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CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2016
André Ferreira de Azevedo
Natal-RN
2016
Catalogação da Publicação na Fonte
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Sistema de Bibliotecas Biblioteca Central Zila Mamede /
Setor de Informação e Referência
___________________________________________________
Prof . Dr. Olavo Francisco do Santos Junior – Orientador
___________________________________________________
Prof. Dr. Leonardo Flamarion Marques Chaves – Examinador Interno
___________________________________________________
Prof. Dr. Ênio Fernandes Amorim – Examinador Externo
Natal-RN
2016
RESUMO
O projeto de estruturas de contenções multiancoradas consiste na verificação de condições de
segurança para as tipologias de ruptura existentes. O objetivo deste trabalho é analisar essas
condições para um modelo de estrutura de contenção multiancorada em areia. Inicia-se o
artigo com uma revisão teórica acerca de determinação de empuxo horizontal de terra através
da teoria do empuxo de Rankine. Mais adiante, discutem-se as falhas de projeto que
houveram em obras de metrô do século XIX as quais utilizavam escavações escoradas.
Discute-se diagramações de empuxo para paredes de contenção com travamentos que foram
propostas para evitar futuros problemas de mesma natureza. Os fatores de segurança serão
calculados para os quatro diagramas propostos. Adicionalmente, utiliza-se o software Geo5
que, baseado no Método dos Elementos Finitos, fornece uma análise de deslocamentos da
estrutura e verificação da estabilidade das ancoragens. Destaca-se, ao fim do artigo, uma
comparação dos fatores de segurança calculados a partir das quatro diagramações propostas,
os resultados de deslocamentos e verificação das ancoragens trazidos pelo software Geo5.
ABSTRACT
The design of a multianchored retaining wall consists on the verification of safety conditions
for the existing failure modes. The objective of this article is to analyze those conditions for a
multi-anchored retaining wall model to be built in a sandy soil. This article begins with a
theoretical review about the determination of lateral earth pressure and the Rankine theory.
Furthermore, it discusses about the design failures that happened in subway construction sites
during the nineteenth century, which used braced excavations. It also discusses the earth
pressure diagrams acting on braced excavations and anchored retaining walls that had been
proposed for avoiding future problems of the same nature. The factors of safety will be
calculated for those four proposed diagrams. Additionaly, the Geo5 software has been used
and, based on the Finite Element Method, provides a structural displacement analysis and the
verification of anchors stability. Finally, this article highlights a comparison between the
factor of safety calculated from those four different proposed diagrams, the displacement
results and the anchor verifications that Geo 5 came up with.
1
determinados através da linha de ruptura proposta por Rankine (1857, apud DAS, 2011, p.
355-359).
Espera-se que, feitas as análises, possam-se atingir, ao fim deste trabalho, boas
considerações acerca dos métodos utilizados atualmente para verificação de estabilidade de
estruturas de contenções multiancoradas em areia.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 DETERMINAÇÃO DO EMPUXO HORIZONTAL DE TERRA – TEORIA DO
EMPUXO DE RANKINE
Para o cálculo de empuxo horizontal de terra atuante em estruturas de contenção, faz-se
necessária a determinação inicial de coeficiente de empuxo, parâmetro fundamental que
relaciona tensão horizontal e vertical atuantes em estrutura de contenção. De forma genérica,
para areias normalmente adensadas, utiliza-se a equação de Jáky (1944-1948, apud HOLTZ,
KOVACS e SHEAHAN, 2015, p. 571):
K ! = 1 − senϕ .
