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doutormultas

COMO RECORRER
MULTA da
lei seca
PASSO A PASSO
sumário
introdução..........................................................................1

Como Funciona o processo da Lei Seca............................2

A diferença entre a multa de trânsito e Crime............5

Recusar-se a soprar o Bafômetro..................................7

Suspensão da CNH..............................................................11

Os 3 passos para recorrer das multas da Lei Seca......13

BÔNUS...................................................................................19

Conclusão...........................................................................20
introdução
Saiba que é possível anular as multas da Lei Seca! Existem várias formas
de se conseguir sucesso nos recursos. É necessário conhecimento das
Leis de Trânsito, das resoluções e normativas, bem como de Direito
Administrativo e Constitucional. Também é importante estar atualizado,
porque existem frequentes mudanças na legislação e nas disposições dos
órgãos reguladores.

Sabendo usar os argumentos técnicos corretos e encontrar os erros que


podem ser materiais, formais e processuais, é possível SIM ter êxito no
recurso.

Cada infração é diferente da outra e diferentes argumentos e embasamen-


tos legais devem ser usados para contrapor a multa da Lei Seca. Isto é,
deverá ser feita uma análise específica de cada infração e de cada notifi-
cação.

Você tem alguma dúvida do seu caso específico? Explique sua situação e
mande para o email ‘doutormultas@doutormultas.com.br’ que analisarei
gratuitamente para você.

Gustavo Fonseca
Fundador Doutor Multas

1
Como Funciona o processo
da Lei Seca
Desde muito antes da criação da Lei Seca no Brasil já existia o crime de
embriaguez ao volante, previsto no Código Penal, mas atualmente a legis-
lação está muito mais rigorosa e também houve um aumento significativo
no número de operações policiais.

Dirigir embriagado é o que se pode chamar de um “tema quente” para o


legislador, em outras palavras, é um dos tópicos de trânsito que mais
sofre modificações. Por isso, é fundamental que você fique atualizado e
saiba exatamente qual a Lei mais atual sobre o assunto. Assim você gar-
ante os melhores argumentos no seu recurso.

Uma dúvida constante dos motoristas é quanto ao valor de tolerância para


o teste do bafômetro. Uma das últimas atualizações sobre o tema trouxe o
slogan “tolerância zero”, e, realmente se você acusar qualquer quantidade
de álcool no corpo poderá ser multado.

Mas então qualquer valor medido gera multa?

Não. Existe uma pequena quantidade que não gera multa, pois fica abaixo
da margem de erro do aparelho. O INMETRO definiu que os aparelhos
podem ter uma variação de até 0,04 mg/L nas medições. Por isso, para
que o condutor seja pego no bafômetro ele deve acusar a medição de,
pelos menos, 0,05 mg/L.

2
Isto é o que diz a Resolução 432 do CONTRAN, veja:

“Art. 6º A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por:

II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05


miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L)”

Se o motorista soprar o bafômetro e acusar qualquer teor alcoólico supe-


rior a 0,04 mg/L, ele será multado e deverá receber um auto de infração do
policial no momento da infração. Se o motorista se recusar a soprar o
bafômetro, também poderá receber o auto de infração, mas com outra
tipificação (enquadramento), como veremos mais detalhadamente a
seguir.

Com este auto de infração já se considera que o condutor foi devidamente


avisado e, por esta razão, seu prazo para apresentar recurso já começa a
correr. Normalmente são 15 dias para a defesa.

O motorista terá direito a 3 recursos administrativos para interpor contra a


multa da Lei Seca:

– Defesa Prévia

– Recurso para a JARI

– Recurso para o CETRAN

3
Caso o motorista não apresente a sua defesa ou tenha os recursos julga-
dos de forma negativa, então ele receberá uma notificação para sus-
pensão do direito de dirigir por 12 meses. Da qual também é possível
recorrer e haverá, da mesma forma, direito de defesa também em 3 recur-
sos.

Novamente, apenas se os três recursos, apresentados agora frente ao


processo de suspensão, forem negados ou não apresentados é que
haverá a suspensão da CNH.

Suspenso o direito de dirigir, o condutor deverá entregar sua habilitação


no Detran, para começar a contar o prazo da suspensão. Se ele dirigir no
período que estiver com a carteira suspensa e for flagrado, poderá ter a
carteira cassada, neste caso as penalidades são bem mais severas.

