Professional Documents
Culture Documents
Sumário
1 – Os grandes exportadores
2 - Os grandes importadores
3 – Excedentes e deficits comerciais
4 – As relações comerciais de alguns países (2017)
5 - E a situação portuguesa?
2000/2005 13.20 %
2005/2010 8.93 %
2010/2015 1.07 %
2015/2017 1.91 %
1 – Os grandes exportadores
O peso dos países mais relevantes como origens da exportação, para cada um
daqueles anos apresenta o seguinte perfil (em % do total)
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 1
Alemanha 8,5 9,2 8,0 7,9 8,2
Arábia Saudita 2,9
Bélgica-Lux 2,5
Brasil 0,9 1,2 1,4 1,2 1,3
Canadá 4,2 3,3 2,5 2,5
China 5,7 9,0 12,0 15,0 15,0
Coreia do Sul 2,7 2,9 3,2 3,4 3,7
Espanha 1,8 1,9 1,6 1,7 1,8
EUA 12,0 8,6 7,8 8,8 7,7
França 4,7 4,2 3,4 3,2 3,2
Grã-Bretanha 4,3 3,4 2,6 2,7
Holanda 3,2 3,0 2,8 2,7 2,8
Índia 0,7 1.0 1,4 1,8 1,8
Itália 3,7 3,5 2,9 2,8 3,0
Japão 7,8 6,1 5,2 4,3 4,3
México 2,6 2,5 2,6
Rússia 1,7 2,4 2,6 2,0 2,1
Outros 35,5 37,8 39,7 37,5 42,5
Nota: Os espaços em branco representam situações < 2.5%
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 2
2 - Os grandes importadores
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 3
Japão; e o aumento da representatividade é bem claro nos casos da China, da
Índia e da Rússia, por razões que se prendem com dinâmicas próprias, as
perdas das potências atlânticas, como também à sua relativa imunidade aos
desastres financeiros.
A formação de excedentes comerciais (+) ou deficits (-), isto é dos saldos positivos ou
negativos entre as vendas e as compras no exterior fornece estes elementos (M $);
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 4
de dólares e dívida do Tesouro dos EUA, tornando-se assim o árbitro das
cotações do dólar;
ALEMANHA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
EUA França China China Holanda França EUA Grã-Br França
8.4 % 7.9 % 7.1 % 9.9 % 8.4 % 6.6 % 52080 51160 34580
BRASIL
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
China EUA Argentina China EUA Alem/Argent China Japão Alemanha
22.0 % 11.0 % 8.1 % 19.0 % 15.0 % 6.6 % 21390 5694 -3393
CHINA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
EUA Hong-Kong Japão Coreia Sul Japão EUA EUA Japão Coreia Sul
19.0 % 11.0 % 6.5 % 9.8 % 8.9 % 8.7 % 324630 21610 -49580
ESPANHA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
França Alemanha Portugal Alemanha França China Portugal China Alemanha
14.0 % 11.0 % 8.1 % 13.0 % 11.0 % 8.6 % 11736 -21213 -10620
EUA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
México Canadá China China México Canadá China Canadá México
14.0 % 12.0 % 11.0 % 22.0 % 14.0 % 13.0 % -330000 -125700 -121800
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 5
FRANÇA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
Alemanha Itália Bélg/Lux Alemanha China Itália Grã-Br Alemanha China
14.0 % 7.7 % 7.7 % 18.0 % 8.8 % 8.1 % 10641 -34900 -30217
GRÃ-BRETANHA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
EUA Alemanha Fran/Holan Alemanha China Holanda Alemanha China Holanda
11.0 % 9.8 % 6.3 % 15.0 % 9.5 % 7.6 % -53892 -36534 -22020
ÍNDIA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
EUA Emirat A U China China EUA Emirat A U EUA Emirat A U China
15.0 % 9.6 % 5.0 % 16.0 % 5.5 % 5.3 % 20865 5931 -52120
ITÁLIA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
Alemanha França EUA Alemanha França China EUA Grã-Br China
12.0 % 10.0 % 9.3 % 16.0 % 9.0 % 7.2 % 28123 12298 -15402
PORTUGAL
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
Espanha França Alemanha Espanha Alemanha França Grã-Br Espanha Itália
21.0 % 12.0 % 11.0 % 31.0 % 14.0 % 7.3 % 1866 -11799 -2209
RÚSSIA
Clientes Fornecedores Principais Saldos (M $)
China Holanda Alemanha China Alemanha Bielorús Bielorús Polónia Alemanha
11.0 % 8.5 % 5.7 % 20.0 % 12.0 % 5.7 % 5817 5286 -7083
O grau de concentração das exportações nos três maiores clientes é muito distinto:
Em primeiro lugar, sublinhe-se que há uma tendência natural e geral para uma
polarização do comércio de cada país com aqueles que lhe são
