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Eletropositividade e Eletronegatividade
Ambos os termos estão relacionados com a afinidade eletrônica de um átomo, e são usados
para definir o quão intensa é atração de elétrons quando átomos estabelecem uma ligação.
Assim, se por um lado a eletronegatividade tem a função de indicar a tendência de um
átomo atrair elétrons de uma ligação em sua direção, a eletropositividade trata de expressar
a propensão de um átomo a perder elétrons.
Ambas as propriedades são periódicas e variam com o tamanho do raio atômico do
elemento. Átomos de menor tamanho terão um maior caráter eletronegativo, e átomos de
maior tamanho terão um maior caráter eletropositivo.
Ligações Químicas
A combinação de átomos para a formação de moléculas só será possível se a estrutura
resultante oferecer maior estabilidade e menor energia para os átomos quando comparados
individualmente.
A estabilidade de um átomo está associado ao preenchimento de seus níveis eletrônicos
mais superficiais, e isto é refletido em sua energia. Átomos com sua valência totalmente
preenchida possuem uma energia mais baixa, e logo, não terão tendência a reagir, como
pode ser visto nos elementos do grupo 18 da tabela periódica, os gases nobres.
Com isso, átomos que não tem seu nível eletrônico mais externo completamente
preenchido serão propensos a adquirir uma configuração eletrônica mais estável,
semelhante a dos gases nobre, podendo receber, perder ou compartilhar seus elétrons da
camada de valência.
A estrutura assumida pelo elementos quando estiverem estáveis, o tipo de ligação
estabelecida e a força destas ligações definirá quais as propriedades macroscópicas de um
material.
Empacotamento Compacto
Considerando cada íon como uma esfera no espaço, estruturas cristalinas tendem a manter
um arranjo compacto, de forma a haver o mínimo de desperdício de espaço, mas devido ao
formato esférico dos íons, a densidade máxima que poderá ser atingida por um arranjo
como este será de até 74%. O restante será constituído pelos espaços não ocupados da
estrutura cristalina, divididos em interstícios que se encontram entre cada grupamento de
esferas. Interstícios são classificados de acordo com o número de íons que os delimitam,
podendo ser tetraédricos se forem delimitados por quatro esferas ou octaédricos se forem
delimitados por seis esferas.
Este tipo de energia não pode ser medido diretamente, mas é possível se determinar
teoricamente seu valor. Para tal, é levado em consideração que os íons de carga positiva e
negativa se comportam como cargas pontuais, e a energia que permite a formação do
cristal é baseada em suas interações de atração e repulsão eletrostática estando em
equilíbrio.
A energia de rede de um sólido reflete a força de ligação, o que pode ser notado facilmente,
pois cristais com altos valores de U possuem pontos de fusão e dureza mais elevadas.
Ciclo de Born-Haber
O valor da energia de rede também pode ser obtido através do uso de valores
experimentais. Usa-se para isso o ciclo de Born-Haber, que se baseia fortemente no
princípio da Lei de Hess, a qual diz que a variação total de energia de um processo
depende somente das energias dos estados inicial e final, e não do caminho seguido. Com
isso em mente, ao se dispor em etapas o processo de combinação dos íons para a
formação do retículo cristalino, dispondo a energia envolvida em cada etapa, e, ao final
somarmos todos os termos obtém-se o valor da Entalpia de Formação do cristal.
Desejando-se saber o valor de U, basta a aplicação de propriedades matemáticas de forma
a isolá-lo na equação termodinâmica e obter seu valor.
Características dos Compostos Iônicos
Geralmente se apresentam como sólidos cristalinos com pontos de fusão e ebulição muito
elevados. A interação estabelecida pelos átomos que os constituem não é de maneira
direcional, mas sim de natureza eletrostática em decorrência dos íons formados. Quando
fundidos ou em solução, tem a capacidade de conduzir corrente elétrica por conta da
liberdade dos íons.