4
A diferença entre a multa
de trânsito e o crime
Pelo Código de Trânsito Brasileiro – o CTB – o motorista não pode dirigir
sob influência de álcool, ou seja, não pode ter ingerido nenhuma bebida
alcoólica nas últimas horas antes de dirigir.

Se a regra não for cumprida, são duas hipóteses de punição:

1 – Multa de Trânsito

2 - Crime

Multa de Trânsito: Art. 165 do CTB: Dirigir sob a influência de álcool ou de


qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.

Esta é uma infração gravíssima, 7 pontos na carteira de motorista. O valor


da multa é de R$ 2.934,70

Crime: Artigo 306 do CTB: Conduzir veículo automotor com capacidade


psicomotora alterada em razão da influência do álcool ou de outra sub-
stância psicoativa que determine dependência.

Pena: Detenção de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proi-


bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo auto-
motor.

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Portanto, para que ocorra Crime, é necessário ter a partir de 6 decigramas
de álcool no sangue, ou 0,34 miligramas de álcool por litro de ar alveolar
(0,34 mg/L).

Essa é a razão determinante para a importância do teste do BAFÔMETRO.


Quando você sopra o aparelho, ele mede o volume de álcool no ar que saí
de seus pulmões. Logo será com base da medição do bafômetro que as
autoridades de trânsito poderão determinar se houve a infração ou o
crime.

Em resumo, você sopra o bafômetro e o resultado:

- for igual ou menor a 0,04 mg/L = você está liberado;

- for maior que 0,04 mg/L e menor que 0,34 mg/L = você recebe a multa
do artigo 165 do CTB;

- for maior ou igual a 0,34 mg/L = você recebe a infração do 165 e respon-
de pelo crime do artigo 306 do Código de trânsito.

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Recusar-se a soprar o Bafômetro
Este é o ponto mais polêmico da Lei Seca.

Antes de mais nada é preciso entender o seguinte. A Constituição Federal,


lei mais importante de nosso país, garante o direito de não produzir prova
contra si mesmo. Esta garantia está presente no artigo 5º LXIII da Consti-
tuição.

Também vale notar que essa garantia está assegurada no Pacto de São
José da Costa Rica do qual o Brasil é signatário e, por isso, tem força de
Lei.

A questão é clara. Você não pode ser obrigado a fazer o teste do bafômet-
ro!

Mas o que acontece se você recusar?

A Lei permite que o agente de trânsito verifique a presença de álcool no


corpo do motorista sem o teste do bafômetro. Observando uma série de
sinais visíveis. Veja o que diz a Resolução 432 do CONTRAN:

“Art. 5º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser


verificados por:

I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito; ou

II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de


alteração da capacidade psicomotora”

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Uma prática dos agentes de trânsito tem sido a seguinte. Quando o mo-
torista se recusa a prestar o teste do bafômetro, mas apresenta sinais
visíveis de alteração. O fiscal aplica a multa nos termos do artigo 165
combinado com o artigo 277; repare que sem prestar o teste o condutor
afasta a possibilidade de crime e, consequentemente, as penas do artigo
306.

Observe o que diz o artigo 277, do CTB:

“O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou


que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste,
exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou
científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influên-
cia de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.

§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada


mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma
disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou pro-
dução de quaisquer outras provas em direito admitidas.

3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabele-


cidas no art. 165 deste Código ao condutor que se recusar a se submeter
a qualquer dos procedimentos previstos no caput deste artigo.”

A infração para a recusa com sinais de embriaguez também é gravíssima


e acrescenta 7 pontos na carteira de motorista. O valor da multa é de R$
2.934,70 e o motorista poderá ter a CNH suspensa.

A simples recusa pode gerar infração? Mas fica a questão, e se o motoris-


ta se recusar a prestar o teste, mas não apresentar sinais visíveis de em-
briaguez? Ou seja, apenas recusar o teste pode gerar infração?

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A Lei 13.281, que começou a valer a partir de 1º de novembro de 2016,
criou um artigo específico para esta situação, o artigo 165-A, confira:

“Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia


ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou
outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:

Infração - gravíssima; Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do


direito de dirigir por 12 (doze) meses;”

Da leitura do novo artigo parece que para cometer a infração basta recu-
sar o teste do bafômetro, mesmo que não haja qualquer sinal de embria-
guez. Mas isto leva a outra questão:

Se recusar o bafômetro é um direito garantido pela Constituição, como


posso ser punido apenas por me recusar a fazer o teste?

