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EXPOENTE 12

MATEMÁTICA A
MANUAL DO
PROFESSOR

Daniela Raposo
Luzia Gomes

5HYLV¥R&LHQW¯ȃFD
Cláudia Mendes Araújo
(Universidade do Minho)

DE ACORDO COM
NOVO PROGRAMA E
METAS CURRICULARES

VOL. 1
APRESENTAÇÃO

O Manual Expoente 12 é constituído por SEPARADOR


três volumes. DE TEMA
o
No 1. volume apresentam-se os temas com referência
às unidades que TEMA I
Cálculo Combinatório e Probabilidades.
o
O 2. volume inclui os temas Funções o compõem. Cálculo Combinatório
1. Revisões

2. Propriedades das operações sobre conjuntos

Reais de Variável Real e Trigonometria e 3. Introdução ao cálculo combinatório

4. Triângulo de Pascal e binómio de Newton

Funções Trigonométricas.
No 3.o volume encontram-se os temas
Funções Exponenciais e Funções Desafio – Festa no campo de futebol

Estamos a ver um importante jogo de futebol.

Logarítmicas, Primitivas e Cálculo


No campo estão 11 jogadores de uma equipa, mais 11 jogadores da outra e ainda o árbitro.

DESAFIOS Qual será a probabilidade de, nesse grupo de 23 pessoas, haver pelo menos duas a fazer
anos no mesmo dia?
Primeiro, faz uma estimativa de qual será esta probabilidade. Depois, tenta determinar

Integral e Números Complexos.


o seu valor.

motivadores da autoria de José Paulo Viana

José Paulo Viana.


As resoluções destes desafios
são apresentados no final do tema.

ESQUEMATIZANDO/ EXERCÍCIOS RESOLVIDOS


RESUMINDO exemplos de aplicação dos conteúdos
sínteses intercalares. que estão a ser estudados. São um
auxiliar útil para a resolução dos
exercícios propostos na margem.
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton
TEMA I Cálculo Combinatório

61 De quantas maneiras é Exercícios resolvidos


possível selecionar cinco
UNIDADE 4
n + 1C
cartas de um baralho de 11. Resolve a equação 5 = 21, n ≥ 4.
52 cartas de forma que: n – 1C
3 Triângulo de Pascal e binómio
a) quatro sejam figuras e
uma seja ás? Sugestão de resolução de Newton
b) (*) duas sejam figuras e n + 1C
5 = 21 (observa que a expressão só tem significado se n + 1 ≥ 5 ∧ n – 1 ≥ 3 ⇔ n ≥ 4)
três sejam cartas de n – 1C
espadas? 3

(*) Grau de dificuldade elevado (n + 1)! 4.1. Triângulo de Pascal


⇔ 5!(n – 4)! = 21 ⇔ (n + 1)! ¥ (n – 4)! ¥ 3! = 21
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
(n – 1)! (n – 4)! ¥ 5! ¥ (n – 1)! Considera a experiência que consiste em repartir um baralho de 52 cartas pelo João e
3!(n – 4)!
62 Resolve a equação. ⇔ (n + 1)! ¥ 3! = 21 pela Joana. O João fica com dez cartas e a Joana fica com as restantes.
5! ¥ (n – 1)! Sabemos que 52C10 é o número de conjuntos diferentes, de dez cartas, que o João pode
3
n+1
A4 = 4A4 ¥ nC2, n ≥ 3
receber. Como restam 52 – 10 = 42 cartas, 52C42 é o número de conjuntos diferentes que
2
⇔ (n + 1) ¥ n ¥ (n – 1)! ¥ 3! = 21 64 Determina m tal que:
5! ¥ (n – 1)! a Joana pode receber. Por um lado, repara que:
20
a) C5 = 20Cm
52! 52! 52! 52!
⇔ (n + 1) ¥ n ¥ 6 = 21
63 Numa gelataria podem 52C = = e 52C42 = =
10 30C = 30C2m + 4
confecionar-se 78 taças 120 10! ¥ (52 – 10)! 10! ¥ 42! 42! ¥ (52 – 42)! 42! ¥ 10! b) m+2

diferentes com dois ⇔ (n + 1) ¥ n = 420


sabores distintos em cada ou seja, 52C10 = 52C42.
taça. Quantos sabores ⇔ n2 + n – 420 = 0
Por outro lado, se pensarmos em 52C
como o número de maneiras distintas de escolher
10
distintos existem nessa ⇔ n = –1 ± √∫1∫ –∫ ∫ 4
∫ ∫ ∫¥∫ (∫ ∫–∫4∫2∫0∫)
dez cartas de entre 52 e em 52C42 como o número de maneiras distintas de escolher 42
gelataria? 2
cartas de entre 52, facilmente se percebe que são iguais, pois por cada subconjunto de
⇔ n = –1 ± 41 dez cartas fica automaticamente definido um outro subconjunto de 42 cartas.
2
APRENDE FAZENDO
Págs. 54, 55, 59, 60, 62,
⇔ n = 20 ∨ n = –21 n = 20, pois n ≥ 4. Destes raciocínios decorre a seguinte propriedade:
63 e 64
Exercícios 11, 12, 18, 37,
40, 42, 43, 44, 52, 53, 54,
55, 56, 57, 58, 59, 60 e 61
Propriedade
Esquematizando / Resumindo
Dados dois números naturais n e p, com p ≤ n, tem-se que:
CADERNO DE EXERCÍCIOS nC = nC
E TESTES Nos problemas de contagem há dois aspetos que deves ter em conta: p n–p

Págs. 11 e 12 • se a ordem pela qual consideras os elementos influencia ou não a contagem;


Exercícios 7, 8, 9, 10, 11,
12, 13, 14, 15, 16 e 17 • se é possível ou não que os elementos se repitam.
Demonstração
Com (Arranjos
repetição nA’
p = nP Em geral, sejam n e p números naturais, com p ≤ n:
com repetição)
PROFESSOR nC = n!
p
Arranjos p! ¥ (n – p)!
PROFESSOR
Apresentação n! (Arranjos n! n!
“Introdução ao cálculo combinatório” Sem nA
p = nC
n–p = = =
Sim (n – p)! sem repetição) (n – p)! ¥ (n – (n – p))! (n – p)! ¥ (n – n + p)!
Teste interativo repetição Resolução
“Introdução ao cálculo combinatório” Todos os exemplos de triângulo de
= n! = n! Pascal e binómio de Newton
CC12_2.10 Interessa a Caso particular: (n – p)! ¥ p! p! ¥ (n – p)! Simulador
ordem? (n = p) GeoGebra: Propriedades do triângulo
nA = n! de Pascal
(*) Os graus de dificuldade elevados n (Permutações) Logo, nCp = nCn – p.
correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos. CC12_3.1
Não Justifiquemos, agora, esta propriedade utilizando um argumento combinatório:
Soluções
n! Seja A um conjunto com n elementos. A cada escolha de p elementos, para formar um Soluções
61. a) 1980 b) 53 820 nC =
Combinações p
p!(n – p)! subconjunto de A, corresponde um outro subconjunto, com n – p elementos, formado 64.
62. n = 5 Sem a) m = 5 ∨ m = 15
repetição
pelos elementos de A que não foram escolhidos. Existem, assim, tantos subconjuntos de
63. 13 b) m = –2 ∨ m = 8
A com p elementos (nCp) como com n – p elementos (nCn – p).

38 39

ERRO TÍPICO SÍNTESES


alerta para erros que são do essencial a reter,
frequentemente cometidos acompanhadas de exemplos
e que se devem evitar. e remissões para a teoria.
Síntese
TEMA I Cálculo Combinatório

31 Cinco raparigas e quatro ERRO TÍPICO


rapazes vão colocar-se
lado a lado para tirarem
uma fotografia. Determina Observa alguns erros comuns na utilização da definição anterior:
de quantas maneiras • 4! + 5! = 9!
diferentes se podem 
dispor os nove amigos se: Erro! 3. Introdução ao cálculo combinatório
a) não houver restrições; Repara que:
b) se cada rapaz ficar 4! + 5! = 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 + 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 24 + 120 = 144 Princípios fundamentais de contagem Exemplos
entre duas raparigas; é diferente de: Cardinal da união de conjuntos disjuntos
c) se os jovens do mesmo 9! = 9 ¥ 8 ¥ 7 ¥ 6 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 362 880 Dados dois conjuntos A e B, tais que A ∩ B = ∅, tem-se ⇒
sexo ficarem juntos; que #(A ∪ B) = #A + #B.
d) se os rapazes ficarem • 4! ¥ 5! = 20! A B A∪B

juntos; #(A ∪ B) = #A + #B = 4 + 3 = 7

NOTAS
Erro!
e) se estiver uma rapariga
Repara que: Quantos são os números naturais entre 1
em cada uma das Princípio geral da adição
extremidades.
4! ¥ 5! = 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 24 ¥ 120 = 2880 Se para realizar um processo existirem duas alternativas e 22 que são múltiplos de 3 ou de 10?
é diferente de: que se excluem mutuamente, e se existirem n1 maneiras Existem sete números naturais entre 1 e 22
20! = 20 ¥ 19 ¥ … ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 2 432 902 008 176 640 000 de realizar a primeira alternativa e n2 maneiras de reali- que são múltiplos de 3:
zar a segunda, então o processo pode ser realizado de 3, 6, 9, 12, 15, 18 e 21
h h n1 + n2 maneiras.
Texas TI-84 Plus • 5! = i 5 i ! Existem dois números naturais entre 1 e 22
4! j 4 j que são múltiplos de 10:
 10 e 20
Erro! Assim, existem nove números naturais entre
Repara que 5! = 5 ¥ 4! = 5 e
h 5 h ! não está definido…
i i 1 e 22 que são múltiplos de 3 ou de 10.
4! 4! j 4j Note-se que, entre 1 e 22, não existem nú-
meros que são simultaneamente múltiplos
de 3 e de 10 e que temos 9 = 7 + 2 núme-
ros naturais nessas condições.
Na opção “MATH”:
Como calcular 5! na máquina de calcular? A B A¥B
Cardinal do produto cartesiano de conjuntos finitos ● (❋, ●)
Casio fx-CG 10/20 ❋ ● (❋, ●)
#(A ¥ B) = #A ¥ #B ● (❋, ●)
● (❋, ●)
“RUN MAT” " ”OPTN” (no teclado) " ”PROB” " ”5” " ”x!” " ”EXE” ❋ ● (❋, ●)

CALCULADORA
● (❋, ●)
● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)
● (❋, ●)
● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)

apresentam-se explicações de procedimentos


● (❋, ●)

#(A ¥ B) = #A ¥ #B = 4 ¥ 3 = 12

Princípio geral da multiplicação


PROFESSOR Texas TI-nspire

com calculadoras gráficas dos seguintes


Consideremos um processo constituído por duas etapas. Lança-se uma moeda de 1 euro e um
Se existirem n1 maneiras de realizar a primeira etapa dado equilibrado com as faces numera-
Resolução
“Calculator” " “MENU” " “5: Probabilidade” " ”1: Fatorial (!)” e se, para cada uma destas, existirem n2 maneiras de rea- das de 1 a 6. Quantas configurações dife-
Essencial para o Exame – exercício 31 lizar a segunda etapa, então todo o processo pode ser rentes podem surgir?
realizado de n1 ¥ n2 maneiras diferentes. Moeda Dado
Soluções

modelos: Texas TI-84 Plus; Texas TI-nspire


2 ¥ 6 = 12 configurações
31. Págs. 13 a 18
a) 362 880 b) 2880
c) 5760 d) 17 280
e) 100 800

24 49

e Casio fx-CG 10/20.


TEMA I Cálculo Combinatório UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

RECORDA 5 Prova que se A ∩ B = ∅,


então (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) = C.
Exercício resolvido

Sejam A e B dois conjuntos de um universo U. Prova que:


3.2. Arranjos com repetição
Dado o conjunto {1, 2, 3, 4, 5}, quantas sequências de três elementos desse conjunto,
não necessariamente distintos, se podem formar?
6 Sejam A, B e C conjuntos ( )
a) A ∪ B ∩ √A = A ∪ B b) (A– ∩ –B) ∪ A = U
de um universo U. Prova
c) A– ∪ –√B
( ) ∩ √B = ∅ (
d) (A ∪ B) ∩ A ∪ √B )=A (1, 2, 5), (2, 5, 1), (2, 2, 3), … são alguns exemplos do tipo de sequências que preten-
que se A ∪ B = U, então
demos contar. Utilizando o princípio geral da multiplicação, já estudado, sabemos que:
(A ∩ C) ∪ (B ∩ C) = C.

Sugestão de resolução 1.º elemento 2.º elemento 3.º elemento


7 Sejam A, B e C conjuntos de 5 ¥ 5 ¥ 5 = 53 = 125 sequências
um universo U. Prova que: ( )
a) A ∪ B ∩ √A = (A ∪ B) ∩ A ∪ √A ( ) (distributividade da reunião em relação
125 é o número total de sequências de três elementos, não necessariamente distintos,
a) B–\–A = A ∪ √B à interseção)
escolhidos de entre cinco elementos dados. Diz-se que existem 125 arranjos com repe-
b) (A ∪ √B) ∩ √A = A ∪
– –B = (A ∪ B) ∩ U (acontecimento contrário de A)
tição de 5 elementos 3 a 3. Simbolicamente, escreve-se 5A’3, que é igual a 53 = 125.
c) (A –∪– B) ∪ B = √A ∪ B =A∪B (elemento neutro da interseção)
d) A ∩ (B ∪ √A) = A ∩ B Este exemplo ilustra o conceito e a propriedade seguintes:
(
b) (A– ∩ –B) ∪ A = √A ∪ √B ∪ A ) (lei de De Morgan)
e) √B –∪ (√–A ∩– B) = A ∩ B
= (√A ∪ A) ∪ √B (associatividade e comutatividade) Definição
f) (√B –∪ √C)– ∪ –(√A ∩– B) =
=A∩B∩C
= U ∪ √B (acontecimento contrário de A)
g) √A –∪ (–A ∩– B) = A\B
=U (elemento absorvente da reunião) Chama-se arranjos com repetição de n elementos p a p ao número de sequências 21 Com as 26 letras do

h) (A –∩– B) –∪ (√A– ∪– √B) = ∅ de p ∈N0 elementos, não necessariamente distintos, escolhidos num conjunto de alfabeto, quantas
c) A– ∪ –√B ∩ √B = √A ∩ √B ∩ √B
( ) ( ) (lei de De Morgan) sequências constituídas
cardinal n ∈N. Representa-se por nA’p.
= (√A ∩ B) ∩ √B (acontecimento contrário de √B) por três letras se podem
Recorda
= √A ∩ (B ∩ √B ) (associatividade) formar?

Dados dois conjuntos A e B, = √A ∩ ∅ (acontecimento contrário de B)

REMISSÕES PARA
Propriedade
chama-se produto =∅ (elemento absorvente da interseção)
cartesiano de A por B nA’ = np
p
ao conjunto (
d) (A ∪ B) ∩ A ∪ √B = A ∪ B ∩ √B ) ( ) (distributividade da reunião em relação
{(a, b): a ∈A ∧ b ∈B}
à interseção)
dos pares ordenados (a, b) Vejamos agora um outro problema, que, apesar de ter um enunciado diferente, é igual

O “APRENDE FAZENDO” tais que a e b pertencem,


respetivamente, a A e a B.
Representa-se por A ¥ B.
Exemplo
=A∪∅
=A
(acontecimento contrário de B)
(elemento absorvente da reunião)
ao exemplo que acabámos de estudar.
Considerando uma caixa com cinco bolas numeradas de 1 a 5, indistinguíveis ao tato,
averiguemos de quantas maneiras distintas podemos extrair, sucessivamente e com repo-
22 Um teste é composto por
dez questões de escolha
múltipla, sendo que, para
cada uma delas, existem

E PARA O CADERNO
Sejam A = {, , ☺} e sição, três dessas bolas. cinco alternativas de
B = {, } dois conjuntos. resposta. Quantas são as
Então: Teorema 2 3 chaves possíveis?
A ¥ B = {(, ), (, ),
1 5 4
Dados três conjuntos A, B e C, tem-se que:
(, ), (, ), (☺, ),
• (A ∪ B) ¥ C = (A ¥ C) ∪ (B ¥ C)

DE EXERCÍCIOS E TESTES
(☺, )}
• C ¥ (A ∪ B) = (C ¥ A) ∪ (C ¥ B)
Utilizando o princípio fundamental de contagem já estudado, tem-se:
APRENDE FAZENDO
1.ª extração 2.ª extração 3.ª extração
Págs. 56 e 58
Exercícios 22 e 34 Demonstração 5 ¥ 5 ¥ 5 = 53 = 125 maneiras
(A ∪ B) ¥ C = {(x, y): x ∈A ∪ B ∧ y ∈C} = 53 é o número de formas distintas de, dadas cinco bolas, se efetuarem três extrações
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES sucessivas de uma dessas bolas, repondo a bola escolhida após cada uma das extrações.
= {(x, y): (x ∈A ∨ x ∈B) ∧ y ∈C} = PROFESSOR
Pág. 9
Exercícios 1, 2, 3 e 4
53 é igual, como já vimos, a arranjos com repetição de 5 elementos 3 a 3.
= {(x, y): (x ∈A ∧ y ∈C) ∨ (x ∈B ∧ y ∈C)} =
CC12_2.4
PROFESSOR = {(x, y): x ∈A ∧ y ∈C} ∪ {(x, y): x ∈B ∧ y ∈C} =
Propriedade
Soluções
= (A ¥ C) ∪ (B ¥ C) Dados n objetos, existem exatamente nA’p formas distintas de efetuar p extrações suces-
CC12_1.5 21. 17 576
sivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após cada uma das extrações.
22. 9 765 625
De forma análoga se prova que C ¥ (A ∪ B) = (C ¥ A) ∪ (C ¥ B).

12 19

DEFINIÇÕES
destacadas para uma
mais fácil identificação.

CONTEXTUALIZAÇÃO
HISTÓRICA
enquadramento histórico
dos conteúdos tratados.

EXERCÍCIOS
de aplicação direta dos
conteúdos trabalhados
na página.

SOLUÇÕES
exclusivas da Edição do Professor,
surgem no fim de cada página.

TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo
APRENDE FAZENDO
NO FINAL DO MANUAL
Teste Final

Itens de construção
Grupo I
conjunto de exercícios
41 O jogo da sueca joga-se com um baralho de 40 cartas: a um conjunto de dez cartas chama-se mão.
Determina o número de mãos distintas com:
a) seis figuras; b) quatro ases; c) pelo menos duas damas.
1 Para qualquer universo U e quaisquer subconjuntos A e B de U,
A ∩ [√A ∪ (A –∪ √–B )] é igual a:
PROFESSOR

Resolução
Exercícios do Teste Final
de aplicação e de consolidação; • Soluções
organizados em itens de seleção e
Soluções: a) 18 918 900 b) 1 947 792 c) 216 900 552
(A) U (B) ∅ (C) √A ∪ B (D) A ∩ √B

42 O João está a tentar adivinhar em que mês fazem anos cinco dos seus novos amigos. Solução: Opção (B)

a) Quantas são essas possibilidades?


2 Um código é constituído por seis algarismos. Quantos códigos diferentes existem em que o alga-
b) Em quantas dessas possibilidades todos os amigos fazem anos no mesmo mês?

c) Em quantas dessas possibilidades os amigos fazem todos anos, em meses diferentes?

d) Em quantas dessas possibilidades três e só três amigos fazem anos no mesmo mês?
rismo 5 aparece exatamente três vezes e os restantes algarismos são diferentes?
(A) 504

Solução: Opção (C)


(B) 14 580 (C) 10 080 (D) 14 400 itens de construção e com grau
43
Soluções: a) 248 832 b) 12 c) 95 040 d) 13 200

A Alexandra, que é uma grande apreciadora de café, tem em casa doze cápsulas de café, todas com
o mesmo tamanho e forma. Dessas doze cápsulas, quatro são de cores diferentes (vermelho, verde,
3 Na figura está representado um tabuleiro com nove casas, dispostas em
três filas horizontais e três filas verticais. Pretende-se dispor cinco fichas
(numeradas de 1 a 5) no tabuleiro, de modo que cada ficha ocupe uma
de dificuldade identificado.
azul e amarelo) e as restantes oito são pretas. única casa e que cada casa não seja ocupada por mais do que uma ficha.
a) Uma amiga ofereceu à Alexandra uma caixa com
De quantas maneiras diferentes é possível dispor as cinco fichas, de tal
vinte compartimentos para ela colocar as cápsulas, forma que as que têm número primo ocupem uma fila horizontal?
como mostra a figura. Em cada compartimento (A) 90 (B) 180 (C) 270 (D) 540
cabe apenas uma cápsula. Considera que a
Solução: Opção (D)
caixa está vazia e que a Alexandra pretende
lá colocar as doze cápsulas.
4 Sejam a e b dois números naturais tais que a = 2018C20 e b = 2018C21. Qual é o valor de a + 2b?
Quantas configurações visualmente diferentes se podem obter, quando se colocam as doze cápsulas
na caixa? (A) 2019C20 + 2019C21 (B) 2018C20 + 2018C21

b) Supõe agora que as doze cápsulas estão numeradas de 1 a 12. (C) 2019C21 + 2018C21 (D) 2019C21 + 2018C20

i) Se as cápsulas se encontrarem todas misturadas num frasco e se a Alexandra retirar, simultanea-


mente, quatro, ao acaso, em quantos casos poderá retirar exatamente três cápsulas pretas?
ii) Se se dispuserem as doze cápsulas em fila, em quantas dessas disposições as cápsulas pretas 5
Solução: Opção (C)

Sabe-se que ∑
i=0
n
nC
i = 4096 (n ∈N). Considera as seguintes proposições:
Nas atividades assinaladas
com este símbolo não
ficam todas juntas? (I) n – 1C4 = 330
n+2
Soluções: a) 1 496 523 600 b) i) 224 ii) 4 838 400 (II) ∑ n + 2C
i = 16 384

TESTE FINAL
i=0
44 Considera o seguinte problema: Durante as férias de verão, a Patrícia comprou quatro colares e três Em relação às proposições anteriores, pode afirmar-se que:
pulseiras diferentes para oferecer às suas amigas. No entanto, ela tem nove amigas e não comprou
presentes para todas. De quantas maneiras diferentes pode a Patrícia presentear as amigas?
(A) são ambas verdadeiras.

(C) (I) é verdadeira e (II) é falsa.


(B) são ambas falsas.

(D) (I) é falsa e (II) é verdadeira. escrevas no manual.


para consolidação
9A
4 ¥ 5A3 e 9C7 ¥ 7A4 ¥ 3! são duas respostas corretas para o problema. Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
Solução: Opção (A)
Numa pequena composição, explica o raciocínio que te permite chegar a cada uma delas.

60 66

das aprendizagens.
ÍNDICE
Apresentação ................................................................................................................................................ 2

TEMA I

Cálculo Combinatório
1. Revisões ...................................................................................................................................................... 8

2. Propriedades das operações sobre conjuntos ................................................................................. 10


2.1. Inclusão .................................................................................................................................................. 10
2.2. Interseção e reunião ............................................................................................................................... 11

3. Introdução ao cálculo combinatório..................................................................................................... 13


3.1. Princípios fundamentais de contagem .................................................................................................... 13
3.2. Arranjos com repetição ......................................................................................................................... 19
3.3. Permutações ........................................................................................................................................ 23
3.4. Arranjos sem repetição ......................................................................................................................... 27
3.5. Combinações ........................................................................................................................................ 30

4. Triângulo de Pascal e binómio de Newton .......................................................................................... 39


4.1. Triângulo de Pascal ................................................................................................................................ 39
4.2. Binómio de Newton ............................................................................................................................... 45
Síntese ............................................................................................................................................................. 48
Aprende Fazendo .............................................................................................................................................. 52
Desafio ............................................................................................................................................................. 65
Teste Final ........................................................................................................................................................ 66

TEMA II

Probabilidades
1. Revisões .................................................................................................................................................... 70
1.1. Experiência aleatória e espaço amostral .................................................................................................. 70
1.2. Acontecimentos ...................................................................................................................................... 72
1.3. Operações com acontecimentos ............................................................................................................ 73
1.4. Lei de Laplace ......................................................................................................................................... 74
2. Espaços de probabilidade ...................................................................................................................... 75
2.1. Probabilidade no conjunto P (E) e espaço de probabilidade ..................................................................... 75
2.2. Acontecimentos e regra de Laplace ....................................................................................................... 77
2.3. Propriedades das probabilidades .......................................................................................................... 87

3. Probabilidade condicionada .................................................................................................................. 94


3.1. Conceito de probabilidade condicionada ................................................................................................ 94
3.2. A probabilidade condicionada como uma probabilidade em P (E) ........................................................... 96
3.3. Acontecimentos independentes ........................................................................................................... 107
3.4. Teorema da probabilidade total ............................................................................................................. 112
Síntese ............................................................................................................................................................ 113
Aprende Fazendo ............................................................................................................................................. 116
Desafio ........................................................................................................................................................... 133
Teste Final ....................................................................................................................................................... 134

Soluções ...................................................................................................................................................... 140

VOL. 2 VOL. 3
TEMA III – Funções Reais de Variável TEMA V – Funções Exponenciais e
Real Funções Logarítmicas
TEMA IV – Trigonometria e Funções TEMA VI – Primitivas e Cálculo Integral
Trigonométricas TEMA VII – Números Complexos
Desafio – Festa no campo de futebol

Estamos a ver um importante jogo de futebol.


No campo estão 11 jogadores de uma equipa, mais 11 jogadores da outra e ainda o árbitro.
Qual será a probabilidade de, nesse grupo de 23 pessoas, haver pelo menos duas a fazer
anos no mesmo dia?
Primeiro, faz uma estimativa de qual será esta probabilidade. Depois, tenta determinar
o seu valor.
José Paulo Viana
TEMA I
Cálculo Combinatório
1. Revisões

2. Propriedades das operações sobre conjuntos

3. Introdução ao cálculo combinatório

4. Triângulo de Pascal e binómio de Newton


TEMA I Cálculo Combinatório

UNIDADE 1
Revisões

O cálculo combinatório é a área da matemática que estuda métodos de contagem.

Comecemos por rever os conceitos de conjuntos já estudados no 10.º ano de escolaridade.

Os conjuntos representam-se, geralmente, por letras maiúsculas, A, B, C, …, X, Y, Z e


os seus elementos por letras minúsculas, a, b, c, …, x, y, z.

Sejam A um conjunto e x um objeto:


• se x é um dos elementos de A, dizemos que x pertence a A e escrevemos x ∈A;
• se x não é um dos elementos de A, dizemos que x não pertence a A e escrevemos x ∉A.

Os conjuntos A e B dizem-se iguais, e escreve-se A = B, se e somente se:


∀x, x ∈A ⇔ x ∈B

Ao único conjunto que não tem qualquer elemento chamamos conjunto vazio e repre-
sentamos por { } ou por ∅.

Um conjunto pode ser definido enumerando explicitamente os elementos que o cons-


tituem; diz-se, neste caso, que estamos a definir o conjunto por extensão.
Por exemplo, o conjunto A, com um número reduzido de elementos, 0, 1 e 2, pode ser
representado por:
A = {0, 1, 2}

Um conjunto pode também ser definido por uma condição que é verificada por todos
os seus elementos.
Por exemplo, B = {x ∈N: x é primo} descreve o conjunto dos números naturais primos.
Diz-se que estamos a definir o conjunto por compreensão.

Se todo o elemento de um conjunto A é também elemento de um conjunto B, diz-se


que A é um subconjunto de B e escreve-se A ⊂ B se:
∀ x, x ∈A ⇒ x ∈B

PROFESSOR A

Resolução
Todos os exercícios de “Revisões”

8
UNIDADE 1 Revisões

Operações com conjuntos

Dados um universo U e dois conjuntos A e B desse universo:

Nota
Decorre naturalmente da
definição de complementar
Complementar de um U
de um conjunto A que:
conjunto A
• √A ∩ A = ∅
√A ou CA é o conjunto de √A = {x: x ∉A} A • √A ∪ A = U
A
todos os elementos de U • √A = A
que não pertencem a A.

Interseção de A com B 1 Considera, no universo R,


U
os conjuntos A = ]–∞, 8[,
A ∩ B é o conjunto de B = [5, 9] e C = [√∫30
∫ , +∞[.
todos os objetos que A B
A ∩ B = {x: x ∈A ∧ x ∈B} A ∩B
Determina:
satisfazem a condição
a) √A
de pertencer
simultaneamente b) √B
a A e a B. c) A ∩ B
d) B ∪ C
e) A\B
f) B\A
g) B\(A ∩ C)

Reunião de A com B U

A ∪ B é o conjunto de A B
todos os objetos que A ∪ B = {x: x ∈A ∨ x ∈B} A ∪ B
satisfazem a condição de
pertencer a pelo menos
um dos conjuntos A e B.
PROFESSOR

Apresentação
“Revisões”
Teste interativo
“Revisões”
U Soluções
Diferença entre A e B A B 1.
a) [8, +∞[
A\B é o conjunto de A\B = {x ∈A: x ∉B} A\B b) ]–∞, 5[ ∪ ]9, +∞[
todos os objetos de A c) [5, 8[
que não pertencem a B. d) [5, +∞[
e) ]–∞, 5[
f) [8, 9]
g) [5, √∫3∫0[ ∪ [8, 9]

9
TEMA I Cálculo Combinatório

UNIDADE 2
Propriedades das operações sobre
conjuntos

2 Considera, no universo R,
Vejamos algumas das propriedades mais importantes que envolvem operações com
os conjuntos A = ]–2, π[ e conjuntos.
B = [–√∫5, 4]. Determina:
a) A ∩ B
b) A ∪ B 2.1. Inclusão
c) √A
d) √B Teorema
e) √A ∩ √B Dados dois conjuntos A e B:
f) √A ∪ √B • A ⊂ B se e somente se A ∩ B = A.
• A ⊂ B se e somente se A ∪ B = B.

Nota B
Estas propriedades facilmente se compreendem obser-
A
Um caso particular dos vando o diagrama de Venn ao lado:
teoremas ao lado acontece
quando B = U. Nesse caso, Assim, se A ⊂ B, então A ∩ B = A e se A ∩ B = A, então
porque A ⊂ U, obtemos A ⊂ B.
A ∩ U = A e A ∪ U = U.
As propriedades acima, que facilmente reconheces por observação de um elementar
diagrama de Venn, podem ser demonstradas através da definição de inclusão de conjuntos
e das propriedades das operações lógicas que estudaste em anos anteriores.

Provemos que A ⊂ B se e somente se A ∩ B = A.


Analogamente, provaríamos que A ⊂ B se e somente se A ∪ B = B.

Demonstração
PROFESSOR Comecemos por provar que p ⇒ q é equivalente a (p ∧ q) ⇔ p, utilizando uma tabela
de verdade:
Resolução p q p⇒q p∧q (p ∧ q) ⇔ p
Todos os exercícios de “Propriedades
das operações sobre conjuntos” V V V V V
CC12_1.1 V F F F F
F V V F V
Soluções
2. F F V F V
a) A
b) B Observa-se que as colunas correspondentes às proposições p ⇒ q e (p ∧ q) ⇔ p são
c) ]–∞, –2] ∪ [π, +∞[ iguais. Logo, p ⇒ q é equivalente a (p ∧ q) ⇔ p.
d) ]–∞, –√∫5[ ∪ ]4, +∞[
Sejam A e B conjuntos tais que A ⊂ B, ou seja, por definição, ∀x, x ∈A ⇒ x ∈B, o que
e) √B
vimos ser equivalente a ∀ x, x ∈A ∧ x ∈B ⇔ x ∈A.
f) √A
Pelas definições de interseção e de igualdade de conjuntos, vem que A ∩ B = A.

10
UNIDADE 2 Propriedades das operações sobre conjuntos

Contextualização histórica
Teorema
O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto A.

De facto, se tal não fosse verdade, existiria um elemento x ∈∅ tal que x ∉A, o que é
impossível.

Nota
Augustus De Morgan
Repara que, conciliando os dois teoremas acima, como o conjunto vazio está contido
(1806-1871)
em qualquer conjunto, obtemos ∅ ∩ B = ∅ e ∅ ∪ B = B. Matemático e lógico
britânico, formulou as Leis
de De Morgan e introduziu
e tornou rigorosa a noção
Teorema de “indução matemática”.
Dados dois subconjuntos A e B de um conjunto U, A ⊂ B se e somente se √B ⊂ √A. O seu maior contributo
para a ciência consistiu na
reforma da lógica, abrindo
O resultado acima é facilmente ilustrado pelos seguintes diagramas de Venn: o caminho para o
U U nascimento da lógica
B B simbólica.
A
A A
A⊂B B⊂A
3 Considera, no universo R,
B os conjuntos A = ]–2, 1[ e
B = ÈÍ– 2 , +∞ ÈÍ.
Î 3 Î
Determina, por dois
processos distintos:
2.2. Interseção e reunião a) A –∩ –B
b) A –∪ –B
Consideremos A, B e C três conjuntos de um universo U. Tem-se:
4 Simplifica.
Propriedades Interseção Reunião a) √A– ∩– A
Comutatividade A∩B=B∩A A∪B=B∪A b) √B ∪ (A ∪ B)
c) √B ∩ (A ∩ B)
Associatividade (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) (A ∪ B) ∪ C = A ∪ (B ∪ C)
U é o elemento neutro da ∅ é o elemento neutro da PROFESSOR
Existência de interseção: reunião:
elemento neutro
U∩A=A∩U=A ∅∪A=A∪∅=A
Apresentação
∅ é o elemento absorvente da U é o elemento absorvente da “Propriedades das operações sobre
Existência de interseção: reunião: conjuntos”
elemento absorvente Teste interativo
∅∩A=A∩∅=∅ U∪A=A∪U=U “Propriedades das operações sobre
conjuntos”
Idempotência A∩A=A A∪A=A CC12_1.1
Distributividade da CC12_1.2
A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C) CC12_1.3
interseção em relação CC12_1.4
(A ∪ B) ∩ C = (A ∩ C) ∪ (B ∩ C)
à reunião
Soluções
Distributividade da
A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) 3.
reunião em relação à
a) ÈÍ –∞, –
2 È
(A ∩ B) ∪ C = (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) Í ∪ [1, +∞[
interseção Î 3 Î
b) ]–∞, –2]
Leis de De Morgan
A –∩ –B = √A ∪ √B A –∪ –B = √A ∩ √B 4. a) U b) U c) ∅
para conjuntos

11
TEMA I Cálculo Combinatório

5 Prova que se A ∩ B = ∅, Exercício resolvido


então (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) = C.
Sejam A e B dois conjuntos de um universo U. Prova que:
6 Sejam A, B e C (
a) A ∪ B ∩ √A = A ∪ B) b) (A– ∩ –B) ∪ A = U
subconjuntos de um
universo U. Prova que se c) A– ∪ √–B
( ) ∩ √B = ∅ (
d) (A ∪ B) ∩ A ∪ √B )=A
A ∪ B = U, então
(A ∩ C) ∪ (B ∩ C) = C.
Sugestão de resolução
7 Sejam A, B e C conjuntos de
um universo U. Prova que: (
a) A ∪ B ∩ √A ) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ √A ) (distributividade da reunião em relação
a) B–\–A = A ∪ √B à interseção)
b) (A ∪ √B) ∩ √A = A ∪
– –B = (A ∪ B) ∩ U (acontecimento contrário de A)
c) (A ∪
– – B) ∪ B = √A ∪ B =A∪B (elemento neutro da interseção)
d) A ∩ (B ∪ √A) = A ∩ B
– (√A
– ∩– B) = A ∩ B
b) (A– ∩ –B) ∪ A = √A ∪ √B ( )∪A (lei de De Morgan)
e) √B ∪
= (√A ∪ A) ∪ √B (associatividade e comutatividade)
f) (√B –∪ √C)– ∪ –(√A ∩– B) =
=A∩B∩C
= U ∪ √B (acontecimento contrário de A)
g) √A –∪ (–A ∩– B) = A\B
=U (elemento absorvente da reunião)
h) (A –∩– B) –∪ (√A– ∪– √B) = ∅ c) A– ∪ √–B
( ) ∩ √B = (√A ∩ √B ) ∩ √B (lei de De Morgan)
= (√A ∩ B) ∩ √B (acontecimento contrário de √B)
Recorda
= √A ∩ (B ∩ √B ) (associatividade)
Dados dois conjuntos A e B, = √A ∩ ∅ (acontecimento contrário de B)
chama-se produto =∅ (elemento absorvente da interseção)
cartesiano de A por B
ao conjunto d) (A ∪ B) ∩ A ∪ √B ( ) = A ∪ (B ∩ √B ) (distributividade da reunião em relação
{(a, b): a ∈A ∧ b ∈B}
à interseção)
dos pares ordenados (a, b)
tais que a e b pertencem, =A∪∅ (acontecimento contrário de B)
respetivamente, a A e a B. =A (elemento absorvente da reunião)
Representa-se por A ¥ B.
Exemplo
Sejam A = {, , ☺} e
B = {, } dois conjuntos.
Então: Teorema
A ¥ B = {(, ), (, ), Dados três conjuntos A, B e C, tem-se que:
(, ), (, ), (☺, ),
(☺, )} • (A ∪ B) ¥ C = (A ¥ C) ∪ (B ¥ C)
• C ¥ (A ∪ B) = (C ¥ A) ∪ (C ¥ B)
APRENDE FAZENDO
Págs. 56 e 58
Exercícios 22 e 34 Demonstração
(A ∪ B) ¥ C = {(x, y): x ∈A ∪ B ∧ y ∈C} =
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
= {(x, y): (x ∈A ∨ x ∈B) ∧ y ∈C} =
Pág. 9
Exercícios 1, 2, 3 e 4 = {(x, y): (x ∈A ∧ y ∈C) ∨ (x ∈B ∧ y ∈C)} =

PROFESSOR = {(x, y): x ∈A ∧ y ∈C} ∪ {(x, y): x ∈B ∧ y ∈C} =


= (A ¥ C) ∪ (B ¥ C)
CC12_1.5

De forma análoga se prova que C ¥ (A ∪ B) = (C ¥ A) ∪ (C ¥ B).

12
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

UNIDADE 3
Introdução ao cálculo combinatório

Nesta unidade vais aprofundar o conhecimento de técnicas de contagem que te permi-


tirão determinar o número de elementos de conjuntos formados de acordo com certas
regras, sem que seja necessário especificar os seus elementos.

3.1. Princípios fundamentais de contagem Nota


O número de elementos
Na verdade, o primeiro contacto que qualquer criança tem com a matemática é “con- do conjunto A pode
tar”, ou seja, enumerar os elementos de um conjunto, de maneira a determinar o seu nú- representar-se por #A e
lê-se cardinal de A.
mero. Quando nas suas atividades de contagem (contar objetos, pessoas, …) a criança
utiliza, por exemplo, os dedos das mãos ou a lista “um, dois, três, …”, ela está a estabe-
lecer uma correspondência biunívoca entre o conjunto cujos elementos se pretende con-
tar e um conjunto cujo cardinal já é conhecido.
Estes processos elementares de contagem baseiam-se no seguinte princípio:
Dois conjuntos A e B têm o mesmo cardinal se e somente se existir uma bijeção de A
sobre B.

Exemplo A B

#A = #B

Conjuntos com o mesmo cardinal dizem-se equipotentes.


Um outro princípio básico de contagem é o princípio geral da adição:

Dados dois conjuntos A e B tais que A ∩ B = ∅, tem-se que #(A ∪ B) = #A + #B.

Este princípio pode ser ilustrado de acordo com a


figura ao lado: ⇒

Assim: A B A∪B

PROFESSOR
Se para realizar um processo existirem duas alternativas que se excluem mutuamente,
e se existirem n1 maneiras de realizar a primeira alternativa e n2 maneiras de realizar Resolução
a segunda, então o processo pode ser realizado de n1 + n2 maneiras. “Introdução ao cálculo combinatório”

CC12_2.1
CC12_2.2
Este princípio pode ser generalizado a um qualquer número de alternativas.

13
TEMA I Cálculo Combinatório

8 A Ana está a almoçar na


Apresentamos agora o cardinal do produto cartesiano:
Taberna do Manuel e o
empregado de mesa
informa-a de que o menu Dados dois conjuntos A e B de cardinais respetivamente iguais a n ∈N e a m ∈N,
do dia tem as seguintes tem-se que o cardinal do produto cartesiano A ¥ B é igual a n ¥ m.
opções: duas escolhas
para a sopa (canja ou sopa
de legumes), três escolhas O cardinal do produto cartesiano conduz ao seguinte princípio, designado por princípio
para o prato principal
geral da multiplicação:
(pescada, frango ou tofu) e
duas escolhas para a
sobremesa (ananás ou
mousse). A Ana tem de Consideremos um processo constituído por duas etapas. Se existirem n1 maneiras de
escolher uma sopa, um realizar a primeira etapa e se, para cada uma destas, existirem n2 maneiras de realizar
prato principal e uma a segunda etapa, então todo o processo pode ser realizado de n1 ¥ n2 maneiras dife-
sobremesa.
rentes.
a) Quantos são os menus
possíveis?
b) Quantos são os menus Este princípio pode ser generalizado a um processo com um qualquer número de etapas.
possíveis cujo prato
principal seja frango? Analisemos os seguintes exercícios, onde se aplicam os princípios que acabámos de
estudar e que são ferramentas essenciais para resolver problemas de contagem.
9 De um conjunto de
12 pessoas, de quantas
maneiras diferentes Exercícios resolvidos
podem ser escolhidas
duas, uma para presidente
1. Para fazer uma viagem Porto-Lisboa-Porto podemos usar como meios de transporte
e outra para secretária de
um clube de futebol? o comboio, o automóvel ou o avião. De quantos modos distintos podemos esco-
lher fazer esse trajeto, se não pretendermos usar no regresso o mesmo meio de
10 Cinco casais sentam-se ao
transporte usado na ida?
acaso à mesa, como a da
figura.
Sugestão de resolução

Podemos representar o problema através de um diagrama de árvore, que es-


quematiza as várias possibilidades e que permite contá-las:
Ida Volta Resultados possíveis
De quantas maneiras Automóvel (Comboio, Automóvel)
Comboio
distintas o podem fazer de Avião (Comboio, Avião)
modo que cada rapaz
fique à frente da sua Comboio (Automóvel, Comboio)
namorada e todas as Automóvel
Avião (Automóvel, Avião)
raparigas fiquem do
mesmo lado?
Avião Comboio (Avião, Comboio)
Automóvel (Avião, Automóvel)
PROFESSOR Há, assim, três modos distintos de escolher o transporte de ida. Por cada uma
dessas opções, há duas alternativas para o regresso, uma vez que não preten-
CC12_2.3
demos usar o mesmo transporte que na ida.
Soluções A resposta é, então, 3 ¥ 2 = 6 modos distintos de realizar a viagem.
8. a) 12 b) 4 Ida Volta
9. 132
3 ¥ 2 = 6
10. 240

14
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

11 De quantos modos
2. Quantos números naturais de três algarismos distintos (base decimal) existem? distintos se podem sentar
três pessoas:
a) num banco de três
Sugestão de resolução
lugares?
O primeiro algarismo pode ser escolhido de nove maneiras distintas (repara b) num banco de cinco
lugares?
que não podemos usar o zero, porque, fazendo-o, o número natural obtido
passaria a ter dois algarismos e não três). Depois, para o segundo algarismo
12 A Ana, a Berta, os
temos nove opções de escolha (podemos usar todos os algarismos, exceto o
respetivos namorados
usado anteriormente). Depois de escolhidos os dois primeiros algarismos, (Carlos e Duarte) e o
temos oito modos distintos de escolher o terceiro algarismo (não podemos usar amigo Eduardo vão
os dois algarismos já utilizados anteriormente). passear de automóvel.
Apenas as raparigas têm
Assim, existem 9 ¥ 9 ¥ 8 = 648 números naturais nas condições pretendidas. carta de condução.
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo De quantas maneiras
9 ¥ 9 ¥ 8 = 648 diferentes podem ocupar
os cincos lugares, dois à
frente e três atrás, de
ERRO TÍPICO
modo que ao lado da
condutora viaje o
Observa um dos erros mais comuns na resolução do exercício anterior: respetivo namorado?
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo
8 ¥ 9 ¥ 10 = 720
#
Contextualização histórica
Erro!
Se começarmos pelo último algarismo, temos 10 opções de escolha. Para o pe-
núltimo restam nove possibilidades (não podemos usar o algarismo utilizado
anteriormente), mas para o primeiro algarismo… depende!
• se o algarismo zero já tiver sido usado num dos dois últimos lugares, a res-
posta é oito (pois não podemos usar esses dois algarismos);
• se o algarismo zero não tiver sido usado, então restam sete hipóteses (não
podemos usar os dois algarismos utilizados anteriormente nem o zero). Elon Lages Lima nasceu a
A contagem, começando pelo último algarismo, seria: 9 de julho de 1929, em
Maceió. Foi presidente da
• se o último algarismo é zero, temos nove escolhas para o segundo e oito esco- Sociedade Brasileira de
lhas para o primeiro (8 ¥ 9 casos); Matemática. Escreveu 25
livros, alguns dos quais
• se o último algarismo não é zero, mas o segundo é zero, temos nove possibi-
dedicados ao ensino da
lidades para o último e oito possibilidades para o primeiro (mais 8 ¥ 9 casos); Matemática. Em 2011, foi
• se nenhum algarismo é zero, temos nove possibilidades para o último, oito pos- membro titular da Academia
sibilidades para o segundo e sete possibilidades para o primeiro (7 ¥ 8 ¥ 9 casos). Brasileira de Ciências e
pesquisador titular do
O número total de casos é 8 ¥ 9 + 8 ¥ 9 + 7 ¥ 8 ¥ 9 = 9 ¥ 8 ¥ 9 = 648, como Instituto Nacional de
quando contamos pela outra ordem… Matemática Pura e Aplicada
(IMPA), instituição da qual
Repara que este impasse não surgiu na resolução por nós apresentada, pois co-
foi diretor.
meçamos por escolher o algarismo mais “problemático” – o único que apre-
senta uma restrição e que não pode ser zero.
Daí a sugestão do matemático Elon Lages Lima:
PROFESSOR
Pequenas dificuldades adiadas costumam transformar-se em grandes dificuldades. Se alguma de-
cisão é mais complicada que as demais, ela deve ser tomada em primeiro lugar. Soluções
11. a) 6 b) 60 12. 12
(continua)

15
TEMA I Cálculo Combinatório

13 Um código é composto Exercícios resolvidos


por seis carateres, dos
quais três são vogais e três 3. A Margarida tem dez livros distintos: cinco de romances, dois de banda desenhada
são algarismos. As vogais e três de aventura. Ela pretende escolher dois desses livros, de géneros diferentes,
e os algarismos
encontram-se alternados.
para ler nas férias. Quantas escolhas diferentes pode a Margarida fazer?
Quantos códigos existem
nestas condições?
Sugestão de resolução

Para que a Margarida escolha dois livros de géneros diferentes, existem três
hipóteses mutuamente exclusivas: um romance e um livro de banda desenhada,
ou um romance e um livro de aventura, ou um livro de banda desenhada e
um livro de aventura.
14 Os códigos dos cofres Existem, assim, 5 ¥ 2 + 5 ¥ 3 + 2 ¥ 3 = 31 possibilidades de escolha diferentes.
fabricados por uma
determinada empresa
consistem numa
4. Quantos números naturais de quatro algarismos (base decimal) menores que 5000
sequência de quatro
algarismos, como, por e divisíveis por 5 podem ser formados, usando-se apenas alguns ou todos os alga-
exemplo, 0141. rismos 2, 3, 4 e 5?
Um cliente vai comprar
um cofre a essa empresa
e pede que o respetivo Sugestão de resolução
código satisfaça as
seguintes condições: Para ser divisível por 5, o último algarismo só admite uma possibilidade – o 5;
• tenha exatamente três para o primeiro algarismo existem três hipóteses – qualquer algarismo exceto
algarismos 8; o 5, uma vez que o número tem que ser menor que 5000; o segundo e o ter-
• a soma dos seus quatro ceiro algarismos admitem quatro hipóteses. Logo, existem 3 ¥ 4 ¥ 4 ¥ 1 = 48
algarismos seja inferior números naturais nas condições pretendidas.
a 27.
Quantos códigos 1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo
diferentes existem 3 ¥ 4 ¥ 4 ¥ 1 = 48
satisfazendo estas
condições?
5. Considerando as 26 letras do alfabeto, quantas sequências de três letras todas dis-
tintas se podem formar, começando com uma vogal e acabando numa consoante?