A teoria de Rankine (1857, apud DAS, 2011, p. 355-359) considera que o maciço de
solo em estudo está na iminência de ruptura, configurando o estado de equilíbrio plástico do
solo. No caso ativo de Rankine, considera-se que o muro em estudo sofreu um afastamento da
massa de solo, diminuindo consideravelmente o valor da tensão horizontal principal,
ocorrendo, portanto, a ruptura do solo. Paralelamente, no caso em que a parede de contenção
é empurrada contra um maciço de solo, têm-se o caso passivo de Rankine. Sendo assim, a
tensão horizontal principal será aumentada consideravelmente, configurando, também, a
ruptura passiva do solo. A teoria determina o cálculo dos coeficientes de empuxo ativo e
passivo através das seguintes expressões:
ϕ
K ! = tg ! 45° − 2
ϕ
K ! = tg ! 45° + 2
Adicionalmente, as tensões horizontais para os casos ativo (σ! ) e passivo (σ! ) de
Rankine, em areia (c=0), são determinadas pelas seguintes expressões:
σ! = γ. z. K !
σ! = γ. z. K !
2
O plano de ruptura do maciço de solo contido descrito pela teoria de Rankine tem para o
ϕ ϕ
caso ativo uma inclinação de 45° + 2 e para o caso passivo 45° − 2 graus com a
horizontal.
2.2 EMPUXO DE TERRA ATUANTE SOBRE PAREDES MULTIANCORADAS
Durante o século XIX, grandes cidades estavam executando obras de metrô, utilizando a
técnica de escavações escoradas com estroncas. Para o dimensionamento dessas estroncas, até
então, considerava-se a convencional diagramação triangular de tensões ativas do solo.
Entretanto, alguns acidentes ocorreram, rompendo as estroncas e tirantes que estavam sendo
utilizadas no travamento de seus paramentos. Experimentos foram realizados extraindo
medidas de carga em estroncas de diversas obras de mesma categoria, constatando, assim,
uma distribuição parabólica de tensões (TAYLOR, 1941 apud TSCHEBOTARIOFF, 1978, p.
335), ao invés da distribuição triangular. O diagrama parabólico de tensões está representado
na Figura 1. Com esses resultados, justificou-se o rompimento das estroncas e tirantes que
haviam ocorrido, uma vez que a carga suportada pelo travamento mais próximo da superfície
seria superior àquela prevista em uma distribuição triangular de tensões.
Figura 1 - Distribuição de tensões e deformações do paramento em escavações com escoramento em areia.
3
escorada com estroncas. A Figura 1 ilustra, em seu lado direito, a configuração desse
movimento. A zona de compressão, na região mais superior, representa os grãos em seu
estado natural tendendo à redução de seu índice de vazios para prosseguirem à zona de
expansão e escorregamento. Medidas detectaram que o movimento lateral do paramento
configurava uma rotação em torno do topo (TSCHEBOTARIOFF, 1978). Eis, portanto, uma
adicional variação de modelo de ruptura a qual deve ser considerada em cálculos de Fatores
de Segurança.
3 MODELO DE ESTUDO
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados alguns parâmetros genéricos,
tanto no âmbito estrutural quanto no geológico.
Figura 2 - Modelo genérico utilizado no estudo
FONTE: Autor
A Figura 2 detalha as considerações feitas para o desenvolvimento do estudo. O sistema
estrutural conta com uma profundidade de escavação total de 10 metros, com ficha de 4
metros engastada no solo e três linhas de ancoragem. Foi adotada uma sobrecarga de
10kN/m! , segundo recomendação de Marzionna et al (1998, p. 542). Foi considerada a
estrutura como sendo executada em solo não estratificado composto por Areia (ϕ = 30°; γ =
18kN/m! , c = 0). O ângulo de atrito entre solo e muro δ = 20°. A inclinação do possível
plano de ruptura do maciço contido obedece às teorias do caso ativo de Rankine, já detalhadas
neste artigo.
𝜙 30°
θ = 45° + 2 = 45° + 2 è θ = 60°
A profundidade dos tirantes foi determinada em sequência à determinação da linha de
ruptura de Rankine. O trecho ancorado conta com 8 metros de comprimento, afastados de 1
metro da linha de ruptura. A carga admissível dos tirantes é de 350 kN, e a componente
horizontal a ser utilizada nos cálculos será de:
4
T = 350. cos 15° è T = 338 kN
O nível do lençol freático está localizado abaixo do sistema estrutural, não interferindo,
portanto, nos cálculos aqui apresentados.
