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Notas sobre Teoria em Gramática

Morfologia (10 classes que formam três grupos)

Grupo Nominal (questões que tem relação com regência e concordância nominal) : o centro desse
grupo é a classe dos Substantitvos e está acompanhado das classes Artigo, Adjetivo, Numeral e
Pronomes.

Grupo Verbal : formado por Verbo e Advérbio pois são classes que se relacionam
primordialmente.

Grupo Relacional (conectivos) : formado pelas classes Conjunção e Preposição.

• Artigo : servem para particularizar um substantivo dentro de uma sentença ( O, A, Os, As,
Um , Uma, Uns, Umas)

◦ Operam sobre o referente, de modo a torná-los Definidos (O, A, Os, As) ou Indefinidos
(Um, Uma, Uns , Umas). É uma classe importante porque, além de indefinir referente,
também pode substantivar outras classes gramáticas, p.e. , o verbo falar pode ser “o
falar” de alguém, deixando de ser um verbo.

• Adjetivo : tem a função de exprimir característica ou qualidade de um substantivo

◦ Pode ser classificado como Restritivo (em relação ao referente, o termo adjetivo destaca
a palavra como distinta das demais, p.e. “cachorro inteligente”, destaca o substantivo
“cachorro” como dotado de uma qualidade a mais) ou Explicativo (destaca
características inerentes do referente, p.e. , “faca afiada” ou “fogo quente” )

▪ Essa classificação é importante na análise de Orações Subordinadas Adjetivas , um


campo em que a Oração Subordinada exerce uma função Adjetiva Restritiva ou
Explicativa em relação a Oração Subordinante.

◦ Diferença entre Adjetivo (uma palavra) e Locução Adjetiva (conjunto de palavras


com a mesma função) : comparando as frases “Ela fez sua leitura do dia” e “Ela fez sua
leitura diária”, observa-se que “diária” é adjetivo de “leitura”, enquanto que “do dia” é a
reunião da flexão da Preposição “De” com o Artigo “O” para classificar o Substantivo
“dia”, e essa reunião tem uma única função, que é adjetivar o substantivo “leitura”,
portanto, torna-se uma Locução Adjetiva.

• Advérbio : palavra de natureza invariável (não flexiona) que exprime circunstância sobre
Verbo, Adjetivo ou Advérbio. Pode ser classificado como : advérbio de afirmação (sim,
certamente, claramente); de negação (não, nunca, jamais, absolutamente); de dúvida (quiça,
talvez, será) ; de tempo (agora, antes, ontem, já, sempre, nunca , neste); de lugar (aqui, ali,
acolá, lá) ; de modo (depressa, bem, rapidamente, mal) ; de Intensidade (muito, pouco,
demais, bastante)

◦ Também temos a classe de Interrogação, p.e. : por que, como, quando , onde (onde
está?), aonde (a [preposição] + onde = para onde vai?) , donde (de + onde = de onde
veio?)
◦ Pode haver a presença de Locuções Adverbiais numa frase ou oração. P. e. “Aqui ,
deixaremos a mala” (vírgula é opcional) é semelhante a “Naquele lugar, deixaremos a
mala”, que também é semelhante a “Sobre o móvel da mesa , deixaremos a mala”
(vírgula é obrigatória!); ambos são advérbios de lugar.

▪ DICA sobre utilização de vírgula : locuções adverbiais com mais de três


palavras sempre tem de ser separadas por vírgula; casos de locução com menos
de três palavras tem a vírgula como elemento facultativo.

• Conjunção (Síndeto = união) : palavra que exprime circunstâncias dentro de uma oração –
semelhante aos advérbios , portanto não flexiona!! Ela estabelece funções entre orações
subordinadas e subordinantes, dando-lhes uma relação de sentido. Podem ser uniões
Coordenativas ou Subordinativas.

◦ Coordenativa (termos unidos sem dependência sintática, tem significado completo)

▪ Aditiva : “A menina trouxe bolo e salgados” = “A menina trouxe bolos” + “A menina


trouxe salgados”

▪ Adversativa : “Sérgio escuta conselhos mas não os aceita” = “Sérgio escuta


conselhos” (oração assindética) + “Mas Sérgio não os aceita” (oração sindética).
Outros ex.: contudo, entanto, entretanto, porém, todavia.

▪ Alternativa : ou, ora...ora.

▪ Conclusiva : logo, portanto, no entanto, pois – colocada após o verbo presente na


oração assindética! : “Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar” = Sujeito
oculto “Eu” + “não tenho dinheiro” (oração assindética) + “portanto (Eu) não posso
pagar” (oração sindética). Ambos tem significado pleno, indicando uma
independência sintática.

▪ Explicativa : que, porque, porquanto, pois – colocadas antes do verbo! : “Vinícius


devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.” = “Vinícius devia estar cansado”
+ “porque (Vinícius) estudou o dia inteiro”.

