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(jcr31do Cechella saJa (Organiz.ador!Editor) """&enharia de Materiaia
2()10 IBRACON. Todos direitos reservados.
Capítulo 54
Materia is de Construça-o· p t·
e Desafios Futuros . erspec 1vas
van&rleJ· M. John
L'ni\'etsidade de São Paulo
54.1 Introdução
~.:ªt
O
de defeitos, particularmen te poros A t ido pelo ~ontrole da quantidade
O st
de materiais compósitos _ obtid~s ra~égia_é o desenvo!v~mento
propriedades complementar es. Esse tf d ombm~çao de matena1s com
O
a resistência quanto a tenacidade. P e matenal pode melhorar tanto
Esse fato já vem sendo observad0 . .
bido de forma contínua · . no concreto, ~u~a resistência tem
su . pnnc1palment e nos ult1mos anos Esse
crescimento é resultado de uma combinaça-0 d t · A · ·· é
1 · . e ecno1og1as. prmc1pa1
o d~se~v~ vi":ento de dispersantes que permitiram uma sensível redução
1
e ate e! mmaçao do cx~e~so de ág~a necessário para separar as partículas,
gar~ntmdo a trabal~~biltd~ de. A mtrodução de micropartícula s reativas,
part1cuJarmen t_e a stlica ativa e o metacaulim, tem também contribuição
1
importante .. F ~~Jm~nte, deve-se reconhecer que o cimento Portland
me!h~ro~ s!gn1f1cat1va_mente seu desempenho mecânico, passando sua
res1sten~ia a compressao de 24 ~~a, no início da década de 80, para 40
MPa hoJe, com ganho de durab1hdade na maioria dos ambientes. No
entanto , a resistência à t_:açã~, o módulo de elasticidade, a fragilidade e os
problemas, como re traçao, nao sofreram melhoras significativas .
l r adicionais <;obre esse tipo de concreto podem ser obtidas em REPETTE, W. L. Concretos de ultima
Gr rcsenlc e Futuro. Jn: JSAIA, G. C. (ed.) Concreto: Ensino, Pesquisa e Realizações. São Paulo,
l ileiro do Concn.·to, 2005, p. 1509-1550.
ad a co m D uc ta l® . O ar co ce nt ra l da ponte
d e pe de st re s S eo ny u, em S eu l, co nf ec ci on
F ig ur a J - Ponte es pe ss ur a m áx im a d e 3 cm
d e la rg ur a te m
te m 120 m d e vão, e o deck d e 4. 3 m ud y R ic ci ot ti).
li pp e R ua ul t . A rq ui te to : R
© Phototheque Lafarge / Phi
e x e m p lo d e c o m p o s iç ã o d e s s e m a te ri a l, 0
O Qu a d r o 1 a p r e s e n ta u m
d e u m a ~ ~ m b i~ a ç ã o d e a b o r~ a g e n s : (a)
a~to. d e ~ e m p e n h o é p r ~ d u to iç ã o
e p e l a u ti l1 z a ç a o d e u m a d is tr ib u
d1m1nu1ção d a p o r o s id a d
a p e la c o m b in a ç ã o d e f in o s ; ( b ) p ro je to
granulométrica e x te n s a , o b ti d
c a d a p a r tí c u la m a io r e s tá c e rc a d a p o r
d e g r a n u lo m e tr ia d e f o r m a q u e
e .d is tr ib u e m a,.s. te n s õ e s ;. ( e ) re la ç ã o
; á r i a s . partículas m e n o r e s , q u
a b a ix o d a n e c e s s a n a p a r a h id r a ta r to d o
a g u a /c im e n to f r e q ü e n te m e n te 0
d is p e r s a n te s e f ic ie n te s , u m a v e z q u e
cim e n t o , v ia b il iz a d a p o r a d i ti v o s
e s e u m ó d u lo d e e la s ti c id a d e sã o
a r e s is tê n c ia d o g r ã o a n i d r o
s d e a ç o ; ( e ) d i m i n u i ç ã o d o s d e fe it o s
s u p e r io r e s ; ( d ) r e f o r ç o c o m f ib r a
é a u t o - a d e n s á v e l . A lé m d e b a ix a
de m o l d a g e m , p o is o p r o d u t o
r e s i s t ê n c i a à d e g r a d a ç ã o n a m a io ri a
porosidade que confe r e e n o r m e
o - r e p a r á v e l , d e v i d o a o a lt o te o r d e
dos a m b ie n te s , o p r o d u t o é a u t
s s ã o p r e e n c h i d a s p e l o s p r o d u to s d a
cim e n to a n id ro : e v e n t u a i s f i s s u r a
o s a n i d r o s e x p o s t o s .
hidratação dos grã
13
200 310
10
...
7,79 2,65 2 o
3,17
0,216 2,85 2.27
1430 1,21
0,021 1000 0300
0,402 0325
0,235
0,084 0,11
0012 o
161 1066 0004 0142
746 224 242 9 142
......
