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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

CURSO: LICENCIATURA EM MATEMÁTICA


DISCIPLINA: AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
DOCENTE: DARLUCE ANDRADE QUEIROZ MUNIZ
DISCENTE: ANDERSON ARGOLO

Resenha crítica: Avaliação Escolar – Julgamento ou construção?

Os motivos que aponta a desqualificação da educação, levando as crianças e


jovens a frequentar menos a âmbito escolar. Enquanto o convívio em sociedade pode ser
destacado com um desenvolvimento intelectual mais aprimorado, mas nos parâmetros
avaliativos em sala de aula é considerado de baixa produtividade.
A avaliação tem sido constantemente utilizada muita das vezes de forma
reducionista analítico, de que avaliar pudesse limitar-se à aplicação de um instrumento
quantificador de dados. De forma que ecoasse “Vou fazer uma avaliação” quando se vai
aplicar uma prova ou um teste. Enquanto, o ato de avaliar, exige saber onde se deseja
chegar, que se estabeleça critérios, para que, em seguida escolha-se procedimentos, que
não seja a mecanização do indivíduo em relação a aprendizagem.

“Haverá um dia – talvez este já seja uma realidade – em que as crianças aprenderão
muito mais – e muito mais rapidamente – em contato com o mundo exterior do que no
recinto da escola” – M. MacLuhan

Começamos essa resenha com a frase de M.MacLuhan, e percebemos o quão


correta ela está nessa nova era tecnológica que se amplia exponencialmente no século
XXI.
Com a facilidade de aprendizagem através do meio digital, não apenas sendo ele
de um conhecimento acadêmico, mas de uma diversidade social, socioeconômica,
artísticas entre outras.
LIMA (1998), pontua através de dados coletados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) – “Estes dados colocavam-nos a frente a uma situação
que, podemos dizer ultrapassa o caos, pois a melhor notícia aponta uma progressiva
desqualifica da educação. Outros nos informavam: 8mil crianças e jovens nas ruas dos
grandes centros urbanos, 42 milhões de brasileiros subnutridos, apenas 20% dos jovens
em idade de 2º grau o estão frequentando etc.”
Podemos observar que em uma perspectiva o índice escolar está sendo declínio ao
passar do tempo, não sendo apenas uma problemática de ensino, mas também
governamental. A prioridade na educação é reduzida gradualmente, o novo Presidente da
Republica do Brasil, Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil gasta muito com educação.
LIMA (1998) diz também sobre relatos dos Pais – “Achavam seus filhos tão
inteligentes em casa e no convívio social! Como podiam ter tais resultados na escola?”
Estamos presos a uma forma de ensino cartesiano e utilizado a centenas de anos,
modelo que Brasil continua adotando de formar que mecanizar e quantificar o aluno, para
aprovar ao meio acadêmico do ensino superior, para os mais bem mecanizados da
indústria educacional. E com isso reduzindo a capacidade de resolver problemas do
mundo real enquanto a resolução de problema experimentais feitas em laboratórios em
condições perfeitas elas sabem resolver. Será que existe realmente um mundo em
condições ideais para ser aplicadas uma vida perfeita. “A avaliação teria uma função de
“qualificação do educando e não a de classificação” sendo a ultima um instrumento contra
a democratização do ensino” (LIMA, 1998).
Verificamos os muitos erros (diversas naturezas) que eram cometidos nestas
provas, e observamos que, frequentemente, estes erros diziam mais sobre professores,
conteúdos e métodos empregados do que uma real avaliação da criança (sequer no sentido
tradicional). (LIMA, 1998).
A situação de ensino provem de um acumulo de problemas não apenas no âmbito
escolar, mas fora dela. A falta da busca do desenvolvimento pedagógicos, de uma procura
de novas formas de inserir o aluno na sociedade, sem ser com o estereótipo de “nerd” que
hoje em dia é utilizado para retratar os melhores alunos desse padrão arcaico de ensino.
A sociedade está em constante divisão, o problema é que a educação não trabalha o senso
critico para como um cidadão, ele cria um ser que reproduz tudo é lido, escrito e visto.
Alienado.
A escola tem a função de introduzir o educando no ambiente da cultura e do
trabalho, com base nas perspectivas que a sociedade traça, com a ajuda do professor.
Trabalhar com as influências internas e externas do aluno é função da pedagogia. Cabe
ao professor estruturar sua prática de ensino sem fugir do objetivo de desenvolver a
autonomia e independência do discente.
A postura tradicional que se evidencia cada dia a mais nas escolas, hoje está sendo
expressa de forma diferente, se tornando mais sutil e branda, como afirma Steban (2001):
“A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas, as suas culturas e
seus processos de construção de conhecimentos; desvalorizando saberes, fortalece a
hierarquia que está posta, contribuindo para que diversos saberes sejam apagados(...)”
O professor, no exercício do seu papel, precisa saber que ensinar exige dele
respeito pelo saber que os alunos possuem, e não a imposição do seu egocentrismo como
detentor do saber. Freire (2000) questiona: “porque não discutir com os alunos a realidade
concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina”.

A avaliação escolar só tem sentido se busca caminhos para uma aprendizagem de


qualidade e de melhorias constantes. Mudanças estão propícias a ocorrer em todos os
níveis de educação, e como educador, se deve estar se atualizando e se moldando, pois,
ensinar também é aprender.
A avaliação busca a melhora da aprendizagem, e deve ser vista como instrumento
de estimulação para o aluno, de forma que promova a esperança e não castigos punitivos.
Como parte do processo educativo de ensino-aprendizagem, avaliar as melhores maneiras
de extrair o melhor de cada indivíduo é a melhor forma de ajuda-los a encontrar o seu
potencial, a construção do desenvolvimento do saber é mais que verbalizar palavras
programadas, é buscar a essência de cada um, pois, todos são indivíduos únicos.
Utilizar métodos classificatórios, impondo metodologias ultrapassadas, não busca
a diversidade do aprendizado e do avaliar, e sim uma seleção injusta, diversidades das
inteligências múltiplas, em grande maioria é descartada, para um padrão excludente.
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua
própria produção ou a sua construção”. (Freire 2000)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo, 15.
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
LIMA, Adriana de Oliveira. Avaliação escolar: julgamento ou construção? 5. ed. Petrópolis:
Vozes, 1998.
STEBAN, M. T. (org.) Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro:
DP & A, 2001

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