Sugestão de resolução

Para a primeira letra temos cinco opções (vogais) e para a última temos 21 (21
consoantes). Para a segunda letra restam-nos 24 opções (pois das 26 letras já
utilizamos duas). Assim, existem 5 ¥ 24 ¥ 21 = 2520 sequências.
Vogal 2.ª letra Consoante
5 ¥ 24 ¥ 21 = 2520

PROFESSOR
6. Considera todos os números naturais entre 2000 e 3999, inclusive. Quantos deles
Soluções
13. 250 000 são capicuas? Nota que capicua é uma sequência de algarismos cuja leitura da es-
14. 12 querda para a direita ou da direita para a esquerda dá o mesmo número natural.

16
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

15 Pretende-se fazer uma


bandeira com três faixas
Sugestão de resolução horizontais, como a que
se apresenta na figura
Todos os números naturais entre 2000 e 3999, inclusive, são números que co- abaixo.
meçam no 2 ou no 3. Assim, temos duas possibilidades para o primeiro alga-
rismo e uma possibilidade para o último algarismo.
Por cada uma destas possibilidades, temos dez hipóteses para escolher o se-
gundo algarismo e uma hipótese para o terceiro algarismo, pois este tem que
ser igual ao escolhido para segundo algarismo. Estão disponíveis dez cores
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo diferentes para pintar a
bandeira, incluindo a cor
2 ¥ 10 ¥ 1 ¥ 1 = 20 vermelha. Pretende-se que
Assim, existem 2 ¥ 10 ¥ 1 ¥ 1 = 20 capicuas entre 2000 e 3999. sejam respeitadas as
seguintes condições:

7. Na figura está representado um círculo dividido em quatro • todas as faixas devem


2 ser pintadas;
setores circulares diferentes, numerados de 1 a 4. Estão 1 • cada faixa é pintada
disponíveis cinco cores para pintar este círculo. 3 com uma única cor;
Pretende-se que sejam respeitadas as seguintes condições: • duas faixas adjacentes
• todos os setores devem ser pintados; 4 não podem ser da
mesma cor;
• cada setor é pintado com uma única cor;
• só pode haver repetição
• setores com um raio em comum não podem ficar pintados com a mesma cor; de cor se houver pelo
• o círculo deve ficar pintado com duas cores ou com quatro cores. menos uma faixa
vermelha.
De quantas maneiras diferentes pode o círculo ser pintado?
Quantas bandeiras
(A) 140 (B) 230 (C) 310 (D) 390 diferentes se podem fazer?
Adaptado de Teste Intermédio, dezembro de 2008
16 Com quatro algarismos
Sugestão de resolução diferentes, quantos
números naturais
• Número de maneiras diferentes de pintar o círculo com duas cores: compreendidos entre
1000 e 4600 podemos
formar?
5 ¥ 4 ¥ 1 ¥ 1 = 20
• Número de maneiras diferentes de pintar o círculo com quatro cores: 17 De um baralho completo,
extraem-se, sucessivamente
e sem reposição, três
cartas. Quantas extrações
5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 = 120
são possíveis, de forma
Assim, existem 20 + 120 = 140 maneiras diferentes de pintar o círculo. que a primeira carta seja
A opção correta é a (A). de copas, a segunda seja
um rei e a terceira seja
de espadas.
8. Quantos são os números naturais pares que se podem escrever (na base decimal)
com quatro algarismos distintos?
PROFESSOR
Sugestão de resolução
Soluções
O último algarismo pode ser um de entre cinco opções (0, 2, 4, 6 ou 8) – repara 15. 738
que começámos pelo algarismo com mais restrições. 16. 1792
(continua)
17. 650

17
TEMA I Cálculo Combinatório

18 Utilizando os algarismos Exercícios resolvidos


do conjunto A = {1, 2, 3,
4, 5, 8, 9}, quantos
números de três Em seguida, de quantas maneiras se pode escolher o primeiro algarismo?
algarismos é possível
A resposta vai depender do algarismo escolhido para último lugar:
formar de modo que:
a) tenham exatamente dois • se o zero foi usado como último algarismo, para o primeiro algarismo exis-
algarismos iguais a 3? tem nove possibilidades (só não podemos usar o zero);
b) os números sejam
• se o zero não foi usado como último algarismo, então, para o primeiro alga-
múltiplos de 5?
rismo existem oito opções (não podemos usar o zero nem o algarismo esco-
c) (*) o produto dos
algarismos seja um lhido para a última casa).
número par? 1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 4.º algarismo
(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas
9 ou 8 5
Curriculares, 12.º ano
De modo a resolver este impasse, vamos contar separadamente:
• Números que têm zero como último algarismo:
19 Quantos números naturais Neste caso, só existe uma forma de escolher o último algarismo, nove de es-
de quatro algarismos são colher o primeiro, oito de escolher o segundo e sete maneiras de escolher o
maiores que 2400 e: terceiro.
a) têm os algarismos todos
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo zero
diferentes?
b) não têm os algarismos
9 ¥ 8 ¥ 7 ¥ 1 = 504
3, 5 nem 6? • Números cujo último algarismo é diferente de zero:
c) satisfazem Neste caso, temos quatro possibilidades de escolher o último algarismo (2,
simultaneamente as
4, 6 ou 8), oito de escolher o primeiro, oito de escolher o segundo (dos dez
condições das alíneas
anteriores? algarismos já utilizámos dois) e sete de escolher o terceiro (dos dez algaris-
mos já utilizámos três).
1.º algarismo 2.º algarismo 3.º algarismo 2, 4, 6 ou 8
20 Quantos divisores naturais 8 ¥ 8 ¥ 7 ¥ 4 = 1792
tem o número:
Assim, o total pretendido é 504 + 1792 = 2296 números.
a) 210?
b) 1716?
c) 75 600? 9. Quantos divisores naturais tem o número 2400 = 25 ¥ 3 ¥ 52?
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

APRENDE FAZENDO
Págs. 52, 55, 56, 58 e 59 Sugestão de resolução
Exercícios 1, 2, 4, 17, 23,
24, 25, 35 e 36 Por exemplo, 30 = 21 ¥ 31 ¥ 51, 20 = 22 ¥ 30 ¥ 51, 1 = 20 ¥ 30 ¥ 50, 2400 =
= 25 ¥ 3 ¥ 52, … são alguns dos divisores de 2400.
Repara que, cada divisor do número 2400 é do tipo 2a ¥ 3b ¥ 5c, onde
PROFESSOR
a ∈{0, 1, 2, 3, 4, 5}, b ∈{0, 1} e c ∈{0, 1, 2}.
(*) Os graus de dificuldade elevados
correspondem a desempenhos que não Portanto, o número de divisores é o número de ternos ordenados (a, b, c), com
serão exigíveis à totalidade dos alunos.
a ∈{0, 1, 2, 3, 4, 5}, b ∈{0, 1} e c ∈{0, 1, 2}.
Soluções
18. a) 18 b) 49 c) 279 Logo, pelo princípio geral da multiplicação, o número de divisores de 2400 é:
19. a) 3864 b) 1567 c) 560 6 ¥ 2 ¥ 3 = 36
20. a) 16 b) 24 c) 120

18
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

3.2. Arranjos com repetição


Dado o conjunto {1, 2, 3, 4, 5}, quantas sequências de três elementos desse conjunto,
não necessariamente distintos, se podem formar?
(1, 2, 5), (2, 5, 1), (2, 2, 3), … são alguns exemplos do tipo de sequências que preten-
demos contar. Utilizando o princípio geral da multiplicação, já estudado, sabemos que:
1.º elemento 2.º elemento 3.º elemento
5 ¥ 5 ¥ 5 = 53 = 125 sequências
125 é o número total de sequências de três elementos, não necessariamente distintos,
escolhidos de entre cinco elementos dados. Diz-se que existem 125 arranjos com repe-
tição de 5 elementos 3 a 3. Simbolicamente, escreve-se 5A’3, que é igual a 53 = 125.
Este exemplo ilustra o conceito e a propriedade seguintes:

Definição

Chama-se arranjos com repetição de n elementos p a p ao número de sequências 21 Com as 26 letras do


de p ∈N0 elementos, não necessariamente distintos, escolhidos num conjunto de alfabeto, quantas
sequências constituídas
cardinal n ∈N. Representa-se por nA’p.
por três letras se podem
formar?

Propriedade
nA’ = np
p

Vejamos agora um outro problema, que, apesar de ter um enunciado diferente, é igual
ao exemplo que acabámos de estudar. 22 Um teste é composto por
dez questões de escolha
Considerando uma caixa com cinco bolas numeradas de 1 a 5, indistinguíveis ao tato,
múltipla, sendo que, para
averiguemos de quantas maneiras distintas podemos extrair, sucessivamente e com repo- cada uma delas, existem
sição, três dessas bolas. cinco alternativas de
resposta. Quantas são as
1 2 5 4 3 chaves possíveis?

Utilizando o princípio fundamental de contagem já estudado, tem-se:


1.ª extração 2.ª extração 3.ª extração
5 ¥ 5 ¥ 5 = 53 = 125 maneiras
53 é o número de formas distintas de, dadas cinco bolas, se efetuarem três extrações
sucessivas de uma dessas bolas, repondo a bola escolhida após cada uma das extrações.
PROFESSOR
53 é igual, como já vimos, a arranjos com repetição de 5 elementos 3 a 3.
CC12_2.4

Propriedade
Soluções
Dados n objetos, existem exatamente nA’p formas distintas de efetuar p extrações suces-
21. 17 576
sivas de um desses objetos, repondo o objeto escolhido após cada uma das extrações.
22. 9 765 625

19
TEMA I Cálculo Combinatório

23 O código morse utilizava Exercícios resolvidos


sequências constituídas
por um até quatro 1. Quantos códigos distintos de multibanco é possível formar, sabendo que cada um
símbolos. Os símbolos é formado por uma sequência de quatro algarismos?
são um ponto e um traço.
Quantas sequências
existem no código morse? Sugestão de resolução

Sabendo que cada código é formado por uma sequência de quatro algarismos,
admitindo repetição e podendo o zero ser o primeiro dígito, temos que
10A’ = 104 = 10 000 é o número total de códigos de multibanco.
4

Podias ter optado por resolver o exercício utilizando o princípio fundamental


de contagem já estudado:

24 Num determinado
1.º dígito 2.º dígito 3.º dígito 4.º dígito
concurso há quatro 10 ¥ 10 ¥ 10 ¥ 10 = 104 = 10 000
candidatos e cinco
examinadores, devendo
cada examinador votar 2. Os números de telefone de uma certa região são formados por uma sequência de
num dos candidatos.
nove algarismos, sendo os três primeiros 321 (por esta ordem).
De quantas maneiras
distintas podem os votos Quantos números de telefone podem existir nessa região?
ser distribuídos?
Sugestão de resolução

Sabendo que cada número é constituído por uma sequência de nove algaris-
mos, admitindo repetição, e que os três primeiros dígitos são 321, resta-nos
ter em conta os últimos seis algarismos da sequência.
Assim, temos que 10A’6 = 106 = 1 000 000 é o número total de números de te-
lefone.
25 Conte quantas sequências
diferentes se podem Podias ter optado por resolver o exercício utilizando o princípio fundamental
formar inserindo quatro de contagem já estudado:
missangas num fio,
sabendo que as missangas 3 2 1 4.º dígito 5.º dígito 6.º dígito 7.º dígito 8.º dígito 9.º dígito
têm três cores possíveis:
vermelho, verde e azul. 1 ¥ 1 ¥ 1 ¥ 10 ¥ 10 ¥ 10 ¥ 10 ¥ 10 ¥ 10 =
Caderno de Apoio às Metas 6
= 10 = 1 000 000
Curriculares, 12.º ano

3. O Joaquim tem várias possibilidades de se deslocar até ao emprego: a pé, de


metro, de autocarro ou de carro. No final de cada semana, o Joaquim faz uma ta-
bela com a forma como se deve deslocar para o emprego em cada dia da semana
(de segunda a sexta-feira). Quantas tabelas diferentes pode o Joaquim fazer?

Sugestão de resolução

PROFESSOR
Sabendo que, em cada um dos cinco dias úteis da semana, o Joaquim tem quatro
Soluções hipóteses diferentes de se deslocar para o trabalho, podendo haver obviamente
23. 30 repetição, temos que 4A’5 = 45 = 1024 é o número total de tabelas diferentes
24. 1024 que o Joaquim pode fazer.
25. 81

20
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

Repara que, mais uma vez podias ter optado por resolver o exercício utilizando
o princípio fundamental de contagem já estudado:
2.ª feira 3.ª feira 4.ª feira 5.ª feira 6.ª feira
4 ¥ 4 ¥ 4 ¥ 4 ¥ 4 = 45 = 1024

Nota que, neste exemplo, p > n.

4. Quantos subconjuntos tem o conjunto E = {a, b, c, d, e, f}? 26 Quantos subconjuntos


tem o conjunto
E = {–2, –1, 0, 1, 2, 3, 10}?
Sugestão de resolução

Podemos associar a cada subconjunto do conjunto E um código formado por


uma sequência de zeros e uns, com comprimento 6.

Por exemplo, ao subconjunto {a, c, d} associamos o código 101100, em que


o 1 significa que o elemento pertence ao subconjunto e 0 significa que o ele-
mento não pertence ao subconjunto, como ilustrado no esquema abaixo:
a b c d e f
U U U U U U
1 0 1 1 0 0
Vejamos outros exemplos:
• {a, b, c} corresponde a 111000;
• {f, d} corresponde a 000101;
• ∅ corresponde a 000000;
• {a, b, c, d, e, f} corresponde a 111111.

Por outro lado, por exemplo, ao código 101010 corresponde o subconjunto


{a, c, e}.

Atendendo que a cada subconjunto do conjunto E corresponde um e um só


código, e que, dada uma sequência de zeros e uns, com comprimento 6, existe
um e um só subconjunto de E que tem essa sequência como código, então o
número de subconjuntos de E é igual ao número de sequências de zeros e uns,
com comprimento 6.

PROFESSOR
Assim, o número de subconjuntos do conjunto E é 2A’6 = 26 = 64.
Solução
26. 128

21
TEMA I Cálculo Combinatório

27 Um bar possui 12 bebidas


O processo de resolução do exercício anterior pode ser aplicado a qualquer conjunto
diferentes para preparar com um número finito de elementos. Assim, dado um conjunto com p elementos, o nú-
cocktails. mero de subconjuntos desse conjunto é dado por 2A’p = 2p.
Sabendo que cada
cocktail é uma mistura de Definição
duas ou mais bebidas,
quantos cocktails
Seja E um conjunto. Designa-se por conjunto das partes de E o conjunto formado
diferentes podem ser
servidos nesse bar? pelos subconjuntos de E e representa-se por P (E).

Exemplos
28 O casal Raposo tem sete
cães de raças distintas. 1. Seja A = {♣, ♦, ♠}.
O casal vai passear ao ∅ " Único conjunto constituído por zero elementos.
parque da cidade e quer
{♣}, {♦}, {♠} " Todos os conjuntos constituídos por um elemento.
levar pelo menos dois
desses cães. De quantas {♣, ♦}, {♣, ♠}, {♦, ♠} " Todos os conjuntos constituídos por dois elementos.
maneiras diferentes pode {♣, ♦, ♠} = A " Único conjunto constituído por todos os elementos.
o casal escolher os cães
que os vão acompanhar? Então, P (A) = {∅, {♣}, {♦}, {♠}, {♣, ♦}, {♣, ♠}, {♦, ♠}, {♣, ♦, ♠}}.

2. Seja B = {1, 2, 3, 4}. Então:


P (B) = {∅, {1}, {2}, {3}, {4}, {1, 2}, {1, 3}, {1, 4}, {2, 3}, {2, 4}, {3, 4}, {1, 2, 3}, {1, 2, 4},
{1, 3, 4}, {2, 3, 4}, {1, 2, 3, 4}}

Propriedade
Seja E um conjunto. Se E tiver p ∈N0 elementos, então P (E) tem 2p elementos.

Ou seja, #P (E) = 2#E.


Nos dois exemplos anteriores, temos que:
• #P (A) = 2#A = 23 = 8 • #P (B) = 2#B = 24 = 16

Exercício resolvido

Numa sala existem cinco lâmpadas iguais. Cada lâmpada pode ser acesa sem que
as outras o sejam. Quantas possibilidades existem de iluminar a sala?

Sugestão de resolução

A sala pode ser iluminada utilizando apenas uma ou duas ou três ou quatro
ou cinco lâmpadas. Portanto, pretendemos determinar o número de subcon-
juntos de um elemento, de dois elementos, de três elementos, de quatro ele-
PROFESSOR
mentos e de cinco elementos do conjunto das cinco lâmpadas da sala.
CC12_2.5 Sabemos que 25 é o número total de subconjuntos de um conjunto com cinco
elementos. Como não interessa contabilizar o conjunto vazio (que corresponde
Soluções
a zero lâmpadas acesas), o número de possibilidades de iluminar a sala é
27. 4083
25 – 1 = 31.
28. 120

22
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

3.3. Permutações 29 De quantas formas


diferentes se podem
De quantas maneiras é possível ordenar os três elementos 1, 2, 3? arrumar:
a) quatro carros num
Facilmente enumeramos as seis diferentes ordenações dos elementos 1, 2, 3: parque de quatro
1, 2, 3; 1, 3, 2; 2, 1, 3; 2, 3, 1; 3, 1, 2; 3, 2, 1 lugares?
b) oito carros num parque
Utilizando o princípio geral da multiplicação já estudado, sabemos que: de oito lugares?

1.º elemento 2.º elemento 3.º elemento


3 ¥ 2 ¥ 1 = 6 ordenações
30 Seis jovens, a Ana,
6 é o número total de permutações de 3 elementos. a Beatriz, o Carlos, a
Dália, o Eduardo e a
De um modo geral, se pretendermos ordenar n elementos de um dado conjunto, temos Filipa, vão concorrer a
n formas distintas de escolher o elemento que ocupará o primeiro lugar, n – 1 formas de es- um sorteio de seis viagens:
Barcelona, Berlim,
colher o elemento que ocupará o segundo lugar, n – 2 formas de escolher o elemento que Londres, Madrid, Paris e
ocupará o terceiro lugar, …, 1 forma de escolher o elemento que ocupará o último lugar. Roma. Supondo que cada
jovem vai ganhar uma
Assim, n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ … ¥ 2 ¥ 1 é o número de formas de ordenar os elementos
viagem, de quantas
de um conjunto de cardinal n ≥ 1. maneiras diferentes pode
resultar este sorteio?
Definição Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano

A uma maneira de ordenar n elementos distintos dá-se o nome de permutação dos n


elementos.

Propriedade
O número de permutações de n elementos de um conjunto de cardinal n ≥ 1 é igual
a n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ … ¥ 2 ¥ 1 e representa-se por n! (lê-se n fatorial).

Exemplos

1. 1! = 1

2. 2! = 2 ¥ 1 = 2

3. 3! = 3 ¥ 2 ¥ 1 = 6

4. 4! = 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 24

5. 5! = 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 120

6. 6! = 6 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 720
PROFESSOR

Repara que 6! = 6 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 6 ¥ 5! CC12_2.6


 CC12_2.7
5!
Soluções
29.
Em geral, para qualquer n ∈N, tem-se: n! = n ¥ (n – 1)! a) 24
b) 40 320
Por convenção, tem-se que 0! = 1, sendo esta definição a única para a qual a igualdade 30. 720
n! = n ¥ (n – 1)! é válida para n = 1.

23
TEMA I Cálculo Combinatório

31 Cinco raparigas e quatro ERRO TÍPICO


rapazes vão colocar-se
lado a lado para tirarem
uma fotografia. Determina Observa alguns erros comuns na utilização da definição anterior:
de quantas maneiras • 4! + 5! = 9!
diferentes se podem 
dispor os nove amigos se: Erro!
a) não houver restrições; Repara que:
b) se cada rapaz ficar 4! + 5! = 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 + 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 24 + 120 = 144
entre duas raparigas; é diferente de:
c) se os jovens do mesmo 9! = 9 ¥ 8 ¥ 7 ¥ 6 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 362 880
sexo ficarem juntos;
d) se os rapazes ficarem • 4! ¥ 5! = 20!

juntos;
Erro!
e) se estiver uma rapariga
Repara que:
em cada uma das
extremidades.
4! ¥ 5! = 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 ¥ 5 ¥ 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 24 ¥ 120 = 2880
é diferente de:
20! = 20 ¥ 19 ¥ … ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 2 432 902 008 176 640 000

h h
Texas TI-84 Plus • 5! = i 5 i !
4! j 4 j

Erro!
Repara que 5! = 5 ¥ 4! = 5 e
h 5 h ! não está definido…
i i
4! 4! j 4j

Na opção “MATH”:
Como calcular 5! na máquina de calcular?

Casio fx-CG 10/20

“RUN MAT” " ”OPTN” (no teclado) " ”PROB” " ”5” " ”x!” " ”EXE”

PROFESSOR Texas TI-nspire

Resolução
“Calculator” " “MENU” " “5: Probabilidade” " ”1: Fatorial (!)”
Essencial para o Exame – exercício 31

Soluções
31.
a) 362 880 b) 2880
c) 5760 d) 17 280
e) 100 800

24
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

Exercícios resolvidos

1. De quantas maneiras diferentes se podem sentar nove pessoas numa fila de nove
lugares?

Sugestão de resolução

Pretendemos sentar nove pessoas em nove lugares, isto é, pretendemos deter-


minar o número de permutações de nove elementos.
Nota
Assim, 9! = 362 880 é o número de maneiras diferentes de se sentarem nove
Anagramas de uma palavra
pessoas numa fila de nove lugares.
são as diferentes sequências
que se podem formar com
as letras dessa palavra.
2. Quantos são os anagramas da palavra LINDA?
32 Quantos anagramas tem a
palavra:
Sugestão de resolução a) LOBA;
b) XADREZ.
Cada anagrama de LINDA é uma sequência formada pelas cinco letras distintas
L, I, N, D e A.
33 De quantas maneiras
Assim, o número de anagramas da palavra LINDA é 5! = 120. distintas se podem colocar
em fila quatro rapazes e
seis raparigas de modo
3. A Margarida tem dez livros distintos para colocar numa estante: seis são de Fernando que as raparigas fiquem
sempre juntas?
Pessoa e quatro são de José Saramago. Dispondo todos os livros ao acaso, de
quantas formas distintas podem ficar juntos todos os livros do mesmo autor?
34 De quantas formas é
possível colocar numa
prateleira seis livros de
Sugestão de resolução
Matemática, quatro livros
de Física e dois livros de
Pretende-se que os seis livros de Fernando Pessoa fiquem juntos e os quatro li-
Biologia, todos diferentes
vros de José Saramago também. Podemos pensar nos seis livros de Fernando entre si, se:
Pessoa como um bloco, dentro do qual existem 6! maneiras distintas de os dis- a) não houver restrições?
por. Da mesma forma, os quatro livros de José Saramago constituem outro b) os livros de Matemática
bloco, dentro do qual existem 4! maneiras distintas de os dispor. ficarem todos juntos,
bem como todos os de
Existem, ainda, duas maneiras distintas de colocar estes blocos, uma vez que
Física?
podemos permutar a ordem dos blocos, ou seja, colocar o bloco José Saramago
c) todos os livros da
seguido de bloco Fernando Pessoa ou vice-versa. mesma disciplina
P P P P P P S S S S ficarem juntos?
 
6! ¥ 4! PROFESSOR
ou:
Soluções
S S S S P P P P P P
32. a) 24 b) 720
 
33. 86 400
4! ¥ 6!
34. a) 479 001 600
Assim, o número pretendido é 2 ¥ 6! ¥ 4! = 34 560. b) 414 720
c) 207 360
(continua)

25
TEMA I Cálculo Combinatório

35 Determina, sem recurso Exercícios resolvidos


ao fatorial da calculadora.
10!
a) 4. Calcula, sem recurso ao fatorial da calculadora.
7!
2017! a) 10 ¥ 3! + 4! b)
8! c)
50! d)
10! + 8! e)
100! – 99!
b)
2016! 7! 45! 8! 99! 98!
b)
20! + 18!
17! Sugestão de resolução
36 Considerando n um
a) 10 ¥ 3! + 4! = 10 ¥ (3 ¥ 2 ¥ 1) + 4 ¥ 3 ¥ 2 ¥ 1 = 10 ¥ 6 + 24 = 60 + 24 = 84
número natural, simplifica:
n! b)
8! = 8 ¥ 7! = 8
a)
(n – 1)! 7! 7!
(n – 1)!
b)
(n + 2)! c)
50! = 50 ¥ 49 ¥ 48 ¥ 47 ¥ 46 ¥ 45! = 50 ¥ 49 ¥ 48 ¥ 47 ¥ 46 = 254 251 200
(n + 1)! + (n – 1)! 45! 45!
c)
n!
d)
10! + 8! = 10! + 8! = 10 ¥ 9 ¥ 8! + 1 = 10 ¥ 9 + 1 = 91
8! 8! 8! 8!
37 Determina n, número
inteiro não negativo,
e)
100! – 99! = 100 ¥ 99! – 99 ¥ 98! = 100 – 99 = 1
tal que: 99! 98! 99! 98!
12n! + 5(n + 1)! = (n + 2)!

38 Escreve os seguintes
a! 5. Simplifica.
produtos na forma , com
b! n! n!
a e b números naturais. a) ,n≥2 b)
(n – 2)! (n + 2)!
a) 12 ¥ 11 ¥ 10 ¥ 9
b) 2015 ¥ 2016 ¥ 2017
Sugestão de resolução
c) (n + 2) ¥ (n + 1) ¥ n, n ≥ 1
d) n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ n! = n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2)! = n ¥ (n – 1) = n2 – n
¥ (n – 3) ¥ (n – 4), n ≥ 5 a)
(n – 2)! (n – 2)!
e) n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ …
× (n – p + 1), n ≥ p n! = n! 1 1
b) = =
APRENDE FAZENDO (n + 2)! (n + 2) ¥ (n + 1) ¥ n! (n + 2) ¥ (n + 1) n2 + 3n + 2
Pág. 57
Exercício 26
6. Escreve os seguintes produtos na forma
a! , com a e b números naturais.
PROFESSOR b!
a) 7 ¥ 6 ¥ 5 b) 1000 ¥ 999 ¥ 998 ¥ 997
CC12_2.10
c) 17 ¥ 18 ¥ 19 ¥ 20 d) n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2), n ≥ 3

Soluções
35. Sugestão de resolução
a) 720 b) 2017 c) 6858
36. a) 7 ¥ 6 ¥ 5 =
7 ¥ 6 ¥ 5 ¥ 4! = 7!
a) n b) 3
1 4! 4!
n + 3n2 + 2n
n2 + n + 1
c)
n b) 1000 ¥ 999 ¥ 998 ¥ 997 =
1000 ¥ 999 ¥ 998 ¥ 997 ¥ 996! = 1000!
37. 5
996! 996!
38.
c) 17 ¥ 18 ¥ 19 ¥ 20 =
20 ¥ 19 ¥ 18 ¥ 17 ¥ 16! = 20!
12! 2017!
a)
8!
b)
2014!
16! 16!
(n + 2)! n!
c)
(n – 1)!
d)
(n – 5)! d) n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) =
n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ (n – 3)! = n!
n! (n – 3)! (n – 3)!
e)
(n – p)!

26
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

3.4. Arranjos sem repetição


Dado o conjunto {1, 2, 3, 4, 5}, quantas sequências de três elementos distintos desse 39 Com as 26 letras do
conjunto podemos formar? alfabeto, quantas
sequências constituídas
(1, 2, 5), (2, 5, 1), (1, 2, 3), … são alguns exemplos do tipo de sequências que preten- por três letras diferentes se
demos contar. Utilizando o princípio geral da multiplicação já estudado, sabemos que: podem formar?

1.º elemento 2.º elemento 3.º elemento


5 ¥ 4 ¥ 3 = 60 sequências

60 é o número total de sequências de três elementos distintos, escolhidos de entre os


cinco elementos dados. Diz-se que existem 60 arranjos (sem repetição) de 5 elementos
3 a 3. Simbolicamente, escreve-se 5A3, que é igual a 5 ¥ 4 ¥ 3 = 5! = 60.
2!
Este exemplo ilustra o conceito e as propriedades seguintes:

Definição

Chama-se (número de) arranjos (sem repetição) de n elementos p a p ao número de


sequências de p ∈N0 elementos distintos, escolhidos num conjunto de cardinal n ∈N,
com n ≥ p.

40 Uma associação é
O número de arranjos (sem repetição) de n elementos p a p representa-se por nAp. composta por 12 membros.
De quantos modos
diferentes podem ser
De um modo geral, o primeiro termo de uma sucessão particular de p elementos distintos
escolhidos um presidente
de um determinado conjunto, com n ≥ p elementos, pode ser escolhido de n maneiras e um secretário?
distintas. Em seguida, sobram apenas n – 1 objetos para escolher como segundo elemento
e para terceiro elemento já só há n – 2 objetos, ou seja, há no total n(n – 1)(n – 2) maneiras
distintas de escolher os três primeiros elementos da sucessão.
Reproduzindo este raciocínio até se chegar ao termo de ordem p da sucessão haverá,
no total, n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ … ¥ (n – (p – 1)) = n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥ … ¥ (n – p + 1)
maneiras de escolher todos os termos de uma tal sucessão (quando se vai fazer a p-ésima
escolha já só sobram n – (p – 1) elementos no conjunto, já que se fizeram previamente p – 1
escolhas), número que, como já viste na alínea e) do exercício 38, pode ser representado
por n! .
(n – p)!
1.º elemento 2.º elemento 3.º elemento … p-ésimo elemento
n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2) ¥…¥ (n – (p – 1))

(p – 1) extrações PROFESSOR

CC12_2.8
Propriedades
• nAp = n ¥ (n – 1) ¥ … ¥ (n – p + 1), com 0 ≤ p ≤ n. Soluções

• nAp = n! , com 0 ≤ p ≤ n.
39. 15 600
(n – p)! 40. 132

27
TEMA I Cálculo Combinatório

41 Dez atletas vão fazer uma


Vejamos agora um outro problema, que, apesar de ter um enunciado diferente, é igual
corrida. Conta de quantas ao exemplo que acabámos de estudar.
maneiras diferentes se
Consideremos uma caixa com cinco bolas numeradas de 1 a 5, indistinguíveis ao tato,
poderão colocar três deles
no pódio. e averiguemos de quantas maneiras distintas podemos extrair sucessivamente e sem re-
Caderno de Apoio às Metas posição três dessas bolas.
Curriculares, 12.º ano

1 2 3 4 5

Utilizando o princípio geral da multiplicação já estudado, tem-se:


42 Numa fila com seis
cadeiras, de quantas 1.ª extração 2.ª extração 3.ª extração
formas distintas é que se 5 ¥ 4 ¥ 3 = 60 maneiras
podem sentar quatro
pessoas?
60 é o número de formas distintas de, dadas cinco bolas, efetuar três extrações suces-
sivas de uma delas, não havendo reposição da bola escolhida após cada uma das extra-
ções, que é igual, como já vimos, a arranjos sem repetição de 5 elementos 3 a 3.

Propriedade
Texas TI-84 Plus
Dados n objetos, existem exatamente nAp formas distintas de efetuar p extrações su-
cessivas de um desses objetos, sem repor o objeto escolhido após cada uma das ex-
trações.

Como calcular 5A3 na máquina de calcular?


Na opção “MATH”:
Casio fx-CG 10/20

“RUN MAT” " ”OPTN” " ”PROB” " ”5” " ”nPr” " ”3” " ”EXE”

Texas TI-nspire

PROFESSOR “Calculator” " “MENU” " “5: Probabilidade” " “2: Permutações”

CC12_2.8

Solução
41. 720
42. 360

28
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

Exercícios resolvidos 43 Uma carruagem de metro


tem dez bancos
1. Numa corrida participaram seis pessoas. Não havendo empates, de quantas formas individuais, estando cinco
deles virados para a frente
distintas se podem distribuir as três medalhas (ouro, prata e bronze)? e os outros cinco virados
para a traseira do veículo.
Sugestão de resolução De dez passageiros,
quatro preferem sentar-se
Destas seis pessoas interessa-nos escolher, ordenadamente (dado que é dife- de frente, dois preferem
rente receber medalha de ouro, prata ou bronze) e sem repetição, três delas sentar-se de costas e os
restantes não têm
(uma vez que a mesma pessoa não pode receber mais do que uma medalha). preferência. De quantas
Assim, 6A3 = 120 é o número de maneiras distintas de distribuir as três medalhas. formas distintas se podem
sentar os passageiros,
Podias ter optado por resolver o exercício utilizando o princípio geral da mul- respeitando as
tiplicação já estudado: preferências de cada um?

Ouro Prata Bronze Nota


6 ¥ 5 ¥ 4 = 120 Um baralho de cartas
completo é constituído por
2. De um baralho completo extraem-se, ao acaso, sucessivamente e sem reposição, 52 cartas, repartidas por
quatro cartas e dispõem-se em fila. Determina o número de disposições de forma quatro naipes (espadas,
que as quatro cartas retiradas sejam figuras. copas, ouros e paus).
Em cada naipe há 13 cartas:
um ás, três figuras (rei,
Sugestão de resolução dama e valete) e mais nove
cartas (do 2 ao 10).
Pretende-se saber o número de maneiras distintas de escolher, ordenadamente
e sem repetição, quatro cartas de entre as 12 figuras existentes no baralho.
Assim, 12A4 = 11 880 é o número pretendido. 44 Foram extraídas,
sucessivamente e com
reposição, quatro cartas de
3. Resolve, em N, as seguintes equações. um baralho de 52 cartas.
Determina de quantas
a) nA2 = 30 b) nA2 = 15 – 3n
maneiras diferentes é
possível obter:
Sugestão de resolução a) por esta ordem, um ás,
duas figuras e um
a) nA = 30 b) nA = 15 – 3n número superior a 5;
2 2
b) primeiro duas cartas
⇔ n! = 30 ⇔ n! = 15 – 3n vermelhas e depois
(n – 2)! (n – 2)! duas cartas de espadas;
c) um rei e três cartas
⇔ n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2)! = 30 ⇔ n ¥ (n – 1) ¥ (n – 2)! = 15 – 3n pretas, não
(n – 2)! (n – 2)! necessariamente por
⇔ n2 – n – 30 = 0 ⇔ n2 + 2n – 15 = 0 esta ordem.
Caderno de Apoio às Metas

⇔ n = 1 ± √∫1∫ –∫ ∫ ∫4∫ ∫¥∫ ∫(∫–∫3∫0∫) ⇔ n = –2 ± √∫4∫ ∫–∫ 4


∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫1∫5∫) Curriculares, 12.º ano

2 2

⇔ n = 1 ± √∫1∫2∫1 ⇔ n = –2 ± √∫6∫4 PROFESSOR


2 2
Soluções
⇔ n = 6 ∨ n = –5 ⇔ n = 3 ∨ n = –5 43. 57 600

n = 6, pois n ≥ 2. n = 3, pois n ≥ 2. 44. a) 11 520 b) 114 244


c) 281 216

29
TEMA I Cálculo Combinatório

3.5. Combinações
Recorda Dado o conjunto {1, 2, 3, 4, 5}, quantos subconjuntos de três elementos desse conjunto
podemos formar?
• {1, 2} = {2, 1}
• (1, 2) ≠ (2, 1)
Procuramos, então, determinar o número de subconjuntos de três elementos escolhidos
de entre cinco elementos dados. A cada um desses conjuntos chama-se combinação de
5 elementos 3 a 3.

45 Considera o conjunto Para o fazer, comecemos por listar todas as sequências (arranjos) de três elementos dis-
{a, e, i, o, u}. Quantos tintos:
subconjuntos constituídos
por dois elementos podem

 
ser formados? (1, 2, 3) (1, 2, 4) (1, 2, 5) (1, 3, 4) (1, 3, 5) (1, 4, 5) (2, 3, 4) (2, 3, 5) (2, 4, 5) (3, 4, 5)

(1, 3, 2) (1, 4, 2) (1, 5, 2) (1, 4, 3) (1, 5, 3) (1, 5, 4) (2, 4, 3) (2, 5, 3) (2, 5, 4) (3, 5, 4)

(2, 1, 3) (2, 1, 4) (2, 1, 5) (3, 1, 4) (3, 1, 5) (4, 1, 5) (3, 2, 4) (3, 2, 5) (4, 2, 5) (4, 3, 5)
5A
46 Um conjunto tem oito 3

elementos. Determina o (2, 3, 1) (2, 4, 1) (2, 5, 1) (3, 4, 1) (3, 5, 1) (4, 5, 1) (3, 4, 2) (3, 5, 2) (4, 5, 2) (4, 5, 3)
número de subconjuntos
diferentes que se podem (3, 1, 2) (4, 1, 2) (5, 1, 2) (4, 1, 3) (5, 1, 3) (5, 1, 4) (4, 2, 3) (5, 2, 3) (5, 2, 4) (5, 3, 4)
definir a partir deste
conjunto e que tenham:
(3, 2, 1) (4, 2, 1) (5, 2, 1) (4, 3, 1) (5, 3, 1) (5, 4, 1) (4, 3, 2) (5, 3, 2) (5, 4, 2) (3, 4, 5)
a) dois elementos;
combinações
b) seis elementos; {1, 2, 3}{1, 2, 4}{1, 2, 5}{1, 3, 4}{1, 3, 5}{1, 4, 5}{2, 3, 4}{2, 3, 5}{2, 4, 5}{3, 4, 5} de 5 elementos,
c) oito elementos. 3a3
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
Cada coluna diz respeito a uma única combinação, para a qual existem seis sequências
distintas, uma vez que as sequências diferem apenas na ordem pela qual os números
estão escritos, dando origem apenas a uma combinação.
Assim, a última linha do quadro apresenta todas as combinações possíveis.
Repara que o número de arranjos é seis vezes superior ao número de combinações,
o que significa que podemos obter o número de combinações de 5, 3 a 3, dividindo o
número de arranjos de 5, 3 a 3, por 6 (número de permutações de três elementos):
5 5
5C
3 = A3 = A3 = 10
6 3!

Logo, 10 é o número de subconjuntos de três elementos de um conjunto de cinco ele-


mentos.
Este exemplo ilustra o conceito e a propriedade seguintes:
PROFESSOR

Definição
CC12_2.9

Soluções Chama-se (número de) combinações de n elementos p a p ao número de subcon-


45. 10 juntos de p elementos (0 ≤ p ≤ n) de um conjunto de n ∈N0 elementos.
46.
a) 28 b) 28 c) 1
h h
O número de combinações de n elementos p a p representa-se por nCp, Cnp ou i n i .
jpj

30
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

De um modo geral, o número de subconjuntos de p elementos de um conjunto A, com


n elementos, pode obter-se dividindo o número total de sequências de elementos de A e
n!
nA (n – p)! = n!
comprimento p por p!, isto é, nCp = p = .
p! p! p!(n – p)!

Propriedade
n
nC = Ap = n! , com 0 ≤ p ≤ n.
p
p! p!(n – p)!

Notas
1. nC0 = 1, pois, se p = 0, então nC0 representa o conjunto vazio, que é o único
subconjunto de zero elementos de um qualquer conjunto.
Tem-se ainda que nC0 = n! = n! = 1.
0!(n – 0)! 1 ¥ n!

2. nCn = 1, pois, se p = n, então nCn representa o próprio conjunto, já que, dado um


conjunto com n elementos, só existe um seu subconjunto com n elementos.
Tem-se ainda que nCn = n! = n! = n! = 1.
47 Justifica que
n!(n – n)! n! ¥ 0! n! ¥ 1 180 ¥ 179 ¥ … ¥ 142 ¥ 141
40!
n! é um número natural.
3. O quociente é um número natural, pois representa o número de sub-
p!(n – p)! Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
conjuntos de p elementos de um conjunto com n elementos.

