You are on page 1of 6

CURSOS PROFISSIONAIS

Teste de Avaliação

DISCIPLINA: SAÚDE
1ª Ficha de Avaliação - Módulo B2 – Processos de Reprodução Ano: 12º Turma: PTAS
Assexuada
Classificação:______________________________
DATA: ______/_______/_________
Professora:______________
Nome do Aluno(a): _____________________________Nº______ Ass.Enc. Ed.:____________________

Parte1
A reprodução é uma caraterística fundamental dos seres vivos. Permitindo a formação de novos
indivíduos, assegura a perpetuação das espécies e, consequentemente, a continuidade da vida no
nosso planeta.
É através da reprodução que o material genético é transmitido de geração em geração, umas
vezes mantendo as características, outras produzindo algumas alterações.
A perpetuação das espécies depende da sua adaptação ao meio ambiente. Quando essa
adaptação é perfeita, a reprodução deverá manter e perpetuar essas características. Porém, se, por
alteração do meio, as condições deixarem de ser favoráveis, a sobrevivência das espécies estará
dependente da sua capacidade de adaptação ao novo ambiente.
Para ultrapassar as incertezas do meio e assegurar a produção de novas gerações, a Natureza
adoptou numerosas, e por vezes fantásticas, estratégias de reprodução, que globalmente se podem
agrupar em dois processos básicos: reprodução assexuada e reprodução sexuada.

Reprodução Assexuada
A reprodução assexuada permite a formação de novos indivíduos a partir de um só progenitor,
sem que haja a intervenção de células sexuais — os gâmetas. Deste modo, não há fecundação e,
consequentemente, não ocorre formação do zigoto.
Neste tipo de reprodução, os descendentes desenvolvem-se a partir de uma célula ou de um
conjunto de células do progenitor, pelo que todos os indivíduos são geneticamente iguais.
Assim, a partir de um só indivíduo podem formar-se numerosos indivíduos geneticamente idênticos,
designando-se este agregado por clone. A produção destes indivíduos designa-se por clonagem.
Todos os membros de um clone são geneticamente iguais e provêm de um só progenitor.
Só excepcionalmente podem surgir diferenças, quando por acaso ocorre uma alteração genética
(mutação).
A monotonia que se verifica na descendência é consequência do processo de divisão celular que
está na base da reprodução assexuada — a mitose. Este processo celular permite a formação de
duas células-filhas, com uma carga hereditária exactamente igual à da célula-mãe.
Nos seres unicelulares, a mitose corresponde à própria reprodução; quando a célula se divide em
duas, cada célula-filha será um novo indivíduo.
Muitos dos organismos que se reproduzem assexuadamente também o podem fazer
sexuadamente, sempre que as condições do meio lhes sejam desfavoráveis. Esta capacidade permite-
lhes ultrapassar o risco de extinção uma vez que a reprodução sexuada conduz à variabilidade
genética e, consequentemente, a uma maior capacidade para ultrapassar a adversidade do meio
ambiente. Os seres vivos em que os dois tipos de reprodução alternam periodicamente possuem
alternância de gerações no seu ciclo de vida É ainda de referir que a mitose desempenha um papel de
grande importância biológica no crescimento e desenvolvimento de seres pluricelulares, bem como na
renovação tecidular. Nesta última, destaca-se a regeneração de tecidos que, nalguns organismos mais
simples, pode significar a reconstrução de uma parte de um organismo ou mesmo o seu todo e,
noutros organismos mais complexos, se expressa na cicatrização. Deste modo, a regeneração implica
a ocorrência de divisão celular, crescimento e diferenciação.
Existem vários processos de reprodução assexuada. Os mais comuns são os seguintes: bipartição,
divisão múltipla, fragmentação, gemulação, partenogénese, multiplicação vegetativa e esporulação.
Tema: Reprodução assexuada nos seres vivos

a) Bipartição
Este tipo de reprodução ocorre em seres vivos unicelulares,
como os protozoários, e também em muitos invertebrados, como as
anémonas.
A bipartição, também denominada cissiparidade, divisão
simples ou divisão binária, consiste na separação de um organismo
em dois indivíduos de tamanho semelhante, que crescem e atingem
as dimensões do progenitor. As figuras A e B mostram como este
processo ocorre numa bactéria e na paramécia, respectivamente.