Parece que a Lei 13.281 está em confronto direto com a Constituição, pois
penaliza um direito. O Tribunal Regional Federal da 4º Região tem um
entendimento sólido de que a simples recusa ao bafômetro não pode
gerar multa, para isso é preciso provar a embriaguez por outros meios, por
exemplo, sinais visíveis descritos no auto de infração.

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Veja trecho de informativo vinculado pelo site do Tribunal (TRF-4):

“A 3ª Turma, entretanto, manteve a decisão. De acordo com o relator do


processo, desembargador federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, “não
consta no auto de infração qualquer evidência de que o condutor apre-
sentasse sinais de embriaguez. Apenas foi afirmado pela autoridade
policial que houve recusa à realização do teste etilômetro”. O magistrado
entendeu que “a jurisprudência exige que a embriaguez esteja demon-
strada por outros meios de prova, não podendo ser decorrência
automática da recusa em realizar o teste do etilômetro”.

A lógica da decisão é clara, a recusa ao bafômetro não pode gerar multa


por embriaguez ao volante de forma automática, é preciso que se tenha
outras provas.

O problema é que a Lei 13.281 parece desejar exatamente o oposto, ou


seja, se você se recusa a prestar o bafômetro automaticamente recebe a
multa pelo artigo 165-A do Código de trânsito.

Os Tribunais ainda não se posicionaram com relação a nova Lei (13.281)


que começou a valer há poucos dias. Tudo indica que os julgadores vão
manter a coerência com as suas decisões anteriores e exigir que a multa
do 165-A só seja aplicada quando existir outras provas de embriaguez.

O fato é que o novo artigo 165-A já causa polêmica desde os primeiros


dias de sua validade. Infelizmente esta situação gera insegurança para
todos, afinal é difícil ter alguma certeza sobre o assunto, pelo menos até a
questão chegar a Justiça e os Tribunais apresentarem sua decisão.

A melhor forma para você se defender é apresentar seu recurso em todas


as instâncias, pois caso você não recorra pode acabar sendo punido por
uma regra que, logo em seguida, pode ser derrubada pela Justiça.

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Suspensão da CNH
O motorista que receber a notificação de suspensão do direito de dirigir
terá um processo administrativo, com pena prevista para suspender em
12 meses a habilitação. Você receberá em sua casa uma notificação de
Termo de Instauração de Processo de Suspensão do Direito de Dirigir.

A notificação, ou seja, o aviso do início do processo pode ser feito pelo


correio, edital público ou pessoalmente.

dica
Mantenha sempre o seu endereço atualizado junto ao
Detran, pois se o endereço estiver errado essa notificação
pode não chegar até você. Nesse caso o aviso do processo
de suspensão é publicado no Diário Oficial. Atenção se você
não ficar sabendo da notificação, seja pelo correio ou pelo
Diário Oficial, você poderá perder o prazo para o recurso.]

Muitas pessoas simplesmente entregam suas carteiras de motoristas,


mas como versa o Artigo 256, III, do Código de Trânsito Brasileiro, e a
Resolução do CONTRAN nº 182/2005, o condutor tem direito a defesa de
todas as infrações e só terá a carteira suspensa se não tiver mais meios
de interpor defesa. Por isso, é importante estar atento aos prazos das
notificações, pois passado o prazo, não será mais possível recorrer e, no
caso de Suspensão, deverá ser entregue a CNH.

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Veja o que diz a Lei e saiba exatamente qual o dispositivo legal que prote-
ge seu direito:

“Art. 256 (CTB) – A autoridade de trânsito, na esfera das competências


estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá aplicar,
às infrações nele previstas, as seguintes penalidades:

III – suspensão do direito de dirigir;”

Na Resolução do CONTRAN nº 182/2005:

“DA SUSPENSÃO DO DIREITO DE DIRIGIR

SEÇÃO II – POR INFRAÇÃO

Art. 8º. Para fins de cumprimento do disposto no inciso II do Art. 3º desta


Resolução será instaurado processo administrativo para aplicação da
penalidade de suspensão do direito de dirigir quando esgotados todos
os meios de defesa da infração na esfera administrativa.”

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Os 3 passos para recorrer
de multa da Lei Seca
Por primeiro, será entregue o auto de infração pelo policial da qual caberá
apresentação de defesa prévia. Posteriormente o condutor terá direito a
mais dois recursos administrativos, um endereçado à JARI e outro ao
Cetran (ou ao outro órgão competente), se o primeiro for negado.