FONTE: Autor
4.1 COEFICIENTES DE EMPUXO ATIVO E PASSIVO (𝐊 𝐚 𝐞 𝐊 𝐩 )
O cálculo dos coeficientes de empuxo ativo e passivo foram realizados através das
equações de Rankine:
ϕ 30° !
K ! = tg ! 45° − !
2 è K ! = tg 45° − 2 è K! = !
ϕ 30°
K ! = tg ! 45° + !
2 è K ! = tg 45° + 2 è K! = 3
4.2 DIAGRAMA RETIFICADO
Este modelo de diagramação é sugerido por Marzionna et al (1998, p. 551). Consiste na
diagramação convencional triangular e sua posterior substituição por diagrama retangular de
mesma área. Como resultado dessa substituição, obtém-se o mesmo valor resultante de
empuxo ativo, porém atuando em um ponto mais acima, trazendo o cálculo para uma
realidade mais desfavorável.
!
σ!!"#" = K ! . γ. H = ! . 18.14 è σ!!"#" = 84kN/m!
5
!
σ!!"#$%&'$(' = K ! . q = !
. 10 è σ!!"#$%&'$(' = 3,33kN/m!
Figura 4 - Diagrama de tensões ativas de a) empuxo do solo, b) sobrecarga e c) somatório final de empuxos ativos
FONTE: Autor
O empuxo ativo total é numericamente igual à área do diagrama trapezoidal oriundo da
soma entre os diagramas de empuxo do solo e da sobrecarga. Portanto, o valor do empuxo
ativo total é de 634,62 kN/m. Obedecendo as regras do método, para a continuação dos
cálculos de estabilidade da estrutura, substitui-se o diagrama trapezoidal por um diagrama
retangular de mesma área. O valor, portanto, da tensão do diagrama retangular é de
45,33kN/m! (Figura 5 a).
O valor da tensão passiva máxima atuante na estrutura é de:
σ! = K ! . γ. H = 3 . 18 . 4 è σ! = 216𝑘𝑁/𝑚!
Tendo em vista que a mobilização passiva do maciço de solo contido é bem maior do
!
que na sessão ativa K ! = ! e K ! = 3 , o valor da tensão passiva máxima foi dividido por
1,5. Ressalte-se que não se trata da aplicação de um fator de segurança, e sim uma
consideração adicional de projeto. Assim sendo, a tensão passiva máxima a ser utilizada para
fins de cálculo será:
216
σ! = è σ! = 144kN/m!
1,5
A Figura 5 b ilustra as tensões finais atuantes obtidas através da área dos diagramas.
Figura 5 – a) Diagrama final de tensões atuantes e b) cargas resultantes
FONTE: Autor
6
Então, os valores de FS em relação a rotação em torno do tirante superior, rotação em
torno do pé e translação são:
!!" ! !!!!" ! !!!"" ! !",!"
FS!"#" = !"#,!" ! !
è FS!"#" = 1,93
!
!"" ! !!!" ! !!!!" ! !!!!" ! !"
FS!É = !
!"#,!" ! !
è FS!É = 2,14
!!" ! !!!""
FS!"#$%&#ÇÃ) = !"#,!"
è FS!"#$%&#ÇÃ) = 2,05
FONTE: Autor
A figura 7 ilustra as cargas resultantes atuantes no sistema: T1 = T2 = T3 = 338 kN =
componente horizontal da carga dos tirantes; 360,8 kN/m = resultante do diagrama
trapezoidal de empuxo; 46,62 kN/m = carga horizontal equivalente à sobrecarga de 10 kN/m2.
Figura 7 - Cargas resultantes atuantes
FONTE: Autor
7
Então, os valores de FS em relação a rotação em torno do tirante superior, rotação em
torno do pé e translação são:
!!" ! !!!!" ! !
FS!"#" = !"#,! ! !!!",!" ! ! è FS!"#" = 2,31
!!" ! !"!!!" ! !!!!" ! !
FS!É = !"#,! ! !!!",!" ! !