b) Esporulação
Neste tipo de reprodução assexuada, nos fungos terrestres, os corpos de frutificação produzem, por mitose,

células abundantes, leves, que são espalhadas pelo meio. Cada células dessas, um esporo conhecido como
conidiósporo (do grego, kónis = poeira), ao cair em um material apropriado, é capaz de gerar sozinha um novo
mofo, bolor etc.

c) Fragmentação
A fragmentação é um tipo de reprodução assexuada em que
se obtêm vários indivíduos a partir da regeneração de fragmentos de
um indivíduo progenitor. No fundo consiste na divisão do corpo do
organismo progenitor em várias partes e cada uma dessas partes é
capaz de regenerar as partes em falta.
Este tipo de reprodução ocorre em animais como esponjas, estrelas-
do-mar, anémonas, minhocas e planárias.

d) Gemulação
Neste tipo de reprodução assexuada há a formação de expansões, chamadas gomos ou
gemas, na superfície da célula ou do indivíduo que, ao separarem-se, dão origem aos novos indivíduos,
geralmente de menor tamanho que o progenitor.
Também se pode chamar a este tipo de reprodução assexuada de gemiparidade. Ocorre em
seres unicelulares, como as leveduras, e em seres pluricelulares, como a esponja e a hidra.

Página 2
Tema: Reprodução assexuada nos seres vivos

e) Partenogénese
Neste tipo de reprodução assexuada dá-se o desenvolvimento de
um indivíduo a partir de um óvulo não fecundado. Este tipo de
reprodução assexuada ocorre nas abelhas, pulgões, nalguns peixes,
anfíbios, répteis e na dáfnia (figura abaixo).

f) Multiplicação vegetativa
Este tipo de reprodução assexuada é exclusivo das plantas. Existem vários processos de
multiplicação vegetativa, podendo este agrupar-se em dois grandes grupos: a multiplicação vegetativa
natural e a multiplicação vegetativa artificial.
1. Multiplicação vegetativa natural
A planta-mãe pode originar novas plantas a partir das várias parte que a
constituem como as folhas, os caules aéreos (estolhos), ou os caules
subterrâneos (rizomas, tubérculos e bolbos).
Folhas: certas plantas desenvolvem pequenas plântulas nas margens das
folhas. Estas, ao cair no solo, desenvolvem-se e dão origem a uma planta
adulta.
Estolhos: certas plantas, como o morangueiro, produzem plantas novas a
partir de caules prostrados chamados estolhos.
Cada estolho parte do caule principal e origina várias plantas novas, indo o
caule principal morrer assim que as novas plântulas desenvolvem as suas
próprias raízes e folhas.

Rizomas: os lírios, o bambu, e os fetos, possuem


caules subterrâneos alongados e com substâncias
de reserva, denominados rizomas. Estes, além de permitirem à planta
sobreviver em condições desfavoráveis, podem alongar-se, originando
gemas que se vão diferenciar em novas plantas.

Tubérculos: Os tubérculos são caules subterrâneos volumosos e ricos em substâncias de reserva,


sendo a batata um dos mais conhecidos. Os tubérculos possuem gomos com capacidade germinativa
e que originam novas plantas.

Bolbos: são caules subterrâneos arredondados, com um gomo terminal


rodeado por camadas de folhas carnudas, ricas em substâncias de
reserva. Quando as condições do meio são favoráveis, formam-se gomos
laterais, que se rodeiam de novas folhas carnudas e originam novas
plantas. Alguns dos bolbos mais conhecidos são a cebola e a túlipa.

2. Multiplicação vegetativa artificial


Este tipo de reprodução assexuada tem sido largamente utilizado no
sector agro-florestal para a multiplicação vegetativa de
plantas. Os mais comuns são a estaca, a mergulhia e a
enxertia.
Estaca: este tipo de multiplicação vegetativa consiste na
introdução de ramos da planta-mãe no solo indo, a partir
destes surgir raízes e gomos que vão originar uma nova
planta. A videira e a roseira reproduzem-se deste modo.

