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O processo do adoecimento pode desencadear

alterações psicológicas ou , em alguns casos,


potencializar dificuldades que o cliente vivencia
antes de adoecer.

Tais alterações apresentam


características muito
negativas, provocam o
agravamento do estado
clínico, pois delas provêm o
enfraquecimento do sistema
imunológico e a diminuição
das respostas de defesa.
• É importante lembrar que cada individuo é único,
com características peculiares e deve ser
compreendido dentro de seus limites.

• O cuidado emocional depende muito da


sensibilidade e do interesse do profissional
envolvido.

• Essa sensibilidade tende a se desenvolver com a


prática à medida que o profissional aprende a
compreender a linguagem corporal do cliente (seu
comportamento não verbal – sua postura, seus
gestos e seus olhares), cujas informações somam-se
às do comportamento verbal.
Existem alguns comportamentos e atitudes que podem ser
considerados, uma vez que são requisitos mínimos para manter
o equilíbrio emocional do cliente como:

• Procurar bater na porta antes de entrar;


• Apresentar-se ao cliente, dizendo o nome;
• Procure trata-lo pelo nome;
• Estabeleça um vínculo de confiança;
• Toque o cliente de forma solidária;
• Seja afetivo;
• Saiba ouvir de forma atenta;
• Evite utilizar termos técnicos que o cliente não entenda;
• Explique os procedimentos que precisará realizar (a informação é
uma forma de reduzir a ansiedade);
• Saiba olhar nos olhos e interpretar o comportamento não verbal do
cliente;
• Transmita uma mensagem de fé e de esperança.
• O diagnóstico de uma doença e a necessidade de se
hospitalizar atinge diretamente a integridade
psicológica dos clientes, tornando-os fragilizados e
vulneráveis.

• Essa situação é geradora de intensa angustia, como


também medo da mutilação e pela dor, pela culpa e
pelo temor a separação, ao sofrimento e à morte.
1. Perda de conexão com o mundo habitual;
2. Perda do sentimento de invulnerabilidade (onipotência);
3. Perda de aptidão e plenitude de raciocínio (intensamente
marcada por questões sem respostas como: “por que isto
aconteceu comigo? Conseguirei suportar?;
4. Perda do controle sobre si mesmo (tratamento que o cliente
deve se submeter.
5. A sensação de abandono (pode desencadear depressão);
6. O medo do conhecimento ( Ex: o que vai acontecer comigo?
Como é feito esse exame?);
7. A sensação de Culpa e punição (reações habituais : raiva,
agressividade ou depressão);

8. Intensificação do sofrimento físico (perca do seu status como:


“o doente do leito 20”, o leucêmico e deixa de ser por exemplo
o Gerente, Juiz, e outros.
O luto é um processo necessário e fundamental para
preencher o vazio deixado por qualquer perda
significativa não apenas de alguém, mas também de
algo importante, tais como: objeto, viagem, emprego,
ideia, etc.
• Segundo Uga (2005), a notícia de que nossa
finitude se aproxima através de uma doença
grave provoca as seguintes alterações
psicológicas:

1.Primeiro Estágio : Negação e Isolamento;


2.Segundo Estágio: Raiva;
3.Terceiro Estágio: Barganha;
4.Quarto Estágio: Depressão;
5.Quinto Estágio: Aceitação.
• O cliente custa acreditar no diagnóstico recebido e
muitas vezes se nega a tomar as medidas necessárias
para dar início ao tratamento.

• Ex.: tenta encontrar algum jeito de não entrar em


contato com a realidade seja da morte de um ente
querido ou da perda de emprego
• A negação e o isolamento são mecanismo de defesa
contra a dor psíquica diante do risco de morte; a
intensidade e a duração desses mecanismos de
defesa dependem de como o próprio cliente e as
pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa
dor.
• A dor do enfrentamento da morte se manifesta por
atitudes agressivas e de revolta.
• Ex.: se revolta com o mundo, se sente injustiçado (a) e não
se conforma por estar passando por isso.

TERCEIRO ESTÁGIO: BARGANHA


• O indivíduo percebe que a solução para seu estado não
está na negação e na agressão e, sim na barganha que
geralmente é feita com DEUS.

Ex: fazer promessas ou se dedicar a alguma causa nobre na


tentativa de garantir o adiamento da sua morte.
• Aparece quando o cliente toma consciência de sua
debilidade física, quando já não consegue negar suas
condições de doente e quando as perspectivas da
morte são claramente sentidas.

Ex.: a pessoa se retira para seu mundo interno, se


isolando, melancólica e se sentindo impotente diante da
situação.
• Surge, então um sentimento de grande perda,
caracterizado por crises de choro, desinteresse,
apatia e tristeza. Nesse estágio, o cliente pode
antecipar a própria morte, na medida em que
perde as esperanças para continuar lutando.
• O cliente já não experimenta o desespero nem nega
sua realidade. Esse é um momento de repouso e
serenidade antes da “longa viagem”.

• O cliente busca perdoar a si mesmo e refazer os laços


afetivos com as pessoas que fazem parte da sua vida.

• Ex.: o indivíduo não tem desespero e consegue


enxergar a realidade como realmente é, ficando
pronto pra enfrentar a perda ou a morte.
REFERÊNCIA

KUBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a morte e o morrer: o que os doentes tem para


ensinar a médicos, enfermeiros, religiosos e aos seus próprios parentes – 7ª. Ed. –
São Paulo: Marins Fontes, 1996.

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