas de ma-
O nível de sa sfação geral em relação aos neiras dis ntas conforme a visão dos atores,
serviços prestados pela ADISGO foi considera- sejam do ponto de vista, dos gestores, pacien-
do significa vo para a maioria dos responden- tes e profissionais de saúde, bem como, entre
tes da pesquisa. Porém apontamentos tem serviços públicos e privados. A dimensão tan-
sido feitos entre as diferenças de sas fação gibilidade foi apontada pelos gestores como a
em relação aos serviços de saúde de nature- principal na atribuição de qualidade, já para os
za pública e privada, visto que, nos serviços pacientes foi a presteza, assim como, para os
públicos, o poder de pressão dos usuários é profissionais de saúde a segurança.
baixo, pois não há necessidade de busca de Para os usuários da ADISGO, dentre as di-
clientela, como observado no setor privado. mensões, a tangibilidade, no que se refere ao
Assim as avaliações nas organizações públicas quesito estrutura sica recebeu a menor pontu-
permitem oportunidades aos usuários de se ação, assim como esta foi responsável em parte
expressarem e par ciparem dos processos de pelos itens designados como de prioridade crí-
planejamento (ESPERIDIAO; BONFIM, 2005). ca. Gianesi e Corrêa (2009, p. 196) ressalta a
No estudo de Freitas e Cozendey (2008) de- relevância do espaço sico para a percepção da
monstrou-se um nível de sa sfação geral de qualidade, uma vez que, quando a empresa de
91% em relação aos serviços ofertados por um serviço mantém seu espaço sico em condições
hospital par cular de grande porte em muní- não adequadas para um melhor atendimento
cipio do estado do Rio de Janeiro. de seus clientes, possivelmente ocorrerá per-
Segundo Rosalem (2013) na análise das cepção nega va sobre a capacidade da ins tui-
percepções de 347 indivídulos sobre a qua- ção em ofertar o serviço com a qualidade que o
lidade dos serviços entre hospitais públicos e cliente almeja ou espera.

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Schimit et al. (2014 ) também iden ficou adequadas para seus usuários, uma vez que
insa sfação quanto a infra-estrututura em os custos para mantê-la projetada de maneira
um estudo realizado com 167 pacientes de mais arquitetônica são elevados. Além disso
um Hospital Univérsitário do Rio Grande do inves mentos em programas de saúde pública
Sul, quesito este, observado principalmente com ações voltadas para mudanças no es lo
nas ins tuições públicas, visto que, os inves- de vida saudável, podem contribuir para me-
mentos são escassos neste setor. Moreira, lhorias na qualidade de vida e no tratamen-
Reis e Bizarria (2015) observaram em um es- to relacionado aos indivíduos com Diabetes
tudo realizado com 240 usuários de uma uni- (FRANZ et al., 2015).
dade de atendimento de Programa de Saú- Ainda referente as dimensões, observou-
de da Família, que a tangibilidade recebeu a -se na empa a a segunda menor pontuação,
maior pontuação, visto que a mesma recebeu e esta foi responsável por 2 ítens (questões
incen vos do múnicipio para melhorias do 18 e 20) que contribuíram para a análise de
seu espaço sico no momento que antecedeu prioridade crí ca. Está dimensão é reponsável
a sua avaliação. pela atenção individualizada aos usuários dos
A população predominante dos usuários serviços ofertados pela ADISGO, buscando
dos serviços ofertados pela ADISGO é com- atender às suas necessidades específicas. Cou-
posta por idosos com índice de massa corpo- nho, Barbieri e Santos (2015) descreveram
ral elevado, dessa forma percebe-se que as que o acolhimento é um recurso u lizado para
dificuldades de acesso às instalações dessa colaborar com a qualificação dos sistemas de
ins tuição são muitas vezes congruentes com saúde, de forma que possibilite ao usuário o
as limitações sicas dos usuários. Destaca-se acesso justo e integral, por meio da mul pro-
o acesso às rampas que os leva à loja de con- fisssionalidade e da intersetorialidade, porém
veniência, uma vez que, apresenta-se com in- esse processo ainda não está totalmente sis-
clinação mais acentuada. Além disso, assentos tema zado nos modelos de atenção a saúde,
mais confortáveis e clima zação do ambiente e se faz necessário qualificar a maneira como
em todos os setores são requeridos. vem sendo desenvolvido, visto que, se realiza-
Neste contexto observa-se que durante do de forma desar culada e pontual, deixaria
o processo de envelhecimento perdas funcio- de a ngir o seu principal obje vo: a humaniza-
nais são frequentes, as quais são acentuadas ção. Em uma pesquisa realizada sobre a recep-
pela falta de a vidade do sistema neuromus- vidade e empa a no Município de Montes
cular e redução da força muscular, causando Claros – MG constatou-se assim como nesta
desordens degenera vas das ar culações, pesquisa, que houve um declínio na concor-
como a osteartrose (NAKAMO et al., 2014). dância quando a população é indagada com
Outro fator de risco para a osteartrose é a obe- relação ao entendimento das necessidades de
sidade, que também tem sido associado com cada usuário, embora o quesito atenção in-
declínio funcional e es lo de vida sedentário dividual tenha sido considerado concordante
(GOMES-NETO et al., 2016). Assim quando to- integralmente (SILVA; MENEZES; DIAS, 2017).
dos esses fatores ocorrem simultaneamente, Ainda sobre itens que também necessitam
ocorre aumento da intensidade de dor, limita- de atenção da ins tuição, mas não de forma
ções funcionais, risco elevado de queda e con- imediata (grupo de prioridade alta), destacam-
sequentemente impacto de forma nega va na -se os itens da dimensão segurança, sobre os
qualidade de vida (BLAZEK et al, 2014). funcionários responderem de forma compe-
Nesse sen do, torna-se interessante que tente e com conhecimento, assim como os
os gestores da ADISGO reconheçam as solici- itens da dimensão presteza (respostas de
tações apontadas referente a estrutura sica forma prontamente) aos associados da ADIS-
pelos usuários desta in tuição, como ítens de GONeste contexto ressalta-se o conceito da
prioridade crí ca e busquem recursos para cultura de segurança, que pode ser definida
disponibilizarem instalações mais seguras e como um comportamento individual e organi-