è FS!É = 2,55
!!" ! !
FS!"#$%&#ÇÃ) = !"#,!!!",!" è FS!"#$%&#ÇÃ) = 2,49
FONTE: Autor
A figura 9 ilustra as cargas resultantes atuantes no sistema: T1 = T2 = T3 = 338 kN =
componente horizontal da carga dos tirantes; 306 kN/m = resultante do diagrama trapezoidal
de empuxo; 46,62 kN/m = carga horizontal equivalente à sobrecarga de 10 kN/m2.
Figura 9 - Cargas resultantes atuantes
FONTE: Autor
Então, os valores de FS em relação a rotação em torno do tirante superior, rotação em
torno do pé e translação são:
!!" ! !!!!" ! !
FS!"#" = !"# ! !,!"!!",!" ! ! è FS!"#" = 2,82
8
!!" ! !"!!!" ! !!!!" ! !
FS!É = !"# ! !,!"!!",!" ! !
è FS!É = 2,89
!!" ! !
FS!"#$%&#ÇÃ) = !"#!!",!" è FS!"#$%&#ÇÃ) = 2,88
FONTE: Autor
A figura 11 ilustra as cargas resultantes atuantes no sistema: T1 = T2 = T3 = 338 kN =
componente horizontal da carga dos tirantes; 390 kN/m = resultante do diagrama retangular
de empuxo; 46,62 kN/m = carga horizontal equivalente à sobrecarga de 10 kN/m2.As cargas
atuantes são:
Figura 11 - Cargas resultantes atuantes
FONTE: Autor
Então, os valores de FS em relação a rotação em torno do tirante superior, rotação em
torno do pé e translação são:
!!" ! !!!!" ! !
FS!"#" = !"# ! !!!",!" ! ! è FS!"#" = 2,17
9
!!" ! !"!!!" ! !!!!" ! !
FS!É = !"# ! !!!",!" ! !
è FS!É = 2,38
!!" ! !
FS!"#$%&#ÇÃ) = !"#!!",!" è FS!"#$%&#ÇÃ) = 2,32
10
A figura 16 ilustra as deformações encontradas nas análises desenvolvidas para os
diferentes valores de f!" do concreto.
Figura 16 – Deformações resultantes da análise no Geo5 para estrutura de contenção executadas com concretos de
diferentes resistências à compressão
Comprimento Comprimento
Fileira
Inicial (m) Final (m)
1 7,20 12,00
2 5,70 11,00
3 4,10 10,00
11
A figura 17 apresenta as cunhas de ruptura determinadas pelo Geo5, que têm como
delimitações a parede, a superfície do terreno, o ponto médio do trecho ancorado dos tirantes,
e o pé da construção. A análise do programa gera uma cunha para cada fileira de tirante.
Figura 7 - Cunhas de ruptura apresentadas pelo Geo5
FONTE: Autor
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este trabalho obteve como resultado principal a análise de uma estrutura de contenção
multiancorada em areia. A primeira análise foi realizada através do cálculo dos Fatores de
Segurança (FS) de verificação quanto às três tipologias clássicas de ruptura para estruturas
desta natureza: rotação em torno do tirante mais superior (tirante de topo), rotação em torno
do pé da estrutura e translação global do sistema. Os Fatores de Segurança foram calculados
individualmente para cada modelo de diagramação apresentada neste artigo.
Gráfico 1 - Compilação dos Fatores de Segurança calculados através dos métodos apresentados
3.5 2.89
3 2.55 2.82 2.88
2.38 2.49
2.5 2.14 2.32 2.31
2.17
1.93 2.05
2
FS topo
1.5
FS pé
1
FS translação
0.5
0
Reti0icado Retangular Trapezoidal Trapezoidal
Terzaghi & Terzaghi & Tschebotarioff
Peck (1967) Peck (1948) (1951)
FONTE: Autor
O gráfico 1 apresenta, de forma compilada, os Fatores de Segurança calculados. Os
resultados mostram que, em meio aos diversos modelos de diagramações de tensões
existentes na literatura, o modelo que apresenta os menores valores de FS é o mais
conservador de todos, o diagrama retificado. Os diagramas trapezoidais de Terzaghi & Peck
12
(1948, apud TSCHEBOTARIOFF, 1978, p. 342) e o de Tschebotarioff (1951, apud
TSCHEBOTARIOFF, 1978, p. 342) trazem os maiores valores de FS.
