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Vamos conhecer um pouco sobre este sistema e sobre assistência social: Todo
mundo paga imposto para o governo. Uma parte do preço pago por cada uma das
coisas que consumimos, têm embutido algum tipo de imposto. Os impostos, junto
com outras fontes de arrecadação, formam o ORÇAMENTO PÚBLICO
(Instrumento legal que gerencia o dinheiro público e determina onde e como ele
será gasto). Aí, o governo usa esse dinheiro para pagar as contas da saúde, da
educação, da segurança, o salário dos servidores municipais, à construção das
estradas, os gastos com assistência social...
A assistência social é um direito de toda pessoa que precisa dos mínimos sociais,
que são: vida digna, saúde, educação, cultura, lazer, segurança, trabalho e renda.
Existia uma época em que a assistência social não era vista como um direito. O
governo cuidava dos mais pobres quando queria e como queria. Normalmente era
a primeira dama – nos municípios – quem fazia este trabalho, através de
campanhas de arrecadação de alimentos ou roupas. Era uma questão de caridade.
Este tipo de trabalho era muito interessante, mas não modificava – efetivamente –
a vida das pessoas que recebiam estes benefícios.
Depois de muita mobilização e luta, a assistência social foi reconhecida como
DIREITO do cidadão e DEVER do Estado reconhecido pela Constituição Federal
– que é um conjunto de leis a ser respeitado em todo o país. No final de 2004, foi
aprovada a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), construída
coletivamente com o objetivo de implementar o Sistema Único de Assistência
Social- SUAS, criado no ano seguinte.
O SUAS – articula duas estruturas: a de proteção social básica e a proteção social
especial (de média e alta complexidade) – é uma espécie de gerente das ações da
assistência social e a inspiração veio da compreensão de que as pessoas são por
inteiro e nossos direitos são indivisíveis e nossas necessidades são interligadas.
Para tal organização foram criados os CRAS e os CREAS. Os CRAS são os
Centros de Referência de Assistência Social e trabalham com a proteção social
básica, mais especificamente com as famílias – e sito ocorre porque temos na
família o primeiro espaço de proteção e socialização. Quando a família é cuidada
e recebe atenção – é fortalecida e todos que nela estão também são. O núcleo
familiar é a referência e o ponto de partida para a garantia dos direitos e lugar de
prevenção.
O CRAS faz parte de uma rede de atendimento municipal (composta por pessoas,
equipamentos, políticas públicas, programas e projetos conversando entre si e se
conectando nos níveis municipal, estadual e federal) e ele é responsável por
oferecer condições favoráveis às famílias que precisam de oportunidades de renda
e de trabalho, de convivência comunitária, segurança, de proteção e ações de
prevenção à vulnerabilidade e risco. Para isso, ele aciona os seguintes direitos:
serviços socioeducativos e sociocomunitários, bolsa família, benefício de
prestação continuada (no caso dos idosos) e benefícios emergenciais ou eventuais.
Mas infelizmente não há um único marco histórico que defina o início do trabalho
da Psicologia Jurídica. Sua história confunde-se e muito – com o reconhecimento
da própria profissão de psicólogos – com o reconhecimento da profissão em
agosto de 1960 – o que regulamentou nossa profissão em todo território nacional.
Assim, o psicólogo pode atuar como perito ou como assistente técnico em casos
de demanda judicial. Nestes casos o psicólogo pode e deve agir com isenção,
conduzindo seu trabalho segundo os referenciais técnicos e éticos de sua área.
Dentro da prática pericial, existem os assistentes técnicos e alguns – imbuídos
pela lógica adversarial, pretendem que o seu laudo fique a favor de quem o
contratou, não existindo nenhum compromisso com a imparcialidade ou isenção –
estes são chamados de “pistoleiros” – pois são antiéticos ao defenderem uma das
partes ou um determinado resultado, por meio da omissão de dados desfavoráveis
(SHINE, 2005)
Pesquisa
Mediação de conflitos
2. Trabalho do psicólogo como perito nas Varas de Família – regulamentação
de guarda e de visita em casos de litígio conjugal. A questão do litígio e seus
efeitos nos filhos do casal.
