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DOCENTE: Profº.
DISCENTES:
201X
GEOMETRIA DO CORDÃO DE SOLDA MAG E
INFLUÊNCIA DA INCLINAÇÃO DO CORDÃO DA
TOCHA E ANÁLISE METALOGRÁFIA
201X
RESUMO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2. OBJETIVO ................................................................................................................ 9
3.2. Metalografia......................................................................................................... 23
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 36
1. INTRODUÇÃO
Segundo MARQUES (2011), a soldagem MIG/MAG é um processo normalmente
semiautomático em que a alimentação de arame eletrodo é feita mecanicamente, através
de um alimentador motorizado e o soldador é responsável pela inclinação e interrupção
da soldagem, além de mover a tocha ao longo da junta. A manutenção do arco é mantida
pela alimentação continua do arame eletrodo, e o comprimento do arco é mantido
aproximadamente constante no sistema.
2. OBJETIVO
O seguinte relatório tem como objetivo mostrar as influências do ângulo no
processo de soldagem MAG, avaliando como a estrutura da solda é alterada com a
mudança do ângulo e o sentido que é direcionado o ângulo de soldagem (puxando ou
empurrando). Essa avaliação será feita através de uma análise metalógrafa.
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3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
3.1. Equipamentos de proteção individual
De acordo com a Norma Regulamentadora – NR 6, Equipamento de Proteção
Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde
no trabalho.
• Máscara para fumos de solda: protege o soldador contra fumos metálicos que
causam doenças respiratórias. É muito importante principalmente em ambiente
confinados. Podemos observar na figura 2.
das mãos mais resistente usadas para trabalhos maiores. Podemos observar na
figura 4.
Figura 8: Perneiras
• Protetor Auricular: Protetor auricular deve ser usado sempre que o ambiente
apresentar ruído em excesso (acima de 80 decibéis) ou do tipo concha ou do tipo
plug, conforme figura 9.
3.1.3.1. Tocha
A função da tocha e guiar o arame e o fluido de proteção até a região da solda
além de levar a energia para a soldagem até o arame. Diferentes tipos de tocha foram
desenvolvidos visando sempre ter um bom desempenho para diferentes tipos de
aplicação, a figura 10 ilustra um sistema para soldagem manual completo.
Na figura 11 temos uma tocha convencional, ela e composta pelos seguintes componentes:
• Bico de contato
• Bocal
• Conduíte
• Cabo
O bico de contato é geralmente de cobre e é responsável por dirigir o arame até a peça
como também conduzir energia até o mesmo. O cabo é responsável por levar a energia
da fonte até a tocha.
3.1.4. Consumíveis
3.1.4.1. Gás de proteção
O ar atmosférico é expulso da região de soldagem por um gás de proteção com o
objetivo de evitar a contaminação da poça de fusão. Para evitar esses problemas
associados com a contaminação da poça de fusão, dois gases principais são utilizados
como proteção: argônio e dióxido de carbono. Além desses, pequenas quantidades de
oxigênio, nitrogênio e hidrogênio provaram ser benéficas em algumas aplicações.
O argônio é um gás inerte que é usado tanto puro quanto em combinações com
outros gases para alcançar as características de arco desejadas na soldagem de metais
ferrosos e não ferrosos. Quase todos os processos de soldagem podem utilizar o argônio
ou misturas de argônio para alcançar boa soldabilidade, propriedades mecânicas,
características do arco e produtividade.
O dióxido de carbono puro não é um gás inerte porque o calor do arco o dissocia
em monóxido de carbono e oxigênio esse oxigênio se combinará com os elementos em
transferência através do arco para formar óxidos que são liberados da poça de fusão na
forma de escória ou carepa. Embora o 𝐶𝑂2 seja um gás ativo e produza um efeito
oxidante, isso torna as soldas mais consistente e facilmente obtidas sem a presença de
porosidade e outras descontinuidades.
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3.1.4.2. Arame
Um dos principais fatores a se considerar nesse processo é a escolha correta do arame,
visto que combinado ao fluido de proteção ele ditará as propriedades mecânicas das juntas
soldadas. Os principais fatores levados em consideração ao se um arame são:
• A composição química do metal de base
• As propriedades mecânicas do metal de base
• O gás de proteção empregado
• O tipo de serviço ou os requisitos da especificação aplicável
• O tipo de projeto de junta
• Diâmetro do arame
• Gás de proteção
3.2. Metalografia
Metalografia é o estudo e interpretação da estrutura interna dos materiais a partir
de uma superfície preparada, e a relação dessas estruturas com as suas composições
químicas, propriedades físicas e mecânicas. A metalografia é uma área da materialografia
que além do estudo dos materiais metálicos, envolve a plastografia (materiais plásticos
ou poliméricos) e a ceramografia (materiais cerâmicos) (COLPAERT,2008).
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização teve a necessidade de utilizar algumas máquinas e equipamentos
disponível no LABEM e seguir os procedimentos que estão descrito no roteiro fornecido
pelo docente que orienta o curso de LABORATÓRIO DE SOLDAGEM.