◦ Subordinativas (termos unidos com dependência sintática, definindo uma Oração


Principal – sempre sem conjunção - e uma Oração Subordinada – com conjunção)

▪ São divididas em dois tipos :

• Conjunções Integrantes (CSI) – são aquelas que tem função de objeto direto.
Normalmente aparecem pelas conjunções “que” e “se”. P.e. “O professor não
falou que a prova seria hoje” → “O professor não falou” + “que a prova seria
hoje” = (Sujeito + advérbio de negação) + VTD + ([Conj. Integrante +
Substantivo + VTD + advérbio de tempo] = Objeto Direto);

◦ Nesse caso, como “falar” é V.T.D os elementos depois da conjunção estão


funcionando como Objeto Direto, portanto é uma Oração Subordinada
Substantiva Objetiva Direta.
▪ É como se a oração Principal tivesse um peso que atrai a oração
subordinada, reduzindo ela a um elemento unicamente auxiliar. Diferente
de uma oração subordinada adverbial, em que o peso parece estar na
oração subordinada.

◦ Há também O. S. S. Subjetivas : são aquelas que tem a função de Sujeito


na Oração Subordinada. P.e. “É mister a saída do presidente” = “a saída do
presidente” funciona como sujeito do Predicado formado pelo verbo “é” +
advérbio “mister”.

▪ Podemos rescrever esse período simples como “É inegável que o


presidente saia”; nesse caso, temos duas orações relacionadas pela
conjunção integrante “que” e que mantém a função de sujeito da parte
“que o presidente saia”.

DICA : para O.S.S. basta trocar a oração subordinada por “ISTO”; p.e. “É
inegável ISTO” = “ISTO é inegável”, portanto inegável é predicativo do
sujeito, logo “ISTO” funciona como Sujeito da oração composta.

• Adverbiais – uma vez que a Conjunção Subordinativa Integrante (ou OSS)


funciona como Objeto Direto ou Sujeito , as Conjunções Subordinativas
Adverbiais (OSA) introduzem uma função adverbial (normalmente na forma de
Locuções Adverbiais) em todas as suas formas (de modo, afirmação, tempo,
interrogação, etc.) às Orações Subordinadas.

◦ Ex.: Período Simples - “Neste dia fatídico, ele abandonou a esposa” temos
que “Neste” = Conjunção Adverbial de Tempo ; “dia fatídico” = Substantivo
+ Adjetivo ; “ele” = sujeito ; “abandonou” = VTD ; “a esposa” = artigo +
substantivo. A frase pode ser reescrita como “Ele abandonou a esposa / neste
dia fatídico” ; dado que “neste dia fatídico” é a junção de conjunção
adverbial + substantivo + adjetivo , temos uma locução adverbial de tempo.

◦ Ex.: Período Composto - “Quando se cansou daquilo, ele abandonou a


esposa” podemos reescrever “Ele abandonou a esposa” + “quando se cansou
daquilo” ; novamente temos a conjunção adverbial de tempo na oração
subordinante, mantendo sua função como O.S. Adverbial Temporal
• Interjeição : expressões invariáveis de sentimento como “ah”, “eita”, “ai”,etc.

• Numeral : pode ser cardinal (p.e. um), ordinal (p.e. primeiro), multiplicativo (p.e. triplo) e
fracionário.

• Preposição : é um termo invariável e serve para conectar termos; ela é sempre convidada a
participar da oração, p.e. nos casos de Objetos Indiretos, uma vez que Verbos Transitivos
Indiretos sempre são preposicionados.

• Pronome : serve para retomar ou referenciar termos numa oração. Por exemplo
“Ele”(Pronome Pessoal do caso reto), “Lhe”(Pronome Pessoal do caso oblíquo átono),
“Cujo”(Pronome Relativo), “Alguém”(Pronome Indefinido)

◦ Pronomes Pessoais (relacionados com a pessoa do discurso – 1º Pessoa : Quem fala; 2º


Pessoa : Para quem se fala ; 3º Pessoa : Sobre quem se fala)

▪ Caso Reto : { eu , tu ele } + {nós, vós , eles} = usualmente desempenha função de


Sujeito

▪ Oblíquos Átonos : { me, te , o , a, lhe , se } + { nos , vos , os, as, lhes , se } =


usualmente desempenha função de complemento ou de adjunto
▪ Oblíquos Tônicos : {(mim, comigo), (ti, contigo), (nós, conosco ) , ( vós, convosco),
(si , consigo) } = usualmente desempenha função de complemento ou de adjunto

◦ Emprego do “ eu , tu , mim e ti”

▪ 1º Regra de emprego de Pronomes Pessoais: depois de preposições essenciais ( =


preposições decoradas), emprega-se o caso oblíquo; observe que ela só vale para P.P.,
não afetando Pronomes de Tratamento, p.e.

▪ 2º Regra : se o pronome for sujeito, emprega-se o caso reto; “ser sujeito” implica em
dizer que o pronome afetará algum verbo, p.e. “Comprei um bolo para eu comer”

Continuar AULA...

• Substantivo : pode ser Próprio (Maria), Comum (baleia) ou Coletivo (alcateia)

• Verbos : designa ação (Ler), estado (Ser), mudança de estado (Estar) ou acontecimento
natural; sempre pode ser conjugada, portanto é flexível.

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