A segunda sessão de análise foi desenvolvida através do software geotécnico Geo5,
obtendo-se os deslocamentos da estrutura para diferentes valores de f!" do concreto, além de
verificação da estabilidade interna dos tirantes. Os resultados das análises mostram que, para
fins de engenharia, diferentes valores de f!" do concreto não resultam em diferenças
significativas de deslocamentos na estrutura em trabalho. As diferenças encontradas variando-
se o f!" do concreto entre 20 e 50 MPa foram de apenas 0,3 milímetros (ver figura 16).
Em relação à análise de estabilidade interna dos tirantes, pode-se dizer que o software
Geo5 considera insuficiente o comprimento de trecho livre inicialmente utilizado para a
estabilidade do sistema. Para Marzionna et al (1998, p. 564), a ancoragem é considerada
satisfatória se o tirante tiver comprimento suficientemente capaz de garantir que a massa de
solo atrás da parede (dentro da cunha) irá suportar a compressão causada pelo tensionamento
das ancoragens. Essa verdade justifica a necessidade que houve em aumentar o comprimento
livre dos tirantes no software de forma iterativa, até que a estabilidade fosse considerada
satisfatória.
7 CONCLUSÃO
O presente artigo foi desenvolvido em cima de análises desenvolvidas em modelo de
estrutura de contenção multiancorada em areia. A análise inicial foi elaborada seguindo-se as
orientações de Joppert Jr (2007, p. 24-25) para cálculo de Fatores de Segurança, considerando
os modelos de ruptura por rotação em torno do pé da construção, em torno do tirante mais
superior e, por fim, translação. Os cálculos foram realizados para quatro modelos diferentes
de diagramação de tensão, sendo eles: o diagrama retificado de tensões, os diagramas
trapezoidais de Terzaghi e Peck (1948, apud TSCHEBOTARIOFF, 1978, p. 342) e
Tschebotarioff (1951, apud TSCHEBOTARIOFF, 1978. p. 342) e o diagrama retangular
proposto por Terzaghi e Peck (1967, apud TSCHEBOTARIOFF, 1978, p. 342). Todos os
diagramas que foram utilizados são específicos para areias, apenas.
Uma outra análise desenvolvida para o este artigo, foi utilizado o software geotécnico
Geo5, no módulo de Verificação de Contenções, no qual foram incluídos todos os parâmetros
estruturais e geotécnicos. Concluiu-se que a utilização de valores diferentes de f!" do concreto
não interfere de forma significante nos deslocamentos sofridos pela estrutura, muito embora a
alteração desse parâmetro signifique aumentar a rigidez do material através do módulo de
elasticidade. A análise do Geo5 permite concluir, ainda, que a estabilidade dos tirantes não
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deve ser dependente da posição da linha de ruptura determinada através da teoria de Rankine
(1857, apud DAS, 2011, p. 355-359). O programa considerou inseguros os tirantes pré-
determinados de acordo com a posição da linha de ruptura estabelecida pela teoria, sendo
necessário o incremento no comprimento dos trechos livres. Foi possível analisar, através dos
resultados do software, as cunhas de ruptura a que os tirantes submetem o sistema estrutural,
facilitando, portanto, o entendimento da necessidade de alteração da estrutura.
Nesse ensejo, conclui-se que o desenvolvimento deste trabalho manteve-se sempre a
favor da segurança, considerando verificações de diversas naturezas. Cumpriu-se, assim, o
objetivo de analisar as diversas fontes de informação disponíveis atualmente para projeto de
estruturas de contenções multiancoradas em areia.
8 REFERÊNCIAS
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