4.1. Materiais
Para o processo de soldagem e preparação do corpo de prova se usou os seguintes
equipamentos.
Figura 16: Sistema de soldagem (fonte de solda, fonte do arame e fonte gás)
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4.2. Métodos
Para realizar todos o processo seguindo o que foi indicado no roteiro, a equipe
definiu que seria melhor dividir os procedimentos por etapas, como vai ser visto a seguir.
Com isso conseguimos realizar e explicar os métodos usados para obter todos os dados
exigidos para avaliar a solda.
1º Etapa: Fazer uso dos EPI’s e fazer o corte dos corpos de prova utilizando a
esmerilhadeira, após o corte, observou-se que os corpos possuíam uma pintura superficial
que fora removida através do desbaste, essas imperfeições prejudicariam o processo e a
qualidade do cordão de solda, conseguindo assim fazer um corpo de prova nas condições
ideais para soldagem.
- Tenção: 32V
- DBCP: 18mm
4ª Etapa: Quando terminado o fluxo, segue para o próximo corpo de prova a qual
inclina-se 15º puxando o cordão de solda, que passa pelo mesmo processo da etapa 3.
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8ª Etapa: O último passo foi fazer o escaneamento da face dos corpos de prova
utilizando uma impressora multifuncional.
Após todas as etapas teríamos os dados suficiente para realizar a análise, como
podendo discutir e obter os resultados.
Figura 25 – Perpendicular
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1. Tensão: A tensão media maior foi obtida no experimento 3, como pode ser
visto no gráfico 1.
Tensão/Experiento
32,6 32,4
Tensão (V)
32,4 32,1
32,2 31,9
32
31,8
31,6
1º Exp. 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º
Perpendicular empurrando
Número do Experimento
Corrente/Experimento
205
200
200 197
Corrente (I)
195
190 188
185
180
1º Exp. 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º
Perpendicular empurrando
Número do Experimento
3. Potência: Como a potência tem relação direta com a corrente e a tensão, era
de se espera que o experimento 2 obtivesse uma menor potência. Como pode
ser visto no gráfico 3.
Potência/Experimento
6.500
6.380 6382,8
6.400
6.300
Potência
6.200
6.100 6034,8
6.000
5.900
5.800
1º Exp. 2º Exp. 15º 3º Exp. 15º
Perpendicular puxando empurrando
Número do Experimento
Área fundida/Experimento
8 7,96
7,7 7,666
7,6
7,5
1º Exp. Perpendicular 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º empurrando
Número do Experimento
Largura/Experimento
16 14,7
13,6
14
12,2
12
Largura (mm)
10
8
6
4
2
0
1º Exp. Perpendicular 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º empurrando
Número do Experimento
Reforço/Experimento
7
6,1
6
5,1
5
Reforço (mm)
4,1
4
0
1º Exp. Perpendicular 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º empurrando
Número do Experimento
4. Penetração: Junto com a área fundida é um dos parâmetros que mais mostram a
eficiência do processo de soldagem, como veremos no gráfico 7, podemos ver
que o experimento 1 teve uma maior penetração, mas também pode se notar que
a variação é de 0,1 mm e 0,2 mm, respectivamente, com relação ao experimento
3 e 1, mostrando a proximidade dos valores de penetração.
Penetração/Experimento
1,65
1,6
1,6
Penetração (mm)
1,55
1,5
1,5
1,45
1,4
1,4
1,35
1,3
1º Exp. Perpendicular 2º Exp. 15º puxando 3º Exp. 15º empurrando
Número do Experimento
Com o fim da análise gráfica podemos notar que o experimento 1 teve uma
penetração maior, no entanto sua área fundida foi menor. Já o experimento 3 se mostrou
um comportamento mediano se comparado com os experimentos em análise. O
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experimento 2 foi quem mostrou uma melhor eficiência, obteve uma área fundida e
reforço maior, logo a sua deposição foi mais alta e mais eficiente.
Vale ressaltar que a equipe por segurança, e para não restringir apenas um trecho,
foi feita dois corte e lixamento em cada corpo de prova e todos mostraram a formação de
porosidade, mostrando assim o problema pode ser devido a algumas das duas
possibilidades citadas a cima.
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6. CONCLUSÃO
Conclui-se que o procedimento experimental realizado no LABEM, obteve êxito,
principalmente referente a análise de como a inclinação da tocha pode afetar a solda e a
realização dos processos de soldagem junto com a análise metalográfica, unindo-os se
pode identificar os problemas causadores das porosidades na solda. Com isso mostrando
que os acadêmicos terão capacidade de identificar problemas no processo de soldagem e
corrigi-lo. Vale ressaltar também que os mesmos poderão indicar qual processo usar em
determinada situação.
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÂFICAS
Soldagem: Fundamentos e Tecnologia; Marques, P.V., Modenesi, P.J. e Bracarense,
A.Q., Editora UFMG, Ed. 2005, 363 p.
Disponível em <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6.htm>
Acesso 07/07/2018.
Disponível em <https://www.cimm.com.br/portal/noticia/exibir_noticia/6857-
migmag-e-soldagem-para-qualquer-situacao>