Com isso, temos na esfera administrativa direito as seguintes defesas -


que abaixo explicaremos detalhadamente:

1º Passo – Defesa Prévia

2° Passo – Recurso de 1ª Instância (JARI)

3º Passo – Recurso de 2ª Instância (Cetran)

O direito ao recurso está garantido na Constituição Federal, que é a Lei


mais importante de nosso país. Também é seu direito ter um processo
justo e nos conformes da Lei.

Para que se garanta um processo justo, criou-se uma série de regras que
o processo de recurso de multa é obrigado a obedecer.

Acontece que muitos erros são cometidos pelos Órgãos Julgadores e isso
faz com que muitas multas possam ser canceladas mesmo tendo o mo-
torista cometido uma infração.

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É uma questão de igualdade. Se você é obrigado a seguir com as regras, a
Administração Pública também é. Por isso, quando as autoridades des-
cumprem com alguma regra ao multá-lo, a multa deve ser cancelada.

Portanto, a multa pode ser cancelada mesmo que registrada por radar fixo
ou móvel ou se conste de fotografia do veículo ou até se aplicada por meio
de abordagem. Mesmo em caso de teste do bafômetro positivo que acuse
a presença de álcool no sangue, sempre pode haver recurso e sempre
existe a chance de reversão e cancelamento da multa. Não há distinção,
se alguma regra foi descumprida a multa deve ser cancelada.

DEFESA PRÉVIA

A Defesa Prévia é a primeira forma de defesa da notificação de infração.


Aqui você deverá apontar para os erros presentes:

- na notificação;

- no processo de abordagem do agente de trânsito;

- nos prazos.

Ganhando esta Defesa o processo administrativo é cancelado e arquivado


e não gera a notificação de penalidade.

Nesta fase são analisados os erros formais. Mas o que muitas pessoas
não sabem é que, fora os erros formais na notificação ou no próprio auto
de infração (erro no nome, local, placa do veículo e etc.), existem outros
erros que podem surgir durante os julgamentos e anular a multa, como
por exemplo: o não julgamento dentro do prazo previsto em lei.

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O que são erros formais?

- Erro na identificação do veículo

- Placa descrita erroneamente

- Local da infração incompleto

- Inconsistência na descrição

- Qualquer outro erro que possa haver nos dados na notificação

- Falta de assinatura do agente

- Falta dos dados do etilômetro

Atenção: É muito importante recorrer em todas as instâncias. Isso aumen-


ta extremamente as chances de sucesso!

O endereço para entrar com a Defesa prévia vem descrito na notificação


de autuação. Pode ser entregue pessoalmente ou então postado no cor-
reio como carta registrada ou SEDEX.

dica
É importante que o envio seja com AR (aviso de recebimento). Isto nada
mais é do que um documento que o carteiro leva junto com o recurso ao
local de entrega, pega a assinatura do responsável e traz de volta para
você. Este documento serve como prova de que o recurso chegou no
seu destino.

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RECURSO PARA A JARI

Se a Defesa Prévia for negada ou não apresentada no prazo, você ainda


pode apresentar recurso à JARI.

Agora o documento que você vai receber é a Notificação de Penalidade,


que é diferente da Notificação de Autuação. Os nomes são semelhantes,
por isso, fique atento para não confundi-los. A Notificação de Penalidade
virá já com o boleto para o pagamento da multa (assim a diferenciação
fica mais fácil).

Quando você receber este documento, já sabe, cabe recurso de 1ª instân-


cia, que será endereçado à JARI.

Neste recurso é possível se opor a multa novamente, porém agora será


avaliado por novos julgadores e com uma análise mais ampla. No recurso
à JARI serão consideradas não só as matérias formais, mas também
todas aquelas circunstâncias que de fato ocorreram para a infração.

Para apresentar o seu recurso é fundamental ficar atento para o prazo e


documentos necessários. Todos estes requisitos estão presentes na Res-
olução nº. 299/2008 do CONTRAN, que diz o seguinte:

“Art. 4º A defesa ou recurso não será conhecido quando:

I – for apresentado fora do prazo legal;

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Art. 5º A defesa ou recurso deverá ser apresentado com os seguintes
documentos:

I – requerimento de defesa ou recurso;

II – cópia da notificação de autuação, notificação da penalidade quando


for o caso ou auto de infração ou documento que conste placa e o
número do auto de infração de trânsito;

III – cópia da CNH ou outro documento de identificação que comprove a


assinatura do requerente e, quando pessoa jurídica, documento compro-
vando a representação;

IV – cópia do CRLV;” Talvez seja interessante dar um destaque gráfico


para as citações da lei.