Segundo o ECA (BRASIL, 1990), em seu parágrafo 3º, toda criança e adolescente
gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana e devem ter
assegurado por força desta lei, pleno desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social em condições de liberdade e dignidade.
Em seu artigo 4º. o ECA diz:
Já em seu artigo 19, o ECA (BARSIL,1990) assegura que toda criança e todo
adolescente tem o direito de ser criado e educado no seio de sua família e
excepcionalmente em família substituta – e ainda assegurar a ela a obrigatoriedade
de ter uma convivência familiar saudável e em ambiente livre de substâncias
entorpecentes.
O que se observa com muita freqüência é que estas famílias são isoladas da
convivência com outras famílias e seus membros pouco interagem com vizinhos,
amigos ou afins. Nota-se a presença do chamado “complô do silêncio” ou também
conhecida “síndrome do segredo” – fenômeno que envolve todo o contexto da
violência, no qual os familiares, o agressor e a própria vítima passam a
compactuar para a perpetuação das respostas agressivas e este silêncio dentro do
núcleo familiar cria um “segredo” entre vítima e agressor, que deve ser
desvendado no momento certo e com as devidas precauções do profissional. Esta
fase denominada de “revelação” significa para algumas vítimas como a
possibilidade da quebra do ciclo da violência, mas também como o desamparo da
família – o que gera muita angústia e dúvida sobre o que e como fazer. A
“revelação” também depende da personalidade da vítima, do tipo e da freqüência
da agressão e ocorre com mais facilidade para uns do que para outros. É possível
observar que o momento da “revelação” – em alguns casos – pode não ser
imediato ao início da avaliação psicológica e dependerá da estrutura do vínculo
entre o profissional e a criança ou adolescente, bem como as características de
personalidade dos entrevistados – este deve sentir-se tranqüilo e à vontade,
percebendo que pode confiar no profissional que o está atendendo. As revelações,
às vezes, são parciais e o assunto pode ser mais grave do que aparenta.
A criança ou o adolescente pode revelar a outras pessoas, mas nem sempre esta
escolhida é mãe – pois esta pode não ser uma pessoa de confiança – seja no
sentido de compartilhar o segredo com o filho e achar que o está ajudando, seja
quando tenta desmenti-lo por ser cúmplice da violência ou ser a própria agressora.
Violência Física: pode ser definida como atos violentos com uso da força física de
forma intencional, praticada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas
próximas da criança ou do adolescente com o objetivo de ferir, lesar ou destruir a
vítima, deixando ou não marcas.
Violência Sexual: consiste em todo ato ou jogo sexual, relação heterossexual ou
homossexual cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicossexual mais
adiantado que a criança ou o adolescente. Tem por intenção estimulá-la
sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. Apresenta-se sob a forma
de práticas eróticas e sexuais impostas às crianças ou adolescentes pela violência
física, ameaças ou indução de sua vontade. Esse fenômeno pode variar desde atos
em que não se produz o contato sexual (voyeurismo, exibicionismo, produção de
fotos e vídeos), até diferentes tipos de ações que incluem contato sexual com ou
sem penetração. Engloba ainda a exploração sexual visando lucros como é o caso
da prostituição e da pornografia.
4.2 Violência contra a mulher – Atuação dos Psicólogos nas Delegacias de Defesa
da Mulher – Lei Maria da Penha.
Referências
BRANDÃO, Eduardo P. Psicologia Jurídica no Brasil. RJ: Ed Nau, 2005 (pág.
277 – 307).
MOREIRA, Myrella Maria Normando e PRIETO, Daniela. “Da sexta vez não
passa”: violência cíclica na relação conjugal. Psicologia IESB, vol2, no. 1, 58-69,
2010.