Página 3
Tema: Reprodução assexuada nos seres vivos

Mergulhia: este tipo de multiplicação vegetativa consiste em dobrar um ramo da planta-mãe até
enterrá-lo no solo. A parte enterrada irá ganhar raízes e quando está
enraizada pode separar-se da planta-mãe, obtendo-se, assim, uma
planta independente.

Enxertia: consiste na junção das superfícies cortadas de duas partes


de plantas diferentes. As plantas utilizadas são da mesma espécie, ou
de espécies muito semelhantes. A parte que recebe o enxerto chama-
se cavalo e a parte dadora chama-se garfo. Existem vários tipos de
enxertia: a enxertia por garfo, a enxertia por encosto e a enxertia por
borbulha..
Na enxertia por garfo, o cavalo é cortado transversalmente. Seguidamente faz-se uma fenda
transversal nesse cavalo e introduz-se nele o garfo. A zona de união é envolvida em terra húmida para
ajudar à cicatrização da união entre
as duas plantas.
Na enxertia por encosto vão
juntar-se os ramos de duas plantas,
que foram previamente
descascados na zona de contacto,
e amarram-se para facilitar a união.
Após a cicatrização, corta-se a
parte do cavalo que se encontra
acima da zona de
união e a parte da
planta dadora que se
encontra abaixo da
mesma zona. A nova
planta é constituída
pelo sistema radicular
e tronco da planta
receptora do enxerto
e pelo ramo, ou
ramos, da planta
dadora do enxerto.

Na enxertia por
borbulha efectua-se
um corte em forma de
T na casca do caule da planta receptora do enxerto.
Depois levanta-se a casca e introduz-se no local da
fenda o enxerto, constituído por um pedaço de
casca contendo um gomo da planta dadora.
Seguidamente, a zona de união é atada, para
facilitar a cicatrização

Página 4
Tema: Reprodução assexuada nos seres vivos

PARTE 2

1. Observe a figura seguinte, na qual estão representados diferentes processos de reprodução de


organismos vivos.

1.1. Identifique os processos de reprodução


representados na figura.

A-_____________________________

B-_____________________________

C-_____________________________

D-_____________________________

1.2. A figura representa processos de


reprodução sexuada ou assexuada?

1.2.1.Justifique a sua resposta.

1.3. Explique quais as caraterísticas, do ponto de vista genético, da descendência obtida pelos processos de
reprodução representados na figura.

1.4.Refira duas vantagens dos processos de reprodução representados e diga duas desvantagens
associadas a este tipo de reprodução.

2. A figura seguinte representa um processo de reprodução na Hydra.

2.1. Como se designa o processo de


reprodução representado?

2.2. Trata-se de um processo de reprodução


sexuada ou assexuada?

2.2.1.Justifique a sua resposta.

Página 5
Tema: Reprodução assexuada nos seres vivos

3.A reprodução assexuada é usada por muitos organismos como forma de multiplicação e
proliferação. Unicelulares, fungos, algas e plantas terrestres usam esta estratégia reprodutora,
em que os descendentes são geneticamente iguais ao progenitor único. Também o Homem
tem utilizado estas capacidades das plantas para as espécies agrícolas.
A figura abaixo mostra três desses tipos de reprodução.

A B C
3.1.Identifique o tipo de reprodução assexuada da figura B e as técnicas de multiplicação vegetativa
ilustradas em A e C.

A-_______________________B-__________________________C-______________________

3.2.Relativamente ao processo B, pode afirmar-se que as células-filhas possuem…

a) O mesmo número de cromossomas da célula-mãe


b) Metade do número de cromossomas da célula-mãe
c) Núcleos com informação genética diferente da célula-mãe
d) O dobro dos cromossomas da célula-mãe

(Selecione a opção correta)

3.3.O tipo de reprodução com estruturas como as ilustradas em B pode encontrar-se em:
a) Rhizopus nigricans
b) Aspergillus sp.
c) Leveduras
d) Penicillium sp

(Selecione a opção correta)

3.4. Descreva, resumidamente, o processo de reprodução da imagem B.

Bom trabalho
Prof. Isaura Mourão da Silva

Página 6

You might also like