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zacional, que almeja con nuamente estabele- cação a va e con nua. É relevante na ADISGO
cer o compromisso com a busca constante da assim como outros trabalhos da literatura que,
minimização dos riscos associados à assistên- as ações de qualificação, tenham focos nos
cia, e consequentemente, auxiliar no alcance processos educa vos em diabetes, uma vez
da qualidade dos serviços ofertados ( BRASIL, que essas ações contribuem para melhorias na
2013). Souza et al. (2015) em um estudo com qualidade de vida, adesão ao tratamento, re-
profissionais de saúde no Sul do Brasil de- dução de complicaçoes crônicas e consequen-
monstrou que há necessidade da propagação temente diminuição dos custos relacionados
da cultura não puni va na organização, para com a doença (GRILO, et al., 2013, POWERS, et
que os erros e eventos adversos possar ser al., 2015, BECK et.al., 2017).
no ficados, avaliados e corrigidos.
A presteza conceituada por Parassuraman, 6 CONCLUSÃO
Berry e Zeithaml ( 1988), como a dimensão
que posssui a capacidade de realizar os ser- A avaliação da qualidade dos serviços,
viços de forma imediata e prontamente aos atráves do modelo SERVPERF adaptado para
usuários também foi apontada pelos usuários ADISGO, permi u pontuar os pontos fortes e
da ADISGO como fator que também necessita fracos em relação ao atendimento prestado
da melhorias. Rosalem (2013) ao comparar as pela equipe mul profissional desta ins tuição.
diferentes percepções entre gestores, profis- Foi iden ficado um elevado índice de sa s-
sionais e pacientes de hospitais públicos e pri- fação em relação aos serviços ofertados por
vados no Estado de Goiás –Br demontrou que esta equipe e verificou-se que as obrigações
esta dimensão foi considerada, pelos usuários desta equipe mul prossional com abordagem
dos hospitais como a mais impactante na avalia- interdisciplinar, na sua função e na transmis-
ção da qualidade dos serviços ofertados. são de confiança dos funcionários em relação
As demais questões situam-se no grupo de ao atendimento aos associados contribuiram
média e baixa prioridade, são os ítens que não como os itens responsáveis por essa percep-
precisam ser modificados e que já contribuem ção. A estrutura sica e as respostas dos fun-
para um nível de sa sfação ao consumidor. Um cionários administra vos aos usuários sobre o
estudo realizado no Rio de Janeiro por uma conhecimento de suas necessidades específi-
empresa de consultoria, em relação à percep- cas, de forma imediata e com conhecimento,
ção sobre a qualidade de serviços ofertados foram pontuadas como as questões que mais
por ins tuição de capacitação, observou que a desagradaram aos usuários e necessitam de
empresa mesmo apresentando uma boa ima- maior atenção por parte dos gestores.
gem pode-se implentar prá cas e a tudes que Diante das pontuações sobre os recur-
valorizem ainda mais a sua qualidade (MAT- sos humanos e da necessidade de melhorar
TOS; PEREIRA, 2016). o atendimento dos funcionários em relação
Por fim destaca-se neste estudo, na di- aos usuários, é importante que os gestores
mensão credibilidade a maior pontuação em reconheçam as necessidades da ins tuição e
relação as demais dimensões, sendo esta res- busquem alterna vas, como o treinamento
ponsável pela capacidade de prestar servi- da equipe administra va da ADISGO por ser-
ço de forma confiável, precisa e consistente, viços especializados em gestão de pessoas, os
resultado atribuído em parte ao trabalho da quais poderão ser solicitados através de par-
equipe mul profissional da ADISGO. Camara e cerias com universidades públicas, para assim
For (2017) ressalta a importância do trabalho melhorar qualidade de atendimento, sem ele-
em equipe de forma interdisciplinar e para que var os custos para a organização. Da mesma
esta seja efetuada de forma efe va torna-se forma, torna-se importante o reconhecimento
importante a comunicação entre seus mem- da necessidade de adequação das mudanças
bros e também que estes se organizem com na estrutura sica para melhor acolhimento e
reuniões de planejamento e busquem qualifi- atendimento dos associados.