CADERNO DE EXERCÍCIOS
Vejamos agora um outro problema, que, apesar de ter um enunciado diferente, é igual E TESTES
ao exemplo que acabámos de estudar. Pág. 10
Exercícios 5 e 6
Considerando uma caixa com cinco bolas numeradas de 1 a 5, indistinguíveis ao tato,
averiguemos de quantas maneiras distintas poderemos extrair simultaneamente três dessas
PROFESSOR
bolas.
CC12_2.9
5 4 3 1 2
Soluções
180 ¥ 179 ¥ … ¥ 142 ¥ 141
47. =
40!
Por se tratar de uma extração simultânea, não interessa considerar a ordem das bolas, 180 ¥ 179 ¥ … ¥ 142 ¥ 141 ¥ 140!
= =
40! ¥ 140!
mas sim quais as três bolas escolhidas. Assim, o número de formas distintas de, dadas
180!
cinco bolas, escolher três é igual ao número de subconjuntos de três elementos de um = , que é igual a 180C40
40! ¥ 140!
conjunto com cinco elementos, que é igual a 5C3 = 10 . (ou 180C140), que é um número
natural, pois representa o
número de subconjuntos de 40
elementos de um conjunto com
Propriedade 180 elementos (ou o número de
Dados n objetos, existem exatamente nCp formas distintas de escolher p (p ≤ n) desses subconjuntos de 140 elementos
de um conjunto com 180
objetos.
elementos).

31
TEMA I Cálculo Combinatório

Texas TI-84 Plus Como calcular 5C3 na máquina de calcular?

Casio fx-CG 10/20


“RUN MAT” " “OPTN” " “PROB” " “5” " “nCr” " “3” " “EXE”

Na opção “MATH”:

Texas TI-nspire
“Calculator” " “MENU” " “5: Probabilidade” " “3: Combinações”

Exercícios resolvidos

1. Quantas saladas de fruta distintas, contendo exatamente quatro variedades de fru-


48 Num jogo da sueca, tas, podemos fazer dispondo de 11 variedades de frutas diferentes?
quantas mãos de dez
cartas se podem obter a
Sugestão de resolução
partir de um baralho com
40 cartas?
Para fazer esta salada basta escolher, de entre as 11 variedades de fruta dispo-
níveis, quatro. Repara que a ordem pela qual são escolhidas não é importante.
Assim, existem 11C4 = 330 saladas de fruta diferentes.
49 Os 25 alunos de uma
turma vão participar num
torneio de andebol de
cinco, sendo distribuídos 2. De entre os 20 alunos de uma turma, de quantas maneiras diferentes podemos
por cinco equipas, escolher:
identificadas pelas letras
A, B, C, D e E. a) um delegado, um subdelegado e um secretário?
De quantas maneiras
b) uma comissão de três elementos?
diferentes poderá ser feita
a distribuição dos alunos c) um delegado, um subdelegado e três relações públicas?
pelas equipas?
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano Sugestão de resolução

a) Pretendemos escolher três pessoas com cargos diferenciados, isto é, a ordem


PROFESSOR é relevante. Assim, existem 20A3 = 6840 maneiras distintas de o fazer.
Soluções b) Pretendemos escolher três pessoas com cargos indiferenciados, isto é, a
48. 847 660 528 ordem não é relevante. Assim, existem 20C3 = 1140 formas distintas de o fazer.
49. 25C5 ¥ 20C5 ¥ 15C5 ¥ 10C5

32
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

50 Para formar a seleção


portuguesa de futebol,
c) Pretendemos escolher duas pessoas com cargos diferenciados, isto é, a ordem foram convocados
é relevante. Assim, existem 20A2 = 380 opções distintas de escolher o delegado 21 jogadores: dois
e o subdelegado. Depois de escolhidos o delegado e o subdelegado, restam guarda-redes, oito defesas,
seis médios e cinco
18 pessoas, das quais teremos que escolher três com cargos indiferenciados
avançados. Sabendo que a
(a ordem não interessa), 18C3 = 816 é o número de maneiras de o fazer. equipa é constituída por
Logo, 20A2 ¥ 18C3 = 310 080 é o número de escolhas possíveis. um guarda-redes, quatro
defesas, quatro médios e
dois avançados, quantas
3. Considera um baralho de 52 cartas. Determina o número de conjuntos que se são as opções possíveis?
podem formar com cinco cartas em que exatamente duas delas são espadas.
51 Quantas diagonais possui
Sugestão de resolução um polígono de:
a) quatro lados?
Temos que garantir a existência de duas e só duas cartas de espadas, isto é, do
b) cinco lados?
conjunto de cinco cartas, duas são de espadas e três são de outro naipe.
c) n lados?
Num baralho completo existem 13 cartas de espadas, logo 39 são de outros
naipes. Assim, para escolher as duas espadas, temos 13C2 maneiras distintas
de o fazer e temos 39C3 formas distintas de escolher as outras três cartas. 52 Quantos planos distintos
se podem formar com oito
Assim, 13C2 ¥ 39C3 = 712 842 é o número pedido.
pontos do espaço, se não
houver mais de três
pontos complanares?
4. Sobre uma reta r marcaram-se seis pontos e sobre uma reta s, paralela a r, marca-
(Recorda que três pontos
ram-se nove pontos. Quantos triângulos distintos existem com os vértices nos pontos não colineares definem
marcados? um plano.)

Sugestão de resolução 53 Quantos números


diferentes se podem
1.º processo
formar, multiplicando
Para definir um triângulo, podemos escolher um vértice num dos pontos mar- alguns (ou todos os)
cados na reta r e dois vértices na reta s, ou escolher dois vértices marcados na números 1, 2, 3, 4, 5 e 9,
sem os repetir?
reta r e um vértice na reta s. Para a 1.ª opção, temos 6C1 ¥ 9C2 = 6 ¥ 36 = 216
triângulos e para a 2.ª opção existem 6C2 ¥ 9C1 = 15 ¥ 9 = 135 triângulos.
Dado que as duas situações são mutuamente exclusivas, temos que o número APRENDE FAZENDO
total de triângulos nestas condições é 216 + 135 = 351. Págs. 52, 57, 59, 60 e 61
Exercícios 3, 5, 27, 28,
29, 30, 38, 39, 41 e 45
2.º processo
Para formar um triângulo, devemos escolher, dos 15 pontos dados, três pontos
PROFESSOR
distintos, não situados na mesma reta. 15C3 é o número de maneiras de esco-
lher três pontos quaisquer dos 15 dados, independentemente da ordem. A esse
Simulador
total, temos que subtrair o número de possibilidades de os três pontos se si- GeoGebra: Diagonais de um polígono
tuarem todos sobre a mesma reta: 6C3 indica o número de hipóteses possíveis Soluções
de os três pontos se encontrarem sobre a reta r e 9C3 representa o número de 50. 21 000
possibilidades de os três pontos se encontrarem sobre a reta s. 51.
Assim, 15C3 – 6C3 – 9C3 = 455 – 20 – 84 = 351 é o número de triângulos pre- a) 2 b) 5 c) nC2 – n
tendidos. 52. 56
53. 31
(continua)

33
TEMA I Cálculo Combinatório

54 Numa gelataria há oito Exercícios resolvidos


sabores diferentes, sendo
cinco sabores de fruta e 5. O Tobias esqueceu-se do código que criou para aceder à sua conta de Internet.
ainda sabor a café, Sabe apenas que o código é constituído por oito algarismos e que tem apenas um
a chocolate e a amêndoa.
De quantas maneiras é
1, dois 4, três 7 e dois 9. Quantos códigos existem nestas condições?
possível escolher três
sabores diferentes para um Sugestão de resolução
copo, se:
Existem oito posições possíveis para o algarismo 1. Para cada uma delas, exis-
a) não houver qualquer
restrição? tem 7C2 posições possíveis para os dois algarismos 4 (das sete posições ainda
b) unicamente dois dos disponíveis, escolhemos duas). Para cada uma das disposições possíveis dos
sabores forem de fruta? algarismos 1 e 4 ficarem posicionados, existem 5C3 posições possíveis para os
c) pelo menos um dos três algarismos 7 (das cinco posições ainda disponíveis, escolhemos três). Se-
sabores for de fruta? lecionadas as posições dos algarismos 1, 4 e 7, existe apenas uma maneira de
d) o sabor a café e a kiwi colocar os dois algarismos 9: eles vão ocupar as duas únicas posições ainda
não forem pedidos
disponíveis. Portanto, o número pedido é 8 ¥ 7C2 ¥ 5C3 ¥ 1 = 1680 códigos.
simultaneamente?
e) os sabores a café e a
amêndoa forem sempre 6. Uma professora de Matemática propôs o seguinte problema aos seus alunos:
pedidos em conjunto? Uma turma tem 30 alunos, dos quais 20 são rapazes e 10 são raparigas. Pretende-
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
-se formar uma comissão com dois alunos do mesmo sexo. Quantas comissões di-
ferentes se podem formar?
Apresentam-se, em seguida, as respostas do Simão e do Pedro a este problema.
Resposta do Simão: 20C2 ¥ 10C2 Resposta do Pedro: 30C2 – 20 ¥ 10
55 Considera todos os Apenas uma das respostas está correta.
números que se podem Elabora uma composição na qual:
obter alterando a ordem • identifiques a resposta correta;
dos algarismos do número
• expliques o raciocínio que conduz à resposta correta;
2344451.
• propões uma alteração na expressão da resposta incorreta, de modo a torná-la
a) Quantos números é
possível formar? correta;
b) Quantos desses • expliques, no contexto do problema, a razão da alteração.
números são ímpares? Adaptado de Teste Intermédio, março de 2010
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
Sugestão de resolução

A resposta correta é a do Pedro: 30C2 – 20 ¥ 10


De facto, o número de comissões com dois alunos do mesmo sexo é igual à
diferença entre o número total de comissões com dois alunos e o número de
comissões formadas por um rapaz e por uma rapariga. O número total de co-
PROFESSOR missões com dois alunos é igual a 30C2. O número de comissões formadas por
um rapaz e por uma rapariga é igual a 20 ¥ 10. Assim, o número de comissões
Resolução com dois alunos do mesmo sexo é igual a 30C2 – 20 ¥ 10.
Essencial para o Exame – exercício 54
Na resposta do Simão, o erro é o sinal ¥ que deve ser +. De facto, o número
Soluções de comissões com dois alunos do mesmo sexo é igual à soma do número de
54.
comissões formadas por dois rapazes com o número de comissões formadas
a) 56 b) 30 c) 55
d) 50 e) 6
por duas raparigas. Assim, o número de comissões com dois alunos do mesmo
55. sexo é igual a 20C2 + 10C2.
a) 840 b) 360

34
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

56 De todos os números de
7. O Nuno comprou 12 livros na feira do livro do Porto. Os livros são todos diferen- quatro algarismos que se
tes, sendo três deles de ficção científica e os restantes de banda desenhada. Ele podem formar com os
pretende oferecer esses 12 livros aos seus dois amigos, Pedro e Jeremias, de modo algarismos de 1 a 9,
alguns deles cumprem as
que cada um deles fique com o mesmo número de livros, mas com a condição de
três condições seguintes:
que o Jeremias fique exatamente com dois livros de ficção científica.
• começam por 9;
De quantas maneiras poderá o Nuno fazer essa distribuição?
• têm os algarismos todos
diferentes;
• a soma dos quatro
Sugestão de resolução
algarismos é par.
Sabe-se que, dos 12 livros, três são de ficção científica e nove são de banda Quantos são esses
números?
desenhada. Se cada amigo tem que ficar com o mesmo número de livros, então
Numa pequena
cada um deles ficará com seis livros.
composição, explica que
Como o Jeremias tem que ficar exatamente com dois livros de ficção científica, uma resposta correta a
este problema é
de entre os três existentes, existem 3C2 maneiras de tal acontecer.
3 ¥ 4 ¥ 4A2 + 4A3.
Para cada uma destas opções, existem 9C4 modos de escolher quatro livros de Adaptado de Exame Nacional,
2002, 1.ª fase, 2.ª chamada
banda desenhada de entre os nove existentes, de forma a obter um total de
seis livros para o Jeremias.
Depois de selecionados estes seis livros, existe apenas uma possibilidade de
formar o conjunto de seis livros para o Pedro: um livro de ficção científica e
os restantes cinco livros de banda desenhada ainda disponíveis.
Portanto, o número de maneiras de distribuir os livros é 3C2 ¥ 9C4 ¥ 1 = 378.

8. Uma sequência de letras diz-se um “anagrama” de uma outra se o número de 57 Quantos anagramas tem a
ocorrências de qualquer letra for igual em ambas. palavra:
Quantos anagramas existem da palavra MARGARIDA? a) MISSISSIPI;
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano b) MATEMATICA;
c) ABRACADABRA.

Sugestão de resolução

1.º processo
O número total de letras da palavra MARGARIDA é nove. Se as letras fossem
todas distintas, teríamos 9! anagramas.
Contudo, dado que a palavra MARGARIDA tem letras repetidas, existe um nú- CADERNO DE EXERCÍCIOS
mero de anagramas inferior ao que obteríamos se as letras fossem todas distintas. E TESTES
Pág. 15
No cálculo do 9!, por exemplo, mar1gar2ida seria diferente de mar2gar1ida. Exercícios 28, 29 e 30
Dado que temos três letras “a” iguais e duas letras “r” iguais, cada anagrama
foi contado 3! ¥ 2! vezes mais do que deveria ter sido! PROFESSOR
Assim, o número de anagramas da palavra MARGARIDA é: Soluções
9! = 362 880 = 30 240 57.
3! ¥ 2! 12 (continua) a) 6300 b) 151 200
c) 83 160

35
TEMA I Cálculo Combinatório

58 Admite que temos Exercícios resolvidos


12 peças, todas de igual
tamanho e forma, das
quais cinco são vermelhas 2.º processo
e sete são pretas.
Para construir um anagrama da palavra MARGARIDA, temos que colocar três
Suponhamos que as
vamos colocar, ao acaso, letras “a”, duas letras “r”, uma letra “m”, uma letra “g”, uma letra “i” e uma
sobre um tabuleiro, como letra “d” em nove lugares disponíveis.
o da figura. ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____ ____
O número de maneiras de escolher os lugares onde serão colocados os três “a”
é dado por 9C3. Depois de colocados os “a”, temos 6C2 possibilidades distintas
de colocar os “r” (repara que temos seis lugares disponíveis, dos quais queremos
Cada casa do tabuleiro é
escolher apenas dois). Depois disso, temos 4A4 = 4! modos distintos de colocar
ocupada por uma só peça. as letras distintas “m”, “g”, “i” e “d”, nos quatro lugares restantes.
Determina o número de Assim, o número de anagramas da palavra MARGARIDA é 9C3 ¥ 6C2 ¥ 4! = 30 240.
maneiras distintas de o
fazer:
9. Admite que temos 20 peças, todas de igual tamanho e
a) sem qualquer restrição;
forma, das quais seis são vermelhas e 14 são pretas.
b) tendo em consideração
Suponhamos que as vamos colocar, ao acaso, sobre um
que uma fila horizontal
fica só com peças tabuleiro, como o da figura. Cada casa do tabuleiro é
vermelhas. ocupada por uma só peça.
Determina o número de maneiras distintas de o fazer:
a) sem qualquer restrição;
b) tendo em consideração que uma fila horizontal fica só com peças vermelhas.

Sugestão de resolução

a) Pretendemos colocar as 20 peças nas 20 quadrículas e o número total de


maneiras de o fazer é igual ao número de configurações visuais distintas que
se podem obter com a colocação das peças.
20C é o número de possibilidades distintas de escolher quais as quadrículas
6
que vão ser ocupadas pelas seis peças vermelhas. Por cada uma destas pos-
sibilidades, existe apenas uma hipótese de colocar as 14 peças pretas nas
14 quadrículas restantes (14C14).
O número de maneiras distintas de o fazer é, então, 20C6 ¥ 14C14 = 38 760.
b) Pretende-se preencher uma fila horizontal toda com peças vermelhas, o que
pode ser feito de apenas quatro formas:

PROFESSOR

Depois de escolhida a fila horizontal e de preenchida com peças vermelhas


Resolução
Essencial para o Exame – exercício 58 (o que pode ser feito apenas de quatro formas diferentes, já que o que inte-
Soluções ressa contabilizar são as configurações visuais distintas), sobra-nos uma peça
58. vermelha e 14 peças pretas para distribuir pelas 15 quadrículas restantes.
a) 792 b) 24

36
UNIDADE 3 Introdução ao cálculo combinatório

59 Um código é formado por


sete carateres, dos quais
Assim, a peça vermelha pode ser colocada de 15 maneiras distintas (15C1) quatro têm de ser
e, por cada uma destas maneiras, só existe uma forma de colocar as 14 peças algarismos e três têm de
pretas nas 14 quadrículas restantes (14C14). ser vogais. Quantos
códigos diferentes é
Assim, o resultado pretendido é 4 ¥ 15C1 ¥ 14C14 = 60. possível formar tais que:
a) os algarismos e as
vogais sejam dispostos
10. Num grupo constituído por sete homens e quatro mulheres, de quantas formas de forma alternada?
b) os símbolos iniciais e
distintas podemos escolher seis pessoas, das quais pelo menos duas são mulheres?
finais sejam algarismos
e as vogais estejam
juntas?
Sugestão de resolução
c) as vogais fiquem nos
1.oprocesso lugares centrais e os
algarismos sejam todos
Para satisfazer as condições pedidas, três situações (que se excluem mutua-
ímpares?
mente) podem ocorrer:
d) (*) haja unicamente
• 4 homens e 2 mulheres: 7C4 ¥ 4C2 possibilidades de escolha; dois algarismos iguais a
• 3 homens e 3 mulheres: 7C3 ¥ 4C3 possibilidades de escolha; 3?
• 2 homens e 4 mulheres: 7C2 ¥ 4C4 possibilidades de escolha. e) (*) não haja qualquer
restrição à forma como
Assim, o valor pretendido é: se dispõem?
7C ¥ 4C + 7C ¥ 4C + 7C ¥ 4C = 35 ¥ 6 + 35 ¥ 4 + 21 ¥ 1 = 371
4 2 3 3 2 4 (*) Grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas
2.o processo Curriculares, 12.º ano

Podemos contabilizar todas as possibilidades de se escolherem seis pessoas de


entre 11 (11C6) e retirar as escolhas que contemplam zero mulheres (7C6 ¥ 4C0) 60 De quantas maneiras é
e as escolhas que contemplam apenas uma mulher (7C5 ¥ 4C1). Assim sendo, a possível selecionar cinco
resposta é 11C6 – 7C6 ¥ 4C0 – 7C5 ¥ 4C1 = 462 – 7 – 84 = 371. cartas de um baralho de
52 cartas de forma que:
a) quatro sejam ases?
ERRO TÍPICO
b) exatamente dois sejam
reis?
Observa um dos erros mais comuns na resolução do exercício anterior: c) exatamente quatro
4C ¥ 9C = 6 ¥ 126 = 756 sejam cartas pretas?
4
2
d) pelo menos duas sejam
Erro! damas?
O raciocínio errado que levou à resposta anterior foi o que se apresenta:
Como o grupo de seis pessoas deve conter pelo menos duas mulheres, primeira- PROFESSOR
mente escolhem-se duas mulheres (4C2) e depois escolhem-se quatro pessoas
(*) Os graus de dificuldade elevados
quaisquer, de entre as nove que sobraram (9C4). correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Repara que este erro conduziu a um resultado bastante superior ao correto,
Soluções
o que se explica facilmente considerando o seguinte exemplo: a seleção com três
59. a) 1 250 000
mulheres e três homens M1 M2 M3 H1 H2 H3 foi contada erradamente três b) 12 500 000
vezes, uma quando M1 e M2 foram as mulheres escolhidas inicialmente, outra c) 78 125
quando M2 e M3 foram as mulheres escolhidas inicialmente e a outra quando d) 2 126 250
e) 43 750 000
M1 e M3 foram as mulheres escolhidas inicialmente.
60. a) 48 b) 103 776
(continua) c) 388 700 d) 108 336

37
TEMA I Cálculo Combinatório

61 De quantas maneiras é Exercícios resolvidos


possível selecionar cinco
n + 1C
cartas de um baralho de 11. Resolve a equação 5 = 21, n ≥ 4.
n – 1C
52 cartas de forma que: 3
a) quatro sejam figuras e
uma seja ás? Sugestão de resolução
b) (*) duas sejam figuras e n + 1C
5 = 21 (observa que a expressão só tem significado se n + 1 ≥ 5 ∧ n – 1 ≥ 3 ⇔ n ≥ 4)
três sejam cartas de n – 1C
espadas? 3

(*) Grau de dificuldade elevado (n + 1)!


Caderno de Apoio às Metas
⇔ 5!(n – 4)! = 21 ⇔ (n + 1)! ¥ (n – 4)! ¥ 3! = 21
Curriculares, 12.º ano
(n – 1)! (n – 4)! ¥ 5! ¥ (n – 1)!
3!(n – 4)!
62 Resolve a equação. ⇔ (n + 1)! ¥ 3! = 21
5! ¥ (n – 1)!
n + 1A = 3 4A ¥ nC , n ≥ 3

⇔ (n + 1) ¥ n ¥ (n – 1)! ¥ 3! = 21
4 4 2
2
5! ¥ (n – 1)!
Numa gelataria podem
⇔ (n + 1) ¥ n ¥ 6 = 21
63
confecionar-se 78 taças 120
diferentes com dois
⇔ (n + 1) ¥ n = 420
sabores distintos em cada
taça. Quantos sabores ⇔ n2 + n – 420 = 0
distintos existem nessa ⇔ n = –1 ± √∫1∫ ∫–∫ 4
∫ ∫¥
∫ ∫ (∫ ∫–∫4∫2∫0∫)
gelataria? 2

⇔ n = –1 ± 41
2
APRENDE FAZENDO
Págs. 54, 55, 59, 60, 62,
⇔ n = 20 ∨ n = –21 n = 20, pois n ≥ 4.
63 e 64
Exercícios 11, 12, 18, 37,
40, 42, 43, 44, 52, 53, 54,
55, 56, 57, 58, 59, 60 e 61 Esquematizando / Resumindo

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES Nos problemas de contagem há dois aspetos que deves ter em conta:
Págs. 11 e 12 • se a ordem pela qual consideras os elementos influencia ou não a contagem;
Exercícios 7, 8, 9, 10, 11,
12, 13, 14, 15, 16 e 17 • se é possível ou não que os elementos se repitam.
Com (Arranjos
nA’ = nP
repetição p
com repetição)
PROFESSOR
Arranjos
Apresentação n! (Arranjos
“Introdução ao cálculo combinatório” Sem nA
p =
Sim (n – p)! sem repetição)
Teste interativo repetição
“Introdução ao cálculo combinatório”

CC12_2.10 Interessa a Caso particular:


ordem? nA
(n = p)
(*) Os graus de dificuldade elevados n = n! (Permutações)
correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos. Não
Soluções
61. a) 1980 b) 53 820 nC =
n!
Combinações p
p!(n – p)!
62. n = 5 Sem
63. 13 repetição

38
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton

UNIDADE 4
Triângulo de Pascal e binómio
de Newton

4.1. Triângulo de Pascal


Considera a experiência que consiste em repartir um baralho de 52 cartas pelo João e
pela Joana. O João fica com dez cartas e a Joana fica com as restantes.
Sabemos que 52C10 é o número de conjuntos diferentes, de dez cartas, que o João pode
receber. Como restam 52 – 10 = 42 cartas, 52C42 é o número de conjuntos diferentes que
a Joana pode receber. Por um lado, repara que: 64 Determina m tal que:
a) 20C = 20Cm
52C = 52! = 52! e 52C42 = 52! = 52! 5
10 30C = 30C2m + 4
10! ¥ (52 – 10)! 10! ¥ 42! 42! ¥ (52 – 42)! 42! ¥ 10! b) m+2

ou seja, 52C10 = 52C42.


Por outro lado, se pensarmos em 52C10 como o número de maneiras distintas de escolher
dez cartas de entre 52 e em 52C42 como o número de maneiras distintas de escolher 42
cartas de entre 52, facilmente se percebe que são iguais, pois por cada subconjunto de
dez cartas fica automaticamente definido um outro subconjunto de 42 cartas.
Destes raciocínios decorre a seguinte propriedade:

Propriedade
Dados dois números naturais n e p, com p ≤ n, tem-se que:
nC = nC
p n–p

Demonstração
Em geral, sejam n e p números naturais, com p ≤ n:
nC = n!
p
p! ¥ (n – p)!
PROFESSOR
nC n! n!
n–p = = =
(n – p)! ¥ (n – (n – p))! (n – p)! ¥ (n – n + p)! Resolução
Todos os exemplos de triângulo de
= n! = n! Pascal e binómio de Newton
(n – p)! ¥ p! p! ¥ (n – p)! Simulador
GeoGebra: Propriedades do triângulo
de Pascal
Logo, nCp = nCn – p.
CC12_3.1
Justifiquemos, agora, esta propriedade utilizando um argumento combinatório:
Seja A um conjunto com n elementos. A cada escolha de p elementos, para formar um Soluções
subconjunto de A, corresponde um outro subconjunto, com n – p elementos, formado 64.
a) m = 5 ∨ m = 15
pelos elementos de A que não foram escolhidos. Existem, assim, tantos subconjuntos de
b) m = –2 ∨ m = 8
A com p elementos (nCp) como com n – p elementos (nCn – p).

39
TEMA I Cálculo Combinatório

Uma outra propriedade importante é a seguinte:

Propriedade
n
Dado n ∈N, ∑ nC
k = 2n.
k=0

Demonstração

Recorda que:
n
∑ nCk = nC0 + nC1 + nC2 + … + nCn
k=0

Dado um conjunto com n elementos:


• nC0 é o número de subconjuntos desse conjunto com zero elementos;
• nC1 é o número de subconjuntos desse conjunto com um elemento;
• nC2 é o número de subconjuntos desse conjunto com dois elementos;

65 Numa sala do ensino


•…
pré-escolar existem seis • nCn é o número de subconjuntos desse conjunto com n elementos.
crianças.
a) Quantos grupos de 1, 2,
3, 4, 5 ou 6 crianças se
Assim, a soma nC0 + nC1 + nC2 + … + nCn representa o número total de subconjuntos
conseguem formar no desse conjunto, que é, como já vimos, igual a 2n.
total?
b) A Helena é uma das Vejamos, agora, o seguinte problema, que ilustrará a próxima propriedade que iremos
crianças. estudar:
Considera o seguinte
problema: Pretende-se Um baralho tem 52 cartas. Pretende-se formar um conjunto de sete cartas. Quantos
formar um grupo de conjuntos se podem formar?
quatro crianças, com ou
sem a Helena. Quantos
grupos se podem Uma resposta simples a este problema é 52C7.
formar?
No entanto, um outro processo de resolução, igualmente correto, poderia ser considerar
Duas respostas corretas
duas hipóteses mutuamente exclusivas:
a este problema são
6C e 5C + 5C .
4 3 4 1.ª hipótese: o rei de copas faz parte do conjunto;
Explica o raciocínio
que conduziu a cada 2.ª hipótese: o rei de copas não faz parte do conjunto.
uma delas.
Existem 1 ¥ 51C6 = 51C6 conjuntos do primeiro tipo, pois o rei de copas faz parte do
conjunto, pelo que é preciso escolher mais seis cartas de entre as 51 restantes para com-
pletar o conjunto.
PROFESSOR Existem 51C7 conjuntos do segundo tipo, uma vez que pretendemos escolher sete cartas
de entre as 51 cartas (todas as cartas exceto o rei de copas).
CC12_3.2
Assim, 51C6 + 51C7 é uma resposta correta.
Solução
65.
Concluímos, desta forma, que:
a) 63 52C = 51C6 + 51C7
7

40
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton

Em geral, tem-se a seguinte propriedade: 66 Determina o valor de m


tal que:
100C
Propriedade a) 4 + 100C5 = mC5
2m + 2C 2m + 2C
b) 10 + 11 =
Dados dois números naturais n e p, com p < n, tem-se que:
= 27C11
n + 1C n n
p + 1 = Cp + Cp + 1

Demonstração

nC + nCp + 1 = n! + n! =
p
p! (n – p)! (p + 1)![n – (p + 1)]!

= n! + n! =
p! (n – p)! (p + 1)! (n – p – 1)! 67 Determina
11C 11C 12C
p+1 + p+2 + p + 3,
= n! + n! =
p! (n – p)(n – p – 1)! (p + 1)p! (n – p – 1)! sabendo que 13Cp + 3 = 1716
e que p < 8.
= n! + n! Caderno de Apoio às Metas
p! (n – p)(n – p – 1)! (p + 1)p! (n – p – 1)! Curriculares, 12.º ano

Com o objetivo de reduzir as duas frações ao mesmo denominador, vamos multiplicar


a primeira fração por (p + 1) e a segunda por (n – p):

= (p + 1)n! + n!(n – p) =
(p + 1)p! (n – p) (n – p – 1)! (p + 1)p! (n – p) (n – p – 1)!

= n!(p + 1 + n – p) =
(p + 1)!(n – p)!

= n!(n + 1) =
(p + 1)!(n – p)!

= (n + 1)! =
(p + 1)!(n – p)!

= n + 1Cp + 1, (visto que [n + 1 – (p + 1)]! = (n + 1 – p – 1)! = (n – p)!)

Dispondo, em forma de triângulo, os números nC0, nC1, nC2, …, nCn – 1 e nCn, por esta
ordem, que constituem a n-ésima linha, obtemos o chamado triângulo de Pascal:

Linha
PROFESSOR
n=0 0C
0
Simulador
1C 1C GeoGebra: Construção do triângulo de
n=1 0 1 Pascal
GeoGebra: Padrões no triângulo de
2C 2C 2C Pascal
n=2 0 1 2
CC12_3.3

n=3 3C 3C 3C 3C
0 1 2 3
Soluções
4C 4C 4C 4C 4C 66.
n=4 0 1 2 3 4
a) m = 101 b) m = 12
67. 1716
n=5 5C 5C 5C 5C 5C 5C
0 1 2 3 4 5
… … … … … … …

41
TEMA I Cálculo Combinatório

Contextualização histórica O triângulo de Pascal pode ser continuado indefinidamente com recurso à propriedade
anterior, nCp + nCp + 1 = n + 1Cp + 1, isto é, adicionando dois números consecutivos de uma
linha obtém-se o número colocado entre eles na linha seguinte.

Cada elemento que constitui o triângulo corresponde aos chamados coeficientes bino-
miais, nCp.

Calculando os respetivos valores dos coeficientes binomiais, o triângulo de Pascal tam-


bém pode ser representado da seguinte forma:
Blaise Pascal (1623-1662)
Pascal foi um matemático
francês e pensador
religioso, idealizador 1
da moderna teoria das
probabilidades. 1 1
Desenvolveu o conhecido
triângulo de Pascal e o
tratado sobre as potências 1 2 1
numéricas. Projetou a
primeira calculadora
digital, nunca usada na 1 3 3 1
época por ser muito cara.
O homem é feito 1 4 6 4 1
visivelmente para pensar;
é toda a sua dignidade e
todo o seu mérito; e todo 1 5 10 10 5 1
o seu dever é pensar bem.

… … … … … … …

Notas
68 Numa certa linha
1. Cada linha começa e acaba em 1(nC0 = nCn).
do triângulo de Pascal,
o segundo elemento é 10. 2. Em cada linha, elementos igualmente afastados dos extremos são iguais (nCp = nCn – p).
Qual é o sexto elemento
dessa linha? 3. Cada elemento, que não esteja num dos extremos de uma linha, é igual à soma
10C
(A) 5 dos dois elementos que estão por cima dele, na linha anterior, um à esquerda e o
10C
(B) 6 outro à direita (nCp + nCp + 1 = n + 1Cp + 1).
10C
(C) 7

(D) 11C
6
4. O segundo e o penúltimo elementos da linha de ordem n são ambos iguais a n
(nC1 = nCn – 1).

APRENDE FAZENDO 5. A soma de todos os elementos da linha de ordem n é 2n.


Págs. 53, 54 e 55
Exercícios 6, 7, 8, 9, 13, 6. A linha de ordem n tem n + 1 elementos.
14, 15, 16 e 19
7. Se n é par, tem-se que a linha de ordem n tem um número ímpar de elementos,
sendo o maior deles o elemento central, que é nC n ; se n é ímpar, tem-se que a
PROFESSOR 2
linha de ordem n tem um número par de elementos, sendo os dois maiores os dois
Solução
elementos centrais, que são nCn – 1 e nCn + 1 .
68. Opção (A) 2 2

42
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton

Exercícios resolvidos 69 Considera a linha do


triângulo de Pascal que
1. O produto dos dois últimos elementos de uma determinada linha do triângulo de tem 21 elementos.
Pascal é 25. a) Qual é o terceiro
elemento dessa linha?
a) Quantos elementos tem essa linha?
b) Qual é o quinto

b) Quantos elementos dessa linha são inferiores a 1000? elemento da linha


anterior?
c) Qual é o décimo elemento da linha anterior? c) Qual é o maior
elemento dessa linha?
d) Qual é a soma de todos
Sugestão de resolução
os elementos dessa
a) Sabemos que o primeiro elemento de uma linha é sempre 1 e o segundo é n. linha?
Assim:
1 ¥ n = 25 ⇔ n = 25
Logo, a linha tem 25 + 1 = 26 elementos. 70 Considera a linha do
triângulo de Pascal cujos
b) Como estamos a tratar da linha de ordem 25, os seus elementos são da forma elementos são da forma
2019C . Quantos elementos
25C
p. p
dessa linha são menores
Atendendo a que:
que 2019C5?
• 25C0 = 25C25 = 1 (A) 4
(B) 5
• 25C1 = 25C24 = 25
(C) 6
• 25C2 = 25C23 = 300 (D) 10

• 25C = 25C = 2300


3 22

somente os três primeiros e os três últimos elementos são menores do que


1000.
71 O sexto e o sétimo
Logo, são seis os elementos dessa linha inferiores a 1000.
elementos de uma linha
do triângulo de Pascal são
c) Se n = 25, então os elementos da linha anterior são da forma 24Ck. iguais. Qual é o elemento
Assim, o décimo elemento é 24C9 = 1 307 504. central da linha seguinte?
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano

2. A soma de todos os elementos de uma certa linha do triângulo de Pascal é 1024.


Qual é o terceiro elemento da linha seguinte?

PROFESSOR
Sugestão de resolução

Sabemos que a soma de todos os elementos da linha n é igual a 2n. Resolução


Essencial para o Exame – exercício 69
Procuramos descobrir o valor de n tal que 2n = 1024.
Soluções
n = 10, uma vez que 210 = 1024. 69.
a) 190 b) 3876
Como n = 10, então os elementos da linha seguinte são da forma 11Cp. c) 184 756 d) 1 048 576

Assim, o terceiro elemento da linha seguinte é 11C2 = 55. 70. Opção (D)
(continua)
71. 12C6 = 924

43
TEMA I Cálculo Combinatório

72 (*) Sabendo que, dados Exercícios resolvidos


números naturais n e p,
p + 2 ≤ n, que nCp = 3432, 3. A soma dos três últimos elementos de uma linha do triângulo de Pascal é 211.
nC
p + 2 = 2002 e que Determina o antepenúltimo elemento da linha seguinte.
n + 1C
p + 1 = 6435,
determina nCp + 1, n + 1Cp + 2,
n + 2C n + 2C
p+2 e n – p. Sugestão de resolução
(*) Grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Sabemos que todas as linhas do triângulo de Pascal terminam em 1. Assim,
Curriculares, 12.º ano
a soma do penúltimo com o antepenúltimo elemento é igual a 210, isto é:
nC + nCn – 1 = 210 211
n–2

73 Observa a figura.
Por outro lado, a soma de dois números consecutivos 210 1
C 
de uma linha é igual ao número que se situa entre eles
…• • •
na linha seguinte, ou seja: ¢4 1
nC
n–2 + nC
n–1 = n + 1C
n–1
…• • •
A

Quantos caminhos Como n + 1Cn – 1 é o antepenúltimo elemento da linha seguinte, vem que o nú-
existem, seguindo as mero pretendido é 210.
linhas da quadrícula:
a) que ligam o ponto A
ao ponto C, e sem B
4. Quantos caminhos existem, seguindo as linhas da
andar da direita para a
esquerda nem de cima quadrícula, que liguem o ponto A ao ponto B pas-
para baixo? sando por C e sem andar da direita para a esquerda C
b) que ligam o ponto A nem de cima para baixo?
ao ponto C, passando
A
por e sem andar da
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
direita para a esquerda
nem de cima para
baixo? Sugestão de resolução

Uma vez que não é permitido andar da direita para a esquerda nem de cima
para baixo, o trajeto de A para B, passando por C, só poderá ser feito andando
APRENDE FAZENDO para a direita e para cima. Designemos então o movimento de andar da es-
Págs. 58, 61 e 64 querda para a direita por “d” e o movimento de baixo para cima por “c”.
Exercícios 31, 46, 47, 48,
62 e 63 O trajeto de A para C é constituído por cinco troços, dos quais três são para a
direita e dois são para cima. Por exemplo, dddcc, ccddd, cdcdd, … são alguns
CADERNO DE EXERCÍCIOS dos trajetos possíveis. Pretendemos, assim, obter o número de maneiras dis-
E TESTES
Págs. 13 e 14
tintas de colocar três “d” e dois “c” em cinco posições, o que pode ser feito de
Exercícios 18, 20, 21, 22, 5C ¥ 2C = 10 maneiras possíveis.
3 2
24 e 25
O trajeto de C para B é constituído por sete troços, dos quais quatro são para
a direita e três são para cima. Por exemplo, ddddccc, ccdcddd, cdcdcdd, …
PROFESSOR são alguns dos trajetos possíveis. Pretendemos, assim, obter o número de ma-
(*) Os graus de dificuldade elevados neiras distintas de colocar quatro “d” e três “c” em sete posições, o que pode
correspondem a desempenhos que não
serão exigíveis à totalidade dos alunos. ser feito de 7C4 ¥ 3C3 = 35 maneiras possíveis.
Soluções Assim, o trajeto de A para B, passando por C, pode ser feito de 10 ¥ 35 = 350
72. 3003, 5005, 11 440 e 11 440 maneiras possíveis.
73. a) 120 b) 36

44
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton

4.2. Binómio de Newton Contextualização histórica

O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Nilo. O que há é pouca gente para
dar por isso.
Álvaro Campos (heterónimo de Fernando Pessoa)

Observemos que:

(a + b)0 = 1 = 1a0b0 O desenvolvimento tem um termo.


Isaac Newton (1642-1727)
(a + b)1 = a + b = Físico, matemático,
= 1a1b0 + 1a0b1 O desenvolvimento tem dois termos. astrónomo, alquimista,
filósofo natural e teólogo
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 = de origem inglesa.
Acreditava que a função
= 1a2b0 + 2a1b1 + 1a0b2 O desenvolvimento tem três termos. da ciência era descobrir
leis universais e enunciá-las
(a + b)3 = (a + b)2(a + b) =
de forma precisa e
= (a2 + 2ab + b2)(a + b) = racional. Na obra
Philosophiae Naturalis
= a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 =
Principia Mathematica,
= 1a3b0 + 3a2b1 + 3a1b2 + 1a0b3 O desenvolvimento tem quatro termos. descreve a lei da
gravitação universal e as
(a + b)4 = (a + b)3(a + b) = três leis conhecidas como
“leis de Newton”.
= (a3 + 3a2b + 3ab2 + b3)(a + b) =
Se consegui ver mais longe
= a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4 = do que outros foi porque
= 1a4b0 + 4a3b1 + 6a2b2 + 4a1b3 + 1a0b4 O desenvolvimento tem cinco termos. me ergui sobre os ombros
de gigantes.
Constatamos que os coeficientes do desenvolvimento de (a + b)n, colocando as potên-
cias de a por ordem decrescente dos seus expoentes, são iguais aos elementos da linha
de ordem n do triângulo de Pascal: 74 Determina o
1a0b0 n=0 1 desenvolvimento das
seguintes expressões,
1a1b0 + 1a0b1 n=1 1 1 utilizando a fórmula do
binómio de Newton e
1a2b0 + 2a1b1 + 1a0b2 n=2 1 2 1 simplificando tanto
quanto possível cada uma
1a3b0 + 3a2b1 + 3a1b2 + 1a0b3 n=3 1 3 3 1
das parcelas assim obtidas.
1a4b0 + 4a3b1 + 6a2b2 + 4a1b3 + 1a0b4 n=4 1 4 6 4 1 a) (a + 2b)5

Observamos ainda que os expoentes de a variam de n a zero e os expoentes de b variam ( )


b) √∫x – 2 6, x > 0

de zero a n, sendo, em cada termo, a soma dos expoentes de a e de b igual a n.

Em geral, tem-se:
PROFESSOR

Propriedade CC12_3.4

(a + b)n = nC0 an b0 + nC1 an – 1 b1 + nC2 an – 2 b2 + … + nCn – 1 a1 bn – 1 + nCn a0 bn =


n Soluções
= ∑ nC
k an – k bk, com n ∈N. 74.
k=0
a) a5 + 10a4b + 40a3b2 +
+ 80a2b3 + 80ab4 + 32b5
A fórmula acima permite-nos desenvolver qualquer potência natural de um binómio e, b) x3 – 12x2√∫x + 60x2 – 160x√∫x +
+ 240x – 192√∫x + 64
por este motivo, designamos os números nCk por coeficientes binomiais.