-
100 µm
(b)
t.
Figura 3 - Imagem de microscopia de varredura (elétrons retro~espalhados) mostrando a gradação do_teor _de fibras
de PVA em compósito de cimento de acordo com a neces~1dade de n.lorço JMíl esforç lle flexao. Fibras
aparecem como pontos escuros. (DIAS. SAVASTANO JR. e JOH 6)
3 A outn n1 . a do T102
alotróp1c . e, o rutilo,
. 0 pigm
. ento mais comum em tintas imobiliárias
ô -PIOéllüli ~:isobatPp t i l m ~ de
~ ~~- - - ~~ pomo (Figura S)
rnmlil•J:M*da d e ~ aotón&G dó tempo, atribuída~
fotocatalíticas por proddtoS de cad,onatação (POON e
e até mesmo hidratação
tl'IUlblo (2009) apresenta uma nova ·solução que pennite um pós-tratamento
perft'cies existentes e, portanto já carbonatadas e hidratadas, sem mudança
aparência. O sistema proposto ~m a vantagem adicional de combinar 0
. lamento hidrofóbico que dificulta a penetração de água nos po~s d~s produtos
cunentíticos e outras rochas, com uma superfície, que após ati.vaçao por UV,
passa a ser superhidrofílica (ângulo de contato< 20º), favo~~endo a velocidade
de secagem e a remoção da sujeira incluindo a matéria orgamca decomposta.
Adicionalmen te, está comprov~do que O produto também oxida poluentes
abnosféricos, como NOx, SOx, NH3, co, e compostos orgânicos voláteis. como
benzeno, .tc~I~eno, aldeídos e hidrocarbonetos poliaromá~cos (CASSAR~ 2004).
Esta poss1b1hdade tem levado a experimentos de aplicaçao _dest~s revestunentos
em áreas urbanas 1. visando a melhoria das condições amb1enta1s urbanas (YU,
2003, MARANHAO , 2009).
Figura 5 -A Igreja "Dives in Misericordia" em Roma, constmída com concn:tn dt: L'imt:nl~l bram:n fotocata\ítico:
nunca ficará suja (Fonte: JTALCEMENTI, 2007).
54.4.2 Pinturas frias
As ilhas de caJor, capazes de elevar e1n
cidade, são um probJema urbano que agrav~ ~ a temperatura ao centro. da
nsurno de energia para condici O 8COnforto e pode até domar o
c;ANTAMOURIS, M. et ai. (200 f ). A .::.":':n!_o llmbi"!'tal dos edificios
( or vegetação e seu potencial de evapo1ran •tu,~ do ambten": llllbual, coberto
8
~ateriais de cores ".scuras (ci_nza, Preto, veJ:..,~ao, por um ambiente "'_bano com
su erfícies por m1cr~organ1smos (SiiIRAKA~ agravada pela colomzação das
,fncipais causas das ilhas de calor. A et ai. (2002) é uma das
P Revestir as superfícies com materiais de cores claras b ·a1
J M, · d
pode reso ver. as como . Pünto de vista prático - éodesejável
0 ranco emuma
especi
maior -
variedade. de cores, mc!usi_v_c P~ evitar o ofuscamento da vizinhança, foi
1 1 !
desen,volv1da uma nov~ fam a de pigmentos, denominados pigmentos coloridos
inorgamcos complex_os _ou J?•~mentos de óxidos metálicos mistos, que reflete e
absorve parte da ':d,_açao v,s,vel garantindo cor, incluindo o marrom e o preto,
mas reflete a fr3rao mfrav~rmelha, que não influencia na percepção de cor dos
humanos, mas e responsavel por aproximadamente 45% da energia do sol
(UEMOTO et ai. 2010). Assim é possível a produção de superfícies escuras que
refletem parcela s1gnificat1va da energia (Figura 6).
No entanto a deposição superficial de sujeiras, incluindo a colonização por
microorganism os, reduz progressivamente o efeito da pintura (SYNNEFA et al.
2007). Portanto a avaliação da e~cácia da soluç~o depende de ?m estudo_ de
envelhecimen to natural nas condições de uso. E também poss1vel combt?ar
mecanismos autoJimpante s na pintura. Em todos os casos é importante garantrr a
limpeza periódica.
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90 NIR
80
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20 ............. STD ~ .
- • - , - Coai brown palnt
10 _ _ _ _ convemtlonal brown paint
o
200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000 2200 2400 2600
wavelength (nm)
- fl ·t:- .·, de .
fibroc1mento sem P1·ntura (refletância total de 47,3% -\ m
Figura 6-( omparaçao entre a rc e anc1a . l d 30,2% - legenda:--- , eco
. • danai (rcflctãncia tota e
legenda: • ••), pintado com tinta marrom conven . - • - • ). (UEMOTO et al. (2010).
. . (rc: fl ctancia
, fd marrom fna , · tol'a1d'·"' f, J ,9% - legenda.