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Avaliação da qualidadeEDITORIAL
de serviços de equipe interdisciplinar nos processos
educa vos em diabetes 29

Portanto conclui-se que para uma organi- BERNADO, S. S.; MENEZES, D. C. G.; DIAS, O. V.
zação almejar um nível de sa sfação geral ade- Recep vidade e Empa a: Percepção dos Usuá-
quado, manter-se qualificada e compe va no rios da Estratégia de Saúde da Família do Muní-
mercado é fundamental inves mentos em to- cipio de Montes Claros- MG. Revista de Saúde
das as dimensões relacionadas a avaliação da Pública do SUS/MG, 2017 volume 2- N º 1
qualidade de serviços. Percebe-se na dimen-
são tangibilidade e empa a itens que podem BLAZEK, K.; ASAY, J. L. Erhart- Hledik, J.; An-
ser melhorados e merecem atenção de forma driacchi T. Adduc on moment increases with
mais imediata dos gestores. age in healthy obese individuals. J Orthop Res.
Por fim este estudo demonstrou a impor- 2013; 31 (9): 1414-22.
tância da avaliação da qualidade dos serviços
ofertados pela organização como item funda- BRASIL - Ministério da Saúde. Portaria n. 529,
mental para que a ADISGO ocupe posição de de 01 de abril de 2013. Ins tui o programa na-
destaque entre as associações de diabé cos e cional de segurança do paciente. Diário Oficial
seja reconhecida diante do seus usuários, da da União, Brasília, 02 de abr. 2013.
sociedade, orgãos públicos e privados como
ins tuição que preza pela qualidade dos ser- CAMARA, G. M. C.; FORTI, A. C.; Diabetes na
viços ofertados e, consequentemente, eviden- prá ca clínica E Book 2.0. Modulo 3 - Capítu-
cia-se o impacto destes na qualidade de vida, lo 5. A educação em Diabetes e a equipe mul-
na redução de complicações crônicas e custos profissional. Disponível em: <h p://www.
econômicos relacionados à doença. diabetes.org.br/ebook/main-page#modulo3>
Acesso em 25/10/2017.
AGRADECIMENTOS
CHRVALA, C. A., SHERR, D., LIPMAN, R. D.
Agradecemos a Universidade Federal de (2016). Diabetes self-management educa on
Goiás, regional Catalão, em especial ao Pro- for adults with type 2 diabetes mellitus: A sys-
grama de Pós-Graduação em Gestão Organi- tema c review of the effect on glycemic con-
zacional, por nos oferecer a oportunidade da trol. Pa ent Educa on and Conseling, 2016;
pesquisa cien fica e a Associação dos Diabé - 99: 926-943
cos do Sudeste Goiano, por nos disponibilizar
o local para o estudo. COUTINHO, L. R. P.; BARBIERI, A. R.; SANTOS,
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Recebido em 01 de outubro de 2018


Aceito em 10 de outubro de 2018

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