45
TEMA I Cálculo Combinatório

Notas Exercícios resolvidos


1. O desenvolvimento de
(a + b)n tem (n + 1) termos. ( )4
1. Considera √∫x – 3 , x > 0.
2. Podes obter o desenvolvi-
mento de (a – b)n escre-
(
a) Desenvolve √∫x – 3 . )4
vendo esta expressão sob b) Determina a soma dos seus coeficientes binomiais.
a forma (a + (–b))n.
3. Todos os termos do de-
senvolvimento de (a + b)n Sugestão de resolução
podem ser obtidos da ex-
(
a) √∫x – 3)4 = (√∫x + (–3))4 =
pressão nCk ¥ an – k ¥ bk,
4 3 2
que se designa por termo = 4C0 (√∫x ) + 4C1 (√∫x ) ¥ (–3) + 4C2 (√∫x ) ¥ (–3)2 + 4C3 √∫x ¥ (–3)3 + 4C4 (–3)4 =
geral do desenvolvimento = 1 ¥ x2 + 4 ¥ (–3)x√∫x + 6 ¥ x ¥ 9 + 4 ¥ (–27) ¥ √∫x + 1 ¥ 81 =
do binómio de Newton.
= x2 – 12x√∫x + 54x – 108√∫x + 81

b) 4C0 + 4C1 + 4C2 + 4C3 + 4C4 = 24 = 16

2. Determina o sexto termo do desenvolvimento de i2x –


1 h 10, x ≠ 0, supondo o
h
i
75 Considerando o x2 j
j
desenvolvimento de desenvolvimento ordenado segundo as potências decrescentes da primeira parcela.
h x2 h 14
i + 3i , ordenado
j 2 j
segundo as potências Sugestão de resolução
h h 10
decrescentes da primeira
Supondo o desenvolvimento de i2x – 12 i , ordenado segundo as potências
parcela, determina: j x j
a) o quarto termo; decrescentes de 2x, o sexto termo do desenvolvimento é:
b) o coeficiente de x20; h h5
T6 = 10C5 ¥ (2x)5 ¥ i– 12 i =
c) o termo central; j x j
h h
d) a soma dos coeficientes = 252 ¥ 32x5 ¥ i– 110 i =
j x j
binomiais.
= –8064 ¥ 15
x

h
3. Determina o coeficiente de x33 no desenvolvimento de i2x4 –
1 h 12, x ≠ 0.
i
j x j

Sugestão de resolução
h h 12
CADERNO DE EXERCÍCIOS O desenvolvimento de i2x4 – 1 i , ordenado segundo as potências decres-
E TESTES j xj
Págs. 13 e 14 centes de 2x4, é constituído por termos do tipo:
Exercícios 19, 23, 26 e 27 p
12C (2x4)12 – p ¥ hi– 1 hi = 12C ¥ 212 – p ¥ (–1)p ¥ x48 – 4p ¥ x –p =
p p
j x j
= 12Cp ¥ 212 – p ¥ (–1)p ¥ x48 – 5p
PROFESSOR
Para determinarmos o coeficiente de x33, procuramos encontrar p tal que
Soluções
48 – 5p = 33:
75.
a)
2457 22
x b)
81 081 48 – 5p = 33 ⇔ 48 – 33 = 5p ⇔ 15 = 5p ⇔ p = 3
512 1024
938 223 14 Assim, o coeficiente pretendido e 12C3 ¥ 29 ¥ (–1)3 = –112 640.
c) x d) 16 384
16

46
UNIDADE 4 Triângulo de Pascal e binómio de Newton

h2 h6
4. (*) Considera a seguinte expressão A(x) = i – √∫x i , x > 0. Determina, relativamente (*) grau de dificuldade elevado
jx j
ao desenvolvimento de A(x) pelo binómio de Newton, o termo:
a) independente de x; 76 Determina, se existir,
o termo independente de x
b) de grau 3. no desenvolvimento de
h 3 h 12
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano i2√∫x + i , x > 0.
j xj

Sugestão de resolução
h h6
Sabemos que o termo geral do desenvolvimento de i 2 – √∫x i é:
jx j

6C ¥ hi 2 hi
6 – k
¥ (–√∫x )k, k ∈{0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}
k jxj 77 Determina o termo
independente de x no
Tem-se que: desenvolvimento de
h 1 hk h1 h9
h2h6 – k + 5x2i , x ≠ 0.
6C ¥ i i ¥ (–√∫x )k = 6Ck ¥ 26 – k ¥ (x–1)6 – k ¥ (–1)k ¥ ij x 2 ij = i
jx j
k jxj
k
= 6Ck ¥ (–1)k ¥ 26 – k ¥ x–6 + k ¥ x 2 =
3k
–6 +
= 6Ck ¥ (–1)k ¥ 26 – k ¥ x 2

a) Para determinarmos o termo independente de x, o expoente de x terá que 78 Prova, recorrendo à


ser igual a 0: fórmula do binómio de
Newton, que:
–6 + 3k = 0
nC
0 + nC1 + … + nCn = 2n
2
Logo:

3k = 6 ⇔ k = 4
2
APRENDE FAZENDO
Assim, o termo independente de x é: Págs. 53, 55, 58, 62 e 64
Exercícios 10, 20, 21, 32,
3¥4
–6 + 33, 49, 50, 51, 64, 65, 66
6C
4 ¥ (–1)4 ¥ 26 – 4 ¥ x 2 = 15 ¥ 1 ¥ 4 ¥ x0 = 60 e 67

b) Para determinarmos o termo de grau 3, o expoente de x terá que ser igual a


PROFESSOR
3:
–6 + 3k = 3 Resolução
2 Essencial para o Exame – exercício 76
Apresentação
Logo: “Triângulo de Pascal e binómio de
Newton”
3k = 9 ⇔ k = 6 Teste interativo
2 “Triângulo de Pascal e binómio de
Newton”
(*) Os graus de dificuldade elevados
Assim, o termo de grau 3 é: correspondem a desempenhos que não
3¥6 serão exigíveis à totalidade dos alunos.
–6 +
6C
6 ¥ (–1)6 ¥ 26 – 6 ¥ x 2 = 1 ¥ 1 ¥ 1 ¥ x3 = x3 Soluções
76. 10 264 320
77. 10 500

47
TEMA I Cálculo Combinatório

SÍNTESE

1. Revisões

Operações com conjuntos Exemplos


• √A = {x: x ∉A} Em R:
È È
• A ∩ B ={x: x ∈A ∧ x ∈B} A = ]1, 2] e B = Í 3 , 4Í
Î2 Î
• A ∪ B ={x: x ∈A ∨ x ∈B} √A = ]–∞, 1] ∪ ]2, +∞[
• A\B = {x ∈A: x ∉B} È È
A ∩ B = Í 3 , 2Í
Î2 Î
A ∪ B = ]1, 4[
È È
A\B = Í1, 3 Í
Pág. 9 Î 2Î

2. Propriedades das operações sobre conjuntos

Propriedades do complementar de um conjunto A Exemplos


• √A ∩ A = ∅ Em R:
• √A ∪ A = U A = ]–∞, 2]
• √A = A
√A ∩ A = ]2, +∞[ ∩ ]–∞, 2] = ∅
Propriedades da inclusão de conjuntos √A ∪ A = ]2, +∞[ ∪ ]–∞, 2] = R
•A⊂B⇔A∩B=A √√A = ]–––∞,–– 2] = ]√2√, √+√∞[ = ]–∞, 2]
•A⊂B⇔A∪B=B
• A ⊂ B ⇔ √B ⊂ √A

Propriedades da interseção e da reunião (A –∩ –B) ∩ B = (√A ∪ √B ) ∩ B =


•A∩B=B∩A •A∪B=B∪A = (√A ∩ B) ∪ (√B ∩ B) =
• (A ∩ B) ∩ C = A ∩ (B ∩ C) • (A ∪ B) ∪ C = = (√A ∩ B) ∪ ∅ =
= A ∪ (B ∪ C) = √A ∩ B =
•U∩A=A∩U=A •∅∪A=A∪∅=A = B\A

•∅∩A=A∩∅=∅ •U∪A=A∪U=U
(A –∩ –B) ∪ √A = (√A ∪ √B ) ∪ A =
•A∩A=A •A∪A=A
= (√B ∪ √A ) ∪ A =
• A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
= √B ∪ (√A ∪ A) =
• A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C)
= √B ∪ U =
• A –∩ –B = √A ∪ √B =U
• A –∪ –B = √A ∩ √B
• (A ∪ B) ¥ C = (A ¥ C) ∪ (B ¥ C)
• C ¥ (A ∪ B) = (C ¥ A) ∪ (C ¥ B)

Págs. 10 a 12

48
Síntese

3. Introdução ao cálculo combinatório

Princípios fundamentais de contagem Exemplos


Cardinal da união de conjuntos disjuntos
Dados dois conjuntos A e B, tais que A ∩ B = ∅, tem-se ⇒
que #(A ∪ B) = #A + #B.
A B A∪B
#(A ∪ B) = #A + #B = 4 + 3 = 7

Princípio geral da adição Quantos são os números naturais entre 1


Se para realizar um processo existirem duas alternativas e 22 que são múltiplos de 3 ou de 10?
que se excluem mutuamente, e se existirem n1 maneiras Existem sete números naturais entre 1 e 22
de realizar a primeira alternativa e n2 maneiras de reali- que são múltiplos de 3:
zar a segunda, então o processo pode ser realizado de 3, 6, 9, 12, 15, 18 e 21
n1 + n2 maneiras. Existem dois números naturais entre 1 e 22
que são múltiplos de 10:
10 e 20
Assim, existem nove números naturais entre
1 e 22 que são múltiplos de 3 ou de 10.
Note-se que, entre 1 e 22, não existem nú-
meros que são simultaneamente múltiplos
de 3 e de 10 e que temos 9 = 7 + 2 núme-
ros naturais nessas condições.
A B A¥B
Cardinal do produto cartesiano de conjuntos finitos ● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)
#(A ¥ B) = #A ¥ #B ● (❋, ●)
● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)
● (❋, ●)
● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)
● (❋, ●)
● (❋, ●)
❋ ● (❋, ●)
● (❋, ●)

#(A ¥ B) = #A ¥ #B = 4 ¥ 3 = 12

Princípio geral da multiplicação


Consideremos um processo constituído por duas etapas. Lança-se uma moeda de 1 euro e um
Se existirem n1 maneiras de realizar a primeira etapa dado equilibrado com as faces numera-
e se, para cada uma destas, existirem n2 maneiras de rea- das de 1 a 6. Quantas configurações dife-
lizar a segunda etapa, então todo o processo pode ser rentes podem surgir?
realizado de n1 ¥ n2 maneiras diferentes. Moeda Dado
2 ¥ 6 = 12 configurações
Págs. 13 a 18

49
TEMA I Cálculo Combinatório

SÍNTESE

3. Introdução ao cálculo combinatório (cont.)

Arranjos, permutações e combinações Exemplos


Arranjos com repetição de n elementos p a p Quantos são os números naturais de
nA’ = np Número de sequências de p elementos não ne- quatro algarismos em que nenhum deles
p
cessariamente distintos que se podem formar é zero?
com n objetos. 9A’ = 6561 números
4

Permutações de n elementos De quantas maneiras se podem sentar


n! Número de maneiras de ordenar n elementos. cinco pessoas num banco corrido de cinco
lugares?
5! = 120 maneiras

Arranjos (sem repetição) de n elementos p a p Quantos são os números naturais de


n! quatro algarismos distintos em que ne-
nA = Número de sequências de p elementos dis-
p
(n – p)! nhum deles é zero?
tintos que se podem formar com n objetos.
9A = 3024 números
4

Combinações de n elementos p a p De quantas maneiras diferentes pode o


n! Afonso selecionar as duas disciplinas
nC = Número de conjuntos com p elementos
p
p!(n – p)! que se podem fazer com n objetos. opcionais de 12.º ano, de entre as sete em
que se pode inscrever?
7C = 21 maneiras
2
Págs. 19 a 38

4. Triângulo de Pascal e binómio de Newton

Propriedades das combinações Exemplos


• nC nC
= n – p, isto é, a partir de um conjunto com n ele-
p 2018C = 2018C2000
18
mentos existem tantas maneiras de escolher p elemen-
tos como de escolher n – p elementos.
n
• ∑ nC
k = 2n, isto é, o número de subconjuntos de um 2018C + 2018C + 2018C + ... +
0 1 2
k=0
conjunto de n elementos é igual a 2n. + 2018C2017 + 2018C2018 = 22018

• n + 1Cp + 1 = nCp + nCp + 1 2019C


101 = 2018C100 + 2018C101
Págs. 39 a 41

50
Síntese

4. Triângulo de Pascal e binómio de Newton (cont.)

Triângulo de Pascal Exemplos


Designa-se por triângulo de Pascal a seguinte disposição Considera a linha do triângulo de Pascal
dos valores de nCp: cujo produto dos dois primeiros elemen-
Linha tos é igual a 15.
0
• Quantos elementos tem essa linha?
n=0 C0
1 1 Sabemos que o primeiro elemento de
n=1 C0 C1
qualquer linha do triângulo de Pascal é
2 2 2
n=2 C0 C1 C2 igual a 1, logo o segundo elemento desta
n=3 3
C0 3
C1 3
C2 3
C3 linha é igual a 15.
Concluímos, então, que estamos a consi-
4 4 4 4 4
n=4 C0 C1 C2 C3 C4 derar a linha de ordem 15, que sabemos
n=5 5
C0 5
C1 5
C2 5
C3 5
C4 5
C5 ter 16 elementos.
… … … … … … …

• Quais são os maiores elementos dessa


• Cada linha começa e acaba em 1 (nC0 = nCn). linha?
• Em cada linha, elementos igualmente afastados dos ex- Como a linha em causa tem um número
tremos são iguais (nCp = nCn – p). de ordem ímpar, os seus dois maiores ele-
• Cada elemento que não esteja num dos extremos de mentos são os dois elementos centrais,
uma linha é igual à soma dos dois elementos que estão 15C e 15C .
7 8
por cima dele, na linha anterior, um à esquerda e o
outro à direita (nCp + nCp + 1 = n + 1Cp + 1). • Qual é a soma de todos os elementos
dessa linha?
• O segundo e o penúltimo elementos da linha de ordem n
são ambos iguais a n (nC1 = nCn – 1). 215 = 32 768
• A soma de todos os elementos da linha de ordem n
é 2n.
• A linha de ordem n tem n + 1 elementos.
• Se n é par, tem-se que a linha de ordem n tem um nú-
mero ímpar de elementos, sendo o maior deles o ele-
mento central; se n é ímpar, tem-se que a linha de
ordem n tem um número par de elementos, sendo os Determinar o desenvolvimento de (2 + √∫3) ,
4

dois maiores os dois elementos centrais.


utilizando a fórmula do binómio de
Págs. 41 a 44 Newton.

Binómio de Newton (2 + √∫3)4 = 4C0 24 (√∫3)0 + 4C1 23 √∫3 +


• (a + b)n = nC0 an b0 + nC1 an – 1 b1 + nC2 an – 2 b2 + … 2 3 4
+ 4C2 22 (√∫3) + 4C3 2(√∫3) + 4C4 20 (√∫3) =
… + nCn – 1 a1 bn – 1 + nCn a0 bn = = 1 ¥ 16 ¥ 1 + 4 ¥ 8 ¥ √∫3 + 6 ¥ 4 ¥ 3 + 4 ¥
n
= ∑ nC an – k bk, com n ∈N ¥ 2 ¥ 3√∫3 + 1 ¥ 1 ¥ 9 = 16 + 32√∫3 + 72 +
k
k=0
+ 24√∫3 + 9 = 97 + 56√∫3

k
• nCk ¥ an – k ¥ bk é o termo geral do desenvolvimento do 4C
k ¥ 24 – k ¥ (√∫3) é o termo geral do de-
binómio de Newton. 4
senvolvimento de (2 + √∫3) pelo binómio
Págs. 45 a 47 de Newton.

51
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo
PROFESSOR

Itens de seleção Resolução


Exercícios do Aprende Fazendo

1 Quantos códigos de multibanco se podem formar, sabendo que os dois algarismos do meio são ím-
pares?
(A) 10 000 (B) 5040 (C) 2500 (D) 1800

Solução: Opção (C)

2 Numa determinada aldeia de Portugal ocorreu um crime, e os suspeitos fugiram num carro. O Pedro,
que assistiu à fuga, garante que, na matrícula do veículo:
• o primeiro número era 5 e que o segundo era diferente de 5;
• as duas letras não eram vogais.
Quantas são as matrículas suspeitas?
(A) 5 290 000 (B) 220 320

(C) 324 000 (D) 291 600

Nota: Considera que as letras usadas nas matrículas são as do alfabeto português, isto é, 23 letras, e que as matrículas são do tipo
00-AA-00.

Solução: Opção (D)

3 De quantas maneiras distintas podemos colocar seis refrigerantes iguais (e, portanto, indistinguíveis)
numa grade com 15 compartimentos?
(A) 15C6 (B) 15A6 (C) 15A’6 (D) 6!

Solução: Opção (A)

4 O Filipe vai colocar seis cartas de um baralho (os dois ases pretos e os quatro reis) em fila, lado a lado.
De quantas maneiras o pode fazer, de modo que cada ás preto fique em cada uma das extremidades?
(A) 12 (B) 24 (C) 48 (D) 60

Solução: Opção (C)

5 Considera os pontos (distintos) A, B, C, D e E, pertencentes a uma circunferência. Quantas cordas


existem com extremos nestes pontos?
(A) 10 (B) 20 (C) 32 (D) 120

Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano


Solução: Opção (A)

52
Itens de seleção

6 Numa certa linha do triângulo de Pascal, o segundo elemento é o 13. Qual é o sexto elemento dessa
linha?
(A) 13C5 (B) 13C6

(C) 13C7 (D) 14C6

Solução: Opção (A)

7 Numa certa linha do triângulo de Pascal, o penúltimo elemento é o 2018. Qual é o décimo elemento
dessa linha?
(A) 2019C9 (B) 2019C10

(C) 2018C9 (D) 2018C10

Solução: Opção (C)

8 A soma de todos os elementos de uma determinada linha do triângulo de Pascal é 16. Quantos ele-
mentos tem essa linha?
(A) 4 (B) 5 (C) 16 (D) 17

Solução: Opção (B)

9 2020C + 2020C301 é igual a:


300

(A) 4040C301 (B) 2020C601

(C) 2021C301 (D) 2021C601

Solução: Opção (C)

10 Considerando o desenvolvimento de (x – 2)10, ordenado segundo as potências decrescentes da pri-


meira parcela, o termo central é igual a:
(A) –8064x5 (B) 8064x5

(C) –13 440x6 (D) 13 440x6

Solução: Opção (A)

53
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de seleção

11 Considera nove cartões, em que em cada um deles está escrito um algarismo: quatro cartões com o
algarismo 1, quatro cartões com o algarismo 2 e um cartão com o algarismo 6.
Dispondo estes nove cartões lado a lado, de modo a formar um número com nove algarismos, quantos
números ímpares diferentes se podem obter?
(A) 144 (B) 1120 (C) 280 (D) 13 440

Solução: Opção (C)

12 Nove pessoas, das quais fazem parte a Filipa e o irmão gémeo Miguel, vão dispor-se, aleatoriamente,
em fila, para tirar uma fotografia.
De quantas maneiras se poderão colocar as pessoas, de modo que os dois irmãos gémeos não fiquem
juntos?
(A) 80 640 (B) 282 240

(C) 406 425 600 (D) 406 062 720

Solução: Opção (B)

13 Uma certa linha do triângulo de Pascal tem 50 elementos. Qual é o vigésimo elemento da linha se-
guinte?
(A) 50C20 (B) 50C19 (C) 51C21 (D) 51C19

Solução: Opção (B)

14 A soma do primeiro, do segundo, do penúltimo e do último elementos de uma determinada linha do


triângulo de Pascal é 40. Então, o terceiro elemento da linha anterior é:
(A) 153 (B) 816 (C) 171 (D) 969

Solução: Opção (A)

15 No triângulo de Pascal existe uma linha com 31 elementos. Seja k o maior valor dessa linha.
Assim:
(A) k = 31C15 (B) k = 31C16

(C) k = 30C15 (D) k = 30C16

Solução: Opção (C)

54
Itens de seleção

16 (*) Um conjunto tem 4096 subconjuntos. Quantos desses subconjuntos têm exatamente seis elementos?
(A) 12 (B) 683 (C) 720 (D) 924

(*) grau de dificuldade elevado


Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Solução: Opção (D)

17 Quantos são os divisores naturais do número 2310?


(A) 64 (B) 32 (C) 16 (D) 20

Solução: Opção (B)

18 (**) Dez livros de Matemática e cinco de Física vão ser dispostos, lado a lado, numa prateleira.
De quantas formas distintas se poderão arrumar os livros, de modo que não fiquem dois livros de
Física lado a lado?
(A) 5A2 ¥ 14! (B) 15! – 5A2 ¥ 14! (C) 10! ¥ 11C5 (D) 10! ¥ 11A5

(**) grau de dificuldade muito elevado


Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(**) Os graus de dificuldade muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Solução: Opção (D)

19 Os três últimos elementos de uma linha do triângulo de Pascal são, respetivamente, 45, 10 e 1. Então,
a soma dos três primeiros elementos da linha anterior é:
(A) 45 (B) 46 (C) 56 (D) 67

Solução: Opção (B)

20 Um dos termos do desenvolvimento de (2p + 5)n é 288 000 p8. Qual é o valor de n?
(A) 8 (B) 9 (C) 10 (D) 11

Solução: Opção (C)

21 O valor de nC0 – nC1 + nC2 – nC3 + … + (–1)n ¥ nCn é:


(A) n (B) 0 (C) 1 (D) –1

Solução: Opção (B)

55
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de construção

22 Considera os subconjuntos A e B de um conjunto U. Simplifica as seguintes expressões, indicando as


propriedades aplicadas.
(
a) B ∪ √B ∪ A )
b) A ∩ (B ∩ √A )

c) A ∪ (B ∩ √A )

d) (B ∩ A) ∪ (B ∩ √A )

e) (*) [A ∩ (B –∩ √–A )] ∪ √A

(*) grau de dificuldade elevado


Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Soluções: a) U b) ∅ c) A ∪ B d) B e) U

23 Suponhamos que temos as seguintes peças de roupa: quatro camisolas de quatro cores distintas (azul,
branca, castanha, dourada) e quatro pares de calças das mesmas cores das camisolas. Admitindo que
vamos vestir uma camisola e um par de calças, calcula:
a) o número de maneiras distintas de o fazermos;

b) o número de maneiras distintas de o fazermos, não repetindo as cores.

Soluções: a) 16 b) 12

24 Numa certa empresa, foi atribuído a cada funcionário um determinado código. Quantos códigos exis-
tem, se estes forem constituídos por:
a) quatro letras;

b) três letras seguidas de dois algarismos.

Nota: Considera 26 letras.

Soluções: a) 456 976 b) 1 757 600

25 Uma turma tem 30 alunos. Supondo que a primeira fila da sala de aula tem oito lugares, de quantas
maneiras distintas pode ser totalmente ocupada esta fila?

Solução: 235 989 936 000

56
Itens de construção

26 Exprime cada uma das seguintes somas algébricas como uma única fração e simplifica-a tanto quanto
for possível.

a)
5 – 4
4! 5!

b)
2 + 3
3!6! 4!5!

c)
1 – 3 , para n número natural.
(n + 1)! 2n!

d)
2 – n + 1 , para n número natural.
(n + 1)! (n + 2)! n!
e) nA2 + n + 1A2, para n número natural superior a 1.
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

n2 + 4n + 6 2n ¥ n!
Soluções: a) 7 b) 13 –1 – 3n
c) d) e)
40 8640 2(n + 1)! (n + 2)! (n – 1)!

27 Dez pessoas vão viajar em dois carros: um com seis lugares e o outro com quatro lugares. Sabendo
que apenas cinco das pessoas podem conduzir, de quantas maneiras distintas se podem distribuir as
pessoas pelos dois carros?

Solução: 210

28 Seis pessoas vão viajar numa carrinha de seis lugares, mas apenas três delas podem conduzir.
De quantos modos distintos se podem sentar as pessoas?

Solução: 360

29 O Nuno vai jogar no Euromilhões esta semana. Sabendo que ele tem de escolher cinco números,
entre os 50 números possíveis, e duas estrelas numeradas, de entre as 12 estrelas numeradas possíveis,
quantas chaves possíveis pode o Nuno formar?

Solução: 139 838 160

30 Numa turma com 28 alunos, dos quais dez são raparigas, vai constituir-se uma comissão de cinco
elementos.
a) De quantas formas diferentes pode ser constituída a comissão?

b) Quantas das possíveis comissões incluem:


i) apenas raparigas?
ii) pelo menos uma rapariga?
iii) a Mariana, que é a delegada de turma, outras duas raparigas e dois rapazes?

Soluções: a) 98 280 b) i) 252 ii) 89 712 iii) 5508

57
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de construção

31 A soma dos dois primeiros elementos de uma determinada linha do triângulo de Pascal é 36.
a) Quantos elementos tem essa linha?

b) Qual é o maior elemento dessa linha?

c) Qual é o quarto elemento da linha anterior?

d) Qual é o décimo elemento da linha seguinte?

Soluções: a) 36 b) 4 537 567 650 c) 5984 d) 94 143 280

32 Determina o desenvolvimento das seguintes expressões, utilizando a fórmula do binómio de Newton


e simplificando tanto quanto possível cada uma das parcelas assim obtidas.
h 1 h4 hx h5
a) (x – 2)5 b) i2x + i c) i – x2i
j x j j 3 j
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Soluções: a) x5 – 10x4 + 40x3 – 80x2 + 80x – 32 b) 16x4 + 32x2 + 24 + 82 + 14 c) –x10 + 5 x9 – 10 x8 + 10 x7 – 5 x6 + 1 x5


x x 3 9 27 81 243

Considerando o desenvolvimento de i17x + y i , ordenado segundo as potências decrescentes da


h h 10
33
j 17 j
primeira parcela, determina:
a) o número de termos do desenvolvimento; b) o terceiro termo;

c) o termo central; d) a soma dos coeficientes binomiais.

Soluções: a) 11 b) 1 086 190 605x8 y2 c) 252x5 y5 d) 1024

34 Indica, justificando, para cada uma das seguintes igualdades, se é verdadeira para quaisquer conjuntos
A, B e C, subconjuntos de um dado conjunto U e, caso contrário, apresenta um contraexemplo.
a) B\A = B ∩ √A

b) (A ∪ B)\A = B

c) A –∩– B –∩ –C = √A ∪ √B ∪ √C
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Soluções: a) Verdadeira para quaisquer A e B. b) Não é verdadeira para quaisquer A e B; por exemplo,
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, A = {1, 2, 3, 4} e B = {4, 5, 6}. c) Verdadeira para quaisquer A, B e C.

35 Quantos são os números naturais inferiores a 1000, formados por algarismos ímpares e:
a) em que pode haver repetição de algarismos?

b) que não admitem repetições de algarismos?

Soluções: a) 155 b) 85

58
Itens de construção

36 Considera todos os números formados por três algarismos diferentes.


a) Quantos são esses números?

b) Quantos não incluem o algarismo 0?

c) Quantos não incluem nem o algarismo 0 nem o algarismo 2?

d) Quantos não incluem, simultaneamente, os algarismos 0 e 2?

Soluções: a) 648 b) 504 c) 336 d) 616

37 Considera um grupo de três casais dispostos, aleatoriamente, em fila para tirarem uma fotografia.
Calcula o número de maneiras distintas de:
a) as mulheres ficarem todas juntas e de os homens também;

b) as mulheres ficarem todas juntas;

c) todos os casais ficarem juntos.

Soluções: a) 72 b) 144 c) 48

38 Um aluno tem de escolher 15 das 20 questões que lhe são apresentadas num exame. Quantas possi-
bilidades tem de o fazer, se:
a) nenhuma restrição lhe for imposta?

b) tiver de responder obrigatoriamente às duas primeiras questões?

c) tiver de responder a pelo menos uma das duas primeiras questões?

d) tiver de responder a cinco (e só cinco) das dez primeiras questões?

Soluções: a) 15 504 b) 8568 c) 14 688 d) 252

39 De entre os cinco professores e 30 alunos de uma turma, vão ser escolhidas, ao acaso, 25 pessoas
para irem a um passeio. Quantas escolhas possíveis existem, se o número de professores presentes
no passeio não puder ser inferior a dois nem superior a quatro?

Solução: 150 423 000

40 Um exame é composto por oito itens de seleção (escolha múltipla). Cada item apresenta quatro opções
de resposta, das quais apenas uma é a correta. Uma maneira de preencher a grelha das respostas é,
por exemplo:

Questão 1 2 3 4 5 6 7 8

Resposta A B C D A B C D

a) De quantas maneiras distintas pode a grelha de respostas ser preenchida?

b) Ao preencher aleatoriamente esta grelha, em quantos casos esta apresentará exatamente quatro
respostas corretas?

Soluções: a) 65 536 b) 5670

59
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de construção

41 O jogo da sueca joga-se com um baralho de 40 cartas: a um conjunto de dez cartas chama-se mão.
Determina o número de mãos distintas com:
a) seis figuras; b) quatro ases; c) pelo menos duas damas.

Soluções: a) 18 918 900 b) 1 947 792 c) 216 900 552

42 O João está a tentar adivinhar em que mês fazem anos cinco dos seus novos amigos.
a) Quantas são essas possibilidades?

b) Em quantas dessas possibilidades todos os amigos fazem anos no mesmo mês?

c) Em quantas dessas possibilidades os amigos fazem todos anos, em meses diferentes?

d) Em quantas dessas possibilidades três e só três amigos fazem anos no mesmo mês?

Soluções: a) 248 832 b) 12 c) 95 040 d) 13 200

43 A Alexandra, que é uma grande apreciadora de café, tem em casa doze cápsulas de café, todas com
o mesmo tamanho e forma. Dessas doze cápsulas, quatro são de cores diferentes (vermelho, verde,
azul e amarelo) e as restantes oito são pretas.
a) Uma amiga ofereceu à Alexandra uma caixa com
vinte compartimentos para ela colocar as cápsulas,
como mostra a figura. Em cada compartimento
cabe apenas uma cápsula. Considera que a
caixa está vazia e que a Alexandra pretende
lá colocar as doze cápsulas.
Quantas configurações visualmente diferentes se podem obter, quando se colocam as doze cápsulas
na caixa?
b) Supõe agora que as doze cápsulas estão numeradas de 1 a 12.
i) Se as cápsulas se encontrarem todas misturadas num frasco e se a Alexandra retirar, simultanea-
mente, quatro, ao acaso, em quantos casos poderá retirar exatamente três cápsulas pretas?
ii) Se se dispuserem as doze cápsulas em fila, em quantas dessas disposições as cápsulas pretas
ficam todas juntas?

Soluções: a) 1 496 523 600 b) i) 224 ii) 4 838 400

44 Considera o seguinte problema: Durante as férias de verão, a Patrícia comprou quatro colares e três
pulseiras diferentes para oferecer às suas amigas. No entanto, ela tem nove amigas e não comprou
presentes para todas. De quantas maneiras diferentes pode a Patrícia presentear as amigas?
9A
4 ¥ 5A3 e 9C7 ¥ 7A4 ¥ 3! são duas respostas corretas para o problema.
Numa pequena composição, explica o raciocínio que te permite chegar a cada uma delas.

60
Itens de construção

45 Considera o seguinte problema: Num conjunto de 20 dadores de sangue, dez pertencem ao grupo O,
seis ao grupo A, três ao grupo B e um ao grupo AB. Escolheram-se, ao acaso, quatro dadores de entre
os 20 considerados.
De quantas maneiras diferentes podem ser escolhidos os quatro dadores, de forma que pelo menos
dois deles pertençam ao grupo O?
Apresentam-se, de seguida, duas respostas:
Resposta I: 20C4 – 10C4
Resposta II: 10C2 ¥ 10C2 + 10C3 ¥ 10 + 10C4
Apenas uma das respostas está correta. Elabora uma composição na qual:
• identifiques a resposta correta;
• expliques um raciocínio que conduza à resposta correta;
• proponhas uma alteração na expressão correspondente à resposta incorreta, de modo a torná-la
correta;
• expliques, no contexto do problema, a razão da alteração proposta.

Solução: A resposta II é a correta. A outra resposta ficaria correta da seguinte forma 20C4 – 10C4 – 10C1 ¥ 10C3.

46 A soma do primeiro, do segundo, do penúltimo e do último elementos de uma determinada linha do


triângulo de Pascal é 50.
a) Quantos elementos tem essa linha?

b) Quantos elementos dessa linha são menores que 300?

c) Escolhendo, aleatoriamente, dois elementos dessa linha, em quantos casos se podem obter dois
números iguais?

Soluções: a) 25 b) 6 c) 12

47 Considera nove comprimidos de substâncias distintas, solúveis em água e que não reagem entre si.
Quantas soluções diferentes podem ser obtidas, dissolvendo-se um ou mais comprimidos num copo
de água?

Solução: 511

48 Simplifica as seguintes expressões.

a) n! + n!
3!(n – 3)! 2!(n – 2)!

7 p – 1 + 7Cp) ¥ p!
b) ( C , p natural tal que p ≤ 7.
8Ap

Soluções: a) (n + 1)n (n – 1) b) 1
6

61
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de construção

h hn
49 Considerando o desenvolvimento de i√∫3a – 1 i , b ≠ 0, ordenado segundo as potências decrescentes da
j bj
primeira parcela, escreve os três últimos termos, sabendo que este desenvolvimento tem sete termos.
2
Solução: 45 a 4 ; –6√∫3 a5 ; 16
b b b

Sem efetuar o desenvolvimento de i √∫x + 1 i , onde x > 0, determina:


h h6
50
j3 xj
a) o termo em x –3; b) se existir, o termo independente de x.

5 –3 5
Soluções: a) x b)
3 27

51 Utilizando o desenvolvimento do binómio de Newton, determina o valor de cada uma das seguintes
expressões, onde n é um número natural.
12 n
a) ∑ 12C
k 412 – k (–2)k b) ∑ nCk (–1)k
k=0 k=0
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
Soluções: a) 4096 b) 0

52 Quantos números de sete algarismos se podem formar com os algarismos 0, 1, 1, 2, 3, 3, 3?

Solução: 360

53 O Pedro lançou 10 vezes um dado equilibrado e anotou o número da face saída. Considerando todas
as possibilidades, em quantas a face 2:
a) não sai nenhuma vez? b) sai exatamente quatro vezes?

c) sai pelo menos oito vezes? d) sai no máximo duas vezes?

Soluções: a) 9 765 625 b) 3 281 250 c) 1176 d) 46 875 000

54 De quantas maneiras distintas se podem colocar em fila m rapazes e n raparigas, de maneira que as
raparigas fiquem sempre juntas (m ∈N, n ∈N)?

Solução: n! ¥ (m + 1)!

55 Quantos são os números de quatro algarismos que têm pelo menos dois algarismos iguais?

Solução: 4464

56 De quantas maneiras se podem colocar oito peões iguais num tabuleiro de xadrez (8 ¥ 8) de modo
que não haja dois peões na mesma linha nem na mesma coluna?

Solução: 40 320

62
Itens de construção

57 Num torneio, no qual cada participante enfrenta todos os outros participantes apenas uma vez, são
jogadas 45 partidas. Quantos são os participantes?

Solução: 10

58 Considera o seguinte problema: Na figura ao lado estão representados um F


cubo e os pontos A, B, C, D, E e F (pertencentes às arestas do cubo). De entre E
D
esses seis pontos, escolheram-se, ao acaso, três. Quantos casos existem em
que esses três pontos escolhidos definem um plano?
Apresentam-se, em seguida, duas respostas:
Resposta I: 3C2 ¥ 3 + 3C2 ¥ 3 A B C

Resposta II: 6C3 – 3C3


Apenas uma das respostas está correta.
Elabora uma composição na qual:
• identifiques a resposta correta;
• expliques um raciocínio que conduza à resposta correta;
• proponhas uma alteração na expressão correspondente à resposta incorreta, de modo a torná-la
correta;
• expliques, no contexto do problema, a razão da alteração proposta.

Solução: A resposta I é a correta. A outra resposta ficaria correta da seguinte forma 6C3 – 3C3 ¥ 2.

59 (*) Duas prateleiras estão vazias e cada uma tem espaço para serem colocados 12 livros. De quantas
maneiras diferentes é possível dispor 16 livros nas duas prateleiras, de forma que fiquem juntos e en-
costados a um dos extremos da prateleira e que fiquem dispostos:
a) oito em cada prateleira?

b) dez numa prateleira e seis na outra?


(*) grau de dificuldade elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Soluções: a) 16C8 ¥ 8! ¥ 2 ¥ 8! ¥ 2 b) 16C10 ¥ 10! ¥ 2 ¥ 6! ¥ 2 ¥ 2

60 De quantos modos se podem distribuir dez pessoas, de tal forma que fiquem organizadas:
a) num grupo de seis e num grupo de quatro?

b) em dois grupos de cinco?

c) em cinco grupos de dois?

Soluções: a) 210 b) 126 c) 945

63
TEMA I Cálculo Combinatório

Aprende Fazendo

Itens de construção

61 Lançou-se um dado equilibrado e anotou-se o número de pintas saído. Considerando todas as possi-
bilidades em quatro lançamentos consecutivos do dado, em quantos casos o número de pintas saído
se encontra por ordem estritamente crescente?

Solução: 15

62 De uma certa linha do triângulo de Pascal, sabe-se que o quarto número é 4060 e que a soma dos
quatro primeiros números dessa linha é 4526. Determina o terceiro número da linha seguinte.

Solução: 465

63 O antepenúltimo elemento de uma linha do triângulo de Pascal é 1225. Determina o número de ele-
mentos dessa linha.

Solução: 51

h4 hn
64 Verifica se existe algum termo independente de x no desenvolvimento de i √∫x – 1 i , com x > 0,
j xj
sabendo que a soma dos coeficientes binomiais é 256.

Solução: Não existe termo independente de x.

hn
65 Determina quantos termos tem o desenvolvimento de hix + 1 i , com x > 0, sabendo que n verifica a
1 1
j
√∫x j
condição nC4 = nC6.
2 6

Solução: 15

66 (**) Justifica, sem utilizar o princípio de indução matemática, que 2n > n, qualquer que seja n ∈N0.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(**) Os graus de dificuldade muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

67 (**) Determina a soma dos coeficientes dos termos de uma forma reduzida do polinómio (2x – 3)11,
utilizando o binómio de Newton.
(**) grau de dificuldade muito elevado
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(**) Os graus de dificuldade muito elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
Solução: –1

64
Desafio – Festa no campo de futebol

Retomando o desafio apresentado no início deste tema, vejamos duas possíveis resoluções.
Muito provavelmente, a estimativa que fizeste da probabilidade é relativamente pequena. Há 365 dias
possíveis e só lá estão 23 pessoas. Mas será mesmo assim?
Nas duas resoluções que iremos apresentar, vamos desprezar a possibilidade de alguém ter nascido
no dia 29 de fevereiro. Isto porque, se entrarmos em linha de conta com os anos bissextos, o resultado
final praticamente não se altera, mas os cálculos tornam-se muito mais complicados.

Primeiro método
É mais fácil avançar no problema pensando nas pessoas uma a uma e determinando, de cada vez, a
probabilidade de não haver repetição de datas de aniversário.
365
O primeiro jogador pode fazer anos em qualquer dia, servem-lhe todos os 365 dias:
365
364
O segundo jogador tem disponíveis 364 dos 365 dias:
365
363
Para o terceiro jogador já só servem 363 dos 365 dias:
365
343
E assim sucessivamente, até ao último:
365
A probabilidade de não haver aniversários repetidos naquele grupo de 23 pessoas é:
365 364 363 343
× × ×…×
365 365 365 365
A probabilidade de haver pelo menos duas pessoas a festejar no mesmo dia é:
365 364 363 343
P=1– × × ×…× = 1 – 0,4927 = 0,5073
365 365 365 365
Ou seja, o mais provável é que o acontecimento se verifique. Estavas à espera disso?

Segundo método
Com os conhecimentos adquiridos neste tema, a resolução é mais rápida. Comecemos pela probabi-
lidade de não haver aniversários repetidos.
Os casos possíveis são os arranjos com repetição de 23 dos 365 dias: (365)23
Os casos favoráveis são os arranjos de 365, 23 a 23: 365A23
365A
23
A probabilidade de não haver aniversários repetidos é .
(365)23
A probabilidade de haver pelo menos duas pessoas a fazer anos no mesmo dia é:
365A
23
P=1– = 1 – 0,4927 = 0,5073
(365)23
Por curiosidade, podemos fazer os cálculos para grupos maiores.
Probabilidade de haver aniversários repetidos
Número de pessoas 23 30 40 50 60 70
Probabilidade 50,7% 70,6% 89,1% 97,0% 99,4% 99,9%

65
Teste Final

Grupo I
PROFESSOR

1 Para qualquer universo U e quaisquer subconjuntos A e B de U,


Resolução
A ∩ [√A ∪ (A –∪ √–B )] é igual a: Exercícios do Teste Final

(A) U (B) ∅ (C) √A ∪ B (D) A ∩ √B

Solução: Opção (B)

2 Um código é constituído por seis algarismos. Quantos códigos diferentes existem em que o alga-
rismo 5 aparece exatamente três vezes e os restantes algarismos são diferentes?
(A) 504 (B) 14 580 (C) 10 080 (D) 14 400

Solução: Opção (C)

3 Na figura está representado um tabuleiro com nove casas, dispostas em


três filas horizontais e três filas verticais. Pretende-se dispor cinco fichas
(numeradas de 1 a 5) no tabuleiro, de modo que cada ficha ocupe uma
única casa e que cada casa não seja ocupada por mais do que uma ficha.
De quantas maneiras diferentes é possível dispor as cinco fichas, de tal
forma que as que têm número primo ocupem uma fila horizontal?
(A) 90 (B) 180 (C) 270 (D) 540

Solução: Opção (D)

4 Sejam a e b dois números naturais tais que a = 2018C20 e b = 2018C21. Qual é o valor de a + 2b?
(A) 2019C20 + 2019C21 (B) 2018C20 + 2018C21

(C) 2019C21 + 2018C21 (D) 2019C21 + 2018C20

Solução: Opção (C)


n
5 Sabe-se que ∑ nC
i = 4096 (n ∈N). Considera as seguintes proposições:
i=0
(I) n – 1C4 = 330
n+2
(II) ∑ n + 2C
i = 16 384
i=0
Em relação às proposições anteriores, pode afirmar-se que:
(A) são ambas verdadeiras. (B) são ambas falsas.

(C) (I) é verdadeira e (II) é falsa. (D) (I) é falsa e (II) é verdadeira.
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
Solução: Opção (A)

66
TEMA I Cálculo Combinatório

Grupo II

1 Considera o seguinte problema:


Quantos números naturais ímpares inferiores a 1000 não têm dois algarismos iguais?
Uma resposta correta a este problema é 5 + 8 ¥ 5 + 82 ¥ 5. Numa composição, explica porquê.

2 Sete automóveis diferentes encontram-se esta-


cionados num parque de estacionamento, de
dez lugares, que tem o aspeto da figura:
2.1. Quantas maneiras de estacionar são possíveis?

2.2. O Nuno, um oitavo automobilista, pretende estacionar de modo que o seu automóvel não tenha
automóveis ao lado. Quantas são as diferentes configurações que permitem satisfazer a vontade
do Nuno?

Soluções: 2.1. 604 800 2.2. 120 960

3 Numa noite, sete amigos (três casais e o Joaquim) decidiram jantar e ir juntos ao cinema.
3.1. Quando foram jantar, os setes amigos sentaram-se aleatoriamente numa mesa retangular, ficando
o Joaquim numa das cabeceiras, três amigos de um lado da mesa e os outros três amigos do outro
lado da mesa. Em quantos destes casos, os elementos de cada casal ficam frente a frente?
3.2. Num grupo de 20 amigos, com mais raparigas do que rapazes, o número de grupos diferentes,
para organizar o próximo convívio, que é possível formar com duas pessoas do mesmo sexo é
91. Determina quantas pessoas do sexo masculino existem neste grupo de amigos.
3.3. Cada amigo escolheu, ao acaso, um de entre os sete filmes em exibição. Quantos casos existem
em que quatro quaisquer amigos escolhem o mesmo filme e os restantes escolhem três filmes
diferentes?
3.4. Considera agora que os sete amigos se sentam, ao acaso, em sete lugares consecutivos de uma
fila numa sala de cinema. Quantos são os casos em que dois dos amigos, a Susana e o Pedro,
ficam sentados lado a lado?

Soluções: 3.1. 96 3.2. 9 3.3. 29 400 3.4. 1440

h h 10
4 No desenvolvimento de i2x – 12 i , uma das parcelas é 2kx –5, sendo k uma constante. Determina
j x j
o valor de k.

Solução: – 4032

67
Desafio – Roleta popular

Há muitos anos, na feira de Barcelos, assisti a uma cena curiosa.


Um feirante tinha à sua frente um tabuleiro com seis casas numeradas de 1 a 6 e anun-
ciava uma Roleta popular, explicando as regras do jogo.
Quem quisesse jogar, colocava a sua aposta, do valor que entendesse, numa das casas
numeradas.
O organizador do jogo lançava então três dados.
• se o número em que jogássemos não aparecesse em nenhum dado, perdíamos a nossa
aposta;
• se aparecesse num dado, recebíamos de volta o que tínhamos apostado mais outro tanto;
• se aparecesse duas vezes, recebíamos o valor apostado mais o dobro;
• se aparecesse nos três dados, recebíamos o que lá tínhamos colocado mais o triplo.
Por exemplo, imaginemos que colocávamos 1 € no número 4.
Se saísse 2-3-5, perdíamos 1 €.
Se saísse 1-2-4, ganhávamos 1 €.
Se saísse 4-4-6, ganhávamos 2 €.
Se saísse 4-4-4, ganhávamos 3 €.
O jogo era um êxito. As pessoas rodeavam o feirante, com várias delas a apostar ao
mesmo tempo. E, ganhando ou perdendo, continuavam mais vezes.
Fiquei curioso. O jogo não parecia dar vantagem ao feirante.
Consegues descobrir quem está em vantagem – o feirante ou o jogador?
Em média, quanto é que o feirante ganhava ou perdia por cada aposta feita?
José Paulo Viana
TEMA II
Probabilidades
1. Revisões

2. Espaços de probabilidade

3. Probabilidade condicionada
TEMA II Probabilidades

UNIDADE 1
Revisões

1.1. Experiência aleatória e espaço amostral


O termo “probabilidade” é utilizado diariamente de forma mais ou menos intuitiva. No
nosso quotidiano utilizamos expressões, como “pouco provável”, “provável”, “muito pro-
1 Na figura encontra-se vável”, pois em variados aspetos da nossa vida está presente uma característica comum – o
representada uma facto de não conseguirmos prever com exatidão um resultado.
planificação de um dado.
Esta é a característica fundamental das experiências aleatórias.
1 Recorda alguns conceitos de probabilidades que aprendeste no 9.º ano.
1 2 0 2 1 3 Definição
1
Uma experiência é um processo que conduz a um resultado pertencente a um con-
Indica o espaço amostral junto previamente fixado, designado por universo dos resultados ou espaço amostral.
associado às seguintes Habitualmente, este conjunto representa-se por S, Ω ou E e os seus elementos desig-
experiências.
nam-se por casos possíveis.
a) “Lançar o dado e
registar o número da
face voltada para cima.” Definição
b) “Lançar o dado e
registar a cor da face
Uma experiência determinista é uma experiência com um único caso possível.
que fica voltada para
cima.”
Definição

Nota
Uma experiência aleatória é uma experiência com mais do que um caso possível,
Ao longo desta obra, se não sendo possível prever com exatidão o seu resultado, mesmo quando realizada
nada for dito em contrário,
nas mesmas condições.
um dado é constituído por
seis faces numeradas
de 1 a 6. Exemplos

1. Experiência aleatória: “Lançar uma moeda não viciada ao ar e anotar a face que fica
voltada para cima.”
PROFESSOR
E = {face nacional, face europeia}
# E = 2 (cardinal de E – número de elementos do conjunto E)
Resolução
Todos os exercícios de “Revisões” 2. Experiência aleatória: “Lançar uma moeda não viciada ao ar 20 vezes e anotar quantas
Soluções vezes a face nacional fica voltada para cima.”
1. E = {0, 1, 2, 3, …, 20} # E = 21
a) E = {0, 1, 2, 3}
b) E = {verde, azul, rosa, 3. Experiência aleatória: “Lançar um dado equilibrado e verificar a face que fica voltada
amarelo, branco, laranja, para cima.”
vermelho}
E = {1, 2, 3, 4, 5, 6} #E=6

70
UNIDADE 1 Revisões

4. Experiência aleatória: “Extrair, ao acaso, uma carta de um baralho completo e anotar 2 Indica o espaço amostral
o naipe dessa carta.” das seguintes experiências
E = {copas, espadas, ouros, paus} #E=4 aleatórias.
a) “Lançar uma moeda e
5. Experiência aleatória: “Extrair, ao acaso, uma carta de um baralho completo e anotar
de seguida um dado e
a carta saída.” verificar as faces que
E = {ás de copas, ás de paus, ás de espadas, ás de ouros, dama de copas, …, dama de ficam voltadas para cima.”
ouros} # E = 52 b) “Perguntar a três
pessoas, ao acaso, se
6. Experiência aleatória: “Lançar dois dados equilibrados, um preto e um branco, e verificar são a favor ou contra
as faces que ficam voltadas para cima.” (apenas com essas duas
Para determinarmos o espaço amostral, vamos construir uma tabela de dupla entrada opções) a adoção de
crianças por casais
(esquema que facilita a contagem dos casos):
homossexuais.”
c) “Lançar dois dados
Dado branco
equilibrados e verificar
1 2 3 4 5 6 as pontuações das faces
que ficam voltadas para
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6) cima.”