É importante respeitar os prazos para recorrer, e também é fundamental


juntar os documentos necessários para não ter a defesa ou os recursos
negados. Tal circunstância é importante para que não haja margem para
indeferimento de recursos por questões formais.

RECURSO PARA O CETRAN

Negado o recurso em 1ª instância (para a JARI), caberá recurso para a 2ª


instância que será endereçado ao CETRAN (ou ao outro órgão
responsável).

Vale ressaltar que se não tiver sido apresentado recurso à JARI, não
poderá ser oferecido o recurso para o CETRAN.

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O recurso ao CETRAN também será amplo, da mesma forma que o da
JARI. A diferença são os julgadores.

Você deve estar se perguntando o porquê de dois recursos sobre os


mesmos temas, um para a JARI e outro para o CETRAN.

Isto não acontece por acaso. Na verdade o que se está fazendo com isso é
garantir o princípio constitucional do duplo grau de jurisdição.

O que é duplo grau de jurisdição?

Os julgamentos dos recursos de multas são feitos por pessoas, logo, são
passíveis de erro. Ninguém está livre de se enganar ao realizar um julga-
mento. Para evitar o prejuízo com o chamado erro humano, garante-se
que sempre se faça o julgamento duas vezes e por pessoas diferentes.

Em resumo: ter o duplo grau de jurisdição assegurado é ter o seu recurso


julgado duas vezes e por pessoas diferentes.

É por isso que você tem direito a duas instâncias de julgamento, a JARI e o
CETRAN.

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BÔNUS
Você tem direito a refazer o teste caso na medição o aparelho mostre
algum volume de álcool. Essa prática é chamada comumente de
CONTRAPROVA, onde se espera aproximadamente 15 minutos desde o
primeiro teste e se assopra novamente o bafômetro para diminuir as
chances de falha no aparelho.

A Contraprova é realizada porque, segundo alegam os técnicos nos apa-


relhos, serviria para diminuir as chances de erro e para detectar quando o
volume de álcool ingerido é insignificante, como de um bombom de licor,
por exemplo.

É necessário que se realize as duas medições e que haja na notificação o


valor de ambas. Sempre será considerado para a infração o menor valor
encontrado, seja no primeiro exame ou na contraprova.

Ganhamos muitos recursos da Lei Seca encontrando erros na notificação


e também erros no processo administrativo de aplicação de penalidade.
Tanto os erros dos agentes, quanto do Detran podem fazer com que se
tenha um resultado positivo nos recursos.

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CONCLUSÃO e consulta gratuita
Agora você já conhece todos os elementos fundamentais para preparar
seu recurso de multa de trânsito. Conhece todas as etapas do processo de
recurso (defesa prévia, JARI e CETRAN) e sabe exatamente quais os
argumentos são mais indicados para cada uma destas etapas.

Sempre é bom lembrar que o recurso não é um presente ou favor da


administração, é um direito. E um direito importante. Através do recurso
você pode cancelar sua multa de trânsito e evitar a suspensão por pontos
da sua carteira.

Mas não apenas isto. Ao entrar com o recurso você está assumindo a
importante condição de fiscal das autoridades. Isto mesmo, seu recurso
vai cobrar o cumprimento da lei por parte da administração pública.

Assim você exercita um direito e garante a igualdade nas relações entre


você e o governo. Afinal, obedecer a Lei é uma obrigação para todos,
inclusive para os Detran’s e agentes de trânsito.

Se você recebeu uma notificação de infração, estamos a sua disposição


para analisar a sua multa gratuitamente.

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CONSULTA GRATUITA
Envie uma foto da sua notificação (multa) para o email
doutormultas@doutormultas.com.br que analisarei
gratuitamente para você!

Você já tem as ferramentas para construir seu próprio recurso, mas caso
precise de ajuda, nós estamos aqui para você.

Elaboramos recursos de multas e de suspensão da CNH. Nosso trabalho


prima pela melhor técnica e prepara recursos fundamentados em
argumentos jurídicos com sólida fundamentação nas Leis de Trânsito e
analisando individualmente cada caso.

Se você ficou com qualquer dúvida estamos à disposição para ajudar da


melhor forma possível.

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