You are on page 1of 10

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/323346005

A Origem dos Elementos Químicos

Preprint · July 2015


DOI: 10.13140/RG.2.2.34284.67200

CITATIONS READS

0 244

1 author:

Sandro Rinaldi Feliciano


Universidade Federal do ABC (UFABC)
23 PUBLICATIONS   0 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Androids in Philosophy View project

All content following this page was uploaded by Sandro Rinaldi Feliciano on 22 February 2018.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


A Origem dos Elementos Químicos?

Sandro Rinaldi Feliciano


Bacharel em Ciências e Humanidades - UFABC
Licenciando em Filosofia - UFABC

2015
Introdução

O desenvolvimento histórico da química pode ser traçado desde a pré-

história. A primeira reação química, e talvez a mais importante até hoje, foi a

descoberta do fogo, mesmo que naquele tempo, qualquer mudança de estado

de qualquer coisa era considerada feitiçaria ou uma força mística.

Palavras chave: Elementos Químicos; Química, Historia da Química

Elementos descobertos Antes de Cristo

Na idade antiga, (4000 a.C. a 400 d.C). época do ápice das civilizações

dos egípcios, gregos, fenícios, babilônios e alguns outros, devido ao inicio da

escrita, varias descobertas puderam ser documentadas. Por volta de 1700 a.C.,

época do reinado de Hammurabi (Babilônia), diversos metais foram

descobertos e descritos, e colocados em uma lista conjunta com corpos

celestes, provavelmente por causa do brilho desses metais. Também nesta

época, foram descobertos o vidro, a fabricação de bebidas como vinho e

cerveja, sabões e perfumes, e duas importantes ligas metálicas: o bronze (90%

cobre e 10% estanho) e o aço (ferro com 1% de carvão). No Egito, o fato

notável foi o processo de mumificação. O nome antigo do Egito era Khan, e daí

veio o nome Chem (Chemistry). Já na Grécia, por volta de 430 a.C., Demócrito

afirma que a matéria é constituída de átomos, que seria a unidade de matéria

mais simples. Depois Aristóteles em 300 a.C., concluiu que toda a natureza era

formada de quatro elementos químicos (primeira ideia de elementos químicos).

Neste período começou o desenvolvimento da Cerâmica.


Numero Ano
Nome Origem do nome
Atômico Descobrimento
Carbono Do latim carbo = carvão 6 a.C.
Chumbo Do latim plumbum 82 a.C.
Cobre Do latim Cuprum = Chipre 29 a.C.
Enxofre Do latim sulfur 16 a.C.
Estanho Do latim stannum 50 a.C.
Ferro Do latim ferrum 26 a.C.
Mercúrio Do planeta e do Deus Mercúrio 80 a.C.
Ouro Do latim aurum = brilhante 79 a.C.
Prata Do latim argentum 47 a.C.

Elementos descobertos na Idade Média

Entre os anos de 300 a.C. e 300 d.C., foi o início do que podemos

chamar de pesquisa científica em química. Embora tivesse mais conotação

religiosa do que cientifica realmente, e era transcrita de forma que somente os

autores soubessem seus experimentos e seus resultados, a Alquimia, que era

claramente baseada nas ideias de Aristóteles, tinha duas grandes metas. A

primeira grande meta seria a obtenção da “fonte da juventude” ou “elixir da

longa vida”, que traria imortalidade. A segunda, mas não menos importante, era

conseguir a transmutação de metais menos nobres, como cobre e chumbo em

ouro ou prata, através de um processo que ficou conhecido como a “pedra

filosofal”. Algumas correntes dizem que estes nomes são apenas para

esconder a verdadeira natureza espiritual da alquimia, sendo que os termos

estão ligados mais a um desenvolvimento espiritual do que científico. Alem da

Europa, a China e os países árabes deram grandes contribuições à química

moderna. Também teve inicio neste período a metalurgia.

Alquimia perdurou durante a Idade Média, (entre 400 e 1453) e Moderna

(1453 a 1789), mesmo tendo sido “proibida” pelo papa João XXII. Mesmo
sendo considerada bruxaria na época da inquisição trouxe à luz do

conhecimento diversos equipamentos que são usados até hoje, como o

almofariz e o alambique, bem como diversas substancias não menos

importantes, como o álcool, alguns ácidos como o clorídrico e o sulfúrico, a

água regia, etc.

Não menos importante é lembrar a todos a contribuição do filósofo árabe

Avicena, pai da farmacologia, inventor do equipamento de destilação, e que

não acreditava na transmutação das substancias.