2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6)

3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6)


Dado
preto 3 Dois jogadores, A e B,
4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6)
disputam um torneio de
damas; vence o jogador
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)
que ganhar dois jogos
6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6) consecutivos ou um total
de cinco jogos.
Supondo que não há
E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6),
empates, de quantas
(3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (5, 1), maneiras diferentes se
(5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)} pode desenrolar o torneio?
# E = 6 ¥ 6 = 36
7. Experiência aleatória: “Lançar três moedas equilibradas ao ar e anotar as faces que
ficam voltadas para cima.”
PROFESSOR
Um esquema muito útil para determinar o espaço amostral desta experiência aleatória
é o diagrama em árvore. Soluções
2.
Consideremos N: “face nacional” e E: “face europeia”.
a) E = {(N, 1), (N, 2), (N, 3),

1.a moeda 2.a moeda 3.a moeda Resultados possíveis (N, 4), (N, 5), (N, 6), (E, 1),
(E, 2), (E, 3), (E, 4), (E, 5), (E, 6)}
N (N, N, N) b) E = {(F, F, F), (F, F, C),
N (F, C, F), (F, C, C), (C, F, F),
E (N, N, E)
N (C, F, C), (C, C, F), (C, C, C)}
N (N, E, N) c) E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4),
E
E (N, E, E) (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), (2, 3),
N (E, N, N) (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2),
N (3, 3), (3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1),
E (E, N, E)
E (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6),
N (E, E, N) (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5),
E
E (E, E, E) (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4),
(6, 5), (6, 6)}
E = {(N, N, N), (N, N, E), (N, E, N), (N, E, E), (E, N, N), (E, N, E), (E, E, N), (E, E, E)}
3. 18
#E=2¥2¥2=8

71
TEMA II Probabilidades

4 Considera a experiência 1.2. Acontecimentos


aleatória que consiste em
escolher, ao acaso, uma
família com três filhos e Definição
anotar o sexo de cada um,
considerando a ordem Cada um dos subconjuntos do espaço amostral de uma experiência aleatória de-
pela qual nasceram. signa-se por acontecimento. Os elementos de um acontecimento designam-se por
Seja F: “o filho é do sexo
casos favoráveis a esse acontecimento.
feminino” e M: “o filho é
do sexo masculino”.
a) Indica o espaço amostral.
b) Dá exemplo de um Definição
acontecimento:
i) elementar; O conjunto vazio designa-se por acontecimento impossível.
ii) composto;
iii) certo.
c) Indica o subconjunto
Definição
do espaço amostral
associado a cada um dos
acontecimentos seguintes. O espaço amostral designa-se por acontecimento certo.
i) “Ter exatamente um
filho do sexo feminino.”
ii) “Ter pelo menos um
Definição
filho do sexo
feminino.”
iii) “Ter no máximo dois Se existir apenas um caso que lhe seja favorável, o acontecimento designa-se por
filhos do sexo elementar.
feminino.”
iv) “Ter no mínimo dois
filhos do sexo
feminino.” Definição
v) “Não ter nenhum
filho do sexo Se existir mais do que um caso que lhe seja favorável, o acontecimento designa-se
feminino.” por composto.

PROFESSOR
Consideremos a experiência aleatória que consiste no lançamento de
Soluções um dado tetraédrico e na anotação do número da face que fica voltada
4. a) {(F, F, F), (F, F, M), para baixo.
(F, M, F), (F, M, M), (M, F, F),
(M, F, M), (M, M, F), (M, M, M)} Temos que E = {1, 2, 3, 4}.
b) Por exemplo: i) “os três filhos
serem rapazes.” ii) “ter pelo
Em relação a esta experiência aleatória, podem ser definidos vários acontecimentos,
menos dois rapazes.” iii) “ter como, por exemplo:
pelo menos um rapaz ou uma
rapariga.”
• A: “Sair um número múltiplo de 8.”
c) i) {(F, M, M), (M, F, M),
(M, M, F)} ii) {(F, M, M), A=Ø #A=0
(M, F, M), (M, M, F), (F, F, M),
(F, M, F), (M, F, F), (F, F, F)} Este acontecimento é um acontecimento impossível, uma vez que nunca ocorre.
iii) {(M, M, M), (F, M, M),
(M, F, M), (M, M, F), (F, F, M), • B: “Sair um número natural inferior a 10.”
(F, M, F), (M, F, F)} iv) {(F, F, M),
(F, M, F), (M, F, F), (F, F, F)} B = {1, 2, 3, 4} = E #B=#E
v) {(M, M, M)}
Este acontecimento é um acontecimento certo, pois ocorre sempre.

72
UNIDADE 1 Revisões

• C: “Sair um número múltiplo de 4.” C = {4} #C=1


Este acontecimento é um acontecimento elementar.

• D: “Sair número ímpar.” D = {1, 3} #D>1


Este acontecimento é um acontecimento composto.

1.3. Operações com acontecimentos


O facto de existir um paralelismo entre conjuntos e acontecimentos permite-nos efetuar 5 Considera E = {0, 1, 2, 3,
operações com acontecimentos. 4, 5, 6, 7, 8}, o espaço
amostral de uma
Consideremos a experiência aleatória que consiste no lançamento de um dado cúbico e experiência aleatória.
no registo da face que fica voltada para cima e os seguintes acontecimentos: Sejam A e B dois
acontecimentos tais que:
A: “Sair um número primo.” A = {2, 3, 5} A = {0, 1, 7, 8} e
B: “Sair um número par.” B = {2, 4, 6} B = {1, 3, 5, 7}.
C: “Sair um número ímpar.” C = {1, 3, 5} Representa, sob a forma
de conjuntos, os
D: “Sair o número um.” D = {1}
acontecimentos:
a) A ∂ B
Definição b) A © B
c) √A
Designa-se por acontecimento reunião (ou união) de A com B o acontecimento que d) A © √B
se realiza quando se verifica A ou B e representa-se por A ∂ B. e) √A © B

E Nota
No exemplo acima:
Quando em linguagem
A B A ∂ B: “Sair um número primo ou um número par.” corrente se utiliza ou,
A ∂ B A ∂ B = {2, 3, 5} ∂ {2, 4, 6} = {2, 3, 4, 5, 6} matematicamente
considera-se que pode
ocorrer apenas A,
apenas B, ou ambos.

Definição

Designa-se por acontecimento interseção de A com B o acontecimento que se veri-


fica quando se realiza A e B em simultâneo e representa-se por A © B.

E
No exemplo:
B
A A © B: “Sair um número primo e um número par.”
A©B PROFESSOR
A © B = {2, 3, 5} © {2, 4, 6} = {2}
Soluções
5.
a) {0, 1, 3, 5, 7, 8} b) {1, 7}
B © D: “Sair um número par e sair o número um.” B © D = {2, 4, 6} © {1} = Ø
c) {2, 3, 4, 5, 6} d) {0, 8}
Os acontecimentos B e D são acontecimentos que nunca ocorrem em simultâneo. e) {3, 5}
Dizem-se acontecimentos disjuntos.

73
TEMA II Probabilidades

6 Uma roda de um jogo Definição


encontra-se dividida em
três setores de igual Sejam A e B acontecimentos num espaço amostral E.
amplitude, numerados Os acontecimentos A e B dizem-se disjuntos, incompatíveis ou mutuamente exclu-
de 1 a 3, como mostra
a figura.
sivos se são acontecimentos que nunca ocorrem em simultâneo, isto é, a realização
de um deles implica a não realização do outro. Os acontecimentos A e B dizem-se
disjuntos se e só se A © B = Ø.
2

1
Observa que B © C = {2, 4, 6} © {1, 3, 5} = Ø e B ∂ C = {2, 4, 6} ∂ {1, 3, 5} = E.
3 B e C dizem-se acontecimentos contrários.

Definição
A roda é colocada a girar
duas vezes. De cada vez, Sejam A e B acontecimentos num espaço amostral E.
a pontuação obtida é o
Os acontecimentos A e B dizem-se contrários se A © B = Ø e A ∂ B = E.
número para o qual a seta
está a apontar. Calcula a
probabilidade dos
seguintes acontecimentos.
a) “As pontuações obtidas
1.4. Lei de Laplace
são iguais.”
b) “Nenhuma pontuação Definição
é 2.”
c) “Pelo menos uma Definição de Laplace de probabilidade
pontuação é 3.” Numa experiência aleatória onde os casos possíveis são em número finito e equi-
d) “Nenhuma pontuação prováveis, a probabilidade de um acontecimento A é dada pelo quociente entre o
é 2 e ambas as número de casos favoráveis a esse acontecimento e o número de casos possíveis.
pontuações são iguais.”
e) “Nenhuma pontuação P(A) = N.º de casos favoráveis a A = #A
N.º de casos possíveis #E
é 2 ou ambas as
pontuações são iguais.”

Exemplos

1. Na experiência aleatória que consiste na extração de uma carta de um baralho com-


pleto, a probabilidade de se extrair uma figura (dama, valete e rei) é 12 = 3 .
52 13
2. Na experiência aleatória que consiste na extração de uma bola de um saco contendo
duas bolas verdes, quatro bolas vermelhas e três bolas azuis, a proba-
bilidade de sair bola verde é 2 .
PROFESSOR 9 2
1
3. Na experiência aleatória que consiste em fazer girar uma vez a
Apresentação roleta, que se encontra dividida em quatro setores iguais, como
“Revisões”
4
Teste interativo mostra a figura ao lado, a probabilidade de a seta apontar para 3
“Revisões”
um número ímpar é 2 = 1 .
Soluções 4 2
6. 4. Na experiência aleatória que consiste em fazer girar duas vezes a roleta do exemplo
1 4 5
a)
3
b)
9
c)
9 anterior, a probabilidade de se obter dois números iguais é 4 = 1 , pois, neste caso:
16 4
2 5
d)
9
e)
9
E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4),
(4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4)}

74
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

UNIDADE 2
Espaços de probabilidade

A probabilidade que acabámos de rever, e que iremos continuar a usar na maior parte Recorda
deste tema, trata-se de um caso particular da situação geral que vamos desenvolver nesta
Seja E um conjunto.
unidade.
O conjunto formado pelos
Vamos introduzir agora o conceito geral de probabilidade e demonstrar algumas pro- subconjuntos de E
priedades comuns. designa-se por conjunto
das partes de E e
representa-se por P (E).

2.1. Probabilidade no conjunto P (E) e espaço de Por exemplo, se E = {0, 1},


então P (E) = {∅, {0}, {1}, E}.
probabilidade
Consideremos o conjunto finito E = {a, b}, com a ≠ b. Já sabes que P (E) = {∅, {a}, {b}, E}
(conjunto das partes de E).
Façamos corresponder a cada elemento de P (E) um número não negativo, como por
exemplo:
∅"0
{a} " 1
4
{b} " 3
4
E"1
ou seja:
• P(∅) = 0
• P({a}) = 1
4
• P({b}) = 3
4
• P(E) = 1

Acabámos de definir uma função P tal que:


• P(E) = 1;
• para A, B ∈P (E) (acontecimentos) se A ∩ B = ∅, então P(A ∪ B) = P(A) + P(B).

Vejamos:
• P(∅ ∪ {a}) = P({a}) = 1 = 0 + 1 = P(∅) + P({a})
4 4 PROFESSOR
• P(∅ ∪ {b}) = P({b}) = 3 = 0 + 3 = P(∅) + P({b})
4 4
Resolução
• P({a} ∪ {b}) = P({a, b}) = P(E) = 1 = 1 + 3 = P({a}) + P({b}) Todos os exercícios de “Espaços de
4 4 probabilidade”
• P(∅ ∪ E) = P(E) = 1 = 0 + 1 = P(∅) + P(E)

75
TEMA II Probabilidades

7 Seja E = {1, 2}. Definição


Define duas
probabilidades distintas Seja E um conjunto finito, não vazio. Uma função P de domínio P (E), e de valores
no conjunto P (E). não negativos, é chamada uma probabilidade no conjunto P (E) se:
• P(E) = 1;
• para A, B ∈P (E) disjuntos, P(A ∪ B) = P(A) + P(B).

No contexto da definição anterior, designa-se:


• para A e P (E), P(A) por probabilidade do acontecimentos A;
• o conjunto E por espaço amostral ou universo dos resultados;
• o conjunto P (E) por espaço dos acontecimentos;
• os elementos de P (E) por acontecimentos;
• o terno (E, P (E), P) por espaço de probabilidade.

Da definição acima resulta que é possível definir várias probabilidades diferentes para
o mesmo domínio P (E).

Exemplos

1. Consideremos o conjunto finito E = {1, 2, 3} e a seguinte probabilidade P no conjunto


P (E) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, E}:
P(∅) = 0 P(E) = 1 P({1}) = 2 P({2}) = 1 P({3}) = 1
3 6 6
Para todo o A ∈P (E), não vazio, P(A) é igual à soma das probabilidades dos aconteci-
mentos elementares definidos pelos elementos pertencentes a A.
A função P assim definida é uma probabilidade no conjunto P (E) e (E, P (E), P) é um
espaço de probabilidade.

2. Consideremos a experiência aleatória que consiste no lançamento de um dado equi-


librado, com as faces numeradas de 1 a 6, e verificar a face que fica voltada para cima.
Sejam:
• E = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
PROFESSOR
• P(∅) = 0
PRB12_1.1 • P(E) = 1

Solução • P({1}) = P({2}) = P({3}) = P({4}) = P({5}) = P({6}) = 1


6
7. Por exemplo:
P(∅) = 0, P({1}) =
5
, P({2}) =
1 • para todo o A ∈P (E), não vazio, P(A) é igual à soma das probabilidades dos aconte-
6 6
e P(E) = 1 cimentos elementares definidos pelos elementos pertencentes a A.
Ou, por exemplo:
1 1
P(∅) = 0, P({1}) =
2
, P({2}) =
2 A função P assim definida é uma probabilidade no conjunto P (E) e (E, P (E), P) é um
e P(E) = 1
espaço de probabilidade.

76
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

2.2. Acontecimentos e regra de Laplace 8 Consideremos o conjunto


finito E = {a, b, c} e a
seguinte probabilidade P no
Definições conjunto P (E) = {∅, {a}, {b},
{c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, E}:
Dados um conjunto finito, não vazio, E e uma probabilidade P no conjunto P (E), de- P(∅) = 0 P(E) = 1
signa-se por: 2 1
P({a}) = P({b}) =
3 6
• acontecimento impossível o conjunto vazio; 1
P({c}) =
6
• acontecimento certo o conjunto E.
Para todo o A ∈P (E), não
vazio, P(A) é igual à soma
das probabilidades dos
Definições acontecimentos
elementares definidos
Dados um conjunto finito, não vazio, E e uma probabilidade P no conjunto P (E), dois pelos elementos
pertencentes a A.
acontecimentos designam-se por:
a) Dá exemplo de um:
• incompatíveis ou mutuamente exclusivos se forem disjuntos;
i) acontecimento certo;
• complementares ou contrários se forem disjuntos e a respetiva união for igual a E; ii) acontecimento
impossível.
• equiprováveis se tiverem a mesma probabilidade.
b) Dá exemplos de dois:
i) acontecimentos
incompatíveis;
ii) acontecimentos
O acontecimento complementar ou contrário de A representa-se por √A.
contrários;
iii) acontecimentos
equiprováveis.
Exemplo

Consideremos o conjunto finito E = {1, 2, 3} e a seguinte probabilidade P no conjunto Nota


P (E) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, E}: Acontecimentos contrários
P(∅) = 0 P(E) = 1 P({1}) = 2 P({2}) = 1 P({3}) = 1 são incompatíveis, mas
3 6 6 acontecimentos
incompatíveis podem não
Para todo o A ∈P (E), não vazio, P(A) é igual à soma das probabilidades dos acontecimentos
ser contrários. Como podes
elementares definidos pelos elementos pertencentes a A. ver no exemplo ao lado,
{1} e {3} são acontecimentos
Verifica-se que:
incompatíveis e não são
• ∅ é o acontecimento impossível e E = {1, 2, 3} é o acontecimento certo; acontecimentos contrários,
já que {1} ∪ {3} = {1, 3} ≠ E.
• {1} e {3} são acontecimentos incompatíveis, pois {1} ∩ {3} = ∅;
• {1, 2} e {3} são acontecimentos contrários, pois {1, 2} ∩ {3} = ∅ e {1, 2} ∪ {3} = {1, 2, 3} = E;
• {2} e {3} são acontecimentos equiprováveis, pois P({2}) = P({3}). PROFESSOR

PRB12_1.2
PRB12_1.3

Definição Soluções
8.
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e um a) i) {a, b, c} ii) ∅
b) Por exemplo:
acontecimento A ⊂ E, designam-se por casos favoráveis a A os elementos de A e por
i) {a} e {c} ii) {b} e {a, c}
casos possíveis os elementos do espaço amostral E. iii) {b} e {c}

77
TEMA II Probabilidades

9 Considera um dado
No exemplo anterior, em que E = {1, 2, 3}, consideremos A = {1, 2} e B = {2}:
cúbico equilibrado, com as • 1, 2 e 3 são os casos possíveis e #E = 3;
faces pintadas com cores
diferentes, e a experiência • 1 e 2 são os casos favoráveis a A e #A = 2, diz-se que A é um acontecimento com-
aleatória que consiste em posto;
lançar três vezes
• 2 é o único caso favorável a B e #B = 1, diz-se que B é um acontecimento elementar.
consecutivas o dado
referido.
O acontecimento contrário Definição
do acontecimento “saírem
três faces de cor diferente”
Dados um conjunto finito, não vazio, E e uma probabilidade P no conjunto P (E), um
é:
acontecimento A designa-se por elementar quando #A = 1 e por composto quando
(A) “Saírem três faces da
mesma cor.” #A ≥ 2.
(B) “Saírem exatamente
duas faces com a
mesma cor.” Vejamos, agora, que a probabilidade que usaste desde o 9.º ano de escolaridade até
(C) “Saírem, pelo menos, agora, designada por definição de Laplace, é um caso particular de uma probabilidade
duas faces com a no conjunto P (E). Pela sua importância e utilidade, será a definição de probabilidade que
mesma cor.”
usaremos, quando nada for dito em contrário.
(D) “Saírem, no máximo,
duas faces com a
mesma cor.” Definição

Seja E um conjunto finito, não vazio. A função de probabilidade P de domínio P (E)


10 Indica, justificando, o definida por
valor lógico das seguintes
∀ A ∈P (E), P(A) = #A
proposições. #E
a) Se dois acontecimentos é designada por definição de Laplace.
são contrários, então
são incompatíveis.
b) Se dois acontecimentos
Decorre naturalmente da definição de Laplace que os acontecimentos elementares
são incompatíveis,
então são contrários. (acontecimentos constituídos por um só elemento) são equiprováveis, com probabilidade
igual a 1 .
#E
APRENDE FAZENDO
Reciprocamente, consideremos uma função de probabilidade P de domínio P (E) tal que
Págs. 116, 120, 121 e 123
Exercícios 1, 22, 23, 24, os acontecimentos elementares são equiprováveis.
25, 26, 27 e 32
Seja E = {e1, e2, …, en}. Se os n acontecimentos elementares {e1}, {e2}, …, {en} forem
equiprováveis, então P({e1}) = P({e2}) = … = P({en}) = 1 .
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
n
Pág. 19
Exercício 1 Seja A = {a1, a2, …, am} um acontecimento qualquer, com #A = k. Então, A é a união
de k acontecimentos elementares (necessariamente disjuntos), A = {a1} ∪ {a2} ∪ … ∪ {ak}.
PROFESSOR Por se tratar de uma função de probabilidade, P(A) = P({a1}) + P({a2}) + … + P({ak}), isto
PRB12_1.4 é, P(A) = P({a1}) + P({a2}) + … + P({ak}) = 1 + 1 + … + 1 = k = #A .
PRB12_1.5 n n n n #E

Soluções
k parcelas
9. Opção (C)
10. a) Proposição verdadeira. Logo, a função de probabilidade P em causa é a definida pela definição de Laplace,
b) Proposição falsa.
sendo esta definição a única em que os acontecimentos elementares são equiprováveis.

78
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

Exercícios resolvidos 11 Dos 116 alunos que


terminaram este ano o
1. Numa determinada universidade verificou-se que, de entre os 115 alunos do pri- curso de Medicina,
meiro ano do curso de Matemática com três disciplinas: sabe-se que:
• 56 se candidataram a
• 57 foram aprovados a Cálculo Infinitesimal; uma especialização em
• 45 foram aprovados a Álgebra; Cardiologia;
• 50 se candidataram a
• 87 foram aprovados a História da Matemática; uma especialização em
• 28 foram aprovados a Cálculo Infinitesimal e a Álgebra; Pediatria;

• 35 foram aprovados a Cálculo Infinitesimal e a História da Matemática; • 46 se candidataram a


uma especialização em
• 30 foram aprovados a Álgebra e a História da Matemática; Reumatologia;
• 15 foram aprovados a Cálculo Infinitesimal, a Álgebra e a História da Matemática. • 18 se candidataram a
Cardiologia e Pediatria;

Determina a probabilidade de, escolhendo um aluno ao acaso, este: • 16 se candidataram a


Cardiologia e
a) ter obtido aprovação apenas na disciplina de Álgebra; Reumatologia;
• 22 se candidataram a
b) ter obtido aprovação apenas a uma disciplina;
Pediatria e
c) não ter obtido aprovação a nenhuma disciplina. Reumatologia;
• 10 se candidataram às
três especializações.
Sugestão de resolução Determina a
probabilidade, de um
Consideremos: aluno, escolhido ao acaso:

E – “Conjunto dos alunos do primeiro ano do curso de Matemática.” a) não se ter candidatado
a nenhuma destas três
C – “Conjunto dos alunos que foram aprovados à disciplina de Cálculo Infini-
especializações;
tesimal.”
b) se ter candidatado
A – “Conjunto dos alunos que foram aprovados à disciplina de Álgebra.” apenas a uma destas
H – “Conjunto dos alunos que foram aprovados à disciplina de História da Ma- especializações;
temática.” c) se ter candidatado a
E pelo menos duas destas
Sabemos que 15 é o número de alunos que foram três especializações.
C A
aprovados às três disciplinas em simultâneo, logo
este número terá de ocupar o único lugar do dia-
15
grama que corresponde à interseção dos três con-
juntos.
H
• 30 – 15 = 15 é o número de alunos que foram
aprovados apenas às disciplinas de Álgebra e APRENDE FAZENDO
de História da Matemática; Págs. 122 e 123
E Exercícios 30 e 31
• 35 – 15 = 20 é o número de alunos que foram
C A
aprovados apenas às disciplinas de Cálculo In-
13
finitesimal e de História da Matemática;
15 PROFESSOR
20 15
• 28 – 15 = 13 é o número de alunos que foram
Soluções
aprovados apenas às disciplinas de Cálculo In- 11.
H
finitesimal e de Álgebra. 5 35 9
(continua) a) b) c)
58 58 29

79
TEMA II Probabilidades

12 Dois dados equilibrados Exercícios resolvidos


são lançados
simultaneamente e E
regista-se o número da • 87 – 15 – 15 – 20 = 37 é o número de alunos
C A
face voltada para cima em que foram aprovados apenas à disciplina de
cada dado. Calcula a 9 13 2
História da Matemática; 15
probabilidade de:
20 15
a) exatamente uma • 45 – 15 – 15 – 13 = 2 é o número de alunos
37
das pontuações obtidas que foram aprovados apenas à disciplina de Ál- H
ser 6;
gebra;
b) pelo menos uma
das pontuações obtidas • 57 – 15 – 20 – 13 = 9 é o número de alunos
ser 6; que foram aprovados apenas à disciplina de
c) nenhuma das Cálculo Infinitesimal.
pontuações obtidas
ser 6; E
• 115 – 15 – 15 – 20 – 13 – 37 – 2 – 9 = 4 é o
d) o produto dos números A
C
obtidos ser 8; número de alunos que não foi aprovado a ne-
9 13 2
e) o produto dos números nhuma das três disciplinas.
15
que saírem ser um 20 15
número ímpar; 37
f) a soma dos números 4 H
extraídos ser um
número primo;
g) a soma dos números Assim, por observação do diagrama, facilmente concluímos que as probabili-
obtidos ser 13; dades pretendidas são:
h) o número máximo
extraído ser maior ou a) P(“obter aprovação apenas na disciplina de Álgebra”) =
2
igual a 3. 115

b) P(“obter aprovação apenas a uma disciplina”) =


37 + 2 + 9 =
115

= 48
115

c) P(“não obter aprovação a nenhuma disciplina”) =


4
115

2. Um dado equilibrado é lançado duas vezes e regista-se o número das faces vol-
tadas para cima. Seja A o acontecimento: “A soma dos números saídos é 8.”
PROFESSOR Determina P(A).

Soluções
12. Sugestão de resolução
5 11 25
a) b) c)
18 36 36 Para calcular a probabilidade de A, comecemos por observar que o espaço
1 1 5 amostral E é constituído por todos os pares ordenados (i, j), onde i e j são números
d) e) f)
18 4 12
inteiros de 1 a 6.
8
g) 0 h)
9

80
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

13 Considera todos os
números compostos por
A tabela seguinte descreve todo o espaço amostral: três algarismos diferentes.
2.º lançamento Selecionando um deles ao
acaso, qual é a
1 2 3 4 5 6 probabilidade de este:
a) ter todos os algarismos
1 (1, 1) (1, 2) (1, 3) (1, 4) (1, 5) (1, 6)
pares;
2 (2, 1) (2, 2) (2, 3) (2, 4) (2, 5) (2, 6) b) ser divisível por 5;

3 (3, 1) (3, 2) (3, 3) (3, 4) (3, 5) (3, 6) c) (*) ser superior a 250.
1.º lança-
(*) Grau de dificuldade elevado
mento 4 (4, 1) (4, 2) (4, 3) (4, 4) (4, 5) (4, 6) Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
5 (5, 1) (5, 2) (5, 3) (5, 4) (5, 5) (5, 6)

6 (6, 1) (6, 2) (6, 3) (6, 4) (6, 5) (6, 6)

Por observação da tabela, # A = 5 e # E = 36.


Assim, aplicando a Lei de Laplace, P(A) = 5 .
36

3. Considera todos os números compostos por três algarismos. Selecionando um


deles ao acaso, qual é a probabilidade de ele ser divisível por 5, ter os algarismos
todos diferentes e a soma dos três algarismos ser um número par.

Sugestão de resolução

O número de casos possíveis corresponde ao número de números compostos


por três algarismos e é dado por 9 ¥ 10 ¥ 10 = 900, uma vez que o primeiro
algarismo não pode ser zero. Para determinar o número de casos favoráveis, tere-
mos que ter em consideração que existem quatro casos mutuamente exclusivos:
1.º caso: O algarismo das unidades é zero, o das dezenas é par e o das centenas
é par diferente do das dezenas:
P P 0
4 ¥ 3 ¥ 1 = 12 APRENDE FAZENDO
Págs. 116, 117, 122, 125,
2.º caso: O algarismo das unidades é zero e os algarismos das dezenas e das 129 e 130
centenas são ambos ímpares (diferentes entre si): Exercícios 3, 10, 28, 29,
40, 59 e 63
I I 0
5 ¥ 4 ¥ 1 = 20
CADERNO DE EXERCÍCIOS
3.º caso: O algarismo das unidades é 5, o das dezenas é ímpar, diferente de 5, E TESTES

e o das centenas é par diferente de zero: Pág. 20


Exercícios 3 e 4
P I 5
4 ¥ 4 ¥ 1 = 16
PROFESSOR
4.º caso: O algarismo das unidades é 5, o das dezenas é par e o das centenas
é ímpar diferente de 5: (*) Os graus de dificuldade elevados
correspondem a desempenhos que não
I P 5 serão exigíveis à totalidade dos alunos.

4 ¥ 5 ¥ 1 = 20 Soluções

Pela regra de Laplace, a probabilidade pedida é 20 + 20 + 16 + 12 = 68 = 17 .


13.
900 900 225 2 17 181
a) b) c)
27 81 216
(continua)

81
TEMA II Probabilidades

14 A Carolina dispõe de oito Exercícios resolvidos


cartas todas diferentes:
cinco cartas do naipe de 4. De um baralho completo extraem-se, ao acaso, sucessivamente e sem reposição,
copas e três cartas do quatro cartas que se dispõem em fila.
naipe de paus. A Carolina
vai dispor essas oito cartas
Qual é a probabilidade de as quatro cartas retiradas serem figuras?
sobre uma mesa, lado a
lado. Qual é a Sugestão de resolução
probabilidade de ela obter
uma sequência em que a Número de casos possíveis:
primeira e a última cartas
sejam ambas do naipe de
A experiência aleatória consiste em escolher, ordenadamente e sem repetição,
copas? Apresenta o quatro cartas de entre as 52.
resultado na forma de
Assim, 52A4 é o número total de maneiras distintas de o fazer.
fração irredutível.
Número de casos favoráveis:
Pretende-se saber o número de maneiras distintas de escolher, ordenadamente,
e sem repetição, quatro cartas de entre as 12 figuras existentes no baralho.
Assim, 12A4 é o número de casos favoráveis. Pela regra de Laplace:
12A 11 880 =
P(“as quatro cartas saídas serem figuras”) = 4 =
15 Qual é a probabilidade de 52A
4 6 497 400
um jogador, numa mão de
cinco cartas extraídas ao = 99
acaso de um baralho 54 145
completo, receber:
a) os quatro ases?
b) exatamente dois reis? 5. De um baralho de 52 cartas extraem-se, simultaneamente e ao acaso, cinco delas.
c) exatamente quatro Determina a probabilidade de exatamente duas dessas cinco cartas serem de
cartas pretas?
espadas?
d) pelo menos duas
damas?
Sugestão de resolução

Número de casos possíveis:


52C é o número de maneiras distintas de se extraírem simultaneamente cinco
5
cartas de entre as 52 cartas (nota que não interessa a ordem pela qual saem).
Número de casos favoráveis:
Temos que garantir a existência de duas e só duas cartas de espadas, isto é, do
conjunto de cinco cartas, duas são de espadas e três são de outro naipe.
Num baralho completo existem 13 cartas de espadas, logo 39 são de outros
naipes.
PROFESSOR Assim, para escolher as duas espadas, temos 13C2 maneiras distintas de o fazer,
Soluções
e temos 39C3 formas distintas de escolher as outras três cartas.
5 Assim, 13C2 ¥ 39C3 é o número de casos favoráveis. Pela regra de Laplace:
14.
14
2 ¥ C3
13C 39
15. P(“exatamente duas dessas cinco cartas serem de espadas”) = =
1 2162 52C
a) b) 5
54 145 54 145 = 712 842 = 9139
1495 2257 2 598 960 33 320
c) d)
9996 54 145

82
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

16 A Joana e mais cinco


6. A Vitória pretende colocar numa estante 12 DVD distintos: seis são da série Nú- amigos vão ao cinema.
meros, quatro da série Walking Dead e dois da série Guerra dos Tronos. Os bilhetes correspondem
Dispondo todos os DVD ao acaso, qual é a probabilidade de os DVD da mesma a seis lugares consecutivos
de uma dada fila. Sabendo
série ficarem todos juntos?
que os amigos vão
distribuir entre si os
bilhetes de forma
Sugestão de resolução
aleatória, qual é a
Número de casos possíveis: probabilidade de:
a) a Joana ficar com um
O número de casos possíveis é o número de formas de permutar 12 DVD dis-
bilhete correspondente
tintos, isto é,12!. a um lugar numa das
pontas?
Número de casos favoráveis: b) a Amélia e a Joana terem
Como se pretende que todos os DVD da mesma série fiquem juntos, podemos bilhetes correspondentes
a lugares seguidos?
pensar nos DVD de uma mesma série como um bloco, dentro do qual os seus
c) a Joana e a Luísa não
elementos podem permutar:
ficarem ao lado uma da
6! é o número de permutações dos DVD da série Números; 4! é o número de outra?
Caderno de Apoio às Metas
permutações dos DVD da série Walking Dead; 2! é o número de permutações Curriculares, 12.º ano
dos DVD da série Guerra dos Tronos.
Suponhamos que primeiro temos o bloco Números, no meio o bloco Walking
Dead e, por último, o bloco Guerra dos Tronos. Então, teríamos: 17 Considera uma grelha
quadrada com
N N N N N N W W W W G G
16 quadrículas.
  
Nesta grelha vão ser
6! ¥ 4! ¥ 2! colocadas, aleatoriamente,
8 fichas iguais, não mais do
que uma por quadrícula.
No entanto, os três blocos das séries podem trocar entre si de 3! maneiras dis-
Qual é a probabilidade de:
tintas:
a) as duas diagonais
Bloco N Bloco W Bloco G ficarem preenchidas?
Bloco N Bloco G Bloco W b) unicamente uma linha
ficar totalmente
Bloco W Bloco N Bloco G
preenchida?
Bloco W Bloco G Bloco N
c) ficarem preenchidas
Bloco G Bloco N Bloco W duas colunas?
Bloco G Bloco W Bloco N Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano

Assim, o número de casos favoráveis é 3! ¥ 6! ¥ 4! ¥ 2! = 207 360.

Pela regra de Laplace, temos:


PROFESSOR
P(“todos os DVD da mesma série ficarem juntos”) = 3! ¥ 6! ¥ 4! ¥ 2! =
12! Soluções

= 207 360 = 16.


479 001 600 a)
1
b)
1
c)
2
3 3 3
= 1
2310 17.
1 329 1
(continua)
a) b) c)
12 870 2145 2145

83
TEMA II Probabilidades

18 Considera o seguinte Exercícios resolvidos


problema:
Lança-se três vezes um 7. Considera o seguinte problema:
dado equilibrado, com as
faces numeradas de 1 a 6, 25 jovens (doze rapazes e treze raparigas) pretendem ir ao cinema. Chegados lá,
e somam-se os números verificam que existem apenas 20 bilhetes (para duas filas com dez lugares conse-
saídos. cutivos em cada uma delas). Comprados os 20 bilhetes, distribuem-nos ao acaso.
Qual é a probabilidade de Como é evidente, cinco jovens irão ficar sem bilhete.
a soma obtida ser igual a 6?
Uma resposta correta a Qual é a probabilidade de uma das filas ficar ocupada só com rapazes e a outra
3! + 4 só com raparigas?
este problema é .
63
Deves organizar a tua Uma resposta correta para este problema é:
composição de acordo 12C ¥ 13C10 ¥ 2 ¥ 10! ¥ 10!
10
com os tópicos referidos 25C ¥ 20!
20
no exercício resolvido.
Numa pequena composição, com cerca de 20 linhas, explica esta resposta.

Nota:
Deves organizar a tua composição de acordo com os seguintes tópicos:
• referência à regra de Laplace;
• explicação do número de casos possíveis;
19 Uma criança tem 28
peças de LEGO, todas de • explicação do número de casos favoráveis.
igual tamanho e forma, Adaptado de Exame Nacional, 2003, 1.a fase, 2.a chamada
sendo oito azuis e vinte
vermelhas. Pretende
colocá-las ao acaso em Sugestão de resolução
quatro filas horizontais,
cada uma com sete peças. De acordo com a regra de Laplace, a probabilidade de um acontecimento é
Qual é a probabilidade de igual ao quociente entre o número de casos favoráveis a esse acontecimento
uma fila horizontal ficar
só com peças azuis?
e o número de casos possíveis, quando estes são todos equiprováveis.
Uma resposta correta para Número de casos possíveis:
4
este problema é
148 005
. Existem 25C20 hipóteses diferentes de escolher 20, dos 25 jovens, para ir ao
Numa pequena cinema.
composição, explica esta
resposta. Para cada uma destas hipóteses, existem 20! possibilidades diferentes de esses
Deves organizar a tua 20 jovens ocuparem os 20 lugares disponíveis.
composição de acordo
com os tópicos referidos Número de casos favoráveis:
no exercício resolvido. Existem 12C10 ¥ 13C10 maneiras diferentes de escolher dez, dos doze rapazes,
e dez, das treze raparigas, para irem ao cinema.
Para cada uma destas maneiras, existem duas formas distintas de esses jovens
ocuparem as duas filas, de acordo com o enunciado (os rapazes podem ficar
na fila da frente e as raparigas na fila de trás, ou ao contrário).
Para cada uma destas duas hipóteses, existem 10! maneiras diferentes de os
dez rapazes ocuparem os dez lugares da sua fila e, de igual modo, existem 10!
modos diferentes de as dez raparigas ocuparem os dez lugares da sua fila.
APRENDE FAZENDO Adaptado de GAVE
Pág. 131
Exercício 66

84
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

20 Unindo os pontos médios


8. Observa a figura, onde está representado um prisma pentagonal regular. As letras das arestas consecutivas
A, B, E e O correspondem a quatro vértices da figura. de um cubo, obtém-se o
A
cuboctaedro da figura.
B
a) Pretende-se designar os restantes seis vértices do prisma, utili-
O
zando letras do alfabeto português (23 letras). De quantas ma- 1
neiras diferentes o podemos fazer, de tal modo que os cinco
2
vértices de uma das bases sejam designados pelas cinco vogais?
E
Nota: Não se pode utilizar a mesma letra para designar vértices diferentes.

b) Ao escolhermos três vértices do prisma, pode acontecer que eles pertençam O sólido é constituído por
14 faces, (seis são
todos a uma mesma face. Por exemplo, os vértices A, B e O pertencem todos a quadrados e oito são
uma mesma face, o mesmo acontecendo com os vértices A, E e O. triângulos) e duas das
faces já estão numeradas
Escolhem-se aleatoriamente três dos dez vértices do prisma. Qual é a probabi-
com os números 1 e 2.
lidade de esses três vértices pertencerem todos a uma mesma face? Apresenta o a) Pretende-se numerar as
resultado na forma de fração irredutível. 12 faces não
numeradas, com os
c) Escolhe-se aleatoriamente um vértice em cada base do prisma. Qual é a proba- números de 3 a 14 (um
bilidade de o segmento de reta definido por esses dois vértices ser diagonal de número diferente em
cada face). De quantas
uma face? Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.
maneiras o poderemos
Adaptado de Teste Intermédio, 2009, GAVE fazer de forma que:
i) nas faces que são
quadrados fiquem só
Sugestão de resolução
números primos?
ii) a soma dos números
a) Existem duas maneiras diferentes de colocar as vogais I e U na base, em que
colocados nas faces
três dos vértices são as vogais A, E e O. que são quadrados
Para cada um destas maneiras, existem 17A4 maneiras de designar os quatro seja ímpar?
b) Pretende-se pintar as 14
vértices em falta da outra base (por haver ainda 17 letras disponíveis). faces, dispondo para tal
Assim, o número de maneiras diferentes de designar os seis vértices é de 15 cores diferentes,
sendo uma delas o lilás.
2 ¥ 17A4 = 114 240.
Cada face é colorida
com uma só cor. O
b) Número de casos possíveis: sólido vai ser colorido
ao acaso, podendo
Existem 10C3 maneiras diferentes de escolher três vértices de um total de dez.
qualquer cor colorir
Número de casos favoráveis: qualquer face.
Determina a
O prisma representado tem sete faces, duas das quais são bases. Cada uma probabilidade de
das bases tem cinco vértices e as restantes cinco faces tem quatro vértices. exatamente quatro faces
Para que os três vértices pertençam todos a uma mesma face, duas situações ficarem coloridas de
lilás e as restantes faces
mutuamente exclusivas podem ocorrer: ou pertencem a uma das bases ou com cores distintas.
pertencem a uma das outras faces. No primeiro caso, temos de escolher uma Apresenta o resultado
base, de entre duas, e, para cada uma delas, temos de escolher três vértices, na forma de dízima,
arredondado com cinco
de entre cinco, pelo que existem 2 ¥ 5C3 maneiras diferentes de o fazer.
casas decimais.
No segundo caso, temos de escolher uma face, de entre cinco, e, para cada
uma delas, temos de escolher três vértices, de entre quatro, pelo que existem PROFESSOR
5 ¥ 4C3 maneiras diferentes de o fazer.
Soluções
Assim, o número de casos favoráveis é 2 ¥ 5C3 + 5 ¥ 4C3.
20.
A probabilidade pedida é 2 ¥ C310+ 5 ¥ C3 = 1 .
5 4
a) i) 604 800 ii) 239 500 800
C3 3 (continua)
b) 0,000 12

85
TEMA II Probabilidades

Exercícios resolvidos

c) Número de casos possíveis:


Cada uma das duas bases do prisma representado tem cinco vértices. Como
se escolhe um vértice de cada base, o número de casos possíveis é 5 ¥ 5.
Número de casos favoráveis:
Para ser diagonal de uma face, o segmento de reta definido pelos dois vértices
só pode ser diagonal de uma das cinco faces laterais. Como cada uma dessas
faces tem duas diagonais, o número de casos favoráveis é 2 ¥ 5.
Assim, a probabilidade pedida é 2 ¥ 5 = 2 .
5¥5 5
Adaptado de GAVE

21 Um saco contém várias


bolas indistinguíveis ao
tato, das quais duas são
brancas e as restantes são
9. Uma banda de música é constituída por rapazes e raparigas, sendo que seis são
azuis. Retiraram-se,
simultaneamente e ao raparigas. Pretende-se formar uma comissão com dois elementos da banda. A pro-
acaso, três bolas desse babilidade de a comissão ser constituída por músicos do mesmo sexo é 7 .
saco. 15
A probabilidade de sair Determina o número de rapazes.
1
uma bola azul é . Para resolver este problema, percorre as seguintes etapas:
7
Determina o número de • equaciona o problema;
bolas azuis.
Para resolver este • resolve a equação.
problema, percorre as
seguintes etapas:
• equaciona o problema; Sugestão de resolução
• resolve a equação.
Seja n o número de rapazes. Tem-se que:
n(n – 1)
APRENDE FAZENDO 15 +
6C + nC 2
Págs. 118, 119, 125, 126,
2
n + 6C
2 = 7 ⇔ = 7
130 e 131 2 15 (n + 6)(n + 5) 15
Exercícios 13, 14, 15, 16, 2
17, 19, 20, 21, 41, 42, 43,
2
44, 45, 46, 62, 64, 65 e 67 ⇔ 230 + n – n = 7
n + 11n + 30 15
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES ⇔ 15 ¥ (30 + n2 – n) = 7(n2 + 11n + 30)
Pág. 20
Exercício 6 ⇔ 15n2 – 15n + 450 = 7n2 + 77n + 210
⇔ 8n2 – 92n + 240 = 0
PROFESSOR
⇔ n = 92 ± √∫(∫–∫9∫2∫)∫ ∫ ∫–∫ 4
2 ∫ ∫¥ ∫ ∫8
∫ ∫¥
∫ ∫2
∫ ∫4∫0
16
Resolução
Essencial para o Exame – exercício 20 ⇔ n = 4 ∨ n = 7,5
Simulador
GeoGebra: As diagonais do prisma
Como n ∈N, então n = 4. Logo, há quatro rapazes na banda.
Solução
21. 5

86
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

2.3. Propriedades das probabilidades


Vamos conhecer algumas propriedades comuns a qualquer probabilidade P no conjunto 22 De um baralho de cartas
P (E) e que resultam da própria definição. completo extraem-se,
aleatoriamente e sem
reposição, duas cartas.
Determina a
Teorema 1
probabilidade de não
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e um saírem dois reis.
acontecimento A ∈P (E): Apresenta o resultado
sob a forma de fração
P(_A) = 1 – P(A) irredutível.

