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Perguntas Teologia Sistemática por João Marcos e Tiago Dezan

5) Que bênçãos espirituais inclui o Pacto da graça?


R. O elemento central envolvido no Pacto da Graça são as palavras “serei o vosso Deus, e vós
sereis o meu povo.” (Jr. 31.33b; Ex. 6.7a), com isso entendemos que essa promessa engloba
todas as demais, sendo estas a promessa de várias bênçãos temporais, a promessa da
justificação, incluindo o perdão de pecados, a adoção como filhos e o direito à vida eterna, a
promessa do Espírito Santo de Deus para a aplicação plena e live da obra de redenção e de
todas as bênçãos da salvação e a promessa da glorificação final numa vida que não terá fim, em
tudo isso vemos uma administração da soberana graça de Deus, iniciada por Deus e por Ele
estabelecida e confirmada. O Pacto da Graça ministra a mais elevada benção e compreende em
comunhão com Deus, que é o cume do processo repentino e o ápice de nosso relacionamento
com Ele. É este Pacto que por excelência realiza a promessa “Eu serei o seu Deus, e eles serão o
meu povo” (Hb. 8.10). As bênçãos do pacto, para nós são como uma herança prescrita,
estabelecida e dada aos filhos como herdeiros.

6) O que Deus exige dos que entram com ele em relação pactual?
R. Deus exige que nós devemos aceitar pela fé a aliança com as promessas decorrentes, e assim
entrem na vida pactual, e que, pelo principio da nova vida gerada dentro deles, se consagrem a
Deus para uma nova obediência. Ter fé nas promessas e ter uma vida de obediência

16) Com quem o Pacto da graça foi formalmente estabelecido?


R. O pacto foi formalmente estabelecido entre Deus e o homem e sustentado por Cristo Jesus.

10) Em que sentido o Pacto da graça é condicional e em que sentido não é?


R. Para entendermos isso temos que demonstrar que um pacto é um contrato firmado entre duas
pessoas que podem estar num mesmo pé de igualdade ou não. Nesse “contrato” as duas
pessoas estão obrigadas por uma lei a cumprir suas partes no contrato. O contrato possui
recompensa aos cumpridores e ao mesmo tempo punição para os infratores da lei do contrato.
Se há uma lei neste contrato, então há também uma condição a ser cumprida dentro do mesmo.
O que devemos esclarecer antes de qualquer explanação é que há uma grande difença entre um
pacto feito entre dois homens e um pacto feito entre Deus e o homem. Os homens estão num
mesmo pé de igualdade, mas nunca estarão numa igualdade com Deus, Berkhof nos afirma isso.
Isto influencia diretamente na natureza do pacto feito entre Deus e o homem. Deus e o homem
nunca são apresentados na Bíblia como partes iguais num contrato, mas sempre todos os pactos
entre estas duas partes, dos quais tomamos conhecimento na Palavra de Deus, são sempre de
iniciativa divina e são sempre impostos por Deus ao homem, pois Ele é soberano sobre toda vida
humana e sempre tem o direito de impor Suas condições ao homem (a Parábola da Vinha), a fim
de que, através do cumprimento de tais condições o homem obtenha Seu favor e tudo seja
convergido para Sua glória. Isso nos leva à conclusão que num pacto firmado entre Deus e o
homem, é sempre Deus quem estabelece os termos do contrato, e ao homem compete apenas o
cumprimento de tais termos. Por tanto o pacto é claramente condicional sob a fiança de Jesus
Cristo. A entrada consciente do homem no pacto como uma comunhão de vida é condicional à
fé, e o gozo contínuo de suas bênçãos depende do exercício persistente dessa mesma fé. Ao
mesmo tempo, não há condição alguma no pacto que possa ser considerada meritória. Nesse
sentido, ela é incondicional. O pecador é convocado a arrepender-se e a crer, mas sua fé e seu
arrependimento não fazem jus de modo algum às bençãos do pacto.

Trabalho realizado por João Marcos e Tiago Dezan, alunos do 2º de teologia do Instituto
Bíblico Eduardo Lane.

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