geograficamente próximos, por óbvias questões de maior relacionamento
histórico e cultural ou de redução nos tempos de viagem e inerentes custos de
transporte. Como é evidente, para bens cujo acesso não é materialmente
possível nas proximidades de um país produtor, o comércio será forçosamente
de longa distância, como nos casos dos produtos farmacêuticos ou da cortiça,
mercadorias que não têm uma produção disseminada pelo planeta;
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 6
Se um país desenvolve grandes e diversificadas capacidades exportadoras é
natural que o número dos seus clientes seja também elevado, como será o
caso de países como a Alemanha, a China mas, também a França, a Itália, o
Japão ou a Coreia do Sul. Por outro lado, há países com elevado rendimento
mas cuja especialização no âmbito da exportação é menos diversificada,
menorizada face a oportunidades de negócio em bens não tangíveis. Os EUA
são um caso paradigmático cuja atividade no âmbito do comércio internacional
se baseia na sua produção de cereais ou oleaginosas, armamento e serviços,
sejam financeiros, no âmbito da informação ou na produção cultural/ideológica
que, para simplificar designaremos por “Hollywood”; neste último campo, a
Índia embora tenha uma indústria cinematográfica mais produtiva tem um papel
muito menor no comércio global com os seus produtos “Bollywood”;
Nos casos da China, da Índia ou dos EUA, não há países europeus entre os
três principais clientes ou fornecedores. No que se refere ao Brasil regista-se
somente uma terceira posição e partilhada da Alemanha, como fornecedora;
A Rússia, por seu turno, tem na China o seu principal mercado, na exportação
e na importação, num contexto de maior relevo de países europeus.
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 7
mínimo. No caso de Portugal, Angola é o único caso que surge regularmente
como destino relevante de exportação; o que não acontece na importação.
Uma avaliação dos saldos do comércio externo para os países acima referenciados
revela que:
5 - E a situação portuguesa?
Como é evidente Portugal tem pouca expressão no comércio global; pela sua
dimensão demográfica, pela sua pobreza relativa e pela sua posição periférica, na
Europa e na Península Ibérica.
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 8
O peso relativo dos “Outros”, dos destinos secundários, pode designar-se como um
indicador de dispersão, um género de complemento de um indicador de concentração.
A concentração num estreito leque de destinos das exportações é, a priori, uma
fragilidade pois uma crise em um deles terá impactos globais ou setoriais sensíveis no
país exportador. Inversamente, um leque mais alargado de destinos da exportação é
uma diversificação em princípio favorável para o amortecimento de elementos de
perturbação em alguns desses destinos.
Note-se, como exemplo, no quadro abaixo que a Espanha é o principal destino das
exportações portuguesas com 21% do total em 2017 embora tenha atingido 24% em
2005. Por outro lado, a observação do ponto 4, revelará que aquele nível de
concentração num só país é muito superior ao dos outros países europeus ali
considerados – Espanha e Alemanha destinam ao seu principal cliente 14% da sua
exportação total, indicadores que descem para 12% no caso da Itália, 11% para a Grã-
Bretanha e 8.4% para a Alemanha. Trata-se de um grau de concentração muito
elevado, que, comparado com os outros países do ponto 4., só encontra paralelo com
a China (19%) e o Brasil (22%).
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 9
Total Importações > 2,5% 2000 2005 2010 2015 2017
Alemanha 14.0 14.0 13.0 13.0 14.0
Argélia 2.9
Bélgica-Lux 3.2 3.2 2,9 3.1 2,9
China 2.8 3,1 3.0
Espanha 26.0 28.0 30.0 32.0 31.0
EUA 3.0
França 11.0 8.7 7.1 7.3 7.3
Grã-Bretanha 5,9 4,3 3,7 3,1 2.7
Hong-Kong 3,0 2,8 2,9 3,7 3,7
Holanda 4.6 4.2 5.0 5.0 5.3
Itália 7.2 5.4 5.4 5.4 5.4
Japão 2.5
Nigéria 2.7
Outros 22.6 29.3 27.4 28.0 28.4
http://grazia-tanta.blogspot.com/
https://pt.scribd.com/uploads
http://www.slideshare.net/durgarrai/documents
grazia.tanta@gmail.com 10/3/2019 10