Demonstração
Como os acontecimentos _A e A são contrários, então A ∂ _A = E(1) e A © _A = ∅.
Assim:
P(A ∂ _A ) = P(A) + P(_A ) (pela definição de probabilidade, visto que A © _A = ∅)
(1) ⇔ P(E) = P(A) + P(_A )

⇔ 1 = P(A) + P(_A ) (pela definição de probabilidade)


⇔ P(_A ) = 1 – P(A)
23 Num saco encontram-se
duas bolas pretas, três
bolas brancas e cinco
Teorema 2 bolas azuis, indistinguíveis
ao tato. O Sr. João extrai,
Dados um conjunto finito, não vazio, E e uma probabilidade P no conjunto P (E):
sem reposição, duas
P(∅) = 0 dessas bolas.
Qual é a probabilidade de
sair pelo menos uma bola
Demonstração branca?
Apresenta o resultado sob
Tem-se que P(∅) = P(_E ) = 1 – P(E) = 1 – 1 = 0. a forma de fração
irredutível.

Teorema 3
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e dois
acontecimentos A, B ∈P (E):
Se A ⊂ B, então P(B\A) = P(B) – P(A).

Demonstração E
PROFESSOR
Se A ⊂ B, então B = A ∪ (B\A), onde A ∩ (B\A) = ∅. B
PRB12_1.6
A PRB12_1.7
Portanto: B\ A

P(A ∪ (B\A)) = P(A) + P(B\A) Soluções


† 22.
220
(por definição de probabilidade) 221
8
⇔ P(B) = P(A) + P(B\A) 23.
15
⇔ P(B\A) = P(B) – P(A)

87
TEMA II Probabilidades

Corolário (Monotonia da probabilidade)


Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e dois
acontecimentos A, B ∈P (E):
Se A ⊂ B, então P(A) ≤ P(B).

Demonstração
Se A ⊂ B, então P(B\A) = P(B) – P(A), isto é, P(A) = P(B) – P(B\A).
Porque P é uma probabilidade, P(B\A) é um número não negativo, isto é, P(B\A) ≥ 0,
donde vem que P(A) ≤ P(B).

Teorema 4
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e um
acontecimento A ∈P (E):
P(A) ∈[0, 1]

Demonstração
Seja A ∈P (E) qualquer. Por um lado, porque P é uma probabilidade, P(A) é um número
não negativo, isto é, P(A) ≥ 0.
Por outro lado, como A ⊂ E, pela monotonia da probabilidade, então P(A) ≤ P(E), isto
é, P(A) ≤ 1.
Logo, vem que 0 ≤ P(A) ≤ 1.

Teorema 5
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e dois
acontecimentos A, B ∈P (E):
P(A) = P(A ∩ B) + P(A ∩ √B )

Demonstração
Tem-se que A = (A ∩ B) ∪ (A\B), com (A ∩ B) ∩ (A\B) = ∅.
E

A B

PROFESSOR A\ B A∩B

PRB12_1.7
PRB12_1.8

88
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

Assim: 24 Sejam A e B dois


acontecimentos do mesmo
P((A ∩ B) ∪ (A\B)) = P(A ∩ B) + P(A\B) (por definição de probabilidade)
espaço amostral tais que:
⇔ P(A) = P(A ∩ B) + P(A\B) • P(_A ) = 3x
1
⇔ P(A) = P(A ∩ B) + P(A ∩ √B ) (A\B = A ∩ √B ) •P(B) =
2
• P(A ∂ B) = 9x
• P(A © B) = 3x
Determina x.
Teorema 6
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e dois 25 Seja E = { , , }o
acontecimentos A, B ∈P (E): espaço amostral associado
a uma experiência
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
aleatória.
Sabe-se que:
7
P({ , }) + P({ , }) =
6
Demonstração Determina P({ }).
Tem-se que A ∪ B = (A\B) ∪ (A ∩ B) ∪ (B\A), com A\B, A ∩ B e B\A disjuntos dois a
dois. 26 Indica, justificando, se é
E
verdadeiro ou falso que,
para qualquer espaço
A B amostral e quaisquer
acontecimentos A e B nesse
A\ B A ∩ B B \ A espaço amostral, se tem:
a) P(A ∂ B) ≤ P(A) + P(B)
b) Se 1 – P(A) = P(B),
então A e B são
acontecimentos
contrários.
Pelo teorema anterior, sabemos que: c) Se P(A) + P(B) = 1,
então A © B = ∅.
• P(A) = P(A ∩ B) + P(A ∩ √B ), isto é, P(A) = P(A\B) + P(A ∩ B);
• P(B) = P(A ∩ B) + P(B ∩ √A ), isto é, P(B) = P(B\A) + P(A ∩ B). APRENDE FAZENDO
Págs. 116, 117 e 130
Exercícios 2, 7, 8, 9 e 61

Adicionando, membro a membro, as últimas igualdades, tem-se: CADERNO DE EXERCÍCIOS


E TESTES
P(A) + P(B) = P(A\B) + P(A ∩ B) + P(B\A) + P(A ∩ B) Pág. 20
Exercícios 2 e 5
⇔ P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = P(A\B) + P(A ∩ B) + P(B\A)

⇔ P(A) + P(B) – P(A ∩ B) = P(A ∪ B) PROFESSOR

PRB12_1.9
PRB12_1.10

Nota Soluções
24. 0,1
Apesar de o estudo de espaços amostrais E infinitos não fazer parte do âmbito do 1
25.
Programa, estes existem. Assim, é possível definir, nessa situação, uma probabilidade 6
P no conjunto P (E) cujas propriedades são generalizações das propriedades que 26.
a) Verdadeiro. b) Falso.
acabámos de estudar, no caso em que E é finito.
c) Falso.

89
TEMA II Probabilidades

27 Dados um conjunto finito, Exercícios resolvidos


não vazio, E, uma
probabilidade P em P (E) 1. Sejam E um conjunto finito, P uma probabilidade em P (E) e sejam A e B dois acon-
e dois acontecimentos
tecimentos no espaço amostral E.
A, B ∈ P (E) tais que:
7
Sabe-se que:
• P(A ∂ B) =
8 3
1
• P(_A ) =
• P(A © B) = 4
4
1
• P(_A ) =
5 • P(B) =
8 3
1
Calcula: • P( _A ∂ _B ) =
6
a) P(B)
b) P(A © _B )
Calcula:
c) P(_A ∂ _B ) a) P(A ∂ B)

(
b) P _A © _B )

Sugestão de resolução
28 Dados um conjunto finito
E, uma probabilidade P em a) Sabemos que:
P (E) e dois acontecimentos P(_A) =
3
⇔ P(A) = 1 –
3
A, B ∈ P (E) tais que: 4 4
• P(A) = 0,3
1
• P(A ∩ B) = 0,2
⇔ P(A) =
4
•P(_B ) = 0,3 e:
Determina:
_ ∂ _B ) = 1 ⇔ P( _A © _B ) = 1
P( A
(
a) P _A ∪ _B ) 6 6
b) P(A ∪ B)
1
Caderno de Apoio às Metas ⇔ P(A © B) =
Curriculares, 12.º ano 6
Assim:
P(A ∂ B) = P(A) + P(B) – P(A © B) =
1 1 1
= + – =
4 3 6
(¥3) (¥4) (¥2)

3 4 2
= + – =
12 12 12
5
=
PROFESSOR 12

Resolução
(
b) P _A © _B ) = P(A_ ∂ B ) =
Essencial para o Exame – exercício 28
= 1 – P(A ∂ B) =
Soluções
5 7
27. =1– =
# 12 12
3 1 3
a) b) c)
4 8 4 (pela alínea anterior)
28.
a) 0,8 b) 0,8

90
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

29 No próximo jogo de
2. Dados um conjunto finito E, uma probabilidade P em P (E) e dois acontecimentos futebol, disputado entre o
1 5
possíveis e equiprováveis A, B ∈P (E) tais que P(A © B) = e P(A ∂ B) = , determina: Real Madrid e o
3 6 Barcelona, sabe-se que a
a) P(A) probabilidade de o Real
Madrid ganhar o jogo é o
(
b) P _A ∂ _B ) dobro da probabilidade
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano de haver um empate e que
a probabilidade de haver
Como A e B são acontecimentos equiprováveis, P(A) = P(B). um empate é o triplo da
probabilidade de
a) Sabemos que: o Barcelona ganhar.
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) Nestas condições, qual é a
probabilidade de:
Logo:
a) o Real Madrid ganhar?
5 1 5 1
= P(A) + P(A) – ⇔ 2P(A) = + b) o Real Madrid perder?
6 3 6 3
7
⇔ 2P(A) =
6
7
⇔ P(A) =
12 30 Dados um conjunto finito
E, uma probabilidade P em
( ) (
b) P _A ∪ _B = P A –∩– B = ) P (E) e dois acontecimentos
A, B ∈ P (E), prova que:
= 1 – P(A ∩ B) =
1 (√ ∩B
a) P(A) + P(B) + P A √ = )
=1– = = 1 + P(A ∩ B )
3
2 ( )
b) P √A ∪ √B =
=
3 = P(A
√ ) – P(B) + P(A ∪ B)
( ) ( √ ∪B
√ +P A
c) P(B) + P A √ = )
3. Num dado viciado, a probabilidade de a face 5 ficar voltada para cima é o triplo = 2P(√A ) + P(A ∪ B)
da probabilidade de sair cada uma das outras faces.
Qual é a probabilidade de sair face ímpar no lançamento desse mesmo dado?

Sugestão de resolução

Temos que ter em consideração que os acontecimentos elementares “sair face


1”, “sair face 2”, …, “sair face 6” são disjuntos, e à sua união corresponde
todo o espaço amostral.
Seja x = P({1}) = P({2}) = P({3}) = P({4}) = P({6}). Então:
P({1}) + P({2}) + P({3}) + P({4}) + P({5}) + P({6}) = 1
ou seja:
1
x + x + x + x + 3x + x = 1 ⇔ x =
8
Logo:
P(“sair número ímpar”) = P({1}) + P({3}) + P({5}) =
1 1 1
= + +3¥ = PROFESSOR
8 8 8
5 Soluções
=
8 (continua) 29.
a) 0,6 b) 0,1

91
TEMA II Probabilidades

Exercícios resolvidos

4. Dados um conjunto finito E, uma probabilidade P em P(E) e dois acontecimentos


A, B ∈ P(E), prova que:
( )
a) P(A ∩ B) + P _A ∪ _B = 1

b) P(A) + P(B) ≥ P(A ∪ B)

(*) grau de dificuldade elevado ( ) (


c) (*) P(A) – P _B = P(A ∩ B) – P _A ∩ _B )
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Sugestão de resolução
31 Dados um conjunto finito,
não vazio, E, uma
probabilidade P em P (E) e
(
a) P(A ∩ B) + P _A ∪ _B = )
dois acontecimentos A, B = P(A ∩ B) + P(A –∩– B) (lei de De Morgan)
∈P (E), prova que:
= P(A ∩ B) + 1 – P(A ∩ B) (probabilidade do acontecimento contrário)
(
a) 1 – P √B ∩ A = )
= P(√A ) + P(A ∩ B) =1
b) P(A) + P A –∩ √–B =
( )
= P(B) + P(A ∪ √B ) b) 1.º processo
(
c) P A ∪ √B =) Vamos utilizar os dois membros da desigualdade e, considerando as pro-
= P(A) – P(B) + P(A
√ ∪ B) priedades estudadas, chegar a uma condição universal.
d) P(A) ¥ P(B) =
P(A) + P(B) ≥ P(A ∪ B)
= P(A) – P(√B ) + P(√A ) ¥
¥ P(√B ) ⇔ P(A) + P(B) ≥ P(A) + P(B) – P(A ∩ B) (probabilidade do acontecimento
(
e) 1 – P A ∪ √B + ) ⇔ 0 ≥ –P(A ∩ B)
reunião)
+ P(B ∪ √A) = – P(A) +
+ P(B) + 1 ⇔ P(A ∩ B) ≥ 0

Esta desigualdade é verdadeira, pois a probabilidade de um acontecimento


é sempre maior ou igual a zero.
Então, pelas sucessivas equivalências, P(A) + P(B) ≥ P(A ∪ B) também é ver-
dadeira.
32 Dados um conjunto finito E,
uma probabilidade P em 2.º processo
P (E) e dois acontecimentos Sabendo que P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) e que P(A ∩ B) é um número
A, B ∈ P (E), com P(B) ≠ 0, não negativo, podemos concluir que P(A ∪ B) ≤ P(A) + P(B).
prova que:
P(√A ) P(A ∪ √B )
–1≤ √ (
c) P(A ∩ B) – P _A ∩ _B = )
P(B) P(B)
= P(A ∩ B) – P(A –∪– B) (lei de De Morgan)
= P(A ∩ B) – (1 – P(A ∪ B)) (probabilidade do acontecimento contrário)
= P(A ∩ B) – 1 + P(A ∪ B) =
= P(A ∩ B) – 1 + P(A) + P(B) – P(A ∩ B) (probabilidade do acontecimento
reunião)
PROFESSOR = P(A) – (1 – P(B)) =
(*) Os graus de dificuldade elevados
correspondem a desempenhos que não
= P(A) – P(_B ) (probabilidade do acontecimento contrário)
serão exigíveis à totalidade dos alunos.

92
UNIDADE 2 Espaços de probabilidade

33 Considera um conjunto
5. Considera um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P em P (E) e dois finito E, uma
acontecimentos A, B ∈P (E). probabilidade P em P (E) e
dois acontecimentos
( )
a) Prova que P(A ∩ B) + P √A ∩ √B = 1 – P(A\B) – P(B\A). A, B ∈P (E).
b) Utilizando a igualdade da alínea anterior, resolve o seguinte problema: a) Prova que:
P(√A ) + P(A ∪ B) =
Uma turma de uma escola secundária tem 30 alunos, dos quais alguns são uti- = P(B) + P(√A ∪ √B )
lizadores de redes sociais na Internet. b) Utilizando a igualdade
da alínea anterior,
Considera a experiência que consiste em “escolher, ao acaso, um aluno da turma”.
resolve o seguinte
Admite que: problema:
• a probabilidade de o aluno ser utilizador apenas do Facebook é 0,4; Numa turma de
12.º ano, 70% dos
• a probabilidade de o aluno ser utilizador do Facebook e do Instagram é 0,3; alunos vão realizar
• a probabilidade de o aluno não utilizar nenhuma dessas duas redes sociais é exame de Física e
Química A, 75% vão
0,1.
realizar exame de
Quantos alunos da turma utilizam apenas o Instagram? Biologia e Geologia e
85% vão realizar pelo
menos um destes dois
exames.
Escolhendo, ao acaso,
Sugestão de resolução um dos alunos desta
turma, qual é a
( )
a) P(A ∩ B) + P √A ∩ √B = probabilidade de o
aluno não realizar o
= P(A ∩ B) + P(A –∪ –B) = exame de Biologia e
= P(A ∩ B) + 1 – P(A ∪ B) = Geologia ou não
realizar o exame de
= P(A ∩ B) + 1 – [P(A) + P(B) – P(A ∩ B)] = Física e Química A?
= P(A ∩ B) + 1 – P(A) – P(B) + P(A ∩ B) = Nota
Deves começar por caracterizar
= 1 – [P(A) – P(A ∩ B)] – [P(B) – P(A ∩ B)] = claramente os acontecimentos
A e B, no contexto da situação
= 1 – P(A\B) – P(B\A) descrita.

b) Sejam os acontecimentos: Nota


A probabilidade pode ser
A: “O aluno escolhido é utilizador do Facebook.” traduzida por uma
B: “O aluno escolhido é utilizador do Instagram.” percentagem.
Assim, a probabilidade de
Tem-se que P(A\B) = 0,4, P(A ∩ B) = 0,3 e P(√A ∩ √B ) = 0,1. x% corresponde a
x
.
100
Substituindo na fórmula da alínea anterior, vem:
0,3 + 0,1 = 1 – 0,4 – P(B\A)
⇔ P(B\A) = 0,2
PROFESSOR
A probabilidade de o aluno ser utilizador apenas do Instagram é 0,2.
Logo, 0,2 ¥ 30 = 6 é o número de alunos da turma que utilizam apenas essa
Apresentação
rede social. “Espaços de probabilidade”
teste interativo
“Espaços de probabilidade”

Solução
33. b) 0,4

93
TEMA II Probabilidades

UNIDADE 3
Probabilidade condicionada

34 Num colégio inquiriram-se 3.1. Conceito de probabilidade condicionada


2000 alunos sobre os seus
hábitos de estudo. Um dos conceitos mais importantes da Teoria das Probabilidades é o de “probabilidade
Os resultados obtidos
encontram-se organizados
condicionada”. Este conceito encontra-se relacionado com o facto de, em muitas situa-
na seguinte tabela: ções em que se pretende calcular a probabilidade de um acontecimento, já se dispor de
informação sobre o resultado da experiência que permite atualizar a atribuição de pro-
Tem Não tem
hábitos hábitos babilidades a esse acontecimento.
de de
estudo estudo Exemplos
Rapaz 220 380 1
1. No lançamento de um dado equilibrado, a probabilidade de se obter face 5 é .
Rapariga 860 540 6
Suponhamos que, uma vez realizada a experiência, alguém nos informa que saiu um
Sabe-se que a Sofia é
número ímpar. Com esta informação, a probabilidade de sair face 5 modifica-se para
aluna do colégio e
1
participou no inquérito. , já que o número de casos possíveis “se restringiu” a três casos, dos quais apenas um
Qual é a probabilidade de
3
ela ter hábitos de estudo? é favorável ao acontecimento pretendido. Assim, dizemos que a probabilidade de sair
43 1
(A) face 5, sabendo que saiu um número ímpar, é .
100 3
43
(B) 2. Consideremos uma turma de 30 alunos, dos quais 17 são raparigas e 13 são rapazes.
54
Sabe-se que cinco das raparigas e seis dos rapazes são canhotos, sendo os restantes
43
(C) alunos destros. Escolhendo um aluno da turma ao acaso, a probabilidade de ser canhoto
70
6 + 5 11
(D)
7 é = .
10 30 30

C D Total
F – “Sexo feminino”
F 5 12 17
M – “Sexo masculino”
M 6 7 13 C – “Ser canhoto”
D – “Ser destro”
Total 11 19 30

Contudo, supondo que se sabe de antemão que o aluno escolhido foi uma rapariga,
5
então a probabilidade de esta ser canhota é , visto que, neste momento, o espaço
17
amostral foi substancialmente reduzido para 17 alunos, dos quais apenas 5 são favo-
PROFESSOR
ráveis.
C D Total
Resolução
Todos os exercícios de F 5 12 17
“Probabilidade condicionada”
M 6 7 13
Solução
34. Opção (C) Total 11 19 30

94
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

Ou seja, a informação de que o estudante escolhido foi uma rapariga altera a probabi- 35 Lançaram-se dois dados,
lidade de o aluno ser canhoto. Este é um outro exemplo de probabilidade condicionada ambos com as faces
– a probabilidade foi calculada com base numa informação extra que nos foi fornecida. numeradas de 1 a 6.
Sabe-se que a soma
Seja C o acontecimento “ser canhoto” e F o acontecimento “ser rapariga”. A notação dos números das faces
P(C|F) significa a probabilidade de o aluno escolhido ser canhoto, sabendo que o aluno voltadas para cima
5 foi seis.
escolhido é rapariga. Assim, P(C|F) = .
17 Qual é a probabilidade de
Repara que a probabilidade condicionada (onde há uma informação adicional) se re- ter saído o mesmo número
nos dois dados?
laciona com as probabilidades onde não há qualquer informação adicional:
5
#(C ∩ F) 5 30 P(C ∩ F)
P(C|F) = = = =
#F 17 17 P(F)
30
A fração do numerador representa a probabilidade de se escolher uma rapariga canhota
da turma e a fração do denominador representa a probabilidade de se escolher uma
rapariga da turma.

Em geral:
Admitamos que todos os elementos de E são equiprováveis e, portanto, estamos em
condições de aplicar a regra de Laplace:
#(A ∩ B)
#(A ∩ B) #E P(A ∩ B)
P(A|B) = = =
#B #B P(B)
#E

Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A, B


dois acontecimentos em E, com P(B) ≠ 0. Se os acontecimentos elementares forem
equiprováveis, a probabilidade de ocorrer A, sabendo que ocorreu B, é igual a
#(A ∩ B) P(A ∩ B)
= .
#B P(B)

Definição

Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e dois
acontecimentos A, B ∈P (E), com P(B) ≠ 0, designamos por probabilidade de A se B
ou probabilidade de A, sabendo que ocorreu B, ou probabilidade condicionada de A
APRENDE FAZENDO
P(A ∩ B)
se B, a quantidade e representámo-la por P(A|B). Págs. 116, 117, 118 e 123
P(B) Exercícios 4, 5, 6, 12 e 33

Nota PROFESSOR

P(A © B) PRB12_2.1
P(A|B) = ⇔ P(A ∩ B) = P(B) ¥ P(A|B), P(B) > 0
P(B) PRB12_2.2

Analogamente: Soluções
P(B ∩ A) 1
P(B|A) = ⇔ P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B|A), P(A) > 0 35.
5
P(A)

95
TEMA II Probabilidades

36 Prova, dados um conjunto 3.2. A probabilidade condicionada como


uma probabilidade em P (E)
finito, não vazio, E, uma
probabilidade P em P (E) e
dois acontecimentos
A, B ∈P (E), com P(A) ≠ 0,
Vejamos que a probabilidade condicionada é uma probabilidade em P (E).
que:
Seja B ∈P (E) tal que P(B) > 0.
P(√A ∪ √B ) =
=1 – P(A) × P(B|A)
Caderno de Apoio às Metas Consideremos a função PB definida pela expressão PB(A) = P(A|B).
Curriculares, 12.º ano

• PB(A) ≥ 0

P(A ∩ B)
PB(A) = P(A|B) =
P(B)

P(A ∩ B)
Dado que P(B) > 0 e P é uma probabilidade em P (E), P(A ∩ B) ≥ 0. Logo, ≥ 0.
37 Dados um conjunto finito, P(B)
não vazio, E, uma
probabilidade P no
• PB(E) = 1
conjunto P (E) e três
acontecimentos A, B e
P(E ∩ B) P(B)
C ∈P (E), com P(B) > 0, PB(E) = P(E|B) = = =1
P(B) P(B)
prova que:
( )
a) P _A|B = 1 – P(A|B)
b) P[(A ∪ C)|B] = P(A|B) +
+ P(C|B) – P[(A ∩ C)|B] • Para A, C ∈P (E) disjuntos, PB(A ∪ C) = PB(A) + PB(C)

Nota
E Se os acontecimentos A e C são disjuntos, então
A C (A ∩ B) e (C ∩ B) são disjuntos.

(A ∩ B) ∩ (C ∩ B) = A ∩ B ∩ C ∩ B =
B = (A ∩ C) ∩ (B ∩ B) =
=∅∩B=
=∅

P((A ∪ C) ∩ B)
PB(A ∪ C) = =
P(B)

P((A ∩ B) ∪ (C ∩ B))
= =
P(B)

P(A ∩ B) + P(C ∩ B)
= =
P(B)

PROFESSOR P(A ∩ B) P(C ∩ B)


= + =
P(B) P(B)
PRB12_2.3
= PB(A) + PB(C)

96
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

Exercícios resolvidos 38 Considera duas turmas:


a turma A com 25 alunos
1. Uma caixa contém bolas, indistinguíveis ao tato, numeradas de 1 a 20. As bolas (15 raparigas e 10
numeradas de 1 a 10 têm cor verde e as bolas numeradas de 11 a 20 têm cor ama- rapazes) e a turma B com
30 alunos (18 raparigas e
rela. 12 rapazes).
Considera a experiência aleatória que consiste em retirar, sucessivamente, duas Extraiu-se aleatoriamente
bolas da caixa, não repondo a primeira bola retirada. uma carta de um baralho
de 40 cartas (10 de cada
Considera ainda os acontecimentos: naipe). Se a carta retirada
for uma copa, escolhe-se
A: “A 1.a bola retirada é verde.”
uma pessoa da turma A;
B: “A 2.a bola retirada é amarela.” caso contrário, escolhe-se
uma pessoa da turma B.
C: “O número da 2.a bola retirada é par.”
Considera os
Qual é o valor da probabilidade condicionada P((B ∩ C)|A)? acontecimentos:
X: “A carta retirada é do
5
A resposta correta a esta questão é P((B ∩ C)|A) = . naipe de copas.”
19 Y: “A pessoa escolhida é
do sexo feminino.”
Numa pequena composição, sem utilizar a fórmula da probabilidade condicio-
Sem aplicar a fórmula da
nada, explica o valor dado, começando por interpretar o significado de P((B ∩ C)|A) probabilidade
no contexto da situação descrita e fazendo referência: condicionada, indica o
valor de P(Y|X),
– à regra de Laplace; justificando a resposta
– ao número de casos possíveis; numa pequena
composição.
– ao número de casos favoráveis.
Adaptado de Exame Nacional, 2009, 1.a fase

Sugestão de resolução

P((B ∩ C)|A) significa “probabilidade de a segunda bola retirada ser amarela e


ter número par, sabendo que a primeira bola retirada é verde”.
Assim, o número de casos possíveis é igual a 19, pois, após se ter retirado uma
bola, e não havendo reposição, restam 19 bolas na caixa.
O número de casos favoráveis é igual a 5, uma vez que existem na caixa cinco
bolas amarelas com número par, que continuam na caixa após a extração da
primeira bola, visto esta ser de cor verde.
Segundo a regra de Laplace, num espaço amostral com um número finito de
elementos e cujos resultados elementares são equiprováveis, a probabilidade
de um acontecimento é dada pelo quociente entre o número de casos favorá-
veis a esse acontecimento e o número de casos possíveis.
5
Assim, a probabilidade pedida é .
19
PROFESSOR

Solução
(continua)
3
38.
5

97
TEMA II Probabilidades

39 Uma caixa contém cinco Exercícios resolvidos


bolas brancas e três bolas
verdes. Realizou-se a 2. Numa escola existem duas turmas, a turma A e a turma B. A turma A tem 15 ra-
seguinte experiência: ao pazes e 10 raparigas e a turma B tem 14 rapazes e 10 raparigas. Escolheu-se ao
acaso, tirou-se uma carta
de um baralho de 40
acaso uma das turmas e, de seguida, um elemento dessa turma.
cartas. Se a carta retirada Considera os acontecimentos:
for uma copa adiciona-se
uma bola branca à caixa; X – “A turma escolhida é a turma B.”
caso contrário,
adiciona-se uma bola Y – “O elemento escolhido é rapaz.”
verde. De seguida, tirou-se
simultaneamente duas Qual é o valor de P(X ∩ Y)?
bolas da caixa.
Sejam A e B os
acontecimentos: Sugestão de resolução
A: “A carta extraída foi
1 14 7
de copas.” P(X ∩ Y) = P(X) ¥ P(Y|X) = ¥ =
B: “As bolas retiradas da 2 24 24
caixa são da mesma Repara que:
cor.”
1
Determina o valor de • P(X) = , visto que apenas se pretende escolher uma de entre as duas turmas
2
P(B|√A ), sem utilizar a
existentes;
fórmula da probabilidade
condicionada. 14
Numa pequena • P(Y|X) = , uma vez que a turma escolhida foi a turma B onde existem 24
24
composição, justifica a tua
alunos dos quais 14 são rapazes.
resposta.
A tua composição deve
contemplar:
• o significado de P(B|√A ), 3. Sejam E um conjunto finito, P uma probabilidade em P (E) e sejam A e B dois acon-
no contexto da situação; tecimentos no espaço amostral E, com P(A) ≠ 0.
• a explicação do Mostra que:
conteúdo da caixa após
1 – P(B)
a realização do P(B|A) ≥ 1 –
acontecimento √A;
P(A)
• a explicação do número Adaptado de Exame Nacional, 2011, 1.a fase
de casos possíveis e do
número de casos
Sugestão de resolução
favoráveis;
• a apresentação do valor Tendo-se P(A) > 0, vem que:
da probabilidade
pedida. 1 – P(B) P(A ∩ B) P(A) – 1 + P(B)
P(B|A) ≥ 1 – ⇔ ≥
P(A) P(A) P(A)
⇔ P(A ∩ B) ≥ P(A) + P(B) –1
APRENDE FAZENDO ⇔ P(A) + P(B) – P(A ∩ B) ≤ 1
Págs. 124, 127 e 132
Exercícios 35, 36, 48 e 68 ⇔ P(A ∪ B) ≤ 1 (o que é verdadeiro, pois a probabilidade
de um acontecimento é sempre menor
PROFESSOR ou igual a 1.)

Solução 1 – P(B)
Assim, por equivalência, P(B|A) ≥ 1 – é também verdadeira.
4 P(A)
39.
9

98
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

40 Dados um conjunto finito,


4. Sejam E um conjunto finito, P uma probabilidade em P (E) e A, B ∈P (E) tais que: não vazio, E, uma
probabilidade P em P (E)
1
• P(A ∩ √B ) = e dois acontecimentos
8
A, B ∈P (E), ambos com
• 2P(A) = P(B) probabilidade diferente
2 de zero, prova que:
• P(A ∪ B) =
5 a) P((√A– ∩– B)|B) = P(A|B)
b) 1 – P(A|B) ¥ P(B) –
a) Justifica que os acontecimentos A ∩ B e A ∩ B
√ são disjuntos e exprime P(A ∩ B) – P(A ∩ √B ) = P(√A )
em função de P(A).
( )
c) P A ∪ √B – 1 + P(B) =
b) Determina: = P(A) ¥ P(B|A)
( )
d) P A –∩– B|B + P(A|B) = 1
i) P(A) ii) P(A|B)
P(A ∪ B ) P(A )
e) – P(A
√ |B) =
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano P(B) P(B)
f) P(A ∪ B) < P(A|B) ¥ P B
√ ( )
⇔ P(A) + P(B) < P(A|B)
Sugestão de resolução Adaptado de Exames Nacionais

a) Por um lado: 41 Dados um conjunto finito,


(A ∩ B) ∩ (A ∩ √B ) = A ∩ B ∩ A ∩ √B = (A ∩ A) ∩ (B ∩ √B ) = A ∩ ∅ = ∅ não vazio, E, uma
probabilidade P em P (E) e
ou seja, os acontecimentos A ∩ B e A ∩ √B são disjuntos.
dois acontecimentos A,
Por outro lado: B ∈P (E), com P(B) > 0,
prova que:
(A ∩ B) ∪ (A ∩ √B ) = A ∩ (B ∪ √B ) = A ∩ E = A a) P(A|B) – 1 =

Então, P(A) = P((A ∩ B) ∪ (A ∩ √B )). P( _A ∩ _B ) – P( _A )


=
P(B)
Como os acontecimentos A ∩ B e A ∩ √B são disjuntos,
( ) (
_ |B – P A
b) P A ) ( )
_ |B ¥ P B
_ =
P(A) = P(A ∩ B) + P (A ∩ √B ), donde vem que P(A ∩ B) = P(A) – P(A ∩ √B ). = 1 – P(A ∪ _B )

42 Sejam E um conjunto
b) i) Sabemos que:
finito, não vazio, P uma
• P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) probabilidade em P (E) e
• P(A ∩ B) = P(A) – P (A ∩ √B ) A, B ∈P (E), com P(A) ≠ 0 e
P(B) ≠ 0 tais que:
Assim, vem que: • P(A © B) = 0,1
2 h 1h h • P(A ∂ B) = 0,8
= P(A) + 2P(A) – iP(A) – i P(A ∩ B) = P(A) – P(A ∩ √B) e
ipois
5 j 8j j • P(A|B) = 0,25
1h Prova que A e _A são
P(A ∩ √B) = .i
2 1 8j
⇔ = P(A) + 2P(A) – P(A) + acontecimentos
5 8 equiprováveis.
11
⇔ = 2P(A) APRENDE FAZENDO
40 Págs. 128 e 132
Exercícios 52, 53, 54, 55,
11
⇔ P(A) = 71 e 72
80
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
11 1 1 11
(
ii) P(A ∩ B) = P(A) – P A ∩ √B = ) – = e P(B) = 2P(A) = Pág. 21
80 8 80 40 Exercícios 8 e 9
1
P(A ∩ B) 80 1 PROFESSOR
Logo, P(A|B) = = = .
P(B) 11 22
40 (continua) Resolução
Essencial para o Exame – exercício 40

99
TEMA II Probabilidades

43 Sejam E um conjunto Exercícios resolvidos


finito, não vazio, P uma
probabilidade em P (E) e 5. Considera os alunos de um determinado curso que se encontram inscritos na ca-
A, B dois acontecimentos deira de Estatística. Sabe-se que:
em E tais que:
• P(B) = 0,3
• metade dos alunos frequentam as aulas;
• P(A|B) = 0,6 • apenas 25% dos inscritos sabem o nome do respetivo professor;
• P(B|A) = 0,5 1
• frequenta as aulas e sabe o nome do professor.
Calcula: 5
a) P(A © B) Escolhe-se, aleatoriamente, um aluno inscrito nessa cadeira. Qual é a probabili-
( )
b) P _A dade de esse aluno:
c) P(A ∂ B)
a) não frequentar as aulas nem saber o nome do professor?
(
d) P _A |B )
b) saber o nome do professor, se frequentar as aulas?

Sugestão de resolução
44 Um banco está equipado
Consideremos os acontecimentos:
com um sistema de
alarmes antirroubo. F: “Frequenta as aulas.”
Sabe-se que:
S: “Sabe o nome do professor.”
• a probabilidade de
ocorrer um assalto é 0,1; No enunciado é dito que:
• se ocorrer um assalto,
a probabilidade de o
• P(F) = 0,5
alarme tocar é 0,95; • P(S) = 0,25
• a probabilidade de o
alarme tocar sem ter
• P(F © S) = 0,2
havido um assalto é 1.o processo
0,03.
Calcula a probabilidade de: (
a) Pretende-se calcular o valor de P _F © _S : )
a) o alarme tocar; P( _F © _S ) = 1 – P(F ∂ S) =
b) tendo o alarme
= 1 – (P(F) + P(S) – P(F © S)) =
funcionado, não ter
ocorrido um assalto. = 1 – (0,5 + 0,25 – 0,2) =
= 1 – 0,55 = 0,45
b) É necessário calcular P(S|F). Usando a fórmula da probabilidade condicio-
nada, resulta que:
P(S © F) 0,2 2
APRENDE FAZENDO
P(S|F) = = = = 0,4
P(F) 0,5 5
Pág. 118
Exercício 11
2.o processo
Podemos também organizar a informação numa tabela do género:
PROFESSOR
S √S Total
Soluções
43. F 0,2 0,5
a) 0,18 b) 0,64
c) 0,48 d) 0,4 √F
44.
27 Total 0,25 1
a) 0,122 b)
122

100
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

45 Um estudo de mercado
realizado concluiu que,
A partir da teoria axiomática de probabilidades e dos valores registados na ta- numa determinada
bela, decorre que: cidade, 70% dos
habitantes mais jovens são
P(_ F ) = 1 – P(F) = 1 – 0,5 = 0,5 favoráveis a um projeto de
S √S Total
construção de um cinema
P(S © _F ) = P(S) – P(S © F) = F 0,2 0,5 em plena baixa da cidade
= 0,25 – 0,2 = e que 40% dos restantes
√F 0,05 0,45 0,5 habitantes também são
= 0,05 favoráveis. Além disso,
Total 0,25 1
sabe-se que os habitantes
P(_ F © _S ) = P(_ F ) – P(_ F © S) = mais jovens constituem
45% dessa população.
= 0,5 – 0,05 =
a) Qual é a probabilidade
= 0,45 de um habitante
selecionado ao acaso
A partir do quadro, as respostas são imediatas. ser favorável à
construção do cinema?
(
a) P _ F © _S ) = 0,45 b) Qual é a probabilidade
de um habitante que se
P(S © F) 0,2 2 diz favorável à
b) P(S|F) = = = = 0,4 construção do cinema
P(F) 0,5 5
pertencer à faixa etária
dos habitantes mais
jovens?
Apresenta o resultado sob
6. No último ano do seu curso, um estudante universitário tem 40% de probabilidade a forma de dízima, com
de obter uma bolsa de estudo; se a obtiver, a probabilidade de vir a concluir o aproximação às
centésimas.
curso é de 80%; caso não obtenha a bolsa, a probabilidade de concluir o curso é
de apenas 35%.
a) Qual é a probabilidade de o estudante concluir o curso?

b) Qual é a probabilidade de o estudante concluir o curso e ter bolsa?

c) Suponhamos que, passado algum tempo, o referido estudante concluiu o curso.


Qual é a probabilidade de esse estudante ter obtido bolsa de estudo? Apresenta
o resultado sob a forma de dízima, arredondada às milésimas.

Sugestão de resolução

Consideremos os acontecimentos:
B: “Obter bolsa de estudo.”
C: “Concluir o curso.”

Sabe-se que P(B) = 0,4, P(C|B) = 0,8 e P(C|_B ) = 0,35.


PROFESSOR
A partir destes dados, podemos concluir que:
Soluções
• P(B) = 0,4 ⇔ P(_B ) = 0,6 (continua) 45.
a) 0,535 b) ≈ 0,59

101
TEMA II Probabilidades

Exercícios resolvidos

P(C © B)
• P(C|B) = 0,8 ⇔ = 0,8
P(B)
P(C © B)
⇔ = 0,8
0,4
⇔ P(C © B) = 0,32
• P(C|_B ) = 0,35 ⇔ P(C © _B ) = 0,35
P(_B )

⇔ P(C © _B ) = 0,35
0,6
⇔ P(C © _B ) = 0,21

Neste tipo de exercício é útil ter-se a informação organizada, por exemplo,


numa tabela:
C √C Total

B 0,32 0,4

√B 0,21 0,6

Total 0,53 1

(
a) Pretendemos determinar P(C) = P(C © B) + P C © _B )=
= 0,32 + 0,21 = 0,53
b) Pretendemos calcular P(C © B) = 0,32.

P(B © C)
c) Pretendemos calcular P(B|C) = =
P(C)
0,32
= ≈ 0,604
0,53
Observa que, para determinar os valores das probabilidades pedidas, não foi
necessário o preenchimento da tabela na totalidade.

7. Num determinado país, existem três operadoras de telemóveis, A, B e C, com quotas


de mercado de 50%, 35% e 15%, respetivamente.
Num estudo de mercado realizado concluiu-se que:
• 80% dos utilizadores da empresa A estão satisfeitos;
• 70% dos utilizadores da empresa B estão satisfeitos;
• 60% dos utilizadores da empresa C estão insatisfeitos.
Admite que cada utilizador de telemóvel é cliente apenas de uma empresa. Num
inquérito realizado a utilizadores de telemóvel verifica-se que um cliente inqui-
rido, ao acaso, está satisfeito com o serviço prestado pela sua operadora.
Qual é a probabilidade de ele ser cliente da empresa B?
Apresenta o resultado em percentagem, arredondado às unidades.

102
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

46 Na atuação de uma tuna


universitária mista estão
Sugestão de resolução presentes estudantes dos
cursos de Direito, de
Consideremos os acontecimentos: Engenharia e de
Arquitetura. Sabe-se que:
A: “Ser cliente da operadora A.”
• 1 dos estudantes são
B: “Ser cliente da operadora B.” 3
C: “Ser cliente da operadora C.” rapazes;
• metade dos estudantes
S: “Estar satisfeito com o serviço.”
são de Arquitetura;
Sabe-se que P(A) = 0,5; P(B) = 0,35; P(C) = 0,15; P(S|A) = 0,8; P(S|B) = 0,7 e • 80% dos estudantes de
Arquitetura são
P(_S|C) = 0,6.
raparigas;
• metade dos rapazes são
estudantes de
ERRO TÍPICO
Engenharia;
• há tantos rapazes
Um dos erros mais frequentes é fazer-se uma interpretação incorreta da infor- estudantes de Direito
mação fornecida no enunciado. como raparigas
estudantes de Direito.
Por exemplo, muitos alunos interpretam P(S © A) = 0,8, em vez de P(S|A) = 0,8. a) No final da atuação,
é sorteado um
Para não cometeres este erro, deves sempre lembrar-te que, enquanto a proba-
estudante para receber
bilidade da interseção P(A © B) se refere ao espaço de resultados E, a probabi- o prémio da melhor
lidade condicionada P(A|B) foca a atenção em B, ou seja, o espaço amostral tuna.
passa a ser o conjunto B. Qual é a probabilidade
de ser sorteado um
estudante de
Engenharia?
A partir dos dados fornecidos, concluímos que: b) Qual é a probabilidade
P(S © A) de a solista da tuna ser
• P(S|A) = 0,8 ⇔ = 0,8
P(A) estudante de Direito?
P(S © A) c) Sabendo que estão
⇔ = 0,8
0,5 presentes nesta atuação
dez rapazes estudantes
⇔ P(S © A) = 0,4
de Engenharia, quantas
P(S © B) são as raparigas
• P(S|B) = 0,7 ⇔ = 0,7
P(B) estudantes de
P(S © B) Arquitetura?
⇔ = 0,7
0,35
⇔ P(S © B) = 0,245
P(_S © C)
• P(S_ |C) = 0,6 ⇔ = 0,6
P(C)
P(_ S © C)
⇔ = 0,6
0,15
⇔ P(_S © C) = 0,09
Consequentemente: PROFESSOR

• P(C © S) = P(C) – P( _S © C) = 0,15 – 0,09 = 0,06 Soluções


46.
• P(S) = P(S © A) + P(S © B) + P(S © C) = 0,4 + 0,245 + 0,06 = 0,705 11 1
(continua) a) b) c) 24
30 10

103
TEMA II Probabilidades

47 Para testar as capacidades Exercícios resolvidos


de um estudante, é-lhe
dado um teste com
questões às quais deve Organizando os dados numa tabela, vem:
responder com
“verdadeiro” ou “falso”. A B C Total
O estudante sabe
responder corretamente a S 0,4 0,245 0,06 0,705
40% das questões.
Quando ele sabe a √S 0,09
solução, responde
Total 0,5 0,35 0,15 1
corretamente à questão;
caso contrário, escolhe a
resposta atirando uma Pretende-se calcular a probabilidade de se ser cliente da operadora B, sabendo
moeda equilibrada ao ar. que está satisfeito com o serviço, isto é, P(B|S).
Sabendo que uma questão P(B © S) 0,245
Assim, P(B|S) = = ≈ 0,35, ou seja, aproximadamente 35%.
foi respondida P(S) 0,705
corretamente, qual é a
probabilidade de o
estudante saber a resposta?

8. Nos jogos da seleção nacional, sabe-se que 80% das grandes penalidades assina-
ladas a favor de Portugal são marcadas por jogadores do FCP. A probabilidade de
uma grande penalidade ser convertida em golo é 70%, se o jogador for do FCP, e
é 40%, se o jogador for de outro clube. Suponhamos que, num determinado jogo,
é marcada uma grande penalidade a favor de Portugal.
a) Qual é a probabilidade de a grande penalidade ser marcada por um jogador do
FCP e ser convertida em golo? Apresenta o resultado sob a forma de dízima.
b) Qual é a probabilidade de a grande penalidade ser convertida em golo? Apre-
senta o resultado sob a forma de dízima.
c) Num determinado jogo, uma grande penalidade é assinalada a favor de Portugal
e o jogador falha. Qual é a probabilidade de o marcador ser um jogador do
FCP? Apresenta o resultado sob a forma de fração irredutível.

Sugestão de resolução

Consideremos os acontecimentos:
F: “Ser marcada por jogadores do FCP.”
G: “Ser convertida em golo.”
Do enunciado sabemos que P(F) = 0,8, P(G|F) = 0,7 e P(G|_F ) = 0,4.