Numero Ano
Nome Origem do nome
Atômico Descobrimento
Arsênio Do latin arsenium 33 1250
Antimônio Do grego Anti Monos - Que não ocorre sózinho 51 1450

Elementos descobertos na Idade Moderna

Na Idade Moderna deu-se início à Iatroquímica, ou Química Médica,

liderado por Paracelsus, os antigos alquimistas abandonaram suas metas

anteriores, e descobriram diversas substancias que curavam enfermidades, ou

seja, remédios. Johann Becher sugeriu uma teoria, a “Teoria do Flógisto” que

seria a existência de uma substancia chamada “Flógisto” para explicar a

combustão e a oxidação. Esta sugestão foi descartada por Joseph Prietsley e

Antoine Lavoisier, já no fim da idade moderna e inicio da Idade

Contemporânea. Lavoisier é considerado “pai da química moderna”, devido seu

estudo sobre o ar, e descoberta do oxigênio. Também lançou a teoria da

conservação de matéria durante as transformações físicas ou químicas. Neste


período Lavoisier também iniciou o método científico na química, para que

fossem explicados os porquês e as causas dos fenômenos.

Numero Ano
Nome Origem do nome
Atômico Descobrimento
Fósforo Do grego phosphoros = que leva luz 15 1669
Cobalto Corrupção do alemão kobold = duende 27 1735
Zinco Do alemão zink 30 1746
Níquel De "Velho Nick " da mitologia germanica 28 1751
Platina Diminutivo de prata em Espanhol 78 1751
Bismuto Corrupção do alemão wissmuth = massa branca 83 1753
Hidrogênio Do grego = gerador de água 1 1766
Flúor Do seu minério fluorita 9 1771
Nitrogênio Do grego = gerador de salitre 7 1772
Cloro Do grego chloros = Amarelo 17 1774
Manganês Do latim magnes devido suas propriedades magnéticas 25 1774
Oxigênio Do grego = gerador de ácidos 8 1774
Molibdênio Do grego molybdos = chubo 42 1781
Telúrio Do latin tellus = Terra 52 1782
Tungstênio De Wolframita seu minério 74 1783
Urânio do Planeta e do Deus Urano 92 1789
Zircônio Do zircão, seu minério 40 1789

Elementos descobertos na Idade Contemporânea

Na idade contemporânea (1789 até os dias atuais), alem de Lavoisier,

outros grandes cientistas fizeram grandes descobertas. É o início da era da

química tecnológica. Em 1803, John Dalton em criou um modelo remetendo um

átomo a uma pequena esfera, com massa definida e propriedades

características e indivisível. A Primeira tabela periódica de Mendeleiev surgiu

em 1869 e foi corrigida em 1913 Em 1879 Crookes descobriu os raios

catódicos, que até hoje é base da análise por absorção atômica, e deu inicio a

ideia de diferentes tipos de átomos. Em 1885 Goldstein descobriu que existem

partícula carregadas positivamente, que tinha massa, e foi chamada de próton.

Em 1895 Roentgen descobriu a existência dos raios X. Em 1897 Após um


tempo, os estudos de Faraday levaram à existência de uma partícula chamada

elétron. A descoberta dessas partículas carregadas fizeram com que Thomson

em 1897 estudasse um novo modelo, onde o átomo era uma esfera positiva

cheio de partículas negativa (elétrons) grudadas nele, que foi chamado de

pudim de passas. No mesmo ano, Marie Curie descobriu o urânio, o radio e

outros elementos radiativos, e também a radioatividade.

Em 1909, Millikan descobriu a massa do elétron. Entre 1908 e 1911,

Rutherford descobriu que existem três tipos diferentes de radioatividade, e com

isso sugeriu um novo modelo atômico, onde o átomo era composto em sua

maior parte por espaços vazios, contendo um núcleo de prótons e elétrons

girando a altas velocidades. Bohr sugeriu um novo modelo atômico em 1913,

quando estudava nos laboratórios de Rutherford, dando origem à ideia dos

orbitais de energia. Em 1914, Moseley tentou descobrir o numero de prótons no

núcleo de cada átomo, mas não teve sucesso pois o nêutron não havia sido

descoberto. Em 1932, Chadwick descobriu o nêutron. Fermi, bombardeando

elementos com nêutrons produziu elementos com o numero atômico seguinte,

e também a fissão nuclear. Em 1934 Irene Curie descobriu que elementos

radiativos podem ser criados artificialmente por bombardeio de partículas alfa

em elementos específicos. Curiosamente é de certa forma uma transmutação,

algo que chega muito perto da “pedra filosofal”.