1.o processo
Um outro processo muito útil, que pode ser usado em exercícios de probabi-
PROFESSOR
lidades condicionadas, é a construção de um diagrama em árvore, que já uti-
lizámos anteriormente para calcular probabilidades de acontecimentos
Solução associados a experiências aleatórias que envolvam vários passos.
4
47.
7

104
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

48 Num saco existem duas


moedas falsas e cinco
Neste caso, temos: moedas verdadeiras. Vão
ser retiradas,
P(G|F) = 0,7 G " P(F © G) = 0,8 ¥ 0,7 = 0,56 aleatoriamente, duas
F moedas do saco, uma a
P(F) = 0,8
seguir à outra.
P( _G|F) = 0,3 _G " P(F © _G ) = 0,8 ¥ 0,3 = 0,24 Qual é a probabilidade de:
a) as duas moedas serem
P(G|_F ) = 0,4 G " P( _F © G) = 0,2 ¥ 0,4 = 0,08 verdadeiras?
P(_ F ) = 0,2 _F b) pelo menos uma delas
P( _G|_F ) = 0,6 _G " P( _F © _G ) = 0,2 ¥ 0,6 = 0,12 ser verdadeira?
c) a segunda ser falsa
sabendo que a primeira
a) Pretende-se calcular P(F © G) = 0,8 ¥ 0,7 = 0,56. era verdadeira?
Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
b) Pretende-se calcular P(G):
G = ( © G) ∂ ( _F © G)
Visto que (F © G) e ( _F © G) são acontecimentos disjuntos, resulta que:
P(G) = P(F © G) + P( _F © G)
Para determinar este valor, basta percorrer os “ramos que conduzem” ao
golo, na árvore acima, e somar os respetivos valores. Assim:
P(G) = 0,8 ¥ 0,7 + 0,2 ¥ 0,4 =
= 0,56 + 0,08 =
= 0,64

( )
c) Pretende-se determinar P F|_G . Para isso, basta usar a definição de probabi-
lidade condicionada:
P(F © _G)
P(F|_G) =
P(_G)

Pela alínea anterior, P(_G) = 1 – P(G) = 1 – 0,64 = 0,36.


0,24 2
Logo, P(F|_G) = = .
0,36 3

2.o processo
Sabe-se que:
P(G © F)
• P(G|F) = 0,7 ⇔ = 0,7
P(F)
⇔ P(G © F) = 0,7 ¥ 0,8
⇔ P(G © F) = 0,56

• P(G|_F ) = 0,4 ⇔ P(G © _F ) = 0,4 PROFESSOR


P(_F)
Soluções
⇔ P(G © _F ) = 0,4 ¥ 0,2 48.
⇔ P(G © _F ) = 0,08 (continua) a)
10
b)
20
c)
1
21 21 3

105
TEMA II Probabilidades

49 Duas urnas, A e B, têm Exercícios resolvidos


bolas verdes e bolas pretas.
A urna A tem cinco bolas
verdes e duas bolas pretas Organizando os dados numa tabela, vem:
e a urna B tem quatro bolas
verdes e três bolas pretas. F √F Total
a) Foi retirada uma bola
G 0,56 0,08 0,64
da urna B e colocada
na urna A e, de seguida, √G
foi tirada uma bola da
urna A. Determina a Total 0,8 1
probabilidade de se:
i) obter bola verde, A partir da teoria axiomática de probabilidades e dos valores registados na tabela,
sabendo que a bola decorre que:
retirada da urna B era F √F Total
preta; P(G) = 0,56 + 0,08 = 0,64
G 0,56 0,08 0,64
ii) obter bola preta. P(F © _G) = 0,8 – 0,56 = 0,24
b) Foi selecionada uma √G 0,24 0,36
urna, ao acaso, e tirada P(_G) = 1 – 0,64 = 0,36
uma bola dessa urna.
Total 0,8 1
Determina a
Partindo da tabela, as respostas são imediatas.
probabilidade de:
P(F © _G) 0,24 2
i) ser bola verde, sabendo a) P(G © F) = 0,56 b) P(G) = 0,64 ( )
c) P F|_G = = =
que saiu da urna A; P(_G) 0,36 3
ii) ser bola preta, sabendo
que saiu da urna B;
Esquematizando / Resumindo
iii) ser bola verde;
iv) ter saído da urna A,
Na resolução de problemas envolvendo o cálculo de probabilidade condicionada é
sabendo que a bola
é preta. de grande utilidade utilizar tabelas de dupla entrada, diagramas de Venn ou diagra-
Caderno de Apoio às Metas mas em árvore, de acordo com os dados fornecidos no enunciado.
Curriculares, 12.º ano
E
B √B Total
A BB
APRENDE FAZENDO A P(A © B) P(A © _B ) P(A)
Págs. 124, 126, 127, 128, P (A © B) P (A © B) P (B © A)
130 e 132 √A (
P _A © B ) (
P _A © _B ) P(√A)
Exercícios 34, 47, 49, 50,
51, 56, 60, 69 e 70 1 ou
Total P(B) P(√B)
100% P (A © B)
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Págs. 22 e 23 P(B|A) B P(A © B) = P(A) ¥ P(B|A)
Exercícios 14, 16, 17 e 18
P(A) A
P(_B|A) _B P(A © _B ) = P(A) ¥ P(_ B|A)
PROFESSOR
P(B|_A ) B P(_ A © B) = P(_A ) ¥ P(B|_A )
P(_ A) _A
Resolução
Essencial para o Exame – exercício 49 P(_B|_A ) _B P(_ A © _B ) = P (_A ) ¥ P( _B|_A )
Soluções
5 17 Repara que a tabela e o diagrama de Venn são preenchidos usando probabilidades
49. a) i) ii)
8 56 de interseções, enquanto o diagrama em árvore apresenta probabilidades condicio-
5 3 9 2
b) i)
7
ii)
7
iii)
14
iv)
5 nadas ao acontecimento do ramo que o precede.

106
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

3.3. Acontecimentos independentes(*) 50 Num saco estão cinco


bolas, numeradas de 1 a 5,
e noutro saco estão quatro
Estudemos agora o conceito de independência de acontecimentos.Vamos começar por
bolas, numeradas de 1 a 4.
observar o seguinte exemplo: Tirou-se, ao acaso, uma
bola de cada saco.
Exemplo Determina a
probabilidade de:
Considera a experiência aleatória que consiste em lançar um dado equilibrado e registar a) terem ambas o número
o número da face que fica voltada para cima. 4;
Considerando os acontecimentos A: “sair múltiplo de 3” e B: “sair número par”, temos que: b) apenas uma delas ter
2 1 número par.
P(A) = =
6 3
3 1
P(B) = =
6 2
1
P(A|B) = , visto que, se saiu número par, para ser múltiplo de 3, existe apenas um caso.
3

Repara que, neste exemplo, os acontecimentos A e B são tais que a realização de um


deles não tem influência na probabilidade da realização do outro. Esta é a ideia intuitiva
que está por detrás do conceito de independência de acontecimentos.

Neste exemplo, P(B) > 0 e P(A|B) = P(A).

Além disso, P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B).

Situações como a deste exemplo levam-nos à seguinte definição:

Definição

Dados um espaço amostral E e uma probabilidade P no conjunto P (E), dois aconte-


cimentos A e B dizem-se independentes se:
P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B)

PROFESSOR
Nota
Nesta definição não se exige que os acontecimentos A e B tenham probabilidade PRB12_2.4
diferente de zero.
(*) O descritor 2.4 pode ser
considerado facultativo, se não
houver tempo para lecionar
Repara que, dados um espaço amostral E, uma probabilidade P no conjunto P (E) e A, B todos os conteúdos do 12.º ano.
dois acontecimentos em E tais que P(B) ≠ 0, se tem: In Orientações de gestão curricular
para o Programa e Metas Curriculares
de Matemática A,
A e B são independentes ⇔ P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B) 10.º, 11.º e 12.º Anos

Soluções
P(A © B)
⇔ = P(A) 50.
P(B) 1 1
a) b)
20 2
⇔ P(A|B) = P(A)

107
TEMA II Probabilidades

51 Sejam E um conjunto
Assim:
finito, P uma probabilidade
em P (E) e dois Teorema
acontecimentos A, B ∈P (E).
Sabe-se que: Dois acontecimentos A e B, com P(B) ≠ 0, são independentes se e só se P(A|B) = P(A).
• P(A) = k
• P(B) = k + 0,1
Consequências
• P(A ∂ B) = 0,8
Qual é o valor de k para o
qual os acontecimentos Da definição de acontecimentos independentes, resulta ainda que:
A e B são independentes?
1. O acontecimento impossível é independente de qualquer outro.

2. O acontecimento certo é independente de qualquer outro.

Sejam E um espaço amostral e A um acontecimento qualquer em E(A ⊂ E).

Por um lado, temos que:


52 Sejam E um conjunto P(A ∩ E) = P(A)
finito, P uma probabilidade
em P (E) e A e B dois Por outro lado:
acontecimentos em E, P(A) ¥ P(E) = P(A) ¥ 1 =
nenhum deles impossível.
= P(A)
Prova que se A e B são
independentes, então A e Logo, P(A ∩ E) = P(A) ¥ P(E).
B não são disjuntos.

Assim, A e E são acontecimentos independentes.

3. Se A e B são acontecimentos incompatíveis e nenhum deles é o acontecimento im-


possível, então A e B não são acontecimentos independentes.

Sejam A e B dois acontecimentos quaisquer (A ƒ E e B ƒ E) incompatíveis e diferentes


do acontecimento impossível.

Se A e B são acontecimentos incompatíveis, então:


A©B=Ø (1)

Se A e B são diferentes do acontecimento impossível, então:


P(A) > 0 e P(B) > 0 (2)
(1)


Por um lado, temos que P(A © B) = P(Ø) = 0.

Por outro lado, P(A) ¥ P(B) > 0, pois o produto de dois números positivos (2) é também
um número positivo.
PROFESSOR

Solução Logo, P(A © B) ≠ P(A) ¥ P(B).


1
51.
2
Assim, A e B não são acontecimentos independentes.

108
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

Exercícios resolvidos Atenção


Não confundir
1. Num determinado concurso, um concorrente tem que lançar uma moeda equilibrada acontecimentos
ao ar e, de seguida, lançar um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6. independentes com
O concorrente ganha um prémio se, no lançamento da moeda, ficar voltada para cima acontecimentos
incompatíveis.
a face nacional e, no lançamento do dado, ficar voltada para cima uma face com um
número inferior a 3. Determina a probabilidade de o concorrente ganhar o prémio.

Sugestão de resolução

Consideremos os acontecimentos:
N: “Sair face nacional na moeda.”
T: “Sair na face do dado voltada para cima uma pontuação inferior a 3.”
A probabilidade de o concorrente ganhar o prémio é dada por P(N © T).
Repara que os acontecimentos N e T são independentes, pois o facto de a face
nacional da moeda ficar voltada para cima não altera a probabilidade de no
dado sair face com pontuação inferior a 3, logo:
1 2 1
P(N © T) = P(N) ¥ P(T) = ¥ =
2 6 6

2. Sejam A e B dois acontecimentos de um mesmo espaço amostral, tais que


1 1
P(A) = e P(A ∂ B) = . Determina P(B), se:
5 3
a) A e B forem acontecimentos incompatíveis;
53 Sejam E um conjunto
finito, não vazio, P uma
b) A e B forem acontecimentos independentes. probabilidade em P (E) e
dois acontecimentos
A, B ∈P (E), com P(B) ≠ 0
Sugestão de resolução
tais que:
2
a) Sabemos que P(A ∂ B) = P(A) + P(B) – P(A © B). • P(A ∪ B) =
3
1 1
Logo, = + P(B) – 0 (como A e B são acontecimentos incompatíveis, • P(A) = 2P(B)
3 5
então A © B = Ø). 1
• P(A|B) =
1 1 2 6
Assim, P(B) = – , logo P(B) = .
3 5 15 Averigua se A e B são
acontecimentos
b) Sabemos que P(A ∂ B) = P(A) + P(B) – P(A © B). independentes.
Assim: Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
1 1
= + P(B) – P(A) ¥ P(B) (como A e B são acontecimentos indepen-
3 5
dentes, P(A © B) = P(A) ¥ P(B).)
1 1 1
⇔ = + P(B) – ¥ P(B)
3 5 5
4 1 1
⇔ P(B) = –
5 3 5
2 5
⇔ P(B) = ¥
15 4 PROFESSOR
10 1
⇔ P(B) = ⇔ P(B) = Solução
60 6
(continua)
53. A e B não são independentes.

109
TEMA II Probabilidades

54 Durante a época natalícia, Exercícios resolvidos


num determinado canal
de televisão, fez-se
3. Numa mercearia encontram-se misturadas, numa caixa, dois tipos de maçãs: ver-
publicidade a um jogo
para consolas. Pretendia-se melhas e brancas. O Sr. João sabe que 60% das maçãs da caixa são brancas e que
saber se este facto teria destas 10% apodrecem, enquanto as maçãs vermelhas apodrecem 30%.
influência na compra do Um cliente entrou na mercearia e pegou numa maçã de forma aleatória.
jogo.
Fez-se uma sondagem e a) Qual é a probabilidade de a maçã retirada ser vermelha e de esta não apodrecer?
concluiu-se que:
b) Suponha que esse cliente chegou a casa e reparou que a maçã escolhida já estava
• 35% das pessoas não
viram o anúncio na a apodrecer. Qual é a probabilidade de ele ter escolhido uma maçã vermelha?
televisão; Apresenta o resultado sob a forma de fração irredutível.
• 45% das pessoas
c) Os acontecimentos “ser maçã vermelha” e “apodrecer” são acontecimentos in-
compraram o jogo;
• 20% das pessoas nem
dependentes? Justifica.
viram o anúncio nem
compraram o jogo. Sugestão de resolução
a) Qual é a probabilidade
de uma pessoa, que viu Consideremos os acontecimentos:
o anúncio na televisão,
comprar o jogo? A: “A maçã apodrecer.”
Apresenta o resultado B: “A maçã ser branca.”
sob a forma de
percentagem. No enunciado é dito que P(B) = 0,6, P(A|B) = 0,1 e P(A|_B ) = 0,3.
b) Os acontecimentos “a A partir dos dados acima, podemos concluir que:
pessoa vê o anúncio na P(A © B)
televisão” e “a pessoa • P(A|B) = 0,1 ⇔ = 0,1
P(B) A √A Total
compra o jogo” são
acontecimentos P(A © B)
⇔ = 0,1 B 0,06 0,54 0,60
independentes? Justifica. 0,6
⇔ P(A © B) = 0,1 ¥ 0,6 √B 0,12 0,28 0,40
55 Sejam E um conjunto ⇔ P(A © B) = 0,06
finito, não vazio, P uma Total 0,18 0,82 1
probabilidade em P (E) e • P(A|_B ) = 0,3 ⇔ P(A © _B ) = 0,3
dois acontecimentos
P(_B )
A, B ∈P (E). Prova que
sendo A e B ⇔ P(A © _B ) = 0,3
independentes, então 0,4
P(A ∂ B) + P( A
_ ) ¥ P(B
_ ) = 1.
⇔ P(A © _B ) = 0,3 ¥ 0,4
⇔ P(A © _B ) = 0,12
APRENDE FAZENDO
Págs. 119, 125 e 129
Exercícios 18, 37, 38, 39,
( )
a) Pretende-se calcular P _ B © _A . Assim, por observação da tabela, temos que
57 e 58 P( _B © _A ) = 0,28.
CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
( )
b) Pretende-se calcular P _B |A . Assim:

Págs. 21 e 22 P( _B © A) 0,12 2
Exercícios 7, 10, 11, 12,
P( _B |A) = = =
P(A) 0,18 3
13 e 15
( ) ( )
c) Os acontecimentos _B e A são independentes se P _B © A = P _ B ¥ P(A).
PROFESSOR Temos que P( _B © A) = 0,12.
Soluções Como P( _B ) = 0,4 e P(A) = 0,18, então P( _B ) ¥ P(A) = 0,4 ¥ 0,18 = 0,072.
54. a) ≈ 46% Assim, P(_ B © A) ≠ P(_ B ) ¥ P(A). Logo, _B e A não são acontecimentos inde-
b) Os acontecimentos não são pendentes.
independentes.

110
UNIDADE 3 Probabilidade condicionada

56 (*) Sejam E um conjunto


4. Sejam E um conjunto finito, P uma probabilidade em P (E) e A, B ∈P (E). finito, P uma probabilidade
Mostra que se A e B são independentes, então _A e _B são independentes. em P (E) e A, B ∈P (E).
Prova que se A é
independente de B, então
Sugestão de resolução também √A é independente
de B.
(*) grau de dificuldade elevado
Se A e B são independentes, então, por definição, P(A © B) = P(A) ¥ P(B). Caderno de Apoio às Metas
Curriculares, 12.º ano
P( _A © _B ) =
= P(_A ∂ B) (lei de De Morgan) 57 Sejam E um conjunto
= 1 – P(A ∂ B) (probabilidade do acontecimento contrário) finito, P uma probabilidade
em P (E) e A, B ∈P (E),
= 1 – [P(A) + P(B) – P(A © B)] (probabilidade do acontecimento reunião) A possível mas não certo.
= 1 – P(A) – P(B) + P(A © B) a) (**) Prove que A é
= 1 – P(A) – P(B) + P(A) ¥ P(B) (por hipótese, A e B são acontecimentos in- independente de B se e
somente se
dependentes)
P(B|A) = P(B|√A).
= 1 – P(A) – P(B) ¥ [1 – P(A)] b) Utiliza a propriedade
= 1 – P(A) – P(B) ¥ P(_A ) (probabilidade do acontecimento contrário) da alínea anterior para
= P(_A ) – P(B) ¥ P(_A ) (probabilidade do acontecimento contrário) resolver o seguinte
problema, sem efetuar
= P(_A ) ¥ [1 – P(B)] cálculos: Próximo de
= P(_A ) ¥ P(_B ) (probabilidade do acontecimento contrário) um festival de verão
existe um acampamento,
no qual estão instalados
Como P(_A © _B ) = P(_A ) ¥ P(_B ), então A e _B são independentes, como quería- jovens de ambos os
mos demonstrar. sexos.
Acerca desses jovens,
sabe-se que:
5. Uma formiga desloca-se ao longo de um caminho que, como a figura mostra, vai • um quarto têm idade
superior a 18 anos;
apresentando bifurcações. A formiga nunca inverte a sua marcha. Ao chegar a • 25% dos jovens do
uma bifurcação, opta 70% das vezes pelo caminho da esquerda. sexo feminino têm
idade superior a 18
anos.
Escolheu-se, ao acaso,
um dos jovens do sexo
masculino. Qual é a
probabilidade de ter
idade superior a 18 anos?
Adaptado de Caderno de Apoio
às Metas Curriculares, 12.º ano
Qual é a probabilidade de a formiga ser apanhada pela aranha? (**) grau de dificuldade muito
elevado
(A) 1,14 (B) 0,21 (C) 0,42 (D) 0,49
Adaptado de Banco de Itens, GAVE PROFESSOR

Sugestão de resolução Apresentação


“Probabilidade condicionada”
Teste interativo
Pretende-se determinar a probabilidade de a formiga virar à esquerda na pri- “Probabilidade condicionada”
meira bifurcação e à direita na segunda. (*) e (**) Os graus de dificuldade
elevados e muito elevados
Repara que os acontecimentos “virar à esquerda” e “virar à direita” são inde- correspondem a desempenhos que não
pendentes. Logo, a probabilidade pretendida é 0,7 ¥ 0,3 = 0,21. serão exigíveis à totalidade dos alunos.

A opção correta é a (B). Solução


1
57. b)
4

111
TEMA II Probabilidades

Recorda
3.4. Teorema da probabilidade total(*)
Dado N ∈N, dizemos que
{E1, E2, …, EN} é uma
partição de E se E1, E2, …, Teorema da probabilidade total
EN são disjuntos dois a dois
Dados um conjunto finito E, uma probabilidade P no conjunto P (E), N ∈N e {E1, E2,
e a sua união for E.
…, EN} uma partição de E constituída por acontecimentos de probabilidade, não
58 Uma fábrica utiliza três nula, para todo o acontecimento A ⊂ E, tem-se:
máquinas para produzir
determinadas peças. Estas P(A) = P(A|E1)P(E1) + P(A|E2)P(E2) + ... + P(A|EN)P(EN)
máquinas têm níveis
diferentes de eficiência: a
máquina A produz metade
do total da produção; as Seja A ⊂ E. E1 E2 E3 … EN
máquinas B e C dividem a
A
restante produção em Tem-se, então, que:
partes iguais. Cerca de
98,5% da produção da P(A) = P(A ∩ E1) + P(A ∩ E2) + ... + P(A ∩ EN) =
máquina A não tem = P(A|E1)P(E1) + P(A|E2)P(E2) + ... + P(A|EN)P(EN)
qualquer defeito, a
máquina B produz cerca de
2% de peças defeituosas e
a máquina C tem uma Exercício resolvido
eficiência de 97%.
a) Selecionando,
Numa determinada escola, 20% dos alunos têm menos de 10 anos e 60% têm mais
aleatoriamente, uma
peça produzida nessa de 15 anos.
fábrica, qual é a
probabilidade de essa Foi realizado um inquérito a todos os alunos sobre alergias alimentares e concluiu-
peça sair defeituosa? -se que:
b) Selecionou-se uma
dessas peças, ao acaso, • 10% dos alunos com menos de 10 anos têm alergias alimentares;
e verificou-se que era • 25% dos alunos com idades entre os 10 e os 15 anos têm alergias alimentares;
defeituosa. Qual é a
probabilidade de ela ter • 30% dos alunos com mais de 15 anos têm alergias alimentares.
sido produzida pela
máquina C?
Caderno de Apoio às Metas
Escolhido, ao acaso, um aluno dessa escola, qual é a probabilidade de ele ter aler-
Curriculares, 12.º ano gias alimentares?

CADERNO DE EXERCÍCIOS
E TESTES
Sugestão de resolução
Teste n.º 1
Consideremos os acontecimentos:
PROFESSOR A: ”O aluno escolhido tem alergias alimentares.”

PRB12_2.5
B1: “O aluno escolhido tem menos de 10 anos.”
B2: “O aluno escolhido tem entre 10 e 15 anos.”
(*) O descritor 2.5 pode ser
B3: “O aluno escolhido tem mais de 15 anos.”
considerado facultativo, se não
houver tempo para lecionar Pelo teorema da probabilidade total, vem que:
todos os conteúdos do 12.º ano.
In Orientações de gestão curricular P(A) = P(B1) ¥ P(A|B1) + P(B2) ¥ P(A|B2) + P(B3) ¥ P(A|B3) =
para o Programa e Metas Curriculares
de Matemática A, 10.º, 11.º e 12.º Anos = 0,2 ¥ 0,1 + 0,2 ¥ 0,25 + 0,6 ¥ 0,3 =
Soluções = 0,25
58. a) 0,02 b) 0,375

112
Síntese

SÍNTESE

2. Espaços de probabilidade

Probabilidade no conjunto P (E) e espaço de Exemplos


probabilidade
Seja E um conjunto finito, não vazio. Uma função P de
Sejam E = {a, b} e P a função definida em
domínio P (E), e de valores não negativos, é chamada uma
P (E) por P(∅) = 0, P({a}) = 1 , P({b}) = 3 e
probabilidade no conjunto P (E) se: 4 4
P(E) = 1.
• P(E) = 1;
• para A, B ∈P (E) disjuntos, P(A ∪ B) = P(A) + P(B); P é uma probabilidade no conjunto P (E) e
(E, P (E), P) é um espaço de probabilidade.
Chama-se:
• a P(A) probabilidade do acontecimento A para A ∈P (E);
• ao conjunto E espaço amostral ou universo dos resul-
tados;
• ao conjunto P (E) espaço dos acontecimentos;
• aos elementos de P (E) acontecimentos;
• ao terno (E, P (E), P) espaço de probabilidade.

Qual é a probabilidade de, com uma


Definição de Laplace aposta, se ganhar o primeiro prémio do
Seja E um conjunto finito, não vazio. Euromilhões?
A função de probabilidade P de domínio P (E) definida por Como só existe uma chave vencedora, só
∀ A ∈P (E), P(A) = #A há 1 caso favorável. O número de casos
#E possíveis é dado por 50C5 ¥ 12C2, pois a
é chamada definição de Laplace. chave é constituída por cinco números es-
colhidos, de entre 50, e duas estrelas esco-
lhidas, de entre as 12 possíveis.
Págs. 75 a 86 Assim, a probabilidade pedida é:
1 = 1
50C ¥ 12C 139 838 160
5 2
Propriedades das probabilidades
• P(√A ) = 1 – P(A) Sejam E um conjunto finito, não vazio, P
• P(∅) = 0 uma probabilidade no conjunto P (E) e A
• Se A ⊂ B, então P(B\A) = P(B) – P(A). e B dois acontecimentos em E. Prova que:
• Se A ⊂ B, então P(A) ≤ P(B). P(A ∪ B) = P(B) – P(√A ∪ B) + 1
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) =
• P(A) ∈[0, 1]
= P(A ∩ B) + P(A ∩ √B ) + P(B) – P(A ∩ B) =
• P(A) = P(A ∩ B) + P(A ∩ √B )
= P(A ∩ √B ) + P(B) =
• P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
– √–B ) + P(B) =
= 1 – P(A ∩

Págs. 87 a 93 = P(B) + 1 – P(√A ∪ B)

113
TEMA II Probabilidades

SÍNTESE

3. Probabilidade condicionada

Conceito de probabilidade condicionada Exemplos


Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabili- Uma caixa contém duas bolas pretas e
dade no conjunto P (E) e A, B dois acontecimentos em E, quatro bolas brancas. Retiraram-se, ao
com P(B) ≠ 0. acaso, sucessivamente e sem reposição,
Se os acontecimentos elementares forem equiprováveis, duas bolas da caixa.
a probabilidade de ocorrer A, sabendo que ocorreu B,
é igual a:
#(A ∩ B) = P(A ∩ B)
#B P(B)

Qual é a probabilidade de a segunda bola


retirada ser branca, sabendo que a pri-
meira bola retirada é preta?
Dado que saiu uma bola preta na primeira
extração, a caixa ficou com cinco bolas,
das quais quatro são brancas.
Assim, a probabilidade de a segunda bola
retirada ser branca, sabendo que a primeira
bola retirada é preta, é 4 .
5
Dados um conjunto finito, não vazio, E, uma probabili-
dade P no conjunto P (E) e dois acontecimentos A, B
∈P (E), com P(B) ≠ 0, designamos por probabilidade de
A se B, ou probabilidade de A, sabendo que ocorreu B,
ou probabilidade condicionada de A se B, a quantidade
P(A ∩ B) e representámo-la por P(A|B).
P(B)

Sejam E um conjunto finito, não vazio,


P uma probabilidade no conjunto P (E) e
A, B dois acontecimentos em E tais que:
• P(A) = 0,4
Propriedades • P(B) = 0,3
• P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B|A) • P(A|B) = 0,5
• P(A ∩ B) = P(B) ¥ P(A|B)
Determina o valor de P(A ∪ B).
• P(√A|B) = 1 – P(A|B)
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) =
= P(A) + P(B) – P(B) ¥ P(A|B) =
= 0,4 + 0,3 – 0,3 ¥ 0,5 =
= 0,55
Págs. 94 a 106

114
Síntese

3. Probabilidade condicionada (cont.)

Acontecimentos independentes Exemplos


Sejam E um conjunto finito, não vazio, e P uma probabi- Sejam E um conjunto finito, não vazio,
lidade no conjunto P (E). P uma probabilidade no conjunto P (E) e
Dois acontecimentos A e B em E dizem-se independentes A, B dois acontecimentos em E tais que A
se: e B são independentes. Prova que:
P(A ∩ B) = P(A) ¥ P(B) P(A ∪ B) = P(A) + P(B) ¥ P(A
√ )
P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) =
Se A e B são independentes, a realização do aconteci- = P(A) + P(B) – P(A) ¥ P(B) =
mento B não tem influência na probabilidade do acon-
= P(A) + P(B)[1 – P(A)] =
tecimento A (e vive-versa).
= P(A) + P(B) ¥ P(√A )

Quando P(B) ≠ 0, temos que A e B são independentes se


e só se P(A|B) = P(A).
Se lançarmos, simultaneamente, uma moeda
e um dado, a probabilidade de sair deter-
minada face no dado não é alterada pelo
resultado do lançamento da moeda.
Págs. 107 a 111

Teorema da probabilidade total Num encontro de matemáticos, realizado


E1, E2, …, EN são disjuntos dois a dois, P(Ei) > 0, ∀i e a no Porto, constatou-se que:
sua união é E:
• 40% dos participantes eram do sexo
P(A) = P(A|E1)P(E1) + P(A|E2)P(E2) + ... + P(A|EN)P(EN) feminino;

E1 E2 E3 … EN
• 60% das mulheres usavam óculos;
A • 80% dos homens usavam óculos.
Escolheu-se ao acaso um participante
deste encontro.
Qual é a probabilidade de ele usar óculos?
O: ”O participante escolhido usa óculos.”
F: “O participante escolhido é do sexo
feminino.”
P(O) = P(F) ¥ P(O|F) + P(√F ) ¥ P(O|√F ) =
= 0,4 ¥ 0,6 + 0,6 ¥ 0,8 =
Pág. 112 = 0,72

115
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo
PROFESSOR

Itens de seleção Resolução


Exercícios do Aprende Fazendo

1 Lançou-se um dado cúbico, com as faces numeradas de 1 a 6.


Considera os acontecimentos: 1
A: “Ficar voltada para cima uma face com um número par.” 6
B: “Ficar voltada para cima uma face com um número primo.” 3

Qual é o acontecimento contrário de A ∂ B?


(A) Ficar voltada para cima a face com o número 2.
(B) Ficar voltada para cima a face com o número 1.
(C) Ficar voltada para cima a face com o número 4 ou a face com o número 6.
(D) Ficar voltada para cima a face com um dos números 1 ou 2.

Solução: Opção (B)

2 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que P(A) = 0,6 e P(B) = 0,6.
Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?
(A) Os acontecimentos A e B são iguais.
(B) O acontecimento A ∂ B é um acontecimento certo.
(C) A e B não são acontecimentos incompatíveis.
(D) A e B são acontecimentos contrários.

Solução: Opção (C)

3 Três rapazes e quatro raparigas sentaram-se, aleatoriamente, num banco de sete lugares. Qual é a
probabilidade de a Margarida ficar sentada numa das extremidades do banco?
(A)
1 (B)
1 (C)
1 (D)
2
7 70 35 7

Solução: Opção (D)

4 Numa empresa, os funcionários (homens e mulheres) distribuem-se por fumadores e não fumadores
da seguinte forma:
Mulheres Homens

Fumadores 30 50

Não fumadores 75 130

Escolhendo, ao acaso, um funcionário fumador da empresa, qual é a probabilidade de este ser uma mulher?
(A) 37,5% (B) 28,6% (C) 10,5% (D) 76%

Solução: Opção (A)

116
Itens de seleção

5 A turma A tem seis rapazes e seis raparigas e a turma B tem quatro rapazes e oito raparigas.
Escolheu-se ao acaso uma turma e, em seguida, um aluno dessa mesma turma.
Considera os seguintes acontecimentos:
X: “O aluno escolhido é uma rapariga.”
Y: “O aluno escolhido é da turma B.”
O valor de P(X|Y) é:
(A) 1 (B) 7 (C) 1 (D) 2
2 12 3 3

Solução: Opção (D)

6 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que A e B são acontecimentos independentes, P(A) = 0,3 e P(B) = 0,5.
Qual é o valor da probabilidade condicionada P(A|B)?
(A) 0,15 (B) 0,5 (C) 0,3 (D) 0,8

Solução: Opção (C)

7 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que P(A) = 0,4 e P(B) = 0,7. Qual dos valores seguintes pode representar P(A © B)?
(A) 0,7 (B) 0,6 (C) 0,5 (D) 0,3

Solução: Opção (D)

8 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois acontecimentos
em E tais que P(A) = 0,4 e P(B) = 0,7. Qual dos números seguintes pode representar o valor de P(A ∂ B)?
(A) 0,8 (B) 0,6 (C) 0,4 (D) 0,2

Solução: Opção (A)

9 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos incompatíveis, não vazios, em E. Qual das afirmações seguintes é necessariamente verdadeira?
(A) Se não se realiza A tem que realizar-se B. (B) Se se realiza A não pode realizar-se B.
(C) A ∂ B é um acontecimento certo. (D) O contrário de A e o contrário de B são incompatíveis.

Solução: Opção (B)

10 Duas crianças escrevem, em segredo e cada uma em seu papel, uma letra da palavra VERÃO.
Qual é a probabilidade de as duas crianças escreverem a mesma letra?
(A) 1 (B) 2 (C) 1 (D) 2
25 25 5 5

Solução: Opção (C)

117
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de seleção

11 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que P(A © B) = 10%, P(A) = 60% e P(A ∂ B) = 90%. Qual é o valor da probabilidade
condicionada P(A|B)?
(A) 1 (B) 1 (C) 1 (D) 1
2 3 4 5
Solução: Opção (C)

12 Um saco contém seis bolas, numeradas de 1 a 6. As bolas que têm um número ímpar
são vermelhas e as bolas com um número par são azuis. Retiraram-se ao acaso duas
bolas, sucessivamente e sem reposição. Sejam A e B os acontecimentos:
A:“Sair bola azul na primeira extração.” 1 4 6
B: “Sair bola com um número ímpar na segunda extração.” 3

Qual é o valor de P(B|A)?
2 5
(A) 0 (B) 1 (C) 2 (D) 3
4 5 5
Solução: Opção (C)

13 Oito pessoas, A, B, C, …, H estão dispostas em fila, de forma aleatória. Qual é a probabilidade de as


pessoas A e B não estarem juntas?
(A) 1 (B) 1 (C) 3 (D) 7
8 4 4 8
Solução: Opção (C)

14 A Sofia vai fazer uma prova constituída por cinco questões, escolhidas aleatoriamente de uma lista de
dez que o professor forneceu aos seus alunos para estudarem. No entanto, a Sofia só teve tempo de es-
tudar oito dessas questões. Qual é a probabilidade de só saírem perguntas que a Sofia tenha estudado?
(A) 2 (B) 4 (C) 7 (D) 1
9 5 9 5
Solução: Opção (A)

15 Numa lotaria com um milhão de bilhetes, numerados de 000 000 a 999 999, qual é a probabilidade
de o primeiro prémio recair num número formado por três algarismos pares e três ímpares?
(A) 9 (B) 9 (C) 1 (D) 5
2500 125 64 16

Solução: Opção (D)

16 Lançou-se cinco vezes um dado equilibrado, com todas as faces pintadas de cores diferentes, das
quais uma é amarela. Qual é a probabilidade, arredondada às milésimas, de nos cinco lançamentos
sair face pintada de amarelo exatamente três vezes?
(A) 0,003 (B) 0,032 (C) 0,016 (D) 0,161

Solução: Opção (B)

118
Itens de seleção

17 Cinco amigos decidem jantar juntos. Cada um escolheu, ao acaso, um de entre os cinco restaurantes
existentes na zona. A probabilidade de três quaisquer amigos escolherem o mesmo restaurante e os
restantes escolherem dois restaurantes diferentes é:
(A) 12 (B) 1 (C) 24 (D) 16
625 2 125 625

Solução: Opção (C)

18 Lançaram-se dois dados cúbicos perfeitos D e D’, ambos com as faces numeradas de 1 a 6.
Considera os seguintes acontecimentos:
X: “No dado D fica voltada para cima a face com o número 1.”
Y: “A soma dos dois números das faces voltadas para cima é igual a 7.”
Z: “Os dois números das faces voltadas para cima são iguais.”
Qual das seguintes afirmações é verdadeira?
(A) X e Y não são independentes. (B) X e Z são independentes.
(C) Y e Z são compatíveis. (D) Y e Z são independentes.

Solução: Opção (B)

19 Num conjunto de seis pessoas, qual é a probabilidade de pelo menos duas delas pertencerem ao
mesmo signo de Zodíaco? (Nota: Os signos do Zodíaco são 12.)

(A) 3071 (B) 792 (C) 1343 (D) 385


3456 3456 1728 1728

Solução: Opção (C)

20 Na figura está representada uma estrela com 12 vértices inscrita num hexá-
gono regular de lado l. A estrela tem seis vértices coincidentes com os vértices
do hexágono e cada um dos outros vértices coincide com o ponto médio de
um segmento de reta cujos extremos são o centro do hexágono e o ponto
médio de um lado do hexágono. Escolhendo um ponto do hexágono ao
acaso, qual é a probabilidade de o ponto escolhido pertencer à estrela?
(A) 50% (B) 60% (C) 70% (D) 75%

Solução: Opção (A)

21 Um grupo de seis mulheres e de três homens está disposto, aleatoriamente, em fila. Qual é a proba-
bilidade de não haver dois homens ao lado um do outro?
(A) 5 (B) 1 (C) 5 (D) 1
12 84 7 2

Solução: Opção (A)

119
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

22 Quatro seleções de futebol, Brasil (B), Espanha (S), Holanda (H) e Portugal (T), participaram num tor-
neio em que cada jogo é uma eliminatória. Considera a experiência aleatória que consiste na reali-
zação do torneio e apuramento da equipa vencedora. Indica:
a) o espaço amostral;
b) o espaço de acontecimentos P (E);
c) um acontecimento impossível, um acontecimento elementar, um acontecimento composto e um
acontecimento certo.

Soluções: a) E = {B, S, H, T} b) P (E) = {∅, {B}, {H}, {S}, {T}, {B, S}, {B, H}, {B, T}, {S, H}, {S, T}, {H, T}, {B, S, H}, {B, S, T},
{B, H, T}, {S, H, T}, E} c) Por exemplo: “A equipa vencedora ser a China”; “a equipa vencedora ser Portugal”; “a equipa
vencedora ser europeia “; a equipa vencedora ser europeia ou de língua portuguesa”.

23 Considera a experiência aleatória que consiste em lançar dois dados equilibrados e anotar as pontua-
ções obtidas nas faces que ficam voltadas para cima.
a) Indica o espaço amostral.
b) Considera os acontecimentos:
A: “A soma das pontuações é 5.”
B: “A soma das pontuações é ímpar.”
Define em extensão os seguintes acontecimentos.
i) A © B ii) A ∂ B iii) B\A iv) A\B

Soluções: a) E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4),
(3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5),
(6, 6)} b) i) {(4, 1), (3, 2), (2, 3), (1, 4)} ii) {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (3, 4), (3, 6), (4, 1), (4, 3), (4, 5),
(5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1), (6, 3), (6, 5)} iii) {(1, 2), (1, 6), (2, 1), (2, 5), (3, 4), (3, 6), (4, 3), (4, 5), (5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1),
(6, 3), (6, 5)} iv) Ø

24 Num envelope encontram-se três cartões, indistinguíveis ao tato, numerados de 0 a 2. Considera a


experiência que consiste em retirar de forma aleatória, sucessivamente e sem reposição, os três cartões
do envelope e registar os números obtidos.
a) Indica o espaço amostral.
b) Considera os acontecimentos:
A: “O primeiro número é maior do que o segundo.”
B: “O segundo número é maior do que o terceiro.”
C: “A soma dos dois últimos números é um número ímpar.”
Define em extensão os seguintes acontecimentos.
i) A © B ii) A © C iii) A ∂ B iv) √B ∂ √C v) √B ∂ C vi) B\C vii) C\B

Soluções: a) E = {(0, 1, 2), (0, 2, 1), (1, 0, 2), (1, 2, 0), (2, 0, 1), (2, 1, 0)} b) i) {(2, 1, 0)} ii) {(2, 0, 1), (2, 1, 0)} iii) {(0, 2, 1),
(1, 2, 0), (1, 0, 2), (2, 0, 1), (2, 1, 0)} iv) {(0, 1, 2), (1, 2, 0), (1, 0, 2), (2, 0, 1)} v) {(1, 0, 2)} vi) {(1, 2, 0)} vii) {(0, 1, 2), (2, 0, 1)}

120
Itens de construção

25 No lançamento de um dado, com as faces numeradas de 1 a 6, considera os acontecimentos:


A: “Ficar voltada para cima uma face com um número divisor de 10.”
B: “Ficar voltada para cima uma face com um número par.”
Utilizando apenas os acontecimentos A e B e as operações com acontecimentos, caracteriza os se-
guintes acontecimentos:
a) “Ficar voltada para cima uma face com o número 2.”
b) “Ficar voltada para cima uma face com o número 3.”
c) “Ficar voltada para cima uma face com o número 1 ou 5.”
d) “Ficar voltada para cima uma face com o número 4 ou 6.”

Solução: a) A © B b) _A ∂ B ou _A © _B c) A\B d) B\A

26 De um baralho de 40 cartas (baralho completo sem os oitos, noves e dez de cada naipe), retirou-se
uma carta ao acaso.
Qual é a probabilidade de a carta retirada:
a) ser uma figura?
b) ser vermelha ou de espadas?
c) ser preta e uma figura?
e) ser um rei ou um ás?
e) nem ser de paus nem ser uma figura?
f) ser preta e não ser um ás?

Soluções: a) 3 b) 3 c) 3 d) 1 e) 21 f) 9
10 4 20 5 40 20

27 Uma caixa contém seis cartões, indistinguíveis ao tato, sendo dois azuis, três brancos e um castanho.
Retiraram-se, sucessivamente e sem reposição, dois cartões da caixa.
Determina a probabilidade de cada um dos acontecimentos seguintes.
a) “Os dois cartões extraídos serem brancos.”
b) “Um dos cartões saídos ser branco.”
c) “Pelo menos um dos cartões ser branco.”
d) “Os dois cartões serem da mesma cor.”
e) “Nenhum dos cartões ser castanho.”

Soluções: a) 1 b) 3 c) 4 d) 4 e) 2
5 5 5 15 3

121
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

28 Num saco existem bolas indistinguíveis ao tato, das quais cinco são azuis e numeradas de 1 a 5, e
seis são vermelhas e numeradas de 6 a 11.
a) Extraiu-se uma bola ao acaso e observou-se a cor e o número.
Qual é a probabilidade de se obter:
i) uma bola com número par?

ii) uma bola azul com número ímpar?

iii) uma bola vermelha com um número primo?

b) Extraiu-se uma bola e depois outra bola, repondo a primeira, e observou-se a cor e o número de
cada uma delas.
Qual é a probabilidade de se obter:
i) duas bolas da mesma cor?

ii) uma bola com um número par e outra com um número ímpar?

iii) duas bolas iguais?

c) Extraíram-se, simultaneamente, três bolas e observou-se a cor e o número. Qual é a probabilidade


de se obter:
i) três bolas da mesma cor?

ii) duas bolas com um número par e outra com um número ímpar?

iii) uma bola azul e duas bolas vermelhas, ambas com números pares?
Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

Soluções: a) i) 5 ii) 3 iii) 2 b) i) 61 ii) 60 iii) 1 c) i) 2 ii) 4 iii) 1


11 11 11 121 121 11 11 11 11

29 Lançou-se quatro vezes um dado cúbico equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6, e registou-se
o número da face que ficou voltada para cima.
Indica, justificando, qual dos dois acontecimentos seguintes é mais provável ocorrer.
• “Nunca ficar voltada para cima a face com o número 1.”
• “Saírem números todos diferentes.”

Solução: É mais provável “nunca sair o número 1”.

30 Num encontro de professores de Matemática realizado em Lisboa, 60% dos professores eram portu-
gueses, 36% eram homens e 15% eram homens portugueses. Escolhido ao acaso um participante desse
evento, qual é a probabilidade de este ser uma professora de Matemática de nacionalidade estrangeira?

Solução: 0,19

122
Itens de construção

31 Um inquérito realizado a todos os alunos de uma determinada escola secundária revelou que:
• 55% dos alunos nunca tinham praticado rapel;
• 68% nunca tinham praticado slide;
• 14% já tinham feito rapel e slide.
Escolhido um aluno ao acaso dessa escola secundária, qual é a probabilidade de nunca ter feito nem
rapel nem slide?

Solução: 0,37

32 Numa turma de 12.o ano, a distribuição dos alunos por idades Raparigas Rapazes
e por sexo é a apresentada na tabela ao lado.
16 anos 7 9
Escolhido um aluno ao acaso, considera os acontecimentos:
17 anos 8 8
A: “Ser rapariga.”
B: “Ter 16 anos.”
Calcula as seguintes probabilidades.
a) P(A © B)

b) P(A ∂ B)

( )
c) P √B

d) P(A\B)

(
e) P √A\√B )
Soluções: a) 7 b) 3 c) 1 d) 1 e) 9
32 4 2 4 32

33 Um dermatologista tem 100 pacientes que sofrem de Melhorou Não melhorou


uma determinada doença de pele. Para testar um novo
Medicamento em
medicamento, o dermatologista prescreve a 50 desses 36 14
creme
pacientes um medidamento em creme e aos outros 50 Medicamento em
30 20
um medicamento em comprimido. Os resultados da comprimido
experiência são os apresentados na tabela ao lado.
a) Calcula a probabilidade de:
i) um paciente do grupo escolhido ao acaso ter melhorado;
ii) um paciente que aplicou o medicamento em creme não ter melhorado.

b) Passado algum tempo, encontrou-se, ao acaso, um desses 100 pacientes e constatou-se que ele tinha
melhorado. Qual é a probabilidade de este paciente ter tomado o medicamento em comprimido?

Soluções: a) i) 33 ii) 7 b) 5
50 25 11

123
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

34 Uma cadeia de restaurantes efetuou um estudo sobre as preferências dos seus clientes, quanto aos
menus de hambúrgueres. Concluiu-se que:
• 40% dos clientes compraram o hambúrguer com bebida e com batata frita;
• 15% dos clientes compraram o hambúrguer sem bebida e sem batata frita;
• 65% dos clientes compraram o hambúrguer com bebida.
a) A Maria afirmou que, escolhendo um cliente ao acaso, é mais provável que esse cliente prefira o
hambúrguer com bebida e sem batata frita, do que com batata frita e sem bebida. Indica, justifi-
cando, se a Maria tem razão.
b) A Maria ouviu um cliente pedir uma bebida para acompanhar o seu hambúrguer. Ela apostou então
que o cliente também tinha pedido batata frita. Qual é a probabilidade de a Maria ganhar a aposta?
Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.
c) Os acontecimentos “comprar hambúrguer com bebida” e “comprar hambúrguer com batata frita”
são independentes? Justifica.

Soluções: a) A Maria tem razão. b) 8 c) Não


13

35 Numa caixa encontram-se fichas numeradas de 1 a 9. Extraem-se, ao acaso, duas fichas, uma de cada
vez, com reposição, e regista-se o número obtido.
Considera os acontecimentos:
A: ”A primeira ficha tem um número par.”
B: ”O número da segunda ficha é ímpar.”
Sem aplicar a fórmula da probabilidade condicionada, indica o valor de P(B|A) e, numa pequena
composição, justifica a tua resposta, começando por explicar o significado de P(B|A) no contexto da
situação descrita.

Solução: 5
9

36 Considera uma caixa de bombons. A caixa contém 15 bombons de chocolate branco e alguns bom-
bons de chocolate de leite. Extraíram-se, ao acaso, um de cada vez, dois bombons da caixa.
Considera os seguintes acontecimentos:
L: “O primeiro bombom retirado é de chocolate de leite.”
B: ”O segundo bombom retirado é de chocolate branco.”
Sabe-se que P(B|L) = 1 . Quantos bombons de chocolate de leite se encontravam inicialmente na
2
caixa? Numa pequena composição, justifica a tua resposta, começando por explicar o significado de
P(B|L) no contexto da situação descrita.

Solução: 16

124
Itens de construção

37 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que A e B são acontecimentos equiprováveis e independentes.
Prova que P(A ∂ B) = P(A) [2 – P(A)].

38 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E. Sabe-se que P(A) = 0,4, P(A ∂ B) = 0,7 e A e B são acontecimentos independentes.
Determina P(B).

Solução: 1
2

39 O Tomás e o António vão fazer o exame de condução à mesma hora, mas em carros separados.
A probabilidade de cada um passar neste exame é de 60% e 80%, respetivamente. Qual é a proba-
bilidade de:
a) ambos reprovarem?
b) reprovar apenas o Tomás?
c) reprovar apenas um dos amigos?

Soluções: a) 0,08 b) 0,32 c) 0,44

40 De um baralho de cartas completo extraem-se, sucessivamente e sem reposição, duas cartas. Deter-
mina a probabilidade de cada um dos acontecimentos seguintes.
a) “Sair um ás e um rei, por qualquer ordem.” b) “Saírem ambas as cartas de copas.”
c) “Sair pelo menos uma carta de copas.” d) “Não sair cartas de copas.”

Soluções: a) 8 1 15 19
b) c) d)
663 17 34 34

41 Considera três pessoas escolhidas aleatoriamente. Calcula a probabilidade de terem nascido:


a) todas no mesmo mês;
b) todas em meses diferentes;
c) duas e só duas delas no mesmo mês.

Soluções: a) 1 55 11
b) c)
144 72 48

42 O código de um cofre é formado por três vogais seguidas de quatro algarismos. Selecionando um có-
digo deste tipo ao acaso, qual é a probabilidade de ele ter:
a) pelo menos duas vogais diferentes e os algarismos todos iguais?
b) unicamente uma letra a e dois algarismos iguais a 7?
c) (*) pelo menos um algarismo igual a 4?
(*) grau de dificuldade elevado
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.
3 1458 3439
Soluções: a) b) c)
3125 78 125 10 000

125
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

43 Um determinado supermercado tem 50 iogurtes, dos quais oito estão fora de prazo. Um fiscal resolve
inspecionar apenas três deles, escolhendo-os aleatoriamente. Qual é a probabilidade de os três iogurtes
escolhidos estarem dentro do prazo de validade?

Solução: 41
70

44 Para um determinado sorteio, que oferece três prémios, venderam-se todos os 30 bilhetes. A Hermínia
comprou cinco desses bilhetes. Qual é a probabilidade de a Hermínia ganhar pelo menos um prémio?

Solução: 88
203

45 Cinco matemáticos distraídos combinaram encontrar-se no Hotel Laplace, em Paris. Porém, há cinco
hotéis em Paris com este nome. Qual é a probabilidade de se dirigirem todos para hotéis distintos?

Solução: 24
625

46 O autocarro de uma empresa faz cinco paragens para saírem 10 passageiros. Supondo que cada pas-
sageiro escolhe, ao acaso, uma das cinco paragens, qual é a probabilidade de todos saírem na mesma
paragem?
1
Solução:
1 953 125

47 Uma caixa C1 contém duas bolas brancas e três bolas vermelhas e uma caixa C2 contém duas bolas
brancas e uma bola vermelha.

Selecionou-se uma caixa, ao acaso, e extraiu-se uma bola dessa caixa.


Considera os acontecimentos:
C1: “A caixa escolhida é a caixa 1.”
C2: “A caixa escolhida é a caixa 2.”
B: “A bola é branca.”
V: “A bola é vermelha.”
Determina, na forma de fração irredutível:
a) P(V|C1) b) P(V|C2) c) P(V) d) P(C1|V) e) P(C2|B) f) P(C1|B)

Soluções: a) 3 b) 1 c) 7 d) 9 e) 5 f) 3
5 3 15 14 8 8

126
Itens de construção

48 Considera o seguinte problema, proposto por uma professora na aula de Matemática à sua turma:
Temos dois sacos de rebuçados:
• o saco 1 contém cinco rebuçados de morango e doze rebuçados de ananás;
• o saco 2 contém quatro rebuçados de morango e onze rebuçados de ananás.
Lançou-se um dado tetraédrico equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 4. Se a face 4 ficar voltada
para baixo, tira-se, ao acaso, um rebuçado do saco 1; caso contrário, tira-se, ao acaso, um rebuçado
do saco 2. Consideremos os acontecimentos:
A: “Ficar voltada para baixo uma face par no lançamento do dado.”
B: “Sair um rebuçado de morango.”
Sem aplicar a fórmula da probabilidade condicionada, qual é o valor de P(B|√A )?
O António responde que P(B|√A 5 , o José acha que P(B|√A ) = 4 e o Jeremias afirma que
)=
17 15
P(B|√A ) = 9 . Numa pequena composição, indica qual dos amigos tem razão e justifica, sem aplicar a
32
fórmula da probabilidade condicionada.

Solução: 4
15

49 Uma caixa tem dez bolas indistinguíveis ao tato, das quais quatro são pretas, três são brancas, duas
são vermelhas e uma é dourada.

Extraíram-se, ao acaso, quatro bolas da caixa. Determina a probabilidade de, nessa extração:
a) as bolas serem todas da mesma cor;
b) as bolas serem pelo menos três da mesma cor;
c) haver três bolas brancas, sabendo que exatamente três das bolas extraídas são da mesma cor.

Soluções: a) 1 16 7
b) c)
210 105 31

50 A Andreia acordou a meio da noite com uma enorme dor de cabeça. No armário dos medicamentos
existiam apenas dois tipos de analgésicos, X e Y, repartidos por quatro caixas. Uma caixa contém o
analgésico X e três caixas contêm o analgésico Y. Qualquer medicamento atenua a dor de cabeça,
mas, tomando o analgésico X, em 80% dos casos as pessoas ficam agoniadas; com o analgésico Y, tal
acontece apenas em 10% dos casos.
A Andreia pegou numa das caixas, ao acaso, e tomou um desses comprimidos.
De manhã, quando acordou, a Andreia sentia-se bastante agoniada. Qual dos dois tipos de compri-
midos é mais provável que ela tenha tomado?

Solução: O analgésico X.

127
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

51 Um estudo efetuado a um determinado curso de uma universidade permitiu concluir que:


• 70% dos alunos recém-licenciados são do sexo feminino;
• 60% dos alunos recém-licenciados procuram o primeiro emprego e, destes, 25% são do sexo masculino.
Escolhendo ao acaso um recém-licenciado desse curso, determina a probabilidade de este ser do sexo
feminino, sabendo que é um candidato ao primeiro emprego.

Solução: 0,75

52 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos possíveis e não certos em E. Prova que P(√A|√B ) ¥ P( √B ) – P( √A ) = P(A © B) – P(B).

53 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P(E) e A e B dois acontecimentos
equiprováveis em E, ambos com probabilidade não nula. Prova que P(A ∂ B) = 1 + P( √B|A).
P(A)

54 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos quaisquer em E. Prova que:
(
a) P √A ∂ √B ) = P( √A ) ¥ P(B|√A ) + P(√B ), P(√ A ) ≠ 0
b) P(A © B) ≥ 1 – P(√ A ) – P( √B )
©
c) P( √A|√B ) = 1 + P(A B) – P(A) , P(√ B ) ≠ 0
P(√ B )
55 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e X e Y dois aconteci-
mentos possíveis e incompatíveis em E. Prova que [P(X) + P(Y)] ¥ P[X|(X ∂ Y)] = P(X).

56 Uma loja de brinquedos emprega três pessoas – a Ana, a Berta e a Carolina – para fazerem embrulhos
durante a época natalícia.
• a Ana embrulha 30% dos presentes e esquece-se de tirar o preço 3% das vezes;
• a Berta embrulha 20% dos presentes e esquece-se de tirar o preço 8% das vezes;
• a Carolina, que embrulha os restantes presentes, esquece-se de tirar o preço 5% das vezes.
a) Qual é a probabilidade de um presente comprado nessa loja ainda vir com o preço?

b) Suponha que tinha ido a essa loja comprar um presente e verificou em casa que ele ainda tinha o
preço. Qual é a probabilidade de o presente ter sido embrulhado pela Berta?
c) Averigua se os acontecimentos “o presente embrulhado ter preço” e “o presente ser embrulhado
pela Berta” são acontecimentos independentes.
d) Os acontecimentos “o presente embrulhado ter preço” e “o presente ser embrulhado pela Caro-
lina” são independentes? Justifica.

Soluções: a) 0,05 b) 0,32 c) Os acontecimentos não são independentes. d) São

128
Itens de construção

57 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos em E tais que:
• P(A) = 0,4
• P(A ∂ B) = 0,5

Determina P(B), no caso em que:


a) A e B são acontecimentos disjuntos;

b) A e B são acontecimentos independentes;

c) P(A|B) = 0,1.

Soluções: a) 0,1 b) 1 c) 1
6 9

58 Os três amigos, Tomás, Joaquim e João, gostam de frequentar três cafés que existem na sua cidade.
Uma noite combinaram encontrar-se num desses cafés, mas não ficou especificado em qual deles
seria. A escolha do café por cada um dos amigos é um acontecimento independente.
Sabe-se ainda que:
• o Tomás vive perto do Café Central, logo a probabilidade de ele escolher esse café é 5 , sendo que
9
o Café Convívio e o Café da Esquina têm igual probabilidade de serem escolhidos por este amigo;
• o Joaquim vive longe do Café Convívio e a probabilidade de ele o escolher é 1 , sendo que os outrtos
7
dois cafés têm igual probabilidade de serem escolhidos por este amigo;
• o João escolhe cada um dos três cafés com igual probabilidade.
Determina a probabilidade de nessa noite:
a) os três amigos se encontrarem no Café Central;

b) os três amigos se encontrarem todos no mesmo café;

c) no máximo dois amigos se encontrarem no mesmo café.

Soluções: a) 5 b) 23 c) 166
63 189 189

59 Lançou-se três vezes ao ar um dado equilibrado, com as faces numeradas de 1 a 6. Os números que
foram sendo obtidos, sucessivamente, na face voltada para cima são, respetivamente, a abcissa, a or-
denada e a cota de um ponto P do espaço. Determina a probabilidade de P pertencer:
a) ao plano de equação z = 1;

b) ao plano de equação y = z;

c) ao semiespaço de condição x ≤ 3.

Soluções: a) 1 b) 1 c) 1
6 6 2

129
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

60 A probabilidade de a Vitória se apaixonar por rapazes morenos é 0,6, por rapazes desportistas é 0,7
e de não se apaixonar por rapazes morenos nem desportistas é 0,25. Supondo que a Vitória está apai-
xonada, que ela se apaixona apenas por rapazes morenos ou desportistas e apenas um rapaz de cada
vez, calcula a probabilidade de ela se apaixonar:
a) por um rapaz moreno ou desportista, mas não ambos;

b) por um rapaz moreno, dado que não é desportista.

Soluções: a) 0,2 b) 1
6

61 De um baralho completo de cartas, retiraram-se várias cartas, ficando o baralho incompleto. Considera
a experiência que consiste em retirar, aleatoriamente, uma carta desse baralho incompleto.
Sabe-se que a probabilidade de essa carta:
• ser um ás é 0,2;
• ser de ouros é 0,6;
• não ser nem um ás nem de ouros é 0,3.
a) Prova que o ás de ouros se encontra neste baralho incompleto.

b) Determina o número de cartas presentes nesse baralho incompleto.

c) Determina a quantidade de cartas de ouros existentes neste baralho incompleto.

Soluções: b) 10 c) 6

62 De um baralho com 40 cartas, constituído por quatro naipes (copas, ouros, espadas e paus), em que
cada naipe contém um ás, três figuras (dama, valete e rei) e seis cartas (do 2 ao 7), distribuíram-se as
40 cartas por quatro jogadores. Cada jogador recebeu dez cartas. Qual é a probabilidade de, numa
determinada jogada, sair um rei a cada um dos jogadores?

Solução: 1000
9139

63 Sejam os conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B = {–1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Considera todas as funções possíveis


de definir de domínio A e conjunto de chegada B. Escolhendo ao acaso uma dessas funções, determina
a probabilidade de:
a) a imagem de 4 ser 0;

b) a função ser injetiva.

Soluções: a) 1 b) 105
8 256

130
Itens de construção

64 Considera um octógono regular.


a) Selecionado dois vértices ao acaso, qual é a probabilidade de o segmento por eles determinado:
i) corresponder a um lado do octógono?
ii) passar pelo centro do octógono?

b) (*) Selecionando três vértices ao acaso, qual é a probabilidade de o triângulo por eles determinado
ser retângulo?
(*) grau de dificuldade elevado
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Soluções: a) i) 2 ii) 1 b) 3
7 7 7

65 Na figura estão representados dois poliedros, o octaedro [ABCDEF] e o F

cubo [GHIJKMLN] (o vértice E do octaedro e o vértice J do cubo não estão


visíveis). Cada vértice do cubo pertence a uma face do octaedro. N M
K L
a) Considera todos os conjuntos que são constituídos por cinco dos 14 vér- B D
C I
tices dos dois poliedros. Determina a probabilidade de serem escolhidos G H
cinco vértices do mesmo poliedro. Apresenta o resultado na forma de
fração irredutível.
A
b) Escolhidos três vértices ao acaso, qual é a probabilidade de eles definirem um plano que contenha
uma face de um dos poliedros? Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.

Soluções: a) 31 2
b)
1001 13

66 Considera o seguinte problema: O Joaquim tem 15 carrinhos de brincar,


todos iguais, e pretende colocá-los na caixa da figura ao lado. Supondo
que coloca os carrinhos ao acaso, qual é a probabilidade de eles ocupa-
rem pelo menos uma das diagonais?
20
Uma resposta correta a este problema é C10 25 ¥ 2 – 16C6 .
C15
Numa composição, explica esta resposta. Deves organizar a tua composição de acordo com os se-
guintes tópicos:
• explicação do número de casos possíveis;
• explicação do número de casos favoráveis;
• enunciado da regra de Laplace.

67 (*) Escolheram-se, aleatoriamente, duas das parcelas do desenvolvimento pelo binómio de Newton
da expressão (x – 2)11, com x > 0. Determina a probabilidade de o respetivo produto ser negativo.
(*) grau de dificuldade elevado
(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano
que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Solução: 6
11

131
TEMA II Probabilidades

Aprende Fazendo

Itens de construção

68 Considera a linha do triângulo de Pascal, em que a soma dos dois primeiros elementos com os dois
últimos é igual a 26. Cada um dos elementos dessa linha do triângulo de Pascal foi escrito num cartão.
Todos os cartões, com igual aspeto, foram introduzidos numa caixa, da qual vão ser retirados ao acaso
dois cartões, um após o outro, sem reposição.
a) Determina a probabilidade de a diferença dos números dos cartões retirados ser zero.
Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.
b) Sejam A e B os acontecimentos: A: “sair o cartão correspondente ao elemento central da linha” e
B: “os números escritos nos cartões serem diferentes”.
Indica, justificando, o valor da probabilidade condicionada P(B|A).
Nota: Não apliques a fórmula da probabilidade condicionada. O valor pedido deverá resultar exclusivamente da inter-
pretação de P(B|A) no contexto do problema.

Soluções: a) 1 b) 1
13

69 Uma determinada pastelaria encomenda bolos de aniversário a duas fábricas, A e B.


A fábrica A fornece três vezes mais bolos que o fornecedor B. Da experiência passada, sabe-se que
10% dos bolos confecionados pela empresa A e 15% dos bolos confecionados por B apresentam um
peso significativamente inferior ao estabelecido. Comprou-se um bolo de aniversário nessa pastelaria
e verificou-se que pesava bastante menos do que o indicado.
Qual é a probabilidade de ele ter sido fornecido pela empresa A?
Apresenta a resposta sob a forma de percentagem, arredondada às unidades.

Solução: ≈ 67%

70 Consideremos dois dados vulgares aparentemente iguais, com as faces numeradas de 1 a 6, mas dos
quais um deles é equilibrado e o outro é viciado. Neste último, a probabilidade de ficar voltada para
cima a face com o número 1 é igual a 1 e cada uma das outras faces tem probabilidade igual a 1 de
2 10
ficar voltada para cima. Escolheu-se um dos dados ao acaso e efetuaram-se dois lançamentos,
obtendo-se dois 1. Qual é a probabilidade de o dado escolhido ser o dado viciado?

Solução: 9
10

71 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A e B dois aconteci-
mentos possíveis em E. Mostra que P( √A|B) – P( √B ) ¥ P(√ A|B) = 1 – P( √B ∂ A).

72 Sejam A, B e C acontecimentos de um mesmo espaço amostral E e P uma probabilidade no conjunto


P (E) tal que P(B) > 0, P(C) > 0 e B e C são independentes. Prova que:
a) B e √C são acontecimentos independentes;

( (
b) P(A|B) = P(A|(B © C)) ¥ P(C) + P A| B © √C )) ¥ P(√C ).

132
Desafio – Roleta popular

Retomando o desafio apresentado no início deste tema, vejamos duas possíveis resoluções.

Primeiro método
Há uma maneira simples de ver que o jogo é vantajoso para o feirante (se não, ele não o propunha).
Imaginemos que em todos os números há uma aposta de 1 €. O feirante recebe assim 6 €.
Se os três dados mostrarem três números diferentes (X-Y-Z), o feirante tem de pagar 2 € a cada um
dos três apostadores vencedores, pelo que não ganha nem perde. Se saírem dois números iguais e um
diferente (X-X-Y), ele paga 3 € ao X e 2 € ao Y, tendo 1 € de lucro. Se os números forem todos iguais
(X-X-X), só tem de pagar 4 € a quem apostou no X, e ganha 2 €.
Conclusão: Em média, o feirante tem lucro e o jogador prejuízo.
Se quisermos saber o valor médio esperado, podemos fazer várias simulações do jogo e calcular a média.
Quantas mais simulações fizermos, mais confiança podemos ter no valor obtido. Com a tecnologia
adequada, podemos rapidamente simular centenas ou milhares de vezes. Vamos usar uma Ti-nspire
(ou similar) com uma folha de cálculo.
Coloquemo-nos na posição do jogador e imaginemos que apostámos na casa 6 (é a mais fácil de tratar).
Na coluna A (dado1), temos os resultados de 1000 lançamentos do primeiro
dado. Nas colunas B e C, estão os resultados dos outros dois dados.
Na coluna D (faces6) temos quantas vezes saiu o “6” nos três dados. Como
se pode ver, na primeira experiência (5-1-2) não temos nenhum “6”, na ter-
ceira (5-6-6) houve dois, e na quinta (6-1-2) houve um.
Depois, pedimos à máquina que, naquelas 1000 simulações, conte para cada
caso quantas vezes isso aconteceu. Vemos, nas colunas E e F, que perdemos
em 586 jogadas, ganhámos 329 vezes 1 €, 79 vezes 2 € e 6 vezes 3 €.
Finalmente, calculamos o lucro médio nas 1000 simulações e obtemos o valor negativo –0,081. Ou seja,
em média, teríamos um prejuízo de 8,1 cêntimos por jogada (e o feirante o lucro correspondente…).
Depois de se fazer isto, torna-se muito fácil repetir 1000 simulações (há um comando que faz isso
automaticamente) e pedir à máquina que vá guardando os resultados.
Por curiosidade, resolvemos ir até um milhão de simulações e obtivemos uma média de –0,0791 €.

Segundo método
Com os conhecimentos adquiridos neste capítulo, podemos chegar ao valor exato da média do jogo.
Por ser mais fácil, analisemos a situação do ponto de vista do jogador, calculando as probabilidades
para os quatro casos possíveis de os dados coincidirem com o número apostado.
h5h3 125 1 h 5 h 2 75
• P(nenhum acerto) = i i = • P(um acerto) = 3 × × i i =
j6j 216 6 j6j 216
h1h2 5 15 h1h3 1
• P(dois acertos) = 3 × i i × = • P(três acertos) = i i =
j6j 6 216 j6j 216
Ganhos (€) –1 1 2 3
125 75 15 1
Probabilidade
216 216 216 216
125 75 15 1 17
Média = (–1) × +1× +2× +3× =– ≈ –0,0787
216 216 216 216 216
Conclusão: Em média um jogador perde 7,87 cêntimos por cada euro apostado.

133
Teste Final

Grupo I

1 Lançaram-se, simultaneamente, três moedas equilibradas e anotaram-se as faces voltadas para cima.
Quantos elementos tem o espaço de acontecimentos desta experiência aleatória?
(A) 8
PROFESSOR
(B) 256

(C) 128
Resolução
Exercícios do Teste Final
(D) 64

Solução: Opção (B)

2 Num saco existem 20 bombons, indistinguíveis ao tato: oito de chocolate negro (sendo cinco com
recheio de licor e três com recheio de morango) e doze de chocolate branco.
A Joana retirou um bombom com recheio de licor e comeu-o. A seguir, a Margarida pegou num
bombom e reparou que era de chocolate negro.
Qual é a probabilidade de a Margarida ter pegado num bombom com recheio de morango?
(A)
3
7

(B)
5 ¥ 3
8 7

(C)
2
19

(D)
5 ¥ 3
20 19

Solução: Opção (A)

3 Escolhido aleatoriamente um elemento da linha n do Triângulo de Pascal, a probabilidade de esse


elemento ser igual a 1 é 1 .
10
O valor de n é:
(A) 10

(B) 19

(C) 20

(D) 9

Solução: Opção (B)

134
TEMA II Probabilidades

4 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e A, B e C três acon-
tecimentos possíveis em E tais que:
• A e B ∩ C são acontecimentos equiprováveis e incompatíveis.
• P(B) = 0,45
• P(C) = 0,35
• P(B ∪ C) = 0,6
Qual é o valor de P[A ∪ (B ∩ C)]?
(A) 0,2

(B) 0,4

(C) 0,65

(D) 0,8

Solução: Opção (B)

5 Na figura estão representadas oito fichas de um jogo, numeradas de 1 a 8.

1 2 3 4

5 6 7 8

Escolheu-se, ao acaso, uma dessas oito fichas e observou-se o número nela inscrito.
Considera os seguintes acontecimentos associados a esta experiência aleatória:
A: “O número da ficha escolhida é um número primo.”
B: “A ficha escolhida é um triângulo.”
Qual é o valor da probabilidade condicionada P(A|√B )?
(A)
1
8

(B)
3
4

(C)
2
3

(D)
1
2

Solução: Opção (D)

135
Teste Final

Grupo II

1 Numa caixa encontram-se 16 bolas numeradas, de duas cores diferentes, de igual tamanho e textura,
indistinguíveis ao tato. Das 16 bolas da caixa, dez bolas são azuis e seis bolas são vermelhas.
1.1. Supondo que se retiraram, sucessivamente, todas as bolas da caixa e se colocaram numa fila,
determina a probabilidade de as bolas azuis ficarem juntas.
Apresenta o resultado na forma de dízima, com cinco casas decimais.
1.2. Supõe agora que se retiraram da caixa, simultaneamente, apenas seis bolas. Sabendo que se re-
tiraram bolas das duas cores, determina a probabilidade de se retirarem mais bolas azuis do que
bolas vermelhas. Apresenta o resultado na forma de fração irredutível.
1.3. A caixa com a forma de um prisma hexagonal regular, encontra-se representada na figura.

z
E D
F C
A B

S R
T Q
O P y
x

Sabe-se que:
• a base inferior do prisma está contida no plano xOy;
• o eixo Oy contém a aresta [OP];
• o eixo Oz contém a aresta [OA].
a) Escolheu-se, ao acaso, uma aresta do prisma perpendicular ao eixo Oz. Qual é a probabili-
dade de essa aresta ser estritamente paralela ao eixo Oy? Apresenta o resultado na forma de
percentagem.
b) Considera agora que se assinalaram outros n (n ∈N) pontos na face [ABOP] de maneira que
nunca haja três pontos colineares.
Escolheram-se, ao acaso, três dos pontos assinalados nessa face.
Mostra que a probabilidade de ser construído um triângulo em que o ponto A não seja um
dos vértices é igual a n + 1 .
n+4

Soluções: 1.1. 0,000 87 1.2. 4662 1.3. a) 25%


7797

136
TEMA II Probabilidades

2 Considera o seguinte problema:


Um baralho de cartas completo é constituído por 52 cartas, repartidas por quatro naipes de 13 cartas:
espadas, copas, ouros e paus.
De um baralho completo extraem-se, sucessivamente e sem reposição, cinco cartas.
Qual é a probabilidade de haver apenas quatro cartas do naipe de espadas?
Apresentam-se, de seguida, duas respostas a este problema.
Resposta I: 39 ¥ 52 C4 ¥ 5!
13

A5
39A ¥ 13A
Resposta II: 1 4
52A
5

Apenas uma das respostas está correta.


Elabora uma composição, na qual:
• identifiques a resposta correta;
• expliques um raciocínio que conduza à resposta correta;
• proponhas uma alteração na expressão correspondente à resposta incorreta, de modo a torná-la
correta;
• expliques, no contexto do problema, a razão da alteração proposta.

Solução: A resposta correta é a I; a resposta II ficaria correta da seguinte forma A1 ¥52 A4 ¥ 5 .


39 13

A5

3 Sejam E um conjunto finito, não vazio, P uma probabilidade no conjunto P (E) e sejam A e B dois
acontecimentos em E tal que P(B) < 1. Prova que:
P(√A|√B ) ¥ P(√B ) – P(A ∩ B) + P(B) = P(√A )

4 (*) Uma urna tem 12 cartões numerados de 1 a 12. Retiraram-se, sucessivamente, 10 cartões e dis-
poseram-se lado a lado.
Qual é a probabilidade de:
4.1. ficarem cinco cartões com números pares, seguidos de cinco cartões com números ímpares?
4.2. somente os últimos quatro cartões terem números pares?
4.3. os cartões com os números 7, 8 e 9 ficarem seguidos, exatamente por esta ordem?
(*) grau de dificuldade elevado
Adaptado de Caderno de Apoio às Metas Curriculares, 12.º ano

(*) Os graus de dificuldade elevados correspondem a desempenhos que não serão exigíveis à totalidade dos alunos.

Soluções: 4.1. 1 4.2. 1 4.3. 1


462 924 165

137
SOLUÇÕES
SOLUÇÕES

TEMA I 35. a) 720 b) 2017 c) 6858


1 n2 + n + 1
36. a) n b) 3 c)
Cálculo Combinatório n + 3n2 + 2n n
37. 5
12! 2017! (n + 2)!
Unidade 1 – Revisões (pág. 8) 38. a) b) c)
8! 2014! (n – 1)!
1. a) [8, +∞[ b) ]–∞, 5[ ∪ ]9, +∞[ n! n!
d) e)
c) [5, 8[ d) [5, +∞[ (n – 5)! (n – p)!
e) ]–∞, 5[ f) [8, 9] 39 15 600
g) [5, √∫3∫0[ ∪ [8, 9] 40. 132
41. 720
42. 360
Unidade 2 – Propriedades das operações sobre 43. 57 600
conjuntos (pág. 10) 44. a) 11 520 b) 114 244 c) 281 216
45. 10
2. a) A
46. a) 28 b) 28 c) 1
b) B
180 ¥ 179 ¥ … ¥ 142 ¥ 141
c) ]–∞, –2] ∪ [π, +∞[ 47. =
40!
d) ]–∞, –√∫5[ ∪ ]4, +∞[ 180 ¥ 179 ¥ … ¥ 142 ¥ 141 ¥ 140!
= =
e) √B 40! ¥ 140!
f) √A 180!
= , que é igual a 180C40 (ou 180C140), que é um
40! ¥ 140!
a) ÈÍ –∞, –
2 È
∪ [1, +∞[
3 ÍÎ
3. b) ]–∞, –2]
Î número natural, pois representa o número de subconjun-
4. a) U b) U c) ∅ tos de 40 elementos de um conjunto com 180 elementos
(ou o número de subconjuntos de 140 elementos de um
Unidade 3 – Introdução ao cálculo combinatório conjunto com 180 elementos).
(pág. 13) 48. 847 660 528
49. 25
C5 ¥ 20C5 ¥ 15C5 ¥ 10C5
8. a) 12 b) 4 50. 21 000
9. 132 51. a) 2 b) 5 c) nC2 – n
10. 240 52. 56
11. a) 6 b) 60 53. 31
12. 12 54. a) 56 b) 30 c) 55 d) 50 e) 6
13. 250 000 55. a) 840 b) 360
14. 12 57. a) 6300 b) 151 200 c) 83 160
15. 738 58. a) 792 b) 24
16. 1792 59. a) 1 250 000 b) 12 500 000 c) 78 125
17. 650 d) 2 126 250 e) 43 750 000
18. a) 18 b) 49 c) 279 60. a) 48 b) 103 776 c) 388 700 d) 108 336
19. a) 3864 b) 1567 c) 560 61. a) 1980 b) 53 820
20. a) 16 b) 24 c) 120 62. n=5
21. 17 576 63. 13
22. 9 765 625
23. 30 Unidade 4 – Triângulo de Pascal e binómio de
24. 1024 Newton (pág. 39)
25. 81
26. 128 64. a) m = 5 ∨ m = 15 b) m = –2 ∨ m = 8
27. 4083 65. a) 13
28. 120 66. a) m = 101 b) m = 12
29. a) 24 b) 40 320 67. 1716
30. 720 68. Opção (A)
31. a) 362 880 b) 2880 c) 5760 69. a) 190 b) 3876 c) 184 756 d) 1 048 576
d) 17 280 e) 100 800 70. Opção (D)
12
32. a) 24 b) 720 71. C6 = 924
33. 86 400 72. 3003, 5005, 11 440 e 11 440
34. a) 479 001 600 b) 414 720 c) 207 360 73. a) 120 b) 36

140
74. a) a5 + 10a4b + 40a3b2 + 80a2b3 + 80ab4 + 32b5 34. a) Verdadeira para quaisquer A e B.
b) x3 – 12x2√∫x + 60x2 – 160x√∫x + 240x – 192√∫x + 64 b) Não é verdadeira para quaisquer A e B; por exemplo,
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, A = {1, 2, 3, 4} e B = {4, 5, 6}.
2457 22 81 081
75. a) x b) c) Verdadeira para quaisquer A, B e C.
512 1024
35. a) 155 b) 85
938 223 14
c) x d) 16 384 36. a) 648 b) 504 c) 336 d) 616
16
37. a) 72 b) 144 c) 48
76. 10 264 320
38. a) 15 504 b) 8568 c) 14 688 d) 252
77. 10 500
39. 150 423 000
40. a) 65 536 b) 5670
Aprende Fazendo (pág. 52) 41. a) 18 918 900 b) 1 947 792 c) 216 900 552
1. Opção (C) 42. a) 248 832 b) 12 c) 95 040 d) 13 200
2. Opção (D) 43. a) 1 496 523 600 b) i) 224 ii) 4 838 400
3. Opção (A) 45. A resposta II é a correta. A outra resposta ficaria correta
4. Opção (C) da seguinte forma 20C4 – 10C4 – 10C1 ¥ 10C3.
5. Opção (A) 46. a) 25 b) 6 c) 12
6. Opção (A) 47. 511
7. Opção (C) (n + 1)n (n – 1)
48. a) b) 1
6
8. Opção (B)
9. Opção (C) a2 a 1
49. 45 4 ; –6√∫3 5 ; 6
b b b
10. Opção (A)
5 –3 5
11. Opção (C) 50. a) x b)
3 27
12. Opção (B)
51. a) 4096 b) 0
13. Opção (B)
52. 360
14. Opção (A) 53. a) 9 765 625 b) 3 281 250
15. Opção (C) c) 1176 d) 46 875 000
16. Opção (D) 54. n! ¥ (m + 1)!
17. Opção (B) 55. 4464
18. Opção (D) 56. 40 320
19. Opção (B) 57. 10
20. Opção (C) 58. A resposta I é a correta. A outra resposta ficaria correta
21. Opção (B) da seguinte forma 6C3 – 3C3 ¥ 2.
22. a) U b) ∅ c) A ∪ B d) B e) U 59. a) 16C8 ¥ 8! ¥ 2 ¥ 8! ¥ 2
23. a) 16 b) 12 b) 16C10 ¥ 10! ¥ 2 ¥ 6! ¥ 2 ¥ 2
24. a) 456 976 b) 1 757 600 60. a) 210 b) 126 c) 945
25. 235 989 936 000 61. 15
7 13 –1 – 3n 62. 465
26. a) b) c) 63. 51
40 8640 2(n + 1)!
n2 + 4n + 6 2n ¥ n! 64. Não existe termo independente de x.
d) e) 65. 15
(n + 2)! (n – 1)!
27. 210 67. –1
28. 360
29. 139 838 160 Teste Final (pág. 66)
30. a) 98 280 Grupo I
b) i) 252 ii) 89 712 iii) 5508 1. Opção (B)
31. a) 36 b) 4 537 567 650 2. Opção (C)
c) 5984 d) 94 143 280 3. Opção (D)
32. a) x5 – 10x4 + 40x3 – 80x2 + 80x – 32 4. Opção (C)
8 1 5. Opção (A)
b) 16x4 + 32x2 + 24 + +
x2 x4
5 9 10 8 10 7 5 6 1 5 Grupo II
c) –x10 + x – x + x – x + x
3 9 27 81 243 2. 2.1. 604 800 2.2. 120 960
33. a) 11 b) 1 086 190 605x8 y2 3. 3.1. 96 3.2. 9 3.3. 29 400 3.4. 1440
c) 252x5 y5 d) 1024 4. –4032

141
SOLUÇÕES

1 2162 1495 2257


TEMA II 15. a)
54 145
b)
54 145
c)
9996
d)
54 145
1 1 2
Probabilidades 16. a)
3
b)
3
c)
3
Unidade 1 – Revisões (pág. 70) 1 329 1
17. a) b) c)
12 870 2145 2145
1. a) E = {0, 1, 2, 3} 20. a) i) 604 800 ii) 239 500 800
b) E = {verde, azul, rosa, amarelo, branco, laranja, ver- b) 0,000 12
melho} 21. 5
2 a) E = {(N, 1), (N, 2), (N, 3), (N, 4), (N, 5), (N, 6), (E, 1), 220
22.
(E, 2), (E, 3), (E, 4), (E, 5), (E, 6)} 221
b) E = {(F, F, F), (F, F, C), (F, C, F), (F, C, C), (C, F, F), 8
23.
(C, F, C), (C, C, F), (C, C, C)} 15
c) E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), 24. 0,1
(2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2), (3, 3), 1
25.
(3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), 6
(4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), 26. a) Verdadeiro.
(6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)} b) Falso.
3. 18 c) Falso.
4. a) {(F, F, F), (F, F, M), (F, M, F), (F, M, M), (M, F, F), 3 1 3
27. a) b) c)
(M, F, M), (M, M, F), (M, M, M)} 4 8 4
b) Por exemplo: 28. a) 0,8 b) 0,8
i) “os três filhos serem rapazes.” 29. a) 0,6 b) 0,1
ii) “ter pelo menos dois rapazes.” 33. b) 0,4
iii) “ter pelo menos um rapaz ou uma rapariga.”
c) i) {(F, M, M), (M, F, M), (M, M, F)} Unidade 3 – Probabilidade condicionada (pág. 94)
ii) {(F, M, M), (M, F, M), (M, M, F), (F, F, M), (F, M, F),
(M, F, F), (F, F, F)} 34. Opção (C)
iii) {(M, M, M), (F, M, M), (M, F, M), (M, M, F), (F, F, M), 1
35.
(F, M, F), (M, F, F)} 5
iv) {(F, F, M), (F, M, F), (M, F, F), (F, F, F)} 3
38.
v) {(M, M, M)} 5
5. a) {0, 1, 3, 5, 7, 8} b) {1, 7} c) {2, 3, 4, 5, 6} 4
39.
d) {0, 8} e) {3, 5} 9
1 4 5 2 5 43. a) 0,18 b) 0,64 c) 0,48 d) 0,4
6. a) b) c) d) e) 27
3 9 9 9 9 44. a) 0,122 b)
122
45. a) 0,535 b) ≈ 0,59
Unidade 2 – Espaços de probabilidade (pág. 75) 11 1
46. a) b) c) 24
5 1 30 10
7. Por exemplo: P(∅) = 0, P({1}) = , P({2}) = e P(E) = 1 4
6 6 47.
Ou, por exemplo: 7
1 1 10 20 1
P(∅) = 0, P({1}) = , P({2}) = e P(E) = 1 48. a) b) c)
2 2 21 21 3
8. a) i) {a, b, c} ii) ∅ 5 17
49. a) i) ii)
b) Por exemplo: i) {a} e {c} ii) {b} e {a, c} iii) {b} e {c} 8 56
9. Opção (C) 5 3 9 2
b) i) ii) iii) iv)
10. a) Proposição verdadeira. b) Proposição falsa. 7 7 14 5
5 35 9 1 1
11. a) b) c) 50. a) b)
58 58 29 20 2
1
5 11 25 1 51.
12. a) b) c) d) 2
18 36 36 18
53. A e B não são independentes.
1 5 8
e) f) g) 0 h) 54. a) ≈ 46%
4 12 9
b) Os acontecimentos não são independentes.
2 17 181 1
13. a) b) c) 57. b)
27 81 216 4
5 58. a) 0,02 b) 0,375
14.
14

142
5 3 2
Aprende Fazendo (pág. 116) 28. a) i)
11
ii)
11
iii)
11
1. Opção (B) 61 60 1
2. Opção (C) b) i) ii) iii)
121 121 11
3. Opção (D) 2 4 1
4. Opção (A) c) i) ii) iii)
11 11 11
5. Opção (D) 29. É mais provável “nunca sair o número 1”.
6. Opção (C) 30. 0,19
7. Opção (D) 31. 0,37
8. Opção (A)
7 3 1 1 9
9. Opção (B) 32. a) b) c) d) e)
32 4 2 4 32
10. Opção (C)
33 7 5
11. Opção (C) 33. a) i) ii) b)
50 25 11
12. Opção (C) 8
34. a) A Maria tem razão. b) c) Não
13. Opção (C) 13
5
14. Opção (A) 35.
9
15. Opção (D)
36. 16
16. Opção (B)
1
17. Opção (C) 38.
2
18. Opção (B)
39. a) 0,08 b) 0,32 c) 0,44
19. Opção (C)
20. Opção (A) 8 1 15 19
40. a) b) c) d)
663 17 34 34
21. Opção (A)
22. a) E = {B, S, H, T} 1 55 11
41. a) b) c)
b) P (E) = {∅, {B}, {H}, {S}, {T}, {B, S}, {B, H}, {B, T}, {S, H}, 144 72 48
{S, T}, {H, T}, {B, S, H}, {B, S, T}, {B, H, T}, {S, H, T}, E} 3 1458 3439
42. a) b) c)
c) Por exemplo: “A equipa vencedora ser a China”; “a 3125 78 125 10 000
equipa vencedora ser Portugal”; “a equipa vencedora 41
43.
ser europeia “; a equipa vencedora ser europeia ou de 70
língua portuguesa”. 88
44.
23. a) E = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1), (2, 2), 203
(2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2), (3, 3), (3, 4), 24
45.
(3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, 2), (4, 3), (4, 4), (4, 5), (4, 6), 625
(5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1), (6, 2), 1
46.
(6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)} 1 953 125
b) i) {(4, 1), (3, 2), (2, 3), (1, 4)} 3 1 7
47. a) b) c)
ii) {(1, 2), (1, 4), (1, 6), (2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 2), (3, 4), 5 3 15
(3, 6), (4, 1), (4, 3), (4, 5), (5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1), 9 5 3
d) e) f)
(6, 3), (6, 5)} 14 8 8
iii) {(1, 2), (1, 6), (2, 1), (2, 5), (3, 4), (3, 6), (4, 3), (4, 5), 4
48.
(5, 2), (5, 4), (5, 6), (6, 1), (6, 3), (6, 5)} 15
iv) Ø 1 16 7
49. a) b) c)
24. a) E = {(0, 1, 2), (0, 2, 1), (1, 0, 2), (1, 2, 0), (2, 0, 1), 210 105 31
(2, 1, 0)} 50. O analgésico X.
b) i) {(2, 1, 0)} 51. 0,75
ii) {(2, 0, 1), (2, 1, 0)} 56. a) 0,05
iii) {(0, 2, 1), (1, 2, 0), (1, 0, 2), (2, 0, 1), (2, 1, 0)} b) 0,32
iv) {(0, 1, 2), (1, 2, 0), (1, 0, 2), (2, 0, 1)} c) Os acontecimentos não são independentes.
v) {(1, 0, 2)} d) São
vi) {(1, 2, 0)} 1 1
57. a) 0,1 b) c)
vii) {(0, 1, 2), (2, 0, 1)} 6 9
25. a) A © B b) _A ∂ B ou _A © _B 5 23 166
58. a) b) c)
c) A\B d) B\A 63 189 189
3 3 3 1 21 9 1 1 1
26. a) b) c) d) e) f) 59. a) b) c)
10 4 20 5 40 20 6 6 2
1 3 4 4 2 1
27. a) b) c) d) e) 60. a) 0,2 b)
5 5 5 15 3 6

143
SOLUÇÕES

61. b) 10 c) 6 Teste Final (pág. 134)


62.
1000 Grupo I
9139 1. Opção (B)
1 105 2. Opção (A)
63. a) b)
8 256
3. Opção (B)
2 1 3 4. Opção (B)
64. a) i) ii) b)
7 7 7
5. Opção (D)
31 2
65. a) b)
1001 13 Grupo II
6 4662
67. 1. 1.1. 0,000 87 1.2. 1.3. a) 25%
11 7797
1 2. A resposta correta é a I; a resposta II ficaria correta da se-
68. a) b) 1
guinte forma A1 ¥52 A4 ¥ 5 .
39 13
13
A5
69. ≈ 67%
9 1 1 1
70. 4. 4.1. 4.2. 4.3.
10 462 924 165

144

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