Numero Ano
Nome Origem do nome
Atômico Descobrimento
Titânio de Titãs (Mitologia Grega) 22 1791
Ítrio Ytterby, Suécia 39 1794
Berílio do arabe Ballur = Cristal 4 1798
Cromo Do grego chroma = cor 24 1798
Nióbio Da Deusa Niobe 41 1801
Magnésio Magnesia, de onde é extraído 12 1802
Tantálio (tântalo) Rei Tantalus (mitologia Grega) 73 1802
Cério Ceres = deusa grega 58 1803
Paládio Homenagem a Pallas 46 1803
Ródio Do grego rhodon = Rosa 45 1803
Ósmio Do grego osme = odor 76 1804
Potássio Do latim kalium e ingles Pot Ash = Cinzas Vegetais 19 1807
Sódio Do latim natrium = Soda Caustica 11 1807
Bário Do grego barys = pesado 56 1808
Boro borax 5 1808
Cálcio Do latim calx = cal 20 1808
Estrôncio Região escocesa Strontian 38 1808
Irídio Do grego iris = devido seu sais coloridos 77 1808
Iodo Do grego ioeides = violeta 53 1811
Cadmio Corrupção do grego kadmia (antigo zinco) 48 1817
Lítio Do grego lithos = pedra 3 1817
Selênio Do grego selene = Lua 34 1818
Alumínio Do latim alumen 13 1825
Bromo Do grego bromos = mau cheiro 35 1826
Tório Thor (eus do Trovão da Mitologia Nórdica) 90 1828
Vanádio Deus Escandinava Vanadis 23 1830
Lantânio Do grego lanthanien = sumido 57 1839
Érbio Ytterby, Suécia 68 1843
Térbio Ytterby, Sweden 65 1843
Rutênio Região Russa Rutenia de onde veio o mineral. 44 1844
Césio Do latim caesius = azul celeste 55 1860
Rubídio Do latim rubidus = vermelho escuro 37 1861
Tálio Do grego thallos = Talo, broto verde (seu espectro) 81 1861
Índio azul indigo 49 1863
Gálio homenagem à Gália (França) 31 1875
Itérbio Ytterby, Suécia 70 1878
Escândio Scandinavia 21 1879
Hólmio Do latim Holmia (nome latin de Estocolmo) 67 1879
Samário Engenheiro Russo Samarski 62 1879
Túlio Thule (antigo nome da Escandinávia) 69 1879
Gadolínio homenagem a Johan Gadolin 64 1880
Neodímio Do grego neos didymos = gemeo 60 1885
Praseodímio Do grego prasios = verde 59 1885
Disprósio Do grego dysprositos = dificil de encontrar 66 1886
Germânio homenagem à Alemanha 32 1886
Argônio Do grego argon = inativo 18 1894
Hélio Do grego helios = Sol 2 1895
Criptônio Do grego kryptos = escondido 36 1898
Neônio Do grego neos = novo 10 1898
Polônio Polônia 84 1898
Rádio Do latim radius = raio 88 1898
Xenônio Do grego xenos = estrangeiro 54 1898
Actínio Corrupção do grego aktinos = Raio 89 1899
Radonio Obtido do radio 86 1900
Európio Europa 63 1901
Lutécio De Lutecia (antigo nome de Paris) 71 1907
Protactínio Do grego = antes do actínio 91 1917
Háfnio de Hafna (antigo nome de Kopenhagen) 72 1922
Silício Do latim silex = pedra 14 1923
Rênio Do rio Reno 75 1924
Promécio Prometheus (mit. Grega) 61 1926
Tecnécio Obtido através de técnica 43 1937
Frâncio França 87 1939
Astato Do grego astatos = instavel 85 1940
Neptúnio do planeta e do Deus Netuno 93 1940
Plutônio Do Planeta Anão e Deus Plutão 94 1940
Amerício As Americas 95 1944
Cúrio Pierre e Marie Curie 96 1944
Berquélio Homenagem a Berkeley 97 1949
Califórnio Estado e Universidade da Califórnia 98 1950
Einstênio Albert Einstein 99 1952
Férmio Enrico Fermi 100 1952
Mendelévio Dmitri Mendeleyev 101 1955
Nobélio Alfred Nobel 102 1957
Laurêncio Ernest O. Lawrence 103 1961
Rutherfórdio Ernest Rutherford 104 1964
Dúbnio Dubna, Rússia 105 1967
Seabórgio Glenn T. Seaborg 106 1974
Bóhrio Neils Bohr 107 1976
Meitnerio Lise Meitner 109 1982
Hássio Hesse, Alemanha 108 1984
Darmstádio Darmstadt, Germany 110 1994
Roentgênio Wilhelm Conrad Röntgen 111 1994
Copernício homenagem a Copernico 112 1996
Ununhexio Do latim = 116 116 1999
Ununquadio Do latim = 114 114 1999
Ununoctio Do latim= 118 118 2002
Ununpentio Do latim = 115 115 2004
Ununtrio Do latim = 113 113 2004
ununseptium do latin = 117 117 2010
Bibliografia:

NEHMI, V. A.: Química Volume 15ª edição 1989 pag. 6-9, 322-327

Columbia University NY: History of Chemistry


http://www.columbia.edu/itc/chemistry/chem-c2507/navbar/chemhist.html
acessado em 01/04/2010

SOHEIL M, A. Avicenna His Life And Works. Londres, 1958. Disponível em: <
https://archive.org/details/avicennahislifea033070mbp >. Acesso em:
09/07/2015.

Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-
Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 3.0 Brasil. Para
ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nc-
sa/3.0/br/ ou envie uma carta para Creative Commons, 171 Second Street,
Suite 300, San Francisco, California 94105, USA.

View publication stats

You might also like